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Sistemas Estruturais II

Profª MSc. Alice de Albuquerque


Estruturas em placas
Estruturas em placas são constituídas por
lâminas cuja largura l e comprimento L
excedem consideravelmente a sua altura h,
sendo usualmente denominadas lajes no
universo da construção civil.
Estruturas em placas

Laje é o elemento estrutural de uma edificação,


responsável por transmitir as ações de peso e
pressão para as vigas, e destas para os pilares.
Estruturas em placas

• Laje em uma direção/laje armada em uma direção→ na realidade,


também têm armaduras nas duas direções. A armadura principal, na
direção do menor vão, é calculada para resistir o momento fletor nessa
direção

Laje calculada como se fosse um conjunto de vigas-faixa na direção do


menor vão.
Estruturas em placas
Quando o comprimento L (vão maior) não supera o dobro da largura l (vão
menor), dá-se o nome à laje resultante de laje de duas direções

Possível problemática: lajes difíceis de perfurar rasgos


Estruturas em placas
Associação de lajes/placas de forma contínua→ grelhas

Vantagem: fixação na face inferior de dutos e módulos de forro.


Estruturas em placas

ABNT NBR 6118:2003


Lajes nervuradas
“Lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração
é constituída por nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte.”

FAU-USP
Estruturas em placas

laje nervurada → flexão atuante nas placas


comprime sua face superior e traciona sua
face inferior.

Elementos tracionados: nervuras que


asseguram a altura de seção e torna a
estrutura mais leve
Estruturas em placas
Estruturas em placas

• Placas nervuradas com elementos pré-fabricados

Aplicação de vigas treliçadas e blocos cerâmicos (para preenchimento)


Estruturas em placas

• Placas nervuradas com elementos pré-fabricados

Aplicação de vigas treliçadas e EPS (isopor)


Estruturas em placas

Solução para vão maiores – substituição das


nervuras e blocos intersticiais por painéis de
concreto alveolar.
Estruturas em placas

Problemática em placas – efeito de punção


nos pilares

“[o esforço] provocado pela possibilidade


[do pilar] perfurá-la, como um agulha”

Assemelha a guarda-chuva

Forças concêntricas
Estruturas em placas

Solução para punção: inserção de capiteis na


porção superior dos pilares junto às lajes.

Capacidade de lidar com vãos livres maiores


Estruturas em placas

• Em lajes maciças, adota-se um capitel com espessura maior do que a da laje,


usualmente denominada laje cogumelo;
• Nas lajes nervuradas, adota-se um capitel com a mesma espessura da laje,
usualmente denominada laje lisa nervurada.

Laje cogumelo Laje lisa nervurada


Estruturas em placas

• Materiais e pré-dimensionamento
NBR 6118 (2014) – lajes comuns maciças em concreto armado, estabelece
que devemos respeitar os valores mínimos de seção:

• 7 cm para lajes de cobertura (sem balanço);


• 8 cm para lajes de piso ou lajes de cobertura (com balanço);
• 10 cm para lajes em balanço;
• 10 cm para lajes que suportem veículos de peso inferior ou igual a 30 kN;
• 12 cm para lajes que suportem veículos de peso maior que 30 kN;
• 16 cm para lajes cogumelo.
Estruturas em placas

• Materiais e pré-dimensionamento
Para lajes maciças de concreto armado de uma direção, considera-se o vão
menor para o cálculo da espessura da laje. Já para lajes maciças de concreto
armado de duas direções, considera-se como vão de cálculo a soma dos dois
vãos da laje divididos por dois.
Pré-dimensionamento de estrutura em placas de concreto armado
Pré-dimensionamento de estrutura em placas de concreto armado
Estruturas em cascas

Cascas → Definição: superfícies que


resistem aos seus carregamentos pela
superfície que trabalham a compressão -
rígida
Capela Bosjes – África do Sul

Membrana → Definição: superfícies que


resistem aos seus carregamentos pela
superfície que trabalham a tração – não
rígidas
Estádio Olímpico - Londres
Estruturas em cascas
As cascas podem ser consideradas estruturas anacrônicas.

Pantheon – Roma Palácio da Civilização Italiana

Oca-Parque Ibirapuera – SP
Estruturas em cascas

Exemplos marcantes de
paraboloides hiperbólicas
Restaurante Los Manantiales – México
Variações de paraboloides
hiperbólicos a partir de
intersecções com outras
seções cônicas e
segmentos de reta.

El Oceanográfico - Espanha
Estruturas em cascas
Cascas derivadas de arcos – desafios estruturais semelhantes

• No caso das abóbadas de aresta, prefere-se que sua geometria geradora


seja de arcos de catenária, e que as abóbodas possam se apoiar
diretamente no solo ou em fundações, maximizando, assim, a atuação de
esforços de compressão em sua superfície.
Estruturas em cascas
Importante:
Abóbadas demasiadamente longas
tendem a ser afligidas pela compressão
na parte superior e tração na parte
inferior

Solução → aplicação de tímpanos:


travamento dos arcos exteriores da
abóbada com paredes sólidas.
Estruturas em cascas
• Materiais e pré-dimensionamento
Utilização de concreto armado – melhor rendimento que abóbadas em
alvenaria

Itália
Pré-dimensionamento de cascas
Pré-dimensionamento de cascas
Pré-dimensionamento de cascas
Referências

ABÓBADA. In: CORONA, E.; LEMOS, C. A. C. Dicionário da arquitetura brasileira.


São Paulo: Edart, 1972.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6118:2014:
projetos de estruturas de concreto – procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.
BECHTHOLD, M. Innovative surface structures: technologies and applications.
Nova York: Taylor & Francis, 2008.
ENGEL, H. Sistemas estruturais. Barcelona: Gustavo Gili, 2003.
MASCIA, N. T. Flambagem de barras. Campinas: Unicamp, 2017.
REBELLO, Y. C. A concepção estrutural e a arquitetura. São Paulo: Zigurate,
2000.
REBELLO, Y. C. Bases para projeto estrutural. São Paulo: Zigurate, 2007.
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Estruturas estaiadas e Membranas tensionadas


pênseis
OBRIGADA

NOME DO APRESENTADOR CARGO CONTATOS

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