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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO

YASMIM REBULI CORRÊA

AGÊNCIAS REGULADORAS

VITÓRIA
2021
2

YASMIM REBULI CORRÊA

AGÊNCIA REGULADORAS

Trabalho apresentado ao Curso de Direito da Universidade


Federal do Espírito Santo, a ser utilizado como atividade
avaliativa, sob orientação do professor Evandro Bastos.

VITÓRIA
2021
3

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................04
2. AGÊNCIAS REGULADORAS: DEFINIÇÃO, TIPOS E
FUNCIONAMENTO.........................................................................................05
3. AGÊNCIAS REGULADORAS: REGIME JURÍDICO E
ESPECIALIDADES.........................................................................................09
4. LEI Nº 13.848/2019 – AGÊNCIAS REGULADORAS NA ESFERA
FEDERAL........................................................................................................10
4.1. AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL).................10
4.2. AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E
BIOCOMBUSTÍVEIS (ANP).................................................................10
4.3. AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES (ANATEL)..........10
4.4. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA).........10
4.5. AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR (ANS)................10
4.6. AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA)..........................................11
4.7. AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS
(ANTAQ)...............................................................................................11
4.8. AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES
(ANTT).................................................................................................11
4.9. AGÊNCIA NACIONAL DO CINEMA (ANCINE)...................................12
4.10. AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (ANAC)...........................12
4.11. AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO (ANM).................................13
5. CONCLUSÃO.................................................................................................14
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................14
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1. INTRODUÇÃO

Com o processo de redemocratização da ordem política brasileira e o advento da


Constituição Federal de 1988, passou a surgir no país, no fim do século XX, uma nova
tendência organizacional, com a expressa necessidade de rompimento com o regime
ditatorial anteriormente vivenciado e, por conseguinte, a relativa descentralização
estatal na esfera econômica.

Nesse diapasão, como instrumento de reposta para essa tendência, a Lei 9.491, de
09.09.1997, instituiu o Plano Nacional de Desestatização (PND) que, em linhas gerais,
objetivava, conforme preceitua o seu artigo 1°, reordenar a posição estratégica do
Estado na economia e contribuir para a reestruturação econômica do setor privado,
concedendo, permitindo ou autorizando, a este, o desempenho de certas atividades
antes estatizadas.

O afastamento do poder estatal, entretanto, exigiu certa cautela, uma vez que era
necessário garantir a efetividade dos serviços prestados. Dessa forma, segundo Luís
Roberto Barroso (2003)1, a privatização trouxe drástica transformação no papel do
Estado que passou de protagonista na execução dos serviços, para atuante no papel
planejador, fiscalizador e regulador, erguendo-se, para esse fim, as Agências
Reguladoras.

Importante ressaltar que, historicamente, a existência de entidades reguladoras não


é uma novidade. Assim, Maria Sylvia Zanella Di Pietro cita, em sua obra denominada
“Direito Administrativo”, um estudo de Manoel Gonçalves Ferreira Filho, que indica,
como exemplo, autarquias econômicas reguladoras atuantes no início do século XX,
tal como o Comissariado de Alimentação Pública (1918), o Instituto de Defesa
Permanente do Café (1923), o Instituto do Açúcar e do Álcool (1933), o Instituto
Nacional do Mate (1938), o Instituto Nacional do Pinho (1941) e o Instituto Nacional
do Sal (1940) (DI PIETRO; 2019; p. 651)2.

1 BARROSO; Luís Roberto. Agências Reguladoras: Constituição, Transformações do Estado e Legitimidade


Democrática. 2003.
2 DI PIETRO; Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 2019; p. 651.
5

Não obstante ter um processo de construção histórica bem delineado, a normatização


das Agências Reguladoras só se deu no final do Século XX, com a inclusão das
Emendas Constitucionais nº 8 e 9 de 1995, que fizeram constar, respectivamente, nos
artigos 21, XI, 177, § 2º, III, da Constituição Federal a figura de tais órgãos de
regulação, posteriormente sintetizados na Lei 9.986, de 18.7.2000.

2. AGÊNCIAS REGULADORAS: DEFINIÇÃO, TIPOS E FUNCIONAMENTO

As Agências Reguladoras, são, nas palavras de DI PIETRO (2019, p. 651):

[...] qualquer órgão da Administração Direta ou entidade da


Administração Indireta com função de regular a matéria específica que
lhe está afeta. Se for entidade da Administração indireta, ela está
sujeita ao princípio da especialidade, significando que cada qual
exerce e é especializada na matéria que lhe foi atribuída por lei [...].
(DI PIETRO, 2019, p. 651)

Nesse sentido, tais órgãos possuem o caráter de autarquias sob regime especial, com
nomeação pelo Presidente da República, sob aprovação do Senado, dos seus
dirigentes que, por sua vez, possuem mandato a prazo certo. Assim, segundo Celso
Antônio Bandeira de Mello (2015, p. 171), as agências reguladoras são criadas com
a finalidade de disciplinar e controlar certas atividades, e desse modo, regulamenta-
se serviços públicos propriamente ditos - tal como o fornecimento de energia elétrica,
telecomunicação, transportes terrestres, transportes aquaviários e aviação civil,
atividades privadas, atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, além
de serviços públicos facultados à iniciativa privada, como a saúde, entre outros.

Insta frisar que, consoante pontua José dos Santos Carvalho Filho:

A essas autarquias reguladoras foi atribuída a função principal de


controlar, em toda a sua extensão, a prestação dos serviços públicos
e o exercício de atividades econômicas, bem como a própria atuação
das pessoas privadas que passaram a executá-los, inclusive impondo
sua adequação aos fins colimados pelo Governo e às estratégias
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econômicas e administrativas que inspiraram o processo de


desestatização. (CARVALHO FILHO; 2017; p. 326) 3

Desse modo, é substancial esclarecer que tais autarquias devem exercer o poder
fiscalizador de forma empenhada e séria, visando combater eventuais abusos de
poder econômico, como a monopolização de mercado e aumento arbitrário de lucros.

Há ainda que se destacar que Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2019; p. 651), em
referência expressa a obra de Calixto Salomão Filho, pontua que existem dois tipos
de agências reguladoras no Direito Brasileiro. Primeiro, as que exercem típico poder
de polícia, buscando impor limitações administrativas previstas em lei, em manifesta
repressão a qualquer ilicitude ou descumprimento das normas em vigor. Como
exemplo, convém citar a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que exerce
todo o controle mercadológico sanitário do país, de tal modo que, medicamentos,
alimentos, cosméticos, saneantes e entre outros, estão sob o seu crivo para livre
circulação no território Brasileiro.

Em segundo lugar, existem as agências reguladoras que regulam e controlam


atividades sujeitas a concessão, permissão ou autorização de serviço público, assim
como para a efetiva exploração de bens de ordem pública. Nesse sentido, importante
citar como exemplos a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a ANP (Agência
nacional do Petróleo, gás natural e biocombustíveis).

Substancial apontar que as agências de cunho concessivo constituem uma grande


inovação na estrutura administrativa Brasileira, tendo em vista que assumem poderes
adstritos a concessão, permissão e autorização que, antes, eram desempenhados
pela Administração Pública Direta.

Nessa senda, conforme instrui Di Pietro (2017, p. 654),

As atribuições das agências reguladoras, no que diz respeito à


concessão, permissão e autorização de serviço público resumem-se
ou deveriam resumir-se às funções que o poder concedente exerce

3 CARVALO FILHO; José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 2017; p. 326.
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nesses tipos de contratos ou atos de delegação: regulamentar os


serviços que constituem objeto da delegação, realizar o procedimento
licitatório para escolha do concessionário, permissionário ou
autorizatário, celebrar o contrato de concessão ou permissão ou
praticar ato unilateral de outorga da autorização, definir o valor da tarifa
e da sua revisão ou reajuste, controlar a execução dos serviços, aplicar
sanções, encampar, decretar a caducidade, intervir, fazer a rescisão
amigável, fazer a reversão de bens ao término da concessão, exercer
o papel de ouvidor de denúncias e reclamações dos usuários, enfim
exercer todas as prerrogativas que a lei outorga ao Poder Público na
concessão, permissão e autorização. Isto significa que a lei, ao criar a
agência reguladora, está tirando do Poder Executivo todas essas
atribuições para colocá-las nas mãos da agência. (DI PIETRO; 2017;
p. 326)

Desse modo, consoante pontuado supra, a agências reguladoras emergem como


autoridades administrativas extremamente relevantes para a manutenção da ordem
política, econômica e social, à medida que exercem atribuições administrativas
ordinárias, como a fiscalização sobre as empresas concessionárias e a aplicação de
sanções, além de competências assemelhadas às funções legislativas, como a edição
de normas e a solução de conflitos.

Entretanto, insta frisar que, embora haja certa semelhança legislativa em algumas
competências, a atuação de tais autarquias regulatórias ainda está expressamente
subordinada a legislação vigente, permanecem sendo meramente administrativas, e
dessa maneira, seus atos estão coadunados à previsão legal, não sendo capazes de
criar direito novo e nem serem dotados de definitividade.

Outrossim, no que se refere a tais Agências Reguladoras, dispõe José dos Santos
Carvalho Filho (2017, p. 327):

Como a instituição de tais autarquias resulta de processo de


descentralização administrativa, e tendo em vista ainda a autonomia
que lhes confere a Constituição, é lícito a Estados, Distrito Federal e
Municípios criar suas próprias agências autárquicas quando se tratar
de serviço público de sua respectiva competência, cuja execução
tenha sido delegada a pessoas do setor privado, inclusive e
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principalmente concessionários e permissionários. O que se exige,


obviamente, é que a entidade seja instituída por lei, como impõe o art.
37, XIX, da CF, nela sendo definidas a organização, as competências
e a devida função controladora. (CARVALHO FILHO; 2017, p. 327)

Nesse interim, a Lei Nº 13.848/2019, em seu artigo 2º, dispôs o rol de autarquias
regulatórias federais, quais sejam:

Art. 2º Consideram-se agências reguladoras, para os fins desta Lei e


para os fins da Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000:
I - a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);
II - a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP);
III - a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel);
IV - a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
V - a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS);
VI - a Agência Nacional de Águas (ANA);
VII - a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq);
VIII - a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);
IX - a Agência Nacional do Cinema (Ancine);
X - a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac);
XI - a Agência Nacional de Mineração (ANM).

Parágrafo único. Ressalvado o que dispuser a legislação específica,


aplica-se o disposto nesta Lei às autarquias especiais caracterizadas,
nos termos desta Lei, como agências reguladoras e criadas a partir de
sua vigência.

Entretanto, as entidades federativas e os municípios também podem criar suas


próprias agências reguladoras, nos casos em que se tratar de serviço público de sua
respectiva competência, cuja execução tenha sido delegada a pessoas do setor
privado. Exemplificadamente, têm-se, no Estado do Espírito Santo, a Agência de
Regulação de Serviços Públicos (ARSP) que, por sua vez, tem como finalidade
regular, controlar e fiscalizar, no âmbito do Estado do Espírito Santo, os serviços
públicos de saneamento básico, infraestrutura viária com pedágio, energia elétrica e
gás natural, passíveis de concessão, permissão ou autorização.
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3. AGÊNCIAS REGULADORAS: REGIME JURÍDICO E ESPECIALIDADES

Conforme pontuado, as agências reguladoras podem ser conceituadas como


autarquias sob regime especial que, por sua vez, são criadas por leis esparsas e
regulamentadas sob Leis específicas, como a Nº 9.986, de 18 de Julho de 2000, Nº
10.871, de 20 de Maio de 2004 e Nº 13.848, de 25 de Junho de 2019. Nesse diapasão,
cumpre dispor, de forma clara, a definição de autarquias sob regime especial.

Primariamente, segundo Celso Antônio Bandeira de Mello (2015, p. 178)4 existem


elementos intrínsecos à toda e qualquer autarquia, quais sejam: independência
administrativa ou autonomia administrativa, autonomia financeira, autonomia
funcional e patrimonial e da gestão de recursos humanos ou de quaisquer outros que
lhe pertençam, autonomia nas suas decisões técnicas e ausência de subordinação
hierárquica.

Dessa maneira, a especial peculiaridade das autarquias regulatórias se dá nas


disposições atinentes à investidura e fixidez do mandato de seus dirigentes, que,
conforme disposto nos artigos 5º e 6º da Lei Nº 9.986, serão indicados e nomeados
pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal. Ademais, serão
cidadãos de reputação ilibada, de notório conhecimento no campo de sua
especialidade e devem possuir experiência profissional nos temos do inciso I do artigo
5º da referida lei.

Importante frisar que, consoante preceituado no artigo 6º, o mandato dos membros
do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada das agências reguladoras é de 5 anos,
sendo vedada a recondução, com ressalvas às hipóteses infirmadas no § 7º do artigo
5º. Do mesmo modo, cumpre destacar que o artigo 6º da Lei Nº 10.871 fixa o regime
jurídico dos servidores das agências regulatórias nos termos do instituído na Lei nº
8.112, de 11 de dezembro de 1990, que portanto, passam de celetistas a estatutários.

4 BANDEIRA DE MELLO; Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 2015; p. 178.


10

Acerca da colegialidade diretiva das Agências Reguladoras, dispõe Odete Medauar


em sua obra Direito Administrativo Moderno (2018; p. 64)5:

As agências são dirigidas em regime colegiado, por diretoria ou


conselho diretor, sendo um dos integrantes seu presidente ou diretor-
presidente (Lei no 9.986, de 18.7.2000, com alterações posteriores, art.
3o). Havendo direção colegiada, as decisões mais importantes quanto
ao setor regulado não emanam de uma só autoridade, mas do
entendimento fixado pela maioria ou unanimidade dos integrantes. Os
integrantes da diretoria ou do conselho-diretor, em geral em número de
cinco, são escolhidos entre brasileiros, de reputação ilibada, formação
universitária e elevado conceito no âmbito de especialidade dos cargos
para os quais são nomeados; devem ser escolhidos pelo Presidente
da República e por ele nomeados, após aprovação pelo Senado (art.
5o da Lei no 9.986/2000). O presidente ou diretor-presidente da
agência reguladora é nomeado pelo Presidente da República entre os
integrantes da diretoria ou conselho-diretor, pelo prazo fixado no ato
de nomeação (art. 5o, parágrafo único da Lei no 9.986/2000).

Logo, permanece perceptível que as autarquias regulatórias possuem, desde a sua


estrutura administrativa, através da adoção do regime colegiado, a pretensão de
rechaçar atos abusivamente centralizadores e arbitrários, que culminam na
deturpação do Estado Democrático.

4. LEI Nº 13.848/2019 – AGÊNCIAS REGULADORAS NA ESFERA FEDERAL

Conforme já explicitado, o artigo 2º da Lei Nº 13.848/2019, define o rol, não taxativo,


de agências reguladoras. Nessa senda, é substancial trazer à baila breve contexto
das principais autarquias regulatórias do país.

4.1. AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL)

Criada em 1996, através da promulgação da Lei Nº 9.427, de 26 de dezembro do


mesmo ano, a Agência Nacional de Energia Elétrica é sediada no Distrito Federal,

5 MEDAUAR; Odete. Direito Administrativo Moderno. 2018; p. 64.


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vinculada ao Ministério de Minas e Energias e tem como finalidade a regulação e


fiscalização da produção, transmissão e comercialização de energia elétrica.

4.2. AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E


BIOCOMBUSTÍVEIS (ANP)

Criada em 1997, através da promulgação da Lei Nº 9.478, de 6 de agosto do mesmo


ano, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis é sediada no
Distrito Federal, vinculada ao Ministério de Minas e Energias e tem como finalidade a
regulação das indústrias do setor, com o foco de garantir o abastecimento de
combustíveis a todo o país.

4.3. AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES (ANATEL)

Criada em 1997, através da promulgação da Lei Nº 9.472, de 16 de julho do mesmo


ano, foi a primeira agência reguladora a ser instalada no Brasil. Ademais, cabe à
Anatel adotar as medidas necessárias para o atendimento do interesse público e para
o desenvolvimento das telecomunicações brasileiras.

4.4. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA)

Criada em 1999, através da promulgação da Lei Nº 9.782, de 26 de janeiro do mesmo


ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tem como finalidade, em suma,

Promover a proteção da saúde da população, por intermédio do


controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços
submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos
processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem
como o controle de portos, aeroportos, fronteiras e recintos
alfandegados. (BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA). Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/. Acesso em: 01/04/21)

4.5. AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR (ANS)


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Criada em 2000, através da promulgação da Lei N° 9.961, de 28 de janeiro do mesmo


ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar é vinculada ao Ministério da Saúde e
tem como finalidade a defesa do interesse público na assistência suplementar à
saúde, a regulação as operadoras setoriais e a contribuição para o desenvolvimento
das ações de saúde no país.

4.6. AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA)

Criada em 2000, através da promulgação da Lei nº 9.984 de 17 de julho do mesmo


ano, a Agência Nacional de Águas tem como finalidade a regulação do acesso e do
uso dos recursos hídricos de domínio da União, além da regulação dos serviços
públicos de irrigação e adução de água bruta, com a fiscalização do cumprimento de
normas.

4.7. AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS (ANTAQ)

Criada em 2001, através da promulgação da Lei nº 10.233 de 05 de junho do mesmo


ano, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários tem como finalidade a regulação
supervisão e fiscalização das atividades de prestação de serviços de transporte
aquaviário e de exploração da infraestrutura portuária e aquaviária.

4.8. AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES (ANTT)

Criada em 2001, através da promulgação da Lei nº 10.233 de 05 de junho do mesmo


ano, a Agência Nacional de Transportes Terrestres tem como finalidade

regular, supervisionar e fiscalizar as atividades de prestação de


serviços e de exploração da infraestrutura de transportes, exercidas
por terceiros, visando garantir a movimentação de pessoas e bens,
harmonizar os interesses dos usuários com os das empresas
concessionárias, permissionárias, autorizadas e arrendatárias, e de
entidades delegadas, preservado o interesse público, arbitrar conflitos
de interesses e impedir situações que configurem competição
imperfeita ou infração contra a ordem econômica. (BRASIL. Agência
13

Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Disponível em:


http://www.antt.gov.br/. Acesso em: 02/04/21)

4.9. AGÊNCIA NACIONAL DO CINEMA (ANCINE)

Criada em 2001, através da promulgação da Medida Provisória 2228-1, a Agência


Nacional do Cinema tem como finalidade o fomento, regulação e fiscalização do
mercado de cinema e audiovisual no Brasil.

4.10. AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (ANAC)

Criada em 2005, através da promulgação da Lei nº 11.182 de 27 de setembro do


mesmo ano, a Agência Nacional de Aviação Civil é vinculada ao Ministério da
Infraestrutura e tem como finalidade regulação e fiscalização das atividades da
aviação civil e da infraestrutura aeronáutica e aeroportuária no Brasil.

4.11. AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO (ANM)

Criada em 2007, através da promulgação da Lei nº 13.575, de 26 de dezembro do


mesmo ano, a Agência Nacional de Mineração é vinculada ao Ministério de Minas e
Energias e tem como finalidade regulação e fiscalização das águas minerais, dos
fósseis, da lavra, entre outras atribuições.

5. CONCLUSÃO

Diante do já explicitado, cumpre dispor que as Agências Reguladoras, como


autarquias sob regime especial, se comportam como um efetivo instrumento de
regulação e fiscalização, disciplinando atividades de relevância nacional. Desse
modo, é valido destacar que os agentes regulatórios figuram em certo papel de
protagonismo na estrutura organizacional brasileira, e assim, contribuem para a
manutenção da Administração Pública de forma séria e equilibrada.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 32. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2019.

SALOMÃO FILHO, Calixto. Regulação e atividade econômica: princípios e


fundamentos jurídicos. São Paulo: Malheiros, 2001.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 31. ed.
São Paulo: Atlas, 2017.

BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 32. ed.


São Paulo: Malheiros, 2015.

BARROSO; Luís Roberto. Agências Reguladoras: Constituição, Transformações


do Estado e Legitimidade Democrática. 2003.

MEDAUAR; Odete. Direito Administrativo Moderno. 21. ed. São Paulo: fórum, 2018.

BRASIL. Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Disponível em:


https://www.aneel.gov.br/. Acesso em: 01/04/2021.

BRASIL. Agência nacional de Telecomunicações (ANATEL). Disponível em:


https://www.anatel.gov.br/institucional/. Acesso em: 01/04/2021.

BRASIL. Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).


Disponível em: http://www.anp.gov.br/. Acesso em: 01/04/21.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).


Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/. Acesso em: 01/04/21.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).


Disponível em: https://www.ans.gov.br/. Acesso em: 01/04/21.

BRASIL. Agência Nacional de Águas (ANA). Disponível em:


https://www.ana.gov.br/. Acesso em: 01/04/21.

BRASIL. Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Disponível em:


http://www.antt.gov.br/. Acesso em: 02/04/21.

BRASIL. Ministério de Cultura. Agência Nacional do Cinema (ANCINE). Disponível


em: https://www.ancine.gov.br/. Acesso em: 02/04/21.

BRASIL. Ministério de Minas e Energias. Agência Nacional de Mineração (ANM).


Disponível em: http://www.anm.gov.br/. Acesso em: 02/04/21.

BRASIL. Agência Nacional de Aviação Civil (ANAQ). Disponível em:


http://www.anac.gov.br/. Acesso em: 02/04/21.
15

BRASIL. Agência Nacional de Transporte Aquaviários (ANTAQ). Disponível em:


http://www.portal.anac.gov.br/. Acesso em: 02/04/21.

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