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CARACTERÍSTICAS GERAIS

DOS MOTORES
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Técnico Subsequente em Eletrotécnica

Prof.ª Msc. Luane Schiochet Pinto


Conteúdo Segunda Prova
• Fator de Potência
• Conceitos básicos
• Características dos capacitores
• Aplicações dos capacitores
• Correção do fator de potência
• Curto circuito nas instalações elétricas
• Características gerais dos motores
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Relembrando...
A determinação das correntes de curto-circuito
nas instalações elétricas de sistemas industriais é
fundamental para a elaboração do projeto de
proteção e coordenação dos seus diversos
elementos.

As correntes de curto-circuito adquirem valores


de grande intensidade, porém com duração de
frações de segundos. Os valores de pico podem
chegar de 10 a 100 vezes a corrente nominal no
ponto de defeito da instalação e dependem da 3
localização deste.
Relembrando...
Análise das Correntes de Curto-Circuito
Análise das formas de onda que caracterizam as
correntes de curto-circuito
a. Corrente simétrica de curto-circuito:

Figura 1 – Corrente simétrica de curto-circuito.

b. Corrente assimétrica de curto-circuito:

Figura 2 – Corrente assimétrica de curto-circuito.


Relembrando...
Análise das Correntes de Curto-Circuito

Localização das fontes das correntes de curto-


circuito

Serão analisados dois casos importantes nos


processos de curto-circuito:
1. Curto circuito nos terminais dos geradores.
2. Curto circuito distante dos terminais do gerador.

Obs. As plantas industriais geralmente estão localizadas


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muito distantes dos perques geradores, em sua grande
maioria hidráulicos.
Relembrando...
Análise das Correntes de Curto-Circuito
Localização das fontes das correntes de curto-
circuito.
1. Curto circuito nos 2. Curto circuito distante
terminais dos geradores. dos terminais do gerador.

Figura 3 – Corrente de curto circuito no terminal e distante do gerador.


Relembrando...
Sistema de Base e Valores por Unidade
Valor por Unidade
Apresenta as seguintes vantagens:
• Simplificação no cálculo de circuitos com vários
transformadores;
• Fornecem resultados numéricos de melhor
qualidade, uma vez que os parâmetros da rede
ficam na mesma ordem de grandeza;
• Os valores de impedância, tensão e corrente do
transformador em p.u. são os mesmos, não
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importando se estão referidos ao lado primário
(alta) ou secundário (baixa).
Relembrando...
Tipos de Curto-Circuito

Curto-Circuito Trifásico: se caracteriza quando as


tensões nas três fases se anulam no ponto de
defeito.
Curto-Circuito Bifásico: o defeito pode ocorrer em
duas situações distintas, bifásico e bifásico com
terra.
Curto-Circuito Fase-Terra: o defeito monopolar
pode ocorrer em duas situações distintas, fase-terra
e com contato simultâneo.
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Relembrando...
Determinação das Correntes de Curto-Circuito

Devem ser determinadas em todos os pontos onde


se requer a instalação de equipamentos ou
dispositivos de proteção. Numa instalação industrial
convencional, alguns pontos de importância são:
• Ponto de entrega, cujo valor normalmente é
fornecido pela companhia supridora;
• Barramento do Quadro Geral de Força;
• Barramento dos Centros de Controle de Motores;
• Terminais dos motores;
• Barramento dos Quadros de Distribuição de Luz; 9
Motores Elétricos

São máquinas destinadas à


conversão de energia elétrica
em mecânica, divididos em dois
granes grupos com base na
tensão como base:
• Motor CC (Corrente Contínua).
• Motor CA (Corrente Contínua).

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Figura 4 – Motores elétricos.
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Figura 5 – Classificação dos motores elétricos.


Motores Elétricos
Apresentam diversas vantagens comparados a outros
tipos de motores, tais como custo reduzido, bom
rendimento e grande versatilidade de adaptação a cargas
dos mais diversos tipos, sendo construídos nos mais
variados modelos para diferentes aplicações, por exemplo:
• Linhas de produção industriais: esteiras, prensas,
compressores, bobinadoras, etc.;
• Sistemas de arrefecimento: ventiladores, evaporadores
e exaustores;
• Aparelhos eletrodomésticos: geladeiras, liquidificador,
etc.;
• Além de carros elétricos e equipamentos médicos, 12
odontológicos e hospitalares.
Motores Elétricos

São constituídos por:


• Estator - parte fixa
(estática).
• Rotor - parte móvel
(girante).

Figura 6 – Esquema de um
motor elétrico e representações. 13
Motores Elétricos

As correntes rotóricas são geradas


eletromagneticamente pelo estator, único elemento
do motor ligado à linha de alimentação. Já o rotor
pode ser constituído de duas maneias:
• Rotor bobinado: constituído de bobinas, cujos
terminais são ligados a anéis coletores fixados ao
eixo do motor e isolados deste.
• Rotor em gaiola: constituído de um conjunto de
barras não isoladas e interligadas através de
anéis condutores curto-circuitados.
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Motores Elétricos

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Figura 7 – Rotor tipo gaiola e bobinado.


Motores Elétricos
Motores CC (corrente contínua) propiciaram uma fácil
variação de velocidade, porém são de alto custo e
apresentam problema de faíscamentos.
Utilizados quando se faz necessário manter o controle
fino da velocidade.

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Figura 8 – Exemplo de um motor cc.


Motores Elétricos

Motores CA (corrente alternada) são os mais


utilizados devido ao fato da distribuição de energia
elétrica ser feita em tensão alternada e esta propiciar
um efeito de campo girante.

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Figura 9 – Exemplo de um motor ca.


Motores Elétricos

Os motores CA apresentam diversas características


construtivas, podendo ser monofásicos (1ᶲ) ou
trifásicos (3ᶲ), e dividem-se basicamente em dois
tipos:
• Motor síncrono: apresentam velocidade
constante e independente da carga aplicada ao
seu eixo.
• Motor assíncrono ou de indução: apresentam
velocidade ligeiramente variável com a carga
mecânica aplicada ao seu eixo, efeito conhecido
como escorregamento. 18
Motores Elétricos

Os motores de indução
trifásicos com rotor em
gaiola são utilizados na
maioria das instalações
industriais, principalmente em
máquinas não suscetíveis a
variações de velocidade.
Figura 10 – Exemplo de um motor ca
com rotor em gaiola..
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Motores Elétricos
As principais características dos motores de
indução trifásicos com rotor em gaiola são:

• Potência nominal; • Ventilação;


• Tensão nominal; • Graus de proteção;
• Corrente nominal; • Regime de funcionamento;
• Frequência nominal; • Conjugado mecânico;
• Fator de potência; • Categoria;
• Fator de serviço; • Tipos de ligação;
• Perdas ôhmicas; • Formas construtivas;
• Expectativa de vida útil; • Placa de identificação.
• Classe de isolamento; 20
• Elevação de temperatura;
Motores Elétricos
• Potência Nominal

É a potência que o motor pode fornecer ao eixo,


em regime contínuo, sem prejudicar o isolamento.

Representa a rapidez com que a energia é aplicada


para mover a carga.

É a relação entre a energia gasta para realizar um


determinado trabalho e o tempo em que o mesmo
foi executado.
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Motores Elétricos
• Potência Nominal
Tem-se como exemplo os elevadores de carga.
Nesse caso, a potência pode ser determinada por:
Carga a ser
levantada (kg)
Potência
requerida 𝐶×𝑉 Velocidade
pelo motor 𝑃𝑒 = (m/s)
102 × 𝜂
Rendimento
 0,70
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Se:
0,50  V  1,50 m/s → para elevadores de pessoas
0,40  V  0,60 m/s → para elevadores de cargas
Motores Elétricos
• Potência Nominal
Exemplo: determinar a potência nominal de um motor de
um elevador de carga destinado a levantar uma carga
máxima de 400kg.
𝐶×𝑉 400 × 0,6
𝑃𝑒 = 𝑃𝑒 = 𝑃𝑒 = 3,36𝑘𝑊
102 × 𝜂 102 × 0,7

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Motores Elétricos
• Tensão Nominal
As tensões de maior utilização nas instalações elétricas
indústrias são de 220, 380 e 440V.

• Corrente Nominal
É aquela solicitada da rede de alimentação pelo motor
trabalhando à potência nominal, com a frequência e
tensões nominais.

• Frequência Nominal
É aquela fornecida pelo circuito de alimentação e para a 24
qual o motor foi dimensionado. Sendo que essa pode
variar em no máximo em ± 5%.
Motores Elétricos
• Fator de Potência
Conforme apresentado na aula sobre fator de potência.

• Fator de Serviço
Trata-se de um valor que pode ser multiplicado pela
potência nominal do motor com o intuito de obter a carga
permissível que o mesmo pode acionar, ou seja,
representa uma potência adicional contínua.

• Perdas Ôhmicas
Perdas internas em forma de calor gerado pelo
aquecimento das bobinas dos enrolamentos, e outras, 25
fazendo com que a potência mecânica de saída do eixo
seja sempre menor do que a potência de alimentação.
Motores Elétricos
• Expectativa de Vida Útil
A vida útil de um motor está fortemente ligada ao
aquecimento das bobinas dos enrolamentos fora dos
limites previstos na fabricação da máquina. Uma
elevação de temperatura de 10ºC na temperatura de
isolação de um motor reduz a sua vida útil pela metade.
A umidade, ambiente com vapores corrosivos, vibrações,
etc, também afetam a vida útil.

• Elevação de Temperatura
A temperatura de serviço não é uniforme em todas as
suas partes. A medição é feita por meio de detectores 26
térmicos inseridos nos enrolamentos, o que permite a
determinação da temperatura do ponto mais quente.
Motores Elétricos
• Classe de Isolamento
• Classe A – limite 105ºC: seda, algodão e similares
impregnados em líquidos isolantes.
• Classe E – limite 120ºC: fibras orgânicas sintéticas.
• Classe B – limite 130ºC: asbesto, mica, materiais a
base de poliéster.
• Classe F – limite 155ºC: fibra de vidro, amianto
associado a materiais sintéticos (silicones).
• Classe H – limite 180ºC: fibra de vidro, mica, asbesto
associado a silicones de altas estabilidade térmica.
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Motores Elétricos
• Ventilação
O processo pelo qual é realizada a troca de calor entre o
interior do motor e o meio ambiente define o sistema de
ventilação.
Motor aberto: o ar circula livremente no interior da
máquina retirando o calor das partes aquecidas

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Figura 11 – Motor aberto.


Motores Elétricos
• Ventilação
Motor totalmente fechado: aquele em que não há troca
entre o meio refrigerante interno ao motor e o exterior. A
troca de calor é desses motores é feita através da
transferência de calor por meio da carcaça.

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Figura 12 – Motor totalmente fechado com ventilação externa, com trocador de


calor ar-ar e com trocador ar-água.
Motores Elétricos
• Ventilação
Motor com ventilação forçada: refrigeração é feita por um
sistema adequado onde pequenos motores acionados
independentemente forçam a entra do meio refrigerante
no interior do motor.

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Figura 13 – Motor com ventilação forçada sem filtro e com filtro.


Motores Elétricos
• Ventilação
Motor à prova de intempéries: conhecido como motor de
uso naval, pode operar em ambientes com poeira, água
em todas as direções e elevada salinidade.

Motor à prova de explosão: dimensionado com uma


carcaça e estrutura robusta para operar em indústrias que
trabalham com materiais inflamáveis.

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Figura 14 – Motor á prova de intempéries e a prova de explosão.


Motores Elétricos
• Graus de Proteção
Refletem a proteção do motor quanto à entrada de
corpos estranhos e penetração de água.
Motores abertos: IP21 – IP22 – IP 23.
Motores fechados: IP44 – IP54 – IP 55.

• Regime de funcionamento
Indica o grau de regularidade na absorção de potência
elétrica da rede de alimentação devido às variações do
conjugado de carga. Em geral, são projetados para
trabalharem regularmente com carga constante, por
tempo indeterminado, desenvolvendo a sua potência 32
nominal, ou seja, regime continuo. Caso contrário, o
fabricante deve especificar o regime de funcionamento.
Motores Elétricos
• Conjugado Mecânico
Mede o esforço necessário que deve ter o motor para
girar o seu eixo, é também conhecido como toque. Pode
ser definido em diferentes fases do acionamento do
motor, sendo elas: conjugado nominal, de partida, base,
máximo e de aceleração.

• Categoria
Indica as limitações dos conjugados máximos e de
partida.

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Motores Elétricos
• Tipos de Ligação
Dependendo da maneira como são conectados os
terminais das bobinas dos enrolamentos estatóricos, o
motor pode ser ligado às redes de alimentação com
diferentes valores de tensão (220, 380 e 440V). As
ligações são classificadas em:
• Ligação em uma única tensão (estrela e triângulo);
• Ligação em dupla tensão (estrela, triângulo, estrela-
série, estrela-paralelo, triângulo-série e triangulo-
paralelo);
• Ligação em tripla tensão nominal (estrela-série,
estrela-paralelo, triângulo-série e triangulo-paralelo); 34
Motores Elétricos
• Formas Construtivas
As dimensões dos motores no Brasil seguem a NBR
5432. Esta norma toma como base as dimensões de
montagem de máquinas elétricas e atribuem letras
designando determinadas distâncias, sendo elas
apresentadas na figura abaixo.

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Figura 15 – Aspectos dimensionais dos motores.


Motores Elétricos

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Figura 16 – Algumas formas construtivas normalizadas.


Motores Elétricos
• Placa de Identificação.
Elemento que oferece de forma mais rápida as
informações principais necessárias para a operação do
motor.

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Figura 17 – Placa de identificação de um motor.


Próximas Aulas..

• 19/01 – Liberação do questionário sobre


aulas 10 e 11.
• 26/01 – Revisão e aula de dúvidas.
• 08/02 – Segunda prova.
• 09/02 – Recuperação semestral.

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