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MICOLOGIA

COLÉGIO ESTADUAL ELZIRA CORREIA DE SÁ


TÉCNICO EM FARMÁCIA
MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA
PROF. ALINE DA SILVA JUSTO
OBJETIVOS

INTRODUÇÃO MORFOLOGIA CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICO


Métodos de coleta;
Classificação das Coloração;
Objeto de estudo da Aspectos macroscópicos
micoses conforme a Semeadura;
micologia e microscópicos
região infectada
Meios de cultura;
Observação
macroscópica e
microscópica
2
INTRODUÇÃO
A Micologia compreende um vasto campo de estudo, envolvendo microrganismos
conhecidos por fungos, leveduras e actinomicetos, embora estes últimos estejam hoje
classificados entre as bactérias.

3
INTRODUÇÃO

Estes organismos são


encontrados praticamente em
qualquer local do ambiente
que nos cerca, inclusive no ar,
onde estruturas reprodutivas,
na forma de esporos ou
condios, estão prontas para,
ao cair em um substrato
adequado, desenvolver novas
estruturas vegetativas e
reprodutivas.

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➢ Na agricultura ocupam lugar importante na
INTRODUÇÃO Fitopatologia;
➢ Na veterinária, também, com produção de
micoses animais.
IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS NA
INDÚTRIA
➢ Na medicina humana, além de micoses
produzidas por verdadeiros parasitos,
aumenta cada vez mais o número de
Envolvendo produtos químicos micoses produzidas por saprófitos (micoses
oportunistas ou ocasionais), bem como
e farmacêuticos, comestíveis, surge um campo novo de estudo, ou melhor,
laticínios, bebidas alcoólicas amplia-se com o aparecimento de doenças,
de todos os tipos, devido , em devido a ingestão de alimentos
grande parte, às propriedades contaminados por fungos,
fermentativas das leveduras.
IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS

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MORFOLOGIA
CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS
CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
QUANTO A QUANTIDADE DE CÉLULAS

UNICELULAR

PLURICELULAR

Morfologia
CONCEITOS

• Hifa é o nome que se usa para


designar os filamentos dos
fungos.
• Micélio é o conjunto das hifas.
• Esporos: são estruturas
pequenas produzidas em
grande quantidade por fungos,
com capacidade de gerar um
novo indivíduo.

Morfologia
Morfologia 8
9
Morfologia 10
HIFAS
• Quanto a espessura:
• são delgadas nos Actinomicetos,
produtoras de actinomicose, micetoma
actinomicótico e pseudomicoses
superficiais (eritrasma e tricomicose
axilar). Delgada, significa em torno de 1
μm, mais ou menos. Atualmente a hifa
delgada é denominada filamento
bacteriano.
• As hifas mais espessas, de 2 até mais de
10 μm, são próprias dos fungos
verdadeiros.

Morfologia 11
Quanto à presença de septos: as hifas podem ser asseptadas ou contínuas ou
cenocítica, sendo próprias da classe zigomicetos (ficomicetos), agentes das
HIFAS: zigomicoses. As hifas septadas (fig.1.2 ) pertencem às outras 3 classes.

SEPTADAS

CENOCÍTICA

Morfologia 12
Morfologia 13
HIFAS
• Hifas verdadeiras são as que crescem
sem interrupção, a partir de germinação
de um esporo.
• As falsas hifas ou hifas gemulantes ou
pseudo-hifas são as que crescem por
gemulação ou por brotamento sucessivo.
São características das leveduras ou
fungos que se reproduzem por
gemulação (brotamento) e produzem as
leveduroses (sapinho) bucal, sapinho
vaginal, unheiro das donas de casa etc.

Imagem: Pseudohifas, blastoconídios e clamidoconídios.


Morfologia Candida albicans (microcultura, 400x).
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Coloração: As hifas hialinas de cores claras são chamadas mucedíneas. As hifas de tonalidade
escura ou negra são hifas demácias; neste caso, as micoses por elas produzidas são chamadas
HIFAS Demaciomicoses. Exemplos: Cromomicose e Tinea nigra.

HIFAS DEMÁCIAS

HIFAS HIALINAS

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ESPOROS
• Artroconídios - São esporos que se
formam pelo simples
desmembramento das hifas septadas.
Juntamente com estas últimas,
servem para diagnosticar, num
raspado cutâneo, as Dermatofitoses
(impingens, ácido úrico, “frieira”,
onicomicoses). É o único tipo de
esporo encontrado no gênero
Geotrichum sp. É um esporo
importante na disseminação da
COCCIDIOIDOMICOSE.
Imagem: Hifa septada fragmentada em artroconídios
Morfologia
Morfologia (micromorfologia, 400x).
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ESPOROS
• Blastoconídios: É o esporo que se
forma por gemulação (brotamento).
Encontrado normalmente nas
leveduras. O micélio gemulante ou
pseudomicélio das leveduras também
produz blastoconídio.

Morfologia
Morfologia 17
MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO

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COLETA

1
9
Sugestão de Acondicionamento para Transporte: O material coletado
DERMATOFITOSES E deverá ser acondicionado entre duas lâminas de microscopia, presas uma
contra a outra com esparadrapo ou a própria etiqueta de identificação do
MICOSES SUPERFICIAIS paciente, envoltas em papel alumínio e identificadas no seu exterior com o
nome do paciente.

COLETA SUBUNGUEAL UNHAS APARENTEMENTE SADIA


Desprezar o primeiro material Sem unicólise, sem paroniquia:
removido e recolher todo o Fazer a coleta de contorno por
material possível até a região toda a extensão do (s) dedo (s).
sadia da unha.

Coleta Sempre limpar a área a ser coletada com álcool 70%.


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Dermatofitoses e
micoses superficiais
Raspagem do local
Materiais:
• Bisturi
• Placa de Petri
• Lâminas
Obs:
• Se possível, colher mais de um fragmento em
caso coleta por Punch (micoses profundas).
• Acondicionar o material em salina estéril e
coletor estéril.
• Conservação da Amostra até o Envio: Manter
a temperatura ambiente e ao abrigo da luz.
Coleta 22
Dermatofitoses e
micoses superficiais
Raspagem do local
Materiais:
• Bisturi
• Placa de Petri
• Lâminas
Obs:
• Se possível, colher mais de um fragmento
em caso coleta por Punch.
• Acondicionar o material em salina estéril
e coletor estéril.
• Conservação da Amostra até o Envio:
Manter a temperatura ambiente e ao
abrigo da luz. 23
MICOLÓGICO
DIRETO

2
4
EXAME DIRETO

• A fresco: sem fixação, entre lâmina


e lamínula, misturados com certos
Qualquer espécie de material líquidos de exame como potassa
patológico presta-se ao (hidróxido de potássio) em
exame direto: raspado percentagens diversas, soda
cutâneo, pêlos, cabelos, (hidróxido de sódio), Lactofenol de
Amann, Lugol
unhas, exsudatos diversos,
escarros, urina, fezes, sangue, • A fresco: fixado na lâmina e
líquor, medula óssea, corado por um método, tal como o
fragmentados de tecidos. Gram, o Ziehl, o Giemsa e o PAS.

Micológico direto 25
EXAME DIRETO

• A fresco: sem fixação, entre lâmina


e lamínula, misturados com certos
Qualquer espécie de material líquidos de exame como potassa
patológico presta-se ao (hidróxido de potássio) em
exame direto: raspado percentagens diversas, soda
cutâneo, pêlos, cabelos, (hidróxido de sódio), Lactofenol de
Amann, Lugol
unhas, exsudatos diversos,
escarros, urina, fezes, sangue, • A fresco: fixado na lâmina e
líquor, medula óssea, corado por um método, tal como o
fragmentados de tecidos. Gram, o Ziehl, o Giemsa e o PAS.

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Azul de PAS
lactofenol

Gram Giemsa 27
Análise

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TIPOS DE
MICOSE

2
9
TIPOS DE MICOSE

SUPERFICIAIS CUTÂNEAS

• Pitiríase versicolor
• Dermatofitoses
• Piedra branca
• Candidíase
• Piedra negra

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TIPOS DE MICOSE

SUBCUTÂNEAS SISTÊMICAS
• Cromomicose
• Esporotricose
• Micetoma (eumicetoma e
actinomicetoma) • Paracoccidioidomicose
• Zigomicose
• Rinosporidiose • Histoplasmose
• Doença de Jorge Lobo
• Feo-hifomicose
• Hialo-hifomicose

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TIPOS DE MICOSE

OPORTUNISTAS OPORTUNISTAS

• Aspergilose • Criptococose

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MICOSES SUPERFICIAIS
Micoses que desenvolvem alterações apenas na camada mais
superficial do estrato córneo e não induz, na maioria das vezes,
qualquer resposta inflamatória no hospedeiro.

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DERMATOFITOSE
Os aspectos clínicos das lesões dermatofíticas são bastante variados
e resultam da combinação de destruição da queratina associada
a uma resposta inflamatória, mais ou menos intensa, na
dependência do binômio parasito/hospedeiro.

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TIPOS DE MICOSE

TINEA PEDIS – TINHA DO PÉ

TINEA UNGUEUM - TINHA DA


UNHA, ONICOMICOSE

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TIPOS DE MICOSE

TINEA CORPORIS - TINEA CIRCINADA


(TINHA DE PELE GLABA)

TINEA BARBAE – TINHA DA


BARBA

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TIPOS DE MICOSE

TINEA CRURIS - TINHA DA REGIÃO


INGUINO-CRURAL

TINEA CAPITIS - TINHA DO


COURO CABELUDO

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TINEA FÁVICA

• Tinea alopeciante

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FUNGOS
CAUSADORES

3
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FUNGOS - TRICHOPHYTON
• Tinea pedis, Tinea ungueum, Tinea
corporis, Tinea cruris
• Crescimento em 12-16 dias em ágar
Sabouraud.
• Colônias com textura algodonosa,
apresentam tonalidade branca
(jovens), avermelhada (envelhece)
• Microconídeos (regulares e
piriformes)
• Macroconídeos (clavas alongadas,
quase com um aspecto cilíndrico e
com duas a nove septações. T. rubrum
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FUNGOS - TRICHOPHYTON
• Tinea pedis, Tinea ungueum, Tinea
corporis, Tinea capitis
• Crescimento em 12-16 dias em ágar
Sabouraud.
• Textura pulverulenta - branco-
amarelado ao castanho-avermelhado
• Microconídeos arredondados e
agrupados - aspecto em cacho
• Macroconídeos (como um charuto,
com um a seis septos transversais);
• Hifas em espiral.
T. mentagrophytes
41
FUNGOS - TRICHOPHYTON
• Tinea barbae, Tinea corporis
• Crescimento lento que varia de
13-25 dias.
• Textura veludoso, pigmentação do
verso que varia do branco ao
amarelo ocre.
• Não apresenta microconídeos nem
macroconídeos.
• Quantidade de cadeias formadas por
clamidoconideos grandes.

T. verrucosum
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FUNGOS - TRICHOPHYTON
• Tinea fávica
• Crescimento lento que varia de 14 a
30 dias.
• Textura veludosa e pigmentação que
varia do bege ao castanho escuro.
• Não apresenta microconídeos nem
macroconídeos.
• Hifas septadas e em bifurcação,
associadas a hifas em forma de
candelabro e a hifas em forma de
cabeça de prego.
T. schoenleinii
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FUNGOS - MICROSPORUM
• Lesões do couro cabeludo,
caracterizada por grandes placas de
alopécia, principalmente em crianças.
• Crescimento rápido de 6-10 dias.
• Textura algodonosa de tonalidade
branca.
• Macroconídeos fusiformes
verrucosos, de paredes grossas e com
numerosas septações, que variam de
5 a 7.
• Microconídeos sem em quantidade
variadas e sem nenhum valor M. canis
diagnóstico.
FUNGOS - MICROSPORUM
• Espécie geofílica, que infecta o
homem através do contato com o
solo contaminado.
• Colônia de crescimento rápido 3-5
dias.
• Textura pulverulenta com
pigmentação amarelo-acastanhado.
O reverso pode apresentar variações
de cores que vão do alaranjado ao
marrom.
• Macroconídeos simétricos, com 3-7
septos de paredes finas, extremidade
arredondada e superfície levemente M. gypseum
rugosa.
FUNGOS - EPIDERMOPHYTON
• Espécie geofílica, que infecta o
homem através do contato com o
solo contaminado.
• Crescimento rápido 7-10 dias.
• Textura algodonosa. A coloração dos
bordos e do verso é amarelo-
esverdeada. O reverso da colônia
tende a acompanhar a coloração do
verso.
• Macroconídeos de parede fina, com 2
a 5 septos e agrupados em cachos.
E. floccosum
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CANDIDÍASE
Doenças causadas por Cândida albicans e outras espécies. O habitat da Candida é bastante amplo, no
homem essa levedura habita a mucosa digestiva e por contigüidade a mucosa vaginal. A infecção pode
atingir mucosas, tecido cutâneo e em alguns casos pode ser sistêmica. As manifestações clínicas
apresentam grande diversidade de quadros, podendo ser divididas em três grandes grupos:
Candidíase cutâneo-mucosa, Candidíase sistêmica e candidíase
alérgica.

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ASPERGILOSE
A aspergilose é uma infeção fúngica oportunista das mais comuns em todo o mundo,
provocada por algumas das espécies do género Aspergillus. A inalação de esporos de fungos
podem causar doenças pulmonares que vão desde a inflamação local das vias aéreas para
infeções graves e com risco de vida do pulmão, tais como aspergilose broncopulmonar
alérgica, aspergilose invasiva.

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ANTIFÚNGICOS
COLÉGIO ESTADUAL ELZIRA CORREIA DE SÁ
TÉCNICO EM FARMÁCIA
MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA
PROF. ALINE DA SILVA JUSTO

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RELEMBRANDO
Micose Tecido Espécies
Malassezia spp.
Extrato córneo do tecido epitelial, Hortaea werneckii
Superficial Piedraia hortae
pelo e cabelo
Trichosporon spp.
Trichophyton spp.
Porções queratinizadas da pele, pelo
Cutâneo Microsporum spp.
e cabelo
Epidermophyton floccosum
Sporothrix spp.
Subcutâneo Derme, músculos e tecido conjuntivo
Fonsecaea pedrosoi
Paracoccidioides spp.
Inicia-se com uma infecção pulmunar
Sistêmico endêmico Histoplasma capsulatum
podendo atingir qualquer órgão
Coccidioides spp.
Candida spp.
Cryptococcus spp.
Sistêmico Qualquer tecido Aspergillus spp.
Fusarium spp.
Zigomycetes, Rhizopus
SÍTIOS DE AÇÃO DOS ANTIFUNGICOS

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FÁRMACOS QUE ATUAM
NA PAREDE CELULAR:
Equinocandinas:
• Tem como alvo a β-(1,3)-glucana
sintase, impedindo a síntese da β-
(1,3)-glucana e também a quitina-
sintase impedindo a síntese de
quitina. Sendo a β-(1,3)-glucana o
principal constituinte da parede e a
quitina a responsável por sua
ancoragem, as equinocandinas
destroem a parede celular da célula
fúngica.

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Perda da integridade da
parede celular
Fragilidade Osmótica
Efeito fungicida

Via de administração IV uma vez por dia.


Ativos contra:
Candida spp. – fungicida
Aspergillus spp. – fungistático

Indicação: candidíase esofágica,


candidemia, candidíase invasiva,
Aspergilose invasiva refratária a
outros antifúngicos 53
FÁRMACOS QUE ATUAM NA MEMBRANA PLASMÁTICA:
AZOIS

IMIDAZOIS TRIAZOIS
Medicamentos de uso tópico (exceto Os triazóis tem apresentações de uso oral
cetoconazol que também apresenta e intravenoso, bem como uso tópico
versão de uso oral) utilizados para o também. Essas drogas apresentam maior
tratamento de micoses superficiais e espectro de ação
cutâneas e estão presentes em shampoos
e pomadas.

Atuam sobre a enzima 14α-demetilase no citocromo P-450, impedindo a transformação do lanosterol em 14-demetil-
lanosterol. Altas doses inibem enzimas mitocondriais e perioxidativas (peroxidase e catalase), levando ao acúmulo de 54
H2O2. Tem como efeito final um aumento da permeabilidade da membrana e morte celular.
FÁRMACOS QUE ATUAM
NA MEMBRANA
PLASMÁTICA: ALILAMINAS

• Inibe a enzima esqualeno epoxidase


Efeito antifúngico devido o acúmulo
de esqualeno e falta de ergosterol;
• Onicomicoses causadas por
dermatófitos;
• Efetivo em 90 % dos casos
• Uso tópico (1% em creme) e oral;

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FÁRMACOS QUE INIBEM A
PAREDE CELULAR:
POLIÊNICOS

• Os poliênicos ligam-se ao ergosterol


já sintetizado e inserido na
membrana, formando uma molécula
grande que abre poros na mesma. A
célula fúngica morre pela perda do
controle do fluxo de água e íons.

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FÁRMACOS QUE INIBEM A
PAREDE CELULAR:
POLIÊNICOS

• Os poliênicos ligam-se ao ergosterol


já sintetizado e inserido na
membrana, formando uma molécula
grande que abre poros na mesma. A
célula fúngica morre pela perda do
controle do fluxo de água e íons.

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POLIÊNICOS: ANFOTERICINA B

• Auxiliar da terapia antifúngica nas micoses


graves e invasivas.
• Embora a anfotericina B não tenha boa
penetração no líquido cerebrospinal, ainda
assim é eficaz contra certas micoses
como meningite criptocócica.
• Para micoses crônicas, o tratamento é
iniciado geralmente com desoxicolato de
anfotericina B, ≥ 0,3 mg/kg, por via
intravenosa (IV), uma vez ao dia,
aumentando-se, conforme a tolerância,
para a dose desejada (0,4 mg/kg a 1,0
mg/kg; geralmente, não > 50 mg/dia);
muitos pacientes toleram a dose desejada
no primeiro dia.
• Para micoses agudas, com risco de vida,
desoxicolato de anfotericina B pode ser
iniciado na dose de 0,6 a 1,0 mg/kg uma vez 58

ao dia.
ANFOTERICINA B

DESOXICOLATO À BASE DE LIPÍDIOS


Sempre deve ser administrada em Vários veículos lipídicos reduzem a
soro glicosado (D/W, dextrose in toxicidade da anfotericina B (em
water) a 5%, pois sais podem particular nefrotoxicidade e
precipitar a fármaco. Com sintomas relacionados com a
frequência, é administrada durante infusão).
cerca de 2 a 3 horas, embora
infusões mais rápidas, por volta de Apresentações lipídicas têm
20 a 60 minutos, sejam seguras em preferência sobre a anfotericina B
pacientes selecionados. convencional, pois causam poucos
sintomas relacionados com a
infusão e menos nefrotoxicidade.

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FORMULAÇÕES LIPÍDICAS DE ANFOTERICINA B

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FORMULAÇÕES LIPÍDICAS DE ANFOTERICINA B

Vantagem Desvantagem
• Maior afinidade pela célula
fúngica
• Custo muito elevado (~100 x
• Menor toxicidade, por
a mais que a AnfotericinaB
impedir liberação nas células
desoxicolato
do hospedeiro
• Permite maiores dosagens

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POLIÊNICOS: NISTATINA
• 1º poliênico (1949)
• Isolado de Streptomyces noursei
• Uso somente tópico – suspensão,
pastilhas, pomadas, cremes
• Tratamento de dermatófitos e
infecções mucocutâneas por Candida
• Altamente tóxico
• Má absorção mucocutânea
• Usado no tratamento de infecções
mucocutâneas (Ex. lavagem bucal, SGI)
• Efeitos colaterais: Náuseas, vômito,
diarréia com dose elevada

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Tiolase
Acetil-CoA Acetoacetil-CoA

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ERGOSTEROL
GRISEOFULVINA
• É a droga de escolha no tratamento de
dermatofitoses.
• Ela penetra na célula fúngica por um
mecanismo energia-dependente e assim
impede a interação entre alfa e beta-
tubulinas, afetando a montagem e
funcionamento dos microtúbulos e
desfazendo o fuso mitótico. O resultado é a
inibição da multiplicação do fungo (efeito
fungistático).A associação prolongada da
griseofulvina com as células produtoras de
queratina permite o novo crescimento da
pele, dos cabelos ou das unhas livres de
infecção por dermatófitos

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FÁRMACOS QUE
COMPROMETEM A
SÍNTESE DE DNA E RNA:
• Trata-se de um grupo representado
pela Fluorcitosina (5FC).
• A 5FC entra na célula fúngica por uma
permease citosina-específica,
inexistente em mamíferos. É
convertida por várias etapas em 5-
fluorodesoxiuridina 5’ monofosfato
(5- FdUMP), sua forma ativa.

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FÁRMACOS QUE
COMPROMETEM A
SÍNTESE DE DNA E
RNA:
• A droga ativa é um falso
nucleosídeo que inibe a
timidilato sintetase, privando
o fungo do aporte de ácido
timidínico, componente
essencial do DNA. O
mononucleotídeo não natural
é biotransformado a
trinucleotideo, sendo
incorporado ao RNA do fungo,
onde desorganiza a síntese de
ácidos nucleicos e proteínas
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