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INVERSORES DE FREQUÊNCIA

INTRODUÇÃO:

Atualmente , a necessidade de aumento de produção e diminuição de custos , se fez


dentro deste cenário surgir a automação, ainda em fase inicial no Brasil ,
com isto uma grande infinidade de equipamentos foram desenvolvidos para as mais
diversas variedades de aplicações e setores industriais , um dos equipamentos mais
utilizados nestes processos conjuntamente com o CLP é o Inversor de Freqüência,
um equipamento versátil e dinâmico ,vamos expor agora o princípio básico do
inversor de freqüência.

PRINCÍPIOS BÁSICOS:

O avanço da Eletrônica de Potência permitiu o desenvolvimento de


conversores de freqüência com dispositivos de estado sólido, inicialmente com
tiristores e atualmente estamos na fase dos transistores , mais especificamente
IGBT, onde sua denominação é transistor bipolar de porta isolada .Os
cicloconversores antecederam de certa forma os atuais inversores, eles eram
utilizados para converter 60Hz da rede em uma freqüência mais baixa, era uma
conversão CA-CA, já os inversores utilizam a conversão CA-CC e por fim em
CA novamente. Os inversores podem serem classificados pela sua topologia,
esta por sua vez é dividida em três partes, sendo a primeira para o tipo de
retificação de entrada, a segunda para o tipo de controle do circuito
intermediário e a terceira para a saída. Em uma segunda parte iremos comentar
sobre estas topologias e suas siglas como CSI, PAM, PWM/VVC e etc.
Independente da topologia utilizada, temos agora uma tensão CC em nosso
circuito intermediário e deveremos transformar em tensão CA para acionar o motor
AC.
 
O Que é um inversor e para que serve ?

Conceito – dispositivo eletrônico que transforma energia elétrica CA fixa


( tensão e frequência ) em energia elétrica CA variável , controlando a potência
consumida pela carga.
No caso específico , o inversor de frequência é utilizado para controlar a
rotação de um motor assíncrono ( de indução). Isto é alcançado através do
controle micro processado de um circuito típico para alimentação do motor
composto de transístores de potência que chaveam rapidamente uma tensão
CC , modificando o valor “rms” e o período .
Ao controlar a rotação o motor , flexibilizamos a produção da máquina que
é acionada pelo motor de indução.
Vantagens de se usar inversores

? Substituição de variadores mecânicos

? Substituição de variadores eletro-magnéticos

? Automatização e flexibilização dos processos fabris

? Comunicação avançada e aquisição de dados

? Eliminação de elementos de partida pesada e


complicada

? Instalação mais simples.

? Aumento da vida útil do maquinário.

? Evita choques mecânicos( trancos) na partida.

? Redução do nível de ruído.

?  Excelente regulação de pressão e vazão

?  Economia de energia ( demanda e consumo).

?  Lembramos que 51% da energia elétrica gasta na industria


é usada para alimentar os motores.Podemos então ver a
importância de se dimensionar corretamente nossos
motores e de reduzir ao máximo a potência consumida
otimizando os meios de controle e de processo.
Como especificar um inversor

1. Potencia e tensão do motor


2. Tipo de máquina ( ventilador , bomba , esteira , elevador , )
3. Ciclo de trabalho da máquina ( tempo para partir , rodar e parar )
4. Quantidade de operações por hora ( ou minutos , ou dias )
5. Tempo de aceleração e desaceleração
6. Inércia da máquina
7. Velocidade mínima e máxima
8. Comando de 2 fios ou 3 fios
9. Referencia de velocidade ( rede , sinal analógico , velocidade pre-selecionada ,
“step – logic” ,
velocidade fixa abaixo de 60 Hz , potenciometro )
10. Acionará acima de 60 Hz ? Cuidado.
11. Tipo de parada ( inercia , rampa , frenagem CC )
12. Resistor de frenagem ? Dimensionar ohms e watts .
13. Temperatura ambiente
14. Usará contator na entrada ou na saída ?Cuidado com comando .
15. Comunicação serial ( devicenet , controlnet , ethernet , DF1, RS485 , )
16. Ruído eletromagnético ( o inversor tem marca CE , tem filtros externos)
17. Harmónicos ( analisar o impacto do inversor na instalação elétrica )
18. Instalação elétrica - Aterramento e blindagem de cabos
19. Montagem em painel existente , novo , dentro de gaveta de CCM ?
20. Proteção elétrica ( fusível , disjuntor , nível de curto – circuito )

Proteção Elétrica de um sistema com inversor


A placa Eletrônica de Controle contêm os circuitos responsáveis pelo comando,
monitoração e proteção dos componentes da potência. Este cartão contêm também
circuitos de comando e sinalização que serão utilizados pelo usuário de acordo com a
aplicação, como saídas a relés e entradas digitais.
Sobrecarga – Limitando o valor “rms” num máximo de 1,5 a 2 vexes o valor
nominal
Calculando o aquecimento do motor ( I2t ) instântaneamente , levando em
consideração a velocidade do motor , pois em baixas rotações a auto ventilação
não permite correntes altas no motor
Notar que um relé térmico tradicional pode não operar corretamente , pois em
baixas rotações a corrente do motor , geralmente é menor que a nominal e , num
evento de uma sobrecarga , ela se elevará a um nível em que não sensibilizará o
rele térmico.A proteção interna do inversor é mais apropriada para proteção do
motor e da instalação elétrica até o motor.

Quando ocorrer o desarme por sobre corrente deve – se observar se foi devido a
aquecimento do motor ou do próprio inversor .
Em caso do inversor , verificar se a circulação de ar está livre ou se o ventilador
está funcionando.
Em caso do motor aguardar alguns minutos até o inversor permitir o
religamento, Ele , normalmente , aguarda um tempo para resfriamento do
motor,porem isto pode ser “zerado” para que permita a partida imediata do
motor –CUIDADO PARA NÃO QUEIMAR O MOTOR.

Curto – circuito- Se um curto acontecer na saída do inversor ( nos terminais do


motor ou nos cabos entre inversor – motor) a sobre corrente é detectada
internamente no inversor e um comando para bloquear os IGBT´s é dado. O
curto é eliminado em micro segundos protegendo o inversor . Esta breve
corrente é principalmente alimentada pelos capacitores usados com os
retificadores e se torna imperceptível pela rede elétrica , conforme descrito na
figura abaixo .
Portanto , se torna importante que se dimensione o inversor dentro do nível de
curto – circuito no ponto onde está instalado – caso ele não atenda , pode –se
colocar um indutor na entrada e/ ou na saída , que além de diminuir os ruídos ,
ajudam a diminuir o nível de
curto . Outra alternativa é colocar fusível na saída do inversor com capacidade
de suportar o curto .
Aquecimento do inversor – um sensor é colocado no dissipador traseiro para
detectar este aquecimento , e em caso de excesso , desliga o inversor – seu mau
funcionamento pode causar o desligamento indevido , necessitando ser
trocado.Verificar também , se a ventilação está funcionando corretamente –
bloqueio do fluxo de ar ou ventilador danificado podem fazer o inversor parar

Queda de tensão da rede – Esta proteção é necessária para evitar um mau


funcionamento dos circuitos de controle e o motor e para evitar a sobrecorrente
quando a rede volta a tensão nominal.Geralmente , um valor de tempo de
tolerância pode ser ajustado no inversor para evitar desligamentos indevido ( na
faixa de alguns segundos – Ride Through)
 é usada para evitar danos aos seus componentes de força .

O IHM  MOSTRA UM ERRO ( E06 )


DEVIDO A FALTA OU INTERRUPÇÃO
INADEQUADA DE TENSÃO EM UMA
ENTRADA DIGITAL DA PLACA DE
CONTROLE.
Falta de fase – Nos inversores trifásico esta função protege sobrecorrente
devido ao funcionamento monofásico . Para o motor evita sobre aquecimento.

Fuga à terra – Proteção quanto a baixa isolação do motor , cabos ou do


próprio inversor.Observar que esta medição se dá em alta frequência e pode
causar confusão nas medições de isolação que normalmente são feitas com
aparelhos CC ( megôhmetro cabos e motores mais adequados .

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