APOSTILA TRANSVERSALIDADE NA
EDUCAÇÃO
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SUMÁRIO
Vivemos hoje, nós que nos dedicamos à educação, qual Édipos diante da
Esfinge. Ou deciframos o enigma que o monstro nos coloca ou somos devorados
por ele. No processo educativo, ser devorado pela Esfinge é passar a fazer parte
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aparelhos, uma personalidade definida. Mas como se ensina uma postura, como
se forma a personalidade?
e abre aquela referente à matéria a ser estudada na próxima aula, e assim por
diante... E como cada uma das "gavetinhas" é estanque, sem nenhuma relação
com as demais, os alunos não conseguem perceber que todos os conhecimentos
vivenciados na escola são perspectivas diferentes de uma mesma e única
realidade, parecendo cada um deles autônomo e auto-suficiente, quando na
verdade 5ó pode ser compreendido em sua totalidade como parte de um
conjunto, peça ímpar de um imenso puzzle que pacientemente montamos ao
longo dos séculos e dos milênios.
interdisciplinaridade complementar;
interdisciplinaridade composta;
interdisciplinaridade de engrenagem;
interdisciplinaridade estrutural;
interdisciplinaridade heterogênea;
interdisciplinaridade linear;
interdisciplinaridade restritiva;
interdisciplinaridade unificadora.
Temo que não; embora ela possa significar um grande avanço em relação
à disciplinarização pura e simples, não é, porém, um rompimento definitivo com
as disciplinas. A afirmação da interdisciplinaridade é a afirmação, em última
instância, da disciplinarização: só poderemos desenvolver um trabalho
interdisciplinar se fizermos uso das várias disciplinas. E, se a fragmentação e
compartimentalização dos saberes já não dão conta de responder a vários
problemas concretos com que nos defrontamos em nosso cotidiano, precisamos
buscar um saber, não-disciplinar, que a interdisciplinaridade não seria capaz de
nos fornecer. Para pensar problemas híbridos, necessitamos de saberes
híbridos, para além dos saberes disciplinares.
Para pensar a nova dimensão que nos é imposta pelos problemas híbridos,
como os ecológicos e os educacionais, precisamos de outra metáfora, pois a
árvore já não dá conta.
Não podemos, porém, perder de nosso horizonte que a utopia que nos guia
é algo bem maior: a construção de uma concepção de saber que vislumbre a
multiplicidade sem a fragmentação; um currículo e uma escola na qual as
crianças possam aprender sobre o mundo em que vivem, um mundo múltiplo e
cheio de surpresas, e possam dominar as diferentes ferramentas que permitam
seu acesso aos saberes possibilitados por esse mundo, e possam aprender a
relacionar-se com os outros e com o mundo em liberdade.
Não temos receitas para tratar dos temas transversais (TTs), eles
simplesmente acontecem e são relacionados diretamente com valores. A escola
deve trabalhar com valores pré-determinados os valores trazemos da família. Na
escola serão ampliados.
Por isso mesmo pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente,
à escola, o dever de não só respeitar os saberes com que os educando,
sobretudo os das classes populares, chegam a ela, saberes socialmente
construídos na prática comunitária, mas também, como saberes em relação com
o ensino dos conteúdos. Os conteúdos tradicionais continuam sendo os
referenciais do sistema educacional. O objetivo da escola continua sendo
trabalhar os conteúdos tradicionais (Matemática, História, Química, Física,
Biologia, Línguas, etc.) e transversalmente, perpassando estes conteúdos, os
temas mais vinculados ao cotidiano, que são: ética, meio ambiente, orientação
sexual, pluralidade cultural, trabalho e consumo e saúde.
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é considerada ética, pois nesse caso o indivíduo que exerce a cobrança se sente
superior.
Lei de Gérson
- Valores: segundo Piaget, são trocas afetivas que o sujeito realiza com o meio
exterior. O sujeito projeta sentimento positivo sobre algo. O valor nem sempre é
positivo, tem valor sobre algo que gosto e contra-valor sobre algo que não gosto.
O valor está, aqui, relacionado ao juízo que faço das coisas.
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meados dos anos 80, a demanda por trabalhos na área da sexualidade nas
escolas aumentou em virtude da preocupação dos educadores com o grande
crescimento da incidência de gravidez indesejada entre as adolescentes e com
o risco da infecção pelo HIV (vírus da Aids1 ) entre os jovens.
Todas essas questões são expressas pelos alunos na escola. Cabe a ela
desenvolver ação crítica, reflexiva e educativa. Queira ou não, a escola intervém
de várias formas, embora nem sempre tenha consciência disso e nem sempre
acolha as questões dos adolescentes e jovens. Seja no cotidiano da sala de aula,
quando proíbe certas manifestações e permite outras, seja quando opta por
informar os pais sobre manifestações de seu filho, a escola está sempre
transmitindo certos valores, mais ou menos rígidos, a depender dos profissionais
envolvidos no momento. Praticamente todas as escolas trabalham o aparelho
reprodutivo em Ciências Naturais.
Educação Ambiental
Planejamento pedagógico
Veja, na lista a seguir, os itens que costumam ser debatidos ao longo desses
encontros:
Planejamento curricular
Planejamento do ensino
relatórios gerenciais;
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6. Dê feedbacks
1. TEMA DA AULA:
Ética e Cidadania
2. JUSTIFICATIVA :
Essa aula contribuirá para que os alunos saibam diferenciar ética e cidadania,
sabendo dos seus deveres e direitos, para se tornarem cidadãos éticos perante
a sociedade.
3. HABILIDADES DESENVOLVIDAS :
Será ensinado aos alunos, o significado de cidadão, ética e cidadania. Também
qual a sua importância e seus direitos.
4. OBJETIVOS:
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5. METODOLOGIA:
a) Descrição da atividade
Primeiramente será realizada uma leitura sobre ética e cidadania, onde a
professora irá explicar seus significados e expor seus direitos como cidadão.
Após os alunos criarão uma história incluindo ética e cidadania. Responderão
algumas perguntas e irão confeccionar cartazes mostrando a importância da
ética para viver em sociedade, que será exposto no pátio da escola.
6. AVALIAÇÃO:
Os alunos serão avaliados através das produções individuais (criação da
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Referências bibliográficas