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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E BIOLÓGICAS -


CURSO: ZOOTECNIA
DISCIPLINA: BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR

Profa. Solange Damasceno Sousa


Zootecnista, DSc.

Sobral – CE
Abril de 2022 1
 Introdução

 Microscopia

• Microscopia ótica ou de luz


• Microscopia eletrônica
• Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

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• Conhecimentos sobre as células  progridem
paralelamente ao aperfeiçoamento dos métodos de
investigação.

- Microscópio  possibilitou o descobrimento das células e


a elaboração da teoria celular.

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- Técnicas citoquímicas  identificação e localização de
moléculas constituintes das células.

- Advento dos microscópios eletrônicos e aperfeiçoamento


de métodos para a separação de organelas celulares e
estudo in vitro de suas moléculas e funções.

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A microscopia consiste num conjunto de técnicas
sequenciais e complementares que visam não só a
observação de células ou tecidos de seres vivos mas,
também a preparação prévia desses materiais, e ainda a
captura de imagens para posterior observação.

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Microscópio

Mikrós (do grego, pequeno) + scoppéoo (observar, ver


através).

- Hans Janssem e seu filho Zacharias Janssem,


descobriram no final do século XVI (em 1591), que
sobrepondo uma lente sobre outra conseguiriam ampliar
a imagem.

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Antonie Von Leeuwenhoek  microscópio primitivo
construído em 1674.
- Permitia aumento de percepção visual de até 300 vezes e
com razoável nitidez.
- Conseguiu-se observar bactérias de 1 a 2 micra
(equivalente a um milésimo de milímetro)

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• Microscópio primitivo de Leeuwenhoek foi
aprimorado por Robert Hooke.
• As primeiras observações de Hooke e os estudos de
Antony van Leeuwenhoek levaram à descoberta das
células.

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• Em 1665  Hooke escreveu um livro com desenhos
detalhados de suas descobertas microscópicas 
Micrographia

• Hooke foi o primeiro a usar o termo célula

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Existem basicamente duas famílias de microscópios:

• Microscópios ópticos
• Microscópios eletrônicos

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 Microscópio óptico ou de
luz

Compõe-se de uma parte


mecânica e uma parte óptica

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 Microscópio óptico ou de luz

Parte mecânica

Suporte do microscópio

Consiste de:
• Base  estabilizar o microscópio
• Coluna ou canhão (se estende da base para cima) 
sustentação das lentes
• Platina  onde se coloca o objeto a ser examinado

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 Microscópio óptico
ou de luz

Parte óptica

Produz imagens
ampliadas do material
observado.

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O esquema do microscópio óptico
mostra o trajeto dos raios
luminosos.
(1) base do microscópio
(2) Condensador
(3) lente objetiva
(4) cristalino do globo ocular;

(A) sistema de iluminação


(B) Platina
(C) tubo binocular
(D) globo ocular do observador.
Fonte: Junqueira - Ilustração cedida pela
empresa Carl Zeiss.

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 Microscópio óptico ou de
luz

Formação da imagem e
aumento

1ª lente do um microscópio
de luz  mais próxima do
objeto sendo examinado
(amostra)  objetiva

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 Microscópio óptico ou de luz

Formação da imagem e aumento

- A luz da fonte luminosa passa pelo


condensador que forma um cone de luz
bem definido, concentrando a luz em
direção à amostra;

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 Microscópio óptico ou de luz

Formação da imagem e aumento


- A luz passa pela amostra e em
seguida pela objetiva que projeta
uma imagem real, invertida e
aumentada da amostra em um
plano fixo dentro do microscópio
(plano intermediário da imagem).

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 Microscópio óptico ou de luz

Formação da imagem e aumento

- Lente ocular, mais distante componente


óptico da amostra, aumenta a imagem
real projetada pela objetiva.
- A ocular produz uma imagem secundária
aumentada que é captada pelo olho do
observador.

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 Microscópio óptico ou de luz

Formação da imagem e aumento

Fonte de luz → Lente condensadora → Lentes objetivas → Lente ocular


Cálculo da ampliação total (At)  At = Aobjetiva x Aocular
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 Microscópio óptico ou de luz

Especificações das lentes objetivas

As lentes objetivas geram a imagem real, invertida e em


uma dimensão maior do material contido na amostra,
permitindo que a lente ocular possa ampliar a imagem
real gerando uma imagem virtual e maior - o que permite
a visualização de detalhes.

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 Microscópio óptico ou de luz

Especificações das lentes objetivas

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 Microscópio óptico ou de luz

Especificações das lentes objetivas

Tipos de objetivas de acordo com a qualidade óptica

a) Acromáticas  mais simples e baratas, presentes em


microscópios comuns.

b) Semi-apocromáticas  construídas com fluorita, um


material que proporciona alguma correção para aberrações.

c) Apocromáticas: fornecem correção ampla para as


aberrações.
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 Microscópio óptico ou de luz

Especificações das lentes objetivas

Tipos de objetivas de acordo com a qualidade óptica

d) Planacromáticas  proporciona correção, o campo fica


todo em foco.

e) Planapocromáticas: melhores e mais caras, combinam as


correções das apocromáticas e planacromáticas resulta
em grande resolução.

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 Microscópio óptico ou de luz

Escala microscópica

Dimensões da célula  expressas em micrômetros (μm),


unidade que representa a milésima parte do milímetro
(mm).
Estruturas intracelulares  medida utilizada é o nanômetro
(nm) que significa um milésimo do micrômetro.

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 Microscópio óptico ou de luz

Escala microscópica

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Resolução

Mede a nitidez da imagem;

Distância mínima na qual dois pontos podem ser


separados e ainda serem distinguidos como dois pontos.

- Poder de resolução de um microscópio óptico é de cerca


de 225 nm e do eletrônico é de até 0,5 nm.

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 Microscópio óptico ou de luz

Poder de resolução
- Capacidade de separar detalhes
- Nitidez da imagem

Expresso pelo limite de resolução  menor distância que


deve existir entre dois pontos para que eles apareçam
individualizados.

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 Microscópio óptico ou de luz

Limite de Resolução

- Menor distância entre dois pontos para que


eles apareçam separados;
- Capacidade de separar detalhes;
- Produz imagens separadas de partículas muito
próximas.

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 Microscópio óptico ou de luz

Poder de resolução x limite de Resolução

- Quanto melhor for a capacidade de individualizar 2 pontos


distintos do objeto (< LR) maior será a definição da imagem
formada no aparelho ( > PR)

Quanto menor o limite de resolução  maior o poder de


resolução.

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 Microscópio óptico ou de luz

Microscópio de polarização

- Modificação simples do microscópio óptico:


Filtro polarizante (polarizador)  localizado entre a fonte de
luz e o condensador
Segundo polarizador (analisador)  localizado entre a lente
objetiva e a ocular.

 Informações bem detalhadas sobre a estrutura e a


composição dos materiais, pois melhora a qualidade da
imagem.
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 Microscópio óptico ou de luz

Microscópio de polarização

Utilizado no estudo de paredes


celulares, moléculas de DNA,
células musculares estriadas,
espermatozoides, colágenos,
detecção de substâncias minerais
em tecidos diferentes, etc.

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 Microscópio óptico ou de luz

Microscópio de contraste de Fase

Variante do microscópio óptico, dotado de um sistema óptico


especial que transforma diferenças de fase dos raios
luminosos em diferenças de intensidade.

 A fase da luz de um microscópio pode ser alterada,


ocasionando um contraste maior e facilitando a sua melhor
visualização em um microscópio.

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 Microscópio óptico ou de luz

Microscópio de contraste de Fase

Microscopia de contraste
de fase) na observação de
uma célula epitelial sem
coloração.
Fonte: Junqueira/
Professor Raul Machado

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 Microscópio óptico ou de luz

Microscópio de contraste de Fase

• Possibilita o exame de células e tecidos não corados;


• Muito usado para análise de células vivas, microrganismos,
seções de tecidos finos, fibras, partículas subcelulares;
• Diagnóstico de células tumorais, hematologia, virologia,
bacteriologia, parasitologia e biologia marinha.

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 Microscópio óptico ou de luz

Microscópio de fluorescência

- Microscópio usado para examinar amostras


com propriedades luminescentes ou
amostras que foram preparadas com
substâncias que criam propriedades
luminescentes.

41
 Microscópio óptico ou de luz

Microscópio confocal

Baseia-se no uso de compostos fluorescentes que, ligados a


estruturas específicas, determinam sua localização celular.

A fonte de luz do microscópio confocal é constituída por


diversas linhas de lasers que se movem através de um scanner
de modo a focalizar a amostra linha por linha.

42
 Microscópio óptico ou de luz

Microscópio confocal

Após a excitação pelo laser, a amostra emite fluorescência em


outro comprimento de onda, que é então lido pelos diferentes
detectores.

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 Microscópio óptico ou de luz

Microscópio confocal

• Permite o aumento do contraste da


imagem microscópica e a construção de
imagens tridimensionais.
• Fornece alta resolução.
• Possibilita a eliminação de informações
fora de foco da imagem.

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Cristais de açúcar com crescimento radial.
Imagem gerada com microscopia de
polarização.
Fonte: Leica Microsystems.

Fonte: REECE, URRY, CAIN, WASSERMAN,


MINORSKY & JACKSON (2015)

Endósporos de Bacillus anthracis


Fonte: CDC/Larry Stauffer 45
Fonte: REECE, URRY, CAIN,
WASSERMAN, MINORSKY & JACKSON
46
(2015)
 Microscópio eletrônico

Década de 1930  Ernest Ruska construiu o primeiro


microscópio eletrônico  em 1986, recebeu o prêmio
Nobel de Física por sua invenção.

Durante os anos 1940 e 1950, Albert Claude, Keith Porter e


George Palade usaram pela primeira vez o ME em análises
de amostras biológicas.

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 Microscópio eletrônico

- Ao contrário do MO, que se utiliza da radiação de ondas


luminosas refratadas através de lente de vidro, no ME a
radiação empregada é a de feixe de elétrons refratados por
meio de lentes eletromagnéticas.

- O comprimento de onda dos elétrons é cerca de 100.000


vezes menor do que o da luz, garantindo, assim, uma
melhoria na resolução que pode chegar a 0,2 nm.

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 Microscópio eletrônico

- Possibilitou a visualização de
estruturas celulares não visíveis ao
microscópio óptico por contar com
poder resolutivo muito maior.
- Produz aumentos úteis de 200.000
a 400.000X, sendo seu poder
resolvente cerca de 100 vezes maior
que o do microscópio de luz.

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Trajeto dos elétrons no microscópio
eletrônico.

• O corte de tecido é colocado logo


acima da bobina ou lente objetiva.
• A imagem, já aumentada pela
objetiva, é novamente ampliada
por outra bobina, que a projeta
em uma tela fluorescente.

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 Microscópio eletrônico

• Não se pode examinar células vivas, apenas fixadas e


completamente secas;
• Cortes histológicos precisam ser finos  uso de
micrótomos.

52
 Microscópio eletrônico

• Seções ultrafinas do espécime são necessárias para que


o feixe de elétrons atravesse a amostra e uma imagem
seja formada.

53
 Microscópio eletrônico

Para o estudo de estruturas biológicas, existem dois tipos


de microscópios eletrônicos amplamente empregados:

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 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de transmissão (MET)

A imagem é formada simultaneamente à


passagem do feixe de elétrons através do
espécime.

Como os feixes de elétrons são imperceptíveis ao


olho humano, a imagem final é vista através de
uma tela fosforescente ou sobre uma placa
fotográfica.

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 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de transmissão (MET)

Ideal na definição de imagens intracelulares (permite estudos


de morfologia celular, aspectos gerais das organelas)

Interação de parasitas com as células (fornece informações


sobre alterações ocasionadas por vírus, bactérias e outros
organismos diminutos de impossível visualização na
microscopia de luz).

57
 Microscópio eletrônico

58
Diagrama esquemático dos
componentes mais importantes do
microscópio eletrônico de transmissão
(YOUNG, FREEDMAN, 2009) 59
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de transmissão


(MET)

 Componentes

Formado por:
• Sistema de iluminação composto pelo
canhão eletrônico, lente condensadora;
• Sistema de imagens constituído pelas
lentes objetivas, intermediárias e
projetoras.
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 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de transmissão (MET)

 Componentes

- Canhão eletrônico
Fonte de iluminação composta por um filamento de
tungstênio, em forma de “V”, que funciona como um catodo
composto de íons e elétrons livres.

Ao fluir uma corrente através do filamento, ele é aquecido por


incandescência, fazendo com que emita elétrons.
61
- Microscópio eletrônico de transmissão
(MET)

 Componentes

- Canhão eletrônico
Filamento de tungstênio  envolvido por
uma caixa carregada negativamente
(escudo de Wehnelt).
No escudo há um furo central de abertura
(2 a 3 mm), por onde passam os elétrons
que são atraídos por um ânodo
posicionado logo abaixo e direcionado para
as lentes eletromagnéticas. 62
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de
transmissão (MET)

 Componentes

- Canhão eletrônico
Uma alta voltagem (entre 50 e 120
ou mais KV) é aplicada sobre o
filamento de tungstênio, gerando
uma corrente que flui através dele
e o incandesce, emitindo elétrons.
63
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de transmissão (MET)

 Componentes

- Lentes
São de natureza eletromagnética e constituídas por uma
bobina cilíndrica chamada solenoides, formada por milhares
de voltas de fio, através da qual passa uma corrente elétrica e
será utilizada para focalizar a imagem de um espécime.

64
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de transmissão


(MET)

 Componentes

- Lentes
As primeiras lentes são as condensadoras,
situadas abaixo do ânodo, cuja função é
focar o feixe eletrônico sobre o material
estudado.
65
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de transmissão


(MET)

 Componentes

- Lentes
Lentes objetivas  ampliação da imagem.
A imagem será subsequentemente
ampliada pelas lentes intermediárias e
projetoras.
66
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de transmissão (MET)

 Aplicações

Análise de materiais biológicos


- Permite a definição de imagens intracelulares, possibilitando
observar a morfologia celular, aspectos gerais das organelas;
- Organização molecular de vírus ou constituintes
subcelulares;
- Interação de parasitas-células (fornece informações sobre
alterações celulares ocasionados por vírus, bactérias, etc.).
67
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de varredura (MEV)

• Complementar à microscopia de transmissão

• Maior poder de resolução

• Fornece imagens tridimensionais

68
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de varredura (MEV)

• Criado a partir do MET

• Principal característica  o feixe de elétrons não


atravessa a preparação, mas, ao invés disso, varre a
superfície da amostra, fornecendo uma imagem
tridimensional.

69
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de varredura (MEV)

• Atinge resoluções que na ordem de 2 a 3.0 nm e grande


profundidade de foco, da ordem de 300 vezes melhor que
a do microscópio óptico.

70
Fonte: Xavier (2018) 71
• Um feixe de elétrons é produzido no
topo do microscópio pelo
aquecimento de um filamento de
energia;
• O feixe de elétrons segue através da
coluna do microscópio, passando por
lentes magnéticas, que focam e
direcionam o feixe em direção da
amostra com um foco de 0,4 a 5 nm.
• Uma vez que o feixe atinge a amostra,
outros elétrons (retroespalhados e
secundários) são ejetados da amostra.
• Os detectores coletam esses elétrons
e os convertem em sinais
reproduzidos na tela de visualização.
72
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de varredura (MEV)

Componentes

• Canhão eletrônico
• Coluna composta de uma série de lentes eletrônicas
• Uma câmara para amostra
• Detectores e sistema de vácuo

73
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de varredura (MEV)

Componentes

• Canhão eletrônico

Mesmo descrito para o MET.


Há um filamento de tungstênio que emite elétrons ao ser
aquecido até o ponto de emissão termoiônica.

74
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de varredura (MEV)

Componentes

• Lentes

Ficam imediatamente abaixo do canhão, perfazendo um


total de três: condensadoras C1, C2, e C3 (objetiva).
Função  contribuir para a focalização do feixe de
elétrons sobre a amostra.

75
Fonte: Dedavid, Gomes & Machado, 2007. 76
Microscópio eletrônico de Microscópio eletrônico de
transmissão varredura

77
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de varredura (MEV)

78
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de varredura (MEV)

Princípio de funcionamento

Um feixe de elétrons de pequeno diâmetro explora a


superfície da amostra, ponto a ponto, por varredura em linhas
sucessivas, onde o sinal é transmitido a um detector e este a
uma tela.

79
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de varredura (MEV)

Princípio de funcionamento

As bobinas de exploração eletromagnéticas, alimentadas por


um gerador de varredura, fazem com que o feixe explore a
superfície da amostra aproximadamente de 10 em 10nm.

80
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de varredura (MEV)

Princípio de funcionamento

O sinal de imagem resulta da interação do feixe de elétrons


incidente com a superfície da amostra.

O detector é quem recebe o sinal e modula o brilho do


monitor, permitindo a observação.

81
- Microscópio eletrônico de varredura (MEV)

Esquema geral do microscópio


eletrônico de varredura.
Na parte inferior do aparelho estão
localizadas as bombas de vácuo, pois
a coluna percorrida pelos elétrons
deve ser mantida em alto vácuo.
Fonte: Junqueira

82
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de varredura


(MEV)

Aplicações

Análises de grãos de pólen, esporos de


fungos, superfícies de folhas, ornamentação
superficial de sementes de frutos, cutícula e
ovos de insetos, diatomáceas, pequenos
fósseis, etc.

83
 Microscópio eletrônico

- Microscópio eletrônico de varredura (MEV)

84
Microscopia
Microscopia de Microscopia
ótica transmissão de varredura

85
Microscopia de Microscopia de
Microscopia ótica transmissão varredura

86
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Para análise em microscopia é necessária a preparação de


lâminas com corte de tecidos.

- Células preservadas  fixadas e coradas  melhor


demonstração dos seus componentes.

87
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Fixação

- Consiste no tratamento de células com soluções


específicas que causam sua morte, conservando-se
suas propriedades físicas e químicas.

- Estabilização das estruturas celulares e intercelulares.

88
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Fixação
- Finalidades:
• Evitar a autólise (degradação) das amostras;
• Impedir a contaminação por bactérias e fungos;
• Endurecer as células para que elas resistam melhor às
etapas seguintes da técnica;

89
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Fixação
- Finalidades:
• Aumentar a afinidade das estruturas celulares pelos
corantes utilizados na microscopia óptica e aumentar
o contraste na microscopia eletrônica.

90
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Fixação
Agentes fixadores

• Microscopia óptica  formol e glutaraldeído


• Microscopia eletrônica  tetróxido de ósmio e
glutaraldeído.

91
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Microtomia

As células fazem parte de tecidos que precisam ser


cortados em fatias finas para exame no microscópio.
Esses cortes são feitos em um aparelho denominado
micrótomo .

92
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Microtomia

Para ser cortado no micrótomo, o fragmento de tecido


fixado é geralmente impregnado com uma substância de
consistência firme que permita, posteriormente, seccioná-
lo em camadas delgadas.

93
94
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Fragmentos de tecido emblocados em parafina.

Fonte: Dorigan Neto. Caderno de referência 3 (2012)


95
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Microtomia (corte)

Cortes para o microscópio eletrônico muito finos  0,02 a


0,1 mm.

Os micrótomos que cortam tecidos incluídos em parafina


utilizam navalhas de aço, e os que cortam tecidos incluídos
em resinas usam navalhas de vidro ou de diamante.

96
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Microtomia (corte)

Fonte: http://www.vidrariadelaboratorio.com.br/ 97
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Microtomia (corte)

http://www.vidrariadelaboratorio.com.br/ Fonte: Curso de técnicas histológicas


98
• https://www.youtube.com/watch?v=CVAUcN8
NDto

99
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios óptico
e eletrônico

Coloração

- Consistem em mergulhar a célula numa substância


(corante), capaz de tingir diferencialmente uma ou mais
partes celulares.

Melhor distinção de estruturas internas e contrastes em


amostras celulares;
Estudo de componentes específico dentro das células.

100
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Coloração

Corantes  maioria comporta-se como base ou como


ácido.
- Afinidade depende de carga elétrica e pH

101
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios óptico
e eletrônico

Coloração

- Hematoxilina
CORANTE BÁSICO (grupamento cromofórico é catiônico +)
afinidade por elementos ácidos dentro das células –
moléculas basófilas)

- Eosina
CORANTE ÁCIDO (grupamento cromofórico é aniônico -)
afinidade por elementos básicos dentro das células –
moléculas acidófilas)
102
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Coloração
Imagem histológica da
glândula tireoide,
corada por
hematoxilina – eosina.
Em roxo vemos os
núcleos das células
foliculares. Em rosa
vemos o citoplasma
dessas células
103
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Coloração

104
105
106
107
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Para observação de amostras sob o microscópio de luz


também podem ser realizados esfregaços de sangue e
sêmen, por exemplo.

108
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Esfregaço

- Consiste em espalhar um fragmento


de tecido ou de uma colônia sobre
uma lâmina de vidro, o que provoca a
dissociação de alguns elementos
celulares e a sua aderência ao vidro.
- Forma-se assim uma fina camada de
células.
Fonte: http://www.vidrariadelaboratorio.com.br/
109
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Esfregaço

110
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Esfregaço

Fonte: https://www.ufrgs.br/lacvet/

111
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Esfregaço

Fonte: http://www.vidrariadelaboratorio.com.br/
112
Distribuição das células no esfregaço
Fonte: https://www.ufrgs.br/lacvet/ 113
 Confecção de cortes para estudo nos microscópios
óptico e eletrônico

Esfregaço

Fonte: https://www.ufrgs.br/lacvet/

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