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Caminhão: _______________________ Placa: ___________

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Estrada Fácil Escola E Editora Eletrônica Ltda.,
CONSTITUI CRIME.
Estrutura Curricular do Curso Específico para
Responsável Técnico
MODULO 1A - Transporte Rodoviário de Cargas ................................... 08
1. Introdução
1.1. Contextualização do Transporte Rodoviário de Carga
1.1.1. O Transporte Rodoviário de Cargas
1.1.1.1. Tipos de modais e veículos utilizados.
1.1.1.2. O intercâmbio de cargas entre regiões
1.1.1.3. Importância do transporte rodoviário de cargas para o
desenvolvimento do país.
1.1.2. Tipos de Cargas e Veículos
1.1.2.1. Tipos de veículos rodoviários de carga.
1.1.2.2. Tipos de carrocerias.
1.1.2.3. Tipos de cargas.

MODULO 1B - Transporte Rodoviário de Cargas ................................... 14


1.1.2.4. Tipos de embalagens e símbolos de segurança.
1.2. Noções de livre concorrência e mercado regulado.
1.3. Entidades envolvidas na prestação do serviço de transporte
rodoviário de cargas

MODULO 2A - Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas ............ 20


2. Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas
2.1. Legislação específica ao serviço de transporte rodoviário de cargas.
2.1.1. Legislação relativa ao exercício da atividade de transporte
rodoviário de cargas e ao RNTRC.
2.1.2. Vale-pedágio obrigatório.
2.1.3. Pagamento eletrônico de frete.
2.1.4. Noções de transporte rodoviário internacional de cargas.

3
MODULO 2B - Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas ............ 25
2.1.5. A - Legislação básica dos produtos perigosos
2.1.5. B - Simbologia dos produtos perigosos
2.1.5. C – EXTRA - COMO AGIR em acidentes x CARGA PERIGOSA
2.2. Legislação pertinente ao exercício da profissão de motorista profissional
2.3. A - Código Penal. Crimes praticados por particular contra a
Administração em geral.
2.3 B - Responsabilidade do Transportador
2.4. Documentação do transporte rodoviário de cargas.
2.5. Documentação Estadual para o transporte de cargas.
2.6. Tributos relativos ao transporte de cargas.

MODULO 2C - Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas ............ 37


2.7. Distância entre eixos e dimensão total conforme a lei.
2.8. Capacidade máxima de peso por eixo e a total por tipo de veículo.
2.9. Altura máxima da carga em território brasileiro.
2.10 – EXTRA - Amarração das Cargas
2.11 – EXTRA - AET (Autorização Especial de Trânsito)

MODULO 3A - Operação de Transporte .............................................. 45


3. Operação de Transporte
3.1. Planejamento
3.1.1. A - Identificação da inter-relação dos diversos fatores operacionais
que interferem no planejamento da operação do transporte.
3.1.1 B - Dicas para otimizar seu planejamento
3.1.2. Preparação dos dados necessários para o planejamento das
operações de transporte.
3.1.3. Custos de transportes
3.1.3.1. Modelos de custos de serviços de transporte rodoviário de cargas
3.1.3.2. Variáveis importantes para a definição dos valores de frete e
custos dos serviços de transporte de cargas.
3.1.3.3. Gestão de custos e formação de preço.
3.2. Execução
3.2.1. Elaboração de contrato e Conhecimento de transporte
3.2.2. Documentação de porte obrigatório.
MODULO 3B - Operação de Transporte ............................................. 61

3.2.3. Procedimento de conferência


3.2.3.1. Carga e nota fiscal
3.2.3.2. Quantidade, peso e volume da carga.
3.2.3.3. Rota.
3.2.3.4. Lacre.
3.2.3.5. Rotina de carga e descarga.
3.2.3.6. Ferramentas necessárias
3.2.3.7. Condições operacionais do veiculo
3.2.3.8. Condicionamento adequado da carga
3.2.3.9. EXTRA Cuidados com sua carga

MODULO 4 - Tópicos Especiais ............................................................ 70


4. Tópicos Especiais
4.1. Saúde, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho
4.1.1. Estatísticas e causas de acidentes rodoviários envolvendo caminhões
4.1.2. Legislação referente ao meio ambiente, saúde e segurança do
Trabalho.
4.1.3. Normas e procedimentos de segurança.
4.1.4. Equipamentos de proteção individual.
4.1.5. Postura física adequada ao trabalho.
4.1.6. Exame de saúde periódico como fator de proteção à saúde
4.1.7. Cuidados com a sua saúde física e mental
4.1.8. Noções de combate a incêndio.
4.1.9. Utilização adequada de equipamentos necessários em situações de
emergência.
4.2. Logística integrada
4.2.1. Conceito de cadeia logística
4.2.2. Papel do transportador rodoviário de cargas dentro da cadeia
logística.
4.2.3. Tipos de terminais de cargas e armazéns.
4.2.4. Noções de operação em terminais e armazéns de mercadorias
MODULO 5 – Responsável Técnico ....................................................... 81

5.1 - Responsabilidades do Transportador


5.2 - Legislação fiscal
5.3 – SEGUROS - Contrato de seguro de cargas
5.4 - Legislação do Operador de Transporte Multimodal.
5.5 - Movimentação, acondicionamento e embalagem
5.6 -Normas sanitárias e de segurança no manuseio e armazenamento de cargas.
5.7 -Normas de movimentação, acondicionamento e embalagem de produtos
5.8 - Organização e controle da operação de transporte em terminais de
cargas em armazéns, supervisão de embarque e desembarque de cargas
5.9 - Processos de armazenamento de produtos e materiais
5.10 - Noções de Gestão do Transporte
5.11 - Administração da Frota
5.12 - Importância e tipos de manutenção de frota
5.13 - Parâmetros de depreciação e renovação da frota
5.14 - Adequação de veículos e equipamentos
5.15 - Adequação e manutenção de instalações operacionais
5.16 - Papel da empresa ou cooperativa de transporte de cargas dentro da
cadeia logística.
5.17 - Como relacionar os diversos tipos de documentos fiscais exigidos para
as várias modalidades de transporte, nacional e internacional, e para os
vários tipos de cargas (MIC/DTA)
5.18 - Planejamento e acompanhamento de escalas de trabalho.
5.19 - Qualificação e treinamento profissional de funcionários e prestadores
de serviços.
Endereços Úteis e NORMAS E REGULAMENTOS - na íntegra ...... 118 a 427

****“Estes textos não substituem os publicados no D.O.U - Diário Oficial da União”


MODULO 1A - Transporte Rodoviário de Cargas

1. Introdução

Este curso visa atender às exigências descritas no §1º e §2º da Seção V da


RESOLUÇÃO Nº 4.799, DE 27 DE JULHO DE 2015 para a pessoa física que
tenha no transporte rodoviário de cargas a sua atividade profissional -
Transportador Autônomo de Carga TAC, conforme LEI Nº 11.442, DE 5 DE
JANEIRO DE 2007.
RESOLUÇÃO Nº 4.799, DE 27 DE JULHO DE 2015

Seção V - Dos cursos específicos


Art. 16. O curso específico para o TAC ou para o Responsável Técnico deverá
ser ministrado considerando a estrutura curricular mínima das matérias que
compõem a ementa a ser publicada pela ANTT.

§ 1º Considerar-se-á aprovado o aluno que obtiver aproveitamento superior


a sessenta por cento da nota máxima em prova de conhecimento.
§ 2º Considerar-se-á equivalente à aprovação em curso específico, a
aprovação em exame constituído de prova convencional ou eletrônica, na
forma estabelecida pela ANTT, sobre o conteúdo programático definido,
devendo obter, no mínimo, sessenta por cento de aproveitamento na prova.

O Brasil é um dos maiores países do mundo em extensão territorial, e


consequentemente possui uma das maiores malhas rodoviárias do planeta.
Por isso, esta é a forma de transporte mais utilizada, e também, a mais
recomendada para o transporte de mercadorias de alto valor agregado ou
perecível.
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1.1.1. O Transporte Rodoviário de Cargas

O Transporte Rodoviário de Cargas tem papel de extrema importância para o


desenvolvimento de uma sociedade e ele é responsável direto pelo grau de
desenvolvimento de uma nação, possibilitando a integração entre regiões e
nações ao transportar cargas pelas rotas internacionais.

Quanto melhor for o sistema de transporte de um país, maior será o seu


desenvolvimento!

1.1.1.1. Tipos de modais e veículos utilizados

MODAL Rodoviário - No Brasil, o caminhão é o principal veículo de


transporte de carga, responsável por 60% das cargas transportadas sendo um
dos mais flexíveis e ágeis no acesso às cargas, porque permite interagir em
diferentes regiões, mesmo as mais remotas

MODAL Ferroviário - Utilizado para o Transporte de passageiros e de cargas


através de estradas de ferro, com baixo custo operacional e pequeno
consumo de combustível comparando com o modo rodoviário.

MODAL Aquaviário - (Hidroviário).- Utilizado para o Transporte de


passageiros e de cargas através de rios, lagos, mares e oceano

MODAL Aeroviário - Utilizado para o Transporte de passageiros e de cargas


através de Aerovias, aviões e infraestrutura dos aeroportos

MODAL Dutoviário: Realizado através de tubos (dutos) divididos em


oleodutos, minerodutos e gasodutos (GNV)

Veja a estimativa para os próximos anos por modal:

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1.1.1.2. O intercâmbio de cargas entre regiões e infraestrutura

Infraestrutura é o conjunto de elementos estruturais que impulsiona o


desenvolvimento socioeconômico de um determinado local.

No Brasil, o modal rodoviário tem mais de 79.000km de rodovias federais em


todo o país, sem contar o acesso pelas Vias Urbanas para entregas de cargas
locais.

Desta forma, verificamos uma distribuição desigual pelo território brasileiro


de infraestrutura com maior concentração na região Centro-Sul , com
destaque para o estado de São Paulo

Já no interior do Nordeste, a rede de transporte é mais escassa.

Só uma infraestrutura adequada permitirá um intercâmbio rápido e eficiente


do transporte, entre os centros econômicos e os clientes/consumidores

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1.1.1.3. Importância do Transporte Rodoviário de Cargas para o
desenvolvimento do país

A maioria das atividades econômicas depende do transporte de bens e de


pessoas, por isso, a atividade de transporte é indiscutivelmente importante
para qualquer economia.

É através do Transporte Rodoviário de Cargas que a força de trabalho e


insumos chegam aos seus destinos, possibilitando produzir e distribuir
serviços, bens e tecnologia e consequentemente, o desenvolvimento.

E sua importância vem crescendo, fazendo com que o transportador se


preocupe também em realizar a movimentação dos produtos com qualidade,
melhorando o nível de serviço aos clientes e reduzindo custos.

1.1.2. Tipos de Cargas e Veículos

Há diversos tipos de veículos para diversos tipos de cargas, por isso vamos
conhece-los separadamente nos próximos itens

1.1.2.1. Tipos de veículos rodoviários de carga.

O transporte de carga pode ser efetuado por diferentes tipos de veículos, e


quando se trata do transporte rodoviário, o principal veículo utilizado é o
CAMINHÃO.

Os caminhões podem apresentar os mais variados tamanhos, ter 2 ou 3 eixos


e vários modelos, para os diversos tipos de cargas, como:

• com carroceria aberta, em forma de gaiola, plataforma, tanque ou


fechado (baú) – equipados ou não com refrigeração para transporte
de cargas congeladas e refrigeradas.

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Classificação dos Caminhões

 CAMINHÃO LEVE (3,5T A 7,99T)


 CAMINHÃO SIMPLES (8T A 29T)
 CAMINHÃO TRATOR
 CAMINHÃO TRATOR ESPECIAL
 CAMINHONETE / FURGÃO (1,5T A 3,49T)
 REBOQUE
 SEMI-REBOQUE
 SEMI-REBOQUE COM 5ª RODA / BITREM
 SEMI-REBOQUE ESPECIAL
 UTILITÁRIO LEVE (0,5T A 1,49T)
 VEÍCULO OPERACIONAL DE APOIO

1.1.2.2. Tipos de carrocerias

• Aberta - É bastante econômica e vista em ambientes rurais,


normalmente é feita em madeira e usada para o transporte de
diversos tipos de carga. Possui laterais fechadas utilizando lonas
enceradas, para proteger a carga em caso de chuva.

• Coberta/Fechada - Apresentam o formato de um vagão para


proteger as cargas das condições climáticas adversas, e não
necessitam de nenhum cuidado ou proteção especial. Possui
agilidade na realização da carga e descarga dos materiais.

• Refrigerado - Possibilita o transporte de mercadoria perecível, que


necessita ser mantida em uma determinada temperatura, como
ocorre no transporte de carne, produtos derivados do leite , etc.

• Tanque -Tem uma carroceria extremamente resistente, e por esta


razão é usada para o transporte de cargas perigosas e inflamáveis,
como combustíveis.

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• Plataforma - Usados para transportar contêineres, engradados
amarrados com cordas ou correntes, entre outros produtos

• Cegonheiros - Utilizados para o transporte de veículos (carros)

• Caçamba - São os caminhões basculantes, muito utilizados no


transporte de entulhos, terra, cascalho, etc.

• Canavieiro - Usados para o transporte de cana-de-açúcar

1.1.2.3-A Tipos de cargas por Classificação pode ser:

Carga Geral: é a carga embarcada e transportada com acondicionamento


com marca de identificação e contagem de unidades e podem ser:
- Soltas (não unitizadas): acondicionamento com dimensões e formas
diversas, ( sacarias, fardos, caixas de papelão e madeira, engradados,
tambores etc.)
- Unitizadas: uma carga com materiais (embalados ou não) arranjados e
acondicionados como uma única unidade
Carga a Granel : carga líquida ou seca (sólida) embarcada e transportada sem
acondicionamento, sem marca de identificação e sem contagem de unidades.
São exemplos desse tipo de carga: petróleo, minérios, trigo, farelos, grãos
etc.

Carga Frigorificada: esse tipo de carga necessita ser refrigerada ou congelada


para conservar as qualidades essenciais do produto durante seu transporte e
sua armazenagem (frutas frescas, pescados, carnes etc).

Neo-granel: carregamento formado por conglomerados homogêneos de


mercadorias de carga geral, sem acondicionamento específico, para
transporte em um único embarque (transporte de veículos automotores).

Carga Perigosa: é aquela carga que, como apresentado na unidade anterior,


é composta por produtos classificados como “perigosos”
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1.1.2.3-B Característica das cargas

 Fragilidade
 Periculosidade e Perecibilidade - possibilidade de deterioração e/ou
contaminação, exigindo cuidados especiais no manuseio, transporte,
armazenagem e estivagem
 Dimensões: Comprimento x Largura x Altura do produto ou da carga
 Pesos considerados especiais: Exemplo: turbinas de hidrelétricas

MODULO 1B - Transporte Rodoviário de Cargas

1.1.2.4-A Tipos de embalagens

A embalagem é responsável por manter a condição de um produto por toda a


operação de transporte e deve ainda, conter instruções para o correto
manuseio, movimentação, armazenamento e transporte.

Tipos de Embalagens:

Caixa de Papelão acondiciona produtos leves ou frágeis, como brinquedos,


remédios.

Engradado usado para peças e equipamentos grandes, difíceis de arrumar,


como vidros ou de formas irregulares, etc.

Fardo usado para mercadorias que não exigem embalagem especial: tecidos,
algodão etc.

Feixe para produtos resistentes, difíceis de serem embalados sem


necessidade de muita proteção, como vassouras, picaretas, tubos plásticos,
ferragens etc.

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Sacos para alimentos como arroz, feijão, milho e cereais; materiais de
construção como cal e cimento

Tambor para transporte de produtos a granel, diversos produtos sólidos,


líquidos, pastosos, em pó e granulados

Lata para transporte diversos produtos em estado líquido e pastoso, como


óleos comestíveis, alimentos.

Fonte: ANTT “Exemplos de embalagens para carga fracionada”

Classificação das Embalagens

As embalagens são classificadas de acordo com sua função, em primária,


secundária, terciária e quaternária (Contêiner)
As embalagens também têm outras funções essenciais como:
 Conter o produto

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 Facilitar o transporte e o consumo
 Identificar um produto
 Funcionar como uma barreira contra Temperatura, Odores estranhos,
Insetos/roedores, Luz, Oxigênio e Umidade
1.1.2.4-A Tipos de embalagens x Unitização

Conceito de Unitização de Carga - Unitizar uma carga significa agrupar


volumes, tendo como principal objetivo a facilitação no manuseio,
movimentação, armazenagem e transporte da carga

Principais Sistemas de Unitização de Cargas - Os dispositivos/sistemas de


unitização são essenciais para arrumar e organizar a carga nos depósitos, nos
pontos de venda e nos veículos de transporte.

Estes equipamentos oferecem agilidade ao processo de movimentação das


cargas e também contribuem com a melhor utilização dos espaços físicos,
dando maior produtividade aos equipamentos e instalações que podem ser:

Paletes/Pallets são normalmente engradados de madeira como suportes de


cargas que ficam atadas a estes, com vãos em sua parte inferior permitindo o
encaixe dos garfos das empilhadeiras, gerando, desta forma, uma otimização
do manuseio da carga.

Contêiner é uma estrutura em geral metálica de grandes dimensões, em


forma da baú, que acomoda cargas com maior segurança e facilidade de
manuseio e transporte

Por ser de fácil e ágil transferência entre várias embarcações, a unitização de


carga é a mais usada no transporte internacional (terrestre, marítima ou
aérea)

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1.1.2.4 B Tipos de embalagens e símbolos de segurança para manuseio de
embalagens

LEGISLAÇÃO

No Decreto 96044 de 18.05.1988 e NBR 7500 das Normas Brasileiras para o


Transporte Terrestre de Produtos Perigosos apresentam:

- identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e


armazenamento de produtos
- identificação das embalagens e os símbolos de manuseio e de armazenamento
para os produtos classificados como não perigosos para transporte.

Com os símbolos você sinaliza devidamente sua carga

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1.2. Noções de livre concorrência e mercado regulado.

O transporte rodoviário de cargas opera em regime de mercado livre, sem


exigências para entrada e saída do mercado.

Não existe legislação específica no campo dos transportes para o exercício


dessa atividade, não sendo, portanto, necessária a autorização da ANTT, ou
seja, não existe uma autorização, permissão e concessão dos serviços

No Parágrafo único do art.170 da Constituição Federal é assegurado a todos


o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de
autorização dos órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

A função de um Mercado Regulado é essencial para a eficiência dos


processos e para o cumprimento das políticas determinadas pelo Estado,
regulando e fiscalizando falhas de mercado a fim de criar uma estabilidade
que garanta o princípio constitucional da livre iniciativa.

1.3. Entidades envolvidas na prestação do serviço de transporte rodoviário


de cargas

Os principais órgãos reguladores e fiscalizadores envolvidos na prestação de


serviço do transporte rodoviário de cargas.

• Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT


• Polícia Rodoviária Federal – PRF
• Departamento nacional de infra-estrutura de transportes
(DNIT)
• Departamento estadual de trânsito (DETRAN)
• Conselho nacional de trânsito (CONTRAN)
• Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
• Órgãos Fazendários

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Modulo 2A LEGISLAÇÃO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

2. Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas

A Lei 11.442/07 dispõe sobre o Transporte Rodoviário de Cargas – TRC,


realizado em vias públicas, no território nacional, por conta por conta de
terceiros e mediante remuneração

2.1.1. Legislação para exercer TRC e ao RNTRC

Relativa ao exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas e ao


RNTRC

Lei n°. 11.442/07 - Caracteriza o Transportador Autônomo de Cargas - TAC ,


dispõe sobre as regras de operação , determina inscrição prévia no RNTRC e
sobre a Responsabilidade do transportador

Resolução n°. 4.799/15 - Define os critérios para a inscrição no RNTRC, sobre


a Identificação dos veículos, Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e),
Infrações e as penalidades

Res. nº 4.799 - DEFINIÇÕES - Art. 2º , considera-se:

XII - TAC-Auxiliar: É o motorista autorizado pelo Transportador Autônomo de


Cargas a conduzir veículo de carga de sua propriedade para o exercício da
atividade de transporte remunerado de cargas;

XIV – Transportador Autônomo de Cargas – TAC: É a pessoa física que


exerce, atividade profissional de transporte rodoviário remunerado de
cargas, por sua conta e risco, como proprietária, coproprietária ou
arrendatária de até 3 (três) veículos de cargas;

XV - Transportador Rodoviário de Carga Própria – TCP: É a pessoa física ou


jurídica que realiza o transporte de carga própria

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Res. nº 4.799 - DAS CONDIÇÕES PARA O REGISTRO DOS
TRANSPORTADORES

Inscrição e a manutenção do cadastro no RNTRC, para o TAC:

a) possuir Cadastro de Pessoas Físicas – CPF ativo;


b) possuir documento oficial de identidade - RG;
c) ter sido aprovado em curso específico ou ter ao menos três anos de
experiência na atividade;
d) estar em dia com sua contribuição sindical, e
e) ser proprietário, coproprietário ou arrendatário de até três veículos
automotores de carga categoria “aluguel” na forma regulamentada pelo
CONTRAN.

2.1.1. Legislação Res. nº 4.799 – CURSOS

Res. nº 4.799 - Seção V

Dos cursos específicos

Art. 16. O curso específico para o TAC ou para o Responsável Técnico deverá
ser ministrado considerando a estrutura curricular mínima das matérias que
compõem a ementa a ser publicada pela ANTT.

§ 1º Considerar-se-á aprovado o aluno que obtiver aproveitamento superior


a 60% (sessenta por cento da nota máxima) em prova de conhecimento.

§ 2º Considerar-se-á equivalente à aprovação em curso específico, a


aprovação em exame constituído de prova convencional ou eletrônica, na
forma estabelecida pela ANTT.

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2.1.2. Vale-pedágio obrigatório

LEI Nº 10.209 de 23 de março de 2001 e LEI Nº 10.561 de 13 de novembro


de 2002 (medida provisória 68/02)

Art. 3º . Estabelece que o embarcador passará a antecipar o Vale-Pedágio


obrigatório ao transportador, independentemente do valor do frete

RESOLUÇÃO ANTT Nº 2.885 de 23 de setembro de 2008.

A ANTT tem a responsabilidade de regulamentar, coordenar e fiscalizar, o


processamento e a aplicação das penalidades por infrações a esta Lei

LEI Nº 13.103, DE 2 DE MARÇO DE 2015 - Art. 17º . Estabelece que não


pagarão taxas de pedágio sobre os eixos que mantiverem suspensos os
veículos de transporte de cargas que circularem vazios

RESOLUÇÃO ANTT nº 4.898 de 13 de outubro de 2015 - Dispõe sobre as


medidas técnicas e operacionais para viabilizar a isenção da cobrança de
pedágio sobre os eixos suspensos de veículos de transporte de carga que
circulam vazios

PENALIDADE no descumprimento devem ser denunciadas à ANTT com multa


de R$ 550,00 como por exemplo não aceitar o Vale-Pedágio

As empresas atualmente habilitadas pela ANTT ao fornecimento do Vale-


Pedágio obrigatório, em nível nacional são:

• DBTRANS ,

• REPOM ,

• CGMP -Centro de Gestão de Meios de Pagamento S.A. e

• VISA

22
2.1.3. PEF - Pagamento Eletrônico de Frete

Legislação

Lei nº 11442, de 05 de janeiro de 2007 Conforme Art. 5o-A., o pagamento do


frete do TRC ao Transportador Autônomo de Cargas – TAC, deverá ser
efetuado por meio de crédito e será regulamentado pela ANTT, à critério do
prestador do serviço

Resolução ANTT nº3658 de 19 de abril de 2011 Regulamenta o art. 5º-A da


Lei nº 11.442 que “dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta
de terceiros mediante remuneração”

Esta Resolução cria o CIOT - Cadastro para a geração de Código Identificador


da Operação de Transporte e regulamenta a remuneração dos caminhoneiros
autônomos

CONCEITOS, conforme Resolução ANTT nº3658

CÓDIGO IDENTIFICADOR DA OPERAÇÃO DE TRANSPORTE: É o código


numérico obtido por meio do cadastramento da Operação de Transporte nos
sistemas específicos

CONTRATO DE TRANSPORTE: São as disposições firmadas entre o


contratante e o contratado que estabelece as condições da prestação do
serviço

CONTRATANTE: É a pessoa jurídica responsável pelo pagamento do frete

CONTRATADO: É o TAC ou seu equiparado, que efetuar o TRC mediante


remuneração, indicado no cadastramento da Operação de Transporte

INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTO ELETRÔNICO DE FRETE: É a pessoa jurídica


habilitada junto ao Banco Central do Brasil e habilitada junto à Agencia
Nacional de Transportes Terrestres
23
2.1.4. Noções de transporte rodoviário internacional de cargas

O Brasil mantém acordos de transporte internacional terrestre,


principalmente rodoviário, com quase todos os países da América do Sul,
através de negociações conjuntas periódicas visando atender as crescentes
necessidades de todas as partes
Nos Países do Cone Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Peru, Paraguai e
Uruguai) contemplam os transportes ferroviário e rodoviário
Entre Brasil e Venezuela refere-se apenas ao transporte rodoviário.
Com a Colômbia, Equador, Suriname e Guiana Francesa o acordo está em
negociação apenas ao transporte rodoviário
Paralelamente existem acordos específicos no Mercosul para Transporte de
Produtos Perigosos e Acordo sobre Trânsito
LEGISLAÇÃO - A Resolução ANTT nº 1.474, de 31 de maio de 2006 é o
instrumento legal que disciplina o exercício da atividade de Transporte
Internacional de Cargas

Nesta tabela você pode ter uma ideia do número de empresas habilitadas
para atuar no Transporte Rodoviário Internacional de Cargas, onde
apenas 33% são de empresas brasileiras (625), apesar de estar
igualmente competitiva com 50% de toda frota, com mais de 48.000
veículos, comparando com as empresas estrangeiras

24
MODULO 2B - Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas

2.1.5-A. Legislação básica para produtos perigosos.

Carga Perigosa é aquela que, em função da sua natureza, pode provocar


acidentes, danificar outras cargas ou os meios de transporte ou, ainda, gerar
riscos, para a segurança pública ou para o meio ambiente

O Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos da


Resolução ANTT nº. 3665/11 e alterações dispõe, dentre outras exigências,
incluídas na íntegra, ao final desta apostila

Na RESOLUÇÃO ANTT Nº 420, de 12 de fevereiro de 2004, com 748


páginas, há uma classificação de produtos perigosos que é baseada na
classificação ONU com 9 classes e dentro de cada classe há as sub classes:

Classe 1: Explosivos
Classe 2: Gases
Classe 3: Líquidos inflamáveis
Classe 4: Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas à combustão espontânea;
substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis
Classe 5: Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos
Classe 6: Substâncias tóxicas e substâncias infectantes
Classe 7: Material radioativo
Classe 8: Substâncias corrosivas
Classe 9: Substâncias e artigos perigosos diversos
**Consulte as subclasses na Resolução que incluímos ao final desta apostila

DICA : Consulte toda legislação NACIONAL e INTERNACIONAL X P. PERIGOSOS


no site http://www.produtosperigososbrasil.com/#!legislacao/c66t
25
2.1.5-A. Legislação básica para produtos perigosos - NBRs

Normas Técnicas

- NBR 7500 referente a Simbologia e seu emprego

- NBR-8286 especifica o emprego da sinalização nas unidades de


transporte e de rótulos nas embalagens de produtos perigoso

- NBR 14619 Incompatibilidade de Produtos Perigosos

- NBR 9735 Conjuntos de Equipamentos de Segurança/EPI

- NBR-7504 apresenta as características e dimensões do envelope que


deve acompanhar o transporte de produtos perigosos,

- NBR-7503 com dimensões da ficha de emergência e envelope

- NBR-8285 estabelece como preencher a ficha de emergência

26
Resolução ANTT nº 3665/11,
Art. 22. O condutor... deve ter sido aprovado em curso específico para
condutores de veículos utilizados no transporte rodoviário de produtos
perigosos e em suas atualizações periódicas, segundo programa do Contran.
Parágrafo único. O expedidor, além de exigir que o condutor porte
documento comprobatório referente ao curso mencionado no riscos
correspondentes aos produtos embarcados e aos cuidados a
serem observados durante o transporte.
Art. 28. Sem prejuízo do disposto na legislação fiscal, de transporte, de
trânsito, relativa aos produtos transportados, e nas instruções
complementares a este Regulamento, os veículos ou os equipamentos de
transporte transportando produtos perigosos, somente podem circular pelas
vias públicas acompanhados dos seguintes documentos:
I - originais do CIPP e do CIV, no caso de transporte a granel, dentro da
validade, emitidos pelo Inmetro ou entidade por este acreditada;
II - documento fiscal contendo as informações relativas aos produtos
transportados, conforme o detalhamento previsto nas instruções
complementares a este Regulamento;
III - Declaração do Expedidor de que os produtos estão
adequadamente acondicionados e estivados para suportar os riscos normais
das etapas necessárias à operação de transporte e que atendem à
regulamentação em vigor, conforme detalhamento previsto nas instruções
complementares a este Regulamento;
IV - Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte, emitidos pelo
expedidor, conforme o estabelecido nas instruções complementares a este
Regulamento, preenchidos de acordo com informações fornecidas pelo
fabricante ou importador dos produtos transportados;
V - autorização ou licença da autoridade competente para expedições de
produtos perigosos que, nos termos das instruções complementares a este
Regulamento, necessitem do(s) referido(s) documento(s); e
VI - demais declarações exigidas nos termos das instruções complementares
a este Regulamento.

27
Documentos exigidos para o transporte de PRODUTOS PERIGOSOS

Veículo:

 CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo) ou


Certificado de propriedade do Veículo;

 Rótulos de risco e painéis de segurança específicos, de acordo com a


NBR-7500 da ABNT (cargas perigosas);

 Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte. (cargas


perigosas);

 Kit para atendimento à emergência conforme NBR 9735 da ABNT.

 CIPP (Certificado de Capacitação para o transporte de Produtos


Perigosos a Granel) fornecido pelo INMETRO

 CIV Certificado de Inspeção Veicular, para caminhão-trator -


INMETRO

Emissões do escapamento (fumaça preta) dentro dos limites legais

Carga:

 Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) da Carga


Transportada

 Declaração assinada pelo expedidor de que o produto está


adequadamente acondicionado para suportar os riscos normais de
carregamento, descarregamento, conforme a regulamentação

 Embalagem adequada ao transporte Certificada pelo INMETRO

 Autorização ou licença da autoridade competente para expedições


de produtos perigosos
28
2.1.5-A. Legislação básica dos produtos perigosos – EPI

CONCEITO Equipamento de Proteção Individual – EPI é todo dispositivo ou


produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção
de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Exemplos de conjuntos de Equipamentos de Segurança conf NBR 9735

2.1.5. B- Simbologia dos produtos perigosos

Conforme NBR 7500 estabelece os padrões para identificação dos produtos e


riscos
Os veículos autorizados a transportar cargas perigosas devem trafegar com
sinalização especial, que identificam o produto e o grau de perigo que ele
representa em que constam:
 “Rótulos de risco”

 “Painéis de segurança”

29
MEIO AMBIENTE - O RÓTULO DO PEIXE foi introduzido na Resolução ANTT
nº. 3632/11 como um item adicional, para a identificação dos riscos relativos
aos números ONU 3077 e ONU 3082

Deve ser utilizado nas embalagens e nas unidades de transporte carregados


com substâncias perigosas para o meio ambiente.

Importante: Este rótulo, não substitui o painel de segurança nem o rótulo de


risco indicativo da Classe

2.2. Legislação

LEI Nº 13.103, DE 2 DE MARÇO DE 2015 pertinente ao exercício da profissão


de motorista profissional

Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista e busca disciplinar a


jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional

Principais pontos da Lei dos Caminhoneiros

PEDÁGIO - isenção das taxas de pedágio sobre os eixos que mantiverem


suspensos.
30
MULTAS - perdão das multas por excesso de peso dos caminhões recebidas
nos últimos dois anos

AUMENTO DE PESO - Fica permitida, na pesagem de veículos de transporte


de carga e de passageiros, a tolerância máxima de 5% sobre os limites de
peso bruto total; e de 10% sobre os limites de peso bruto transmitido por
eixo de veículos à superfície das vias públicas.

EXAME TOXICOLOGICO - exigidos na admissão e no desligamento, com


direito à contraprova e confidencialidade dos resultados

PROGRAMA DE CONTROLE DE USO DE DROGA e de BEBIDA ALCOÓLICA -


instituído pelo empregador, pelo menos uma vez a cada 2 anos e 6 meses, e a
recusa, será considerada infração disciplinar

JORNADA e INTERVALO –

• A jornada diária será de 8 horas, admitindo-se a prorrogação por até


2 horas extraordinárias ou, se previsto em convenção ou acordo
coletivo, por até 4 horas extraordinárias,

• 1 hora para refeição,

• a cada 6 horas na condução do veículo 30 minutos para descanso,


exceto em situações excepcionais, para que o condutor chegue a um
lugar que ofereça segurança.

É vedado ao motorista dirigir por mais de 5 horas e meia ininterruptas.

REPOUSO SEMANAL - Nas viagens de longa distância com duração superior a


7 dias, o repouso semanal será de 24 horas por semana ou fração trabalhada

31
2.3. Código Penal

Conforme RESOLUÇÃO Nº 4.799 “§ 2º A aplicação das penalidades


estabelecidas no Art. 36 da Resolução 4.799 não exclui outras previstas em
legislação específica, nem exonera o infrator das cominações civis e penais
cabíveis “

O Código Penal Brasileiro dedica, exclusivamente, o TÍTULO XI para CRIMES


PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO GERAL – Art. 328
a 337-A, CÓDIGO PENAL.

Consideram-se CRIMES IMPRÓPRIOS:

Art. 328, CP – USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA exercer a função do outro


querendo se passar por ele.

Art. 329, CP – RESISTÊNCIA Opor- se à execução de ato legal, mediante


violência ou ameaça a funcionário competente para executá -lo

Art. 330, CP – DESOBEDIÊNCIA no descumprimento da ordem legal de


funcionário público – Ex Não soprar o bafômetro, parar em local proibido,
não retira o veículo do local

Art. 331, CP – DESACATO Menosprezar a função pública que a pessoa exerce.

]Art. 332, CP – TRÁFICO DE INFLUÊNCIA obter, para si ou para outrem,


vantagem ou promessa de vantagem

Art. 334, CP – CONTRABANDO OU DESCAMINHO de mercadoria proibida ou


sem pagamento de imposto

Art. 335, CP – IMPEDIMENTO, PERTURBAÇÃO OU FRAUDE DE


CONCORRÊNCIA Impedir, perturbar alguém no trabalho ou o sossego alheio,
Ex.: transportador interrompe a circulação de veículos ou dificulta a entrega
de mercadoria
32
Art. 336, CP – INUTILIZAÇÃO DE EDITAL OU DE SINAL crime comum cujo
objeto material é o edital, ou seja, danificar documento fixado

Art. 337, CP – SUBTRAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO


confiado à custódia de funcionário

Art. 337-A, CP – SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – sonegar


ou ter conduta omissa (deixar de fazer algo o que deveria).

RESPONSABILIDADES- O transportador no exercício de sua atividade de


prestação de serviço está sujeito a Responsabilidade Contratual e
Extracontratual

A RESPONSABILIDADE CONTRATUAL é aquela que se refere ao contrato


formal, firmado entre as partes envolvidas na prestação de serviço Ex. avaria
na mercadoria, atraso na entrega por sua culpa

Já a RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL engloba aquelas situações de


casos alheios ao contrato de prestação de serviço ex. acidentes de trânsito
com vítimas fatais ou lesionadas

33
2.4. Documentação do Transporte rodoviário de cargas

Do motorista:

 Carteira de Habilitação, Categorias “C” ou “E” e para casos


específicos portar:
 Transporte de Carga Perigosa - certificado do curso MOPP ou constar
inscrito no campo de observações da CNH, o requisito “Produtos
Perigosos”.
 Transporte de Carga Indivisível – certificado do Curso de condutor de
veículos para Transporte de Cargas Indivisíveis

Do Veículo e da Carga para PRODUTOS NÃO PERIGOSOS:

 Nota Fiscal de transporte da mercadoria

 CT-e - Conhecimento de Transporte eletrônico ou Contrato , desde


que contenha as informações necessárias

 Certificado de Inscrição no CRNTRC - Registro Nacional de


Transportadores Rodoviários de Cargas, em tamanho natural ou
reduzido, desde que legível, mesmo que em preto e branco, ou do
CRLV - Certificado de Reg e Licenciamento de Veículos + n.o do
RNTRC

 Adesivos com o n.o de inscrição no RNTRC nas laterais dos veículos.

 MDF-e - Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais

 Ordem de Coleta de Carga - emitido pelo transportador que executa


serviço de coleta de carga

 AET (Autorização Especial de Trânsito) para as rodovias estaduais e


federais, cada uma diferente conforme seu órgão de atuação

34
 Rótulos de risco e painéis de segurança específicos, de acordo com a
NBR-7500 da ABNT (cargas perigosas);

 Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte (Cargas perigosas);

 EPI - Kit para atendimento à emergência conforme NBR 9735 da ABNT.

 CIPP (Certificado de Capacitação para o transporte de Produtos


Perigosos a Granel), para o transporte de PP a granel - INMETRO

 CIV Certificado de Inspeção Veicular para caminhão-trator, conforme


Portaria 204/11 do INMETRO

 Nivel de Emissões do escapamento (fumaça preta) x limites legal.

2.5. Documentação Estadual para o TC Outras Licenças/Autorizações que


podem ser exigidas conforme o tipo da carga a ser transportada e o Estado
percorrido durante seu trajeto.

Por exemplo, para Cargas Perigosas poderá será solicitado

IBAMA - Licença Ambiental para o transporte de carga perigosa no


Estado que percorrer
CFT - Certificado de Regularidade do Cadastro Técnico Federal para
produtos perigosos passíveis de controle ambiental
CNEN – Normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear para
material radioativo;
Vigilância Sanitária – para alimentos, remédios e outros
Polícia Federal – para produtos químicos utilizados no
processamento ilícito de drogas
Ministério do Exército – para explosivos, insumos de explosivos,
armamentos e outros
35
DICA : Consulte toda legislação referente PRODUTOS PERIGOSOS no site
http://www.produtosperigososbrasil.com/#!legislacao/c66t
2.6. TRIBUTOS relativos ao transporte de cargas é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada

Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA: pago no início


de cada ano pelo proprietário do veículo e a cobrança é proporcional ao valor
do veículo.

Imposto sobre Serviços de Qualquer Espécie – ISS: é um imposto municipal


pago por profissional autônomo que presta o serviço tributável, e pode ser
no máximo 5% do valor cobrado pelo frete.

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS: é informado na


nota fiscal, proporcional ao valor do frete e recai sobre as prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, com
porcentagem variada de Estado para Estado.

Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico – CIDE: É o tributo


pago na compra de combustíveis e deve ser revertida, por exemplo, ao
financiamento de programas de infraestrutura de transportes, assim como os
pedágios cobrados em algumas rodovias do País.

36
MODULO 2C - Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas

2.7. Distância entre eixos e dimensão total conforme a lei.

LEI nº 9.503 de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro) fiscaliza o excesso de


peso

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 210 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006, revogou a


Res. CONTRAN nº 12/98 - estabelece os limites de peso e dimensões para
veículos que transitem por vias terrestres e dá outras providências

RESOLUÇÃO Nº 318, DE 05 DE JUNHO DE 2009 Estabelece limites de pesos e


dimensões em viagem internacional pelo território nacional.

RESOLUÇÃO N. 349 DE 17 DE MAIO DE 2010 do CONTRAN é obrigatório


possuir AET (Autorização Especial de Trânsito) quando exceder os limites
definidos nas resoluções 210 e 318

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 520, 29 de JANEIRO de 2015 , revogou a Res. nº


603 de 1982 - estabelece os requisitos mínimos para a circulação de veículos
com dimensões excedentes

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 547 de 19 de agosto de 2015, revogou a Res. nº.


258/07 dispões sobre identificação do infrator responsável pela infração de
excesso peso e dimensões

37
2.8. Capacidade máxima de peso por eixo

A ANTT é responsável pela fiscalização, na verificação do peso por eixo, ou


conjunto de eixos. e do peso bruto total, efetuada nas praças de pesagem
com balanças móveis ou fixas.

Por isso, as normas a seguir são todas em torno dos limites de peso por eixo,
as quais iremos apresentar os pontos principais nos próximos slides.

LEI nº 9.503 de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro) fiscaliza o excesso de


peso

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 210 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006, revogou a


Res. CONTRAN nº 12/98 - estabelece os limites de peso e dimensões para
veículos que transitem por vias terrestres e dá outras providências

RESOLUÇÃO Nº 211 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006 obriga a emissão de


Autorização Especial de Trânsito – AET para veículos com peso acima de 57 t
ou com comprimento total acima de 19,80 m

RESOLUÇÃO Nº 318, DE 05 DE JUNHO DE 2009 Estabelece limites de pesos e


dimensões em viagem internacional pelo território nacional.

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 489 DE 05 DE JUNHO DE 2014 revoga a Res. nº


258, de 30 de novembro de 2007 - fixa metodologia de aferição de peso de
veículos, estabelece percentuais de tolerância e dá outras providências.

LEI Nº 13.103, de 2 de março de 2015 conhecida como a “Lei dos


Caminhoneiros” altera a tolerância de limite de peso que não difere muito
das normas da Res. CONTRAN 489

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 547 de 19 de agosto de 2015, revogou a Res. nº.


258/07 dispões sobre identificação do infrator responsável pela infração de
excesso peso e dimensões

38
Conceitos

PESO DO CONJUNTO – seja do próprio veículo, acrescido dos pesos da


carroçaria, do reboque, semi-reboque e equipamento / acessórios
obrigatórios por lei.

PESO BRUTO TOTAL (PBT) - peso máximo que o veículo transmite ao


pavimento, constituído da soma da TARA mais a LOTAÇÃO.

PESO BRUTO TOTAL COMBINADO (PBTC) - peso máximo transmitido ao


pavimento pela combinação de um caminhão-trator mais seu semi-reboque,
ou do caminhão mais o seu reboque ou reboques.

CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO (CMT) - máximo peso que a unidade de


tração é capaz de tracionar, indicado pelo fabricante, baseado em condições
sobre suas limitações de geração e multiplicação de momento de força e
resistência dos elementos que compõem a transmissão

Tipos de Suspensão : A verificação do tipo de suspensão de determinado


grupo de eixos é de extrema importância na determinação do limite de peso
do veículo em função das diferenças de limites de peso para cada tipo de
suspensão

39
EIXO TANDEM originado do latim, é o conjunto de eixos (dois ou mais) que
buscam compensar as irregularidades do terreno, distribuindo a carga de
forma homogênea, para proteger os rodados e pneus de uma avaria.

Eles absorvem mais impactos, produzindo menos balanços, o que mantém a


carga mais segura, consequentemente, torna o reboque mais estável, durável
e forte.

EIXO NÃO TANDEM, é aquele que tem sua suspensão independente, sem
compartilhamento de suspensão com outro eixo

Um componente fundamental usado na fiscalização do peso é a plaqueta ou


etiqueta indicativa da TARA no veículo.

"TARA” ou "Peso do Veículo em Ordem de Marcha”: É o peso próprio do


veículo, acrescido dos pesos da carroceria e/ou equipamento, do
combustível, das ferramentas e dos acessórios, da roda sobressalente, do
extintor de incêndio e do fluido de arrefecimento, expressa em quilogramas.

"LOTAÇÃO” a carga útil máxima (incluindo condutor e passageiros) que o


veículo pode transportar,

A Tara e a Lotação devem ser instaladas na parte externa, lateral e em local


visível

40
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 318, DE 05 DE JUNHO DE 2009 Art. 1º Os veículos
habilitados ao transporte internacional de carga quando em circulação
internacional pelo território nacional, devem obedecer aos limites de pesos
de que trata o acordo aprovado pela Resolução MERCOSUL/GMC/ nº.
65/2008.

CONTRAN nº489 - O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou a


RESOLUÇÃO Nº 489 DE 05 DE JUNHO DE 2014, que aumenta para 10% o
limite de peso por eixo para os veículos de carga

LEI Nº 13.103 - Lei dos Caminhoneiros de 03 de março de 2015 Com a nova


Lei no 13.103/2015, a tolerância na pesagem por eixo passa a ser de 10%,
independente de o peso bruto total estar ou não dentro dos limites legais.

CONTRAN Nº 547 Resolução CONTRAN Nº 547 DE 19/08/2015 , revogou a


Resolução nº. 258/07 dispõe sobre o procedimento para identificação do
infrator responsável pela infração de excesso peso e dimensões de veículos

RESOLUÇÃO CONTRANº 211 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006 Estabelece que


a circulação de Combinações de Veículos de Carga – CVC, com mais de duas
unidades, incluída a unidade tratora, só pode ocorrer para veículos com peso
bruto total acima de 57 t ou comprimento total acima de 19,80 m,

DOCUMENTO DE PORTE OBRIGATÓRIO - É obrigatório portar Autorização


Especial de Trânsito – AET com validade de 1 ano,

HORÁRIO PARA TRANSITAR - O trânsito de CVC será do amanhecer ao pôr do


sol e sua velocidade máxima de 80 km/h, medicante previa avaliação das
condições de tráfego das vias publicas do percurso.

41
2.9 Altura máxima da carga – Legislação

RESOLUÇÃO Nº 210 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006 estabelece os limites


para veículos, com ou sem carga, que transitem por vias terrestres com
Altura para Caminhão – 4,40m

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 318, DE 05 DE JUNHO DE 2009 estabelece limites


para veículos de transporte de carga em circulação internacional pelo
território nacional com Altura para Caminhão – 4,30m

RESOLUÇÃO N. 349 DE 17 DE MAIO DE 2010 do CONTRAN é obrigatório


possuir AET (Autorização Especial de Trânsito) quando exceder os limites
definidos acima

2.10 – EXTRA - Amarração das Cargas CONTRAN Nº 552

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 552, DE 17 DE SETEMBRO DE 2015 - fixa os


requisitos mínimos de segurança para o transporte de cargas em veículos de
carga.

A partir de 1º de janeiro de 2017 todo veículo (carroceria ou carreta)


fabricado no País terá de contar com dispositivos de amarração previstos na
resolução.

O prazo de adaptação será até 1º de janeiro de 2018 para os proprietários


dos veículos que já estão em circulação e dos que forem fabricados até 31 de
dezembro de 2016

Fica proibida a utilização de cordas como dispositivo de amarração de carga,


“sendo permitido o seu uso exclusivamente para fixação da lona de
cobertura, quando exigível”

Vale lembrar que estas regras não se aplicam ao transporte de cargas que
tenham regulamentação específica.

42
É responsabilidade do condutor verificar periodicamente durante o percurso
o tensionamento dos dispositivos de fixação, e reapertá-los quando
necessário.

Todas as cargas transportadas, conforme seu tipo, devem estar devidamente


amarradas, ancoradas e acondicionadas no compartimento de carga ou
superfície de carregamento do veículo.

Na inexistência de pontos de amarração adequados, ou em número


suficiente, fica permitida a fixação dos dispositivos de amarração no próprio
chassi do veículo.

É opcional a existência de pontos de amarração interna para os veículos com


carroceria inteiramente fechada (furgão carga geral, baú isotérmico, baú
frigorífico, etc.), já que suas paredes podem ser consideradas como uma
estrutura de contenção

É proibida a circulação de veículos cuja carga ultrapasse a altura do painel


frontal, possibilitando o deslizamento longitudinal da parte da carga , que
está acima do painel frontal

43
2.11 – EXTRA - AET (Autorização Especial de Trânsito)

Caso ainda não conheça uma AET (Autorização Especial de Trânsito) ,


incluímos um modelo para que saiba quais informações fazem parte deste
documento, desde os dados do transportador, pesos e dimensões e outras
especificações para a sua emissão

44
MODULO 3A - Operação de Transporte

Este módulo é dedicado à operação do transporte rodoviário de cargas que é


efetuada por um transportador, pessoa ou empresa, mediante contrato
estabelecendo os parâmetros do negócio jurídico a ser realizado.

3.1. Planejamento

Para um bom planejamento você precisa definir bem seus objetivos e


organizar todas as etapas da operação com eficiência.

Afinal, você ou sua empresa não sobreviverão sem preparar antes detalhes
do seu transporte

Lembre-se, todas as decisões tomadas terão impacto direto, no volume de


gastos, no preço do frete e principalmente na sua lucratividade e
rentabilidade do seu investimento

Por isso, tente separar claramente seu custo variável, suas despesas fixas e os
custos da operação

3.1.1. A - Identificação da inter-relação dos diversos fatores operacionais


que interferem no planejamento da operação do transporte.

Há uma série de dificuldades estruturais no sistema rodoviário de cargas, que


poderíamos citar:

• Possíveis atrasos nas entregas pelo excesso de tráfego nas rodovias


o/ou dentro das cidades, prejudicando o cronograma

• Má conservação das rodovias, comprometendo a segurança da


operação, tornando-a mais onerosa

45
• Multas ou paralisações para atender normas de circulação em
algumas cidades/regiões Ex Em São Paulo, capital, a zona de restrição
máxima só permite que caminhões de pequeno e médio porte
circulem pelas ruas centrais em horários específicos

• Por se tratar do modal mais poluidor gera custo frequente de


manutenção e/ou revisão preventiva é muito alto

• Aumento no frete e custos com seguros elevados por depender do


local ou rota para carga ou descarga com um alto número de roubos
e furtos

• Ausência de frete de retorno, etc.

3.1.1 B - Dicas para otimizar seu planejamento

Como minimizar estes fatores com informações importantes:

• Conhecer a demanda na sua região, na busca de uma entrega


eficiente da carga

• Conhecer a demanda mensal de volume e peso da carga

• Definir o destino avaliando as condições de mobilidade dos veículos

• Determinar o tempo gasto em carga e descarga, paradas obrigatórias


(lei do descanso do motorista), necessidades fisiológicas, ou a
quantidade de diesel gasto

• Conhecer a característica da sua carga

• Buscar frete de retorno para não voltar sem gerar nenhuma receita.
Etc.

46
3.1.2. Preparação dos dados necessários para o planejamento das
operações de transporte

Escolha de Veículos e Equipamentos em função:

 das características do transporte


 das características dos roteiros (plano de viagem)
 quanto as características dos veículos

Defina a ROTEIRIZAÇÃO considerando alguns pontos que irão auxilia-lo


durante a utilização de softwares de roteirização, que podem ser próprios ou
de terceiros

Depois de definida a rota, sua empresa poderá utilizar Software de


roteirização para preparar o roteiro e instrumentos tecnológicos de
comunicação para rastrear o veículo e carga, como:

• GPS “Global Positioning System” -(sistemas de posicionamento


global por satélite),
• GIS (sistemas de informação geográfica) reúne o sensoriamento
remoto, o GPS e o geoprocessamento que possibilita aumentar a
produtividade
• Telefonia móvel,
• Sistemas de rádio transmissão
Mapas digitalizados é o levantamento de informações espaciais e tabulares
representado em formato digital

Mapas digitais podem ser aplicados aos mais variados estudos relacionados
ao espaço, como: mapeamento da malha viária de um país, mapeamento dos
clientes e fornecedores de uma

47
3.1.3. Custos de transportes

Boa parte dos transportadores leva em conta somente combustível e mão de


obra, esquecendo das demais despesas como depreciação e manutenção dos
veículos, por isso a importância desta aula para que você conheça os custos
que influenciam na definição do seu frete

CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS POR TIPO DE CARGA

Cargas Fracionadas – Itinerante, Urgente e Comum. São cargas fracionadas


com até 4.000 kg sujeitas ou não à prazos de entrega.

Carga Lotação

a) Carga Industrial: acima de 4.000 kg sem prazos de entrega, como aços,


peças, componentes, máquinas, equipamentos, tintas em recipientes, peças
de móveis etc.

b) Grandes massas: são grandes quantidades em fase intermediária ou em


processo de transformação, acima de 25 t ou mais, sem necessidade de
equipamento especial para contenção de carga.

c) Fertilizantes – são grandes quantidades de componentes e granéis sólidos


de fertilizantes, que requerem equipamento especial de contenção de carga
que suportem acima de 22t.

Containers: Movimenta cofres de carga em ciclos de viagens redondas (ida e


volta).

Outros serviços: Por exemplo: veículos zero quilômetro, transporte


frigorífico, carga líquida, bebidas, produtos perigosos, cargas volumosas etc.

48
COMO É FORMADA A TARIFA DO TRANSPORTADOR RODOVIÁRIO DE
CARGAS

Os custos variam de uma empresa para outra e devem ser determinados por
meio de estudos técnicos, para finalmente decidir objetivamente sobre a
viabilidade do transporte de um determinado tipo de mercadoria

COMPOSIÇÃO DA TARIFA

A tarifa de frete é composta por cinco componentes básicos, que buscam


ressarcir, de forma equilibrada, os custos realizados com a prestação do
serviço:

Taxa de Despacho (para cargas fracionadas com nota fiscal) – é a parcela da


tarifa composta pelos os custos operacionais e administrativos que envolvem
a operação de despacho e nas atividades de coleta e entrega

Frete-peso corresponde, normalmente, à maior parcela na tarifa do seu


frete, por isso é importante conhecer os conceitos, que embora
estejam presentes no nosso dia a dia, são por vezes, utilizados de maneira
incorreta.

+ custos fixos*/diretos e custos variáveis**/indiretos que formam o custo


operacional do veículo

+ despesas administrativas e dos terminais (DAT)***

+ os custos de capital

+ taxa de lucro operacional

= total é custo referente ao Frete-peso

Pedágio: taxa cobrada dependendo do caminho a ser percorrido para a


entrega
49
Frete-valor é proporcional ao valor da mercadoria transportada, e visa
proteger o transportador dos riscos de acidentes e avarias envolvidos em sua
atividade, por isso sua alíquota tende a aumentar a medida que a distância
cresce.

GRIS – Gerenciamento de Riscos é representado por um percentual (%) sobre


o valor da Nota Fiscal, para cobrir os custos decorrentes das medidas de
combate ao roubo de cargas

Outras taxas – Generalidades, são taxas complementares que servem para


remunerar os serviços adicionais necessários à prestação dos serviços, que
pode variar com o peso transportado, valor da nota fiscal do produto ou do
frete cobrado

*Frete-peso é composto pelos CUSTOS FIXOS que podem variar conforme a


operação, portanto, são custos referenciais, e ocorrem mesmo com o veículo
parado, sendo calculados por mês (R$/mês).

Composto das seguintes parcelas:

• Reposição do veículo ou Depreciação (RV)

• Reposição do equipamento ou depreciação do Equipamento/Implemento


(RE)

• Remuneração mensal do capital empatado no veículo (RC)

• Custos da mão de obra dos motoristas (CMO)

• Tributos incidentes sobre o veículo (TI)

• Custo de risco de acidente e roubo de veículo (SV)

O custo fixo mensal resulta da soma das sete parcelas acima:

50
CF = RV+RE+RC+CMO+TI+SV+SE

**Frete-peso é composto também pelos CUSTOS VARIÁVEIS que dependem


da distância percorrida pelo veículo, ocorre mesmo quando o veículo estiver
parado (desligado) e são calculados em função da quilometragem (R$/Km).

Composto das seguintes parcelas:

• Manutenção: mão-de-obra, peças, acessórios e material de manutenção


(PM)

• Despesas com combustível (DC)

• Lubrificantes (LB)

• Lavagem e graxas (LG)

• Pneus e recauchutagens (PR)

Custo variável total é obtido é pela soma destas seis parcelas

CV (R$/km) = PM+DC+AD+LB+LG+PR

3.1.3.1. Modelos de custos de serviços de TRC

Como uma empresa do ramo de transporte rodoviário de carga fracionada


calcula o preço de venda de seu frete? Abaixo você tem outro exemplo de
planilha referencial, desta vez para cargas secas fracionadas

Calcular o preço de um serviço de transporte não é fácil e esta tarefa poderá


ser facilitada utilizando alguns modelos, com valores referenciais disponíveis
em diversos sites, mas a escolha vai depender do tipo de carga transportada
que possa atender às suas necessidades

51
E pensando nisto, a ANTT preparou uma tabela de referência para o cálculo
do frete, disponível na integra no Site http://www.antt.gov.br/ selecione
CARGAS depois PLANILHA

Fonte: Site ANTT- conforme RESOLUÇÃO. Nº 4.810, DE 19 DE AGOSTO DE 2015

52
Nesta outra tabela, há outro exemplo de planilha para utilizar como referência
na definição dos custos do frete, destinada às cargas secas fracionadas.

Fonte: Site SETCERGS e DECOPE/NTC - Departamento de Custos Operacionais, Estudos


Técnicos e Econômicos

3.1.3.2. Variáveis importantes para a definição dos valores de frete e custos


dos serviços de transporte de cargas.

A formação do preço de venda do seu frete é influenciada:

 pelas condições de mercado,

 pelas exigências do governo,

 pelos custos**,

 pelo nível de atividade e

 pela remuneração do capital investido

**Nos custos do frete, existem algumas variáveis já classificadas como


OUTRAS TAXAS – GENERALIDADES, em função da dificuldade que os
transportadores tem de renegociar as tarifas junto aos Embarcadores, então
esta foi a forma de complementar o frete devido. com a cobrança de
generalidades

Na prática todas elas correspondem a uma resposta ao aumento de custos

53
Fatores que influenciam o custo e o preço do transporte

• Peso ou cubagem – a escolha depende daquele que mais limitar a


capacidade do veículo
• Distância - conforme as diferentes rotas, poderá gerar aumento no
custo operacional
• Facilidade de se carregar e se descarregar o veículo (ex paletização
que reduz de maneira significativa os tempos de carga e descarga)
• Facilidade de acomodação - peças com formatos muito irregulares
ou com grande extensão muitas vezes prejudicam a utilização do
espaço do veículo
• Carga retorno – falta de carga de retorno
• Perdas, avarias e risco da carga – perdas decorrentes de acidentes
rodoviários, danos ocasionados em virtudes da exposição à chuva etc
produtos inflamáveis, tóxicos ou mesmo visados para roubo são
fatores de risco que influenciam o valor do frete.
• Especificidade do veículo de transporte – quanto mais específico for
o veículo menor é a flexibilidade do transportador, desta forma o
valor do frete se eleva
• Entre outros como , vias utilizadas, pedágios e fiscalização, prazo de
entrega e aspectos geográficos.

Fonte: Lauro Valdivia -Custos, Preços e Produtividade

54
3.1.3.3. Gestão de custos e formação de preço

Depois de conhecer os principais custos do transporte rodoviário de cargas, é


primordial ter o controle dos processos da empresa, como uma questão de
sobrevivência!

Desta forma, o uso de tecnologias e métodos científicos irão auxilia-lo na


medição e resolução de alguns dos problemas, que se apresentam no setor,
possibilitando uma considerável redução dos custos de transporte

Por isso, não feche os olhos para um bom sistema de gestão de transporte
para ficar sempre no controle da operação!

3.2. Execução

3.2.1 - Elaboração de CONTRATO e CONHECIMENTO DE TRANSPORTE


ELETRÔNICO (CT-e)

Na realização do transporte rodoviário de cargas é obrigatória a emissão de


Conhecimento ou de um Contrato de Transporte, emitidos antes do início da
prestação do serviço pelo transportador

Ambos são documentos que caracterizam a operação de transporte, conforme


consta no Art.23 e Art.24 da Resolução N.o .4.799 e é usado em cada viagem

CONCEITOS

CONTRATO - De acordo com o Artigo 730 do Código Civil, um Contrato ocorre


quando “alguém se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um lugar
para o outro, pessoas ou coisas”

CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRÔNICO (CT-e) - também conhecido


pelas abreviaturas (CTRC ou CTO) é um documento fiscal emitido pelas
transportadoras de cargas para acobertar as mercadorias entre a localidade
de origem e o destinatário da carga.
55
Para a própria empresa transportadora, esse documento é a sua nota fiscal,
ou seja, é o documento oficial usado para contabilizar as receitas e efetivar o
faturamento.

DACTE (Documento Auxiliar de Conhecimento de Transporte Eletrônico) é


um impresso com a representação gráfica simplificada do CT-e e tem como
funções, dentre outras, conter a chave de acesso do CT-e (permitindo assim a
consulta às suas informações na Internet Portal Nacional do CT-e) e
acompanhar a mercadoria em trânsito.

Modelo DACTE

56
Elaboração CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRÔNICO (CT-e)

Consulte ao final desta apostila o Art. 23. da nova


Resolução 4.799 - o CTRC ou CTO deverá conter no
mínimo, as seguintes informações:

 Dados completos do Embarcador, Transportador, Motorista

 Dados do Veículo – placa, RENAVAM, etc.

 Data e horário previstos para o início da viagem

 Endereços de Retirada e/ou Entrega

 Natureza da Carga e outras informações (peso, quantidade, volume,


acondicionamento, etc)

 Valor do Frete e o responsável pelo pagamento

 Valor do Vale-Pedágio, desde a origem até o destino

 Dados da Seguradora e n.o de apólice

 CIOT - Código Identificador da Operação de Transporte

 Autorização de acesso ao arquivo digital do documento

57
Elaboração de CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE

Conforme Art. 24 da Resolução. n.o 4.799 será aceito


contrato de transporte particular, e deverá conter no
mínimo:

o DO OBJETO DO CONTRATO – descreve a prestação de serviços pela


CONTRATADA de transporte rodoviário para a CONTRATANTE

o DOS HORÁRIOS

o DAS RESPONSABILIDADES/ DAS OBRIGAÇÕES

o DA MULTA/ CLÁUSULA PENAL

o DA REMUNERAÇÃO/DO PREÇO e CONDIÇÕES

o DO EQUIPAMENTO ANTI-FURTO E GERENCIAMENTO DE RISCO

o DA NATUREZA DO CONTRATO. Ref. natureza comercial sem vínculo


empregatício, nem responsabilidade solidária ou subsidiária com o
CONTRATANTE

o DA RESCISÃO

o DO PRAZO

o DO FORO – foro (Cidade) definido para dirimir quaisquer


controvérsias oriundas do CONTRATO, etc.

o LOCAL, DATA e ASSINATURAS

58
3.2.2 – Documentos de porte obrigatório – Conforme já apresentado em
aula anterior, portar:

 CNH (Carteira Nacional de Habilitação)

 Contrato da Carga Transportada ou DACTE (Documento Auxiliar do


Conhecimento de Transporte Eletrônico) no caso de utilizar
conhecimento de transporte eletrônico (CT-e)

 CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo) ou


Certificado de propriedade do Veículo

 Possuir Certificado de Inscrição no CRNTRC

 Adesivos do RNTRC nas laterais dos veículos

 Ordem de Coleta de Carga - emitido pelo transportador que executa


serviço de coleta

 DAMDFE - Documento Auxiliar do Manifesto Eletrônico de


Documentos Fiscais - acompanha a carga durante o transporte

No caso de cargas perigosas ou especiais, portar também...

 Comprovante do curso MOPP (cargas perigosas)

 Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte. (cargas


perigosas);

 CIPP (Certificado de Capacitação para o transporte de Produtos


Perigosos a Granel) , fornecido pelo INMETRO

 CIV Certificado de Inspeção Veicular, fornecido pelo INMETRO

59
 Declaração do expedidor sobre o acondicionamento adequado

 Declaração assinada pelo expedidor de que o produto está


adequadamente acondicionado para suportar os riscos normais de
carregamento, descarregamento, conforme a regulamentação

 AET (Autorização Especial de Trânsito) conforme seu órgão de


atuação e objetivos

 Certificado do Curso de condutor de veículos para Transporte


de Cargas Indivisíveis

 Licença específica das autoridades responsáveis para determinadas


substâncias como explosivos, regulados pelo Ministério da Defesa
através do Exército).

 Autorização Interestadual para Transporte de Produtos Perigosos -


independentemente do número de viagens que ele vai realizar,

 Licenças junto à Polícia Federal, no caso de materias primas para a


fabricação de entorpecentes, pasta da cocaina.

 Alvarás junto a Polícia Civil, Anvisa e Vigilância Sanitária

 Se o transporte for interestadual, a empresa ainda precisa estar


regularizada no Cadastro Técnico Federal (CTF)

60
MODULO 3B - Operação de Transporte

3.2.3. Procedimento de conferência

É fundamental que antes de iniciar a viagem, você confira todos os detalhes


da sua viagem e Carga, inclusive as condições do veículo. A seguir
apresentamos alguns itens importantes nesta etapa da execução da sua
operação de transporte

 Carga e nota fiscal

 Quantidade, peso e volume da carga.

 Rota.

 Lacre.

 Rotina de carga e descarga.

 Ferramentas necessárias

 Condições operacionais do veiculo

 Condicionamento adequado da carga

Se transportar Carga Perigosa ou Especiais:

 Verificar a documentação da carga x ficha de emergência;

 Confrontar os dados da ficha de emergência com a padronização do


veículo;

 Verificar se todos os equipamentos de segurança obrigatórios estão


disponíveis e adequados ao uso;

 Efetuar uma vistoria rigorosa em todo o veículo antes de partir

61
 Conferir as documentações de porte obrigatório

 Conferir se o Tacógrafo está funcionando e se o disco está no lugar

 Mantenha os telefones de emergência do Corpo de Bombeiros,


Polícia Rodoviária, Polícia Militar, etc

Ao receber ou entregar uma carga, será necessária uma conferência


quantitativa e qualitativa da sua carga

Na Conferência Qualitativa você analisa a qualidade da carga : temperatura,


dimensões, avarias características especiais e suas restrições em função das
condições descritas na nota fiscal como por exemplo o vencimento dos
produtos

Concluída a conferencia quantitativa e qualitativa, você já terá condições de


recusar ou devolver a carga

Na Conferência Quantitativa você verifica se a quantidade declarada pelo


Fornecedor na Nota Fiscal está igual à carga recebida ou que será entregue,
normalmente são utilizados formulários para realizar estas conferências,
assim você não esquece nenhuma etapa da conferencia

62
Utilize um formulário com plano de viagem, conforme modelo abaixo, para
auxilia-lo nesta conferência.

63
3.2.3.1. Carga e nota fiscal

A Nota Fiscal é o documento que comprova a posse da mercadoria para o


trânsito das mercadorias e das operações realizadas entre adquirentes e
fornecedores

Portanto, ela deverá ser utilizada neste momento de conferência porque


possui todos as informações necessárias para uma conferência eficiente e
completa!

PENALIDADE – na ausência da Nota fiscal o TRRC pagará multa de R$ 550,00


(quinhentos e cinquenta reais);

3.2.3.2. Conferencia quantidade – PESO – VOLUME DA CARGA

Com base na nota fiscal, conferir de forma rigorosa:

 a quantidade de volumes de carga,


 o peso especificado
 e a quantidade
ATENÇÃO: Não será permitido divergência nas informações que gerem
prejuízos a todo setor.

Por isso, vale lembrar que todos os envolvidos serão responsabilizados, com base
na legislação vigente, caso seja constatada irregularidades durante a fiscalização.

64
3.2.3.2. Conferencia quantidade – PESO – VOLUME DA CARGA

Quanto maior a força aplicada pelos pneus sobre o asfalto, maior será o
desgaste da estrada.

Sendo assim, o CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) limitou o peso


máximo, por eixo, a ser carregado pelos veículos, buscando:

• Garantir que o transportador opere dentro das normas

• Garantir de segurança e dos demais motoristas

• Garantir a qualidade da via por onde os veículos trafegam.

3.2.3.3 – ROTA

Através das informações coletadas durante o planejamento, confira:

 Rota de origem e destino e os pontos de referência

 Distancia total

 Dados sobre o veículo (modelo, etc)

 Tempo estimado de viagem

 Velocidade média

 Praças de Pedágio

 Postos de pesagem e Polícia Rodoviária Federal

 Cidades próximas para descanso e

 Equipamentos que serão utilizados no percurso (GPS, etc)

65
3.2.3.4. LACRES

Após concluída a conferencia da carga e do roteiro, será o momento de usar


lacres de segurança para trancar sua carroceria, impedindo o acesso ou
violação antes de chegar ao destino final.

Os lacres, possuem identificação e visam garantir a segurança no


deslocamento de produtos e mercadorias, evitando violações e sua
numeração deverá ser registrada no Manifesto para ser conferido tanto na
descarga/entrega

ATENÇÃO: Os lacres somente poderão ser abertos por autorização de quem


de direito.

66
3.2.3.5. Rotina de carga e descarga

Durante suas atribuições rotineiras relacionadas à carga e descarga, será


necessário seguir uma rotina que garanta segurança e sucesso durante todos
procedimentos, desde a identificação, movimentação, organização e
separação das cargas/embalagens para outras áreas.

Embarque: Começa com a retirada da carga do local de estocagem e com a


sua colocação no veículo de transporte interno.

Não esqueça de realizar um EXAME DE AVARIAS E CONFERÊNCIA DE


VOLUMES neste momento

Desembarque: Envolve:

- Recebimento dos veículos contendo cargas,


- Transbordo da carga para o veículo de transporte interno,
- Transporte interno até a área de armazenagem,
- Transbordo da carga para a área de armazenagem e
- Armazenagem, enquanto aguarda o embarque em um novo veículo.

3.2.3.6. Ferramentas necessárias –

Existem muitas formas de movimentar sua carga e você poderá utilizar alguns
métodos conhecidos como manual, mecanizados (empilhadeiras manuais,
carrinhos, etc.) e os motorizados (esteiras, empilhadeiras motorizadas, etc.)

A forma MANUAL é a mais usado para pequenos volumes

Durante a execução da operação de transporte, não podemos deixar de


mencionar outras ferramentas que auxiliam o transportador e as empresas,
como formas de Tecnologia de Monitoramento para as Frotas:

- Tecnologia embarcada são os recursos eletrônicos e computadores


instalados nos veículos de carga
67
Vantagem: permite uma interação em tempo real entre motoristas e seus
expedidores, agilizando eventuais alterações em suas rotas

- O botão de pânico é um outro equipamento de tecnologia embarcada que é


utilizado em casos de emergência, comunicando imediatamente a central de
controle de frota sobre a ocorrência de roubo ou situações suspeitas.

- Tecnologia de Transmissão de Dados Via Satélite que é um SATÉLITE é um


equipamento construído pelo homem, e colocado ao redor da Terra, para
permitir a comunicação rápida entre dois ou mais pontos distantes na Terra

- Os bloqueadores são dispositivos de segurança que permitem o bloqueio


do veículo à distância, e atua como antifurto com sensor de abertura de
porta e bloqueio depois de determinado tempo após o desligamento do
veículo.

- Os rastreadores possibilitam a comunicação entre a central de


monitoramento da frota e os caminhões, fornecem a localização on-line de
veículos e auxiliam no Controle de Jornada de Trabalho, por acompanhar os
dados da viagem, da carga horária de trabalho e do motorista

3.2.3.7. Condições operacionais do veiculo

Depois de carregar seu veículo, é necessário checar os equipamentos que


monitoram as condições gerais e, por isso, o Tacógrafo é a ferramenta
perfeita para o efetivo gerenciamento da sua operação de transporte

TACÓGRAFO como é mais conhecido é um Tipo de Registrador Instantâneo


Inalterável de Velocidade e Tempo

Fornece: cumprimento de roteiros de viagem, itinerários, horários de saída e


chegada, respeito aos limites de velocidade, tempos de condução e descanso,
paradas não programadas e muitas outras

68
Obrigatório para os veículos com capacidade máxima de tração igual ou
superior a 19 (dezenove) toneladas e para o Transporte de produtos
perigosos

CONTA-GIROS DO CARRO é outro equipamento que auxilia no


monitoramento do veículo e faz parte do Painel de instrumentos dos carros:

 Mostra, em tempo real qual a velocidade de rotação do motor, as


Rotações por Minuto (RPM)

 Demonstra para o motorista se ele dirige seu veículo da maneira


correta

 Possibilita saber se o consumo está além do necessário ou se a


aceleração está correta.

 Se o conta-giros atinge a marca vermelha, sinaliza que a forma de


conduzir está completamente errada e o motor começa a cortar a
aceleração para não ser danificado ou fundir

3.2.3.8. Condicionamento adequado da carga

Já conferimos a carga e os métodos para transporta-la, mas a arrumação


interna no caminhão é fundamental para otimizar o espaço dentro do
veículo, evitar danos ou riscos aos produtos ou evitar riscos aos outros
usuários das rodovias, por isso:

• Separe a carga, conforme sua característica

• Evite a movimentação manual, e se realizar, não ultrapassar o peso de 20 kg

• Se o veículo for aberto, verifique a regulamentação para amarração de cargas

• Não ultrapasse a capacidade máxima do veiculo

69
Modulo 4. Tópicos Especiais
Neste modulo apresentaremos alguns tópicos especiais relacionados às
questões Saúde, cuidados com o Meio Ambiente e Segurança do Trabalho
através de equipamentos e métodos buscando prevenir acidentes e
das doenças do trabalho

4.1. Saúde, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho

MEIO AMBIENTE

O ar, água e solo são recursos indispensáveis à vida na terra, por isso
precisamos preservá-los, sendo responsabilidade do transportador minimizar
os impactos ambientais gerados por acidentes durante o transporte, ou pelo
alto nível de emissão de poluentes e os gases, causadores do efeito estufa,
entre outros danos ao meio ambiente.

As principais fontes poluidoras são os Veículos e as Indústrias

E seus principais poluentes estão relacionados com à combustão de veículos


que são:

- NOx os óxidos de nitrogênio

- ALDEÍDOS e a DIASINA a queima do diesel

- CO - o monóxido de carbono/gás carbônico – produzido pela queima


do óleo diesel, que em excesso é responsável pelo efeito estufa.

Infelizmente, a tendência é que os valores reais de emissão de poluentes


sejam ainda maiores, por causa da utilização de enxofre no diesel, o baixo
nível de manutenção e alta idade de nossa frota de transporte rodoviário.

70
4.1.1. Estatísticas e causas de acidentes rodoviários envolvendo caminhões
De acordo com o banco de dados de acidentes de trânsito do DNIT.

Em 2012, foram registradas 8610 mortes nas rodovias federais e 33% delas
foram registradas na região Norte com total de 2812, mortes, o que é bem
expressivo para uma região.

Veja na tabela os números, por região, desde 2007

ESTATÍSTICAS

• Acidentes mais frequentes e graves: 47% tombamento e 10% capotagem.

• Causas principais: velocidade incompatível, fadiga.

• Fatores contribuintes: curva fechada, pista mal conservada.

• Faixa etária dos motoristas mais


envolvidos: de 18 a 25 anos.

• Veículos mais vulneráveis:


articulado, ou sobrecarregado.

71
4.1.2. Legislação – Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho

Nas Resoluções da ANTT nº. 3665 de 2011 e nº. 420 de 2004.

Entre parte dos Estados do MERCOSUL há o Decreto N° 1.797, de 25/01/1996


referente acordo para a Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos

As Normas Regulamentadoras relativas à Segurança e Medicina do Trabalho,


que são:

NR 01 - Disposições Gerais relativas à segurança e medicina do trabalho

NR 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

NR 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI

NR 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO

NR 17 - Ergonomia

NR 23 - Proteção Contra Incêndios - empregadores devem adotar medidas de


prevenção de incêndios

A legislação ambiental brasileira é uma das mais completas do mundo. São 17


leis ambientais elaboradas para garantir a preservação do grande patrimônio
ambiental do país.

O transporte de Cargas perigosas representa risco à saúde e ao meio


ambiente em geral, por isso é submetido às regras e aos procedimentos
estabelecidos na Resolução ANTT nº. 3665/11 e Resolução ANTT nº. 420/04

72
4.1.3. Normas e procedimentos de segurança

O cotidiano do transportador rodoviário cria situações de maior exposição


aos riscos, pelo constante estado de alerta e desgaste emocional, aos quais
fica exposto diariamente.

Por isso, algumas normas e programas foram criados buscando a prevenção


de acidentes e das doenças do trabalho, bem como da promoção da saúde e
da qualidade de vida.

A NORMA REGULAMENTADORA – NR 1 foi criada pelo Ministério do Trabalho


com o objetivo de promover saúde e segurança do trabalho

4.1.4. EPI – NR6 e NBR 9735

Em aula anterior já apresentamos os itens que compõem os equipamentos


de proteção individual de segurança, definidos na norma Brasileira 9735

Agora você conhecerá as disposições gerais da:

NR 1 e NR 6- regulamentam a SEGURANÇA NO TRABALHO – EPI e a NBR


9735 da ABNT definem os Conjuntos de Equipamentos de Segurança de uso
obrigatório

CONCEITO - O EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL é todo


dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde
no trabalho

Existe o EPI básico composto por capacete e luvas de material adequado


conforme o produto, além de outros utilizados em situações de emergência
como equipamentos para sinalização e isolamento da área em casos de
avaria ou acidentes utilizados durante o transporte.
73
4.1.5. Postura física – ERGONOMIA – NR17

A Norma Regulamentadora 17 estabelece parâmetros que permitam a


adaptação das condições de trabalho às características dos trabalhadores, de
modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho
eficiente.

A aplicação da ergonomia no ambiente de trabalho pode ser estabelecida nas


seguintes etapas:

1ª etapa Programa de Ergonomia – através do levantamento dos riscos


ergonômicos*

2ª etapa Conscientização –através de treinamentos e palestras a


conscientização acerca dos riscos ergonômicos e prevenção

3ª etapa Correção do Programa de Ergonomia –correção e aperfeiçoamento


do programa aplicado no ambiente de trabalho

RISCOS ERGONÔMICOS* são elementos que podem prejudicar os


trabalhadores, a nível físico ou psicológico, através de doenças ou
desconforto

4.1.6. Exame de saúde periódico como fator de proteção à saúde

Um transportador com boa saúde terá com condições de exercer a sua


atividade profissional com mais eficiência com menor riscos de acidentes, por
isso, é importante realizar exames periódicos de saúde através de cuidados
básicos:

- Realizar pesquisa de doenças preexistentes como avaliar risco cardíaco,


medir a pressão arterial com frequência, checar nível de glicose, colesterol,
exames auditivos e oftalmológicos, avaliação vascular, entre outros...

74
4.1.6. Exame de saúde periódico – Norma Regulamentadora 7 – NR7
PCMSO

Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, do Programa


de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, para prevenção,
rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao
trabalho.

Objetivos: Prevenir a saúde através de divulgação de filmes, reuniões,


palestras e outras ações.

4.1.7. Cuidados com a sua saúde física e mental

Tirando os fatores físicos do motorista, a questão do consumo em excesso de


cafeína e pior ainda, de drogas tem preocupado muito as autoridades, porque em
função da pressão para cumprir horários determinados e entregar a mercadoria,
no seu destino o mais rápido possível alguns caminhoneiros usam medicamentos
proibidos (rebite, cocaína e até crack) para se manterem acordados durante dias,
por total desconhecimento dos riscos à saúde a que estão expostos

A vida na estrada também exige muito do caminhoneiro, que passa longas


horas sentado em frente ao volante e atento no trecho.

Porém esquece que precisa ter atenção redobrada na maneira correta de


sentar, de conduzir o veículo.

4.1.8. Noções de combate a incêndio


Incêndio é o fogo fora de controle, e são causados por descuidos, na maioria
das vezes involuntários e as principais fontes causadoras nas rodovias são :

• Cigarros lançados pela janela do veículo;


• Falta de manutenção do veículo;
75
• Acidente envolvendo veículos com cargas perigosas
• Vidros, que funcionam como lente de aumento e outros
O combate por ser realizado por: retirada do material combustível,
resfriamento, abafamento ou extinção química

E neste momento, é importante conhecer os materiais envolvidos e as classes


de incêndio que pertencem, para definir qual o melhor método para uma
extinção rápida e segura.

Classificação dos incêndios: - determina qual agente extintor adequado

Classe A : materiais sólidos

Classe B : líquidos inflamáveis

Classe C : equipamentos elétricos

Classe D : metais combustíveis/pirofóricos (magnésio, zircônio, titânio)

76
4.1.9. Utilização adequada de equipamentos x situações de emergência.

Existem 5 tipos de extintores disponíveis e sua aplicação dependerá da


classificação que apresentamos nesta tabela

Aplicação
Tipo
Capacidade Utilização
Extintor
Classes

Pó químico
Rompa o lacre, aperte a alavanca e direcione o
para A, B e C 1 Kg e 2 Kg
jato para base das chamas
veículos

Puxe o pino de segurança, retire o esguicho e


Espuma
AeB 10 litros acione o gatilho direcionando o jato para base
mecânica
das chamas.

Abra o registro do propelente, puxe o pino


1, 2, 4, 6,
Pó químico
BeC 8,10 e 12 e empurre o esguicho devidamente, por fim
seco
Kg. acione o gatilho direcionando o jato para base
das chamas.

Abra o registro do propelente, puxe o pino


Água
A 10 litros e empurre o esguicho devidamente, retirando-o
Pressurizada
do porta-esguicho e acione o gatilho
direcionando o jato para base das chamas

Gás
Retire o pino acione o gatilho direcionando o
carbônico BeC 6 Kg
jato para base das chamas.
CO2

77
4.2. Logística integrada

Agora vamos apresentar a logística, os conceitos e o papel do transportador,


e comentar sobre os tipos de terminais e as operações que ocorrem no dia a
dia durante envolvendo o transporte rodoviário de cargas

É como o nome diz, é a integração dos processos, da origem dos produtos às


mãos do consumidor final, através de um sistema inteligente capaz de
planejar, implementar e controlar todos os passos

Geralmente, a logística integrada é dividida nas áreas de

• Administração de materiais/armazenamento,

• Movimentação e

• Distribuição dos produtos

Ter uma gestão eficiente é cada vez mais importante porque os


consumidores estão cada vez mais exigentes.

É por esse motivo que a logística integrada assume uma dimensão crucial nas
empresas.

4.2.1. Conceito de cadeia logística

É um conjunto de atividades interligadas que constantemente se articulam,


desde o início da elaboração de um produto, e de todas as etapas
intermediárias até atingir o produto final para sua distribuição e
comercialização.

O principal desafio e objetivo da logística, é conseguir criar mecanismo para


distribuição de produtos no menor intervalo de tempo possível, com redução
de custos, sem perda de qualidade

78
4.2.2. Papel do Transportador Rodoviário de Cargas dentro da cadeia
logística

Desde os primórdios, o transporte rodoviário de cargas tem sido utilizado


para disponibilizar produtos onde existe demanda potencial, e tornou-se
fundamental para que seja atingido o objetivo logístico que é “o produto
certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo
possível”

A cadeia logística é dependente dos modais de transporte por transportar


grandes quantidades, alto valor, e pela praticidade de deslocamento entre
um e outro ponto do pais.

4.2.3. Tipos de terminais de cargas e armazéns

A armazenagem possui um papel importante no setor de transporte, assim


como na própria história da humanidade, existe a necessidade de armazenar
produtos e alimentos de forma consciente e como qualidade!

Os tipos de armazéns podem ser Próprios, Terceirizados ou Públicos

E suas operações, ocorrem conforme os produtos que manipula que envolve:


recepção da carga, pesagem de controle, classificação do produto, pré-
tratamento físico, químico ou biológico, se for o caso, armazenagem,
automática, mecânica ou manualmente, conservação para evitar a
deterioração e perdas, retirada para embarque, automatizada, mecânica ou
manual, contra pesagem e controle, manejo e carregamento, manual,
mecânico ou automatizado, emissão de conhecimento de embarque e
anexos, despacho do(s) veículo(s) para a operação de transporte

79
CROSSDOCKING ou CROSS-DOCKING (sistema de distribuição)

A competitividade empresarial acentuou a estratégia das empresas em


valorizar sua Logística na distribuição de produtos, utilizando entre outros, o
sistema de CROSSDOCKING , na qual a mercadoria recebida não é estocada,
e sim, imediatamente preparada para o carregamento da entrega,
envolvendo múltiplos fornecedores

Esta forma de distribuição tem a vantagem de reduzir o manuseio de


materiais, e a necessidade de guardar os produtos no armazém.

Existem também o sistema de TRANSIT POINT que utiliza um único


fornecedor, sem a necessidade de estoque e de fácil gerenciamento

80
4.2.4. Noções de operação em terminais e armazéns

Vamos primeiro compreender as diferenças entre Armazém e Terminal de


cargas

ARMAZÉM é um local onde podemos guardar os produtos que foram


fabricados ou que aguardam sua retirada pelos seus compradores.

O TERMINAL DE CARGAS nada mais é do que um amplo espaço, composto


por vários armazéns, com ótima infra-estrutura para operação de importação
e exportação de mercadorias

Em um armazém ou terminal, as mercadorias passam basicamente pelas


seguintes fases:

1) Agendamento - para evitar filas de caminhões e utilizar melhor os


recursos do armazém
2) Recebimento
3) Descarregamento, Inspeção e separação
4) Movimentação,
5) Picking (separação e preparação de pedidos)
6) Unitização ou Paletização
7) Carregamento,
8) Em alguns casos pode ser necessário: Embalar, montar Kits, Controle
de temperatura ou finalização de produtos
9) Despachar as mercadorias , também é conhecido por Shipping

ESTRUTURA de um ARMAZÉM precisa ter:

 Área suficiente para estacionamento e manobras dos veículos;


 Existência de dockboards;
 Área suficiente para paletizar ou contentorizar;
 Área suficiente para colocar artigos antes de despachar;
 Escritórios para guardar documentos e elaborar relatórios.
81
MODULO 5 – Responsável Técnico
Este módulo complementa a grade curricular conforme as exigências da
Seção V, parágrafos §1º e §2º do Art. 16 da RESOLUÇÃO Nº 4.799 DE 27 DE
JULHO DE 2015, referente ao curso específico para o Responsável Técnico
para atuar como tal em Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas,
considerando a estrutura curricular mínima das matérias estabelecidas pela
ANTT.

5.1 Responsabilidades do Transportador

Lei n°. 11.442/07 - Dispõe sobre a Responsabilidade do transportador, entre


outras questões...

Art. 9o A responsabilidade do transportador cobre o período compreendido


entre o momento do recebimento da carga e o de sua entrega ao
destinatário e termina quando destinatário recebe a carga, sem protestos ou
ressalvas.

Se as mercadorias não forem entregues dentro de 30 (trinta) dias corridos


após a data estipulada, o contratante terá o direito de reclamar as
mercadorias e considerá-las perdidas.

Em contrapartida, a carga ficará à disposição do interessado, pelo prazo de


30 (trinta) dias, e ao término do prazo a carga será considerada abandonada,
exceto no caso de bem perecível ou produto perigoso, o prazo poderá ser
reduzido

Lei 3071 do Código Civil de 1.916

Art. 159 Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou


imprudência, violar o direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a
reparar o dano.

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Lembrando que o transportador é responsável também pelas falhas come-
tidas por seus subordinados ou por aqueles que subcontrate para a
realização do serviço

5.1 Isenção de Responsabilidade do Transportador

Art. 12. Situações em que o transportador não será responsabilizado por


avarias, perdas ou demora na entrega das mercadorias nos casos de :

 Motivo de força maior;

 Causas inerentes à natureza,

 Defeito na embalagem ou mercadoria mau acondicionada,

 Mercadoria entregue sem estar encaixotada, enfardada, ou protegida


por qualquer outra espécie ou mesmo por insuficiência nos rótulos

 Circunstâncias que tornem necessário descarregar, destruir ou tornar


sem perigo o produto

 Mercadoria/carga entregue já com problemas, podendo ser


originado já na sua fabricação;

 Ações de guerra, comoção civil ou atos de terrorismo

 Greves, greves patronais, interrupção ou suspensão parcial ou total


do trabalho, fora do controle do transportador

 Ação ou falta de ação, que gerou o dano, e de responsabilidade


daquele que está reclamando do transportador

83
5.2 Legislação fiscal

Lei 10.233, de 05 de junho de 2001 - Dispõe sobre a reestruturação dos


transportes terrestres e institui o Registro Nacional de Transportadores
Rodoviários de Cargas – RNTRC - Arts. 14-A e 26, item IV

LEI Nº 11.442, DE 5 DE JANEIRO DE 2007 - Caracteriza o ETC, e dispõe sobre


as regras de operação e sobre a inscrição prévia no RNTRC

II - Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas – ETC é a pessoa jurídica


constituída por qualquer forma prevista em lei que tenha no transporte
rodoviário de cargas a sua atividade principal

RESOLUÇÃO 4.799 DE 27 DE JULHO DE 2015 - Define os critérios para a


inscrição no RNTRC e outras providências

NOTÍCIA TÉCNICA Nº 05/2014 - 02/10/2014 Dispoe sobre Código de


Atividade Econômica – CNAE

Lei 10.233, de 05 de junho de 2001


Art. 14-A O exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas, por
conta de terceiros e mediante remuneração, depende de inscrição do
transportador no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de
Carga - RNTRC.
...
Art. 26. Cabe à ANTT, como atribuições específicas pertinentes ao Transporte
Rodoviário:
I – publicar os editais, julgar as licitações e celebrar os contratos de
permissão para prestação de serviços de transporte rodoviário interestadual
e internacional de passageiros;
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I - publicar os editais, julgar as licitações e celebrar os contratos de permissão
para prestação de serviços regulares de transporte rodoviário interestadual
semiurbano de passageiros; (Redação dada pela Lei nº 12.996, de 2014)
II – autorizar o transporte de passageiros, realizado por empresas de turismo,
com a finalidade de turismo;
III – autorizar o transporte de passageiros, sob regime de fretamento;
IV – promover estudos e levantamentos relativos à frota de caminhões,
empresas constituídas e operadores autônomos, bem como organizar e
manter um registro nacional de transportadores rodoviários de cargas;
V – habilitar o transportador internacional de carga;
VI – publicar os editais, julgar as licitações e celebrar os contratos de
concessão de rodovias federais a serem exploradas e administradas por
terceiros;
VII – fiscalizar diretamente, com o apoio de suas unidades regionais, ou por
meio de convênios de cooperação, o cumprimento das condições de outorga
de autorização e das cláusulas contratuais de permissão para prestação de
serviços ou de concessão para exploração da infraestrutura.
VIII - autorizar a prestação de serviços regulares de transporte rodoviário
interestadual e internacional de passageiros. (Incluído pela Lei nº 12.996,
de 2014)
IX - dispor sobre os requisitos mínimos a serem observados pelos terminais
rodoviários de passageiros e pontos de parada dos veículos para a prestação
dos serviços disciplinados por esta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.996, de
2014)

85
As Empresas de Transporte de Cargas – ETC somente poderá realizar cadastro
ou recadastro no RNTRC, se possuir o Código de Atividade Econômica – CNAE
ou atividade econômica, conforme descrição. Consulte a tabela na íntegra no
site www.antt.gov.br

O cadastro no RNTRC é feito sempre em nome da matriz com a apresentação


do Cartão do CNPJ da matriz da empresa

SUSPENSÃO ADMINISTRATIVA – Poderá ocorrer para as empresas de


transporte rodoviário de cargas, que tenham ultrapassado o prazo para
regularização pela ausência do:

 código CNAE de transporte,

 ou campo de “Atividade Econômica Principal”

 ou campo “Atividades Econômicas Secundárias”

Para que o registro da empresa retorne à situação de “ATIVO”, será


necessária a atualização do cadastro junto ao CNPJ na Secretaria da Receita
Federal do Brasil (RFB)

Legislação relativa ao exercício da atividade de transporte rodoviário de


cargas e ao RNTRC

RESOLUÇÃO Nº 4.799, DE 27 DE JULHO DE 2015

VI - Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas – ETC: pessoa jurídica


constituída por qualquer forma prevista em Lei que tenha o transporte
rodoviário de cargas como atividade econômica;

DAS DEFINIÇÕES

II - Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas – ETC:

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a) possuir Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas – CNPJ ativo;

b) estar constituída como pessoa jurídica por qualquer forma prevista em Lei,
tendo o transporte rodoviário de cargas como atividade econômica;

c) ter sócios, diretores e responsáveis legais idôneos e com CPF ativo;

d) ter Responsável Técnico idôneo e com CPF ativo com, pelo menos, 3 (três)
anos na atividade, ou aprovação em curso específico;

e) estar em dia com sua contribuição sindical, e

f) ser proprietário ou arrendatário de, no mínimo, um veículo automotor de


carga categoria “aluguel”, na forma regulamentada pelo CONTRAN.

5.3 – SEGUROS - Contrato de seguro de cargas

Os seguros existentes no mercado de transportes de carga, são 3 (três):

Seguro pelo EMBARCADOR é o Seguro Transporte Nacional - é obrigatório e


cobre perdas e danos às cargas transportadas, incluindo roubo e furto

Seguros pelo TRANSPORTADOR

1) RCTR C - Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador


Rodoviário de Carga - obrigatório

2) RCF DC - Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa Desvio de


Carga ou Seguro de Responsabilidade Civil para desaparecimento de
carga

DIFERENÇAS entre Seguro de Transporte Nacional do Embarcador X


RCTR C

O Seguro de Transporte Nacional, é para o dono da carga e cobre perdas


e danos às cargas transportadas
87
Já o seguro de Responsabilidade Civil do Transportador de Cargas cobre a
responsabilidade civil do transportador, por perdas e danos que causar às
cargas de terceiros, confiadas para seu transporte.

Por isso, o seguro de Transporte Nacional do Embarcador não substitui o


Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador de Cargas RCTR C e
vice-versa.

A seguir, detalharemos um pouco mais os Seguros contratados pelo


TRANSPORTADOR

1) Seguro de carga em transporte RCTR C - Responsabilidade Civil do


Transportador Rodoviário de Carga:

Conforme regulamentado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados,


através das resoluções 123 e 134 de 2005, com relação às normas e
obrigatoriedade de utilização e contratação do RCRT-C, devem ser
considerados os seguintes itens:

1º Contratante: Empresa transportadora rodoviária de cargas (pessoa


Jurídica), com devido registro no RNTRC - Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Carga, da ANTT - Agência Nacional de
Transportes Terrestre.

2º Cobertura de riscos: O RCTR C garante, em território nacional, o


reembolso das reparações aos danos causados à carga transportada,
quando decorrentes de acidentes no percurso, como colisões, incêndios
e outros, com exceção aos casos de dolo.

3º Período da cobertura: Desde o recebimento da carga, por parte da


empresa, até sua entrega ao destino final do transporte.

4º Valores : O reembolso corresponde ao valor integral do material


contido na carga transportada, dentro de um limite máximo pré-fixado
na apólice.

88
5º Quantidade de apólices de RCTR C : Cada transportadora pode manter
apenas uma apólice desta modalidade de seguro, exceto quando a
apólice principal não cobrir o estado em que a empresa possui filial; não
cobrir a mercadoria a ser transportada; e, ainda, quando a apólice
principal tiver limite inferior e não assumir o risco pelo valor da carga.

6º A considerar: O contratante deve observar as opções de coberturas


adicionais que incluem situações em que a carga passa por trechos
pluviais, e as cláusulas específicas, que consideram o tipo de carga. É de
responsabilidade exclusiva da transportadora informar à seguradora todo
o conteúdo existente na carga.

2) Seguro de carga em transporte RCF DC - Responsabilidade Civil


Facultativa Desvio de Carga :

O seguro RCF DC , conhecido como Seguro de Responsabilidade Civil


para desaparecimento de carga , serve de cobertura aos riscos de roubo
ou desvio do conteúdo da carga a transportada, conforme especificações
do Conselho Nacional de Seguros Privados. Para sua contratação e devida
utilização, deve-se observar os seguintes critérios:

1º Especificidade da carga: conforme o tipo, quantidade e valor dos bens


e mercadorias a ser transportada como, por exemplo, alimentos
perecíveis, brinquedos, roupas, armas, autopeças etc.

2º Produtos não assegurados: Nem todos os produtos são assegurados,


entre eles, além dos produtos não relacionados no contrato do seguro,
estão: dinheiro, em papel ou moeda; joias, metais e pedras preciosas ou
semipreciosas; cheques, ações, títulos e contratos; objetos de arte, raros
ou coleções; cargas nucleares ou com radioatividade; o próprio veículo
transportador.

3º Situações cobertas pelo RCF DC: Para carga inteira ou parte dela, nos
casos de furtos, sequestro, roubo ou desaparecimento de veículo
transportador com carga, estelionato, pirataria ocorrida em trechos

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pluviais do percurso e ainda cobre roubo de carga no depósito da
transportadora, desde que previamente formalizado em contrato.

Fonte: http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/6773.html

Fonte: http://www.accertlogistica.com.br/seguro.html

RCTR C - Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil do Transportador


Rodoviário de Carga

- BASE LEGAL - SUSEP n° 354/07 e COMUNICADO SUROC/ANTT Nº 001/2014 e


LEI Nº 11.442, DE 5 DE JANEIRO DE 2007

Art. 13. Toda operação de transporte contará com o seguro contra perdas ou
danos causados à carga, de acordo com o que seja estabelecido no contrato
ou conhecimento de transporte, podendo o seguro ser contratado:

I - pelo contratante dos serviços, eximindo o transportador da


responsabilidade de fazê-lo;

II - pelo transportador, quando não for firmado pelo contratante.

Parágrafo único. As condições do seguro de transporte rodoviário de cargas


obedecerão à legislação em vigor.

Não confunda este seguro RCTR C com o conhecido DPVAT, que é dirigido a
todo e qualquer veículo automotor de via terrestre, e diz respeito às leis de
trânsito, e não à legislação específica do Transporte Rodoviário de Cargas
Decreto Nº 45490 DE 30/11/2000

Aprova o Regulamento do Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de


Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação - RICMS.
90
5.4 - Legislação do Operador de Transporte Multimodal

Decreto nº 1.563, de 19 de julho de 1995

Dispõe sobre a execução do Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do


Transporte Multimodal de Mercadorias entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai

Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998

Dispõe sobre o Transporte Multimodal de Cargas e dá outras providências.

Decreto 3.411, de 12 de abril de 2000

Regulamenta a Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998

Decreto nº 5. 276, de 19 de novembro de 2004

Altera os Artigos 2º e 3º do Decreto nº 3.411, de 12 de abril de 2000

Resolução º 794, de 22 de novembro de 2004

Dispõe sobre a habilitação do Operador de Transporte Multimodal, de que


tratam a Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1988, e o Decreto º 1.563, de 19
de julho de 1995.

Para exercer a atividade de Operador de Transporte Multimodal, serão


necessários a habilitação prévia e o registro junto à ANTT

Para inscrever-se, o interessado deverá apresentar à ANTT:

1 - Requerimento para Habilitação do OTM

2 - Para sociedade comercial: Ato Constitutivo ou Contrato Social;

Para sociedade por ações: Estatuto Social, Documento de Eleição e Termo de

91
Posse dos Administradores; ou, Para firma individual: Registro Comercial.
3 - Inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ.

4 – Se houver solicitação para transporte entre países do Mercosul, incluir a


apresentação de comprovação de patrimônio mínimo em bens ou
equipamentos equivalente a 80.000 DES ou aval bancário ou seguro de
caução equivalente.

5.5 Movimentação, acondicionamento e embalagem

A MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAL tem como objetivo a separação das cargas


de acordo com as necessidades dos clientes, ou de transportar um material
em processamento, ou pode também, implicar na realização de operações
em outros pontos que irão redistribuir estas mercadorias.

PRINCIPAIS ATIVIDADES DA MOVIMENTAÇÃO são:

• Recebimento – Mercadorias e materiais chegam normalmente ao


depósito em quantidades maiores do que as expedidas
• Manuseio Interno – Inclui toda e qualquer movimentação dos
produtos dentro do armazém
• Expedição – Consiste basicamente na verificação e no carregamento
das mercadorias nos veículos
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO

 Veículos motorizados
 Veículos não motorizados
CLASSIFICAÇÃO DOS ARMAZÉNS pode ser de:

1. Armazéns destinados para apoiar as operações das manufaturas,


destinados à guarda de matérias-primas e insumos.
92
2. Armazéns compostos, usados para estocar as matérias-primas e
insumos destinados à produção, e também para armazenar produtos
acabados
3. Armazéns de consolidação são destinados à expedição dos produtos
recebidos de vários fornecedores, com cargas combinadas de acordo
com as exigências dos clientes
SISTEMAS DE ARMAZENAGEM São os equipamentos utilizados para arrumar
as matérias-primas ou produtos acabados, seja manualmente, ou utilizando
equipamentos de movimentação de materiais como, por exemplo,
empilhadoras e porta-palétes (estantes).

Existem vários tipos de sistemas de armazenagem, que devem ser utilizados


conforme o tipo de produto para armazenar ou pela área disponível,
compostos de estruturas (estantes)

TIPOS DE ESTANTES

Sistema CONVENCIONAL PARA PALETES - É uma estrutura pesada, para o


acesso direto e unitário a cada pallet, colocados e retirados individualmente
pelas empilhadeiras

Sistema para PALETES COMPACTA DRIVE-IN ou DRIVE-THROUGH


Armazenagem por acumulação que facilita a máxima utilização do espaço
disponível, separadas por corredores para ter acesso às mercadorias,
sinalizados para facilitar a operação

Sistema para PALETE DINÂMICA (sistema muito parecido com o push-back)


possui um bom apoio dos paletes nos roletes, ideal para armazéns de
produtos perecíveis, aplicável a qualquer setor da indústria e distribuição

Sistema para PUSH-BACK é por acumulação que permite armazenar até


quatro pallets em profundidade a cada nível.

93
Sistema para CANTILEVER - para a armazenagem de unidades não
paletizadas, como carga de grande longitude ou com medidas variadas, ideal
para materiais de grande comprimento

A EMBALAGEM busca proteger o conteúdo, informar sobre suas condições de


manipulação, exibir os requisitos legais como composição, ingredientes, além
de divulgar produto.

Suas principais funções são de utilidade, eficiência de manuseio, proteção


contra avarias e proteção ambiental

Existem diversos tipos de materiais usados para acondicionar as mercadorias,


e os mais usados são: “papelões, plásticos, isopores, madeiras”

PAPELÃO - protege o conteúdo de choques, e permite empilhar essas


mesmas caixas.

PLASTICO BOLHA - Como Isopor, o plástico bolha é usado para


acolchoamento dos produtos

MADEIRA oferece uma boa resistência mecânica, e forma de montagem


destas embalagens é possível produzi-las eficientes e com baixo custo,
quando usadas sobras de material

CONTÊINERES: é a forma de embalagem mais usada para transporte a longas


distâncias

5.6 Normas sanitárias e de segurança no manuseio e armazenamento de


cargas

No Brasil, há diversos órgãos que regulamentam o transporte de amostras


biológicas e perigosas e no caso do Transporte rodoviário, é a ANTT quem
regulamenta através das Resoluções n.os 420/04 e 3.665/11

94
De acordo com a ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária , o
transportador que efetuar transporte de material biológico humano deve
contar com condições adequadas de higiene e limpeza, bem como dispor de
mecanismo que assegure a integridade da embalagem terciária e do material
biológico transportado, atendendo aos requisitos legais do Conselho Nacional
de Trânsito (Contran) e da ANTT.

5.6 Normas sanitárias e de segurança no manuseio e armazenamento de


cargas

Tenha cuidado com a Segurança e higiene no transporte a arrumação carga,


fique atento à:

 temperatura em que os produtos estão sendo transportados,

 se eles não estão em locais úmidos ou expostos ao sol e

 se a embalagem de algum produto não está violada.

Segurança e higiene no transporte a arrumação carga

- Receba o máximo possível em unidades de carga paletizadas;

- Evite a movimentação manual;

- nunca empilhe nada diretamente sobre o piso;

- o peso das embalagens movimentadas manualmente não deve ser


maior do que 20 Kg;

- elimine ou reduza as improvisações nas suas atividades;

- os equipamentos não devem trabalhar acima de sua carga máxima.

95
5.7 Normas de movimentação, acondicionamento e embalagem de
produtos

Regras da armazenagem

 Mantenha espaço suficiente para manobrar com segurança os


equipamentos de movimentação;

 Mantenha o armazém limpo e arrumado

 Estabeleça fluxos adequados e sinalize-os no chão com tinta, de forma


visível, a fim de reduzir os riscos de acidentes

 Indique em local visível as alturas de empilhamento, conforme os tipos


de carga;

 Mantenha as áreas de armazenagem bem iluminadas

 Certifique-se que as áreas de segurança são mantidas livres, para o


combate a incêndio

 Armazene cargas grandes, irregulares ou pesadas próximas das portas;

5.8. Organização e controle da operação de transporte em terminais de


cargas

Organização e controle da operação de transporte em terminais de cargas


em armazéns, supervisão de embarque e desembarque de cargas

Independente do modal, os terminais de carga são áreas de recepção e


expedição de mercadorias e produtos, cujos procedimentos operacionais
para embarque e desembarque se adequam à natureza do material que será
deslocado e ao veículo de transporte que fará o deslocamento.

96
Por isso, conhecer as principais operações envolvidas com nos terminais de
cargas é imprescindível para oferecer um serviço de qualidade ao seu cliente.

5.8. Organização e controle da operação de transporte em terminais de


cargas

Um terminal efetua uma ou mais das operações, e a partir da chegada da


carga ao terminal seriam:

• recepção da carga,

• verificação da documentação e integridade ,

• autorização de ingresso ao terminal, conforme a modalidade;

• pesagem de controle,

• classificação do produto,

• armazenagem,

• retirada para embarque

• contrapesagem e controle, por estimativa, amostragem ou


automática;

• manejo e carregamento,

• emissão de conhecimento de embarque e anexos;

• despacho do(s) veículo(s) para a operação de transporte.

97
5.9 - Processos de armazenamento de produtos e materiais

A armazenagem de materiais representa um importante papel no processo


logístico das empresas

E o local em que ocorre esta armazenagem também pode ser chamado de


centro de distribuição ou apenas CD.
O recebimento de matérias é a fase inicial do processo de estocagem com a :

• conferência dos materiais em relação à nota fiscal

• a mercadoria recebida é redirecionada

• e unitização de cargas

• alocação ao seu ponto de guarda

• expedição ocorre o embarque e movimentação do produto ao cliente

5.10 - Noções de Gestão do Transporte

A gestão de transportes é parte essencial de um sistema logístico,


responsável pelos fluxos de matéria prima e produto acabado entre todos os
elos da cadeia logística.

Desta forma, um bom gerenciamento de transportes pode garantir melhor


lucratividade para a empresa, através de:

• redução de custos,
• uso mais racional dos ativos,
• bom nível de serviço para os clientes,
• aumento da disponibilidade de produtos,
• redução no tempo de entrega, entre outros benefícios

98
E para alcançar todos estes benefícios, alguns sistemas de operação são
utilizados como:

SISTEMA UM PARA UM - um remetente e um destinatário que pode ocorrer


com transferência entre duas unidades, único tipo de mercadoria ou vários
tipos de mercadoria ou lotação completa com distâncias variáveis

SISTEMA COMPARTILHADO:

 Um remetente, vários destinatários


 Vários remetentes, um destinatário
 Vários remetentes, vários destinatários.
5.11 Administração da Frota

Administração da frota, é o processo de administrar as operações do dia a


dia, relacionadas à frota de veículos, desde o controle das manutenções,
abastecimentos, pneus, estoques de peças de reposição, até a documentação
dos veículos e lubrificações.

A frota pode ser própria, terceirizada, ou através de cooperativas

Hoje no mercado existem diversos softwares que gerenciam o conserto e


manutenção de veículos, visando reduzir o tempo ocioso do veículo, o tempo
de trabalho e o custo global

A necessidade de um plano de manutenção a curto prazo pode variar de


alguns dias até meses, visando a adoção de políticas de manutenção
apropriadas para as operações de:

• reparo,
• substituição
• e recondicionamento dos sistemas e componentes
99
Este plano de manutenção deve estar em conformidade com a estratégia de
controles de recursos adotada pela empresa, uma vez que o custo de
manutenção influencia sensivelmente sua operação de transporte

5.12 Importância e tipos de manutenção de frota

A manutenção pode ser preditiva, corretiva, operativa e preventiva, porém


as mais usadas são a corretiva e preventiva:

I. Manutenção preventiva - em intervalos pré-fixados, em que pode


ocorrer substituição individual, ou em grupo de componentes

II. Manutenção corretiva é a reparação do equipamento ou do veículo


após sua quebra ou avaria.

III. Manutenção operativa correta condução do veículo, a inspeção dos


seus instrumentos e indicadores, a verificação dos níveis de água e
óleo

IV. Manutenção de oportunidade (preditiva), busca evitar o


agravamento de problemas e falhas operacionais que podem
demandar um tempo longo de manutenção

5.13 - Parâmetros de depreciação e renovação da frota

O Transporte de Carga Rodoviário, no Brasil, chama a atenção por faturar


bilhões e movimentar 2/3 do total de carga do país, e do ponto de vista
gerencial, a depreciação pode ser imaginada como o capital que deveria ser
reservado para a reposição do bem, ao fim de sua vida útil

Depreciação é considerada a perda efetiva do valor comercial do veículo no


mercado, trata-se de um custo fixo!

Uma das dúvidas é quando renovar os veículos, porque é difícil precisar uma
data ou um prazo específico, já que há muitos fatores envolvidos na questão
100
Por isso, é importante analisar os detalhes que envolvem cada veículo, antes
de tomar uma decisão definitiva, primeiramente avaliando os gastos com a
manutenção

5.14. Adequação de veículos e equipamentos

Base Legal - DECRETO Nº 96.044, DE 18 DE MAIO DE 1988

Equipamentos de transporte: compreendem contêineres de carga,


contêineres-tanque e tanques portáteis.

Equipamentos para transporte de produtos perigosos a granel: conteineres-


tanque, tanques, caminhão tanques e tanques portáteis

Equipamentos de porte obrigatório, as unidades de transporte carregadas


com produtos perigosos devem portar os equipamentos para situações de
emergência de acordo com o disposto na Norma ABNT NBR 9735 - Conjunto
de equipamentos para emergências no transporte terrestre de produtos
perigosos detalhado abaixo:

a. calços, na quantidade descrita na Tabela abaixo, com dimensões mínimas


de 150 mm x 200 mm x 150 mm;

- Quantidade de calços por unidade de transporte

b. jogo de ferramentas adequado para reparos em situações de emergência


durante a viagem, contendo no mínimo, alicate universal; chave de fenda ou

101
Philips (conforme a necessidade) e chave apropriada para a desconexão do
cabo da bateria; c. dispositivos para isolamento da área:

i. fita (largura mínima de 70 mm), de qualquer cor (exceto transparente) de


comprimento mínimo compatível com as dimensões da unidade de
transporte, conforme Tabela 8;

ii. dispositivos para sustentação da fita, de modo que esta não toque o solo e
seja possível o isolamento da unidade de transporte, a uma distância segura,
na quantidade estabelecida na Tabela abaixo, podendo ser tripés, cones,
cavaletes ou outros tipos de dispositivos. Não confundir o cone na função de
dispositivo para sustentação da fita utilizada para isolamento com o cone
para sinalização; e

- Comprimento mínimo da fita e quantidade mínima de dispositivos para


isolamento

iii. material para advertência composto de quatro placas autoportantes com


dimensões mínimas de 340 mm x 470 mm, com a inscrição “PERIGO -
AFASTE-SE”

c. dispositivos para sinalização: quatro cones para sinalização da via.

d. dispositivos complementares:

i. uma lanterna. No caso de transporte de produto a granel cujo risco


principal ou subsidiário seja inflamável ou explosivo, a lanterna deve ser
apropriada para uso em locais sujeitos a fogo e/ou explosão em presença de

102
gases, vapores e líquidos, e passíveis de sofrer ignição pela presença de
faíscas, como, por exemplo, lanterna à prova de explosão ou lanterna de
segurança aumentada combinada com segurança intrínseca, podendo ser
nacional ou importada, desde que atenda à legislação aplicável; e

ii. extintor(es) de incêndio para a carga, de acordo com as exigências

Para o transporte de produtos perigosos sólidos de qualquer uma das classes


de risco, é obrigatório portar também pá, e lona totalmente impermeável,
resistente ao produto, de tamanho mínimo de 3 m x 4 m, para recolher ou
cobrir o produto derramado. Para o transporte de produtos perigosos sólidos
da classe de risco 1 (explosivos), as unidades de transporte devem portar pá
e enxada de fibra de vidro ou similar. Os produtos explosivos devem ser
transportados em unidades de transporte com carroçaria fechada, sendo
permitido o transporte em carroçaria aberta desde que a carga esteja
coberta com lona.

Para o transporte de óxido de etileno a granel, além dos equipamentos


citados acima, e do detalhamento do conjunto de equipamentos para
emergência, as unidades de transporte devem portar:

a. um explosímetro portátil calibrado para metano;

b. nitrogênio em proporção mínima de 0,7 Nm3 (normais metros cúbicos),


para cada 1000 L em capacidade de tancagem do equipamento de
transporte;

c. duas chaves de boca de 27 mm (1” 1/16);

d. duas juntas de politetrafluoretileno (PTFE) de 50,8 mm (2”);

e. duas chaves de boca de 22 mm (7/8”);

f. duas juntas de politetrafluoretileno (PTFE) de 43,1 mm (1” 1/2); e

g. dispositivos para sinalização e comunicação: duas sinaleiras à bateria com


luz âmbar intermitente e radiotransmissor/receptor na cabina.

103
Para o transporte de ácido fluorídrico, além dos equipamentos citados nas
alíneas de a) a e) do detalhamento do conjunto de equipamentos para
emergência, as unidades de transporte devem portar, conforme a ABNT NBR
10271:

a. ferramentas para o reparo de válvulas do tanque de carga, não se


aplicando aos contêiner-tanque Kit para ácido fluorídrico (HF);

b. uma lanterna hermética; c. dispositivos para contenção de


derramamentos: enxada e pá; d. dispositivos de primeiros socorros (em
recipientes apropriados como caixa, estojo, etc. e higienizados):

i. dois pares de luvas cirúrgicas estéreis;

ii. cinco ampolas 10 cc de gluconato de cálcio a 10 %;

iii. duas seringas (capacidade mínima 10 cc) descartáveis;

iv. um pote contendo pasta de gluconato de cálcio gel a 2,5 % com ou sem
xilocaína;

v. 1 L de solução de gluconato de cálcio a 1 %; vi. um rolo de esparadrapo


(mínimo 10 cm x 4,5 cm);

vii. um rolo de atadura de gaze (largura mínima 9 cm);

viii. um rolo de atadura de crepe (largura mínima 10 cm);

ix. uma caixa de algodão (mínimo 100 g); x. uma tesoura; e

xi. um guia de primeiros socorros e tratamento médico ( devem ser colocados


dentro do envelope para transporte juntamente com a ficha de emergência.

Os equipamentos devem estar em local de fácil acesso e fora do


compartimento de carga, podendo estar lacrados e/ou acondicionados em
locais com chave, cadeado ou outro dispositivo de trava a fim de evitar
roubo/furto dos equipamentos de emergência, com exceção dos extintores
de incêndio. Somente para unidades de transporte com capacidade de carga

104
de até 3 t, os equipamentos podem ser colocados no compartimento de
carga, próximos a uma das portas ou tampa, não podendo ser obstruídos
pela carga

Todos os equipamentos devem estar em condições adequadas de uso. Tais


condições referem-se tanto as características inerentes aos próprios
componentes, como prazo de validade, Manual de Procedimentos de
Fiscalização do TRPP 95 limpeza e integridade, assim como se estão
armazenados no local e de maneira adequados. Não obstante, o fiscal deve
orientar o condutor do veículo a manter os equipamentos para situação de
emergência em locais de fácil e imediato acesso, pois são imprescindíveis
para a sua própria segurança.

Estão isentas do porte dos equipamentos para situação de emergência,


exceto extintores de incêndio para o veículo e para a carga, se está o exigir,
as expedições de embalagens vazias e não limpas, de produtos perigosos em
quantidade limitada por unidade de transporte, , e as de produtos perigosos
em distribuição para venda no comércio varejista.

Caso o conjunto de equipamentos exigidos esteja incompleto, este deve ser


considerado ausente.

DA FISCALIZAÇÃO

A fiscalização para a observância das exigências aplicáveis ao transporte


rodoviário de produtos perigosos pode ser realizada tanto pela ANTT com
pelas autoridades competentes com circunscrição sobre a via por onde
transitar o veículo transportador.

A fiscalização compreende a verificação:

a. dos documentos de porte obrigatório;

b. da adequação da sinalização dos equipamentos e unidades de transporte e


da identificação dos volumes em relação aos produtos especificados no
documento fiscal para transporte;

105
c. da existência de vazamento no equipamento de transporte de carga a
granel ou, se tratando de carga expedida de forma fracionada, sua estivagem
e estado de conservação das embalagens;

d. das características técnicas e operacionais e do estado de conservação dos


veículos e equipamentos de transporte;

e. do porte e do estado de conservação do conjunto de equipamentos para


situações de emergência e dos EPIs; e

f. da adequação das demais exigências, como unidades de transporte


autorizadas e segregação entre os produtos.

Fonte: Manual de Procedimentos de Fiscalização do TRPP – www.antt.gov.br

5.15 - Adequação e manutenção de instalações operacionais

Antes de procurar um imóvel para realizar a atividade econômica de


transporte rodoviário de cargas, você deverá observar os seguintes detalhes:

a) Certifique-se de que o imóvel em questão atende as suas


necessidades operacionais quanto:

• à localização,
• capacidade de instalação,
• características da vizinhança
• facilidade de acesso,
• se possui estacionamentos para veículos,
• local para carga e descarga de mercadorias
• se possui serviços de transporte coletivo
b) Se o imóvel está situado em local sujeito à inundações ou próximos
às zonas de risco.

106
c) Se o imóvel está legalizado e regularizado junto aos órgãos públicos
municipais
d) Confira a planta do imóvel aprovada pela Prefeitura e suas alterações

5.16 - Papel da empresa ou cooperativa de transporte de cargas dentro da


cadeia logística

Tanto as Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas – ETC como as


Cooperativas de Transporte Rodoviário de Cargas – CTC vêm buscando atingir
um diferencial competitivo no mercado

Dentre as iniciativas para aprimorar suas atividades de transporte, destacam-se os


investimentos realizados em tecnologia de informação, que objetivam fornecer às
empresas melhor planejamento e controle da operação, assim como a busca por
soluções intermodais que possibilitem uma redução significativa nos custos

5.17 -. Documentos fiscais para transporte, nacional e internacional

Para que a empresa de transporte rodoviário possa atuar no transporte


internacional de mercadorias, faz-se necessário obter junto as autoridades do
país onde possuir sua matriz uma autorização denominada de documento de
idoneidade.
Ao contratar uma empresa de transporte o conhecimento de embarque é o
documento que formaliza o negócio e deve ser emitido pela transportadora.
O conhecimento pode ser de âmbito nacional ou internacional, onde,
evidentemente, existem diferenças entre este e aquele.
CONHECIMENTO DE EMBARQUE em âmbito internacional é emitido
geralmente em três vias originais, com um número variado de cópias,
conforme a necessidade do importador e exportador. O documento
corresponde ao título de propriedade da mercadoria e pode ser consignado
ao importador, sendo, neste caso, inegociável. Pode também ser consignado
ao portador, sendo, neste caso, negociável.

107
Já no âmbito nacional a sua função é a mesma e o número de cópias varia
conforme a legislação nacional.

MIC/DTA - na realidade é a junção de dois documentos utilizados em âmbito


de transporte internacional. O MIC – Manifesto Internacional de Carga, no
mesmo norte dos demais modais, relaciona e individualiza a mercadoria que
está sendo transportada.
A DTA – Declaração de Trânsito Aduaneiro, é o documento que lastreia a
transferência dos trâmites aduaneiros de desembaraço da mercadoria de
uma zona aduaneira primária para uma secundária. A função desta
sistemática é descentralizar as atividades aduaneiras de fiscalização e
acelerar a liberação de mercadorias e veículos.
O MIC/DTA surge como união deste dois documentos e foi criado pelos
países signatários do acordo do MERCOSUL e posteriormente foi ratificado
pelos outros países que compõe o ATIT e tornou-se documento obrigatório
no transporte entre os países signatários e passou a ser exigido no despacho
aduaneiro.
AUTORIZAÇÃO PARA TRAFEGO INTERNACIONAL - Para que a empresa de
transporte rodoviário possa atuar no transporte internacional de
mercadorias, faz-se necessário obter junto as autoridades do país onde
possuir sua matriz uma autorização denominada de documento de
idoneidade.
No Brasil a licença de é obtida através do Departamento de Transportes
Rodoviários, órgão da Secretaria de Transportes Terrestres do Ministério dos
Transportes. No requerimento dirigido ao DTR o requerente deve relacionar
sua frota com os respectivos certificados de propriedades, entre outros
documentos.
A validade do certificado é por prazo indeterminado e não passível de
transferência a terceiros.

108
A licença (documento de idoneidade) deve ser obtida para cada país que se
deseja operar, assim sendo, deve-se ser confeccionado um pedido para cada
país.
PERMISSÃO COMPLEMENTAR - Além do documento de idoneidade a
empresa de transporte deverá requer a cada país que autorizar a trafegar
uma autorização complementar, conhecida como licença complementar, que
deve ser requerida até 120 dias da licença originária. Após a emissão da
licença complementar esta deve ser encaminhada ao DTR em até 30 dias de
sua emissão sob pena de cancelamento da originária.
A empresa de transporte rodoviário só estará autorizada a trafegar em
território internacional após a obtenção de ambas as licenças. O
cancelamento de quaisquer das licenças cancela automaticamente a outra.
Fonte: www.jus.com.br
DICA: Consulte no site ANTT o Manual de Procedimentos de Fiscalização do
Transporte Internacional de Cargas de Produtos Perigosos (151 PÁGINAS)

Como relacionar os diversos tipos de documentos fiscais exigidos para as


várias modalidades de transporte, nacional e internacional, e para os vários
tipos de cargas.
O transporte rodoviário pode ser realizado em território nacional ou
internacional, inclusive utilizando estradas de vários países na mesma
viagem.

E dentre todos os modais de transporte, o rodoviário, é o mais adequado


para o transporte de mercadorias, quer seja internacionalmente na
exportação, ou na importação, ou no transporte nacional

Para embarque para o exterior - documentos necessários são:

109
Nota Fiscal - A nota fiscal deve acompanhar a mercadoria desde a saída do
estabelecimento até a efetiva liberação junto à Receita Federal do Brasil -
RFB. Ela precisa acompanhar o produto somente no trânsito interno.

Registro de Exportação – RE - Documento eletrônico emitido e preenchido


no SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior), diretamente pelo
próprio exportador ou pelo seu representante legal. Tem a finalidade de
registrar a operação para fins dos controles governamentais nas áreas
comercial, fiscal, cambial e aduaneira.

Romaneio de Embarque (Packing List) Documento emitido pelo exportador


para o embarque de mercadorias que se encontram acondicionadas em mais
de um volume ou em um único volume que contenha variados tipos de
produtos.

É necessário para o desembaraço da mercadoria e para a orientação do


importador quando da chegada dos produtos no país de destino.

O Romaneio nada mais é do que uma simples lista relacionando uma


descrição detalhada dos produtos a serem embarcados (volumes e
conteúdos).

Conhecimento de Embarque (Bill Of Lading - B/L) Documento emitido pela


companhia transportadora que atesta o recebimento da carga, as condições
de transporte e a obrigação de entrega das mercadorias ao destinatário legal,
no ponto de destino pré-estabelecido, conferindo a posse das mercadorias.

É, ao mesmo tempo, um recibo de mercadorias, um contrato de entrega e


um documento de propriedade, constituindo assim um título de crédito.

Já no âmbito nacional a sua função é a mesma, e o número de cópias varia


conforme a legislação nacional.

110
Este documento recebe denominações de acordo com o meio de transporte
utilizado:

 Conhecimento de Embarque Marítimo (Bill of Lading - B/L)


 Conhecimento de Embarque Aéreo (Airway Bill - AWB)
 Conhecimento de Transporte Rodoviário (CRT)
 Conhecimento de Transporte Ferroviário (TIF/DTA)

A Instrução Normativa DpRF N0 56, de 23/Agosto/1991 (D.O.U.27/08/91),


instituiu o Manifesto Internacional de Carga Rodoviária / Declaração de Trânsito
Aduaneiro - MIC/DTA, e estabeleceu Normas para sua emissão e utilização

MANIFESTO INTERNACIONAL DE CARGA RODOVIÁRIA/DECLARAÇÃO -

O Manifesto Internacional de Carga Rodoviária/Declaração de Trânsito


Aduaneiro (MIC/DTA) é que ampara cargas em trânsito aduaneiro
internacional de entrada ou de passagem, conforme estabelecido em acordo
internacional.

É importante destacar que o MIC/DTA é obrigatório em viagens


internacionais no tráfego bilateral Brasil/países do Mercosul e a sua utilização
foi estendida aos demais países do Cone Sul pelo Acordo de Transporte
Internacional Terrestre; constitui-se em documento necessário aos
despachos aduaneiros de importação, exportação e de regimes aduaneiros
especiais, quando as mercadorias tiverem sido objeto de transporte
internacional rodoviário.

Observe que o preenchimento pode ser feito em português ou espanhol e a


sua impressão pode ser feita pelas empresas transportadoras habilitadas
interessadas ou por entidades de classe dessas empresas, a partir de fotolitos
a serem obtidos, por empréstimo, junto à RFB.

111
É importante destacar que o preenchimento poderá ser feito por
processamento eletrônico, inclusive a sua impressão no momento do
preenchimento, desde que mantidos os modelos aprovados.

Anote que quando utilizado com a função de acobertar operação de trânsito


aduaneiro internacional, o MIC/DTA deve ser instruído com o conhecimento
de carga, a nota fiscal e a fatura comercial.

Saiba que a empresa transportadora é responsável pela comprovação da


conclusão do trânsito aduaneiro internacional e que a comprovação deve ser
efetuada, junto à alfândega de origem, até dez dias após a conclusão da
operação de trânsito, mediante a apresentação da cópia destinada à torna-
guia devidamente assinada pelo representante autorizado da alfândega de
conclusão do trânsito aduaneiro internacional.

Convém lembrar que o eventual transbordo necessário à continuação da


operação de trânsito somente poderá ser realizado com a prévia autorização
da RFB jurisdicionante do local onde ocorrer o transbordo.

Note que o desembaraço aduaneiro de veículos de transporte internacional,


ao amparo do MIC/DTA, será procedido nos pontos de entrada no território
nacional, mediante verificação da integridade dos elementos de segurança
aplicados e, a critério da autoridade aduaneira, com aplicação de novos
lacres, prescindindo-se do encaminhamento do veículo ao porto seco
vinculado àquela zona primária Fonte http://www.pibernat.com.br

5.18 - Planejamento e acompanhamento de escalas de trabalho

O conceito de escala de trabalho refere-se à maneira como cada empresa


organiza a jornada de trabalho, visando maior produtividade.

112
Por este motivo, as escalas variam de acordo com as necessidades do
empregador e as determinações estabelecidas pelo sindicado de cada categoria.

Para organizar a escala de trabalho de maneira eficiente, alguns pontos


devem ser levados em consideração, lembrando de atualizar os dados com
frequência, assim o planejamento será mais eficiente.

Nesta etapa, tenha conhecimento em Leis Trabalhistas referentes a Repousos


Semanais, descansos intra e inter jornadas da CLT, Constituição Federal e da
nova Lei do Caminhoneiro - Lei 13.103/2015.

E, levando-se em conta a A Lei nº 13.103 – Lei do Caminhoneiro (leia mais em


2.2. Legislação )

 A jornada diária será de 8 horas, admitindo-se a prorrogação por até 2


horas extraordinárias ou,
 se previsto em convenção ou acordo coletivo, por até 4 horas extraordinárias.
 Será considerado trabalho efetivo o tempo em que o motorista estiver à
disposição do empregador, excluídos os intervalos para refeição,
repouso e descanso e o tempo de espera.
 O motorista tem direito a intervalo mínimo de 1 hora para refeição, e
esse período pode coincidir com o tempo de parada obrigatória.
 É proíbido ao motorista dirigir por mais de 5 horas e meia ininterruptas.
 A cada 6 horas na condução do veículo, estão previstos 30 minutos para
descanso. Em situações excepcionais, o tempo de direção poderá ser
elevado pelo período necessário para que o condutor chegue a um lugar
que ofereça segurança.
 Dentro do período de 24 horas, são asseguradas 11 horas de descanso,
podendo ser fracionadas, e podem englobar os períodos de parada
obrigatória, desde que seja garantido o mínimo de 8 horas ininterruptas
no primeiro período e o gozo do restante dentro das 16 horas seguintes.
 Nas viagens de longa distância, em que o caminhoneiro fica fora da base
da empresa e de sua residência por mais de 24 horas, o repouso diário
pode ser feito no veículo ou em alojamento com condições adequadas.
113
 Nos casos em que o empregador adotar 2 motoristas trabalhando no
mesmo veículo, o tempo de repouso poderá ser feito com o veículo em
movimento, assegurado o repouso mínimo de 6 horas consecutivas fora
do veículo em alojamento externo ou, se na cabine leito, com o veículo
estacionado, a cada 72 horas.
 Não é permitida a cobrança ao motorista ou seu empregador pelo uso
ou permanência em locais de espera sob a responsabilidade do
transportador, embarcador ou consignatário de cargas; operador de
terminais de cargas; aduanas; portos marítimos, lacustres, fluviais e
secos; terminais ferroviários, hidroviários e aeroportuários.

5.19 - Qualificação e treinamento profissional de funcionários e prestadores


de serviços

LEI Nº 11.442, DE 5 DE JANEIRO DE 2007

Art. 8o O transportador é responsável pelas ações ou omissões de seus


empregados, agentes, prepostos ou terceiros contratados ou subcontratados
para a execução dos serviços de transporte, como se essas ações ou
omissões fossem próprias.

RESOLUÇÃO Nº 4.799, DE 27 DE JULHO DE 2015

§ 1º O Responsável Técnico responde solidariamente com a ETC ou CTC pela


adequação e manutenção de veículos, equipamentos e instalações, bem
como pela qualificação e treinamento profissional de seus empregados e
prestadores de serviço.

As pessoas são, sem dúvida, a parte mais importante de uma empresa,


porque representam a empresa para os clientes!

Por isto, a necessidade de qualificação destes profissionais e de todos os


envolvidos, para o melhor desempenho do setor.

114
Assim, através do treinamento profissional, o colaborador adquire características
de pro atividade, conhecimento sobre as necessidades específicas da empresa,
do setor e, até mesmo, estar preparado para capacitar outras pessoas.

Benefícios causados pela capacitação de funcionários e prestadores de serviços:

• Redução de custos;
• Ambiente de trabalho agradável;
• Diminuição na rotatividade de pessoal;
• Entrosamento entre os funcionários;
• Empresa mais competitiva.
• Elevação na produtividade

Investir na capacitação e treinamento dos funcionários da sua empresa, é


investir no SUCESSO do seu negócio.

Infelizmente, poucas empresas desenvolvem programas de treinamento


diferenciado que contemplem uma formação ampla, abordando conteúdos
técnicos, comportamentais e práticos sem seus programas pedagógicos

Em pesquisa para levantamento das necessidades de treinamento dos


motoristas, e como esta atividade afeta a empresa, percebe-se a necessidade de
treinamento para:

 Imagem da empresa perante o cliente


 Condução da carga e da descarga
 Otimização de custos (economia de combustível, manutenção do
caminhão, diminuição de multas)
 Assumir maiores responsabilidades com a manutenção do veículo e
documentação da carga
 Cidadania no trânsito – diminuição de acidentes
 Melhor desempenho na direção defensiva
 Maior comprometimento com a Saúde

115
Sem contar a necessidade de aprovação em cursos específicos como pré-
requisito para a contratação dos motoristas como por exemplo:

 Curso para Condutores de Veículos de Transporte de Produtos Perigosos -


MOPP
 Código de Trânsito Brasileiro
 Segurança nas estradas
 Direção Defensiva
 Condução Econômica
 Gerenciamento de risco
 Procedimentos operacionais específicos
 Relacionamento Interpessoal
 Mecânica
 Higiene e saúde
 Cursos motivacionais
 Atendimento ao Cliente, entre outros conforme o perfil da empresa

Resultados esperados após treinamento dos motoristas, dentre eles


podemos citar:

 Redução de acidentes
 Melhoria no atendimento ao cliente
 Redução no consumo de combustível
 Diminuição de avarias e roubo de cargas
 Aumento do cumprimento de procedimentos internos
 Melhora a higiene e apresentação pessoal do motorista

116
ENDEREÇOS ÚTEIS
Agência Nacional de Transporte Terrestres – ANTT www.antt.gov.br

Polícia Rodoviária Federal – PRF https://www.prf.gov.br/


Departamento nacional de infra-estrutura de transportes (DNIT)
www.dnit.gov.br

Departamento estadual de trânsito (DETRAN) www.detran.sp.gov.br/

Conselho nacional de trânsito (CONTRAN)


www.denatran.gov.br/contran.htm

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA


www.agricultura.gov.br/

Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA www.portal.anvisa.gov.br

Receita Federal: www.receita.fazenda.gov.br

Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo: www.pfe.fazenda.sp.gov.br

Prefeitura Municipal de São Paulo: www.prefeitura.sp.gov.br/

Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo


www.polmil.sp.gov.br/ccb/pagina3.html;

Departamento Nacional de Registro de Comércio - DNRC - Registro na Junta


Comercial dos Estados: www.dnrc.gov.br/

Junta Comercial do Estado de São Paulo - JUCESP: www.jucesp.sp.gov.br

Poupatempo - São Paulo: www.poupatempo.sp.gov.br;

Procon - São Paulo: www.procon.sp.gov.br

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