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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GESTÃO NÃO-ESCOLAR

URAÍ
2022

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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ANA CLARA BOTELHO
191402280

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GESTÃO NÃO-ESCOLAR

Relatório de Estágio elaborado sob a orientação da Profa. Andressa Dias Carvalho,


como requisito obrigatório da disciplina de Estágio Supervisionado em Gestão Não-
Escolar.

URAÍ
2022

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SUMÁRIO
1. Introdução ............................................................................................................04

2. Capítulo I ..............................................................................................................04

3. Capítulo II .............................................................................................................07

3.1 Pedagogia empresarial ..................................................................................07.

3.2 Pedagogia social.............................................................................................08.

3.3 Pedagogia hospitalar .....................................................................................09.


4 .Plano de intervenção ............................................................................................09.
5 .Considerações Finais ...........................................................................................14

6. .Bibliografia ...........................................................................................................15

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INTRODUÇÃO
O estagio supervisionado em gestão não escolar trata sobre as experiências de
estágio em instituições não escolares, mas especificamente no ambiente hospitalar,
com objetivo de analisar esse “novo” espaço de atuação do pedagogo e a dinâmica
de desenvolvimento do estágio na pedagogia hospitalar e suas contribuições para a
formação inicial do futuro pedagogo. Visa, ainda, socializar as experiências
vivenciadas no estágio, como forma de contribuir para a ampliação desses espaços
e fortalecer o debate sobre a pedagogia hospitalar como campo em ascensão para
atuação dos profissionais da educação. Através do método de ensino que o docente
adquiriu ao logo do Curso e pesquisa para o estagio de Pedagogia do Centro
Universitário Filadélfia Estado do Paraná, além de análise documental e revisão da
literatura. A experiência de estágio foi realizada em um hospital publico no estado
do Paraná. Os resultados nos permitem inferir que estes espaços de estágio
ampliam a visão dos futuros pedagogos, quanto aos seus campos de atuação, bem
como, fortalecem a sua formação contribuindo para uma atuação mais dinâmica e
comprometida com os educandos impossibilitados de frequentar a escola regular
por motivo de internação hospitalar. Nesse sentido, as discussões aqui
apresentadas poderão estimular a inquietação e a curiosidade acadêmica no
sentido de ampliar o debate sobre o curso de pedagogia e os novos campos de
atuação do pedagogo.

CAPÍTULO I
A Pedagogia é o estudo sistemático da educação, ou seja, um campo específico da
Pedagogia que se refere ao conteúdo do ensino e aos processos para a construção
do conhecimento. Pedagogia é, então, o campo do conhecimento que se ocupa do
estudo sistemático da educação − do ato educativo, da prática educativa como
componente integrante da atividade humana, como fato da vida social, inerente ao
conjunto dos processos sociais. Não há sociedade sem práticas educativas.
Pedagogia diz respeito a uma reflexão sistemática sobre o fenômeno educativo,
sobre as práticas educativas, para poder ser uma instância orientadora do trabalho
educativo (LIBÂNEO, 2001). A Pedagogia não se refere apenas ao campo e as
práticas escolares, e sim a um imenso conjunto de práticas, com campos vastos de
possibilidades, podendo ocorrer em diversos lugares e de diversas formas, seja na
escola, na família, no trabalho e na empresa. Portanto, não podemos reduzir a
educação ao ensino e nem a Pedagogia aos métodos de ensino. Podemos dizer,

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então, que a toda educação corresponde uma pedagogia. A educação compreende
o conjunto dos processos, influências, estruturas e ações que intervêm no
desenvolvimento humano de indivíduos e grupos na sua relação ativa com o meio
natural e social, num determinado contexto de relações entre grupos e classes
sociais, visando à formação do ser humano. A educação é, assim, uma prática
humana, uma prática social, que modifica os seres humanos nos seus estados
físicos, mentais, espirituais, culturais, que dá uma configuração à nossa existência
humana individual e grupal. Escreve a esse respeito o pedagogo alemão
SCHMIED-KOWARZIK apud LIBÂNEO (2001). Qualquer lugar em que haja o
processo de ensino-aprendizagem, o trabalho pedagógico é possível de ser
realizado. Assim, o pedagogo é visto como um profissional generalizado, que pode
aplicar seus conhecimentos e habilidades em diferentes âmbitos, abrindo, portanto,
um campo de possibilidades para esse profissional que pode escolher o campo que
mais se identifica. O pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da
prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de
transmissão e assimilação de saberes e modos de ação, tendo em vista objetiva de
formação humana previamente definida em sua contextualização histórica
(LIBÂNEO, 2001). As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia
traz que todo pedagogo deve: atuar com ética e compromisso com vistas à
construção de uma sociedade justa, equânime, igualitária; trabalhar, em espaços
escolares e não escolares, na promoção da aprendizagem de sujeitos em diferentes
fases do desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do processo
educativo; identificar problemas socioculturais e educacionais com postura
investigativa, integrativa e propositiva em face de realidades complexas, com vistas
a contribuir para superação de exclusões sociais, étnico raciais, econômicas,
culturais, religiosas, políticas e outras; demonstrar consciência da diversidade,
respeitando as diferenças de natureza ambiental-ecológica, étnico-racial, de
gêneros, faixas geracionais, classes sociais, religiões, necessidades especiais,
escolhas sexuais, entre outras; desenvolver trabalho em equipe, estabelecendo
diálogo entre a área educacional e as demais áreas do conhecimento; participar da
gestão das instituições em que atuem planejando, executando, acompanhando e
avaliando projetos e programas educacionais, em ambientes escolares e não
escolares; realizar pesquisas que proporcionem conhecimentos, entre outros: sobre
seus alunos e alunas e a realidade sociocultural em que estes desenvolvem suas
experiências não escolares; sobre processos de ensinar e de aprender, em

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diferentes meios ambiental-ecológicos; sobre propostas curriculares; e sobre a
organização do trabalho educativo e práticas pedagógicas (CERONI, p. 6, 2006).
Na sociedade é possível verificar uma ação pedagógica múltipla, onde o
pedagógico perpassa pelo âmbito escolar formal, abrangendo campos da educação
informal e não formal criando formas de educação paralela e desfazendo o que
separa escola e sociedade. Ou seja, a versatilidade de trabalho do Pedagogo é algo
que chama a atenção, mas, nem sempre o (a) graduando (a) possui o
conhecimento deste leque de oportunidades que as Diretrizes lhes garantem.
Talvez pelo fato destes profissionais estarem muito direcionados para o ensino em
sala de aula, o lócus principal da atuação do (a) pedagogo(a) conferindo a ele(a) é
um perfil tradicional da profissão. Um dos fenômenos mais significativos dos
processos sociais contemporâneos é a ampliação do conceito de educação e a
diversificação das atividades educativas, levando, por consequência, a uma
diversificação da ação pedagógica na sociedade. Em várias esferas da prática
social, mediante as modalidades de educação informais, não formais e formais, é
ampliada a produção e disseminação de saberes e modos de ação (conhecimentos,
conceitos, habilidades, hábitos, procedimentos, crenças, atitudes), levando a
práticas pedagógicas. Estamos diante de uma sociedade genuinamente pedagógica
(LIBÂNEO, 2001). A educação formal é aquela desenvolvida nas escolas, em salas
de aula e entendida como o espaço privilegiado do pedagogo. É institucionalizada e
prevê conteúdos, plano de ensino, de aula, da escola, etc. Além de ter como
objetivo o ensino e aprendizagem de conteúdos sistematizados, ela segue leis,
regras e um currículo, dividido em disciplinas, idades e níveis de conhecimentos
apropriados para cada faixa etária. A educação informal é aquela que os indivíduos
aprendem durante seu processo de socialização, seja ele na família, bairro, entre
amigos e outros ciclos sociais. É uma educação carregada de valores e culturas, ou
seja, pode ocorrer em vários espaços que certamente estão permeados desses
valores e culturas próprios de cada lugar ou grupo no qual o sujeito está inserido. A
Pedagogia envolve intervenção humana e, portanto, um comprometimento moral de
quem a realiza. É mediante esse caráter ético-normativo que ela pode formular
princípios e diretrizes que dão coerência à contribuição das ciências da educação
quando estas colocam a ação educativa como referência para suas investigações.
Esse papel não pode ser atribuído a qualquer uma das ciências da educação
indiscriminadamente, embora todas possam dar sua contribuição no limite de suas
peculiaridades. Além disso, a intencionalidade da prática educativa tem implicações
diretas no posicionamento crítico do educador, que representa o elo fundamental no
processo de formação cultural e científica das novas gerações (LIBÂNEO, 2001). É
importante destacar que, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
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(LDBEN, 1996) se destacam os seguintes preceitos que orientam a educação
considerada não formal. O documento afirma que: Art. 1º. A educação abrange nos
processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana,
no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Art. 2º. A educação,
dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, “o
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Para
Jacobucci (2009), os espaços informais de aprendizagem estão sugeridos dentro de
duas categorias: locais que são Instituições e locais que não são Instituições. Na
categoria Instituições podem ser incluídos os espaços que são regulamentados e
que possuem equipe técnica responsável pelas atividades executadas. É o caso
dos Museus, Centros de Ciências, Parques Ecológicos, Parques Zoobotânicos,
Jardins Botânicos, Planetários, Institutos de Pesquisa, Aquários, Zoológicos, dentre
outros. Já os ambientes naturais ou urbanos que não dispõem de estruturação
institucional, mas onde é possível adotar práticas educativas, englobam a categoria
não instituições. Nessa categoria podem ser incluídos teatros, parques, casa, rua,
praça, terreno, campo de futebol, quadra de esportes, feiras, cantina, mercados
dentre outros inúmeros espaços sociais. Nos espaços informais é onde se aprende
por vontade própria, através do diálogo, da observação, da discussão e da
interação com pessoas e objetos, sem se preocupar se está sendo avaliado ou não.

CAPÍTULO II

3.4 Pedagogia empresarial

A pedagogia empresarial é uma pedagogia não formal, pois ela acontece fora do
espaço escolar. O trabalho do pedagogo empresarial se aplica dentro da empresa
com objetivo de gerar mudanças de comportamento dos funcionários, garantindo
uma melhor atuação profissional, pessoal, familiar, intra e interpessoal. Geralmente,
seu papel está atrelado às atribuições ligadas ao Departamento de Recursos
Humanos, assim cabe ao pedagogo o papel de estrategista e juntamente com um
grupo de outros profissionais melhorarem a dinâmica da empresa, o rendimento dos
funcionários, as relações entre esses, etc. As práticas educativas estendem-se às
mais variadas instâncias da vida social não se restringindo apenas ao espaço

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escolar o que torna o campo de atuação do profissional formado em pedagogia tão
vasto. Contudo, as diversas possibilidades de atuação do pedagogo ainda é um
campo desconhecido por muitos estudantes do curso de Pedagogia e também da
sociedade como um todo.
A pedagogia na empresa ainda é uma vertente da Pedagogia muito desconhecida

do público que cursa Pedagogia. E, ao que tudo indica quanto mais afastado de
grandes centros urbanos, mais parece ser o desconhecimento dessa vertente
profissional. Também é sabido que a pedagogia na empresa é uma possibilidade de

formação e atuação do pedagogo bem recente, especialmente no Brasil. Essa


surge da necessidade de formação e preparação sobre o trabalho de Recursos
Humanos na empresa que é o fator principal da garantia de êxito da empresa. Um
dos propósitos da Pedagogia na Empresa é a de qualificar todo o pessoal da
organização nas áreas administrativas, operacional, gerencial, elevando a qualidade
e produtividade organizacionais (FERREIRA, p.7,1985). Ribeiro (2007) diz que o
pedagogo começou a ser chamado para atuar na empresa no final da década de
60, início de 70, em razão do contexto histórico educacional que atribuiu à
educação a função de contribuir para aceleração do desenvolvimento econômico e
progresso da sociedade. A pedagogia empresarial existe para dar suporte na
relação de estruturação e ampliação da empresa. O pedagogo se relaciona com
todos os setores de uma empresa, portanto seu papel primordial é unir todas as
funções com o objetivo de alcançar as metas traçadas pela organização. Um dos
propósitos desse profissional é de qualificar os colaboradores da empresa na
organização da área administrativa, operacional e gerencial, elevando a qualidade e
a produtividade. O pedagogo tem condições de ajudar a empresa na elaboração da
declaração de sua missão, em que constem suas metas e aspirações, seus valores,
sua cultura e estratégias a serem utilizadas, envolvendo funcionários e
colaboradores (PASCOAL p.97, 2007).

3.5 Pedagogia Social

A área do conhecimento que se dedica a estudar questões de toda a sociedade,


além da sua formação e também o seu desenvolvimento como humano, é
conhecida como Pedagogia Social. Esse estudo se baseia na teoria geral da
educação social, usando a prática para a educação popular, assim como o sócio

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comunitário e também a não escolar, que visa a formação cultural como cidadão,
como a educação a grupos considerados marginalizados e também à população
indígena, rural, quilombolas, deficientes mentais, físicos, crianças carentes e muito
mais.

Em nosso país, a Pedagogia Social veio com maior ênfase através das assistências
da política pública, com a sociedade civil entrando em debates e assumindo
maiores responsabilidades em projetos, mesmo que de uma forma mais restrita.

Paulo Freire foi um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento da Pedagogia


Social no Brasil, criando uma educação também para adultos, isso em meados de
1960. Com isso, Freire acabou influenciando para a conscientização sobre a
importância da alfabetização para todos, mobilizando toda a sociedade para uma
transformação social pela educação.

Posteriormente, diversos estudos relacionados a disciplina foram lançados no país,


mesmo que na atualidade ainda seja carente de mais projetos. Por todos esses
fatos, Paulo Freire se tornou uma grande referência no Brasil, sendo reconhecido
por sempre fazer bons trabalhos sociais, inclusive com reconhecimento
internacional, se consolidando como o precursor da Pedagogia Social no país.

3.6 Pedagogia Hospitalar

I- Um breve resumo

Pedagogia Hospitalar é uma área de atuação pedagógica que se dedica ao ensino


e desenvolvimento acadêmico de crianças e adolescentes que, por motivo de
doença e/ou internamento, não podem estar presentes no ambiente escolar. A
prática é regulamentada Resolução Nº 41, de 13 de outubro de 1995, que trata dos
direitos da criança e do adolescente hospitalizados.

Quem deseja atuar neste ramo pode fazer uma pós-graduação. Os profissionais
que cursam Pedagogia Hospitalar aprendem a promover o desenvolvimento
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cognitivo e social de enfermos em idade escolar, contribuindo, de maneira positiva,
com a sua formação acadêmica. O seu papel é oferecer uma educação
humanizada, respeitando as realidades e características de cada um dos seus
alunos.

II- A Pedagogia Hospitalar

Nos dias de hoje veem se expandindo no atendimento à criança hospitalizada, e em

muitos hospitais do Brasil tem se enfatizado a visão humanística.


Como pratica deste trabalho Humanista, o nosso trabalho deverá ser o de ter os
olhos voltados para o ser global, e não somente para o corpo e as necessidades
físicas, emocionais, afetivas, e sociais do indivíduo.
Como referencial teórico, utilizo as experiências e pesquisas realizadas nos
hospitais do Brasil onde a Classe Escolar Hospitalar foi implantada no auxílio de
tratamentos às crianças e adolescentes.
Meu objetivo é, conscientizar, discutir e ampliar as ideias dos profissionais da
educação e da saúde, quanto a proporcionar uma melhor qualidade de vida, para
todas as pessoas que requerem um cuidado e um olhar especial para um
atendimento individualizado, seja no atendimento domiciliário ou hospitalar.
Procurando favorecer toda estratégia que ajude o desenvolvimento desta
modalidade educacional e que sensibilize os agentes da educação e da saúde
sobre a importância do atendimento educacional à criança hospitalizada, faz-se
necessário construir um espaço para profissionais dedicados à atenção às crianças
e jovens que devem permanecer hospitalizados, com o objetivo de sensibilizar para
a questão, trocar experiências e refletir sobre pedagogia hospitalar, oferecendo
ferramentas para o desenvolvimento desta modalidade educacional e explorando
sua relação com o sistema educacional formal.
Tendo em vista o embasamento legal, contido na legislação vigentes que amparam
e legitimam o direito à educação, os hospitais devem dispor às crianças e
adolescentes um atendimento educacional de qualidade e igualdade de condições
de desenvolvimento intelectual e pedagógico.
A inserção do ambiente escolar no período de internação é importante para
a recuperação da saúde da criança, já que reduz a ansiedade e o medo advindos
do processo da doença.
A Classe Hospitalar tem seu início em 1935, quando Henri Sellier inaugura a
primeira escola para crianças inadaptadas, nos arredores de Paris. Seu exemplo foi
seguido na Alemanha, em toda a França, na Europa e nos Estados Unidos, com o
objetivo de suprir as dificuldades escolares de crianças tuberculosas.

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Pode-se considerar como marco decisório das escolas em hospital a Segunda
Guerra Mundial. O grande número de crianças e adolescentes atingidos, mutilados
e impossibilitados de ir à escola, fez criar um engajamento, sobretudo dos médicos,
que hoje são defensores da escola em seu serviço.
Em 1939 é Criado o C.N.E.F.E.I. – Centro Nacional de Estudos e de Formação para
a Infância Inadaptadas de Suresnes, tendo como objetivo formação de
professores para o trabalho em institutos especiais e em hospitais; Também em
1939 é criado o Cargo de Professor Hospitalar junto ao Ministério da Educação na
França. O C.N.E.F.E.I. tem como missão até hoje mostrar que a escola não é um
espaço fechado. O centro promove estágios em regime de internato dirigido a
professores e diretores de escolas; os médicos de saúde escolar e a assistentes
sociais.
A Formação de Professores para atendimento escolar hospitalar no CNEFEI tem
duração de dois anos. Desde 1939, o C.N.E.F.E.I. já formou 1.000 professores para
as classes hospitalares, cerca de 30 professores a cada turma.

III- LEGISLAÇÃO
No Brasil, a legislação reconheceu através do estatuto da Criança e do Adolescente
Hospitalizado, através da Resolução nº. 41 de outubro e 1995, no item 9, o “Direito
de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde,
acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar”.
Em 2002 o Ministério da Educação, por meio de sua Secretaria de Educação
Especial, elaborou um documento de estratégias e orientações para o atendimento
nas classes hospitalares, assegurando o acesso à educação básica. Em Santa
Catarina, a SED baixou Portaria que “Dispõe sobre a implantação de atendimento
educacional na Classe Hospitalar para crianças e adolescentes matriculados na
Pré-Escola e no Ensino Fundamental, internados em hospitais” (Portaria nº. 30,
SER, de 05/ 03/2001).
Todo o aluno que frequenta a classe possui um cadastro com os dados pessoais,
de hospitalização e da escola de origem. Ao final de cada aula o professor faz os
registros nesta ficha com os conteúdos que foram trabalhados e outras informações
que se fizerem necessário.
O aluno que freqüenta a classe por três dias ou mais é realizado contato telefônico
com sua escola, comunicando da sua participação na classe e obtendo-se
informações referentes aos conteúdos que estão sendo trabalhados, no momento,
em sua turma. Após alta hospitalar, é enviado relatório descritivo das atividades
realizadas, bem como do seu desempenho, posturas adotadas, dificuldades
apresentadas.
Para que este seja legitimado, é necessário o carimbo e assinatura do diretor
(escola da Rede Regular Estadual) a fim de encaminhá-lo à escola de origem.
A proposta na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (MEC, 1996) é a de
que toda criança disponha de todas as oportunidades possíveis para que os
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processos de desenvolvimento e aprendizagem não sejam suspensos.
A existência de atendimento pedagógico-educacional em hospitais em nada
impede que novos conhecimentos e informações possam ser adquiridos pela
criança ou jovem e venha contribuir tanto para o desenvolvimento escolar.
Após alta hospitalar, é enviado relatório descritivo das atividades realizadas, bem
como do seu desempenho, posturas adotadas, dificuldades apresentadas. Para
que este seja legitimado, é necessário o carimbo e assinatura do diretor (escola da
Rede Regular Estadual) a fim de encaminhá-lo à escola de origem.

4. PLANO DE INTERVENÇÃO

Plano de Intervenção / Plano de Ação


Estágio Supervisionado em GESTÃO NÃO ESCOLAR.
I. Dados de Identificação:
Estagiário (a): Ana Clara Botelho
Matrícula: 191402280
Qual o segmento destina-se o plano de ação: Gestão Hospitalar- Primário
II. Conteúdo
As cores.
III. Objetivos
Objetivo geral: identificar os nomes das cores ampliando o desenvolvimento oral e
visual
Objetivos específicos: instigar a imaginação e curiosidade, explorando a
criatividade de cada criança.
IV. Desenvolvimento Da atividade proposta do plano de ação:
SENSIBILIZAÇÃO: Para começar a abordar o tema cores, colocar a musica das
cores de GUGUDADA para os alunos ouvirem;
-Após dialogar sobre as cores que os cercam, cores dos objetos, roupas, sapatos,
materiais da sala de aula;
-Propor as crianças que façam bolinhas de papel crepom para colar nos balões;
-Incentiva-los a utilizar varias cores na colagem; - Esses desenhos irão ficar
expostos;

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DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA Sensibilização: Com os alunos sentados em
circulo, colocar a música das cores, para os alunos ouvirem e aprenderem a
letra, em seguida dialogar sobreas cores que os cercam, cores dos
objetos, roupas, sapatos, materiais da sala de aula. Por exemplo: o azul
é a cor do oceano, mais o que temos na cor azul? E assim
sucessivamente seguindo a letra da musica.
- Utilizando a folha de desenho com balões, propor aos alunos que façam
diversas bolinhas de papeis coloridas e que cada um cole em seus balões as
cores que ouviram na musica. Em seguida, um aluno de cada vez deverá falar
algum objeto na cor sugerida pela professora, para fixação.
Assim que terminarem a atividade deverá ficar exposta na sala de aula, para que
cada um observe seu trabalho.
-Atividade de Fixação para exercitar a matemática: Utilizando a massinha de
modelar, as crianças poderão moldar as letras de seu nome, para
trabalhar matemática, modelar o numero relacionado à sua idade, se o
aluno quiser terá como auxilio a régua e tampinhas para melhor
criatividade do individuo.

-Contando as cores: Explique às crianças que elas trabalharão em grupo para


identificar quantas coisas na sala de aula têm uma cor específica. Explique que
cada grupo irá explorar uma cor. Qual grupo encontrará mais coisas vermelhas,
amarelas, verdes ou azuis na sala de aula? Registre no quadro.

-Em seguida coloque a musica das cores.


V. Recursos didáticos: Música;-Folha de oficio;-Papel crepom;-Cola;-Massa de
modelar;-Tampinhas;-Régua
VI. Avaliação:
O pedagogo terá uma folha de avaliação para cada aluno, no qual a prova terá os
critérios de participação, observação, interação, criatividade, sendo lançado para
cada aluno de forma individual, aqueles que tiveram dificuldades colocar a
observação para poder melhorar nas próximas atividades.
A avaliação deverá ser em cima da interação e dedicação de cada aluno.
VII. Bibliografia: http://portal.mec.gov.br/conaes-comissao-nacional-de-avaliacao-
da-educacao-superior/legislacao-e-normas

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Pedagogia Hospitalar vem se expandindo no atendimento à criança hospitalizada,
e em muitos hospitais do Brasil tem se enfatizado a filosofia humanística.
Um dos objetivos da classe hospitalar, na área sócio-política, e o de defender o
direito de toda criança e adolescente a cidadania, e o respeito às pessoas com
necessidades educacionais especiais e no direito de cada um possa ter
oportunidades iguais.
Como pratica deste trabalho Humanista, o nosso trabalho deverá ser o de ter os
olhos voltados para o ser global, e não somente para o corpo e as necessidades
físicas, emocionais, afetivas e sociais do indivíduo.
Como um de seus objetivos a Classe Hospitalar possibilita a compensação de faltas
e devolver um pouco de normalidade à maneira de viver da criança.
O trabalho do professor hospital é muito importante, pois atende as necessidades
psicológicas e sociais e pedagógicas das crianças e jovens. Ele precisa ter
sensibilidade, compreensão, força de vontade, criatividade persistência e muita
paciência se quiserem atingir seus objetivos.
Deverá elaborar projetos que integrem a aprendizagem, de maneira especificas
para crianças hospitalizadas adaptando-as há padrões que fogem da educação
formal, resgatando e integrando-as ao contexto educacional.
O pedagogo Hospitalar no atendimento pedagógico deve ter seus olhos voltados
para o todo, objetivando o aperfeiçoamento humano, construindo uma nova
consciência onde a sensação, o sentimento, a integração e a razão cultural
valorizem o indivíduo.

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6. BIBLIOGRAFIA
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas. Curitiba,
2001, p.153- 176.

PASCOAL, Miriam. O Pedagogo na Empresa e a Responsabilidade Social


Empresarial. Educação: Teoria e Prática, 2007, Campinas, p. 87-102. RIBEIRO,
Amélia Escotto do Amaral. Pedagogia Empresarial: atuação do pedagogo na
empresa. 6ª edição. Rio de Janeiro, 2010, p 11-15.

MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9.394, de 20 de


dezembro de 1990.

www.praticahospitalar.com.br

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/livro9.pdf

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