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PUC-SP
Carla Anauate
SÃO PAULO
2019
Carla Anauate
SÃO PAULO
2019
Autorizo exclusivamente para fins acadêmicos e científicos a reprodução total
ou parcial desta Tese de doutorado por processos de fotocopiadoras ou
eletrônicos.
Assinatura: _____________________________________________________
Data: 21/11/2019
E-mail: carla.anauate1@gmail.com
A534
Anauate, Carla
395 f. ; 30 cm.
CDD 157.9
Carla Anauate
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
Por fim, agradeço a minha secretária, Carina, se não fosse pela sua
responsabilidade e competência não teria tido condições de fazer o meu
doutorado sanduíche no exterior. O Cinapsi – Centro Integrado de
Neuropsicologia e Psicologia - ficou em ótimas mãos! Obrigada!
Anauate, Carla. Efeitos de Intervenção Precoce no Desenvolvimento de Bebês.
2019. 395 f. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica). Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, São Paulo, 2019.
RESUMO
ABSTRACT
RESUMEN
Figura 1: Pré-Teste.............................................................................. 73
Figura 2: Pós-Teste.............................................................................. 74
Figura 3: Esquema do processo realizado com o grupo de
intervenção............................................................................ 77
Figura 4: Esquema do processo realizado com o grupo controle........ 80
Figura 5: Delineamento esquemático do projeto todo......................... 82
Figura 6: Comparação do pré e pós-teste de Ana em relação à
média utilizando SGSII......................................................... 101
Figura 7: Comparação do pré e pós-teste de Isabella em relação à
média utilizando SGSII......................................................... 105
Figura 8: Comparação do pré e pós-teste de Rita em relação à
média utilizando SGSII......................................................... 110
Figura 9: Comparação do pré e pós-teste de Nilson em relação à
média utilizando SGSII......................................................... 113
Figura 10: Comparação do pré e pós-teste de Larissa em relação à
média utilizando SGSII......................................................... 117
Figura 11: Comparação do pré e pós-teste de Marcela em relação à
média utilizando SGSII......................................................... 120
Figura 12: Comparação do pré e pós-teste de Letícia em relação à
média utilizando SGSII......................................................... 124
Figura 13: Comparação do pré e pós-teste de Joana em relação à
média utilizando SGSII.......................................................... 128
Figura 14: Comparação do pré e pós teste de André em relação à
média utilizando SGSII......................................................... 133
Figura 15: Comparação do pré e pós-teste de Sonia em relação à
média utilizando SGSII........................................................ 139
Figura 16: Comparação do pré e pós-teste de Igor em relação à
média utilizando SGSII 143
Figura 17: Comparação do pré e pós-teste de Luciano em relação à
média utilizando SGSII......................................................... 146
Figura 18: Comparação do pré e pós-teste de Dante em relação à
média utilizando SGSII......................................................... 149
Figura 19: Comparação do pré e pós-teste de Gisele em relação à
média utilizando SGSII......................................................... 154
Figura 20: Comparação do pré e pós-teste de Davi em relação à
média utilizando SGSII......................................................... 159
Figura 21: Comparação do pré e pós teste de Rodrigo em relação à
média utilizando SGSII......................................................... 165
Figura 22:Co Comparação do pré e pós-teste de Betania em relação à
média utilizando SGSII......................................................... 168
Figura 23: Comparação do pré e pós-teste de Ian em relação à média
utilizando SGSII.................................................................... 172
Figura 24: Comparação do pré e pós-teste de Caio em relação à
média utilizando SGSII......................................................... 177
Figura 25: Interação, Convocação, Repetição, Atenção........................ 187
Figura 26: Covariante de idade pré-teste: significância do modelo
corrigido (análise multivariada de covariância)..................... 220
Figura 27: Teste T de amostras pareadas para o grupo de
intervenção: se a intervenção teve efeito ou não
(abaixo)................................................................................. 221
Figura 28: Teste T de amostras pareadas para o grupo controle: sem
intervenção............................................................................ 222
Figura 29: Teste de significância de Marina (bebê Estudo de Caso) e
grupo de intervenção........................................................... 223
Figura 30: Teste de significância de Marina e Grupo Controle.............. 224
Figura 31: Média Total pré e pós-teste incluindo todos os 32 sujeitos
(com sujeitos que se sobressaíram: # 19 e 36).................... 225
Figura 32: Teste de amostras independentes........................................ 225
Figura 33: Marina................................................................................... 226
Figura 34: Média em todas as esferas para o bebê – estudo de caso.. 228
Figura 35: Média Total pré e pós (sem sujeitos que se sobressaíram:
# 19 e 36).............................................................................. 229
Figura 36: Teste de amostra independentes......................................... 229
Figura 37: Marina................................................................................... 231
Figura 38: Comparação de médias entre o grupo controle e o grupo
de intervenção: Locomotoras pré e pós-teste...................... 232
Figura 39: Teste de amostras independentes....................................... 232
Figura 40: Marina................................................................................... 233
Figura 41: Comparação de médias entre o grupo controle e o grupo
de intervenção: Manipulativas pré e pós-teste..................... 234
Figura 42: Teste de amostras independentes....................................... 234
Figura 43: Relatório................................................................................ 235
Figura 44: Comparação de médias entre o grupo controle e o grupo
de intervenção: Visuais pré e pós-teste............................... 236
Figura 45: Teste de amostras independentes........................................ 236
Figura 46: Relatório............................................................................... 237
Figura 47: Comparação de médias entre o grupo controle e o grupo
de intervenção: Auditiva pré e pós-teste.............................. 238
Figura 48: Teste de amostras independentes....................................... 238
Figura 49: Relatório............................................................................... 239
Figura 50: Comparação de médias entre o grupo controle e o grupo
de intervenção: Fala pré e pós-teste.................................... 240
Figura 51: Teste de amostras independentes....................................... 241
Figura 52: Relatório............................................................................... 242
Figura 53: Comparação de médias entre o grupo controle e o grupo
de intervenção: Social pré e pós-teste................................. 243
Figura 54: Teste de amostras independentes....................................... 243
Figura 55: Relatório............................................................................... 244
Figura 56: Comparação de médias entre o grupo controle e o grupo
de intervenção: Autonomia pré e pós-teste.......................... 245
Figura 57: Teste de amostras independentes....................................... 245
Figura 58: Relatório............................................................................... 247
Figura 59: Comparação de médias entre o grupo controle e o grupo
de intervenção: Cognitiva pré e pós-teste............................ 248
Figura 60: Teste de amostras independentes....................................... 248
Figura 61: Relatório................................................................................ 249
Figura 62: Comparação de Média sem os sujeitos que se
sobressaíram (ID # 19 & 36)................................................ 250
Figura 63: Relatório............................................................................... 253
Figura 64: Relatório................................................................................ 255
Figura 65: Média total em escores de pré e pós-teste na Subescala
Fala em grupos controle e de intervenção de bebês que
tem um ou mais irmãos......................................................... 256
Figura 66: Teste T – irmão presente no grupo controle versus grupo
de intervenção...................................................................... 256
Figura 67: Estatísticas de grupo............................................................ 257
Figura 68: Teste T – tipo de parto no grupo controle versus grupo de
intervenção............................................................................ 257
Figura 69: Estatísticas de grupo............................................................ 258
Figura 70: Teste T – usa transporte escolar no grupo controle versus
grupo de intervenção............................................................ 260
Figura 71: Estatísticas de grupo............................................................ 260
Figura 72: Teste T- dorme com os pais no grupo controle versus
grupo de intervenção............................................................ 261
Figura 73: Estatísticas de grupo............................................................ 262
Figura 74: Estatística de Grupo.............................................................. 263
Figura 75: Pai ausente........................................................................... 264
Figura 76: Estatísticas de grupo............................................................ 265
Figura 77: Estatísticas de grupo............................................................ 266
Figura 78: Teste T- Cuidadores (mãe e avó) no grupo controle versus
grupo de intervenção............................................................ 267
Figura 79: Avó presente......................................................................... 268
Figura 80: Estatística de grupo.............................................................. 269
Figura 81: Teste T – Estatísticas de grupo............................................ 271
Figura 82: Estatística de grupo.............................................................. 272
Figura 83: Teste-T Estatística de grupo................................................ 273
Figura 84: Estatísticas de grupo............................................................ 273
Figura 85: Teste-T Estatísticas de grupo............................................... 274
Figura 86: Estatísticas de grupo............................................................ 275
Figura 87: Estatísticas de grupo............................................................ 276
Figura 88: Estatísticas de grupo............................................................ 276
Figura 89: Estatísticas de grupo............................................................ 278
Figura 90: Estatísticas de grupo............................................................ 279
Figura 91: Estatísticas de grupo............................................................. 279
Figura 92: Médias em Esferas de Pré-Teste por Grupos Experimental,
Controle e Estudo de Caso................................................... 280
Figura 93: Médias em Esferas de Pós-Teste por Grupos
Experimental, Controle e Estudo de Caso............................ 280
Figura 94: Interação da Pesquisadora com a bebê............................... 338
Figura 95: A.C.R.S................................................................................. 377
Figura 96 A.R.S..................................................................................... 377
Figura 97: D.B.S.F................................................................................. 378
Figura 98: E.G.A.................................................................................... 378
Figura 99: L.S.U...................................................................................... 379
Figura 100: M.S.B.................................................................................... 379
Figura 101: M.L.S..................................................................................... 380
Figura 102: W.P.C.S................................................................................ 380
Figura 103: P.F.T.S.................................................................................. 381
Figura 104 L.F.S..................................................................................... 381
Figura 105 G.L.S.................................................................................... 382
Figura 106 Y.M....................................................................................... 382
Figura 107: Y.S.D..................................................................................... 383
LISTA DE TABELAS
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 23
3. OBJETIVOS .............................................................................................. 69
4. METODOLOGIA ........................................................................................ 70
INTRODUÇÃO
que promova recursos e/ou condições para um contato efetivo e afetivo que viabilize
o desenvolvimento infantil. Acreditamos que este ambiente deva ser confiável,
favorável e facilitador para proporcionar crescimento e amadurecimento cognitivo e
pessoal.
Siegel (1999) elucida que um cuidador deve estar em sincronia com o seu
bebê para facilitar a capacidade deste em se recuperar rapidamente nos momentos
de necessidade e de estresse. Essa interação sincronizada possibilita ao bebê
27
Schore (2003) pontua que os dois primeiros anos de vida de um bebê são
os anos críticos de crescimento cerebral. Esses dois anos, por conseguinte, estão
28
Vygotsky (2001) cita Stern que afirma que é durante o transcurso deste
primeiro ano de vida que a criança faz a descoberta principal da sua vida: que cada
coisa tem o seu nome. A partir dessa descoberta, a linguagem se faz intelectual e o
pensamento se faz verbal; e a criança amplia ativamente o seu repertório lexical
perguntando, a todo o momento, o nome das coisas à sua volta. A primeira etapa do
desenvolvimento da linguagem na criança é afetivo-volitiva, quando a criança
assimila palavras soltas, na medida em que as pessoas que a rodeiam lhe ensinam;
e a segunda etapa entra em uma fase intelectual do desenvolvimento quando a
função simbólica da linguagem é aprendida.
2 Cognição social - A cognição social surgiu do interesse de psicólogos sociais pela psicologia
cognitiva, que começaram a utilizar os modelos cognitivos para entender os processos básicos
relacionados às interações sociais. Investiga a forma como as pessoas compreendem as outras
pessoas e elas mesmas (FISKE; TAYLOR, 2008).
30
que não haja nem super estimulação, estressando o bebê, e nem baixa estimulação,
prejudicando o desenvolvimento do mesmo.
1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3 Situação Estranha – A Situação Estranha consistia de uma experiência onde mãe e o filho com
cerca de um ano de idade eram colocados em uma sala com brinquedos para que o bebê pudesse
brincar. As interações de ambos eram observadas antes e depois da introdução de uma pessoa
desconhecida na sala. A situação estranha inclui momentos em que a mãe sai da sala e deixa o bebé
com o desconhecido, para voltar em seguida. Para Ainsworth, a informação mais relevante sobre o
vínculo mãe-filho não era resultado da reação do bebê quando a mãe saía, mas de como ele reagia
quando ela voltava indicando, como isto, três tipos diferentes de apego.
33
O estudo conclui que o estado mental e o foco no feto podem ser uma
característica que se perpetua após o nascimento do bebê. Para ampliar este
estudo, sugere-se que sejam feitos mais pesquisas sobre a origem das diferenças
individuais das representações maternas do feto e o estado maternal no que se
refere ao vínculo. Sugere-se, também, um estudo sobre a relação da mãe com
diferentes filhos, incluindo gêmeos, bem como a aplicabilidade desses conceitos em
culturas diferentes.
37
Uma pesquisa feita por Bick, Dozier e Perkins (2012), em Minnesota, nos
Estados Unidos, realizou um trabalho com crianças pequenas, de 11 a 25 meses,
que frequentavam um berçário vinculado a uma universidade. Nesse estudo, 58
crianças, juntamente com seus pais, participaram em duas situações que foram
filmadas, para avaliar a qualidade dos cuidados e do vínculo estabelecido entre essa
díade. Esse estudo é peculiar na medida em que era uma oportunidade de trabalhar
questões relacionadas ao natural afastamento dessa díade, ou seja, é natural o
afastamento de pais-bebê, quando esse bebê frequenta diariamente um berçário ou
creche. Então, a primeira situação utilizada foi uma reprodução do Procedimento:
Situação Estranha, de Ainsworth, usada na Inglaterra, no final dos anos 60, e a
segunda foi chamada de situação natural, ou seja, ocorria no horário em que os pais
buscavam a criança no final do dia na creche. No caso da Situação Estranha, esta
foi feita nos moldes preconizados pelo protocolo, de maneira padronizada. Já a
segunda situação foi realizada no mínimo um mês depois da primeira. Nessa
situação natural, os pais e os bebês eram filmados, em dois dias diferentes, sem que
soubessem que estavam sendo filmados, por meio de uma sala de espelho, onde
não dava para saber quando teria ou não alguém atrás do vidro filmando. Nessa
segunda situação, as crianças eram avaliadas no que se refere à segurança e à
evitação que demonstravam ao ver os pais, bem como entusiasmo e motivação para
43
Foi realizado um estudo longitudinal por Murta et al. (2012) para avaliar a
relação pais e bebê. O trabalho contemplou 9 visitas à casa de um casal para
orientar na promoção de habilidades parentais e empoderamento do papel de pais.
Os autores ressaltam que visitas domiciliares juntamente com o trabalho em centros
e hospitais incorporaram a cultura e a necessidade real da família em questão. No
caso, as visitas ao casal começaram quando a mulher estava grávida de 6 meses; e
terminaram quando o bebê já tinha 3 meses. Nesse período, foram realizadas quatro
visitas domiciliares para avaliar as necessidades do casal e, em seguida, foram
aplicados os seguintes instrumentos: o Roteiro de entrevista para avaliação de
necessidades, o Checklist de Estressores Vivenciados, o Mapa da Rede de Apoio
Social e o Instrumento de Avaliação de Afetividade e Convivência Conjugal. As
entrevistas foram gravadas em fitas de áudio e, ao final, foi dada uma devolutiva ao
casal que abrangia os fatores de proteção e risco percebidos, estratégias de
44
O estudo foi realizado com três casais e uma mãe solteira, na cidade de
Porto Alegre. O critério de inclusão para participar do estudo foram crianças de 10 a
12 meses, que foram retiradas da creche uma a oito semanas após o ingresso, em
função de sinais de não adaptação, como: choro, adoecimento e agressividade. O
estudo foi feito com os instrumentos do Grupo de Interação Social, Desenvolvimento
50
escolares entre 4 e 6 anos de idade. A Lei menciona também que a creche tem
como finalidade o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físicos,
psicológicos, sociais e intelectuais. Afirma, inclusive, que os 3 primeiros anos de vida
são essenciais para o desenvolvimento das habilidades acústicas e de linguagem,
aproveitando o período maturacional do sistema nervoso.
O trabalho foi realizado por uma pessoa que tivesse um vínculo emocional
significativo com o bebê e que conhecesse e respeitasse o seu espaço. As áreas
trabalhadas foram: motricidade grossa e fina, linguagem, cognição, pessoal e
emocional, bem como social. Para cada uma dessas áreas, desenvolveu-se
exercícios e jogos relacionados à faixa etária da criança, contemplando a seguinte
divisão: de 0 a 12 meses, de 1 a 2 anos, de 2 a 3 anos, de 3 a 4 anos e de 4 a 6
anos.
partir deste trabalho, um roteiro que poderá ser replicado por professores e pais para
estimular principalmente as áreas trabalhadas – cognitiva, motora, linguagem e
sócio-emocional. Chegou-se à conclusão da importância que a estimulação precoce
tem como um fator primordial no desenvolvimento das habilidades sociais iniciais de
uma criança.
Inicio com um primeiro estudo feito por Silva, Engstron, e Miranda (2012)
sobre o desenvolvimento neuropsicomotor de bebês em creches, realizado em 2012,
em João Pessoa, Paraíba, com 112 bebês e suas mães. Esse estudo salientou a
necessidade de ampliar o olhar sobre a relação cuidador-bebê e a estimulação feita
pelos cuidadores, promovendo o desenvolvimento infantil. Neste caso, acredita-se
que esse desenvolvimento é reflexo das condições familiares, da mesma maneira
que os serviços proporcionados ao bebê, tanto no que se refere à educação, quanto
à saúde.
O resultado do estudo mostra que mais do que 50% dos bebês mostram
alteração no desenvolvimento neuropsicomotor, avaliado pela Escala Denver II.
Todas as áreas avaliadas sofreram defasagem, porém, na seguinte ordem de
gravidade: área pessoal-social, linguagem, motricidade fina e motricidade grossa.
Autores citados nesse estudo, como Bradley & Vandell (2007), sugerem que o
desenvolvimento infantil se dá pela interação das crianças na creche, interações na
família e das próprias características da criança. Concluem que, apesar da
parentalidade ser preditora do desenvolvimento infantil, o ambiente de creche, onde
os bebês ficam, em largo período do dia, quando a estimulação e atenção dada são
de baixa qualidade, ou seja, quando muitas crianças são cuidadas por apenas um
auxiliar, compromete o desenvolvimento infantil. Desta forma, percebemos que os
estudos teóricos e de revisão bibliográfica, citados anteriormente neste capítulo,
corroboram essa pesquisa empírica, pois enfatizam que, apesar da relação vincular
estabelecida na parentalidade ser a chave para o desenvolvimento afetivo, social e
cognitivo do bebê, por promover e favorecer a saúde mental, muitos bebês passam
55
muito tempo em creches. Neste sentido, conforme sugere o estudo de Silva (2015),
é importante enfatizar a necessidade de uma formação continuada e aprofundada
disponibilizada para as educadoras de creche. Essa formação sugerida ampliaria e
uniria a assistência, ou seja, cuidados com a alimentação e higiene, com a educação
estimulando as práticas pedagógicas em prol de maiores possibilidades
desenvolvimentistas.
Esse estudo foi realizado no México com 25 bebês que nasceram com
baixo peso e com seus pais. O objetivo dessa pesquisa foi enfatizar que a atuação
preventiva em zona de desenvolvimento proximal é fundamental, posto que é de
conhecimento empírico e teórico que bebês que nascem com baixo peso podem
sofrer consequências desenvolvimentistas posteriores se uma intervenção eficaz
não for realizada. O programa de estimulação realizado tinha como componente de
destaque a relação do adulto, pais, com o bebê. Foi solicitado aos adultos que
falassem com um tom emocional altamente positivo e atitude expressiva frente ao
bebê, utilizando-se de sorrisos, verbalização, canções ou melodias enquanto
realizavam os exercícios. Os estágios do programa incluíam: avaliação no primeiro
mês do bebê, cinco meses de intervenção, avaliação após o quinto mês, mais três
meses de intervenção e nova avaliação no oitavo mês.
O trabalho teórico de Pinon traz uma larga pesquisa das atuais escalas de
avaliação neuropsicológicas e psicológicas de bebês incluindo: a Escala Brazelton,
escala neurológica infantil de Amiel Tison, a escala de desenvolvimento motor de
Vojta e também a de Brunet-Lezine e de Hellbrugge, a avaliação do
desenvolvimento infantil Bayley, inventário de desenvolvimento Batelle, Teste de
Desenvolvimento Denver II, Prova Nacional de Pesquisa (PRUNAPE), Modelo
maturacional de Gesell, Guia Portrage, avaliação do desenvolvimento infantil (EDI)
e, por fim, Modelos de avaliação do neurodesenvolvimento: Modelo Katona e
Vanedela.
2. DESENVOLVIMENTO HUMANO
O autor afirma que desde o nascimento, o homem já vive como um ser social
em desenvolvimento e todas as suas ações acontecem porque existe um outro
social. Mesmo, antes de adquirir a linguagem oral, a criança já está interagindo e se
familiarizando com o ambiente em que vive. Neste sentido, a aprendizagem não
acontece de maneira isolada, o indivíduo faz parte de um grupo social e ao conviver
com outras pessoas realiza trocas de informações, constrói o seu conhecimento e se
insere no mundo simbólico.
No primeiro ano de vida, os autores citam Lisina que propõe duas etapas
de comunicação – a comunicação pessoal afetiva e a comunicação prática-pessoal.
A comunicação pessoal afetiva tem como motivo principal a comunicação com um
adulto próximo, sendo que os objetos ainda não existem para a criança como
objetos de suas ações. A qualidade da comunicação é fundamental neste período:
falar com o bebê, junto ao seu rosto, cantar canções, escutar música junto com o
bebê, dançar com ele nos braços. Já na comunicação prática-pessoal, a criança vai
em direção aos objetos que o adulto utiliza na sua atividade, pois, neste momento,
esses objetos chamam atenção da criança. Essas comunicações estão imbuídas na
interação social que o bebê tem como as pessoas que o rodeiam.
3. OBJETIVOS
Esta pesquisa tem como objetivo principal avaliar uma proposta de sete
meses de intervenção com os bebês em creche, além de realizar a orientação a
educadores e pais visando a uma ação de promoção de saúde. A partir dos dados
levantados, objetiva-se ilustrar, com um estudo de caso, uma intervenção
direcionada visando o neurodesenvolvimento integral da criança unindo ação,
pensamento e emoção.
4. METODOLOGIA
Para isso, contam com uma organização que recebem desde bebês no
berçário I até crianças com 5 anos, que estão finalizando a educação infantil e estão
prontas para ingressar no Ensino Fundamental I.
4.2 Participantes
4 Nomes fictícios.
72
4.4 Instrumentos
Fonte: a autora5.
N 32 32
Pearson Correlation ,966** 1
N 32 32
5Todas as tabelas e figuras foram criadas pela autora, contudo, as figuras de bebê em forma de
desenho foram retiradas de vários sites da internet.
74
N 32 32
Pearson Correlation ,929** 1
N 32 32
**. Correlação é significativa no nível de 0.01 (2-tailed).
Diário de Campo
4.5 Procedimento
FASE 2
PÓS-TESTE e
DEVOLUTIVA
INTERVENÇÃO
(atividades relacionais)
FASE 0
PRÉ-TESTE
(escalas e checklists)
GRUPO DE INTERVENÇÃO:
- passar segurança para a criança, deixando-a livre para explorar o mundo (abrir as
pernas e deixar a criança livre para brincar dentro e ao redor, amparando-a quando
e se necessário).
- Nomear o mundo, cantar, conversar, sorrir e estar em relação com os bebês a todo
o momento;
- Olhar, falar e tocar o bebê para criar um contato visual, auditivo e tátil;
- Quando o bebê fizer um gesto repita-o para mostrar que está na relação;
79
- permitir a exploração segura das crianças, mostrando que ela pode confiar em
você;
- dar aos bebês diferentes texturas para que eles explorem o mundo com as mais
variadas formas e possibilidades;
FASE 2
PÓS-TESTE e
DEVOLUTIVA
FASE 0 (escalas e
checklists)
PRÉ-TESTE
(escalas e
checklists)
GRUPO CONTROLE:
Questionário Educadoras
Marina: FASE 3
Cognitivas
11/4/17 07:00-10:00 7 crianças - Levar as crianças ao pátio, Locomotoras
participaram
14:00-16:00 da ativ. no - Dançar e contar histórias Visuais
pátio, as ao som de um violino tocado
ao vivo, Audição e
outras Linguagem
ficaram na - Interagir com os bebês
sala usando fantoche de dedos. Interação Social
dormindo.
Cognitivas
Cognitivas
84
luzes e sons).
Cognitivas
Cognitivas
- Ler livro,
o som: "Brrrr".
LEGENDA
04/04/17
Ação Efeito
25/04/17
Ação Efeito
Colocar bebê em cima da bola Bobath e Alguns bebês, como o André, sorriem ao
rolar a bola para frente e para trás, movimentar-se na bola; outros bebês,
esquerda e direita. como a Ana, ficam com medo e se
afastam chorando da pesquisadora e da
bola.
Posicionar bebê de barriga para baixo no Bebê alcança com mais facilidade o
rolo e colocar um brinquedo para ele brinquedo e faz sons guturais de risada
alcançar. ao realizar a atividade.
02/05/17
Ação Efeito
Atividade com fantoche. Contar história Bebês menores olhavam. Bebês maiores
com os fantoches. ficavam de pé Davi e Joana vinham
em direção à pesquisadora para dar a
mão para os bonecos.
06/06/17
Ação Efeito
Pesquisadora brinca que está falando ao Ele responde com um brinquedo na mão
telefone com Davi. Ela fala “Alô”. como se fosse um telefone e fala “Aee”.
Joana veio brincar de telefone também. Ela pega a garrafa coloca na orelha e
Pesquisadora passa uma garrafa pet devolve para a pesquisadora.
para ela falando “Alô”.
Pesquisadora assopra na mão de André. André olha para a sua mão e sorri
sentindo o vento.
Pesquisadora passa bola de textura nos Bebês gostam da sensação pois sorriem
pés dos bebês menores. e gostam de ficar olhando a bola.
24/06/17
Ação Efeito
Pesquisadora conversa com Dante. Fala Dante sorri e faz sons guturais.
coisas e expressa sons guturais.
Letícia traz livro (A Arca de Noé) e senta Pesquisadora e Letícia leem o livro
no colo da pesquisadora. juntas.
15/08/17
Ação Efeito
Sônia pega o brinquedo. André levanta e Pesquisadora diz: “Uau, como você está
engatinha até Sônia. forte! Já fica em pé sozinho”.
Pesquisadora manda beijo para Ana. Ana imita a pesquisadora e manda beijos
de volta.
Joana põe papel dentro da boca. “Isso não, isso é caca, entendeu?” diz
pesquisadora. Joana sacode sua cabeça
dizendo sim.
Joana sai correndo e busca uma boneca “Ai que linda, dá beijo nela”, diz a
na piscina de brinquedos. Traz a boneca pesquisadora. Joana dá um beijo em sua
para a pesquisadora. boneca.
Larissa começa a bater em Dante. Pesquisadora diz: “Não pode bater nele.
Carinho oh, carinho”. Pesquisadora
demonstra para Larissa como fazer
94
12/09/17
Ação Efeito
Joana chega à sala e vai direto para o Pesquisadora fala “Onde estão os bebês
colo da pesquisadora. da sala?”. Joana aponta para o outro
lado da sala para bebês sentados no
colo de Fabiana.
Isabella começa a chorar após Nilson Pesquisadora pega ela no colo, põe suas
bater nela. mãos em volta dela e faz um carinho
nela, Isabella para de chorar
imediatamente. (Age como barreira de
segurança para ela).
Professora nova bate palmas. Ian olha para ela e imita. Davi começa a
bater palmas também.
cabeça de Davi “Cadê?” ela diz, ele cabeça da professora. Ela pergunta
encosta na cabeça, “Achou!” ela fala. “Cadê?” e ele pega de sua cabeça.
Depois ele coloca o brinquedo no ouvido,
e ela responde “Alô?”
Matilde pega a mão de Igor para dançar Igor gargalha e dança com Matilde.
com ele.
Professora Fabiana brinca com Ian: Ian tira a mão de Fabiana de seu rosto e
Coloca a mão em seu rosto e pergunta: ri.
“Cadê?” E depois coloca sua mão no
rosto de Ian e faz a mesma pergunta.
Caio traz um brinquedo quadrado (furado Ela coloca em seu olho e olha para ele.
no meio) para a pesquisadora. Após entregar o brinquedo de volta para
ele, Caio imita a pesquisadora e olha
pelo quadrado para ela.
19/09/17
Ação Efeito
Caio tenta pegar o brinquedo de Joana. “Vamos brincar juntos, vocês são
amigos” diz a pesquisadora.
“Tchau mãe!” diz a educadora Fabiana. Caio imita e acena para a mãe também.
Caio entrega o brinquedo de martelo e Caio imita e depois Davi pega martelo e
bloco. Pesquisadora demonstra como bate com ele em sua cabeça.
bater no bloco com o martelo e entrega
de volta.
Davi aponta para o passarinho “É o piu piu!” diz educadora Matilde. Davi
pendurado no teto. mexe suas mãos como se estivesse
voando.
Pesquisadora canta “Parabéns a você” Igor, Isabella, Letícia , Joana, Davi e Ana
para as crianças. batem palmas.
97
Davi deixa cair a garrafa PET que usava Ian, que observa, pega a garrafa e
para brincar de bater nos passarinhos devolve na mão de Davi.
pendurados.
Educadora Cátia coloca música para Ian, Igor e Rita batem na parede
tocar. acompanhando a música.
24/10/17
Ação Efeito
Fez-se uma análise detalhada das aquisições dos bebês e das relações
entre eles e com os adultos. Sendo assim, entende-se que a constituição do afeto da
criança é sempre mediada pela sua subjetividade. Desta maneira, faz-se importante
pormenorizar o processo pelo qual estes bebês passaram com vistas a esclarecer se
foi ou não uma situação promotora de desenvolvimento.
Tabela 5 - Ana
lá, tranquila, brincando com o que estava ao seu alcance. Por duas ou três vezes a
cuidadora chegou à sala de aula e levou um susto ao ver Ana já lá dentro, tranquila
e brincando. Ana sempre gostou muito de música e era a criança que mais
balançava o corpinho, dançando, quando escutava alguma música, e fazia todos os
movimentos da música quando as escutava. Mostrava-se sempre muito curiosa para
escutar as histórias e interagir com elas, os fantoches, a pesquisadora e os colegas
de sala.
Sua mãe menciona que Ana, em casa, brinca com as irmãs e com a mãe,
e que Ana gosta muito de brincar com outras crianças. Normalmente, Ana brinca
mais dentro de casa e seus interesses maiores de brincadeira são com monta
monta7 e com bonecas, além de gostar muito de músicas variadas. Quanto aos
dados do questionário, a mãe de Ana refere no pós-questionário o que ela faz com
mais frequência: usar a palavra completa para falar com a bebê; chamá-la pelo
nome; dançar com ela; estimular a fala de Ana usando um telefone; brincar com Ana
com jogos de empilhar, de amassar papel; estimulá-la a andar de forma
independente; de nomear os alimentos que oferece para Ana; ajudá-la a reconhecer
as partes do corpo, nomeando-as, e de utilizar brinquedos em casa e fora de casa
para brincar com Ana.
Tabela 6 - Isabella
Isabella chegou à creche muito cedo, com 4 meses. Era um bebê muito
tranquilo. Passava o dia olhando atentamente para tudo o que ocorria ao seu redor.
Parecia uma antena, sempre conectada com tudo o que estava acontecendo ao seu
redor. Apesar de sua tranquilidade e de não dar trabalho, tinha a tendência de
estranhar pessoas que não conhecia. No início, estranhou tanto a pesquisadora
quanto a sua assistente, o que significa que ela reconhecia as pessoas que eram
referência para ela. Ao percebermos que Isabella estava estranhando, devíamos
deixá-la tranquila, pois chorava de maneira desesperada. Aos poucos, Isabella se
adaptava às pessoas que, em princípio, lhe pareciam estranhas e passava a
interagir de maneira sossegada. Interagir com a Isabella era sempre muito gostoso.
Isabella era capaz de brincar horas seguidas com um mesmo brinquedo que
chegava a ela, ou por uma cuidadora, ou pela pesquisadora, ou por outra criança.
Observava, analisava o objeto e entretinha-se por muito tempo, até que, porventura,
outro objeto lhe chegasse às mãos. Como era muito pequena, ainda não tinha
habilidades locomotoras. Nesta fase, podemos dizer que Isabella era muito
observadora, analisando o mundo ao seu redor e abstraindo muitos significados que,
posteriormente, seriam e foram utilizados. Quando adquiriu habilidades locomotoras
engatinhava pela sala atrás de objetos para observar e brincar. Engajou-se em
atividades interativas com Betânia e Rita que eram mais próximas da sua idade, e
conseguia compartilhar brinquedos e brincadeiras. Isabella, ao crescer, começou a
gostar muito de atividades de música, dançando, balançando o corpo ao escutá-las.
Aproximava-se para escutar as histórias contadas pelas educadoras e pesquisadora
permanecendo sempre muito atenta. Percebia-se em Isabella um prenúncio de
maturidade, controle inibitório, ou seja, conseguia inibir os seus impulsos adiando a
satisfação de seus desejos, e uma atenção muito importante que depois era
anunciada de alguma maneira. Ela podia não estar participando de uma atividade,
porém, de repente, ela aparecia com algo na mão que era referente à atividade,
fazendo-se presente mesmo sem ser notada.
107
Sua mãe menciona que Isabella, em casa, brinca com o pai e a mãe, e
que não brinca com outras crianças a não ser na creche. Normalmente, Isabella
brinca no quintal da casa, sendo que suas brincadeiras favoritas são pega-pega e
esconde-esconde, além de brincar com seus diversos brinquedos e também gosta
muito das músicas do: "Patati Patatá". Quanto aos dados do questionário, os pais
referem tanto no pré quanto no pós-questionário que gostam e que a bebê gosta e
que eles sempre cantam e conversam com ela; nomeiam as coisas e ações para ela;
usam a palavra completa ao falar com Isabella, chamam-na pelo nome e dançam
com a bebê; oferecem materiais de texturas diferentes para Isabella; estimulam-na a
andar de forma independente; dão liberdade para Isabella se vestir e comer sozinha;
nomeiam os alimentos que oferecem para ela; ajudam-na a reconhecer as partes do
corpo, nomeando-as e utilizam brinquedos em casa e fora de casa para brincar com
Isabella.
seguida, levantava a mão de novo para bater de novo. Interagiu também utilizando
brinquedos que levei até ela.
Tabela 7 - Rita
anos
Rita tem 3 irmãos mais velhos que, segundo sua mãe, interagem com ela
sempre que estão todos em casa. Conversam com ela e brincam o tempo todo. Rita
parece sempre muito tranquila, tanto no grupo, quanto quando a sós. Sempre
interagiu muito bem e se resolveu. Em grupo, interagia, principalmente com bebês
meninas da sua idade, como Marcela e Isabella e, quando sozinha, estava bem sem
a necessidade de demandar atenção das educadoras.
Sua mãe menciona que Rita, em casa, brinca com os pais e irmãos que
são todos crianças. Que gosta de brincar fora e na piscina. Que suas brincadeiras
favoritas são brincar de serra-serra e de esconde-esconde e seus brinquedos
favoritos são bonecas e carrinhos. A mãe de Rita relata que ela gosta muito de
música e que até dança, principalmente quando escuta: "A Galinha Pintadinha".
Quanto aos dados do questionário, a mãe de Rita respondeu ao pós-teste de
maneira uniforme. O questionário (em anexo) avalia a frequência em que o adulto
executa a ação, tendo três possibilidades de resposta (sempre, às vezes e nunca),
avalia se o adulto gosta de realizar a ação com três possibilidades de resposta (sim,
mais ou menos e não) e, por fim, avalia se o bebê gosta da ação executada com ele,
com três possibilidades de resposta (sempre, mais ou menos e não). A mãe de Rita
assinalou os 24 itens do questionário de maneira homogênea, sendo que, assinalou
que sempre executa a atividade de cada um dos 24 itens, que gosta de executar a
atividade e que a bebê gosta de fazer parte de todas as atividades de todos os 24
itens. Já no pré-teste, não havia assinalado itens que ainda não se aplicavam à
idade de Rita como, por exemplo: colocá-la em posição de rolar; colocar um rolo
embaixo da bebê para ela rolar; oferecer-lhe materiais de texturas diferentes, brincar
de amassar papel, andar, vestir e comer sozinha.
Tabela 8 - Nilson
trabalho.
Nilson era trazido à creche pela sua avó e, ao chegar na sala, chorava
para ficar. Pensamos que isto era normal visto que jamais tinha frequentado
ambiente estranho. Tanto as educadoras quanto a pesquisadora e sua assistente o
acolhiam e brincavam com ele. Nilson rapidamente se apegava à pessoa que o
acolhia e brincava de maneira mais impulsiva sem muito controle de sua força.
Agarrava com força o cabelo, roupa ou colares do adulto que o acolhia.
Apesar desse início tardio, Nilson foi o bebê que mais se desenvolveu.
Em menos de três meses ele conseguiu ultrapassar todos os valores da Escala
SGSII e se superar. O tempo que Nilson passava na creche eram momentos de
grande aprendizado, mantinha-se sempre muito atento, observava tudo ao seu redor
e, rapidamente, conseguia realizar atividades, incluindo as atividades simbólicas que
115
eram feitas pelos bebês que já estavam presentes desde o início. Percebeu-se,
portanto, que Nilson deu um salto qualitativo muito grande em menos de três meses,
sendo uma das maiores provas de que o espaço compartilhado, proporcionado em
creche, bem como a realização da intervenção semanal, auxilia no desenvolvimento
neurocognitivo dos bebês.
Nilson era sempre trazido pela avó e demonstrava bastante apego a ela,
pois, principalmente no início, o que é esperado, sempre chorava muito quando era
deixado na creche pela avó e exibia alegria quando ela o vinha buscar. Os
questionários de pré e pós-teste que foram dados para serem respondidos pelos
pais não foram devolvidos.
12 de setembro de 2017 – Nilson manda beijos para a vovó. Ele brinca com o
polvo e a avó diz que é o único brinquedo que ele gosta; as educadoras falam que é
o brinquedo favorito dele na sala de aula também. Nilson manda beijos para a
pesquisadora.
Tabela 9 - Larissa
canta e conversa com a bebê; usa a palavra completa ao falar com Larissa; deixa-a
de bruços e utiliza objetos para que ela eleve a cabeça; oferece-lhe objetos para que
Larissa pegue; coloca-a em posição de rolar e brinca de serra-serra com Larissa.
15 de agosto de 2017 – Larissa brinca sozinha com uma bola com luzes que
a pesquisadora trouxe.
O único bebê que deu salto qualitativo na Audição e Linguagem foi Marcela.
Tabela 10 - Marcela
Sua mãe menciona que Marcela, em casa, brinca com os pais e com as
duas irmãs e que gosta muito. Marcela brinca apenas dentro de casa, pois não tem
quintal e gosta muito de música, inclusive o seu brinquedo favorito é um chocalho.
Gosta de escutar as músicas da "Galinha Pintadinha" e "Parabéns a você". Quanto
aos dados do questionário, a mãe de Marcela respondeu, tanto no pré quanto no
pós-questionário, que gosta e que Marcela gosta também, portanto sempre canta e
conversa com ela, conta-lhe histórias na hora de dormir, nomeia as coisas e ações
para a bebê, usa a palavra completa para falar com Marcela, chama-a pelo nome.
Deixa-a de bruços e utiliza objetos para que ela eleve a cabeça, oferece objetos
para que ela queira pegar e a estimula, utilizando um telefone de brinquedo. O
restante dos itens foram respondidos no pré-questionário como não se aplica, mas,
no pós-questionário foram acrescentados os seguintes itens: a estimula a andar, a
comer sozinha, a reconhecer as partes do corpo nomeando-as, nomeia para Marcela
os alimentos que lhe oferece e utiliza brinquedos ou objetos para brincar com ela.
O único bebê que deu salto qualitativo na Fala e Linguagem foi: Letícia.
Tabela 11 - Letícia
Sua mãe menciona que Letícia brinca com o pai e com a mãe, pois não
há outras crianças em casa. Letícia gosta de dançar e sair correndo atrás da mãe e
do pai. A casa da família tem quintal e Letícia brinca lá fora. Seu brinquedo preferido
é uma joaninha de puxar que toca sininho e gosta muito de música, principalmente
da "Galinha Pintadinha". Já no pré e pós-questionário é ressaltado que a mãe e a
bebê gostam sempre: canta e conversa com Letícia, nomeia as coisas e ações para
ela, usa a palavra completa para falar com sua filha, deixa-a na posição de bruços e
de costas e usa objetos para que Letícia pegue; oferece-lhe materiais de várias
125
raiva, tentando bater nas pessoas, mas sempre tendo o cuidado de controlar a sua
força, para não bater com muita intensidade; o ciúme, tirando outros bebês de perto
para poder reinar sozinha; alegria, sorrindo, abraçando e imitando gritinhos de
prazer, entre outros. Joana era encantadora e demandava muita atenção se fazendo
presente em todos os momentos da intervenção.
Sua mãe ressaltou que Joana gosta de brincar com os seus pais e
irmãos. Conta que Joana brinca de tudo um pouco, em todos os espaços da casa,
inclusive no quintal, e que os seus brinquedos favoritos são a bola e o urso de
pelúcia, também dança todos os tipos de música. Analisando o pré e pós-
questionário, notamos que vários itens que estavam assinalados como, às vezes,
realizados no pré-questionário, passaram a ser realizados sempre e que, em sua
maioria, tanto a mãe quanto a bebê gostando no pós-questionário. Destacamos os
seguintes itens: usa a palavra completa ao falar com Joana, brinca de jogos de
empilhar, dá liberdade para a filha se vestir e comer sozinha, ajuda-a a reconhecer
as partes do corpo, nomeando-as e brinca no quintal.
Tabela 13 - André
- brincavam de serra-serra
Os pais contam que, em casa, o bebê brinca com o pai, mãe, avó e tias e
que somente brinca com crianças quando recebe visitas. A casa tem quintal que é
utilizado para brincar nos finais de semana. A brincadeira que André mais gosta de
brincar é de esconder o rosto atrás das mãozinhas quando os pais falam: "Cadê o
André?" Em seguida ele tira as mãos. Adora os seus carrinhos e o seu urso, e gosta
muito de música principalmente: "A Galinha Pintadinha" "Palavra Cantada" e "Patati
Patatá". Analisando o pré e pós-questionário, notamos que vários itens que estavam
135
Tanto Sonia e Luciano, quanto Dante, que entrou um pouco depois, eram
bebês muito pequenos que iniciaram na creche com menos de seis meses e que
ficavam um tempo maior deitados na borboleta do que juntos com o grupo.
ocasiões dormiam. Como eram muito pequenos, talvez não tiveram tantas
oportunidades de interagir, pois ainda não se deslocavam pelo espaço e, desse
modo, suas possibilidades de troca eram limitadas. Apresentaremos, a seguir, cada
bebê que apresentou quedas qualitativas e exemplos dessas quedas, analisando o
Diário de Campo, ressaltando, de antemão, que não há muitos relatos desses bebês
no Diário de Campo o que é considerado significativo, posto que justamente são
bebês que apresentaram quedas qualitativas.
Tabela 14 - Sonia
Tabela 15 - Igor
Sua mãe ressaltou que Igor brinca com os pais, tios, tias e primos e que
em casa não tem crianças para brincar, mas que sempre está com os primos.
Menciona que o filho gosta de motoca, de correr e brincar de pega-pega e adora
todo o tipo de som. Parece ter estimulação em casa, porém não apresenta muitas
iniciativas nas atividades realizadas e no dia a dia da creche. Permanece mais
passivo, apesar de gostar bastante de bater palmas e interagir em atividades que
envolvam música. De maneira geral, no pré e pós-questionário, os resultados são
parecidos, mas vale ressaltar que tanto no pré como no pós-questionário, a mãe
coloca que não conta história para o seu filho, o restante dos itens em sua maioria
executa e menciona que Igor gosta e ela também.
Tabela 16 - Luciano
um item por fileira e não 3 itens referentes à: frequência, pais gostam e bebê gosta,
denotando falta de compreensão, dificuldade linguística e simbólica e dificuldade de
interação com a pesquisadora para poder ter o entendimento a fim de realizar a
atividade adequadamente.
Tabela 17 - Dante
para Dante
Dante também foi um bebê que chegou com 4 meses e a impressão foi
que o tempo não passou para ele, que ele não conseguiu evoluir a contento.
Permaneceu o ano todo deitado na borboleta sem muito acesso ao mundo ao redor.
Era um bebê muito bonzinho, jamais reclamava ou chorava. Podia passar o dia
inteiro sozinho, deitado na borboleta, que lá permanecia tranquilo, olhando o mundo
ao redor, sem interagir nem com as outras crianças e nem com os adultos, a não ser
que estes se aproximassem. A pesquisadora sempre tinha o cuidado de dar atenção
a ele, pois apesar de ele não solicitar atenção, adorava e interagia muito bem com a
pesquisadora. Sorria, se comunicava com sons guturais e se entretinha com os
brinquedos que ela lhe apresentava. Dante era um bebê que causava preocupação
por não se desenvolver em termos motores, linguísticos ou de autonomia. Até
praticamente completar um ano não engatinhava e não se comunicava, utilizando-se
de símbolos ou expressões comuns aos outros bebês. A pesquisadora inclusive
chegou a suspeitar e comentar com as educadoras, coordenadora e direção da
150
Tabela 18 - Gisele
dia todo na creche e inclusive sofria represália da família por isso, porém, depois de
poucos meses que Gisele estava na creche, os familiares estiveram em sua casa e
ficaram muito impressionados com o desenvolvimento da menor, elogiando a atitude
dos pais e a qualidade da creche.
Sua mãe menciona que Gisele, em casa, brinca com a mãe e o pai e que
apesar de ser filha única gosta muito de brincar com as primas mais velhas de 6
anos. Normalmente Gisele brinca no quintal e na pracinha próxima a sua casa que
tem um playground. Sua brincadeira favorita é brincar de pega-pega, onde Gisele
sai correndo e gargalhando. O brinquedo que Gisele mais gosta de brincar é de
telefone, também gosta muito de música infantil associada a desenhos animados.
29 de agosto de 2017 – Gisele chega e, ao seu lado, havia uma fivela que
havia caído do seu cabelo. A pesquisadora diz: "Olha que fivela bonita, é da Gisele...
vamos colocar de volta". A pesquisadora coloca a presilha de volta e fala:"Que linda
ficou a presilha";
Tabela 19 - Davi
Davi sempre foi um bebê muito ativo e relacional. O tempo todo ele
buscava a interação com todos ao seu redor, outros bebês e cuidadores. Como era
um bebê grande, maior e mais velho do que os outros, se movimentava pela sala e
brincava com todos ao redor.
Davi estava sempre pronto para a interação, foi a partir dele que
começaram a brincar de falar ao telefone. Davi andava pela sala com um telefone de
brinquedo ao ouvido e buscando contato com todos ao redor. Com a pesquisadora,
ele sempre se aproximava com este brinquedo ao ouvido buscando retorno à
conversa ao telefone.
Sua mãe menciona que Davi, em casa, brinca com ela mesma e com o
irmão de 13 anos, que ele adora. Normalmente brinca fora de casa, de jogar bola e
de esconde-esconde. A mãe de Davi conta que o filho gosta muito de jogar bola e de
brincar com chocalhos de garrafas. A música que Davi mais gosta é: "Atirei o pau no
ga to to".
22 de agosto de 2017 – Davi chega com seu pai e a pesquisadora logo pega
uma garrafa de água vazia e brinca com ele como se fosse um celular, coloca
próxima à orelha e fala: "Alô, Davi, tudo bem com você? Olha é para você,
atende...". Davi entrega um brinquedo para a pesquisadora e a pesquisadora liga o
brinquedo e começa a tocar uma música e Davi começa a dançar. Depois brincam
de passar a garrafa com água colorida entre Joana, Davi e a pesquisadora. Brincam
novamente de telefone e, em seguida, a pesquisadora começa a cantar músicas
para as crianças e Davi dança e bate palmas. Davi pega os óculos da pesquisadora
e a pesquisadora brinca de tirar e colocar os óculos enquanto Davi gargalha. Davi
162
brinca de montar torre junto com a pesquisadora que fala: "Que torre bonita Davi,
vamos montar outras torres...". A pesquisadora mostra como encaixar mais peças e
Davi emite vocalizações e a pesquisadora diz: "É eu também acho";
Tabela 20 - Rodrigo
Rodrigo faltou durante muitos encontros e quando vinha era um bebê que
brincava mais sozinho. Ele participava das rodas de música e assistia aos vídeos e
brincadeiras, mas não buscava muito o contato. Quando outras crianças se
aproximavam para brincar, Rodrigo entrava na brincadeira e trazia um brinquedo
para brincar junto. Muitas vezes brincava de telefone junto com a pesquisadora, Davi
e outros bebês;
Rodrigo faltou durante muito tempo e soubemos que ele estava morando
com os avós. Rodrigo não tinha contato com o seu pai, apenas com sua mãe que
era muito jovem. Logo, sua mãe o deixou somente aos cuidados dos avós. Durante
esse período, Rodrigo começou a apresentar um comportamento de morder os seus
colegas. Em algumas ocasiões, as cuidadoras o isolavam dentro de um berço para
cessar este comportamento;
Tabela 21 - Betania
SGSII
Sua mãe menciona que Betania brinca com os irmãos, mãe e pai quando
está em casa. Como tem irmãos, gosta muito de brincar com eles. Apesar de não ter
quintal em casa, Betania brinca fora de casa. Betania gosta muito de dançar e de
brinquedo de fazer barulho. Adora música, principalmente a da: "Galinha
Pintadinha", forró e funk.
Tabela 22 - Ian
;´;
172
Ian chegou à creche um pouco depois dos outros bebês, pois sua mãe
veio trabalhar como coordenadora pedagógica da creche depois que o semestre já
tinha iniciado. No começo, ele estranhou muito, chorando com frequência,
principalmente quando via a mãe que vivia se escondendo. Foi um início difícil,
inclusive estressante tanto para ele como para as cuidadoras, que se preocupavam
em acudir o seu choro intenso e constante.
Sua mãe relata que Ian, como filho único, gosta muito de assistir a vídeos
de música infantil, como o "Patati Patatá", batendo palmas e realizando os
movimentos que as músicas suscitam. Fica mais dentro de casa com a mãe, saindo
mais somente nos finais de semana. Dentro de casa gosta de brincar no armário de
panelas da mãe e também de chutar bola. É corintiano e ao chutar a bola fala: "Gol!"
25 de abril de 2017 – Hoje foi feita uma atividade motora com uma rampa feita
como escorregador e Ian gostou muito de participar dessa atividade;
03 de outubro de 2017 - Ian dança ao som do vídeo: "Patati Patatá". Ian pega
uma bolinha e fica chutando pela sala falando: "Gol"!;
Tabela 23 - Caio
Apesar disso, Caio gostava de participar das salas de vídeo, onde assistia
vídeos. Batia palmas e mostrava-se feliz nesses momentos. Inclusive, gostava das
rodas de história ou rodas de música na sala, onde executava os exercícios que a
música suscitava.
Seu pai relata que Caio brinca com os pais, avós e primo. Gosta de
brincar com o primo e outras crianças, tanto dentro de casa como fora. Gosta muito
de brincar de pega-pega e o seu brinquedo favorito é uma bola. O pai relata que ele
gosta muito de músicas, principalmente as cantadas.
vídeo, assistindo ao vídeo do: "Patati Patatá", bate palmas animado e depois tenta
subir no pufe. Depois, dentro da sala, a pesquisadora conta história com luva, com
dedoches de bichos, ele se aproxima e tenta pegar os dedoches, bem como o livro,
e a pesquisadora deixa ele virar as páginas do livro. Mais tarde, Caio pega o livro da
mão de Joana;
Fabiana - educadora:
A profissional relata que foi bem legal todo o trabalho. Diz que no começo
os bebês estranhavam porque era gente de fora, mas depois eles já começaram a
se acostumar com a pesquisadora e sua assistente. "Vocês chegavam cedo e
quando os bebês chegavam, eles já reconheciam vocês".
Fabiana conta que prefere trabalhar com os bebês. Agora está com crianças
mais velhas e o trabalho é bem diferente.
183
Conta que as crianças, atualmente, evoluem muito no dia a dia, sendo muito
mais visível e o retorno muito mais rápido.
Cátia - educadora
Relata que a intervenção feita deu muito apoio para os menores. Conta
que está utilizando coisas que observou na intervenção, até em casa com o seu
bebê e percebe novas aquisições no desenvolvimento do bebê.
Relata que deu para utilizar as coisas que foram feitas no processo
interventivo, tanto com o seu bebê, quanto com o novo grupo de bebês que chegou.
Diz que eles gostam bastante e participam, que falam tudo. Na hora do almoço,
Cátia conta que canta para os bebês e que eles gostam. Diz que fala tudo para ele.
Cátia conta que tenta dar banana e maçã na mão dos bebês. Relata que
a mamadeira eles já tomam sozinhos e afirma que é importante dar autonomia para
eles.
Diz que é importante estimular a falar, falar com eles o tempo todo, tudo o
que quer falar.
Relata que consegue aplicar tudo com os bebês, com quem trabalha
atualmente, e com a sua própria bebê.
Maria diz que criança desta faixa etária deve ser recebida com muito
afeto, porque eles estão se desprendendo da mãe e a mãe para eles é a
184
representação do afeto. Portanto, eles devem ser cuidados com afeto e de acordo
com a faixa etária deles.
Relata que estão dando maior autonomia para os bebês novos, por
exemplo: deixar que eles segurem as frutas.
MOVIMENTOS
INTERAÇÃO
OE
CONVOCAÇÃO
REPETIÇÃO
188
Esfera de Data e Ação da Ação do educador Efeito na criança Esperado como resultado da ação Movimentos
desenvolvimento No de pesquisadora
interv.
Audição e 04/04 No pátio com Cantava e batia Igor e Jonathan Participação e interesse das crianças, ATENÇÃO
linguagem música: cantar, palmas junto batiam palmas. ambiente diverso, alegre e
1ª bater palmas e descontraído.
Interação social fazer exercícios Letícia e Ana faziam
os movimentos das REPETIÇÃO
motores
relacionados às músicas – apontavam
músicas para a palma da mão
quando cantamos:
"Meu Pintinho
Amarelinho"
Audição e Leitura da história: Rodrigo, Ana, Letícia Participação e interesse das crianças, ATENÇÃO
linguagem "A Bela e a Fera" e Gisele se escuta atenta.
de maneira teatral aproximaram para ver
mostrando as o livro. Davi ficava de
figuras do livro. pé tentando virar as
páginas do livro.
Audição e Leitura da história Mediavam as Bebês menores Presença participativa na intervenção ATENÇÃO
linguagem mostrando o livro interações e atentos a si próprios – lúdica.
para todos os acolhiam as André, Luciano, Maria
Interação social presentes necessidades. Betania e Sonia e aos INTERAÇÃO
colegas. André
brincava com o
189
próprio pé e fazia
carinho na cabeça do
Luciano.
Audição e Colocamos música Crianças se mexiam, Atenção e participação com alegria ATENÇÃO
linguagem juntamente com os como se estivessem
fantoches dançando
Interação social Fantoches Joana e Davi se Interação participativa das crianças ATENÇÃO
chamam crianças aproximaram e deram com os fantoches
para cumprimentar a mão para o INTERAÇÃO
dando a mão. fantoche.
Interação social Pesquisadora O Davi se aproxima Interação social com a pesquisadora e REPETIÇÃO
brinca de falar no da pesquisadora e entre os bebês
telefone com Davi traz uma garrafa pet INTERAÇÃO
e com Joana. Falo: ao ouvido simulando
"Alô , alô!!" um telefone. Joana
participa junto
passando a garrafa
para a pesquisadora e
colocando na orelha
dela
Audição e Pesquisadora Professora Cátia Bebês bateram Participação e interação dos bebês ATENÇÃO
linguagem cantou e brincou sentou com os palmas e mexiam o
junto com a bebês mais
191
Manipulativas Pesquisadora faz André, Marcela, Atenção aos sentidos ativados pela ATENÇÃO
massagem com a Sonia, Rita, Dante e bola multissensorial.
bola Isabella ficam olhando
multissensorial no fixamente para as
pé dos bebês luzes da bola e
pequenos. sentem a massagem.
192
Interação social Pesquisadora Davi traz um telefone Interação social e atividade CONVOCAÇÃO
responde às de brinquedo para compartilhada
Autonomia iniciativas de Davi brincar com a
Pessoal e Joana pesquisadora e Joana
vem junto participar
da brincadeira.
Manipulativas 15/08 Pesquisadora André copia os gestos Atenção e interesse pelo objeto ATENÇÃO
mostra o piano a e explora o brinquedo.
André. Aperta as
teclas para André
REPETIÇÃO
ver como
funcionava
Interação Social Pesquisadora fala André faz tchau em Interação social e repetição da ação REPETIÇÃO
para André: "Faz retorno.
tchau, faz."
Interação Social Educadora Letícia e Gisele dão Brincadeira que trabalha a constância ATENÇÃO
Fabiana brinca de risada quando o pano
193
Locomotoras Pesquisadora diz Ana dança imitando Realizar movimentos motores REPETIÇÃO
para a Ana: os movimentos da compartilhados
"Vamos dançar?" pesquisadora.
Interação Social Pesquisadora Joana pega o piano e Busca de contato e compartilha o CONVOCAÇÃO
acolhe Joana e o leva até a mundo simbólico.
Manipulativas piano e diz a pesquisadora
Joana: "Toca o
piano, Joana."
Apesar de ser
difícil tocar, pois
Joana não quer se
sentar, não larga o
piano nem para se
alimentar.
Interação Social Pesquisadora fala Joana pega um papel Joana pede autorização para realizar CONVOCAÇÃO
para Joana tirar o e traz na boca e ação. Por acreditar e confiar no
Autonomia papel da boca, mostra para a ambiente pergunta antes se pode.
Pessoal pois aquilo não é pesquisadora.
para engolir.
195
Joana parece
compreender, pois
tira o papel da
boca e faz sim
com a cabeça.
Autonomia Educadora Elisa André grita bravo. André mostra descontentamento, pois ATENÇÃO
Pessoal está dando ainda não consegue adiar o prazer de
mamadeira ao ser alimentado, porém ainda não
André que grita consegue se alimentar sozinho.
quando Elisa para
um pouco para
recepcionar um
bebê que acaba
de chegar.
Visuais Pesquisadora Dante olha para a Chamar atenção para o pé de Dante ATENÇÃO
senta-se ao lado meia. nomeando o ursinho que tem na meia
de Dante e fala: do bebê.
"Olha que linda a
sua meia de
ursinho!"
Interação Social Pesquisadora Caio pega o piano e Busca de contato para brincar junto e INTERAÇÃO
acolhe, tanto a se aproxima da nomear
Audição e demanda de Caio pesquisadora. Joana
Linguagem – com o piano, vem também e quer
quanto a boneca pegar o piano da mão
que a Joana traz. de Caio.
196
Pesquisadora
intervém e Joana
corre para a caixa de
brinquedos e traz uma
boneca e mostra para
a pesquisadora.
Interação Social Educadora Elisa Joana aponta para a Identificar que a barriga é onde moram CONVOCAÇÃO
está sentada com barriga de Elisa os bebês antes de nascerem.
Letícia e Joana no quando questionada
colo e ambas onde está o bebê e
olham para a depois aponta para a
barriga de Elisa (7 sua própria barriga.
meses de
gravidez).
Interação Social Pesquisadora Larissa bate em Auxílio no controle da força ao acariciar REPETIÇÃO
mostra como fazer Dante e pesquisadora o bebê.
Autonomia carinho com a mão intervém falando para
Pessoal leve e suave no Larissa: "Faz carinho
rosto do bebê. no bebê".
Interação Social Pesquisadora fala: Joana leva o celular Busca de contato denotando que sabe CONVOCAÇÃO
"Alô, quero falar de brinquedo para a
197
Interação Social Pesquisadora diz: Caio observa a cena Interação e busca de contato CONVOCAÇÃO
"É para você Caio, da Joana com o denotando que sabe a função do objeto
fala - Alô". celular em interação - celular
com a Pesquisadora e
coloca o piano na
orelha como se fosse
conversar também
conosco.
Audição e Pesquisadora Joana aponta para a Brincar compartilhado. Música com ATENÇÃO
Linguagem canta: "Meu palma da mão e bate significado simbólico onde há gestos
Pintinho palmas. Ana, Letícia e simbólicos que podem ser
Amarelinho" e faz Marcela começam a reproduzidos
os gestos da dançar
música como
apontar para a
mão.
Audição e 19/09 e Cumprimentar as A educadora André vocaliza: Contato visual entre adulto e bebê e/ou ATENÇÃO
linguagem 03/10 crianças - "Bom Fabiana "Eeeeh" vocalizações emitidas pelo bebê.
dia!" cumprimenta as
18ª crianças que Joana e Letícia que já
"Há quanto tempo chegam: estavam na sala
Fala e linguagem 19ª eu não via vocês" continuam interagindo
INTERAÇÃO
(a pesquisadora "Oi, bom dia, e brincando entre si e
não os via há 15 periquito" você é com a pesquisadora;
198
Fabiana os deita
no berço de chão
– os menores, ou
os coloca
sentados no chão.
Interação Social Pesquisadora Fabiana acena Caio imita e acena Observação compartilhada com REPETIÇÃO
acena tchauzinho um tchau para a para a mãe de Davi imitação.
Autonomia também para a mãe de Davi que também.
mãe de Davi e o deixa e vai
200
Audição e Pesquisadora Igor, Letícia, Joana, Juntar as crianças para ação ATENÇÃO
linguagem canta: "Parabéns Ana e André compartilhada e acrescentar uma
para você"! interagem com a atividade motora de bater palmas
Interação Social pesquisadora batendo relacionando à música.
palmas e sorrindo.
REPETIÇÃO
CONVOCAÇÃO
Manipulativas Pesquisadora Educadora Cátia Bebês dançam, Reação ao som, movimentando o ATENÇÃO
canta, dança, bate liga o som com rebolam e corpo, batendo palmas e execução dos
Interação Social palmas e faz os músicas infantis. movimentam o corpo movimentos motores que a música
Cognitivas movimentos e a cabeça. sugere.
REPETIÇÃO
motores que a
música sugere.
203
Manipulativas Pesquisadora Educadora Cátia Todos os bebês se Proporcionar oportunidade para todos CONVOCAÇÃO
brinca com os despeja um saco aproximam e cada um os bebês manipularem os brinquedos e
Visuais bebês de acordo de brinquedos no pega um brinquedo exercerem um brincar criativo.
Interação Social com o brinquedo chão para as para manipular e
que trazem para crianças observar, levar à boca
Autonomia ela respondendo brincarem e brincar.
Pessoal às iniciativas
deles.
Visuais bebês uma mesa mesa, com a bem como a nomeação das ações REPETIÇÃO
multisensorial e pesquisadora e com
Interação Social brinca de apertar eles mesmos
os botões e fazer manipulando as
atividades de abre atividades
e fecha sempre apresentadas na
nomeando as mesa.
ações executadas.
Audição e 07/11 Pesquisadora Ana participa da Momento de interação e de utilizar uma ATENÇÃO
Linguagem canta: "A roda do música e dança bem música para serem executados
22ª ônibus roda, roda" como faz os movimentos que representam a música REPETIÇÃO
Interação Social . movimentos
associados à música.
Interação Social Pesquisadora Leticia, Ana e Larissa Crianças procuram a pesquisadora CONVOCAÇÃO
recebe os levam brinquedo para para brincar
Audição e brinquedos, a pesquisadora
Linguagem nomeia-os e brinca
com os bebês.
desenhos.
Fala e Pesquisadora Bebês imitam o som: Prática dos sons da fala REPETIÇÃO
Linguagem pega carrinhos e "Brrrrrrr"
faz o som:
"Brrrrrrr".
Cognição Pesquisadora André olha a volta, Ato que mostra que há uma REPETIÇÃO
coloca a mão no não encontra nenhum compreensão do objeto simbólico –
ouvido e fala para objeto, tira a chupeta celular.
o André: "Alô" da boca e coloca no
ouvido.
207
SGSII
Abaixo da média = 5%
Abaixo da média = 5%
8 Sujeito típico – considero sujeito típico aquele que a priori não tenha nenhum comprometimento
diagnosticado e que esteja se desenvolvendo de acordo com o esperado em todos os quesitos de
análise de acordo com parâmetros da idade cronológica.
212
Gráfico 1 – Análise comparativa das diferenças entre Pré e pós-teste nos dois
gurpos de bebês segundo SGSII.
imita sons que o adulto emite tais Faz os sons brrrrrr e estala os lábios
como: tosse, brrrr, estalar os lábios
215
fala uma palavra que significa algo usa palavras completas para falar
compartilhado com o bebê
atira bola com o braço erguido estimula a criança a atirar a bola com
o braço erguido e nomeia a ação
segura o copo com uma mão só, estimula o bebê a pegar o copo com
consegue beber o líquido e voltar o uma mão só estando ao lado e
copo para o mesmo lugar orientando;
De
intervenção Controle
Menino Número 9 6
Menina Número 10 7
De intervenção Controle
7.78 14.23
Branco Número 11 9
Pardo Número 6 1
Negro Número 2 1
Figura 31 - Média Total pré e pós-teste incluindo todos os 32 sujeitos (com sujeitos
que se sobressaíram: # 19 e 36)9
Pontuação média: 4 a 6
9 Havia dois bebês na população que foram definidos como sujeitos que se sobressaíram. #19 do
grupo de intervenção que pontuou abaixo da média em várias esferas de desenvolvimento. #36 do
grupo controle que pontuou acima da média em várias esferas de desenvolvimento.
226
Conclusão:
Marina:
Figura 35 - Média Total pré e pós (sem sujeitos que se sobressaíram: # 19 e 36)
Pontuação média: 4 a 6
Conclusão:
Figura 37 - Marina
Marina:
Pontuação média: 4 a 6
Figura 40 - Marina
muito importante ela engatinhar em ambientes de chão mais duro para ela poder
conseguir desenvolver o movimento do engatinhar melhor.
Pontuação média: 4 a 6
Marina:
Pontuação média: 4 a 6
237
Figura 46 - Relatório
Marina:
Pontuação média: 4 a 6
Marina:
Pontuação média: 4 a 6
Figura 52 - Relatório
Marina:
Pontuação média: 4 a 6
apresentou escore acima da média. Embora o grupo controle tenha começado com
um escore médio de pré-teste maior que o grupo de intervenção, o grupo de
intervenção apresentou maior escore médio no pós-teste do que o controle. O
escore médio do grupo de intervenção de pré-teste para pós-teste aumentou em
2,32 pontos. Quanto ao grupo controle, a pontuação média do pré-teste para o pós-
teste aumentou em 1; Portanto, o grupo de intervenção teve um aumento de mais de
duas vezes mais do que o grupo controle devido à intervenção.
Figura 55 – Relatório
Marina:
Discussão: Marina não vai à creche e não tem muitas relações e vivências
sociais, apesar disso, pontua acima da média. No entanto, pelo seu núcleo social ser
mais restrito do que bebês que frequentam creche, pontua abaixo do escore, tanto
do grupo de intervenção quanto do grupo controle.
Pontuação média: 4 a 6
Figura 58 - Relatório
Marina:
Discussão: Marina não vai à creche e como está em casa com a atenção
focada e direcionada da família e babá, lhe é concedida maior autonomia
principalmente no que se refere à alimentação, sendo o que concede mais pontos na
subescala autonomia nesta idade.
248
Pontuação média: 4 a 6
Figura 61 - Relatório
Marina:
Discussão: Marina não vai à creche e como está em casa com a atenção
focada e direcionada da família e babá lhe são proporcionadas maiores
possibilidades de avanços cognitivos, da mesma forma que a intervenção/orientação
direcionada com cuidadores (mãe e babá) presentes alcança maiores resultados.
Figura 62 - Comparação de média SEM os sujeitos que se sobressaíram (ID # 19 & 36)
Subescala Auditiva:
Pontuação média: 4 a 6
Subescala Fala:
Pontuação média: 4 a 6
utilizada nesta tese é originalmente de língua inglesa, sendo esta língua de diferente
complexidade do português. Os dados comparativos de tabela refletem o estudo
inicial com a população inglesa que utilizam o inglês como língua oficial.
Subescala Autonomia:
Pontuação média: 4 a 6
Quanto ao grupo controle, uma vez que o sujeito que sobressaia foi
removido (o bebê que pontuava na maioria das escalas acima da média), a
diminuição do escore de pré-teste teve um adicional de 0, 8 pontos do que quando
calculado com o sujeito que se sobressaia.
Lembrando que essa subescala específica sofria o efeito das regras das
duas distintas instituições. A instituição do grupo de intervenção não autorizava para
bebês de Berçário 1 a autonomia de se alimentarem sozinhos, ao passo que a
instituição do grupo controle autorizava. Como a avaliação utilizada – SGSII utiliza
como os primeiros itens a serem pontuados na subescala Autonomia, relacionados à
253
Marina:
Social, ela desempenhou pior do que o grupo controle, mas melhor do que o grupo
de intervenção no pré-teste, e desempenhou pior que está na média esperada para
a sua idade, contudo, abaixo do escore em relação ao grupo de intervenção e acima
do escore em relação ao grupo controle.
Discussão: Marina não vai à creche e como está em casa com a atenção
focada e direcionada da família e babá lhe são proporcionadas maiores
possibilidades de avanços cognitivos, além da intervenção/orientação direcionada
com cuidadores (mãe, irmã e babá) presentes alcança maiores resultados.
De intervenção Controle
Sim Número 12 10
Não Número 7 2
Quantos Irmãos
De intervenção Controle
Nenhum Número 7 2
1 Número 5 4
2 Número 5 2
3 Número 2 2
Intercorrências
de Parto
De
intervenção Controle
Número 9 6
Tipos de Intercorrências
parto
estimulado 1 0
infecção
urinária 4 2
pressão alta 2 0
anemia 1 3
parto fórceps 0 1
sofrimento
fetal 1 0
260
Média de Adultos
Presentes na Casa
De intervenção Controle
2.11 2.08
263
Tabela 36 - Teste T – pai presente, que mora junto com o bebê, no grupo controle
versus grupo de intervenção
Presença do Pai
De intervenção Controle
Sim Número 19 12
De intervenção Controle
Sim Número 15 9
Não Número 4 3
No grupo controle, aqueles com pai presente, ou seja, que moram junto
na mesma casa em que o bebê, e com pai ausente, apresentaram diminuição da
média total do pré-teste para o pós-teste. Quanto ao grupo de intervenção, aqueles
que tiveram um pai presente apresentaram um ligeiro aumento na pontuação média
geral do que aqueles que não possuíam um pai presente.
Há seis bebês com o pai ausente dentro do total de 32; três no grupo de
intervenção e três no grupo controle. Todos tinham uma mãe presente, mas apenas
dois tinham somente a mãe e nenhum outro cuidador. Um dos seis tinha a mãe e
avós. Outro tinha a mãe e um irmão mais velho. Dois tinham a mãe, a tia, e os avós
presentes.
Presença de Avós
De intervenção Controle
Sim Número 4 2
Não Número 15 10
Tabela 39 - Teste T- Mãe que trabalha fora no grupo controle versus grupo de
intervenção
Mãe Trabalha
De intervenção Controle
Sim Número 17 11
Não Número 2 2
Pai Trabalha
De intervenção Controle
Sim Número 16 11
Não Número 1 0
De intervenção Controle
6 horas Número 2 0
7 horas Número 0 1
8 horas Número 9 3
9 horas Número 2 3
10 horas Número 3 1
De intervenção Controle
6 horas Número 1 1
8 horas Número 9 2
9 horas Número 1 1
271
10 horas Número 3 2
12 horas Número 1 1
No grupo controle, aqueles que tinham uma mãe que trabalha fora
apresentaram uma diminuição na média total do pré-teste para o pós-teste. Quanto
ao grupo de intervenção, aqueles que possuíam mães que trabalham fora
apresentaram uma ligeira diminuição na pontuação média geral do que aqueles que
não possuíam uma mãe que trabalha fora. Isso sugere que as mães que trabalham
e chegam cansadas para buscar seus filhos, que passaram o dia na creche, e
também estão cansados, tem maior dificuldade de executar ações e atividades que
ampliem e otimizem o desenvolvimento do bebê.
272
Assim como no grupo de intervenção, percebemos que ter uma mãe que
não trabalha na vida de Marina é muito importante, alavancando os valores médios
de pré-teste para pós-teste.
ao nascer
De intervenção Controle
3.29 KG 3.55 KG
273
De intervenção Controle
30.05 33.38
De intervenção Controle
31.41 40.33
próxima e presente, além da mãe, uma babá e uma empregada para auxiliar com os
seus cuidados diários.
Médio Número 9
Fundamental Número 2
2o incompleto Número
Médio Número 8
Fundamental Número 4
2o incompleto Número 1
Chorou ao nascer
Alimentação: leite materno e no decorrer do ano houve a introdução dos alimentos sólidos
havendo boa aceitação
Sociabilidade: Sorriu aos 3 meses na presença de familiares sendo uma criança sociável
e que estabelece contato com outras crianças, principalmente com a irmã
Utiliza chupeta
Talita (mãe) pontua que tanto o inter-relacionamento familiar de Marina com mãe, pai e
irmã é ótimo, como o relacionamento entre Talita e o marido também é ótimo.
Não há na família pessoas com problemas de saúde, nem com vício e nem envolvidas
282
com a justiça.
Nacionalidade: brasileira
Nacionalidade argentino
Casado há 10 anos
Pesquisadora
conversa com a
mãe e pai da
Marina.
Data 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
01/10/18 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1
2 = acima do esperado
284
30/10/18 Talita conta que já coloca A pesquisadora liga a Marina sorri e faz
Marina no cadeirão perto musiquinha de bebês sons guturais.
da mesa das refeições da brasileira e conversa com
família, pois Marina já Marina, sempre em
manifesta vontade de português – sendo esta
participar da vida da uma solicitação da mãe,
família e quer ficar na falando como ela estava
altura de todos perto da bonita e crescida que a
mesa. cada semana ela parece
mais linda e mais
Quando a pesquisadora crescida, sempre com
sobe para o quarto de uma voz carinhosa em
Marina ela estava deitada tom mais agudo e
no tapetinho e se melodioso.
movimentando com as
mãozinhas e pezinhos A pesquisadora dá um Marina pega a girafa
alegremente. brinquedo para Marina e coloca na boca.
falando que era uma
287
Talita prestou
Pesquisadora fala para
bastante atenção
Talita também que estava
em todas as
estudando e pesquisando
orientações e
sobre intervenções com
parecia satisfeita.
bebês e que encontrou
uma pesquisa recente
feita sob a orientação de
colegas mexicanos
(SOTO, 2018) e que
achou que seria
interessante para ela e
seu marido lerem e terem,
por isso, tirou xerox e
trouxe para ela. Se
colocou à disposição caso
eles queiram conversar
sobre o material. Como
Marina ainda continuava
dormindo e ambas
conversavam sobre
bebês, a pesquisadora
orientou Talita a prestar
atenção principalmente
para levá-la para se olhar
no espelho, fazer
balanços nas diversas
posições para estimular o
vestíbulo e para
massagear o corpo dela,
segundo orientado na
tese.
289
Data 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
01/10/18 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1
15/11/18 1 1 1 1 1 2 2 2 1 1
Mostrou um vídeo de
Marina mamando e
praticamente segurando a
mamadeira.
Mostrou um vídeo de
Marina no balanço,
parecendo um tipo de
andador falando muito,
verbalizando muito e se
jogando para trás.
Mostrou um vídeo de um
banho de Marina em que
ela já está praticamente
sentada.
Mostrou um vídeo de
Marina deitada na cama
de bruços com um começo
de arrastamento, precursor
do engatinhar assim como
Marina virando o corpo.
Parece estar se
desenvolvendo bem, só
com esta questão de não
294
A pesquisadora coletou
saliva de Talita, que
adiantou que no dia de
hoje provavelmente deve
estar com o cortisol
elevado.
Medida – 0,6ug/dL
A pesquisadora desejou
um bom final de ano e
boas férias para Talita e
sua família, se despediu e
marcou de falar com Talita
para marcar os próximos
encontros no início de
2019.
A pesquisadora pontua
Talita presta
que isso é muito atenção.
importante na
estruturação cognitiva e
que era para incentivar
isto.
Obs: rebola
e contorce-
se para se
deslocar
Obs: imita
sons
produzidos
pelos adultos
Data 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
01/10/18 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1
15/11/18 1 1 1 1 1 2 2 2 1 1
15/01/19 1 1 2 1 1 1 2 1 1 1
Conversaram sobre o
refluxo de Marina que
melhorou muito. Talita
conta que Marina acorda à
noite, mas que agora está
mais calma e acorda
menos vezes. Em função
de já estar comendo sopa
pastosa e frutas não está A pesquisadora perguntou se Talita falou que
tendo mais refluxo e isto Marina já consegue sentar não, só se eles dão
faz com que ela deixe a sozinha. o dedo.
menor mais tempo no
berço. Já pode dormir Orienta para apoiarem as
sozinha no berço e não costas de Marina para que
mais no colo, como era logo ela consiga.
antes, e isso é muito bom.
A pesquisadora questiona se
Marina já aponta e Talita diz
que não. Então, a
pesquisadora orienta para
brincar com um brinquedo e
que, em seguida, deixe o
brinquedo longe para que
Marina queira e manifeste o
desejo de pegar
possibilitando o apontar.
Questiona se Marina já
observa todas as pessoas Talita diz que
em casa e orienta que logo Marina mostra-se
ela estará compreendendo e bem atenta aos
fazendo não com o dedinho movimentos das
e tchau com a mão desde pessoas na casa.
que isso seja praticado.
Questiona se Marina já
reconhece o nome e orienta Talita diz que ainda
para que a mãe a chame não.
.
sempre pelo nome e não de
filha, bebê, boneca etc.
A pesquisadora questiona se
Marina já fala as consoantes Talita diz que ainda
e bate palmas. não.
Pesquisadora observa em
vídeo Marina brincando
com o chocalho,
procurando o brinquedo
escondido embaixo do
copinho.
Quando Marina acordou,
desceram na sala de
303
Brincou com um
brinquedão – já passa o
brinquedo de uma mão
para a outra.
Ao esperar brincaram de
alguns jogos com Laura,
conciliando a atenção
entre as duas crianças na
304
A pesquisadora conversou
Laura prestou
com Laura para ela cantar
músicas para Marina e fazer atenção.
os movimentos como nas
músicas: "Meu Pintinho
Em seguida Talita desceu Amarelinho" e "A Roda do
sozinha e disse que ônibus Roda, Roda" e que
Marina havia mamado e era para ela esconder
dormido, pois hoje tomou brinquedos embaixo de
vacina e não estava muito panos para Marina procurar.
bem, estava irrequieta e
chorosa.
A pesquisadora deu
feedback comentando que
Marina está se
desenvolvendo muito bem de
acordo com o instrumento
que avalia as competências:
SGSII.
Medida – 0,3ug/dL
Todos os presentes:
Pesquisadora, assistente, Marina observa e
Talita e Laura cantaram: "A sorri.
roda do ônibus roda, roda",
fazendo todos os atos
motores que correspondem à
Todos brincaram juntos e música bem como: "Meu
foi alegre e divertido. Pintinho Amarelinho".
Pesquisadora sugere que a
família faça isso quando
possível, juntos, como família
protagonista para que haja a
atenção compartilhada.
Colocaram Marina de pé e
ela está bem firme,
inclusive se apoia em um
brinquedo e fica de pé
sozinha.
Em seguida brincaram
com alguns brinquedos,
esconderam uma peça de
brinquedo e ela buscou
embaixo do peixe. Mas
quando está escondido
309
Data 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
01/10/18 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1
15/11/18 1 1 1 1 1 2 2 2 1 1
15/01/19 1 1 2 1 1 1 2 1 1 1
26/02/19 1 1 2 2 2 1 2 2 1 2
A pesquisadora orientou
Laura a fazer os
movimentos e cantar a
música com e para
Marina.
Talita colocou Marina de
bruços para todas verem
ela engatinhar. Marina está
quase engatinhando. Ela
ergue os braços e fica na
posição, contudo, mais se
arrasta para trás. Estava
cansada para fazer o
movimento para frente, mas
está quase engatinhando.
Quando está de barriguinha
no chão, se arrastando, já
faz o movimento correto de A pesquisadora pediu
Marina vira página de
mão oposta à perna. Marina para ver Marina com um
livro grosso e
está se movimentando livrinho.
também aponta para
muito mais.
os ursinhos no
desenho. Marina
tinha interesse em
ver os desenhos mas
também queria
colocar o livro na
Talita brinca de "Cadê?". A boca.
mamãe com Marina e
Marina tenta tirar a mão de
Talita da frente do rosto de
Talita para brincar de
“Achou!”.
Quando a pesquisadora
chegou, Marina estava
comendo mexirica sozinha
segurando uma colher com
redinha.
A pesquisadora continua
preenchendo a ficha de
avaliação, segundo
observação dos
movimentos e ações de
Marina e dados que
Talita passa.
Talita afirma e a
pesquisadora observou que
Marina ainda não consegue
adotar a posição de sentar
sozinha e, apesar de adotar
a posição de engatinhar,
ainda não consegue se
movimentar. Cansa logo e
desmonta a posição. Talita
conta que Marina ainda
não consegue andar de
mãos dadas com alguém,
só consegue ficar de pé e
movimentar o pé, mas não
se locomove.
Encontra brinquedo
escondido embaixo de um
pano.
Já indica descômodo
quando a fralda está
molhada.
Data 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
01/10/18 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1
15/11/18 1 1 1 1 1 2 2 2 1 1
15/01/19 1 1 2 1 1 1 2 1 1 1
26/02/19 1 1 2 2 2 1 2 2 1 2
02/04/19 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2
Marina adotou a
posição sentada e se
mexia como que
rebolando e mexendo
as mãos como que
dançando.
Marina engatinhava
pela sala e olhava
para a pesquisadora
e sua assistente, indo
em direção aos
brinquedos e
brincadeiras que
ambas propunham.
pesquisadora e sua
assistente se despediram.
16/04/19 Hoje a pesquisadora A pesquisadora elogiou
chegou e logo foi atendida Laura e desceu com ela.
por Laura que a levou
para baixo e contou que
estava jogando UNO com
a sua mãe e que estava
vencendo.
brinquedão.
brinquedo é de
carpete grosso e
talvez não propicie o
engatinhar. Contudo,
Talita não deixa
Marina no chão da
casa por achar sujo e
também porque eles
têm cachorro.
Talita brinca de "Onde
está a mamãe?", Marina
se aproxima e tira as A pesquisadora brinca Marina chega bem
mãos da mãe da frente do com Marina de: "Cadê?" perto e olha para a
rosto e Talita fala: "Achou", se escondendo pesquisadora
"Achou". atrás das mãos. enquanto ela faz isso.
A pesquisadora
Marina evacua e começa canta:"Yellow Submarine" Marina olha
a chorar e a ficar agitada. – música que Marina atentamente e
A babá fala que já é hora gosta. balança as pernas
de dar o leite para ela e como que dançando.
trocá-la para que ela Em seguida tenta tirar
possa descansar. os óculos da
pesquisadora que
fala: "Este são os
meus óculos, você
gostou deles?".
328
Data 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
01/10/18 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1
15/11/18 1 1 1 1 1 2 2 2 1 1
15/01/19 1 1 2 1 1 1 2 1 1 1
26/02/19 1 1 2 2 2 1 2 2 1 2
02/04/19 1 1 1 2 2 1 2 2 2 2
07/05/19 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2
A pesquisadora deu
Marina engatinhava por toda Marina amassou o
para Marina um
sala de brinquedo. Queria pegar papel e brincou com
pedaço de papel.
os papéis da pesquisadora. Laura.
A pesquisadora começou a
fazer a devolutiva com Talita,
pois este era o último dia do
encontro.
A pesquisadora solicitou o
desenho história novamente de
Talita com a seguinte instrução:
o que a Marina representa para
você.
331
Dia 1 – 5.52 nmol /L - na média - esperado inferior a 20,3nmoll /L, de acordo com o
Deitada em tapete de estimulação tocando piano com os pés. Emite sons guturais.
Pesquisadora usa bola colorida, sino e dedoches, além de conversar e cantar para
Marina.
Bebê – 6 meses.
Estava dormindo, mas observamos vídeos dela: segura mamadeira, verbaliza muito,
no banho fica sentada e já vira de costas para bruços.
Vídeos: Sentada na banheira, Marina rindo muito das brincadeiras da irmã, virando o
tempo todo de bruços para costas.
Bebê – 9 meses.
A pesquisadora não viu Marina hoje, pois ela estava muito gripada e com febre. Na
semana anterior, tinha realizado a última avaliação onde Marina performou acima da
média em todas as subescalas.
pode se dar tendo bebês, outras crianças, jovens e adultos servindo de modelos ou
interagindo entre si (VYGOTSKY, 1994/1962).
colherada de comida.
Conforme Gonzalez et al. (2016), o bebê que nasce com baixo peso
necessita da estimulação, principalmente motora, e também da ativação cortical para
promover o processo de humanização. Uma criança que nasce muito pequena
precisa de cuidados adicionais. Caso a mãe não esteja em condição de exercer este
cuidado, faz-se importante que outro cuidador assuma e faça com tranquilidade o
que lhe é possível. O contato de pais e filhos embrenhado de comunicação
emocional é essencial para o desenvolvimento do bebê e para sua inserção no
universo simbólico cutural.
346
papel dos pais. Viloria e Guinea (2012) corroboram essa afirmação na medida em
que enfatizam a importância de planejar e organizar, em Centros especializados, o
apoio a pais no que se refere à atenção precoce em prol do apoio mútuo e do alívio
do estresse. Durante o trabalho realizado na creche, com o grupo de intervenção, os
pais, tios e avós eram engajados no universo infantil quando vinham buscar os
filhos, no fim da tarde. A pesquisadora conversava com os familiares, comentava
como tinha sido o dia, acolhia questões particulares trazidas e interagia com os
bebês, diante dos pais, utilizando fantoches, brincadeiras simbólicas desenvolvidas
naquele dia ou cantando músicas. Foi também muito importante poder estar próxima
à mãe de Marina, buscando orientá-la, e tendo uma escuta solidária e compreensiva
quando ela relatava o estresse que experimentava em função da falta de sono.
Joana, que desempenharam um bom papel nas escalas de maneira geral, desde o
pré-teste até o pós-teste, evidenciando que aproveitaram todas as oportunidades
oferecidas durante a intervenção, atividades e momentos, agregando valor ao
desenvolvimento em potencial do bebê. (SOTO, 2018).
Outro dado curioso que esta pesquisa traz é que a ausência do pai
aumenta os escores da esfera social, da fala e da autonomia. Pensamos que esta
ausência torna necessário ampliar o universo social, ou mesmo, como aborda o mito
social de que a presença do pai reproduz o modelo tradicional, que dita que o pai
interage pouco com os filhos pequenos. A avó presente, em contrapartida, aumenta
a pontuação média, sugerindo que as avós têm uma interação mais livre,
espontânea e relacional com o bebê, facilitando o contato e a estimulação em prol
do desenvolvimento das esferas. No grupo de intervenção, havia várias avós que
vinham buscar seus netos na creche e, sempre que encontravam a pesquisadora
eram orientadas, constatando-se uma melhora nos escores de pré para pós-teste
nas seguintes esferas: Locomotora, Fala, Social e Autonomia. Sugerimos que todos
esses dados possam ser aprofundados em futuras pesquisas.
Percebeu-se que bebês que têm mães que trabalham fora diminuem no
escore geral, sugerindo que o contato com os filhos é feito com menos qualidade
devido ao cansaço tanto da mãe como da criança. Com ambos os membros desta
díade cansados, fica difícil executar ações e atividades que ampliem e otimizem o
desenvolvimento. Bebês fruto de mães que não trabalham fora aumentam o escore
total de desenvolvimento, haja vista os escores elevados de Marina que tinha uma
mãe que não trabalhava fora de casa, realizava somente trabalhos pela internet de
dentro da própria casa. Saunders (2015) enfatiza que as relações dialéticas com
vínculos significativos e saudáveis entre mãe e bebê promovem o desenvolvimento
emocional do bebê.
355
Contudo, vale ressaltar que mães que têm ensino superior, como a mãe
da Marina, que estava sempre presente em todas as orientações, corroboram o
pensamento de Irurita-Ballasteros, Falcão, Rocinholi e Landeira-Fernandes (2019)
que, quanto maior a escolaridade materna maior a comunicação e interação entre
mãe e bebê.
356
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, ter poucas educadoras por sala também dificultou o trabalho de
intervenção desenvolvido, posto que a sobrecarga de trabalho é muito grande,
sendo difícil proporcionar às educadoras uma troca de informações e orientações de
forma tranquila, com calma e atenta, pois elas tinham que manipular várias situações
ao mesmo tempo, sendo que o cuidado assistencial, por vezes, ultrapassou o
educacional. Pensamos que se houvesse possibilidade de haver mais educadoras
disponíveis, o cuidado educacional, ou seja, a inserção da criança no universo
simbólico cultural, poderia ser priorizado. É necessário pensar em alternativas de
formação continuada para as educadoras.
Todos esses dados foram levantados neste estudo, porém pensamos que
devem receber maior atenção em futuros estudos, que possam ter a oportunidade
de aprofundar mais nessas questões que podem ser divisores de águas em prol de
um desenvolvimento com maior qualidade em termos relacionais, em termos de
criatividade e de prevenção e promoção de saúde.
- Usar o próprio corpo do cuidador como apoio para o bebê deixar a sua
cabeça e as costas retas;
- Ajudar o bebê a olhar para os seus pés, dando apoio para suas pernas e/ou
colocando um chocalho em seus calcanhares para aguçar a sua curiosidade;
- Dar a mão para o bebê auxiliando-o a sentar;
- Brincar com bola multissensorial, massageando o corpo e os pés do bebê;
- Escorregar a criança em cima de um cobertor pelo chão da sala.
- Dar apoio para a criança levantar e se sentar, assim como ficar sentada;
- Escorregar a criança em rampa;
- Aninhar a criança no colo, dando contorno para ela;
- Rolar o bebê de barriga para baixo na bola Bobath (bola grande utilizada em
academias de ginástica);
- Rolar o bebê de barriga em almofada em formato de rolo com um brinquedo à
frente para ser alcançado pela criança;
- Brincar de "serra, serra, serrador". Cantar a música e fazer o movimento
corporal em que o bebê, segurado pela mão, cai com o corpo para trás
enquanto o adulto sobe e desce os joelhos;
- Dar apoio para que a criança fique de pé e proporcione espaços seguros para
a criança segurar enquanto estiver de pé.
Esfera 3: Locomotoras
Esfera 4: Manipulativas
- Colocar chocalhos nos pulsos do bebê para motivá-lo a olhar para as mãos e
brincar com elas;
- Entregar um brinquedo à criança para ela pegar e motivá-la a passar o
brinquedo de uma mão para a outra ou mesmo unir o brinquedo, ex: cubos;
- Demonstrar como mexer e dedilhar o brinquedo (ex.: tocar as teclas do
piano);
- Apresentar dedoche (fantoche de dedo) para a criança tocar nos seus dedos
e interagir com o fantoche;
- Apresentar livro para a criança virar as páginas e apontar para os
personagens estimulando a atenção compartilhada;
- Apresentar materiais táteis para a criança sentir diferentes tipos de texturas;
- Estimular a criança a bater palmas junto com a música;
- Dar cubos para o bebê colocar dentro de uma caixa ou construir uma torre;
- Dar um lápis para a criança rabiscar e ao amadurecer pedir para a criança
desenhar figuras geométricas ou até o desenho da figura humana.
Esfera 5: Visuais
- Passar um brinquedo acima dos olhos do bebê de um lado para o outro para
que o bebê acompanhe com os olhos e aumente a distância na medida em
que o bebê amadurece;
- Apontar para objetos nomeando-os, estimulando a atenção compartilhada;
- Apresentar objetos com cores diferentes;
363
instante, com os seus entendimentos pueris, e ao mesmo tempo sábios! Que lindo é
perceber nos olhos desses bebês a internalização do universo simbólico cultural,
cada um à sua maneira! Obrigada a todos! Vocês nos ensinam a cada contato, a
cada momento relacional! Foi mágico e um privilégio poder participar desse
processo de internalização, de hominização, de humanização.
368
REFERÊNCIAS
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SIEGEL, S. The developing mind: how relationships and the brain interact to shape
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VYGOTSKY L. S. Obras Escogidas. Tomo II. Madrid: Cofás, S.A. Móstoles, 2001.
ANEXOS
Olhe para o bebê, fale com ele e o toque enquanto o troca e durante todas as
situações que estiverem juntos para criar um contato tanto visual quanto
auditivo e tátil. Utilize todos os sentidos do bebê!
Quando o bebê fizer um gesto, faça o mesmo para mostrar que está junto
com ele, prestando atenção nele.
Quando o bebê emitir um som repita esse som de volta para o bebê. Nomeie
esse som, comunique-se de uma maneira sensível com o bebê.
- Falar bom dia.... (nome da criança) Como você está? Seja bem-vinda
neste novo lindo dia de aula.
15:00 Preparar para o jantar com música. Meu lanchinho... Meu lanchinho...
Vou comer...
15:15 Jantar
Figura 95 - A.C.R.S.
Figura 96 - A.R.S.
378
Figura 97 - D.B.S.F.
Figura 98 - E.G.A.
379
Figura 99 - L.S.U.
Os objetivos deste trabalho são observar e avaliar para poder criar atividades de
cunho psicológico que promovam o desenvolvimento dos bebês que frequentam a creche.
Em qualquer etapa deste estudo, você terá acesso aos profissionais responsáveis pela
assistência e pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. A pesquisadora é a Pesquisadora
Anauate e a supervisora e responsável pela pesquisa é a Drª Edna Maria Severino Peters Kahhale,
que pode ser encontrada no endereço R. Monte Alegre, 968, sala T 52, Perdizes, Telefone(s): 3670
8320 ou 3670 8521. Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre
em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) – Rua Ministro Godoy 969; E-
mail:cometica@pucsp.br
CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO
Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido pela pesquisadora, consinto
em participar, na qualidade de pais dos participantes do estudo a ser desenvolvido referido neste
termo, o qual inclui o registro dos encontros e a possível publicação dos resultados, garantindo-se o
sigilo e o anonimato dos participantes.
Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou que foram
lidas para mim, descrevendo o estudo: ORIENTAÇÃO A PAIS E CUIDADORES DE BEBÊS: O
CAMINHO QUE PROMOVE O DESENVOLVIMENTO INFANTIL.
Estado Civil:_____________________
Bairro:_________________________Cidade:___________________CEP:__________
Telefones: ____________________________________________________
Email__________________________________________________________
______________________________________________________________________________
(Somente para o responsável do projeto). Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o
Consentimento Livre e Esclarecido deste representante legal para a participação neste estudo.