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Por Tábata Viapiana
Jintana Pokrai
Com esse entendimento, a 11ª Câmara de Direito
Público do Tribunal de Justiça de São Paulo
julgou improcedente uma ação contra o prefeito de
Araraquara, um ex-secretário da Fazenda e uma
empresa de logística e transportes, acusados de
atos de improbidade administrativa, que teriam se
configurado com a indevida concessão de
benefício fiscal em prejuízo ao erário.
Sem dolo, TJ-SP absolve empresa e prefeito
Em ação civil pública, o Ministério Público alegou
por concessão de benefício fiscal
que o prefeito e o ex-secretário teriam viabilizado
a concessão do benefício fiscal à empresa ré,
correspondente à redução da alíquota de 3% para 2% do ISSQN, entre outubro de 2008
e dezembro de 2011, sem que a beneficiária comprovasse as condições previstas
em legislação municipal. O prejuízo ao erário, segundo o MP, seria de R$ 246 mil.
Contudo, o relator, desembargador Jarbas Gomes, não verificou dolo na conduta dos réus.
Ele considerou que a empresa cumpriu os requisitos previstos em lei municipal para
receber o benefício fiscal: manter pelo menos dez empregados em seus quadros e
apresentar um plano de metas para investimentos no município. À época da concessão do
benefício, a empresa tinha 41 trabalhadores.
"O fato de as metas expostas no pedido de isenção não terem se concretizado não sugere
conluio doloso entre os agentes públicos e a pessoa jurídica; insere-se, antes, dentro da álea
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08/07/22, 07:58 ConJur - TJ-SP absolve empresa e prefeito por concessão de benefício fiscal
Assim, para o relator, os atos dos agentes públicos se limitaram ao incentivo para atrair a
empresa, que tinha sede em Araras e depois se transferiu para Araraquara, com o mero
propósito de investir e gerar empregos no município, sem evidência de intenção de
favorecimento indevido em detrimento do erário público.
"E, não tendo o autor se desincumbido do ônus de produzir prova estreme de dúvidas de
que os réus houvessem conspirado e agido para lesar o erário, a pretensão posta na inicial
não pode ser acolhida", completou Gomes, concluindo que, diante da ausência de dolo, o
caso prescreveu, já que a ação foi proposta oito anos após a concessão do benefício fiscal.
A decisão foi por unanimidade.
Processo 1017203-85.2016.8.26.0037
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