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A igreja de Cristo vencendo os desafios - Lição 13 30 de Junho de 2013

LIÇÃO 13 – 30 de Junho de 2013

A igreja de Cristo vencendo os desafios

TEXTO AUREO

“Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do
inferno não prevalecerão contra ela”. Mt 16.18

VERDADE APLICADA

A igreja é o corpo vivo de Cristo e ativo no mundo, agindo em prol do conhecimento de Deus para a
humanidade.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

► Explicar o que é e o que não é igreja;


► Enfatizar quem é o fundamento da igreja;
► Ensinar que o preconceito existe, porque falta conhecimento.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Mc 16.15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Mc 16.16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
Mc 16.17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas
línguas;
Mc 16.18 - pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e
imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
Mc 16.19 - Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus.

Introdução
Há dois significados fundamentais no Novo Testamento para a palavra igreja. Em um número grande de
ocorrências, a palavra igreja significa congregação, pois a ênfase está num grupo de pessoas que
acreditaram no evangelho de Cristo, foram batizadas, e que se reuniam para a adoração, companheirismo
e serviço cristão. Em outras partes das Escrituras, a palavra igreja foi usada para descrever todas aquelas
pessoas que aceitaram Jesus como Salvador de suas vidas. Esse segundo tornou-se o sentido global e
mais amplo para a palavra igreja.

1. Entendendo melhor o que é a igreja


Uma instituição ou uma organização se tem por definição de igreja nos dias de hoje. No entanto, nas
páginas do Novo Testamento, ela era identificada mais como um organismo vivo e dinâmico, do que uma
estrutura de poder e concentração de riquezas. No grego clássico, a palavra igreja (ekklesia) significa
“ajuntamento popular” e designava as assembleias locais da Grécia antiga, em que os magistrados
decidiam a vida jurídica dos cidadãos (At 19.32,39). Mas, no Novo Testamento, essa expressão indica
dentre outras uma congregação local de redimidos em Cristo (Rm 16.5; ICo 16.19; Cl 4.15; Fm 2).

1.1. A igreja é um grupo de companheiros (At 2.42)


O único livro, considerado histórico do Novo Testamento, Atos dos Apóstolos, começa a descrever os atos
da igreja, como uma comunidade praticando o que os apóstolos ensinaram, na comunhão, no partir do
pão, e na prática constante das orações. Esse grupo de companheiros chamados de igreja tinha no
relacionamento um estilo de vida particular. Por isso a palavra comunhão descreve bem aquele estilo de
vida que os crentes tinham. Eles se consideram iguais e se amavam mutuamente. Eles pertenciam a uma
nova família, a família de Deus.

Atos 2.40-4 3 — Quase três mil almas. A resposta ao sermão de Pedro foi tremenda. O impressionante crescimento
do número de convertidos criou novas necessidades e responsabilidades. Os apóstolos tinham o dever de treinar esse
grande grupo e conduzi-lo à comunhão com os outros cristãos.
O processo se dava em quatro etapas: (1) Era ensinado aos novos convertidos que eles deveriam perseverar na
doutrina dos apóstolos. A uniformidade da crença em relação à pessoa de Jesus, baseada no testemunho ocular de
Seus seguidores, era essencial. (2) Os novos convertidos eram incentivados a partilhar da comunhão da Igreja. A
palavra grega traduzida por comunhão significa compartilhar sua vida com outros cristãos. (3) Os novos convertidos
eram incentivados a partir o pão, provavelmente, uma referência à ceia do Senhor (1 Co 11.23,24). Alguns creem
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que essa é uma referência mais ampla à Festa do amor, uma refeição de comunhão da Igreja primitiva. (4) Os novos
convertidos eram ensinados na disciplina da oração. As orações coletivas eram vistas como parte essencial do
crescimento espiritual da Igreja.
Muitas maravilhas e sinais aparentemente eram concedidos aos apóstolos pelo Senhor para validar a condição de
ministros ordenados por Deus e para comprovar a veracidade do testemunho deles, objetivando o estabelecimento da
Igreja primitiva (Hb 2.3,4).

1.2. A igreja é comparada a um corpo


Em uma definição cientifica, “o corpo humano é constituído por diversas partes que são inter-
relacionadas, ou seja, uma depende da outra”. Cada sistema, cada órgão é responsável por uma ou mais
atividades. Milhares de reações químicas acontecem a todo instante dentro do nosso corpo, seja para
captar energia para a manutenção da vida. movimentar os músculos, recuperar-se de ferimentos e
doenças ou se manter na temperatura adequada à vida. Isso mostra que mesmo o corpo humano se
dividindo em cabeça, tronco e membros, nenhuma das partes tem vida própria ou são independente uma
da outra. Todas trabalham juntas (Rm 12.3-9).
E sendo Cristo o cabeça do corpo (Cl 1.18), ele permanece como Senhor de todo o corpo, que pertence a
Ele totalmente. A imagem do corpo só fortalece o relacionamento entre Cristo e seu povo, na medida em
que toda a vida e nutrição vêm dele. Se vive Dele, por ele, através dele e para ele. Trata-se da completa
dependência dele.

1.3. A igreja é um templo espiritual.


No Antigo Testamento, essa imagem do povo de Deus como edifício do Senhor ensinava que Deus
permanecia no meio do seu povo (Tabernáculo/Templo). No entanto. Deus. cuja presença é encontrada
em todo o universo, não está limitado a um templo. Assim no Novo Testamento, os cristãos passam a
representar o templo de Cristo. Ele é a pedra fundamental (ICo 3.11; Ef 2.20), em que a igreja de Cristo
é edificada como santuário do Altíssimo (ICo 3.16), e habitação do Espírito (Ef 2.22).

Não vivemos mais no paraíso, na comunhão inquestionável com Deus. Estamos separados de Deus e rendidos
solitariamente à nossa vida e morte. Porém ansiamos por Deus. Neste mundo cheio de aflições queremos ter locais
em que podemos ter certeza da proximidade de Deus. Por isso no mundo, todos os povos edificam templos, prédios
sagrados, nos quais deveria ser possível que a pessoa carente e amedrontada encontre a divindade. Contudo, por
mais grandiosos e misteriosos que esses prédios possam ser, por mais profundamente que os atos cultuais e as
celebrações comovam as almas, as pessoas notam que sua fome pela presença de Deus não é saciada. Agora, porém,
após a conclusão da obra de salvação, Deus está empreendendo pessoalmente a construção de um templo, que
concretiza aquilo que todas as religiões do mundo almejam. Nesse templo imenso, que se estende pelo mundo todo,
que não consiste de matéria inanimada, mas de pedras vivas, o Deus santo e vivo de fato habita pelo Espírito Santo.
Esse templo existe e quando pessoas são salvas pela palavra da cruz e presenteadas com o Espírito Santo.
Consequentemente, esse templo também existe em Corinto:  “Não sabeis que sois o santuário de Deus e que o
Espírito de Deus habita em vós?”.

2. O fundamento, a missão e o futuro da igreja.


Os historiadores entendem que desde o início, havia uma forte igreja em Jerusalém dirigida e organizada
pelos apóstolos. No entanto ela tem seu início já nos primeiros movimentos de pregação e ensinos de
Jesus Cristo, que é de fato o fundador da igreja. Durante seu ministério, Jesus viveu como quem tinha a
missão de começar uma nova comunidade. Ele, antes de qualquer nova proposta, dirigiu-se à antiga
comunidade (a nação de Israel), mas esta o rejeitou (Jo 1.11-12). Então, começou a chamar um grupo de
novos alunos, ou seguidores e deu-lhe os princípios normativos dessa nova comunidade (Mt 5.1-10). A
partir daí, Ele designou doze homens como liderança daquele novo grupo. Esses homens ensinaram e
pregaram em vários lugares os seus ensinos. E, até hoje, continuadamente Jesus está convocando os
pecadores, a fim de que desfrutem das bênçãos do reino de Deus.

2.1. A igreja e seu fundamento


Apesar de sua constituição humana, a igreja de Cristo tem procedência divina, pois ela foi pensada pelo
próprio Deus que a sustenta e faz com que tudo quanto projetou para ela, em sua jornada de
peregrinação rumo ao Céu, realize-se. Ela é uma edificação de Deus, e como tal tem um fundamento,
sem o qual não pôde ser construída e não poderá se manter de pé ou suportar a ação do tempo em suas
estruturas (Mt 7.24-27). E esse fundamento é Jesus Cristo (Mt 18.13-20).

2.2. A missão da igreja


Antes de qualquer coisa, a igreja existe essencialmente para adorar a Deus (Jo 4.24). O ensino, a
comunhão e o serviço na comunidade cristã têm exatamente essa finalidade, glorificar a Deus em toda a
sua grandeza. A igreja proclama o evangelho e faz missões em todos os níveis para que o Senhor seja
exaltado entre todas as pessoas e todas as nações. Então, a igreja é um grupo de pessoas redimidas que
existem e vivem para a glória de Deus. Jesus disse: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens,
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para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.16). Portanto
toda ação da igreja na terra é para glorificar a Deus.
A igreja é uma comunidade de fé para servir a sociedade. Ela tem o poder de com sua mensagem e dons
ajudar na transformação de homens e mulheres marginalizados em cidadãos de bem (Mt 5.13-16). Com
sua ética (Mt 5.1-10), sua filosofia (Mt 5.43-48), seu padrão familiar (Ef 5.22-6.4), sua pedagogia (At
10.38), seu gosto pela leitura (lTm 4.13), sua pré-disposição para ajudar os mais necessitados (Rm
12.20). São comportamentos que, com ' certeza, cumprirão a missão de transformação de muitas
pessoas na sociedade. Por isso, a necessidade de pregar o evangelho. A proclamação e o ensino dos
princípios cristãos é que vão sinalizar o reino de Deus para a sociedade. Por isso, Jesus mandou que
pregassem por todo o mundo (Mc 16.15-20).

2.3. O futuro da igreja


A igreja de Cristo, em sua jornada neste mundo, mesmo influenciada pelos poderes das trevas, tem um
futuro de vitória. Ela aguarda ansiosamente, o retorno de Cristo para busca-la. Será um maravilhoso
evento. A transitoriedade histórica da igreja terá sido consumada naquele dia. A igreja estará para
sempre com o Senhor Jesus, nas mansões celestiais, aproveitando o gozo e alegria do futuro celeste. A
igreja não está sem direção, ela tem um caminho (Jesus), ela participa do projeto de restauração de Deus
para a humanidade. A ela resta apenas a fidelidade até o dia final (Mt 10.22  Todos odiarão vocês por
minha causa, mas aquele que perseverar até o fim será salvo.).

Os sofrimentos com a perseguição tornam-se cada vez mais intensos. No início falava-se da perseguição pelos de
fora, depois da perseguição pela autoridade. Agora trata-se, como terceiro aspecto, da opressão no próprio círculo
familiar. Constitui a maior aflição quando, por parte dos parentes de sangue, surge o ódio mortífero, e quando o
irmão denunciará à morte o irmão, e o pai ao filho. E mais: filhos se rebelarão contra os pais de maneira indigna,
lançando os próprios pais à morte. Surge o quadro retratado em Mq 7.6. Além da expulsão do povo e da pátria,
acompanha os discípulos a expulsão da comunhão familiar. “Diante do ardoroso banimento com que o judaísmo punia
os delatores, a declaração de Jesus retrata com cores especialmente fortes a cruel impossibilidade de reconciliação na
discórdia. Extirpar a confissão a Jesus impõe-se até mesmo aos parentes de sangue como o dever mais sagrado” (cf.
Schlatter).
O ápice da perseguição, porém, é alcançado quando os seguidores e discípulos do Senhor são odiados por todos, sem
qualquer exceção. No entanto, todo o ser odiado acontece por amor do meu nome, conforme o Senhor declara
literalmente.
A resposta a esse ódio de todos os lados, por parte de todos, das autoridades, dos parentes mais próximos, não deve
ser amargura, mágoa, indisposição para a reconciliação, falta de amizade e amor, dureza de coração e frieza, mas
deve mostrar-se na perseverança no amor (o amor ágape) até o fim.

3. A mulher, a política e a disciplina na igreja


A mulher, a política e a disciplina na igreja são assuntos que ainda são difíceis de discutir com alguns
cristãos. Tudo porque alguns perpetuam conceitos preconceituosos.

3.1. O ministério feminino na igreja


Apesar de estarmos no século XXI, ainda existe muita resistência ao ministério feminino na igreja cristã
brasileira; evidentemente, por existir muitos preconceitos da parte de alguns. Entretanto, encontramos no
ministério de Jesus, muitas mulheres presentes com sua relevante contribuição para a vida comunitária e
a expansão do reino de Deus (Lc 8.1-3). Jesus, de certa forma, proporcionou melhores condições para a
mulher na sociedade. Ele a colocou no lugar que merecia. Destacou sua importância e a necessidade de
tê-las presentes, na igreja, com suas funções e habilidades. Elas aparecem na genealogia de Jesus (Mt
1.3,5,6,16), e como mulheres de destaque na preservação da história de Israel (Gn 38.12-39; Js 2.1; Hb
11.31; 2Sm 11.1-4); e ficou subtendido que mesmo as transgressoras se arrependeram de suas práticas
pecaminosas, e creram na obra redentora de Cristo (Hb 11.1,2,32-40).

3.2. O poder político e a igreja


Erra quem pensa que não deve se envolver com a esfera política. É preciso estar a par dos assuntos civis
que afetam a vida. Participar dos debates da sociedade e se envolver através do voto e da opinião
emitida, é muito importante para que o crente contribua contra as impunidades e injustiças praticadas na
sociedade. O crente tem que contribuir para a prosperidade de seu país, com motivações positivas e
ideias inteligentes (Rm 13.1-17). O que se tem que fazer como igreja, é se manter fiel andando na
verdade denunciando o pecado, seja em que esfera for, ajudando a promover a justiça, praticando
através da vida a espiritualidade sadia e combatendo o mal (lPe 2.9,10).
“Fica claro, portanto, que a igreja e o poder político situam-se em polos distintos. A história revela que, a
partir da “constantinização" da igreja histórica, à medida que a relação entre ambos se tornava cada vez
mais comprometida e promíscua, e igreja sempre ficou no prejuízo. Além da perda da identidade, ela
abriu espaço para o avanço do nominalismo pela conversão dos que buscavam as benesses do poder
temporal a través da via eclesiástica. Tornou, também, propício o ambiente para a corrupção do clero e
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chegou aos níveis mais baixos de obscurantismo, quando as fogueiras da inquisição foram usadas para
tentar calar as vozes que combatiam seus erros”. (Geremias do Couto)

3.3. A disciplina na igreja


A disciplina cristã tem a função clássica de assegurar o bem-estar na igreja e o seu bom funcionamento.
Sendo ela uma instituição divina quanto humana, ela necessita de normas para o seu bom desempenho.
Em seu caráter temporal, dispõe de personalidade jurídica e obriga-se a explicitar em estatuto, e, em
alguns lugares, o seu regimento interno. Na verdade, a disciplina é um pressuposto em qualquer área da
vida. Além das normas, a disciplina ajuda as pessoas em seu caráter preventivo, com o ensino adequado,
protegendo os cristãos para que obedeçam as Escrituras. E, é nessa rotina que a Bíblia sempre será a
fonte cristalina da disciplina, ela é a base, o parâmetro, a verdade absoluta, com autonomia espiritual,
para qualquer assunto que for tratado no seio da igreja de Cristo (2Pe 1.19-21).

Conclusão
A igreja de Cristo tem muitos desafios a vencer. Com conhecimento necessário das Escrituras, uma vida
de santidade, de comunhão com o próximo e com Deus será possível vislumbrar a vitória diante dos
assuntos da atualidade. É preciso se contextualizar sem abandonar as doutrinas elementares das
Escrituras. Dialogar com o mundo sem negociar os pontos cardeais de nossa fé. A vida simples, a prática
das disciplinas espirituais, é do que precisamos para cumprir o nosso papel de igreja de Cristo no mundo.

QUESTIONÁRIO

PARTE 1
1. Como o Novo Testamento identificava a igreja de Cristo?
R: Identificava mais como um organismo vivo e dinâmico, do que uma estrutura de poder e concentração
de riquezas.
2.  Qual a definição da palavra igreja no grego clássico?
R: Significa “ajuntamento popular” e designava as assembleias locais da Grécia antiga, em que os
magistrados decidiam a vida jurídica dos cidadãos.

PARTE 2
3. Qual a verdadeira missão da igreja?
R: Glorificar a Deus em toda a sua grandeza.

PARTE 3
4. O que Jesus fez de maior relevância para as mulheres?
R: Destacou sua importância e a necessidade de tê-las presente na igreja com suas funções e habilidades.
5. Qual o papel da disciplina cristã?
R: A disciplina cristã tem a função clássica de assegurar o bem-estar na igreja e o seu bom
funcionamento.

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