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Iniciação à Magia - Im
Desenvolvido e Ministrado por Alexandre Cumino e Rodrigo Queiroz
ICA - Instituto Cultural Aruanda I Bauru-SP
Cena de entrevista:
Alexandre: E aí temos aqui Iniciação a Umbanda de Pai Ronaldo Linares onde ele
apresenta pontos riscados de Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum,
Iansã e Nanã Buruquê, aqui Pai Ronaldo Linares aqui é outra linguagem.
E a gente tem o incrível, pra mim, o maior estudo já feito na umbanda sobre pontos riscados
que é Pontos Riscados do Terreiro do Pai Maneco presenteado à mim pela querida Mãe
Lucília, Terreiro Pai Maneco fundado pelo Pai Fernando Guimarães e aqui neste livro de
Pontos Riscados do Terreiro do Pai Maneco tem quase setenta páginas de anotações sobre
o que é o ponto riscado, como fazer o ponto riscado, como usar o ponto riscado e um
estudo sobre os pontos riscados das entidades que incorporam lá no Terreiro do Pai
Maneco que é uma coisa interessantíssima.
São muitos pontos riscados e aí mostra algumas nuances muito curiosas, por exemplo, tem
alguns pontos do Exu Caveirinha que trabalha com a Lucília, um ponto de trabalho, de
limpeza, de introspecção, ponto de chamada vários pontos utilizados pelo mesmo Exu
Caveirinha do Terreiro do Pai Maneco.
A gente tem Iniciação à Escrita a Mágica do Rubens da editora Madras que mostra a base,
que é a base da Magia Divina das Setes Chamas a Magia do Fogo e a base da Magia de
Pemba na umbanda sob o olhar do Rubens. A Magia de Pemba eu ministro no sacerdócio
implica a iniciação, então a magia de pemba ela é feita com a mesma base de escrita
mágica da magia do fogo, mais ela tem um olhar mais amplo e tem menos limitações.
O que eu quero dizer é eu não preciso de uma iniciação específica para riscar um ponto de
Iansã, de Oxum, de Iemanjá de Ogum ou um ponto riscado de Exu, eu não preciso de uma
iniciação específica, eu preciso saber pra quem eu rezo, o que eu estou pedindo.
Eu preciso de uma iniciação para riscar um ponto de Iemanjá? Não.
De Oxum? Não
De Oxóssi? Não.
Do meu Caboclo? Não.
Do meu Exu? Não.
Mais eu preciso saber a quem estou chamando, que força é essa, eu conheço essa força?
Então você está autorizado, sinta-se autorizado. Por que o que eu preciso é amor é
envolvimento é compreensão, é compromisso é isso o que você precisa.
Ponto riscado é algo que faz parte da umbanda sempre fez os pontos riscados da Tenda
Nossa Senhora da Piedade não são um segredo, então o que começou a se criar um ar de
segredo? Na obra do Da Matta se fala muito sobre esse segredo “você não pode saber, não
pode pôr a mão, não pode nada” ser iniciado na magia de pemba é você ter um
conhecimento muito específico sobre aquela magia então, requer iniciação por que tem um
aprofundamento muito grande de lidar com o outro.
Agora eu chamar forças que eu conheço não precisa de uma iniciação específica isso faz
parte da umbanda, essa é uma parte da história do ponto riscado na literatura de umbanda.
Temos os pontos riscados dos orixás , podemos riscar? Podemos.
Temos por exemplo os Veves, os pontos riscados dos orixás no Vodum, Papa Legba posso
riscar? Pode, se você conhece essa força e entende, pode.
Estou pedindo o bem sempre então não há nada de ruim, negativo ou mal nisso agora
entendimento de um ponto aberto, ponto fechado de uma magia coberta, uma magia
descoberta aí a gente vai falando aqui o que for possível.
Mais há muita coisa no que diz respeito de ponto riscado com magia de pemba que o
aprofundamento mesmo, mais forte ele se dá de forma presencial no sacerdócio com
iniciação no mistério magia de pemba.
Mais para entender ponto riscado na umbanda é isso, é uma coisa simples e que faz parte
de um universo muito grande.
Um universo que trás, por exemplo, dos sigilos mágicos da cultura dos Vikings, na cultura
dos Celtas existe a magia riscada ou a grafia mágica Hindú com as Mandalas e os Yantras.
Então, é um universo muito rico e a gente está aqui para entender um pouquinho dele, é
isso, axé.”
Cena de entrevista:
Rodrigo: “Por que eu colho alecrim ou eu compro ele fresco mais aí eu rezo ele, imanto ele
com verbo, eu espero ele secar naturalmente por que eu preservo as qualidades
energéticas dele.
É tudo muito delicado, é tudo muito sutil na erva e aí com tudo isso feito de uma forma
cuidadosa aí, vou passar por um processo de transformar aquilo em pó um moedor e
quando eu estou fazendo esse procedimento, eu estou pensando para o que eu vou usar
então, eu estou magnetizando, eu estou verbalizando se vou usar tudo aquilo para uma
única situação específica eu estou ali rezando, imantando, configurando aquele magnetismo
específico.
Porque quando você compra ele em pó pronto você não sabe o procedimento, de onde saiu
e que ervas estão ali de fato nem sabe a qualidade que está ali e isso deve ser observado.
Então você tem a pemba ralada sempre, você vai ter a junção da erva em pó e outros
elementos, essência, aí você vai precisar esperar secar, você vai pôr pedra, semente tudo
em pó.
E aí então dentro daquilo que a gente vê na umbanda e esse meu momento aqui com você
é para trazer curiosidade, apenas fazer uma lente de aumento naquilo que foi dito, sobre a
pemba em pó a gente tem o pó, o afoshé o pó de encantamento, é algo a ser estudado,
aprofundado e entendido.
Então na parte em que eu vou passar a prática sobre isso, eu vou dar alguma sobre isso,
vou dar uma outra receita, mais cabe a você ir atrás do aprofundamento.
Não é o objeto específico aqui do nosso estudo mais o pó de encantamento é muito
interessante, você vai usar para muitas circunstâncias, ele é um facilitador.
Então você vai usar o pó, um exemplo, vai fechar um negócio e você quer que seja tudo
muito harmônico você tem lá seu pó da prosperidade, da harmonia, seu pó abre caminho
específico você passa na mão, não vai se lambuzar daquilo e aí você toca na pessoa com
quem você está fazendo negócio, um exemplo aqui, específico ali você toca e tem uma
transmissão de axé, de magia conexão que se estabelece dentro do negócio que você
executou.
Aquele pó vai com ele, aquele axé vai com ele cria uma atmosfera entre vocês naquilo que
está se desenvolvendo, tem tudo isso.
Você usa ele como um processo discreto, às vezes você tem um pó de cura imantado na
força de Obaluaiê e tem elementos ali diversos e você vai visitar uma pessoa acamada,
uma pessoa num leito de hospital e você não pode fazer procedimento.
“Ah, mais a lei permite que você entre” você como sacerdote pode entrar num hospital
visitar fora, dentro do horário de visita, agora você não pode levar elementos, não pode
acender uma vela, riscar um ponto, não pode fazer nada disso.
Nem ritualizar dependendo do que você quer fazer, defumar… Mais com o pó você pode.
O pó está no seu bolso, você vai assoprar embaixo da cama, você vai passar no enfermo
num lugar específico, a gente não está falando de UTI, um ambiente estéril, ok?!
Então você vai ter esse recurso, o afoshé é um recurso a mais poderoso antiguissimo e que
a gente tem a oportunidade de resgatar aqui.”