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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PSICOLOGIA

Evandro Lima Soares 201402339551


Raquel Santos 201307320074

FATOR MAIS PREDOMINANTE DOS ALUNOS DO PRIMEIRO PERÍODO DO


CURSO DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ AO
ADENTRAREM NA SUA FUTURA GRADUAÇÃO.
Pesquisa em Psicologia

Profª. Daniele Mello

RIO DE JANEIRO

NOVEMBRO/2015
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FATOR MAIS PREDOMINANTE DOS ALUNOS DO PRIMEIRO


PERÍODO DO CURSO DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE
ESTÁCIO DE SÁ AO ADENTRAREM NA SUA FUTURA
GRADUAÇÃO.
Autores: Evandro Lima Soares
Raquel Santos
Orientadora: Daniele Mello

RESUMO

Quando adentramos no mundo da psique, muitas vezes dizemos coisas que


realmente não são verdades. Verdades relativas ou subjetivas são ditas para os
estudantes de psicologia, desde o primeiro período. Contamos com a ideia de que
estamos fazendo tal curso com pretensões conhecidas pelo indivíduo, este,
querendo controlar seu futuro e suas opções de escolha, mas muitos desses no
decorrer do curso, trazem informações pessoais à tona durante as aulas, referindo-
se a questões pessoais, opiniões sobre a sociedade em geral e até mesmo sobre
questões interiores, como sexualidade, preconceitos e teorias. Seriam essas as
motivações que esses alunos almejam do curso? Ou seriam outras mais? Com que
competência que uma pessoa diz ser o que é, mas ela mesma não se conhece a
fundo? Bandura em seu estudo sobre à auto-eficacia, diz que nos motivamos por
muitas formas, sendo uma delas, a preferência emotiva sobre as coisas. O gosto
pessoal é algo cativante como alega Bandura. Freud com sua tópica psicanalítica diz
que o maior conhecimento que o homem tem sobre si mesmo, está oculto em sua
própria mente. O inconsciente guarda informações que este individuo nem ao menos
se recorda, será que essa poderia ser a forma de encontrar suas respostas?
Alegando que os entrevistados estão em busca de um meio de desenvolvimento
psicossocial, devido à teoria de Erik Erikson, não podemos esquecer que eles
buscam se encontrar após descobrirem sobre si próprios, devido sua passagem pela
adolescência e agora estão em busca de uma identidade profissional, a quem diga
uma que seja repleta de satisfação pessoal ou financeira. Qual será o fator mais
predominante que um aluno do primeiro período de faculdade em psicologia tem
para fazer tal curso?

Palavras-Chave: Motivação, Auto-Eficácia, Inconsciente, Desenvolvimento


Psicossocial.
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ABSTRACT
When we enter the world of the psyche, we often say things that are not really true.
Relative truths or subjective are said to the psychology students from the first period.
We have the idea that we are doing such a course with pretensions known by the
individual, this, wanting to control their future and their options to choose from, but
many of these during the course, bring personal surfaced information during class,
referring to questions personal, opinions about society in general and even on
internal matters such as sexuality, prejudices and theories. Are these the reasons
that these students want to travel? Or is it more? That competence can claim that a
person claims to be what it is, but she herself did not know the background? Bandura
in his study of self-efficacy, says that motivate us in many ways, one of which, the
emotional preference about things. The personal taste is something captivating as
Bandura claims, but can he be considered known by the individual? Freud with his
psychoanalytic topical says the increased knowledge that man has about himself,
hidden in his own mind. The unconscious stores information that this individual did
not even remember, is that this might be the way to find your answers? Alleging that
respondents are in search of a means of psychosocial development, because the
theory of Erik Erikson, we cannot forget that they seek to find after discovering about
themselves because their passage through adolescence and are now looking for a
professional identity, Some say the one that is filled with personal or financial
satisfaction. What is the most dominant factor that a student of the first psychology in
college period has to make such a course?

Keywords: Motivation, Self-Efficacy, Unconscious, Psychosocial Development.


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1 - INTRODUÇÃO

Este artigo tem como finalidade comprovar o fator mais predominante que
leva uma pessoa entrar na faculdade de psicologia. Qual seria tal fator? Analisando
friamente, podemos levar a varias questões pessoais, a motivação de cada um é
única e exclusiva, e por muitas vezes tem razões que a lógica não pode comprovar.
Entretanto, muitas informações vivenciadas pelos autores, alegam que a fator mais
predominante é o de entender as questões pessoais inerentes à psique que é
estudada no curso.

Queremos comprovar uma análise proposta devido às experiências pessoais


vivenciadas durante os períodos de graduação da faculdade de psicologia que a
maior motivação dos estudantes possa estar relacionada á fazer uma auto-terapia,
conhecer mais a si mesmo, entender suas motivações, princípios e assim
disseminá-las para o outro ou até mesmo somente para responder questões
pessoais vivenciadas somente dele. Usamos pensadores como Bandura, Freud e
Erik Erikson para detalhar tal comprovação sempre lembrando que todas as
motivações são subjetivas e ninguém é igual ao outro, entretanto, sempre há um elo
de igualdade entre todos os seres humanos.

2 - METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada na Universidade Estácio de Sá nos Campus R9 –


Taquara. Usamos como instrumento de pesquisa um questionário contendo três
perguntas fechadas e quatro perguntas abertas. Os entrevistados foram acadêmicos
da universidade cursando o primeiro período a noite do curso. A aplicação do
questionário da pesquisa foi realizada dia 28/10/2015, durante as 19h20min às
19h40min (turno da noite). Informamos aos alunos que a participação na pesquisa
não era obrigatória e que os alunos convidados podiam desistir quando quisessem.
Não foi necessário ter com o entrevistador canetas e papel contendo o
questionário. Não houve variáveis, quanto ao questionário utilizado, entretanto,
alguns não quiseram responder de forma mais precisa devido à aula que já tivera
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começado mesmo a professora no momento ter liberado a turma para fazer o teste
com calma.

3 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 - Motivação pessoal

Quando se fala sobre fator mais predominante, é interpretado como


motivação que uma pessoa tem para obter algo. Motivação foi estudada desde os
tempos mitológicos, por Platão, até os dias de hoje, com, por exemplo, Rogers
(SCHULTZ, 2009).
Então qual seria o tipo de motivação correta para guiar esse estudo?
Basicamente, muitos estudiosos explicam suas motivações por necessidades, uns
intrínsecas, outras extrínsecas. Exemplo de Freud, que cria a teoria do Drive como
uma motivação interna que somente há uma necessidade por meio de um aviso de
seu organismo, gerando a ansiedade (MORRIS E MAISTO, 2004). Mas outros
pesquisadores fizeram pesquisas sobre o que alguns dizem ser o incentivo.
Nossa comprovação gera a dúvida, o fator mais predominante de uma
pessoa a entrar na faculdade de psicologia, teria haver alguma relação com um
incentivo externo? Ou uma motivação interna? É claro que muitos podem concordar
que o fator externo é importantíssimo na hora de escolher sua futura profissão,
entretanto, somente com nossas experiências podemos classificar se aquilo é ou
não a escolha correta para atingirmos nossos objetivos.
Bandura retrata em sua teoria sobre à auto-eficácia, que seria a autoestima
ou valor próprio, um sentimento de adequação, eficácia e competência para
enfrentar os problemas (BANDURA, 1982).
Podemos classificar a auto-eficácia em quatro fontes principais de influência.
A primeira refere-se à própria experiência do individuo, que naturalmente varia entre,
gostos, facilidades, dificuldades e mazelas na vida. Se uma pessoa experimenta
somente coisas fáceis, ela acaba esperando resultados rápidos e é desanimada
facilmente com os fracassos e vice-versa. Já uma pessoa que tende sempre a ter
muitas dificuldades, fica incrédula quando algo de bom ocorre com elas ou quando
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elas conseguem obter um resultado satisfatório, elas logo pensam no pior,


entretanto, pessoas com esse tipo de auto-eficácia tendem a se levantar mais vezes.
A segunda chama-se autoridade vicariante, também conhecida como auto crença.
Esse conceito corresponde às pessoas nas quais o individuo se espelha, como um
pai, uma mãe ou um porteiro ou um cantor de rock. Essa pessoa seria o elo dela
com um futuro, com um sucesso que a pessoa normalmente almeja. O terceiro
intitulado de Persuasão Social refere-se as pessoas que são persuadidas
verbalmente de que possuem certos de tipos de capacidades e assim elas são
induzidas a ser um tipo de modelo social ou não. E por último, suas emoções sobre
o sujeito/objeto de interação, na qual seria o objeto de nosso estudo (BANDURA
1986).

3.2 - Reações emocionais da teoria social de Bandura

Quando falamos sobre a quarta fonte de influência da auto-eficácia, estamos


falando dos sentimentos emocionais da pessoa em relação ao objeto de interação.
Bandura considera suas reações de estresse e tensão como sinais de
vulnerabilidade ao mau desempenho (BANDURA 1986). Em atividades que
envolvem força e resistência, as pessoas julgam sua fadiga, dores e sofrimentos
como debilidades físicas. Mas as questões não são em relação as reações físicas e
emocionais e sim como elas são interpretadas (BANDURA, 1994). As pessoas tem
um alto estágio de excitação como fator energizador do desempenho, principalmente
quando se tratam de gostos pessoais. E é esse o fator principal de nossa pesquisa.
A excitação ao falar sobre a matéria, os conceitos, os critérios, entre outros fatores,
fazem com que as pessoas busquem para si tais informações.

3.3 - Preferências x respostas pessoais (NIETZSCHE E PSICOLOGIA DA


GESTALT)

Quando falamos de gostos, a auto-eficácia, principalmente com o fator


emotivo, torna o tema muito interessante, mas como isso torna um fator para
respostas de questões pessoais? Para isso, a provocação alicerçada por Friedrich
Nietzsche, onde em sua época, já trazia essa necessidade de questionar suas
preferências por conta da sociedade. Mas antes de explicar a teoria Nietzschiniana,
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é preciso compreender uma lei universal, da qual foi se permitido entender


cientificamente que entre um estimulo e uma resposta, há uma percepção. E essa
percepção foram geradas princípios importantes como fechamento “que se refere ao
fato de que figuras completas são mais facilmente percebidas, razão pela qual
tendemos a fechar ou completar figuras que na realidade estão incompletas”
(FRAZÃO e FUKUMITSU, 2013, PG, 52 e 53). Freud alega que tudo é baseado em
nossa vivência, desde nosso nascimento (ROZA, 2009). Freud tratava da ideia de
que os processos psíquicos vinham devido aos traumas que a pessoa vivia durante
a vida, na qual ele cria todo um estudo sobre tal ótica, chamado de Tópica.
3.4 - Tópicas Freudianas (PAUL GOODMAN)

O que Freud tenta explicar em suas tópicas, inicialmente, é o sentido


progressivo-regressivo do funcionamento do aparelho psíquico (ROZA, 2009), tais
aparelhos que ele chama de sistemas cujas posições relativas se mantem
constantes de modo a permitirem um fluxo orientado num determinado sentido. Ela
se inicia a partir de estímulos (internos ou externos) e termina numa descarga
motora. A partir dai você obtém o que Freud chama de processo consciente (ROZA,
2009). Organizando a mente em vários setores neurais, ele supõe que muitas
informações que a criança cria ao nascer como o desamparo, esse utilizado para
explicar como se ocorre a experiência da satisfação.
Em toda a sua obra, há uma palavra que sempre está envolto em suas
teses: prazer. Não necessariamente a palavra, mas a ideia, principalmente em suas
últimas teorias, falam caracteristicamente sobre tal fator. O que não é prazeroso,
para Freud, acaba se tornando um trauma, que por fim, é recalcado, supostamente,
em suas teses. Quando construída essa hipótese quanto à opção profissional do
entrevistado, aluno de psicologia, é baseada em um desejo instintivo reprimido em
seu inconsciente, que ao invés de dizer necessariamente que o curso é para
entender suas motivações e si mesmo como um todo, refuta a ideia, recalcando-a,
transformado em uma motivação profissional.
Partindo dessa ideia, Freud cria um sistema de personalidade, baseando-se
num sistema instintivo/biológico que pode ser controlado pela pessoa. Freud sugere
uma divisão da vida mental em duas partes: Consciente e Inconsciente. A proporção
consciente, visível, ele caracteriza todas as coisas que lhe são reais e morais.
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Enquanto a parte Inconsciente, invisível, as questões do âmbito do prazer (SHUTZ,


2009).

3.5 - Esquemas de desenvolvimento Psicossocial de Erik Erikson (BAUMAN)

Erik Erikson enfatiza em sua teoria, principalmente da fase adulta um tipo de


esquema especifico da qual é muito importante para a hipótese. O sexto esquema
de Erik Erikson fala sobre Intimidade versus Isolamento. Após o interesse do
individuo de descobrir sua identidade sexual e social, agora ele busca o seu
interesse profissional (PAPALIA, OLDS E FELDMAN, 2009). Evidentemente que
isso vai de pessoa para pessoa, mas é um fato baseado nas experiências social do
próprio autor, que alega que as pessoas nessa fase, gravitam entre relações
duradouras e um bom trabalho. Caracteriza-se o fato de que os académicos em sua
grande maioria buscam se informar e conquistar seu futuro emprego.

3.6 Buscas pelas suas preferências em relação ao inconsciente e desenvolvimento


Psicossocial.

A partir da ideia de motivação que para Bandura teria haver com a auto-
eficácia, essa auto-eficácia é por muitas vezes trazida pela tópica freudiana
chamada Inconsciente, na qual rege o princípio do prazer. Por esse motivo, foi
escolhida o fator emotivo da auto-eficácia para comprovar tal tese, até por que, uma
pessoa que obtém uma experiência, se for boa, ela provavelmente vai voltar a
efetua-la, a menos que ela tenha motivos plausíveis para isso. Já uma pessoa que
obteve informações vicariantes, provavelmente voltaria a fazê-lo devido a algum tipo
de aceitação e facilidade, Já a persuasão social, só voltaria a ter uma nova
aceitação, caso a pessoa gostasse da experiência obtida. Em todos os três casos, a
emoção é um fator chave para toda que a pessoa continue nessa caminhada rumo
ao conhecimento pessoal. Já esse conhecimento não necessariamente pode vir a
ser de conhecimento do individuo, muitas vezes respostas somente são respondidas
quando há uma descoberta, nossas informações muitas vezes só voltam a serem de
conhecimento do individuo quando é tomada por uma experiência, muita das vezes
direta. Então, levando em consideração que quando uma pessoa busca qualquer
tipo de interesse, principalmente o profissional, ele tende a trazer todas as suas
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motivações intrínsecas, guardadas tanto conscientemente, tanto inconscientemente


para o seu futuro trabalho, ou escolha profissional, ou até mesmo para sua
graduação. Partindo da hipótese criada, sintetiza-se a ideia abordada, quanto a
informações inconscientes que para o indivíduo podem se classificar como
motivações que são transformadas em preferências por motivos pela qual, o
individuo não consegue explicar.

4. RESULTADOS

Os resultados quantitativos estão colocados na tabela abaixo.

Tabela 1: Resultados obtidos pela pesquisa.


___________________________________________________________________
Pergunta Masculino Feminino Outros
1 2 24 0
___________________________________________________________________
Fonte: Artigo Científico realizado pelo autor (2015)

Tabela 2: Resultados obtidos pela pesquisa.


___________________________________________________________________
Pergunta Média Moda Mediana
2 28,3 anos 21 anos 24 anos
___________________________________________________________________
Fonte: Artigo Científico realizado pelo autor (2015)

Tabela 3: Resultados obtidos pela pesquisa.


___________________________________________________________________
Pergunta Sim Não Média (Sim) Moda (Sim) Mediana (Sim)
3 5 21 6,1 anos Não tem 5 anos
___________________________________________________________________
Fonte: Artigo Científico realizado pelo autor (2015)

Tabela 4: Resultados obtidos pela pesquisa. (pergunta 7)


___________________________________________________________________
Opção Resposta
Ótimo 12
Bom 9
Satisfatório 4
Mais ou menos 0
Ruim 0
Péssimo 0
Não respondeu 1
___________________________________________________________________
Fonte: Artigo Científico realizado pelo autor (2015)

Tabela 5: Resultados obtidos pela pesquisa. (perguntas abertas)


___________________________________________________________________
Pergunta Resposta mais obtida
4 Interesse em ajudar o próximo
5 Obtenção de conhecimento
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6 Trabalhar
7 Não respondeu
___________________________________________________________________
Fonte: Artigo Científico realizado pelo autor (2015)

5 - DISCUSSÃO

Na primeira pergunta, foi perguntado o sexo (gênero) da pessoa, na qual a


resposta obtida foi que a maioria eram do sexo feminino, 24 pessoas (96%), no sexo
masculino, 2 pessoas (4%), e outros foram nenhuma (0%).
A segunda pergunta foi sobre a idade. Como não era o foco da pesquisa, foi
colocado um espaço para a idade somente para parâmetros estatísticos. A média
dos entrevistados foi de 28 anos e três meses de vida, uma média considerada por
pesquisadores como Adulto Jovem para a Meia idade, segundo Erik Erikson, Nessa
fase é dita como o momento principal da procura de uma pessoa a buscar sua
identidade profissional, já que a identidade social já está criada, além das
construções relacionais mais duradouras, então, baseado em Erikson, fica claro a
busca de sua profissão a partir desta idade (PAPALIA, OLDS E FELDMAN, 2009). A
moda é de 21 anos e a mediana é de 24 anos, o que caracteriza ainda mais a ideia
de Erikson.
A terceira pergunta remete a terapia. No caso, foi perguntado, se os alunos
que estão no primeiro período, fazem ou já fizeram terapia. 21 pessoas não fizeram
ou fazem terapia, enquanto somente 5 já fazem ou já fizeram em algum momento. A
média entre esses 5 em relação a quantidade de tempo de terapia é de 6 anos e 1
mês, a moda não tem já que os tempos são diferentes (amodal) e a mediana, é de 5
anos.
A partir da quarta pergunta, foram questões abertas e semi-abertas, na qual
retiramos as maiores informações e dividimos nos tópicos abaixo:

5.1 - Interesse em ajudar o próximo.


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Considerado pela maioria na quarta questão, o interesse em ajudar o


próximo, um fator marcante em nossa pesquisa. Muitos iniciantes no curso parecem
estar a par da situação que é o curso e suas dificuldades, mesmo assim, eles
adentraram na ideia de ajudar a próximo como forma de motivação principal, como
se fosse um gosto pessoal em ajudar o outro.

5.2 - Obtenção de conhecimento.


O tópico mais votado na quinta questão, a obtenção de conhecimento, talvez
seja realmente a maior expectativa durante o curso, além de ser uma resposta
bastante abrangente, Os estudantes adoraram tal resposta como uma englobação
em relação a outras respostas como ser bom profissional e trabalhar na área.

5.3 - Trabalho como foco


Quando perguntados o que era mais esperado ao terminar o curso de
psicologia, a maioria respondeu claramente o fato de querer trabalhar. Deixando
claro sua pretensão de que o maior foco no futuro é ser psicólogo.

5.4 - Ausência de opinião quanto à satisfação do curso


O que percebemos na ultima pergunta, além da quantidade de avaliações,
ótimo, com 12 avaliações, bom com 9 e satisfatório com 4 são suas justificativas. Na
maioria, elas não existiram, no caso, a maioria não respondeu uma justificativa pela
nota dada. O que deixa em aberto e vago as notas positivas ao curso, criando uma
interpretação para os entrevistadores.

5.5 - Analise final do questionário


Nossa base teórica fala sobre à auto-eficacia de Bandura, com os processos
de desenvolvimento e aceitação e escolha profissional particular e Freud e Erik
Erikson. Na questão de analisarmos cada uma das perguntas, as perguntas
fechadas nos deram a entender que a quantidade de pessoas do sexo feminino ao
escolher o curso de psicologia é ainda superior ao masculino, e que a idade
predominante é por volta de 25 anos, mas que muitos desses alunos não sabem
nada sobre si mesmos.
Quando perguntamos sobre o que levou eles a fazerem tal curso, o fato de
ajudar o próximo ficou bem marcado nas respostas levantadas, o que nos remete a
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entender que esses alunos buscam a partir de seu próprio conhecimento equiparar a
vida das pessoas com as delas. Basicamente já que a grande maioria nunca se
conheceu, fica claro que essa resposta fica comprometida.
“Como ajudar os outros, se eu não me conheço?” a resposta fica clara,
quanto a ideia de auto-eficácia de Bandura, nossas emoções enquanto aos gostos
pessoais, são vinculados com a nosso cotidiano, mas não são os únicos fatores que
levam a escolhas da vida. É preciso se apoiar em outros fatores primordiais além da
própria experiência do individuo.
A segunda pergunta aberta foi às expectativas quanto ao curso, na qual é
um curso de faculdade, e tais entrevistados estão começando-o. Fica claro a
vontade de aprender, mais e mais quanto a Psicologia em si, para entender tanto a
si, tanto os outros. A comparação entre as ideias aprendidas no curso com a vida
real é clara, já que nós só podemos caracterizar um diagnostico a partir de um
exemplo.
A sexta pergunta, também aberta, fala sobre o futuro. Como a pessoa se vê
no final do curso, a grande maioria se vê como profissional da área, sem duvida
alguma. Como Erik Erikson diz em sua teoria, é forte a vontade do ser humano na
fase adulta a buscar sua identidade profissional.
A ultima pergunta, é uma pergunta semi-aberta, ela exprimi a satisfação
pessoal das pessoas entrevistadas com o curso. Muitas vezes, nós até estamos
muito focados e motivados a fazer certas tarefas em nossas vidas, entretanto, o
instrumento dessa tarefa pode vir a ser problemática, ou até mesmo um tipo de
“gambiarra” objetal. O motivo dessa afirmação é que 12 entrevistados (quase 50%)
disseram que a satisfação é ótima quanto ao curso, mas 7 entrevistados (quase
25%) não quiseram responder uma justificativa sobre seus motivos. Outras opções
foram, Tudo que se imaginava (3 pessoas), Dentro das expectativas (2 pessoas),
Crê que fez a escolha certa (2 pessoas), entre outros. Dá para entender claramente
que ou a pessoa fez a escolha correta e está muito feliz com o curso, ou ainda é
reticente, talvez não pelo curso em si, mas outros fatores que estão inerentes com o
curso. Essa ultima pergunta, remete ao que foi explicado de acordo com a Teoria da
Autodeterminação. As pessoas são motivadas por dois tipos de orientações; a
extrínseca e a intrínseca. A orientação intrínseca refere-se à inclinação natural para
a assimilação, interesse, o seu domínio próprio e a exploração espontânea (RYAN,
DECI, 2000), enquanto a extrínseca, é identificada como uma motivação para
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trabalhar em resposta a alguma tarefa. Então, quando estamos fazendo algo que
gostamos, podemos dizer que somos orientados intrinsecamente por nossas
motivações, que como base nas teorias de Freud e Bandura, estão associados aos
nossos prazeres e gostos. Entretanto, ela é identificada e possivelmente freada por
motivações extrínsecas relacionadas ao curso também, determinando assim,
duvidas, não pelo gostar da matéria em si, mas em relação a forma como a matéria
vem até eles.
Partindo da análise final dos dados obtidos, quantitativos e qualitativos,
pudemos obter uma comprovação de que, os alunos iniciantes do curso, não se
conhecem adequadamente para dizer com veemência o fator mais predominante
para fazer tal curso e por assim dizer, se tornarem exímios profissionais.
Quando eles falam sobre a oportunidade de ajudar o próximo, como um fator
motivacional, será mesmo esse o ponto que estes alunos almejam? Um psicólogo
tem como premissa básica, ajudar o próximo como fator profissional, é uma questão
ética para o profissional, e não moral. Todos ali, deverão ajudar o próximo, por sua
ética profissional, e não por sua preferência. Tanto é que o foco no trabalho ao fim
do curso foi sua maior resposta quanto ao futuro, se realmente ajudar o próximo
fosse uma motivação real, será mesmo que o foco no trabalho seria a maior
importância no final do curso? Além do que a obtenção de conhecimento para
muitos, torna-se claro a ideia pressuposta no artigo, que é exatamente a busca de
entendimento pessoal. Partindo disso, temos algumas relevâncias finais a dizer:
Fica evidente a falta de critério quanto aos entrevistados em relação a sua
verdadeira motivação quanto ao curso. Muitos não disseram o que achavam do
curso, mas se focaram em dizer que a ajuda ao próximo era o seu maior fator
predominante para fazê-lo. Sabendo que a maioria não faz terapia, será que
podemos concretizar essa ideia?
Precisamos ainda mais de estudos sobre esse tema, nada pode ser comprovado
somente com hipóteses classificadas por opiniões que provavelmente os próprios
entrevistados não sabem. Mas advirto que a partir dessa premissa teórica, podemos
classificar e até mesmo testar vários tipos de fórmulas para entender certas atitudes
comportamentais e emocionais sobre o indivíduo que busca nesta profissão algum
tipo de motivação interior.
Outras perguntas ficaram sem respostas. Por que a maioria dos entrevistados nunca
fez terapia? Será que eles não acreditam na sua futura profissão? Qual o motivo
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deles não opinarem sobre sua avaliação pelo curso em si? Será que o teste
vocacional não seria eficaz nas faculdades principalmente no primeiro período para
avaliar se realmente a pessoa está apta ou com motivação o suficiente para seguir
na graduação? Podemos obter mais informações com o tempo, caso pesquisas
como essas seja feitas com o tempo.

6- CONSIDERAÇÕES FINAIS

É um argumento justificado a partir desse artigo que a ideia central dos


pesquisadores é a identificação de duvidas referente a pessoas no âmbito da
faculdade que se rementem a cursar tal graduação, como se fosse uma autoterapia.
O artigo nos esclarece a dúvida sobre o fator mais predominante que um aluno do
primeiro período de faculdade em psicologia tem para fazer tal curso. Em virtude dos
fatos mencionados, levando em conta o que foi observado pelos pesquisadores, é
notado que o fator mais predominante é o de entender as questões pessoais. A
escolha profissional é a expressão do próprio sujeito, é o resumo de sua história
particular. Conhecer seus reais motivos significa conhecer sua história de vida, suas
vivências psíquicas, suas marcas, as impressões primeiras. E a profissão como
escolha, com um ato, é refém desses efeitos. É, portanto, também uma busca de
resolução. Quando um estudante de psicologia tem como motivação fundante para
sua escolha questões assentadas em problemáticas pessoais, pode haver uma
confusão no que se refere ao trabalho chamado, profissional em Psicologia. É
imprescindível que, diante dos argumentos expostos, seria necessária uma
mudança cultural em relação a sua escolha profissional, através de uma base
educacional mais estruturada, na busca do indivíduo em se conhecer, a partir de
terapias nas escolas, com o intuito de não desenvolver uma autoterapia na
faculdade e sim, uma porta para sua vocação profissional na qual a pessoa saia da
fase de identidade para sua real profissão. É claro que as questões colocadas aqui
são subjetivas e cada entrevistado tem independente das suas comprovações
autoterápicas no decorrer do curso, pode ao mesmo tempo almejar um futuro na
profissão vigente, não precisando então de uma busca concisa com tal profissão, já
que ele alia suas questões com seu gosto profissional. Mas seriam necessários mais
estudos sobre o caso, avaliando critérios, formas e até técnicas para avaliar,
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desmistificar e contribuir com uma melhor qualidade profissional para as pessoas


que ainda nessa fase buscam seus meios para um futuro melhor, mas estão
envoltos somente de suas satisfações pessoais e não experiências de vida.
Lembrando que a terapia é um meio preventivo e necessário para busca do seu eu
interior, não somente para sua profissão, mas também para sua vida pessoal e
coletiva. Então é imprescindível, principalmente para aqueles que foram
entrevistados e futuros acadêmicos da área buscar a terapia como forma de resolver
suas questões, quebrar paradigmas e reconhecer-se como verdadeiramente é, para
descobrir se seu caminho é trilhável ou somente uma satisfação para resolução de
seus próprios problemas.
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8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BANDURA, A. (1986). Social foundations of thought and action: A social


cognitive theory. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall.

BANDURA, A. Self-Efficacy. In: RAMACHAUDRAN, V.S. Encyclopedia of human


behavior. New York: Academic Press. v. 4, p. 71-81, 1994. Reprinted In: Friedman,
H. (Ed.). Encyclopedia of mental healt. San Diego: Academic Press, 1998.

MORRIS C. G.; MAISTO A. A. Introdução a Psicologia. Pearson Editora, 2004, 6


ed.

PAPALIA, D. E.; OLDS S. W. ; FELDMAN R. D. Desenvolvimento Humano,


Tradução: Daniel Bueno, Editora Artmed, 2009, 8 ed.

ROZA, L. A. G. Freud e o Inconsciente. Rio de Janeiro – Jorge Zahar Editora,


2009, 24 ed.

RYAN, R. M.; DECI, E. L. Self-Determination Theory and the Facilitation of


Intrinsic Motivation, Social Development and Well-Being. American Psychologist,
v. 55, n. 1, p. 68-78, 2000. 

SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. Tradução da


edição norte-americana – São Paulo: Cengage Learning Editora, 2009.
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8 – ANEXO
ESSE QUESTIONÁRIO FAZ PARTE DE UM ARTIGO CIENTÍFICO SOBRE O
FATOR MAIS PREDOMINANTE DOS ALUNOS DO 1º PERÍODO A SE
INGRESSAREM NO CURSO DE PSICOLOGIA. AVISAMOS QUE NINGUÉM É
OBRIGADO A FAZER TAL TESTE. AGRADECEMOS DESDE JÁ A
OPORTUNIDADE E A PACIÊNCIA.

1) Qual é o seu sexo (gênero)?


 Masculino ( ) Feminino ( ) Outros ( )

2) Qual é a sua idade?

______anos

3) Você já fez ou faz terapia? 

Sim (   ) Quanto tempo? ---------------------------

Não (   )       

4) Qual foi sua maior motivação ao entrar no curso de Psicologia?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

5) Quais são suas expectativas com o curso de psicologia?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

6) o que você espera do curso de psicologia?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

7) Qual é o grau de satisfação pessoal para com o curso? Justifique sua escolha.

Ótimo( ) Bom ( ) Satisfatório ( ) Mais ou menos ( ) Ruim ( ) Pessimo ( )

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Agradecemos a sua ajuda na pesquisa, muito obrigado.

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