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02
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO
1.1
PALAVRAS INICIAIS DE
APRESENTAÇÃO
1.2
1.3
CURRÍCULO REFERÊNCIA: O
QUE É, PARA QUE SERVE.
1.4 ABORDAGENS
METODOLOGIAS
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1. INTRODUÇÃO
04
Pense também em como esses estudantes se sentem entediados e/
ou desmotivados a estudar história, a buscar compreender os
processos históricos, a conhecer os eventos e os acontecimentos, a
investigar fatos, a discutir conceitos, a construir um pensamento
crítico e sua própria visão da História? Não é nada disso que nós,
enquanto educadores, buscamos, não é?
Sujeitos Históricos podem ser
compreendidos como todos aqueles
sujeitos que participam direto ou
indiretamente do processo histórico.
São agentes da ação social, que tornam a
História significativa e válida. O homem
deve ser entendido como sujeito
individual ou coletivo. A História não é
feita apenas por heróis, generais ou reis
e rainhas. Ela construída por todos nós,
alunos, professores, por nossas famílias,
grupos sociais, médicos, arquitetos,
pedreiros e tantos outros que
cotidianamente se movimentam e
moldam o mundo em que vivemos.
Então o que devemos fazer? Sabemos que construir um saber
histórico voltado para a realidade, para a vida contemporânea e as
nuances que a configuram de fato, não é uma tarefa simples. No
entanto, não podemos compreender e discutir o presente sem
conhecer, compreender e discutir o passado.
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Essa forma clássica de pensar a história permite
estabelecer relações de causa e efeito entre
acontecimentos de períodos sucessivos e, para o aluno,
apresenta a vantagem de dar sentido ao mundo em que
vive. A ideia de dar um sentido ao presente, tendo como
referência o passado, é o cerne da utilidade social da
história. É também uma postura que torna impossível
qualquer pretensão a um discurso historiográfico
definitivo, à medida que as questões colocadas para o
passado não cessam de evoluir. (SCHMIDT, CAINELLI.
2004, p.76)
Então para mudar esse cenário ainda tão comum, convido você a se
indignar comigo e trilhar por esse caminho de novas possibilidades
de ensinar, aprender e construir uma educação de qualidade, que
aproxime, que seja atrativa, crítica e que ofereça aos nossos
estudantes, a e nós professores, uma participação mais direta no
processo histórico por meio do ensino e consequentemente nos
viabilize novas formas de dar aula, cada vez mais significativas, que
demonstre aos estudantes como sua a ação pode transformar o
mundo.
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Para isso, vamos percorrer durante esse curso por alguns
caminhos que nos levarão a refletir, a questionar, a
aprender, a discutir metodologias, abordagens e processos
que nos auxiliarão nessa tarefa de ensinar História.
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Fórum: questões norteadoras
Exemplo - 1
O professor pode primeiramente tentar estabelecer uma
ligação que muitas vezes se encontra ausente entre o tempo
histórico e a consciência do aluno. Ou seja, levá-lo a
compreender-se como um ser social. Na medida em que esse
exercício é feito, o professor oferece um caminho o aluno
para a criticidade e historicidade, ou seja, se ver como um
sujeito histórico pensante e crítico, procurando despertar nele
a reflexão para a realidade como ela se estabelece.
Exemplo - 2
O professor também pode fazer o uso de simples exemplos.
Vejamos um exemplo: vamos supor que sou um professor de
uma “cidade A” e ela situa-se no interior de Minas Gerais .
Nessa localidade existe a necessidade de uma ponte para
ligá-la à cidade vizinha que chamaremos de “cidade B”. No
entanto, por mais que exista a demanda, a ponte não foi
construída. Na aula, será preciso investigar as circunstâncias
que determinam os usos que a ponte poderia ter para a
realidade da população da cidade “A”. Despertar a atenção da
turma para compreender por que essa ponte não foi
construída, buscando avaliar as possíveis justificativas das
demandas históricas existentes da cidade “A” e da cidade “B”
e as inúmeras dificuldades para a construção e manutenção
de uma ponte, pode suscitar nos estudantes o
desenvolvimento de habilidades de pesquisa, investigação,
exercitando a curiosidade e colocando-os no centro do
processo histórico, pois eles estarão exercendo e praticando
ações cidadãs.
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Essa explanação de uma situação-problema e a apresentação
de duas resoluções, são exemplos de como você cursista,
poderá utilizar o CR a seu favor, no centro do processo de
ensino-aprendizagem.
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Antes de qualquer coisa, é importante conceituarmos História
de acordo com o Currículo Referência, que iremos analisar de
modo mais minucioso um pouco mais a frente.
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Competências específicas do
componente curricular História
01
Compreender acontecimentos históricos, relações
de poder e processos e mecanismos de
transformação e manutenção das estruturas
sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo
do tempo e em diferentes espaços para analisar,
posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.
02
Compreender a historicidade no tempo e no
espaço, relacionando acontecimentos e processos
de transformação e manutenção das estruturas
sociais, políticas, econômicas e culturais, bem
como problematizar os significados das lógicas de
organização cronológica.
03
Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos
e proposições em relação a documentos,
interpretações e contextos históricos específicos,
recorrendo a diferentes linguagens e mídias,
exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de
conflitos, a cooperação e o respeito.
04
Identificar interpretações que expressam visões de
diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a
um mesmo contexto histórico, e posicionar-se
criticamente com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
11
Competências específicas do
componente curricular História
05
populações e mercadorias no tempo e no espaço e
seus significados históricos, levando em conta o
respeito e a solidariedade com as diferentes
populações.
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Mediante essa explanação sobre o conceito de História e seus
significados para a o ensino atual, vamos refletir também sobre os
objetos e fontes de estudo/pesquisa da história, na intenção de
ampliar nosso olhar sobre as diversas possibilidades de ensino.
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Levando em consideração os novos temas que podemos
trabalhar em sala de aula, também devemos nos atentar às
fontes de estudo e pesquisa que podemos utilizar para tornar a
aula cada vez mais interativa, intuitiva e dialógica.
“Já foi sugerido que quando historiadores começaram a
fazer novos tipos de perguntas sobre o passado, para
escolher novos objetos de pesquisa, tiveram de buscar
novos tipos de fontes, para suplementar os documentos
oficiais”. (BURKE, 1992, p. 25)
[LEITURA COMPLEMENTAR]:
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1.3. CURRÍCULO REFERÊNCIA: O
QUE É, PARA QUE SERVE.
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O CR é um documento que o ajudará a desenvolver
melhores metodologias de ensino em sala de aula. Ele
objetiva potencializar a relação de ensino-aprendizagem
entre você, a escola, com os demais professores e os/as
estudantes de um modo geral.
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Assim, ela é obrigação do Estado (ao nível universal) e da família
(ao nível nuclear) em que o processo de formação é constante: seja
pela convivência, seja pela relação com a cultura na sua expressão
e/ou contemplação, seja pelos movimentos sociais.
](2015, p. 9).
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Agora que já explicamos sobre qual base é fundado, resta-
nos explicar as demandas que o currículo mineiro pretende
contemplar. Então, vamos lá?
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O CR nos alerta para questões atuais na prática como professores.
Veja sua utilidade para situações como, por exemplo, o bullying. Esse
problema está dentro da alçada de questões voltadas para a saúde
mental, tanto individual da criança ou do jovem que sofre, como
coletiva, em relação a forma sobre como lidar com esse problema. O
CR entende que apreciar a saúde mental e emocional do aluno é um
passo importante para a construção de conhecimento. O exercício de
conscientização de que a pessoa que é diferente não merece e nem
pode ser “ridicularizada” ou tornar-se objetivo de pecha.
www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm
Agora que você já conheceu um pouco sobre o CR, vamos dar uma segunda
parada e refletir um pouco sobre algumas questões.
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Fórum: desafio do
enriquecimento
Exemplo - 1
Caro cursista, essa pode ser uma situação bastante complexa para lidar,
não é verdade? Mas não podemos tirar do horizonte que elas podem e,
com toda certeza, deverão acontecer. No entanto, é nesse momento
que você deve exercer sua moderação no sentido de levar cada um
deles a construir consciência ontológica a partir da superação desse
problema com diálogo. Fazer isso é um trabalho deveras complexo, mas
você pode, por exemplo, levá-los a um breve recuo no tempo. Assim,
atenderemos a proposta do CR, segundo a qual o objetivo é transformar
a História em “ferramenta a serviço de um discernimento maior sobre as
experiências humanas e as sociedades em que se vive”. O bullying
também faz um movimento no tempo. Explicar as implicações sobre as
quais o fenômeno foi fundamentado é a primeira situação que você
pode fazer.
Exemplo - 2
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Logo após esse exercício, cursista, você explica que os
tempos são diferentes: agora, nosso presente valoriza a
diversidade humana em todos seus aspectos. Uma pessoa
não pode ser ridicularizada por condições que são inerentes a
processos biológicos e muito menos à escolhas que a
definem enquanto um ser. É nesse ponto que você converge
o sentimento, a experiência a serviço da construção do
conhecimento e também ajuda aquele aluno que expôs um
ponto de vista contrário e até depreciativo em relação à
existência do bullying, a enxergar as coisas por outro viés, a
construir dialeticamente um conhecimento sobre o tema
Exemplo - 1
A exposição oral em duplas ou trios, pode ser uma ideia a ser
trabalhada, pois, ao mesmo tempo em que fortalece um
grupo de pessoas, no caso os estudantes, pode fazer com
que eles compreendam conceitos como igualdade, equidade,
formas de diálogo, respeito à opinião e tomada de liderança,
bem como também trabalhar a interação a partir das opiniões
que surgem durante debates e situações.
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Exemplo - 2
A produção de uma resenha, por exemplo, sobre o assunto
predeterminado anteriormente, pode ajudar os estudantes a
ampliar suas perspectivas críticas, tomando como base a
leitura e a escrita como processo já conhecido. Seria uma
forma a mais de expor visões dentro da discussão
apresentada sobre o tema, ou mesmo da tomada de decisão
crítica-pessoal do próprio discente enquanto sujeito ativo e
autônomo.
www.basenacionalcomum.mec.gov.br
https://www.youtube.com/watch?v=ELQ2azcQC9Q
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Ainda pode visualizar o quadro com as competências gerais da
BNCC no site:
www.basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#introducao
De acordo com o quadro que você leu acima, pode se atentar as
competências gerais que a BNCC busca promover em seu processo
de ensino-aprendizagem.
Se tudo isso que foi apresentado lhe assusta e causa “pânico”, não
se preocupe, porque o processo pedagógico não acontece do dia
para a noite, tudo leva tempo e adaptação, e aos poucos os ajustes
se tornaram mais fáceis, fazendo com que as suas aulas sejam
mais livres, criativas, interativas e proveitosas.
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A implementação desses três aspectos, consolidará um
processo de ação-reflexão-ação, na medida em que se
concretizam as práticas pedagógicas de cada um, ao
assumir a posição coletiva e suas obrigações para com as
suas práticas, dentro da escola e na sala de aula.
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Fórum: questões norteadoras
Exemplo - 1
Posso utilizar o CR como uma possibilidade para rever meus preceitos
teóricos na sala de aula. De que modo abordar os conteúdos a serem
apresentados, discutidos e explanados durante o processo de ensino.
Vamos supor a seguinte situação: em uma aula sobre o transporte público
da cidade, alguns alunos que moram próximos a escola não precisam
utilizar o ônibus escolar, enquanto outros alunos para chegar até à escola
necessitam do transporte escolar. Uma das abordagens que podem ser
apresentadas para discutir sobre o direito de acesso e permanência na
escola, se dá por meio da demanda de transporte escolar, ou seja, a
obrigatoriedade do ônibus escolar em buscar e deixar os estudantes na
escola todos os dias. No entanto, o professor poderá explanar também
que em algumas cidades os alunos utilizam o transporte coletivo para tal
fim. Essa exposição seria um “pontapé” para um debate acerca dos
direitos e garantias aos estudantes enquanto cidadãos.
Exemplo - 2
Posso utilizar o currículo como uma forma de entender os variados
contextos, situações ou singularidades sociais, culturais e econômicas
que surgem no contexto da sala de aula, mostrando-me outras
possibilidades para lidar com as situações. Uma dessas formas seria, por
exemplo, acompanhar quais situações sociais-econômicas se enquadram
os discentes de uma turma, quais tipos de transporte utilizam para se
deslocar até a escola, de quais regiões da cidade/estado ocorrem esses
deslocamentos, quais demandas surgem a partir disso, quais as
necessidades que precisam ser compreendidas, entre outros fatores que
dizem respeito ao acesso de estudantes às aulas.
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Para responder ao fórum
vá ao Ambiente Virtual.
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REFERÊNCIAS
2021.
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