PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ

ESTADO DE SÃO PAULO

concurso público

009. Prova Objetiva

psicólogo

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Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

Confidencial até o momento da aplicação.

Confidencial até o momento da aplicação.
 Conhecimentos Gerais
Língua Portuguesa
Leia o texto, para responder às questões de números 01 a 08.
Ele estava em crise. Era uma encruzilhada profunda
em uma alma sensível. Havia estudado em Harvard. Seu
irmão tinha morrido, ele estava insatisfeito com a vida social e
urbana. A escravidão nos EUA atormentava sua consciência.
Henry David Thoreau decidiu sair de circulação. Internou-se
em uma cabana às margens do lago Walden (Massachusetts).
Era o verão de 1845. Thoureau era um jovem de 27 anos.
Foi um experimento: morar por dois anos em uma cabana
com isolamento e autossuficiência. Era um lugar ideal para
que pudesse imergir na natureza e cultivar seus ideais.
“Fui morar na floresta porque desejava viver deliberada-
mente, enfrentar os fatos essenciais da vida, e ver se conse-
guia aprender o que ela tinha a ensinar, em vez de descobrir
só na hora da morte que não tinha vivido”. Talvez esse seja
o trecho mais citado em sua obra Walden: viver fora da
algaravia urbana para ouvir a própria voz e a da natureza.
É provável que seja um exemplo claro dos benefícios da
solitude o que o autor desenvolve. Apesar de ter tido visitas
e companhia, ele imergiu em uma saudável experiência do
isolamento produtivo e feliz (a dita solitude).
E o vento furioso das tormentas lá fora? “Nunca houve
tempestade que não fosse música eólica aos ouvidos saudá-
veis e inocentes. Nada tem o direito de compelir um homem
simples e corajoso a uma tristeza vulgar”.
Sentia-se isolado de outros? “Que tipo de espaço é esse
que separa o homem de seus semelhantes e o torna solitário?
Descobri que nenhum exercício das pernas pode aproximar
duas mentes além de certo ponto”. Isolado, ele lança seu vere-
dicto duro: “A sociedade é geralmente banal demais”.
Inspirador de ecologistas, de hippies, de anarquistas e
de pessoas avessas ao burburinho urbano, Thoureau continua
fértil. Penso muito nele sempre que toca o aviso do WhatsApp...
Alguém teria uma cabana para me emprestar? Sem sinal de
celular? Com esperança de vida?
(Leandro Karnal, Walden. Diário da Região, 20-04-2022. Adaptado.)
Confidencial até o momento da aplicação.
01. É correto afirmar que o texto trata da experiência da
solidão como
(A) um mergulho na natureza para sair dele compreen-
dendo as vantagens da vida agitada.
(B) uma prova de que o homem é incapaz de apreciar as
tormentas da natureza.
(C) o momento do encontro do ser com a sociedade da
qual tentou afastar-se.
(D) uma experiência que pode levar o sujeito à consciência
de valores que lhe são essenciais.
(E) um aprendizado infrutífero de como é a vida sem as
facilidades da urbanização.
02. É correto afirmar que, na passagem final do texto, o autor
expressa
(A) a intenção de afastar-se da realidade para dar lugar
à inspiração que lhe falta.
(B) o propósito de concentrar-se em atividades produtivas
que renovem sua fé na vida.
(C) o desejo de experimentar as benesses do isolamento
de que Thoureau fala.
(D) a decisão de usar o recurso do WhatsApp para sempre
se lembrar de Thoureau.
(E) a esperança de poder provar a banalidade da vida
em uma cabana, sem sinal de celular.
03. As palavras “eólica” (5o parágrafo) e “burburinho” (último
parágrafo) significam, correta e respectivamente:
(A) de instrumentos e ruído.
(B) de violinos e murmúrio.
(C) da tempestade e movimento.
(D) da natureza e convívio.
(E) do vento e tumulto.
04. Assinale a alternativa em que a nova redação dada ao
trecho destacado está de acordo com a norma-padrão
de regência.
(A) Ele estava insatisfeito com a vida social e urbana.
Ele se indispunha contra a vida social e urbana.
(B) Enfrentar os fatos essenciais da vida. Encarar aos
fatos essenciais da vida.
(C) Nada tem o direito de compelir um homem simples e
corajoso a uma tristeza vulgar. Nada tem o direito de
obrigar a um homem simples e corajoso a uma tristeza
vulgar.
(D) Era um lugar ideal para que pudesse imergir na natu-
reza e cultivar seus ideais. Era um lugar ideal para que
pudesse adentrar-se à natureza.
(E) Que tipo de espaço é esse que separa o homem de
seus semelhantes e o torna solitário? Que tipo de
espaço é esse que isola ao homem de seus seme-
lhantes?
3 PMJU2109/009-Psicólogo
05. No contexto do enunciado, o trecho destacado em –
Apesar de ter tido visitas e companhia, ele imergiu em
uma saudável experiência do isolamento produtivo e feliz
(a dita solitude). – expressa relação de sentido de
(A) causa e pode ser substituído por “Como tinha tido
visitas e companhia”.
(B) concessão e pode ser substituído por “Embora tenha
tido visitas e companhia”.
(C) condição e pode ser substituído por “Desde que teve
visitas e companhia”.
(D) conclusão e pode ser substituído por “Contanto que
tenha tido visitas e companhia”.
(E) tempo e pode ser substituído por “Quando teve visitas
e companhia”.
06. É correto afirmar que os trechos em destaque, colocados
após dois-pontos, no 2o, no 3o e no 6o parágrafos, intro-
duzem, correta e respectivamente:
(A) explicação, citação direta e citação direta.
(B) citação indireta, explicação e citação direta.
(C) explicação, explicação e citação direta.
(D) citação indireta, citação direta e explicação.
(E) citação direta, citação direta e explicação.
07. Assinale a alternativa que substitui o trecho destacado
na passagem – Alguém teria uma cabana para me
emprestar? – de acordo com a norma-padrão de regên-
cia e emprego do pronome relativo, independentemente
do sentido original.
(A) em cujo interior eu pudesse me esconder?
(B) onde eu pudesse ir?
(C) aonde eu pudesse me esconder?
(D) da qual eu pudesse tomar emprestada?
(E) a qual eu pudesse ficar?
08. As expressões destacadas nas passagens – morar por
dois anos em uma cabana com isolamento e autossufi-
ciência. / desejava viver deliberadamente – expressam
circunstâncias com sentido, respectivamente, de
(A) companhia e modo.
(B) modo e meio.
(C) companhia e meio.
(D) modo e modo.
(E) meio e meio.
PMJU2109/009-Psicólogo
Leia o texto, para responder às questões de números 09 a 14.
“Viver é envelhecer, nada mais.” Hoje, a frase simples
com que a intelectual francesa Simone de Beauvoir (1908-
1986) resumiu a vida e o envelhecimento poderia ter outra
expressão. Se viver é envelhecer, como diz ela, envelhecer,
atualmente, significa viver, e muito. Nos últimos vinte anos,
o ritmo de descobertas, terapias e caminhos abertos para
estender o tempo da vida humana foi incomparavelmente
mais acelerado do que em qualquer outra época da história.
O resultado é que, excetuando-se o período da pandemia
de Covid-19, no qual a expectativa de vida caiu em decor-
rência das mortes causadas pela doença, a previsão é de
que homens e mulheres vivam a cada ano um pouquinho
mais. Só no Brasil, de 1940 até 2020 a média de vida au-
mentou 31 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE).
Para uma espécie que no começo da existência apre-
sentava tempo médio de vida de 20 e poucos anos, é
um deslumbre testemunhar exemplos como os da rainha
Elizabeth II, do Reino Unido, e do presidente Joe Biden,
dos Estados Unidos. Elizabeth é a monarca que por mais
tempo ocupa o trono britânico nos mais de quatro séculos
da monarquia no Reino Unido – setenta anos no poder. Biden
fará 80 anos, no papel do mais velho presidente a ocupar a
Casa Branca. A contar o fôlego demonstrado pela ciência,
as próximas décadas trarão outras mostras fabulosas
do avançar do homem em direção a uma vida longeva e
saudável.
É sempre interessante, insista-se, seguir Simone de
Beauvoir, que abriu a discussão que poucos ousavam
pôr em cena. Inspirada na senilidade do marido, o filósofo
Jean-Paul Sartre (1905-1980), a pensadora trata o assunto
do ponto de vista cultural, jogando luz à desumanização e ao
tratamento oferecido comumente aos idosos nas sociedades
ocidentais, que perpassa o desprezo e a infantilização. Ela
propõe mudanças para desmistificar a ideia de que envelhe-
cer é o processo pelo qual a individualidade se dissipa como
nuvem após a tempestade, restando no lugar de um indivíduo
apenas uma máquina desgastada mantida em operação por
meio de acertos aqui e ali.
(Cilene Pereira e Simone Banes, Na direção do tempo.
Veja, 12-01-2022. Adaptado.)
09. Segundo as autoras do texto, as ideias de Simone de
Beauvoir acerca do envelhecimento
(A) levam à constatação de que a velhice é uma fase da
vida que muitos evitam comentar.
(B) servem de inspiração para o enfrentamento dessa
etapa com coragem e determinação.
(C) permitem abordar o assunto de uma perspectiva
mais humanizada e respeitosa.
(D) induzem a negar a individualidade pelo fato de o
sujeito depender de outros para viver.
(E) desfazem o equívoco de pensar a senilidade como
fase de ressentimento em relação ao passado.
4 Confidencial até o momento da aplicação.
10. Na composição dos argumentos do texto, as autoras
citam a longevidade de personalidades com importante
papel no poder mundial. Esse recurso
(A) dá demonstração cabal de que cargos de poder no
mundo de hoje estão sendo ocupados por pessoas
já decrépitas.
(B) leva o leitor a crer que é possível galgar posições de
grande poder mundial pelo fato de ser longevo.
(C) sugere que o papel das personalidades citadas é
passível de ser visto como decorativo, em razão da
idade.
(D) ilustra a tese segundo a qual envelhecer, hoje, é
viver muito e com plenitude de condições.
(E) consagra a ideia de que a velhice pode ser o
momento de provar que o respeito vem com a idade.
11. Assinale a alternativa em que o enunciado redigido a
partir do texto apresenta concordância de acordo com
a norma-padrão.
(A) A previsão para homens e mulheres é de que se
vivam a cada ano um pouquinho mais.
(B) Nas próximas décadas haverão outras mostras fabu-
losas de longevidade.
(C) Foram nos últimos vinte anos que o ritmo de desco-
bertas e terapias se aceleraram.
(D) No começo da existência da espécie humana previa-se
20 anos de vida apenas.
(E) Resumiram-se a vida e o envelhecimento em uma
simples frase.
12. Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado
na passagem – É sempre interessante, insista-se, seguir
Simone de Beauvoir, que abriu a discussão que poucos
ousavam pôr em cena. – de acordo com a norma-pa-
drão de conjugação verbal e emprego de pronome, inde-
pendentemente do sentido original.
(A) ... a uns poucos que se propuseram dar-lhe conti-
nuidade.
(B) ... para aqueles que se disporem dar continuidade
a ela.
(C) ... esperando que alguém se dispunha a levá-la
adiante.
(D) ... para quem se propor a levar ela adiante.
(E) ... esperando que alguém se propõe a dá-la conti-
nuidade.
Confidencial até o momento da aplicação.
13. Assinale a alternativa com o trecho que apresenta
somente palavras empregadas em sentido próprio.
(A) Ela propõe mudanças para desmistificar a ideia de
que envelhecer é o processo pelo qual a individua-
lidade se dissipa como nuvem após a tempestade...
(B) Elizabeth é a monarca que por mais tempo ocupa o
trono britânico nos mais de quatro séculos da monar-
quia no Reino Unido – setenta anos no poder.
(C) ... restando no lugar de um indivíduo apenas uma
máquina desgastada mantida em operação por meio
de acertos aqui e ali.
(D) A contar o fôlego demonstrado pela ciência, as próxi-
mas décadas trarão outras mostras fabulosas...
(E) Nos últimos vinte anos, o ritmo de descobertas, tera-
pias e caminhos abertos para estender o tempo da
vida humana foi incomparavelmente mais acelerado...
14. Na passagem – A contar o fôlego demonstrado pela
ciência, as próximas décadas trarão outras mostras
fabulosas do avançar do homem em direção a uma vida
longeva e saudável. –, o trecho destacado expressa, em
relação à sequência, o sentido de
(A) causa.
(B) condição.
(C) modo.
(D) comparação.
(E) consequência.
15. Assinale a alternativa que preenche as lacunas do texto
a seguir, de acordo com a norma-padrão de colocação
pronominal e emprego do sinal indicativo de crase.
A missão de quem       cuidar de um idoso
envolve muito amor e dedicação       ser de quem
o tempo vai, pouco      pouco, roubando nacos.
Não      deixar de mencionar o equilíbrio emocional,
necessário em todos os momentos.
(A) se dedica à … aquele … a … se pode
(B) dedica-se a … àquele … à … pode-se
(C) dedica-se à … aquele … a … se pode
(D) se dedica a … aquele … à … pode-se
(E) se dedica a … àquele … a … se pode
5 PMJU2109/009-Psicólogo
 Política de Saúde
16. Em uma escola municipal vários professores começam a
apresentar rouquidão em diferentes graus de severidade
e a diretoria solicita auxílio de uma Unidade Básica de
Saúde (UBS). A equipe de saúde organiza uma reunião
com os professores para tentar compreender o seu con-
texto de trabalho e identifica que todos começaram a ter
o quadro clínico depois do aumento de alunos em todas
as salas. Há uma queixa também de alguns professores
sobre instalação de um lava-jato cujo ruído atinge várias
salas. Paralelamente os professores são encaminhados
para um serviço de fonoaudiologia para avaliação clínica,
orientações e tratamento.
Assinale a alternativa correta sobre o caso.
(A) Ao reunir os professores, a equipe da UBS nada ob-
teve de informação relevante pois é sabido que o dis-
túrbio da voz nessa categoria profissional faz parte
dos seus problemas de saúde.
(B) A medida fundamental é de providenciar uma garra-
fa de água em temperatura ambiente em cada sala
para que o professor possa se hidratar e se proteger
de lesões nas cordas vocais.
(C) Uma das medidas a serem recomendadas à Secreta-
ria de Educação Municipal é a realização de laringos-
copia para todos os professores a serem admitidos
com o objetivo de prevenir lesões das cordas vocais.
(D) A medida mais importante é treinar os professores para
que diminuam o volume da voz a fim de evitar sobrecar-
ga das cordas vocais.
(E) Paralelamente à assistência individual, a aborda-
gem coletiva nesses casos é adequada pois permi-
te a identificação de situações que contribuam para
a ocorrência do problema e definição de medidas de
prevenção.
PMJU2109/009-Psicólogo
17. Uma usuária de 15 anos vem apresentando mudança de
humor e comportamento nos últimos tempos, chaman-
do a atenção da equipe de saúde da UBS perto de sua
casa, que a conhece desde criança. O quadro clínico é
de tristeza, irritabilidade e desinteresse por atividades
que antes a entusiasmavam. Mora com a mãe que tra-
balha o dia todo fazendo faxina doméstica em diferentes
residências e com o padrasto que está desempregado há
aproximadamente 1 ano. Ela estuda em uma escola per-
to de sua casa. Assinale a alternativa correta neste caso.
(A) O quadro clínico descrito é de depressão e é urgente
que se inicie um tratamento medicamentoso.
(B) É recomendável que a equipe de saúde tente, junto
à usuária, investigar aspectos da vida familiar e es-
colar que possam ter relação com essa mudança.
(C) Sendo menor de idade, a equipe de saúde deve cha-
mar a mãe e o padrasto para junto da usuária tentar
estabelecer rotinas que podem ajudá-la a se recuperar.
(D) A mãe e o padrasto são importantes pontos de apoio
e devem ser a referência de informação de confiança
para a equipe de saúde.
(E) Sem que a usuária saiba, para que não se sinta des-
confortável, a equipe de saúde deve conversar com
os professores para identificar elementos que pos-
sam ajudá-la.
18. Uma psiquiatra do setor privado procura uma UBS dizen-
do que tem atendido vários trabalhadores com adoeci-
mentos psíquicos de uma empresa com quem tem con-
vênio, do setor de comércio. Ela relata identificar vários
aspectos na gestão do trabalho que contribuem para a
ocorrência dos quadros clínicos apresentados, entre
eles, pressão para vendas e situações de humilhações
públicas dos que não atingem as metas. Assinale a alter-
nativa correta.
(A) A equipe de saúde da UBS deve fazer contato com
o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador
(CEREST) do município para que em conjunto se
construa uma abordagem de investigação e vigilân-
cia em saúde na empresa.
(B) O CEREST deve informar a auditoria fiscal do traba-
lho para que fiscalize a empresa pois se trata de uma
ação de competência exclusivamente federal.
(C) A UBS deve orientar a psiquiatra a encaminhar os
trabalhadores ao Centro de Atenção Psicossocial
(CAPS) mais próximo da empresa para que haja um
encaminhamento adequado ao problema.
(D) Como os trabalhadores têm sido assistidos por um
serviço privado, conveniado com a empresa em
questão, a psiquiatra deve procurar necessariamen-
te o serviço de saúde da empresa.
(E) A equipe de saúde da UBS deve orientar a psiquiatra
a procurar o Ministério Público do Trabalho para que
uma investigação possa ser feita.
6 Confidencial até o momento da aplicação.
19. Em um determinado município, duas doenças, A e B,
apresentam coeficientes de letalidade de 2,2 e 4,5. As-
sinale a alternativa correta a respeito desse caso hipo-
tético.
(A) O município deve priorizar a prevenção da doença B
pois se trata de um problema de saúde pública mais
relevante.
(B) O município deve investir em recursos para prevenir
a gravidade da doença B sob pena de haver um co-
lapso do SUS.
(C) A doença B evolui para quadros clínicos graves com
mais frequência do que a doença A.
(D) Os hospitais da região têm menos recursos de pro-
ver uma assistência adequada ao paciente com a
doença B do que àquele com a doença A.
(E) A maior prevalência da doença B em relação à do-
ença A merece uma atenção prioritária do município.
20. Assinale a resposta correta sobre as redes de atenção
à saúde.
22. Assinale a alternativa correta sobre o Sistema Único de Saú-
de (SUS), conforme determinado na Constituição Federal.
(A) Uma das atribuições do SUS é fiscalizar e inspecio-
nar alimentos industrializados, quanto à higiene, mas
não quanto ao controle de seu teor nutricional, bem
como bebidas e águas para consumo humano.
(B) A destinação de recursos públicos para auxílios ou
subvenções às instituições privadas com fins lucrati-
vos está condicionada a uma aprovação pelo legisla-
tivo de cada esfera de governo.
(C) Os gestores locais do SUS podem admitir agentes
comunitários de saúde e agentes de combate às
endemias por meio de processo seletivo público, de
acordo com a natureza e complexidade de suas atri-
buições e requisitos específicos para sua atuação.
(D) Ao SUS é previsto financiamento pelos recursos do
orçamento da seguridade social, da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios, além das
parceiras público-privadas.

(A) A grande capacidade de resposta às condições agu-
das de saúde é um dos pontos fortes do modelo em
redes de atenção.
(B) O modelo das redes de atenção à saúde nasceu no
Brasil na década de 1990.
(C) Uma das características marcantes do modelo em
redes de atenção à saúde é o aumento de leitos hos-
pitalares.
(D) O modelo em redes de atenção à saúde se contra-
põe ao modelo de saúde biomédico.
(E) Embora muito importantes, nem os agentes comuni-
tários de saúde nem os agentes de combate a ende-
mias foram previstos na Constituição Federal.
23. Assinale a alternativa que contenha uma das atribuições es-
pecíficas do cirurgião dentista na atenção básica do SUS.
(A) Realizar fotografias e tomadas de uso odontológico ex-
clusivamente em consultórios ou clínicas odontológicas.

(E) Um dos aspectos do modelo em redes de atenção à (B) Acompanhar e avaliar sistematicamente as ações
saúde é a ênfase em ações curativas efetivas. implementadas, visando à readequação do processo
de trabalho.

21. Assinale a alternativa correta sobre a Reforma Sanitária (C) Realizar ações de educação em saúde à população
Brasileira e o conceito de saúde. adstrita, conforme planejamento da equipe.
(A) A saúde como direito universal de cidadania foi na
(D) Realizar pequenas cirurgias ambulatoriais e procedi-
contramão do projeto de globalização de agenda
mentos relacionados à fase clínica da instalação de
de restrição de direitos, de focalização das políticas
próteses dentárias elementares.
sociais, preconizadas por agências internacionais
como única saída para a crise fiscal das décadas de
(E) Participar do treinamento e da capacitação de auxi-
1970/1980.
liar em saúde bucal e de agentes multiplicadores das
(B) A Reforma Sanitária Brasileira constituiu-se no pro- ações de promoção à saúde.
cesso de ampla mobilização da corporação médica
que se voltou contra o predomínio dos planos de
saúde das décadas de 1970/ 1980.
(C) A Reforma Sanitária Brasileira preconizava uma me-
dicina com poucos recursos tecnológicos e financei-
ros pois as doenças que mais acometem a popula-
ção são autolimitadas.
(D) A medicina preventiva foi inspirada na Reforma Sa-
nitária que visava uma prática a ser incorporada às
ações médicas para reduzir gastos e ao mesmo tem-
po produzir impactos positivos sobre as condições
de saúde.
(E) O mundo vivia um período de muita euforia, senti-
mento de solidariedade e ampliação das políticas so-
ciais que incluíssem populações vulneráveis quando
a Reforma Sanitária ganhou força no Brasil.
Confidencial até o momento da aplicação. 7 PMJU2109/009-Psicólogo
24. Uma UBS começa a receber pessoas em situação de
rua com sintomas de gripe. Assinale a alternativa correta
quanto a essa situação hipotética.
(A) A UBS deve direcionar essas pessoas para uma
equipe de consultório de rua.
(B) A UBS deve acolher essas pessoas como quaisquer
outros usuários do SUS.
(C) Essas pessoas devem ser encaminhadas a um
CAPS que conte com uma equipe especializada em
álcool e outras drogas.
(D) A UBS só pode incorporar essas pessoas ao serviço
se elas tiverem um endereço fixo mesmo que de al-
gum familiar.
(E) A UBS deve acolher essas pessoas mas com a con-
dição de solicitar ajuda a uma equipe de consultório
de rua.
25. Em um estudo, 883 indíviduos de 40 anos ou mais foram
entrevistados em 2011 e 2015. Verificou-se a incidência
de autopercepção negativa e positiva de saúde segun-
do mudanças em quatro comportamentos relacionados
à saúde: atividade física no tempo livre, consumo de fru-
tas e hortaliças, consumo abusivo de álcool e tabagismo.
A incidência de autopercepção negativa de saúde foi de
27,2%, sendo maior após ajustes com variáveis demo-
gráficas, de saúde e demais comportamentos, entre os
indivíduos que apresentaram mudança negativa na ativi-
dade física no tempo livre (RR = 1,88; IC95%: 1,17-3,05)
e no consumo de frutas e hortaliças (RR = 1,95; IC95%:
1,15-3,28). A incidência de autopercepção positiva de
saúde foi 33,2%, sendo superior nos que tiveram mudan-
ça positiva no tabagismo (RR = 8,37; IC95%: 2,79-25,09)
e inferior nos que apresentaram mudança negativa no
consumo de frutas e hortaliças (RR = 0,51; IC95%: 0,29-
0,90).
Trata-se de um estudo
(A) transversal.
(B) caso-controle.
(C) de Coorte.
(D) ecológico.
(E) do tipo survey.
PMJU2109/009-Psicólogo
Conhecimentos específicos
26. O modelo teórico de foco apresentado por Hector Fiorini
enfatiza que, ao iniciar uma psicoterapia breve focal, o
terapeuta precisa
(A) manter-se fiel ao foco originalmente definido para
a intervenção, mesmo quando surgirem situações
i­mprevistas na vida do paciente.
(B) contar com um esboço inicial de foco terapêutico,
configurado nas entrevistas preliminares e no diag-
nóstico do caso.
(C) rejeitar as ligações entre a conflitiva que definiu o
foco para o processo terapêutico e o histórico de vida
do paciente.
(D) definir o foco do processo independentemente da
s­
ituação problema e dos sintomas apresentados
pelo paciente.
(E) promover, em tempo reduzido, o insight do pacient­e
em relação aos conflitos que desencadearam a
situa­ção de crise.
27. Ao estabelecer o setting para a realização de um pro-
cesso terapêutico grupal, em qualquer abordagem, o
terapeuta apresenta as normas que vão conduzir os
e­ncontros grupais. Se, durante o transcorrer do proces-
so, alguns integrantes do grupo questionarem sobre uma
questão importante para a dinâmica grupal, que não foi
explicitada pelo terapeuta inicialmente, a sua conduta
deve ser a de
(A) reforçar com os membros do grupo a importância de
que o conjunto de normas já definido seja mantido.
(B) reconfigurar completamente o setting, pois o questio-
namento prova que as normas propostas não promo-
veram a coesão grupal.
(C) explicitar para o grupo que essa atitude demonstra
oposição em relação à sua autoridade, diluindo as
tensões no grupo.
(D) discutir e buscar consenso entre os integrantes do
próprio grupo em relação à nova questão que se
apresentou.
(E) julgar a pertinência da questão a ele apresentada,
decidindo se ela justifica ou não uma alteração nas
condições do setting.
8 Confidencial até o momento da aplicação.
28. Durante a realização de uma observação lúdica, em um
processo psicodiagnóstico, uma menina de oito anos
e­scolheu alguns materiais e jogos para brincar sozinha.
Ela demonstrava tranquilidade e, em nenhum momento
da entrevista convidou o psicólogo para acompanhá-la
em suas brincadeiras, permanecendo envolvida com
suas atividades. Nesse caso, de acordo com uma pers-
pectiva psicanalítica, o terapeuta
(A) observa atentamente a brincadeira e, quando for o
caso, se oferece para contribuir com a criança ou
para conversar sobre o que ela quiser.
(B) interpreta a resistência da criança imediatamente,
para eliminar o bloqueio que está impedindo a comu-
nicação entre ambos na sessão.
(C) expressa as associações que os jogos da menina lhe
despertam, a fim de facilitar a manifestação dos con-
flitos da criança.
(D) interrompe a sessão, questionando diretamente a
criança sobre a sua resistência para incluir o tera-
peuta em seus jogos e brincadeiras.
(E) tenta se tornar indispensável durante a realização
das atividades, para que a criança não demonstre
nenhum tipo de ansiedade na sessão.
29. Um pesquisador, com a finalidade de conduzir uma pes-
quisa exploratória sobre qualidade de vida junto aos
usuá­rios de uma Unidade Básica de Saúde, elegeu a téc-
nica de entrevista para realizar a sua coleta de dado­s.
Uma das vantagens de se adotar esse procedimento
para realização de pesquisas é o fato de que a entrevista
(A) favorece uma coleta de dados mais precisa sobre o
tema tratado.
(B) evita que o pesquisador distorça os dados fornecidos
pelos entrevistados.
(C) elimina a necessidade de um planejamento inicial
para a coleta de dados.
(D) permite a organização imediata dos dados obtidos
por meio da pesquisa.
(E) pode ser utilizada com qualquer segmento da popu-
lação de usuários.
30. Thomas Hobbes, um dos representantes da corrente
f­ilosófica denominada empirismo crítico, afirmava que o
homem é naturalmente antissocial e que a convivência
entre os seres humanos só seria possível por meio de
uma paz tácita, condição imprescindível para a conser-
vação da vida e para o estabelecimento de uma ordem
moral. Suas ideias influenciaram
(A) a concepção de dualidade entre mente e corpo que
rege a escola psicossomática.
(B) a crença no inatismo que fundamentou o surgimento
do behaviorismo.
(C) o conceito de natureza humana que constituiu a base
da teoria psicanalítica.
(D) o princípio de totalidade, adotado como foco da
psicologia da Gestalt.
(E) a matriz conceitual que orienta as intervenções da
abordagem existencialista.
Confidencial até o momento da aplicação.
31. Uma garotinha de quatro anos, que brincava no quintal
com seu cãozinho sob um sol forte e uma temperatura
elevada, entrou em casa e gritou para sua mãe: “Quero
sorvete”.
Segundo a teoria de Jean Piaget, o fato de ela pedir sor-
vete na ausência de estímulos sensoriais, diretamente
relacionados ao seu pedido, caracteriza a
(A) percepção de causalidade.
(B) tendência à centração.
(C) lógica operatória formal.
(D) reação circular secundária.
(E) função simbólica.
32. A frase “o homem pensa e não o cérebro” é uma afirma-
ção que caracteriza a perspectiva
(A) da fenomenologia, que faz uma crítica ao mecanicis-
mo e ao dinamismo em direção a uma perspectiva
de Ser no mundo.
(B) da psicologia analítica, que concebe o ser humano
como um ente dominado por seus instintos, em bus-
ca de prazer.
(C) do psicodrama, que enfatiza que o comportamento
é uma resposta elaborada que permite a catarse de
tensões elementares.
(D) do humanismo, que despreza a realidade concreta e
o conhecimento humano como fenômenos relevan-
tes para a subjetividade.
(E) da psicossomática, que busca dissecar a consciên-
cia em busca dos elementos básicos que constituem
o somático e o psíquico.
33. O psicodiagnóstico compreensivo
(A) busca interpretar, de forma padronizada, os resulta-
dos quantitativos obtidos por meio de todos os testes
utilizados durante a avaliação.
(B) privilegia a utilização de métodos e técnicas de exa-
me com base na associação livre, tais como entre-
vistas e testes projetivos.
(C) dispensa a utilização de qualquer instrumento de
avaliação, concentrando sua investigação nos rela-
tos da pessoa avaliada.
(D) enfatiza a identificação dos sinais e sintomas des-
critos e exibidos pelo sujeito avaliado, em busca da
classificação de seu quadro.
(E) objetiva o levantamento dos fatores determinantes
para o aparecimento e para a manutenção da condi-
ção de adoecimento psíquico.
9 PMJU2109/009-Psicólogo
34. Os profissionais das equipes envolvidas com a promoção
do desenvolvimento psicossocial de crianças e adoles-
centes em situação de risco, ou de violação de direitos,
devem planejar suas intervenções,
(A) enfatizando, em cada atendimento, os elementos
que são comuns a todos os casos de vulnerabilidade
e de violação de direitos.
(B) definindo, a priori, qual o aspecto mais relevante da
situação a ser contemplado, e qual o profissional
mais capacitado para atendê-lo.
(C) desprezando as diversas especialidades de cada
membro da equipe, em busca de uma prática inter-
ventiva de caráter amplo e generalista.
(D) visando um atendimento especializado, que articule
as ações dos vários profissionais, para atender às
diversas dimensões desses casos.
(E) priorizando um setting para a realização e condução
dos atendimentos alinhado às práticas e terapêuti-
cas já reconhecidas e consagradas na área.
35. Uma senhora idosa foi internada às pressas em um hos-
pital, e os médicos constataram que ela não tem chances
de sobreviver. Mesmo não tendo sido informada sobre
isso, essa senhora parece intuir o que está acontecen-
do, e frequentemente busca à sua volta uma confirma-
ção para suas suspeitas. Segundo as orientações para
acompanhamento psicológico de pacientes terminais, os
profissionais e familiares devem ser orientados a
(A) controlar todos os gestos e expressões que podem
sinalizar para a paciente a gravidade da situação, a
fim de garantir o seu bem-estar.
(B) comunicar direta e imediatamente a gravidade da
s­itua­ção a essa senhora, o que vai liberá-la para
v­iver o seu luto.
(C) favorecer a comunicação dessa senhora com o
a­mbiente, oferecendo espaço para que ela expresse
seus sentimentos e necessidades.
(D) conversar sobre temas amenos e casuais, evitando
tratar sobre questões mais íntimas, com potencial
para mobilizar angústia.
(E) manter silêncio na presença dessa senhora, para
que o sentimento de isolamento necessário diante
dessa situação se instale.
PMJU2109/009-Psicólogo
36. Do ponto de vista psicodinâmico, o atendimento de
p­
acientes com transtorno de personalidade borderline
(TPB) exige um processo psicoterapêutico individual.
No entanto, o atendimento familiar, nesses casos, pode
ser um recurso importante para o sucesso do processo.
Os profissionais que realizam o atendimento de jovens
com TPB e seus familiares devem considerar que esses
pacientes
(A) têm a tendência de proteger seus familiares, princi-
palmente as figuras parentais, de qualquer crítica ou
ataque.
(B) demonstram excessiva amabilidade quando estão
na presença de familiares, uma vez que convivem
em ambiente de intimidade.
(C) precisam da validação do terapeuta em relação aos
seus sentimentos de hostilidade, justificados, em
r­elação aos familiares.
(D) exibem um comportamento submisso diante dos
familiares, uma reação defensiva diante das agres-
sões das quais foram vítimas.
(E) percebem as suas relações familiares de forma
muit­o negativa, em função das próprias propensões
psicológicas que caracterizam o quadro.
37. Os Centros de Atenção Psicossocial para Infância e
Adolescência – Capsi – são serviços abertos de atenção
diária, destinados ao atendimento de crianças e adoles-
centes em sofrimento psíquico grave. Nesses dispositi-
vos, conduzir as relações entre os profissionais das equi-
pes de forma horizontalizada possibilita
(A) a definição mais efetiva dos diversos níveis hierár-
quicos e prioridades a serem contemplados em cada
um dos casos atendidos.
(B) a participação terapêutica de todos os profissionais,
do nível superior ao operacional, na construção
c­oletiva do cuidado.
(C) o maior aproveitamento das especificidades de cada
um dos profissionais, o que permite o cumprimento
das metas do serviço.
(D) o controle mais sistemático das ações e interven-
ções planejadas, previamente, para o cuidado dos
usuários e seus familiares.
(E) a substituição do projeto terapêutico singular por ati-
vidades e práticas orientadas de forma mais criativa
e espontânea.
10 Confidencial até o momento da aplicação.
38. As ações desenvolvidas pelos profissionais das equipes
técnicas que atuam nos Centros de Referência Especia-
lizados em Assistência Social – CREAS – se dividem em
duas categorias: as atividades fins e as atividades meio.
Uma das atividades classificada como atividade meio é a
(A) acolhida.
(B) visita domiciliar.
(C) entrevista.
(D) reunião de equipe.
(E) articulação em rede.
39. O matriciamento é uma prática para o atendimento em
saúde que tem como objetivo principal
(A) oferecer, às equipes interdisciplinares da atenção
básica, um suporte técnico especializado, a fim de
qualificar suas ações.
(B) encaminhar os usuários que utilizam o sistema de
saúde público aos diversos especialistas disponíveis
na rede de atenção.
(C) oferecer, à população que frequenta as Unidades
Básicas de Saúde, atendimentos individuais em saú-
de mental.
(D) estender as práticas e intervenções características
da atenção psicossocial aos usuários das unidades
de atenção em saúde básica.
(E) supervisionar as ações em saúde mental que são
idealizadas e conduzidas pelos técnicos das equipes
de saúde básica.
40. Para romper com a exclusão social, é importante fortale-
cer os sujeitos para que se percebam como protagonistas
de sua própria vida, e como pessoas capazes de suprir
as suas necessidades. Essa mudança envolve também o
contexto social, que deve
(A) ser minimizado como fator capaz de influenciar a
constituição da subjetividade.
(B) enfatizar o papel determinante da família para a
promoção da saúde dos indivíduos.
(C) ressignificar a compreensão sobre como a vulnera­
bilidade social é produzida.
(D) compensar a carência das pessoas vulneráveis por
meio de práticas assistencialistas.
(E) estimular ações filantrópicas voltadas à superação
da vulnerabilidade social.
Confidencial até o momento da aplicação.
41. A diversidade de contextos, de situações de desigual­
dade e exclusão, e de populações com as quais se
d­eparam os psicólogos e as psicólogas que adotam os
princípios da Psicologia Social Comunitária exige
(A) a produção de conhecimentos e referências para
atuação que surjam das experiências conduzidas no
próprio campo.
(B) a adaptação cuidadosa das teorias e técnicas tradi-
cionais aos contextos e às realidades das pessoas
excluídas.
(C) a recuperação da confiança da população excluí­
da nas instituições criadas para assumirem a sua
a­ssistência.
(D) a busca de soluções para a desigualdade social
que independam das questões relativas ao contexto
p­olítico.
(E) a produção de singularidades que retifiquem os
m­odos de vida e de relação presentes no cotidiano
das pessoas excluídas.
42. As intervenções dos psicólogos e das psicólogas que
i­ntegram as equipes dos diversos serviços socioassisten-
ciais que compõem a Rede de Proteção às Crianças e
Adolescente em situação de Ofensa Sexual devem ser
(A) individualizadas, oferecendo-lhes um espaço de
cuidado e intimidade que os resguarde de qualquer
contato com familiares e conhecidos.
(B) psicoeducativas, no sentido de informá-los sobre
os seus direitos como cidadãos em desenvolvi-
mento, para que assumam o protagonismo em
seus cuidados.
(C) lúdicas, para permitir a supressão das situações
traumáticas por eles vividas, diminuindo os riscos de
desenvolverem transtornos mentais no futuro.
(D) contextualizadas, incluindo nos atendimentos as
crianças e/ou adolescentes, suas famílias e outras
pessoas que integram seu círculo de convivência.
(E) psicodiagnósticas, para possibilitar a identificação
dos possíveis danos psicológicos causados pela si-
tuação de violência sofrida.
11 PMJU2109/009-Psicólogo
43. Uma mulher, que é atendida em um Centro de Referência
em Assistência Social - CRAS, pediu ajuda à psicóloga do
serviço para lidar com o seu marido. Ele está ameaçando
se separar dela, deixando-a sozinha para cuidar das três
filhas do casal, se ela fizer uso de algum método contra-
ceptivo. Ela explicou que isso aconteceu porque ela se
recusa a engravidar mais uma vez, e ele deseja muito ter
um filho homem. Diante desse relato, a psicóloga deve
(A) esclarecer que o marido a assediou moralmente, o
que pode ser resolvido por meio de um acompanha-
mento psicossocial.
(B) informar a essa mulher que o caso configura uma
violência sexual, que justifica uma denúncia de vio-
lência contra a mulher.
(C) orientar essa mulher em relação aos seus direitos,
e convocá-la a assumir o protagonismo na relação
conjugal.
(D) encaminhar essa mulher e seu marido para uma
t­erapia de casal, para juntos buscarem uma solução
pacífica para o conflito.
(E) notificar o poder judiciário em relação à violência
m­oral cometida pelo marido, garantindo a segurança
da família.
44. Por causa de um acidente automobilístico, uma mulher
ficou paraplégica e está sendo atendida por uma equi-
pe multiprofissional para se reabilitar. Ela questionou o
psicólogo dessa equipe sobre a possibilidade de, futura-
mente, adotar uma criança, uma vez que foi informada
pelo médico que a acompanha que não poderá conceber
filhos. Nesse caso, ela deve ser informada que, de acor-
do com a Lei Federal no 13.146/2015,
(A) o tipo de deficiência que a atingiu pode ser um empe-
cilho legal para a adoção.
(B) o direito à adoção pode ser concedido após a reali-
zação de avalição biopsicossocial.
(C) a sua situação de pessoa com deficiência lhe garan-
te prioridade na fila de adotantes.
(D) a efetivação de seu direito a adotar depende de uma
licença do Ministério Público.
(E) a sua deficiência não afeta de forma alguma a sua
plena capacidade civil.
45. O Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual
Infanto-Juvenil parte de um conceito de violência sexual
que envolve duas expressões. São elas:
(A) a negligência e a exposição sexual.
(B) a pornografia e a pedofilia.
(C) o abuso sexual e a exploração sexual.
(D) a discriminação e a submissão.
(E) o bullying e a humilhação.
PMJU2109/009-Psicólogo
46. A importância da convivência familiar e comunitária para
a criança e para o adolescente está reconhecida pela
Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente. Considerando esses documentos, o Plano
Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos
das Crianças e dos Adolescentes à Convivência Familiar
e Comunitária enfatiza que
(A) o modelo hegemônico de família é considerado fun-
damental para a organização e para a manutenção
da ordem social.
(B) a função protetiva da família está condicionada à sua
capacidade para se manter estável diante das trans-
formações sociais.
(C) a mudança nas configurações familiares está dire-
tamente associada ao enfraquecimento da função
protetiva da família.
(D) a ênfase da importância da estrutura familiar foi des-
locada para a importância das funções de cuidado e
socialização.
(E) a desestruturação das famílias vulneráveis deve
ser alvo de políticas específicas que reassegurem a
m­anutenção dos vínculos afetivos.
47. Todo Centro de Referência em Assistência Social – CRAS
– assume como fatores identitários dois eixos fundamen-
tais para a estruturação do Sistema Único de Assistência
Social – SUAS. Esses eixos são
(A) a matricialidade sociofamiliar e a territorialização.
(B) a criação do Plano Municipal de Assistência Social e
a sua gestão.
(C) a formação de convênios com entidades privadas e a
fiscalização de suas ações.
(D) o acolhimento institucional em situações de violação
de direitos e a busca ativa.
(E) o monitoramento do SUAS e a distribuição de
benefícios.
48. Um idoso que recebia o Benefício de Prestação Conti-
nuada – BPC – cometeu um crime e foi sentenciado a
cumprir pena em regime semiaberto. Nesse caso, a con-
cessão do BPC
(A) deve ser revogada, sem direito a nova solicitação.
(B) pode ser solicitada novamente quando a pena for
cumprida.
(C) é suspensa até que a pena passe a ser cumprida em
regime aberto.
(D) fica reduzida, indefinidamente, à metade de seu valor.
(E) permanece, sem nenhuma alteração.
12 Confidencial até o momento da aplicação.
49. Segundo o documento que apresenta a Política Nacio-
nal para Inclusão da população em situação de rua, essa
parcela da população

(A) pode ser caracterizada pela homogeneidade de suas

características e condições.

(B) tem como motivo basilar para estarem na rua a

inexistência de vínculos familiares.

(C) faz das ruas seu espaço principal de sobrevivência e

de ordenação de suas identidades.

(D) rejeita os padrões que orientam a convivência em

sociedade e o trabalho produtivo.

(E) adota a vida nas ruas com o sentido de demonstra-

rem sua desfiliação social.

50. Uma medida socioeducativa de privação de liberdade foi

aplicada a um adolescente que cometeu um ato infracio-
nal. Esse adolescente tem demonstrado um desempe-
nho adequado diante das bases estabelecidas no seu
plano de atendimento individual e, após três meses de
cumprimento da pena, seus pais estão solicitando uma
reavaliação da medida aplicada. Nesse caso,

(A) os pais só poderão solicitar uma reavaliação após

um prazo mínimo de seis meses, quando acontece a
reavaliação obrigatória do plano individual.

(B) o pedido de reavaliação se justifica antes do prazo

m­ínimo obrigatório, pois o desempenho do jovem
atende ao estabelecido em seu plano de atendimento.

(C) a reavaliação não pode ser solicitada, porque foi

d­efinida para o adolescente uma medida socioedu-
cativa de privação de liberdade.

(D) a solicitação não pode ser aceita, pois é caracterís­

tica dos pais avaliar de forma mais branda os com-
portamentos ilícitos dos filhos.

(E) a reavaliação pode ser solicitada, mas somente pelo

defensor do jovem, e após o cumprimento de pelo
menos um ano da pena.

Confidencial até o momento da aplicação. 13 PMJU2109/009-Psicólogo

PMJU2109/009-Psicólogo 14 Confidencial até o momento da aplicação.
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