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A resistina é uma proteína pró-inflamatória produzida por adipócitos, principalmente a

gordura visceral do TAB e por macrófagos situados no tecido adiposo. Seus níveis elevados em
obesos contribuem para a resistência insulínica ocasionando prejuízo na sinalização da insulina
e captação de glicose.

Como ocorre: Os adipócitos hipertrofiados produzem interferon-γ (INF-γ) que por sua vez ativa
macrófagos teciduais e induzem a síntese e excreção de resistina. A resistina irá atuar nas
células através de três mecanismos distintos. O primeiro é proporcionando o aumento da
produção de citocinas pró-inflamatórias como TNF-α, IL-6, IL-8 E MCP-1. O segundo é
diminuindo as concentrações plasmáticas de AMPK que tem um papel protetor na resistência
insulínica. O terceiro é ativando proteínas cinases de serina/treonina que podem fosforilar
tanto o receptor de insulina, quanto os IRS’s. Assim, a resistina aumenta a resistência insulínica
e está muito elevado no obeso e principalmente durante a síndrome metabólica já que o
tecido adiposo se encontra hipertrofiado.

Citocinas inflamatórias como IL-1, IL-6 e TNF alfa aumentam a expressão de resistina, A RES é
encontrada em altos níveis em obesos e está relacionada a complicações do diabetes, estando
envolvida também na proliferação dos adipócitos e angiogênese. O aumento de sua secreção a
priori, parece ser influenciado diretamente pela insulina, bem como com o aumento da idade
do indivíduo.

Curiosidade: Um estudo recente demonstrou que o aumento dos níveis plasmáticos de RES
agrava as alterações encontradas em doenças hepáticas gordurosas não alcóolicas e que
também desempenha um papel importante na patogênese da resistência à insulina no próprio
fígado

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