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RODRIGO DOS SANTOS OLIVEIRA

PIEZOELETRICIDADE: ENERGIA PARA O FUTURO


USO DA TECNOLOGIA PIEZOELÉTRICA APLICADA AOS
CENTROS URBANOS

Guarulhos
2017
RODRIGO DOS SANTOS OLIVEIRA

PIEZOELETRICIDADE: ENERGIA PARA O FUTURO


USO DA TECNOLOGIA PIEZOELÉTRICA APLICADO AOS
CENTROS URBANOS
Cidade
Ano

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade Anhanguera de Guarulhos, como
requisito parcial para a obtenção do título de
graduado em Engenharia Elétrica.

Orientador: Fabiana Silva

Guarulhos
2017
RODRIGO DOS SANTOS OLIVEIRA

PIEZOELETRICIDADE: ENERGIA PARA O FUTURO

USO DA TECNOLOGIA PIEZOELÉTRICA APLICADA AOS


CENTROS URBANOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade Anhanguera de Guarulhos, como
requisito parcial para a obtenção do título de
graduado em Engenharia Elétrica

BANCA EXAMINADORA

Prof. Especialista André Albuquerque

Prof. Especialista Eduardo Bonamini

Prof. Especialista Eduardo do Santos D’Elia

Guarulhos, 27 de Novembro de 2017


Dedico este trabalho aos meus pais que
me deram a direção correta e os
ensinamentos para enfrentar todos os
obstáculos desta e a todas as pessoas
que fizeram parte da minha formação
profissional e pessoal.
AGRADECIMENTOS

Venho agradecer este trabalho aos meus pais Ronaldo e Claudia, e ao meu irmão
Kaique, que foram a minha base e meus exemplos de pessoas a serem seguidas. A
minha namorada Fernanda, pela compreensão ao tempo dedicado a este trabalho.
Agradeço também todos os docentes da Faculdade Anhanguera de
Guarulhos, pela esforço, empenho e amor pelo ensino do conteúdo cursado ao
longo do curso, que são de suma importância a esta monografia.
Por último e não menos importante agradeço aos meus colegas a amigos de
faculdade a todos que contribuíram de maneira direta ou indireta para realização
deste trabalho.
OLIVEIRA, Rodrigo dos Santos. Piezoeletricidade: Energia Para o Futuro. 2017.
Guarulhos. São Paulo. Monografia de Graduação do curso de Engenharia Elétrica,
do Departamento de Engenharias, da Faculdade Anhanguera de Guarulhos,
Guarulhos (SP). Brasil. 2017.

RESUMO
O presente trabalho visou evidenciar o conceito de energia piezoelétrica aplicado ao
cotidiano de grandes centros urbanos e como pode ser utilizado para geração de
energia elétrica para atender os setores de iluminação pública de ruas, avenidas e
rodovias e indústrias. Este tema foi escolhido pelo fato da tecnologia piezoelétrica
ser uma alternativa em potencial no que tange a geração de energia elétrica
sustentável e prática, onde pessoas caminhando em uma calçada podem gerar
energia suficiente para abastecer uma área de iluminação pública ou um transdutor
eletrônico gerando economia e substituindo a energia elétrica convencional. Os
dados desta pesquisa foram obtidos através de livros, documentos, catálogos da
área de eletricidade e fonte de energia, artigos científicos, caracterizando a mesma
como uma revisão de literatura. Seus gastos e uma possível solução para redução
de custos e alternativa sustentável, que é a geração de eletricidade através da
piezoeletricidade. O resultado desta pesquisa foi a revisão de literatura sobre a
tecnologia de piezoeletricidade como uma energia alternativa que está ganhando
espaço no setor energético, visando dar suporte a outras fontes de geração de
energia elétrica no país.

Palavras chave: Piezoeletricidade; Sustentabilidade; Energia; Renovável; Limpa.


Oliveira, Rodrigo dos Santos. Piezoelectricity: Energy for the Future. 2017.
Guarulhos. Sao Paulo. Graduation Monograph of the Electrical Engineering course,
Department of Engineering, Faculty of Anhanguera de Guarulhos, Guarulhos (SP).
Brazil. 2017.

ABSTRACT
This paper aims to highlight the concept of piezoelectric energy applied to the daily
life of large urban centers and how it can be used to generate electric energy to
serve the public street lighting, avenues and highways and industries. This theme
was chosen because piezoelectric technology is a potential alternative to sustainable
and practical electric power generation, where people walking on a sidewalk can
generate enough energy to supply a public lighting area or an electronic transducer
generating savings and replacing conventional electric power. The data of this
research were obtained through books, documents, catalogs of the area of electricity
and energy source, scientific articles, characterizing it as a literature review. Its
expenses and a possible solution for cost reduction and sustainable alternative,
which is the generation of electricity through piezoelectricity. The result of this
research was the literature review on piezoelectricity technology as an alternative
energy that is gaining space in the energy sector, aiming to support other sources of
electricity generation in the country.

Keywords: Piezoelectricity; Sustainability; Energy; Renewable; Clean.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8
1 PIEZOELETRICIDADE: UMA NOVA TECNOLOGIA............................................ 10
1.1 ALTERNATIVA RENOVÁVEL E SUSTENTÁVEL ............................................... 10
1.2 A ORIGEM .......................................................................................................... 10
1.3 PIEZOELETRICIDADE NO COTIDIANO ............................................................ 12
1.3.1 Piezoeletricidade na indústria........................................................................... 14
2 FUNDAMENTOS DA PIEZOELETRICIDADE ....................................................... 16
2.1 HISTÓRIA ........................................................................................................... 16
2.2 PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO ................................................................. 17
2.2.1 Propriedades elétricas e mecânicas................................................................. 20
3 APLICAÇÕES E AVANÇOS TECNOLÓGICOS.................................................... 21
3.1 PROJETOS ......................................................................................................... 21
3.1.1 Sonar................................................................................................................ 21
3.1.2 Sensor conversor de impacto da chuva em energia ........................................ 22
3.1.3 Geração de ultrassom ...................................................................................... 22
3.1.4 Medição de massa ........................................................................................... 22
3.1.5 Piezoeletricidade na música ............................................................................. 23
3.1.6 Carregamento de eletrônicos através dos movimentos corporais .................... 23
3.1.7 Transformadores piezoelétricos ....................................................................... 24
3.1.8 Aplicação a nano e micro escalas .................................................................... 24
3.1.9 Material inteligente ........................................................................................... 25
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 27
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 29
8

INTRODUÇÃO

Há necessidade contínua e progressiva no mundo de possuir meios de


geração de energia elétrica que sejam viáveis e sustentáveis, que não causem
danos para o meio ambiente, e que cada vez mais reduza a dependência de energia
de recursos hídricos, como as hidrelétricas ou de combustíveis fósseis, como é o
caso de termoelétricas, contribuindo assim para o meio ambiente.
Inovações tecnológicas no âmbito de geração de energia como a
piezoeletricidade vêm crescendo constantemente e ampliando o leque de recursos
energéticos que podem ser utilizados em qualquer situação e suprir a demanda de
eletricidade em situações críticas, alcançar lugares onde a mesma ainda não está
presente ou provém de meios fósseis para sua geração e em situações onde a
energia convencional é inviável de se utilizar, como em novos equipamentos
eletrônicos e até na indústria.
Os centros urbanos, onde há uma maior concentração de pessoas em um
determinado local é o ambiente ideal para a energia piezoelétrica, podendo assim
ser a alternativa limpa e sustentável de agir em conjunto com a energia elétrica de
meios convencionais no abastecimento de iluminação e áreas públicas, gerando
economia aos cofres públicos.
Diante dos fatos enunciados, da necessidade de uma alternativa de energia
limpa e que possa ser facilmente gerada, é gerado o seguinte questionamento:
Como o método de energia piezoelétrica pode ser utilizado em centros urbanos,
industriais e quais as suas aplicações?
Este trabalho teve como objetivo geral estudar os conceitos do método de
geração de energia elétrica através do princípio piezoelétrico e suas aplicações em
centros urbanos focando nos seguintes tópicos auxiliares: Entender o funcionamento
da piezoeletricidade; compreender como essa nova tecnologia pode auxiliar em
diversos setores da sociedade; ressaltar os pontos fortes e fracos do sistema
piezoelétrico.
O tipo de pesquisa realizado neste trabalho se baseou numa revisão de
literatura, onde seu conteúdo foi extraído através da consulta a livros, teses, artigos
de cunho científico, todos estes selecionados em sites confiáveis, de órgãos públicos
do setor elétrico e empresas de renome do setor, não se delimitando uma data para
9

investigação e pesquisa dos livros e artigos, tendo como os principais autores


utilizados no conteúdo do trabalho, Armendani (2016), Eiras (2017) e Nadalin (2007).
As palavras chaves utilizadas nesta busca foram: Piezoeletricidade;
Sustentabilidade; Energia; Renovável; Limpa.
10

1 PIEZOELETRICIDADE: UMA NOVA TECNOLOGIA

A piezoeletricidade é uma tecnologia e fonte de energia renovável emergente


no mundo, apesar de sua descoberta ter acontecido há décadas atrás. Suas
aplicações estão em toda parte da sociedade e centros urbanos, e neste contexto o
tópico seguinte disserta sobre mais a fundo sobre a mesma.

1.1 ALTERNATIVA RENOVÁVEL E SUSTENTÁVEL

Segundo Armendani (2016), a necessidade de princípios e critérios comuns


que entregue aos povos inspiração para conservar, preservar e melhor o ambiente
em que vive, faz do homem em um mesmo instante de tempo obra e construtor do
meio ambiente, é neste cenário que no qual a solução se encontra em busca de
energias limpas, renováveis e sustentáveis e como uma ótima opção surge em cena
a utilização da piezoeletricidade.
Para Pacheco (2006), a energias renováveis são oriundas de ciclos naturais
de conversão de radiação solar, fonte mãe de quase toda energia existente na Terra
e, por este fato, são inesgotáveis e não mudam o balanço térmico do planeta e tem
como característica ou podem ser denominadas, um conjunto de fontes de energia
não-convencionais, ou seja, energias não baseadas em combustíveis fósseis e
grandes hidroelétricas.

1.2 A ORIGEM

O efeito piezoelétrico (advindo do grego, "eletricidade por pressão") teve


como seus descobridores os irmãos Pierre e Jacques Currie no ano de 1880. Este
efeito se trata da propriedade que alguns cristais têm em liberar elétrons diretamente
proporcional a uma pressão de origem mecânica. Cristais piezoelétricos possuem
átomos em seu interior que são eletricamente neutros e os mesmos não estão
arranjados em simetria, suas cargas elétricas são perfeitamente balanceadas,
cancelando os momentos de dipolos elétricos.
Portanto, se uma força mecânica for gerada em um cristal piezoelétrico,
haverá uma deformação em sua estrutura, tendo como consequência, que alguns
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átomos fiquem mais próximos e outros átomos mais distantes. Com essa
perturbação de balanço de cargas de polaridade positiva e negativa, cria-se uma
diferença de potencial, com cargas negativas e positivas em lados apostos das faces
do cristal. Neste caso, seus momentos de dipolo não se cancelam mais como é
observado na figura 1.

Figura 1 - Diagrama de cargas de um sensor piezo

Fonte: Nadalin (2007)

Para TICHÝ; ERHART; KITTINGER; PRÍVRATSKÁ (2010), a descoberta da


piezoeletricidade não se deu por acaso, a mesma foi fortemente influenciada pelos
estudos que Pierre Curie já havia realizado em piroeletricidade e também em
simetria de cristais. Pierre evidenciou que os polos são criados em algumas direções
influenciado pela simetria particular do cristal. Anteriormente, outra descoberta já
havia sido realizada, a piroeletricidade, variações de temperatura que podem
culminar numa cadeia de efeitos elétricos no cristal, conhecida como
piroeletricidade. O efeito piezoelétrico está muito relacionado com o efeito
piroelétrico. A conexão entre as duas descobertas é fundamental. Todos os
materiais piroelétricos são intrinsecamente piezoelétricos.
Passados em um ano da descoberta, os irmãos Pierre e Jacques observaram
que os materiais quando submetidos a uma diferença de potencial, era exercida uma
tensão elétrica nos átomos de seu interior, precisando se mover para retornar ao
balanço, gerando uma deformação (efeito piezoelétrico invertido).
12

Para Eiras (2017) os cristais piezoelétricos, se submetidos a esforços


mecânicos muito altos, podem gerar altas tensões. Se os mesmos forem
corretamente manejados, podem servir para alimentar um sistema elétrico. As
cerâmicas piezoelétricas apresentam depois de polarizadas melhores propriedades
em comparação com os cristais, além de geometrias e dimensões flexíveis, pelo fato
de serem fabricadas por meio da sinterização de pós cerâmicos conformados via
prensagem ou extrusão.

Figura 2 – Princípio de geração de eletricidade pelo método piezoelétrico

Fonte: Feira de ciências (2017)

Todas essas descobertas podem propiciar a produção de eletricidade através


do movimento, algo que em centros urbanos é facilmente encontrado e cotidiano,
podendo ser muito aproveitado em diversos locais como centros comerciais e
danceterias por exemplo.

1.3 PIEZOELETRICIDADE NO COTIDIANO

A piezoeletricidade vem sendo testada constantemente em inúmeras


localidades do mundo, a fim de se obter energia limpa e autossustentável para o que
se almeja aplicar, como é o caso de casas de dança, rodovias nas quais os radares
são alimentados por este método, carregadores de bateria de celular que são
carregados pela energia dos passos e inúmeros equipamentos que já se aproveitam
desta energia.
Segundo Da Silveira (2010), no ano de 2007 na cidade de Roterdã foi
inaugurada a primeira danceteria que incluiu em seus pisos o modelo piezoelétrico.
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Seguidamente em Londres surgiu a danceteria Surya, na qual seus usuários


conseguem gerar 60% da energia consumida no estabelecimento.
Pavegen (2014) afirma que foi criado no Rio de Janeiro através de uma
parceria com a Shell, um campo de futebol no qual possui 200 placas piezoelétricas,
e que as mesmas correspondem pela geração de 20 a 30 % da energia consumida
por refletores que suportam até 10 horas ligados. Além, disso os mesmos pisos
foram utilizados em um festival de música, no qual foi possível através das mais de
250.000 pisadas carregar 10.000 telefones celulares.
Segundo Pelingeiro (2016), uma pesquisa realizada pela universidade de
Delaware, nos Estados Unidos, apresentou que os principais pontos que as pessoas
observam antes de trocar seus carros a combustão por carros elétricos são: a
autonomia, o custo e o tempo de recarga da bateria. Pensando nisso, dois
engenheiros da universidade de Ontário, Noaman Makki e Remon Pop-Iliev, no
Canada, decidiram introduzir nanogeradores piezoeletricos dentro dos pneus, que se
deformam naturalmente com o rodar de um veículo, pela sua flexibilidade e
oscilações das estradas.
Schulz (2014) ressalva que a energia gerada pela piezoeletricidade é mínima,
é geralmente tem aplicação em equipamentos de iluminação ou sinalização, mas se
levarmos em conta que o Brasil utiliza em energia eletricidade o equivalente à 9,7
bilhões de KWh por ano, correspondendo a 3% do consumo total nacional em todas
as áreas, a energia de piezoelétrica poderia ser uma boa opção para suprir ou
ajudar a cobrir a demanda do país.
Para Katz (2009) uma outra aplicação seria a instalação de geradores
piezoelétricos em rodovias. Está solução coleta a energia mecânica transmitida pelo
automóvel à estrada converte a mesma em eletricidade, aproveitando dessa forma
energia que geralmente é inutilizada.
Áreas urbanas são as mais propícias e adequadas para a utilização desta
tecnologia, pois com a movimentação humana em grandes centros comerciais,
cidades, escolas, pátios e eventos, pode-se gerar energia elétrica na qual pode-se
alimentar, abastecer alguns ambientes ou um imóvel todo, como uma universidade,
residência, lojas, sem necessitar ou apenas utilizar uma pequena parcela da energia
da concessionária da região.
14

1.3.1 Piezoeletricidade na indústria

No que tange a produção de componentes, o sistema piezoelétrico também


contribui para a geração dos mesmos, com a finalidade de uma evolução tecnológica
e independente da eletricidade convencional, na qual é dependente de fios e outros
equipamentos para que funcione nos produtos industriais e residenciais.
Para C. Braga (2014), eletronicamente, a piezoeletricidade e seus materiais
piezoelétricos são a base para uma vasta gama de sensores e transdutores. Áreas
como mecatrônica e robótica utilizam cada vez mais esta tecnologia, no qual as
aplicações variam desde sensores, transdutores e percorrem o caminho dos
ressonadores que determinam as frequências de operação de instrumentos de
medida, como cronômetros, relógios e microprocessadores. A figura 3 ilustra um
sensor piezoelétrico utilizado na indústria.

Figura 3 – Sensor piezoelétrico

Fonte: Newton C. Braga (2014)

Em dispositivos que necessitam de uma alimentação de nível de tensão


baixo, e cujo consumo também é de pequena intensidade, a utilização de um
transformador piezoelétrico pode ser uma alternativa considerável em relação aos
modelos convencionais, que fazem uso de transformadores abaixadores.
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Figura 4 – Circuito retificador com transformador piezoelétrico

Fonte: Newton C. Braga (2014)

Dados os exemplos concretos e comprovadamente eficientes, pode-se


considerar que a energia piezoelétrica é uma ótima alternativa para colaboração ou
supressão de demanda em locais onde a energia elétrica é de difícil acesso ou de
custo elevado para a instalação de métodos convencionais, como telefones
auxiliares de rodovias, radares, telões de alerta rodoviários, sinalização de
emergência em estradas, iluminação pública, na eletrônica, na nova indústria que se
utiliza de métodos de tecnologia avançada como a robótica e entre outras aplicações
no meio urbano no qual há grande movimentação humana ou de veículos.
Há primeiramente uma necessidade de se compreender a fundo o devido
funcionamento e manuseio desta tecnologia, a fim de ter pleno conhecimento de
como e onde será possível aplicar o método piezoelétrico em centros urbanos ou
nas indústrias e até em residências.
16

2 FUNDAMENTOS DA PIEZOELETRICIDADE

A palavra Piezo origina do grego “piezein”, que tem como significado


pressionar. Piezoeletricidade (eletricidade de pressão) se objetiva pela capacidade
de certos materiais se tornarem polarizados eletricamente quando estão sujeitos a
alguma forma de stress. Este nome foi dado por Hankel no ano de 1881 para
nomear o fenômeno descoberto um ano antes pelos irmãos Curie.

2.1 HISTÓRIA

Segundo Callister (2006), no ano de 1880, Jacques e Pierre Curie tornaram


pública a primeira amostra na forma de testes de uma ligação utilizando o fenômeno
piezoelétrico de forma macroscópica e a estrutura cristalizada. O seu experimento
baseava-se numa medição efetiva de cargas no qual que surgiam em meio a
superfície de cristais preparados, o qual eram submetidos a um grande esforço
mecânico. O quartz, topaz, sal de Rouchelle e cana de açúcar são exemplo destes
cristais.
Continua Callister (2006) salientando que estas respostas foram um despertar
para imaginação e insistência dos Curie, levando em consideração que se
conseguiu somente com cola, fios, tinfoil, magnetos permanentes (íman) e um
monóculo de joalheiro.
Entre o cenário científico daquela época, este acontecimento foi considerado
algo espantoso e prontamente foi chamada de piezoelectricidade, de forma tal, a
distingui-la de outros fenômenos científicos como a eletricidade por contato
(eletricidade estática) e piroelectricidade (electricidade criada pela temperatura
elevada dos cristais).
Callister (2006) afirma que os Curie relataram que também se tinha uma
correspondência mútua entre os efeitos elétricos da alteração de temperatura e o
stress mecânico de certo cristal, e que se valeram dessa correspondência não só
para com o intuito de escolher os cristais a experimentar, mas também para delimitar
os limites desses mesmos cristais.
Entretanto, Callister (2006) relata que os irmãos Curie não podiam prever que
os cristais que realizavam o efeito direto, pudessem da mesma forma realizar o
efeito inverso, ou seja, injeta-se um campo elétrico e como resultado obtêm-se
17

stress. Este efeito foi deduzido em formas matemática com base nos princípios
fundamentais da termodinâmica realizado por Lippman em 1881. Os Curie
ratificaram de imediato o “efeito inverso” e continuaram insistentes de conseguir
provas de toda a reversibilidade das deformações eletro-elasto-mecânicas nos
cristais piezoelétricos.
Eiras (2017) explica que o efeito piezoelétrico foi utilizado de forma prática
pioneiramente por Paul Langevin na utilização em sonares no decorrer da primeira
guerra mundial. Utilizou Langevin cristais de quartzo acoplados a massas metálicas
(inventando o transdutor tipo Langevin) para gerar ultra-som na faixa de frequência
de algumas dezenas de kHz’s. Após o término da primeira guerra mundial, devido à
resistência de se excitar transdutores gerados com cristais de quartzo por estes
necessitarem de geradores de alta tensão, iniciou-se o a criação de materiais
piezoelétricos sintéticos.
Eiras (2017) relata que estes esforços culminaram na descoberta e
aperfeiçoamento entre os anos de 1940 e 1950, das cerâmicas piezoelétricas de
Titanato de Bário pela extinta União Soviética e Japão, e das cerâmicas
piezoelétricas de Titanato Zirconato de Chumbo (PZT’s) pelos Estados Unidos. As
pesquisas de soluções sólidas de PbZrO3- PbTiO3, realizado por Jaffe nos anos 50,
tiveram como resultado a obtenção de cerâmicas de titanato zirconato de chumbo
(PZT), que vieram a ser objeto de constantes investigações para a melhor
aproveitamento de suas características ou como motivação para a criação de novos
compostos cerâmicos. As cerâmicas piezoelétricas tipo PZT são a maioria no
mercado. Conhecida a história e o princípio básico do efeito piezoelétrico, o tópico
seguinte aborda seu funcionamento elétrico.

2.2 PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO

Nadalin (2007) diz que a piezoeletricidade nada mais é do que o fenômeno de


criar uma carga elétrica num determinado material, quando a mesma é sujeita a uma
pressão mecânica ou uma pressão dinâmica, e contrariamente, uma deformação
quando imposta a um campo de intensidade elétrica. No momento em que um
material piezoelétrico é estimulado por meios elétricos através de uma diferença de
potencial como observado na figura 5, as suas dimensões se alteram.
18

Figura 5 - Alteração de dimensões ao estímulo elétrico de uma tensão

Fonte: Nadalin (2007)

Na figura 6, Nadalin (2007) relata que duas placas compostas de metal


inseridas sobre a superfície são utilizadas como eletrodos. Num primeiro contato os
eletrodos se encontram em curto circuito através de um amperímetro. Quando
ocorre uma força, pressionando o material piezoelétrico, é criada uma densidade de
cargas na superfície do material em contato com os eletrodos.
Este tipo de polarização para Nadalin (2007) cria um campo elétrico que gera
uma corrente das cargas elétricas livres que existem no condutor. Conforme varia o
seu sinal, as cargas elétricas do condutor vão se distribuir. Esta corrente,
denominada de cargas livres é constante até a polarização ficar neutra. No momento
em que a pressão sobre o cristal é removida, a polarização desaparece, e
consequentemente a corrente de cargas livres passa a ser invertida, retornando à
condição de início.
Este processo é registrado no amperímetro que exibe dois picos de corrente
contrários. Se fosse colocado um receptor de energia elétrica ao invés do
amperímetro, e inserida uma pressão, a corrente iria fluir através da carga, e
posteriormente a energia mecânica poderia assim ser aproveitada.
19

Figura 6 – Geração de carga elétrica através do estímulo por uma força

Fonte: Nadalin (2007)

Eiras (2017) relata que se os eletrodos estiverem em um circuito aberto, então


é criada uma tensão que possui vínculos com a carga. Deste jeito, os materiais
piezoelétricos adquirem a capacidade de criar tensões de níveis elevados. Um
material piezoelétrico é por consequência capaz de agir como um componente de
detecção, atuador, ou os dois, tornando o seu uso interessante em dispositivos do
estado sólido, compactos, com ampla confiança e eficientes.
Para Eiras (2017), também tem validade para sinais que não são contínuos.
Se em uma situação, o cristal receber uma vibração, um sinal elétrico
correspondente estará contido nos eletrodos. Na figura 7, é ilustrado o
comportamento de um material piezoelétrico em meio a um campo alternado,
fenômeno usado, como exemplo, em auscultadores.

Figura 7 - Material piezoelétrico submetido a um campo alternado

Fonte: Eiras (2017)


20

Para Eiras (2017), um outro aspecto relevante é a relação da frequência do


sinal aplicado com a frequência de ressonância natural do cristal. O efeito tem a
máxima intensidade quando ambas as frequências são iguais. Osciladores e filtros
operam por este princípio. Outro fato a ser considerado são suas propriedades
elétricas e mecânicas, para os efeitos direto ou inverso.

2.2.1 Propriedades elétricas e mecânicas

Armendani (2016) diz que, de um modelo geral o processo piezoelétrico pode


ser considerado como a conversão de energia mecânica em eletricidade (direto) ou
a conversão de energia elétrica em energia mecânica (inverso). Uma representação
esquemática é ilustrada na figura 8.

Figura 8 - Representação esquemática da conversão de energia no efeito


piezoelétrico

Fonte: Armendani (2016)

O efeito piezoelétrico pode ser descrito de forma simplificada, não


considerando a simetria do material, pelas seguintes equações:

D = dT + ε E (direto) (1)
S = sT + d E (inverso) (2)

Onde:
• D: vetor deslocamento elétrico;
• T: tensão mecânica;
• E: campo elétrico;
• S: deformação;
• ε: permissividade dielétrica;
• s: coeficiente elástico;
• d: coeficiente piezoelétrico.
21

3 APLICAÇÕES E AVANÇOS TECNOLÓGICOS

Para Pavegen (2014) a aplicação do efeito piezoelétrico que pode ser útil para
realizar medições de vibração, força, pressão ou deformação. São exemplos de
mecanismos de medições:
• Transdutores de Pressão, Força ou Aceleração (conversão de energia
mecânica em eletricidade);
• Atuadores (converte energia elétrica em energia mecânica);
• Transmissores e Receptores de ultrasom;
• Medidores de distância (tempo no qual se propaga o som);
• Medidores de fluxo de líquidos e gases (Efeito Doppler);
• Utrasonografia;
• Referência de Frequência;
• Transdutor de Temperatura (a frequência de ressonância em função da
temperatura);
• Microfones;
• Emissores de Som (atuador).
Em alimentação de equipamentos de baixa tensão o consumo é muito
pequeno a partir da alta tensão da rede de energia, o uso de um transformador
piezoelétrico é uma solução viável em substituição às soluções tradicionais como,
por exemplo, aquelas que fazem uso de fontes de transformador. Os próximos
tópicos tratam de projetos que utilizam a piezoeletricidade e auxiliam em diversos
setores da sociedade.

3.1 PROJETOS

Com o avanço da piezoeletricidade, foi possível a realizar inúmeros projetos,


com o intuito de auxiliar ao cotidiano das cidades e da sociedade em geral. Entre os
principais projetos se encontram:

3.1.1 Sonar

Pelingeiro (2016) relata que, neste invento os transdutores aplicam um pulso


elétrico de um cristal piezoelétrico para gerar uma onda de pressão, e assim produzir
22

uma corrente quando a onda refletida deforma o cristal. O tempo entre as duas
correntes é utilizado para a elaboração de um objeto como estivesse longe dele.

3.1.2 Sensor conversor de impacto da chuva em energia

A revista inglesa de ciência New Scientist (2017) relatou sobre uma nova
técnica, criada por cientistas da Comissão de Energia Atômica (CEA), em Grenoble,
na França, que possui a capacidade de converter a força do impacto criado pelos
pingos de chuva em eletricidade. Criaram sensores produzidos com materiais
piezoelétricos, que geram tensão a partir da força mecânica para converter o
impacto dos pingos em pequenos níveis de energia.
Para New Scientist (2017), os sensores de energia pluvial possuem a
capacidade de gerar apenas 1 watt de potência por hora, por ano, por metro
quadrado, quantia que é 1 milhão de vezes menor do que a eletricidade criada a
partir da energia solar na França. A quantidade de energia gerada pelos sensores
ainda é mínima, mas a pesquisa representa uma ideia inovadora.

3.1.3 Geração de ultrassom

Pelingeiro (2016) afirma que as ondas ultra-sônicas são criadas por


transdutores ultra-sônicos que convertem energia eletricidade em energia mecânica
e vice-versa e podem possui as seguintes características:
• Propagação de energia por ondas mecânicas através de um transdutor
(mudam de formato ou vibram quando é aplicada uma corrente elétrica
alternada);
• Onda que se propaga em um material;
• Meios muito densos refletem alta porcentagem energia;
• Captação (por outro transdutor) da onda refletida, transformando em sinal
elétrico e logo depois sendo convertida em imagem;

3.1.4 Medição de massa

Callister (2006) relata que as balanças eletrônicas que são vistas em


supermercados ou até mesmo as balanças utilizadas em laboratórios de estudos
para realizar medição de pequenas massas têm seu funcionamento influenciado
23

pela piezoeletricidade, pois manejam cristais que se polarizam ao sofrerem uma


deformação.

3.1.5 Piezoeletricidade na música

Segundo Bermann (2001), os materiais piezoelétricos são encontrados em


violões elétricos e em inúmeros outros instrumentos musicais para converter as
vibrações mecânicas de suas cordas ou outras partes em sinais elétricos que são
então ampliados e convertidos em som através de amplificadores.

3.1.6 Carregamento de eletrônicos através dos movimentos corporais

Bermann (2001) ressalta que agora, existem novas descobertas no campo da


nanotecnologia que permitem aos investigadores aproveitar a energia das vibrações
de baixa frequência através de nanotubos piezoelétricos. No corpo humano essas
vibrações são geradas pelo batimento cardíaco, pelos movimentos respiratórios ou
até mesmo pela corrente sanguínea por exemplo. A figura 9 ilustra um exemplo de
carregador piezoelétrico.

Figura 9 – Carregadores Piezoeletricos

Fonte: Bermann (2001)

Assim, esta tecnologia tem grande potencial futuro pois podemos por
exemplo, carregar o smartphone apenas munida a energia dos movimentos do
corpo.
24

3.1.7 Transformadores piezoelétricos

Para Callister (2006), um transformador piezoelétrico diferente dos


transformadores convencionais, que se baseiam no princípio do magnetismo, tem
seu funcionamento baseado na vibração. Injeta-se uma tensão de entrada num curto
espaço de uma barra cerâmica (material piezoelétrico), como por exemplo PZT, e
esta tensão como consequência gera uma vibração na barra através do efeito
piezoelétrico inverso. A figura 10 exibe um modelo de transformador piezoelétrico.

Figura 10 – Transformador Piezoelétrico

Fonte: Callister (2006)

Continua Callister (2006) explicando que a frequência de vibração da barra é


igual a sua frequência de ressonância, que normalmente oscila de 100 Kilohertz a 1
Megahertz. Uma tensão mais elevada é então criada em outra seção da barra.
Taxas de aumento de mais 1000:1 já foram demonstradas.

3.1.8 Aplicação a nano e micro escalas

Para Callister (2006), a eficiência da geração de energia por materiais


piezoelétricos se eleva dramaticamente, em até 100% quando o mesmo material
trabalha em dimensões entre 20 e 23 nanômetros. Mas, recentes resultados de uma
pesquisa feita em parceria entre duas universidades norte-americanas podem
habilitar o uso desta tecnologia para recarregar telefones celulares, usando apenas
a própria vibração da voz humana.
25

Uma possibilidade seria a aplicação de um filme espessura pequena de um


material piezoelétrico sobre um microfone e um alto-falante de um celular, por
exemplo. As vibrações da voz humana comprimem o material, que acaba gerando
minúsculas descargas de energia. A figura 11 relata o exemplo citado.

Figura 11 – Exemplo de Aplicação

Fonte: Callister (2006)

3.1.9 Material inteligente

Nadalin (2007) diz que a pieozoeletricidade faz um papel celofane se


transformar em um material inteligente. Microrobôs, sensores biodegradáveis e
micro-aviões de papel capazes de voar "batendo as asas". Estas são as aplicações
do celofane, evidenciadas pelos pesquisadores em um artigo publicado no jornal
Macromoléculas. A figura 12 exibe os sensores piezoelétricos biodegradáveis.

Figura 12 – Sensores piezoelétricos biodegradáveis

Fonte: Nadalin (2007)


26

A tecnologia piezoelétrica cresce de uma maneira espantosa que já é possível


criar equipamentos biodegradáveis dessa tecnologia. Até este momento, foram
relatados inúmeros aspectos positivos, o capítulo seguinte retrata as vantagens e
desvantagens da utilização da tecnologia piezoelétrica.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A promoção do conteúdo desta monografia que se encontra nos moldes de


uma revisão de literatura, permitiu a observação ao sistema de geração de energia
elétrica através do método piezoelétrico, e como o mesmo poderia ser útil em
centros urbanos e industriais, por meio de estudo sobre o seu funcionamento e seus
pontos fracos e fortes.
Esta monografia se posiciona de forma favorável ao questionamento
relacionado em seu início, em complemento com os objetivos mensurados na
introdução deste trabalho, confirmando no decorrer de seus capítulos que a
tecnologia de geração piezoelétrica pode ser utilizada em centros urbanos e
indústrias e possui diversas aplicações no cotidiano das mesmas.
A piezoeletricidade surgiu com uma alternativa interessante aos olhos do
setor energético, de fonte renováveis e sustentáveis, pois pode ser gerada através
de muitos métodos, desde passos de uma pessoa na calçada até pela passagem de
um carro pela rodovia. Seu desenvolvimento tecnológico ao longo de sua história
possibilitou diversos avanços na indústria e no cotidiano, aumentando a
produtividade e suprindo a demanda de diversos aparelhos elétricos em diversos
setores como mostrou o segundo capítulo.
Através do conhecimento do seu conceito e história, diversos cientistas e
empresas puderam aproveitar da piezoeletricidade e criar equipamentos e aprimorar
fisicamente a forma com que é gerada a eletricidade através de materiais
piezoelétricos, reduzindo custos de fabricação, como evidencia o terceiro capítulo.
Com o avanço tecnológico da piezoeletricidade, foi possível concretizar
diversos tipos de projetos e equipamento que auxiliam no cotidiano de centros
urbanos e industrias, uma infinidade de produtos, que vão desde transformadores e
sensores piezoelétricos até carregadores de celular alimentados por meio de passos
humanos, tornando este modelo de geração de energia totalmente viável e
acessível, ratificando o quarto capítulo.
Por fim, vale acrescentar que os objetivos pretendidos foram atingidos,
considerando os relatos dos autores referenciados nos capítulos ao longo deste
trabalho, tanto que propiciou um resultado conciso de uma revisão de literatura e
que responde diretamente ao problema proposto, em centros urbanos e industrias, a
28

piezoeletricidade é útil de várias formas e métodos, e está cada vez mais inserida no
cotidiano da população com seus equipamentos.
É sugerido como complemento a esta revisão de literatura, uma pesquisa
profunda sobre energias complementares, que auxiliam o método convencional de
distribuição de eletricidade, e como as mesmas atuam em diversas regiões do país e
do mundo.
29

REFERÊNCIAS

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forma de geração de energia elétrica. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do
Conhecimento. Ano 1. Vol. 9. pp 314-320. , out. /nov. 2016.

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13, n. 5, p. 437-442, 1980.

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<http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000431811&fd=y>.
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através de materiais piezoelétricos. Rio de Janeiro: CEFET, 2016.
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