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CAMPANHA “BEBEU, PERDEU. CURTA A ADOLESCÊNCIA SEM BEBER.

Ministério da Justiça, Governo Federal. Campanha disponível


em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-
02/>.

CAMPANHA "BEBEU, PERDEU" ALERTA JOVENS PARA CONSUMO DE ÁLCOOL NO CARNAVAL


Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Edição: Davi Oliveira

Com a proximidade do carnaval, quando aumenta o consumo de bebidas alcoólicas, o Ministério


da Justiça lançou uma campanha para conscientizar quem tem menos de 18 anos sobre os malefícios do
álcool. Com o mote “Bebeu, perdeu”, a iniciativa também visa a sensibilizar os comerciantes a não vender
o produto para crianças e jovens - prática criminosa que, de acordo com o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) pode ser punida com até quatro anos de prisão e multa.
O ministro José Eduardo Cardozo lança campanha "Bebeu, perdeu", que pretende alertar os
jovens sobre o consumo de álcool.
Cinco vídeos publicitários apresentando jovens em situações vexaminosas devido ao consumo
de álcool (ressaca, desmaio, mal-estar, entre outras situações que impede o jovem de aproveitar o
carnaval) já disponíveis no canal do ministério no YouTube vão ser exibidos em salas de cinema de cinco
cidades com forte tradição de carnaval de rua - Belo Horizonte, Ouro Preto (MG), Recife, Rio de Janeiro,
Salvador - onde também serão divulgados outdoors e painéis alusivos à campanha.
A estratégia de comunicação foi elaborada a partir dos resultados de uma pesquisa
encomendada à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Segundo o estudo, feito em 2010, 60% dos
jovens estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do 1º ao 3º ano do ensino médio, de escolas
públicas e particulares, responderam já ter consumido álcool ao menos uma vez na vida. Desses, 15,4%
tinham entre 10 e 12 anos, e 43,6% entre 13 e 15 anos.
"A questão do consumo de álcool é delicada. Na adolescência, então, é delicadíssima. Por isso
fazemos um apelo a todos os comerciantes para que cumpram a lei e não vendam álcool a menores de
18 anos. Apelamos aos gestores locais para que se empenhem na fiscalização e, evidentemente, aos
adolescentes, para que percebam que a vida pode ser curtida com muita alegria e felicidade sem o
consumo de álcool", disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
De acordo com o secretário nacional de Política sobre Drogas, Vitore Maximiano, os dados sobre
o consumo de álcool por menores de 18 anos é preocupante, principalmente porque, embora a pesquisa
da Unifesp não aponte, sabe-se que muitos desses jovens têm acesso à bebida no ambiente doméstico,
na companhia de parentes. "Há casos de o álcool ser oferecido pela própria família, o que acaba
estimulando o consumo. Isso nos preocupa muitíssimo", disse o secretário.
O custo de produção dos cinco vídeos institucionais e de veiculação de todas as peças
publicitárias, incluindo outdoors e painéis, alcançou R$ 5 milhões. Nas emissoras de TV comerciais, no
entanto, os vídeos serão exibidos como propaganda institucional gratuita.
Matéria disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-02/>.

PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base os textos motivadores e nos seus conhecimentos sobre o tema, elabore um texto
dissertativo-argumentativo sobre o consumo ilícito de bebidas alcoólicas na adolescência.

DESAFIO – Vamos começar a trazer conceitos da Sociologia e Filosofia para a redação?


Quando o tema envolve os adolescentes é comum fazermos vínculo com a família e o processo
de educação e de formação desses indivíduos. Vou deixar sugestões de três sociólogos que
podem ser relacionados ao tema:

Pierre Bourdieu, sociólogo francês, defende que cada família transmite a seus filhos, mais por
vias indiretas que diretas, um certo capital cultural e um certo ethos, sistema de valores
implícitos e profundamente interiorizados, que contribui para definir, entre outras coisas, as
atitudes face ao capital cultural e à instituição escolar. (BOURDIEU, Pierre. O espírito de família)

Emile Dürkheim, sociólogo francês, destaca que o ponto de partida é a família, o espaço privado
das relações de intimidade e afeto, em que geralmente pode-se encontrar alguma
compreensão e refúgio, apesar dos conflitos. É o espaço onde se aprende a obedecer às regras
de convivência, a lidar com a diferença e a diversidade.

É de Dürkheim também os estudos que entendem a família com instituição social primária.
Instituição social é todo tipo de organização que promove integração social, através de regras
e hábitos, sendo que o objetivo desses procedimentos é organizar a nossa sociedade. A
instituição social é um dos estudos da sociologia e são fundamentais para o funcionamento das
relações humanas. Segundo o sociólogo Émile Durkheim, elas possuem um papel pedagógico e
nos ensinam como ser parte da sociedade em que nascemos.

Max Weber, sociólogo alemão, dedicou-se imensamente aos estudos sobre a socialização e as
instituições sociais. De acordo com Weber, elas foram criadas para integrar o indivíduo à
sociedade e são o motivo para existir a coesão social.

DICA EXTRA - se o tema abordar adolescente, lembre-se do ECA – Estatuto da Criança e do


Adolescente: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente
e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.”
A redação deverá atender ao tema proposto e ser escrita no padrão dissertativo-argumentativo.
✓ O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
✓ O texto definitivo deve ser entregue a tinta (azul ou preta), no espaço próprio, em até 30 linhas.
✓ A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou de qualquer outro texto já veiculado terá o número de
linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Serão corrigidas, portanto, apenas as linhas autorais.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
✓ tiver até 15 (quinze) linhas escritas.
✓ fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
✓ apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto, deboches, impropérios (ofensas, insultos,
desacatos), desenhos e outras formas propositais de anulação.
✓ folha de redação em branco, mesmo que haja texto escrito na folha de rascunho.
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