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POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS

AJUDÂNCIA-GERAL

SEPARATA
DO
BGPM

Nº 47

BELO HORIZONTE, 28 DE JUNHO DE 2016.

Para conhecimento da Polícia Militar de Minas


Gerais e devida execução, publica-se o
seguinte:
Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).
Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.
Circulação Restrita.

Minas Gerais. Polícia Militar. Comando-Geral.


M663i
Instrução n. 3.03.11/2016-CG: Regula a implantação da Rede de
Proteção Preventiva nas comunidades do Estado de Minas Gerais. 2.ed. rev.
Belo Horizonte: Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3),
2016.

33 p.: il.

1. Rede de Proteção Preventiva. I. Barbosa, Eduardo Domingues


(coord.). II. Rocha, Cláudio Vítor Rodrigues (rev.). III. Polícia Militar de
Minas Gerais. Comando-Geral. IV. Título.

CDU - 351.746.7
CDD – 352.2
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da APM - PMMG

ADMINISTRAÇÃO
Estado-Maior da Polícia Militar
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas, Rodovia Papa João Paulo II, nº
4143 – 6º Andar – B. Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900.
Telefone: (31) 3915-7806.

SUPORTE METODOLÓGICO E TÉCNICO


Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3)
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas, Rodovia Papa João Paulo II, nº
4143 – 6º Andar – B. Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900.
Telefone: (31) 3915-7799.
GOVERNADOR DO ESTADO
Fernando Damata Pimentel

COMANDANTE-GERAL DA PMMG
Coronel PM Marco Antônio Badaró Bianchini

CHEFE DO ESTADO-MAIOR
Coronel PM André Agostinho Leão de Oliveira

SUBCHEFE DO ESTADO-MAIOR
Coronel PM Robson José de Queiroz

SUPERVISÃO TÉCNICA
Ten Cel PM Cláudio Vítor Rodrigues Rocha

1ª EDIÇÃO - 2011 2ª EDIÇÃO REVISADA - 2016


Ten Cel PM Idzel Mafra Fagundes Ten Cel PM Eduardo Domingues Barbosa
Maj PM Alexandre Nocelli Maj PM Paulo Márcio de Assis Jacinto
Maj PM Lupércio Peres Dalvas Cap PM Jackson Carlos da Costa Ramos
Cap PM Edivaldo Onofre Salazar 1º Ten PM Ricardo Pereira Araújo Gomes
Cap PM Nilton Roberto da Silva 1º Ten PM Gabriel Felipe Pereira
Cap PM Paulo Márcio de Assis Jacinto 1º Sgt PM Márcio Correa de Oliveira
1º Ten PM Carlos Magno de Sousa Vilaça 3º Sgt PM Stella Maris Pereira
1º Ten PM Débora Santos Perpétuo Antunes
1º Ten PM Walison dos Santos Alves REVISÃO DOUTRINÁRIA
2º Sgt PM Luiz Henrique de Moraes Firmino Maj PM Ralfe Veiga de Oliveira
2º Sgt PM Claudiney Barroso
2º Sgt PM Eustáquio Murilo S. Neto
Cb PM Danielle Sueli Ventura

REVISÃO FINAL
Ten Cel PM Cláudio Vítor R. Rocha
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CG - Comando Geral
EMPM - Estado Maior da Polícia Militar
KOBAN - Pequenos postos policiais comunitários avançados (Japão)
ONG - Organização Não Governamental
QCG - Quartel do Comando Geral
PM - Polícia Militar ou Policial Militar
PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais
SENASP - Secretaria Nacional de Segurança Pública
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5
2 OBJETIVOS .................................................................................................................................................... 7
2.1 GERAL .......................................................................................................................................................... 7
2.1 ESPECÍFICOS .................................................................................................................................................. 7
3 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................................................. 8
4 A REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA FRENTE AO TRIÂNGULO DE ANÁLISE DO CRIME ................................. 11
5 PRESSUPOSTOS BÁSICOS PARA A CRIAÇÃO DE REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA ...................................... 13
5.1 SENSIBILIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES ............................................................................................................... 13
5.2 A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO .............................................................................................. 13
5.3 O CONCEITO E A CRIAÇÃO DAS REDES DE PROTEÇÃO PREVENTIVA......................................................................... 14
5.4 SUB-REDES DE VERIFICAÇÃO ........................................................................................................................... 16
5.5 SUB-REDES DE VIGILÂNCIA MÚTUA .................................................................................................................. 17
5.6 SUB-REDES DE IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................................................ 18
6 SISTEMATIZAÇÃO DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA ............................................................................ 19
6.1 ROTEIROS DE AÇÃO PARA A CRIAÇÃO DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA ............................................................. 19
6.2 CADASTRO DOS PARTICIPANTES DAS REUNIÕES DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA................................................ 21
6.3 PLACAS INDICATIVAS DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA .................................................................................. 22
6.4 SOLENIDADE DE IMPLANTAÇÃO DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA..................................................................... 22
6.5 MANUTENÇÃO DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA .......................................................................................... 22
6.6 MUDANÇAS NO MODO DE AGIR DO POLICIAMENTO PREVENTIVO .......................................................................... 24
7 CONCLUSÃO ............................................................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................................... 26
ANEXO “A” (MODELO DE CONVITE PARA PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) À
INSTRUÇÃO N° 3.03.11 /16-CG............................................................................................................................ 28
ANEXO “B” (FORMULÁRIO DE CADASTRO DE INTEGRANTES DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) À INSTRUÇÃO
N° 3.03.11/16-CG. ............................................................................................................................................... 29
ANEXO “C” (MODELO DE ATA DAS REUNIÕES DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) À INSTRUÇÃO N° 3.03.11
/16-CG. ............................................................................................................................................................... 30
ANEXO “D” (FOLDER CONTENDO DICAS DE SEGURANÇA PARA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) À INSTRUÇÃO
N° 3.03.11 /16-CG. .............................................................................................................................................. 31
ANEXO “E” (MODELO DE PLACA DE IDENTIFICAÇÃO DOS DIVERSOS SEGMENTOS DA REDE DE PROTEÇÃO
PREVENTIVA) À INSTRUÇÃO N° 3.03.11 /16-CG. ................................................................................................. 33
INSTRUÇÃO Nº 30.03.11/2016-CG

Regula a implantação da Rede de Proteção


Preventiva nas comunidades do Estado de Minas
Gerais.

1 INTRODUÇÃO

A combinação dos impactos causados à sociedade em face do aumento


da criminalidade fez com que as organizações responsáveis pela segurança pública
de um modo geral iniciassem um novo processo e se redescobrissem, redefinindo
missão, visão e valores, prospectados nesse novo cenário, buscando soluções
inovadoras.
Dentro desse contexto, verifica-se que o sentimento de medo é mais forte
do que a própria realidade referente à incidência criminal em Minas Gerais, atingindo
diretamente uma grande parcela da sociedade pacífica e ordeira do Estado.
Assim, o grande desafio das organizações vai além da simples redução
dos índices de criminalidade, devendo abarcar ações efetivas de promoção da
sensação de segurança, mediante intervenções que resultem em aproximar a polícia
do cidadão, para a busca conjunta de soluções.
Diante desse quadro, a Polícia Militar de Minas Gerais desenvolveu uma
estratégia de intervenção preventiva focada na mobilização social, que visa à redução
dos índices de criminalidade e, principalmente, a potencialização da sensação de
segurança por parte da sociedade.
Tal estratégia, denominada “Rede de Proteção Preventiva”, tem por base a
filosofia de polícia comunitária e busca conquistar a confiança e o engajamento das
pessoas, baseando-se no fato de a natureza humana considerar que quando uma
ideia é defendida coletivamente, esta exerce maior influência do que quando é
exposta solitariamente.
Assim, alicerçado no conceito de mobilização social, como um processo
educativo que promove a participação de diferentes pessoas em torno de um
propósito comum, deve-se potencializar a participação das comunidades, empresas,
lideranças e organizações não govermentais (ONGs) na busca de soluções para a
erradicação ou redução de problemas de todas as naturezas que interferem na
qualidade de vida do cidadão, como a fome, a pobreza, o dano ao meio ambiente, o
5
desperdício de energia, a criminalidade e o medo do crime, etc.
Portanto, esta intervenção tem que, obrigatoriamente, atender aos vários
segmentos, formando uma coalizão em torno de objetivos comuns, tais como:
proximidade do policial militar com a comunidade, passando este a ser uma
referência para o público em geral; maior integração com o Sistema de Defesa Social,
propiciando ações benéficas à sociedade; e sensibilização das pessoas para que
adotem mudanças de comportamentos, principalmente com medidas de autoproteção
e atuação em rede, contribuindo para a redução da criminalidade e aumento da
sensação de segurança.
A ideia essencial será “cidadão alerta, cidadão participativo”, oportunidade
em que cada pessoa, seja morador, comerciante ou funcionário de determinado
estabelecimento ou indústria, passará a ser uma “câmera viva”, atuando de forma
mútua e comprometida, alertando a todos os integrantes da rede sobre a presença de
pessoas e veículos suspeitos, por intermédio de sinais sonoros, gestuais, uso de
aplicativos para celulares e outras estratégias, impedindo que infratores se utilizem do
fator surpresa e dificultando, assim, sua atuação.
Nesse contexto, é importante que seja mantida uma conexão com a
polícia, garantindo o repasse de informações diretas aos agentes que compõem o
sistema de Defesa Social, os quais, por sua vez, direcionarão suas atuações
pontualmente, onde for necessário.
Desta forma, a presente Instrução apresenta a metodologia de implantação
da “Rede de Proteção Preventiva” em todo o Estado, passando a englobar as Redes
de Vizinhos Protegidos, Comerciantes, Condomínios Residenciais, Imóveis Rurais,
Escolas, Indústrias, Bancos, dentre outros segmentos lícitos e idôneos.

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2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Estabelecer critérios para a implantação e manutenção das Redes de


Proteção Preventivas nos municípios do Estado de Minas Gerais, visando contribuir
de forma efetiva para a prevenção e repressão criminal.

2.1 Específicos

a) Contribuir para a redução da criminalidade e o aumento da sensação de


segurança nos locais contemplados pelas redes de proteção, por meio do incremento
de ações preventivas e repressivas, alicerçadas na filosofia de polícia comunitária.

b) Promover a mobilização social e a aproximação entre Polícia Militar e


comunidade, desenvolvendo estratégias de atuação em rede, focadas na identificação,
análise e resolução de problemas locais.

c) Ampliar a comunicação direta entre a comunidade e a Polícia Militar,


possibilitando maior confiabilidade por parte do cidadão para transmitir denúncias e
informações de segurança pública que possibilitem o planejamento e o direcionamento
efetivo de ações policiais militares.

d) Despertar nas pessoas o sentimento de pertencimento e de preocupação


coletiva, fomentando a atuação comunitária em sua essência, tornando-as partícipes
do processo e interligadas umas às outras.

e) Reduzir os ambientes favoráveis aos delitos, por meio do incremento de


ações que estimulem o cidadão a utilizar coletivamente os espaços públicos, como
praças, quadras, calçadas e ruas, de forma a inibir a atuação de infratores.

f) Criar nos cidadãos o sentimento de participação solidária e voluntária, de


forma que cada pessoa envolvida na rede de proteção passe a agir como uma
“câmera viva”, compartilhando informações referentes à segurança pública com a
Polícia Militar e demais órgãos pertinentes.

g) Transmitir à população orientações e dicas básicas de segurança que


contribuam para mudanças de comportamentos, no sentido de evitar a exposição e a
vulnerabilidade ao crime.

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3 JUSTIFICATIVA

As edificações nos grandes centros urbanos demonstram o medo


exteriorizado pelas pessoas em relação à escalada da violência, mormente casas são
transformadas em verdadeiras fortalezas, com muros altos, cercas eletrificadas, bem
como, dispositivos tecnológicos destinados à segurança das pessoas e a vigília
constante do dia a dia do ambiente familiar.
Esta prática vem se alastrando também para cidades interioranas,
interferindo diretamente no modo de vida das pessoas. Nesse sentido, vale indicar
fatores que impulsionam e justificam a criação da Rede de Proteção Preventiva:

a) Missão da Polícia Militar: considerando que a missão da Polícia Militar é


“promover segurança pública por intermédio da polícia ostensiva, com respeito aos
direitos humanos e participação social em Minas Gerais”, a Rede de Proteção
Preventiva é um instrumento que proporciona a efetiva participação da comunidade
na promoção de ambientes mais seguros.

b) Distanciamento da comunidade em geral: as pessoas tendem a se isolar


cada vez mais, e desta forma, perdem suas características essenciais. Afinal, se
agirem em conjunto, com todos os participantes, elas terão maiores possibilidades de
melhorar seu bairro e torná-lo mais seguro. Se estiverem sozinhas, suas chances de
alcançar as autoridades ou de sensibilizar outros parceiros para a conquista de
programas efetivos de segurança são menores.

c) Menos vigilância, mais crime: se as pessoas não estão mais nas praças
e nas ruas, tem-se menos vigilância natural naquela localidade. Ou seja, aqueles que
estiverem pré-dispostos ao crime, à violência e à desordem terão mais facilidade em
agir, porque não precisam mais se preocupar com eventuais testemunhas. Assim, se
as praças e ruas, antes frequentadas pelas famílias, namorados e crianças, estão
agora vazias, elas poderão ser um lugar ideal para o tráfico de drogas e ação de
infratores.

d) Existência de espaços ociosos e perda de oportunidades: imperando o


sentimento de intranquilidade pública em uma determinada comunidade, a
consequência lógica é o êxodo dos participantes daquela localidade para outra região
dentro do município ou mesmo para outras cidades, mesmo que seja apenas por

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medo do crime. Por decorrência, poderá haver uma grande oferta de imóveis no local,
que poderão servir de palco para prática de delitos.
Ressalta-se que uma localidade mal cuidada, com edificações depredadas,
locais públicos mal conservados, tende a criar um ambiente propício para o
vandalismo de maneira cíclica, podendo refletir, conforme já mencionado, também em
desvalorização imobiliária.

e) Vida em comunidade: vale ressaltar que a incidência da criminalidade


leva a uma redução na intensidade da relação entre as pessoas. Por serem vítimas
de delitos, ou conhecerem pessoas que foram vítimas, estas passam a se relacionar
menos umas com as outras, buscando reduzir o risco a que poderiam estar
submetidas, resultando em:
− redução na frequência com que os vizinhos se visitam, conversam ou
trocam gentilezas;
− redução da capacidade de formação de uma identidade de laço entre os
vizinhos;
− redução da vigilância informal dentro das comunidades;
− redução da sensação de segurança das pessoas em relação ao lugar
onde residem.

f) Queda na qualidade de vida: a redução na qualidade de vida das


pessoas também é um dos fenômenos resultantes do aumento da violência. As
pessoas mudam seus hábitos, na busca de reduzir o risco a que estariam
submetidas, neste contexto, verifica-se que estas:
− limitam os locais onde transitam;
− deixam de ir a locais que gostam;
− evitam usar transportes coletivos;
− evitam sair de casa em determinados horários;
− gastam altas somas de recursos na proteção individual e de suas
residências.

Percebe-se, em face deste círculo vicioso, que o avanço do crime e a


sensação de insegurança desestimulam oportunidades e empobrecem regiões.

Portanto, medidas específicas e políticas públicas eficazes são necessárias.


De nada adianta dizer às pessoas que elas estão se preocupando

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desnecessariamente e que o medo que sentem não corresponde com a realidade. É
preciso oferecer medidas que realmente lhes garantam a sensação de segurança.

Assim, diante da impossibilidade da Polícia Militar estar presente em todos


os lugares, ao mesmo tempo, torna-se fundamental que a Instituição busque
estratégias conjuntas e que propiciem um ambiente mais seguro.

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4 A REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA FRENTE AO TRIÂNGULO DE
ANÁLISE DO CRIME

A criminalidade origina-se por diversos fatores intervenientes. No entanto,


de acordo com uma das teorias predominantes, os requisitos para o sucesso de um
crime são basicamente os seguintes:
− criminoso motivado;
− local vulnerável, com ausência de polícia/vigilância no momento do
delito;
− oportunidade dada pela vítima.

Observa-se que estes requisitos são cumulativos, ou seja, o crime só


ocorre se existirem os três fatores simultaneamente. O primeiro é decorrente de
problemas cujas soluções estão em esferas diversas de atuação, bem como na
maioria das vezes são de médio e longo prazo. O segundo depende de fatores
externos e de normas específicas de criação de cargos públicos, com eficácia em
médio e longo prazo. No entanto, o terceiro requisito é afeto principalmente às
atitudes individuais do cidadão, cujas ações, além de serem de baixo custo, podem
ser implementadas em curtíssimo prazo, ou seja, em qualquer momento. Note a
ilustração:

Figura 1 - Triângulo de Análise do Crime (Teoria das Oportunidades)

Comportamento
da vítima

Predisposição Ausência da
Polícia/Vigilância
do autor

Fonte: Portaria SENASP nº 002/2007 - Brasília – DF: Secretaria Nacional de Segurança Pública –
SENASP, 2007.

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Portanto, constitui-se proposta da Rede:
a) trocar a oportunidade dada pela vítima por cuidados e ações proativas,
com medidas de autoproteção, visando dificultar a atuação do criminoso;
b) estimular a participação vigilante das pessoas, incutindo o senso de
cooperação mútua, a prática de ações de alerta sonoro e identificação visual como
forma estratégia de comunicação. Por exemplo, pessoas suspeitas, veículos parados
com pessoas observando residências, barulhos em casas onde se sabe que os
integrantes estão ausentes, dentre e outros;
c) criar mecanismos para coibir a ação criminosa, tendo por objetivo
melhorar a proteção pessoal e patrimonial e consequentemente, o aumento da
segurança e garantia da paz social.
Para se chegar à implementação efetiva da rede, algumas medidas são
necessárias, sendo fundamental, antes de qualquer iniciativa, a sensibilização das
pessoas que as formarão e os objetivos que querem alcançar.
Por ocasião das reuniões, torna-se possível identificar os problemas que
afetam aquela comunidade específica, sejam referentes aos crimes, criminalidade,
medo do crime, violência e desordem. Dessa maneira, a população pode participar do
planejamento do emprego policial que será aliado às análises de geoprocessamento
e estatística, possibilitando ações para a diminuição da vulnerabilidade do ambiente e
das pessoas.
É necessário, ainda, que haja um policial militar como referência no
suporte de coordenação da Rede de Proteção Preventiva a fim de se estabelecer um
vínculo entre a comunidade e alcançar a confiabilidade, mediante a aproximação
necessária para um bom desenvolvimento dos trabalhos.

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5 PRESSUPOSTOS BÁSICOS PARA A CRIAÇÃO DE REDE DE
PROTEÇÃO PREVENTIVA

5.1 Sensibilização dos Participantes

O artigo 144 da Constituição Federal, conforme já referenciado, retrata que


“Segurança Pública é dever do Estado, Direito e Responsabilidade de todos”. Através
da união de todos é possível participar das cobranças, das ingerências, do
planejamento das ações relativas à Segurança Pública. É preciso organização,
interesse, engajamento e comprometimento das pessoas, sendo fundamental a
participação da comunidade nas ações que visam a sua segurança.

5.2 A importância do Processo de Mobilização

Segundo Toro (1997), “mobilizar é convocar vontades para atuar na busca


de um propósito comum, sob a interpretação e um sentido também compartilhados”.
Nesse sentido, quando as pessoas se sentem mobilizadas, ocorre um
compartilhamento de responsabilidades, principalmente porque uma segurança
melhor deverá contar com as convicções das pessoas e de seu compromisso com
essas convicções.
Um processo de mobilização requer uma dedicação contínua, para que
assim produza resultados no quotidiano das pessoas. Para se entender melhor a
mobilização é necessário entender e transmitir que “aquilo que for orientado a ser
feito, em cada campo de atuação, será também feito por outros, da mesma forma”.
Neste momento, é importante saber ouvir e saber o que falar. A ocasião em que a
comunicação é um importante instrumento visando essa coletivização.
Um processo de mobilização é caracterizado pelo despertar do desejo e da
consciência da necessidade de uma mudança de atitude. Neste contexto, a própria
realidade vivenciada pelo cidadão, com a exposição maciça dos assuntos referentes
à criminalidade colocadas pela mídia em geral, já faz com que exista dentro de cada
pessoa uma vontade subliminar de mudança.
A sociedade, porém, não sabe o que fazer e nem como fazer para

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influenciar nas questões referentes à segurança pública. Desta forma deve explicar
detalhadamente aos cidadãos o que se pretende, mostrando a necessidade,
importância e vantagens de naquela localidade criar a rede. É fundamental levar ao
conhecimento destas pessoas os resultados positivos de experiências similares,
provando a eficácia desta ação que já ultrapassa o caráter experimentalista.
Dessa forma, além de reduzir os índices de criminalidade, a rede
contribuirá para melhoria do ambiente, da qualidade de vida e do bem-estar de cada
integrante.

5.3 O Conceito e a criação das Redes de Proteção Preventiva

A Rede de Proteção Preventiva está diretamente inserta no conceito de


Redes Sociais.
Segundo Capra (2005), “redes sociais são redes de comunicação que
envolvem a linguagem simbólica, os limites e as relações de poder”. São também
consideradas como uma medida de política social que reconhece e incentiva a
atuação das redes de solidariedade local no combate a pobreza e a exclusão social e
na promoção da segurança e do desenvolvimento local.
Ou seja, as redes sociais podem ser definidas como as diversas formas de
representação dos relacionamentos pessoais ou profissionais dos seres entre si ou
entre seus agrupamentos de interesses mútuos.
As redes sociais, conforme explicitado, são aquelas capazes de expressar
ideias políticas e econômicas como surgimento de novos valores, pensamentos e
atitudes. Esse segmento que proporciona a ampla informação a ser compartilhada
por todos, sem canais reservados e fornecendo a formação de uma cultura de
participação é possível, muitas vezes, graças ao desenvolvimento das tecnologias de
comunicação e da informação, à globalização, à evolução da cidadania, à evolução
do conhecimento científico sobre a vida etc. As redes unem os indivíduos,
organizando-os de forma igualitária e democrática e em relação aos objetivos que
eles possuem em comum.
Basicamente, as redes sociais podem ser divididas em três vertentes:
a) Rede Social Primária ou Informal: são redes de relações entre
indivíduos, em decorrência de conexões preexistentes, relações semi-formalizadas,
que dão origem a quase todos os grupos (SCHERER-WARREN,2007). Ela é formada

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por todas as relações que as pessoas estabelecem durante a vida cotidiana, que
pode ser composta por familiares, vizinhos, amigos, colegas de trabalho,
organizações, etc. As redes de relacionamento começam na infância e contribuem
para a formação de identidades.
b) Rede Social Secundária ou Global: é formada por profissionais e
funcionários das instituições públicas ou privadas, por organizações não
governamentais, organizações sociais etc., e fornecem atenção, orientação e
informação.
c) Rede Social Intermediária ou Rede Associativa: é formada por pessoas
que receberam capacitação especializada, tendo como função a prevenção e apoio.
Podem vir do setor da saúde, igreja e até da própria comunidade.
As redes sociais secundárias e intermediárias são formadas pelo coletivo,
instituições e pessoas que possuem interesses comuns. Elas podem ter um grande
poder de mobilização e articulação para que seus objetivos sejam atingidos.
Dentro deste conceito, as Redes de Proteção Preventiva poderiam ser
definidas amplamente como sendo o compartilhamento de idéias entre pessoas que
possuem interesses e objetivos em comum e também valores a serem
compartilhados. Assim como um grupo de discussão é composto por indivíduos que
possuem identidades semelhantes, as redes surgem principalmente diante da
necessidade de proteção ou maior sensação de segurança ao cidadão e da
possibilidade de resolução de algum problema que, direta ou indiretamente, afete
parte de um grupo ou sua totalidade. Possibilita à discussão de ideias e a absorção
de novos elementos em busca de algo em comum.
Em face dos vários conceitos de redes, fica mais fácil entendê-las, bem
como facilita buscar a formação e o entendimento entre as pessoas e, em especial,
entre a comunidade.
As Redes de Proteção Preventiva são a melhor expressão da filosofia
básica de Polícia Comunitária, ou seja, de uma polícia de aproximação.
Conceitualmente falando são especificamente o conjunto de pessoas organizadas
para executarem ações sistematizadas. Seu objetivo é o de melhorar as relações
entre as pessoas, despertar a consciência solidária e incentivar a vigilância informal,
coibindo a ação de possíveis criminosos e garantindo a segurança pessoal e
patrimonial, por meio de pequenas mudanças de comportamento e compartilhamento
de informações de interesse para a segurança. Possibilita que o policial militar
conheça a comunidade e vice-versa. Ressalta-se que as redes reforçam a missão
15
primordial da Polícia Militar na contribuição para a paz social, assegurando a
liberdade e os direitos fundamentais e tornando Minas o melhor estado para se viver.
Dessa forma, a fim de facilitar o funcionamento da rede, é necessária a
formação de um liame, com o objetivo de promover a integração de todos os
componentes, para atuação de forma mútua e comprometida. Esse agrupamento
seria definido, então, como o conjunto de pessoas da mesma localidade, organizadas
em quantidade conforme a natureza de cada segmento. Como a rede é entrelaçada,
poderão ser constituídos vários grupos.
Para tanto, é necessário que todos conheçam contatos e hábitos dos
integrantes. Para garantir maior eficiência da rede, é importante que os participantes
motivem aqueles que ainda não integraram a Rede de Proteção Preventiva.
É importante salientar que as Redes de Proteção Preventiva podem
abranger também os condomínios e outras modalidades de propriedades, até mesmo
no meio rural. Em locais mistos, onde há comércios e residências, por exemplo, todos
podem se integrar.
Em locais onde prevalecem estabelecimentos comerciais, estes deverão
criar estratégias específicas, pois os horários de funcionamento e os interesses
costumam ser semelhante, a motivação é geral e a parceria também é possível.
Uma rede bem estruturada proporciona condições mais adequadas para
discussão de problemas de maior complexidade, facilitando a tomada de decisões.
A formação de cada grupo dá condições para a criação e sistematização
das redes e desta forma serão criadas sub-redes de verificação e as sub-redes de
vigilância mútua.

5.4 Sub-redes de verificação

É a formação de uma cadeia de contatos de uma residência/comércio para


a outra. Os integrantes da rede estabelecem a forma de atuação, considerando como
será feito o contato entre os participantes, horários, frequência, e outros fatores
relevantes.
Geralmente, pode ser feita por meio de telefone ou outras formas de
comunicação, como a criação de grupos para troca de informações entre os
integrantes por meio de aplicativos de mensagens. Salienta-se a necessidade de se
alertar aos participantes da rede acerca da disciplina na postagem de mensagens,

16
cuidando para que somente assuntos referentes à segurança pública sejam tratados
pelos integrantes.
Essa sub-rede possibilita que um integrante da rede contate outro
integrante, verificando se naquele momento ou se naquela residência existe algum
problema. Desta forma, são importantes a utilização de códigos, “senhas” ou
combinações entre os componentes da rede de forma a facilitar o apoio. A intenção é
saber se há problema ocorrendo com algum integrante da rede ou se tudo está
dentro da normalidade.
É importante ressaltar que a senha criada deve ser do conhecimento
apenas daqueles que estão envolvidos diretamente com a rede, ou seja, moradores,
comerciantes ou funcionários que a integram. Pode ser estendida também aos
empregados da residência, a critério do morador.

5.5 Sub-redes de vigilância mútua

É o processo de observação explícita à movimentação nas imediações da


residência/comércio vigiado, com a intenção de perceber a presença de pessoas ou
veículos estranhos ou em atitudes suspeitas. Verifica-se nesta sub-rede a
possibilidade de um componente do grupo observar pessoas ou situações que saem
da normalidade, informando no menor tempo possível à Polícia Militar, os problemas
ocorridos.
Esta sub-rede apresenta ainda as seguintes vantagens:
a) o cidadão funciona como uma “Câmera Viva’”;
b) observação é explícita e acontece em tempo real.
Intervenção imediata: em caso de perigo, deve ser dado um sinal por meio
de sons (apito, por exemplo), por meio de lâmpadas ou campainhas instaladas, com
seus interruptores ligados em locais próximos ou outras ações acertadas entre os
integrantes da rede por intermédio de códigos combinados nas reuniões. Pode ser
ainda convencionado o uso de aplicativo de mensagem ou equivalente, em que
conste o contato dos participantes da comunidade. O uso de aplicativos pode ser uma
ótima ferramenta para uma resposta rápida a uma intervenção. Assim, em caso de
problemas, um vizinho aciona o outro e, consequentemente, a PMMG, sempre por
meio do telefone 190 e, posteriormente, de outras formas a serem ajustadas.

17
5.6 Sub-redes de identificação

É a identificação das casas, prédios e dos diversos estabelecimentos e


ruas que integram a rede com a utilização de placas personalizadas e já
padronizadas, que demonstrem a todos que aquele segmento faz parte da Rede de
Proteção Preventiva, em parceria com a Polícia Militar.
Não incluir propagandas nas placas, devendo seguir, obrigatoriamente, o
modelo já existente, conforme Anexo E.

18
6 SISTEMATIZAÇÃO DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA

6.1 Roteiros de ação para a criação da Rede de Proteção Preventiva

6.1.1 Passos que antecedem a 1ª Reunião: ações para formação dos grupos

a) Identificando o interesse em implantar a Rede de Proteção Preventiva, o


cidadão deve ser instruído pelo Comandante de setor/subsetor, gestor e responsável
pela condução da Rede de Proteção Preventiva, acerca dos procedimentos para a
construção da rede, inclusive quanto à mobilização de outras pessoas na comunidade.
Nessa etapa, sugere-se que seja feito um pré-cadastro dos interessados que tiveram a
iniciativa em procurar a PMMG, uma vez que serão os corresponsáveis pela
implantação da rede e atuarão como mobilizadores (disseminadores) na comunidade.
b) Verificada a necessidade de implantação de uma rede, considerando a
análise criminal concomitante com os conhecimentos produzidos pela Inteligência de
Segurança Pública (ISP), realizada em determinada área ou localidade, a Polícia
Militar deve estimular a participação de moradores, comerciantes, industriário etc.,
conforme o caso, preferencialmente aqueles que tenham sido vítimas de crimes
violentos.
Esse processo é uma oportunidade de aproximar a comunidade local da
Polícia Militar, de forma que as pessoas sejam envolvidas na reunião de criação da
“Rede de Proteção Preventiva”. Sugere-se a distribuição de informativos para as
pessoas da localidade (moradores, comerciantes, etc.), com especificação de data,
hora e local da reunião.
c) Estabelecer qual pessoa será o representante da Rede de Proteção
Preventiva a participar junto com o gestor da Polícia Militar, podendo haver mais de
uma pessoa, a fim de atuar como facilitador da comunicação, promover a integração
entre os envolvidos, colocando em prática os pressupostos e princípios da atividade.
Torna-se importante verificar a idoneidade desse representante, a fim de estabelecer a
parceria com pessoas ordeiras.
d) Solicitar ao representante da Rede de Proteção Preventiva que viabilize,
no que couber, contato/visita de aproximação com:
- as lideranças religiosas da região – são importantes facilitadores para
implantação da Rede de Proteção Preventiva. Podem contribuir para a mobilização e

19
divulgação do trabalho na comunidade através do envolvimento de pessoas nas
reuniões da rede;
- as lideranças possuidoras de mídias locais, que ajudarão na divulgação e
mobilização dos cidadãos para as reuniões da rede, através da divulgação de matérias
jornalísticas acerca da atividade a ser desenvolvido na comunidade;
- os representantes de associações, conselhos comunitários, funcionários
dentre outros;
- os líderes comunitários que não tenham vínculos políticos e que sejam
referência na comunidade.
e) Agendar com as lideranças a realização da primeira reunião para a
implantação da da rede, cuja data, horário e local devem ser definidos de modo que
proporcione a participação do maior número de pessoas interessadas.
f) Confeccionar um modelo padrão de convite para a reunião (vide Anexo
A). Sugere-se que seja apresentado nas reuniões da Rede de Proteção Preventiva,
podendo ser inserido como matéria em veículos de comunicação utilizados pelas
associações e conselhos comunitários, veiculado pelas redes sociais ou distribuído,
impresso, na comunidade.

6.1.2 Primeira reunião: implementação efetiva da Rede de Proteção Preventiva

O Comandante de setor/subsetor, gestor e responsável pela efetivação da


Rede de Proteção Preventiva deverá dentre outras ações:
a) Preparar a palestra para ser apresentada a rede.
b) Buscar informações de análise criminal e de Inteligência de Segurança
Pública do local onde será implantada a rede, a fim de delinear cenário.
c) Preparar o local onde ocorrerá a palestra, preferencialmente na própria
comunidade. Quanto aos recursos materiais para montagem do dispositivo local da
reunião, sugere-se 01(uma mesa), 01 (um) kit multimídia (computador, projetor de
mídia, etc.) e microfone. Deve-se evitar formação de mesa de honra para autoridades,
personalidades ou quaisquer representantes civis, militares e políticos.
d) Apresentar-se aos participantes, dando a oportunidade também, quando
possível, aos demais presentes. Conforme a rede a ser criada, solicitar que os
interessados exponham, de forma rápida e de acordo com as suas percepções, quais
os problemas recorrentes no ambiente a ser abrangida pela rede.
e) Informar aos participantes que as atividades discutidas na primeira
20
reunião serão somente para implantação, oportunidade em que o gestor da Rede
deverá explicar de forma objetiva a metodologia de funcionamento da rede. Embora a
primeira reunião não seja a mais adequada para se tratar questões como o emprego
de policiamento, bem como questões atinentes ao efetivo policial e estatísticas de
crimes na região, o policial militar palestrante deve conhecer bem estes detalhes.
f) Ser claro e preciso durante a palestra, evitando uso de “jargões, gírias e
manifestações de posicionamentos pessoais”. O militar deve estar apto a ouvir críticas
e informar que outras instituições também estão inseridas no cenário da Defesa Social,
sem, contudo, criar polêmica ou atribuir responsabilidades a qualquer outro órgão ou
Instituição.
g) Sensibilizar as pessoas a adotarem um comportamento mais solidário de
forma a estarem dispostas a compartilharem rotina, buscando potencializar a rede de
vigilância mútua.
h) Solicitar aos participantes a mobilizarem o maior número de pessoas
para integrarem a Rede de Proteção Preventiva.
i) Criar as sub-redes de monitoramento, identificação e verificação.
j) Fomentar a constituição de mídia social, dentre as tecnologias
disponíveis, a fim de facilitar a comunicação entre os envolvidos. O administrador do
grupo deverá ser um dos integrantes, preferencialmente aquele estabelecido como elo,
a fim de se distribuir as responsabilidades entre os participantes e dinamizar a troca de
informações.
k) Recomenda-se que antes da entrega das placas seja realizada pelo
menos uma reunião, além da reunião de instalação, a fim de solidificar e obter o maior
número de adeptos para a rede, se possível, convidando novos participantes.

6.2 Cadastro dos participantes das reuniões da Rede de Proteção


Preventiva

A Polícia Militar coordenará o cadastramento formal de todos os


participantes (Anexo B). Somente poderá encomendar e receber a placa da rede para
fixação no imóvel, o participante constante no cadastro.
O acesso ao cadastro geral de todos os participantes será de
responsabilidade do policial militar coordenador da atividade e da liderança
legitimamente reconhecida pela rede.
Este cadastro é de uso restrito no trabalho da rede, para controle da PMMG
21
e dos participantes. Em hipótese alguma o cadastro poderá ter outra utilização, haja
vista que as informações ali contidas são sigilosas. Não será fornecida cópia do
cadastro aos participantes da rede.

6.3 Placas indicativas da Rede de Proteção Preventiva

Caberá à PMMG repassar o tamanho e o padrão das placas de


identificação, que serão confeccionadas nas medidas de 42 x 30 centímetros (largura x
altura), conforme Anexo E.
A PMMG não será responsável por fazer encomendas de placas e
indicações de locais para confecção de material destas, tampouco recolherá valores
para aquisição.
O orçamento das placas, bem como a encomenda da quantidade
necessária e o recolhimento do pagamento de cada participante, deverá ser feito pela
liderança da rede.

6.4 Solenidade de implantação da Rede de Proteção Preventiva

Ao final dos trabalhos alusivos à implantação da rede, sugere-se realizar


uma solenidade para a entrega das placas, como forma de demonstrar a importância
da atividade.
Caso haja outros interessados em participar da rede, os procedimentos
deverão ser idênticos aos já existentes e poderão ser inseridos em grupos
anteriormente estabelecidos.

6.5 Manutenção da Rede de Proteção Preventiva

Com a entrega das placas, encerra-se a primeira etapa de implantação do


da Rede de Proteção Preventiva. O Comandante de setor/subsetor, gestor e
responsável pela rede, deverá acompanhar o desenvolvimento das ações,
promovendo visitas frequentes aos líderes, zelando para que as atividades estejam em
consonância com os ditames dessa Instrução.
As reuniões devem ser dinâmicas, preferencialmente mensal, com o horário
de início e término previamente definidos com pauta programada. É recomendável que
22
se façam atas das reuniões e listas de presença, de forma a documentar as
discussões a serem analisadas e medidas decorrentes, sendo obrigatório por parte do
policial militar envolvido o registro das reuniões Boletim de Ocorrência Simplicado
(BOS), conforme o tipo de reunião/visita realizada.
Para o sucesso da atividade, é importante a divulgação aos veículos de
comunicação sobre as ações desencadeadas naquele local, visando maior adesão,
aumento da credibilidade e da sensação da segurança subjetiva. Torna-se relevante
o treinamento dos policiais militares que realizam o atendimento às ocorrências, para
que esses conheçam a atividade e assim prestem apoio aos integrantes da Rede de
Proteção Preventiva.

Sugere-se que as reuniões, dentre outras questões, sejam tratados os


seguintes assuntos:
a) incentivar os cidadãos acionar a Polícia Militar no caso de qualquer
suspeição. É importante a agilidade e presteza quando dos acionamentos feitos pela
comunidade, sendo, ainda, fundamental, que seja dado retorno aos cidadãos da ação
desencadeada;
b) dar conhecimento à comunidade de como ocorrem às abordagens
típicas de polícia, orientando quanto à importância deste procedimento e que por
meio delas é que serão localizadas pessoas foragidas da justiça, apreensões de
armas de fogo e prevenção a outros crimes;
c) alertar e sensibilizar a comunidade quanto à necessidade de
aproximação e diálogo com os policiais de serviço, demonstrando claramente a
importância e o reconhecimento;
d) informar quanto à eficiência do trabalho desenvolvido por intermédio de
outras experiências de criação das redes, bem como buscar alternativas de
melhorias;
e) alertar sobre cuidados relativos a novas modalidades criminosas;
f) ministrar palestras com dicas de seguranças direcionadas à realidade de
cada rede;
g) promover visitas aos cadastrados, a fim de identificar as
vulnerabilidades e sugerir adoção de medidas preventivas, exemplificando nas
reuniões algumas sugestões;
h) divulgar boas atuações de interesse comum.
Fica a critério do Comandante de setor, subdividir a Rede, considerando o

23
número de integrantes e da área de abrangência. É recomendável indicar o policial
militar agente de informações, a fim de ser o elemento de ligação com outros grupos
de difusão de informações gerais de interesse da Instituição, devendo estar lotado na
mesma Fração PM em que pertencer o Gestor da Rede.
A Rede de Proteção Preventiva deve ser alvo de avaliação permanente por
parte da UEOp, a fim de aferir seus resultados quanto redução dos índices de
criminalidade e, principalmente, a melhoria da sensação de segurança do cidadão.

6.6 Mudanças no modo de agir do policiamento preventivo

A fim de dar efetividade à Rede de Proteção Preventiva, torna-se


fundamental a UEOp:
a) efetivar a setorização do patrulhamento, atribuindo responsabilidade
territorial a todos os integrantes que atuam no rádio-patrulhamento;
b) implementar serviços preventivos de acordo com a demanda local;
c) orientar o efetivo a adotar um comportamento ostensivo junto à
comunidade, ou seja, real presença do policial próximo ao cidadão;
d) sensibilizar os policiais militares conhecerem o propósito da rede e qual
papel desempenhará junto àquela comunidade;
e) valorizar os policiais militares que atuam na mobilização da comunidade.

24
7 CONCLUSÃO

O policiamento comunitário, na prática, é aquele que ultrapassa a visão do


atendimento de ocorrências ou da prisão de cidadãos em conflito com a lei, ou seja,
transcende a visão de policiamento tradicional, ampliando o leque de ações,
buscando atuar em todos os fatores que concorrem para a intranquilidade pública,
bem como minimizar a degradação das áreas urbanas que contribuíram diretamente
para o aumento da incidência criminal, impulsionando para que as instituições
envolvidas no combate ao crime se adaptem a uma nova filosofia.
A participação de cada cidadão é fundamental para a prevenção da
criminalidade. É fundamental importância antecipar-se ao problema, por meio de
atitudes e ações coordenadas e integradas com todos os agentes de forma objetiva.
Desta forma, aumenta-se a utilização de “atitudes não-tradicionais”,
aquelas ligadas a ações comunitárias do tipo: organização da comunidade, educação
da população, alteração do contexto físico, mudanças no contexto social e da
sequência de eventos, provocando a alteração no comportamento dos potenciais
agentes de delitos, fazendo com que o crime seja, senão totalmente erradicado
daquela localidade, pelo menos reduzido a índices aceitáveis.
A proximidade com a comunidade são demonstrações efetivas desta nova
forma de se fazer polícia, onde os cidadãos integrados com policiais militares
discutem a realidade da sua região.
Por intermédio de pequenas mudanças de comportamento, maior
solidariedade entre as pessoas e, consequentemente, a adoção da correta
metodologia aqui referenciada, Polícia Militar e comunidade reduzirão muito os
índices de crimes nas ruas, estabelecimentos e áreas comerciais onde as redes
forem implementadas, reduzindo também o medo do crime e aumentandoa sensação
de segurança.
Revoga-se a Instrução nº 3.03.11/2011-CG, de março de 2011, que tratava
da Rede de Vizinhos Protegidos na PMMG.

QCG em Belo Horizonte, 23 de junho de 2016.

(a) MARCO ANTÕNIO BARARÓ BIANCHINI, CORONEL PM


Comandante-Geral
25
REFERÊNCIAS

AZEVEDO, Sérgio & PRATES, Antônio A. Planejamento participativo, movimentos


sociais e ação coletiva. São Paulo: Vértice, Revista dos Tribunais, 1991.

BAYLEY, David. Padrões de policiamento. São Paulo: Universidade de São Paulo,


2001. 269 p. ED USP Vol1 Coleção polícia e Sociedade.

BAYLEY, David H. Padrões de policiamento: Uma Análise Internacional


Comparativa.Tradução de Renê Alexandre Belmonte. –2.Ed.1.Reimp.– São Paulo:
Editora da universidade de São Paulo, 2006. – (Polícia e Sociedade; n.1).

BRASIL.Constituição.Constituição da República Federativado Brasil. Senado


Federal, Brasília, DF,1988.

. Poder Executivo. Curso Internacional de Multiplicador de


Polícia Comunitária – Sistema Koban – MJ/PROASCI. São Paulo, 2008.

. Poder Executivo. Programa Nacional de Segurança Pública com


Cidadania- PRONASCI. Brasília (DF),2007.

BRODEUR, Jean Paul. Como reconhecer um bom policiamento. São Paulo:


Universidade de São Paulo,2001.

CAPRA, Fritjof. As conexões ocultas. São Paulo: Cultrix, 2005, 296p.

CARVALHO, Glauber da Silva. Policiamento Comunitário - Origens. SP: Polícia


Militar do Estado de São Paulo, Apostila, 1.998.

CERQUEIRA, C. M. N. Do patrulhamento ao policiamento comunitário. 2. ed.Rio


de Janeiro: Frei Bastos,2001.

MINAS GERAIS, Polícia Militar. Diretriz para a Produção de Serviços de


Segurança Pública nº 3.01.01/2010 – CG. Regula o Emprego Operacional da Polícia
Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG: Comando-Geral, EMPM3, 2010.

. Diretriz nº 3.02.01/2009. Regula procedimentos e orientações para


a execução com qualidade das operações na Polícia Militar de Minas Gerais. Belo
Horizonte, MG: Comando-Geral, EMPM3,2009.

. Diretriz nº 3.02.02/2009. Estabelece diretrizes gerais para as


atividades de coordenação e controle a serem realizadas no âmbito da Polícia Militar
de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG: Comando-Geral, EMPM3,2009.

26
. Diretriz para a produção de serviços de segurança pública nº
3.01.05/2011-CG. Regula a filosofia dos direitos humanos, na Polícia Militar de
Minas Gerais. Belo Horizonte, MG: Comando-Geral, EMPM3,2011.

. Diretriz para a produção de serviços de segurança pública nº


3.01.06/2011-CG. Regula a filosofia do policiamento comunitário, na Polícia Militar
de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG: Comando-Geral, EMPM3,2011.

. Diretriz para a produção de serviços de segurança pública nº


3.02.05/2014-CG. Regula o apoio à criação e funcionamento de Conselhos
Comunitários de Segurança Pública, pela PMMG. Belo Horizonte: Comando-Geral,
EMPM3,2014.

. Instrução nº 3.03.05/2010-CG. Regula a atuação operacional dos


policiais-militares lotados nos Destacamentos e subdestacamentos da PMMG.Belo
Horizonte, MG: Comando-Geral, EMPM3,2010.

. Instrução nº 3.03.07/2010-CG. Regula atuação da Base


Comunitária (BC) e da Base Comunitária Móvel (BCM) na Polícia Militar de Minas
Gerais. Belo Horizonte, MG: Comando-Geral, EMPM3,2010.
ROLIM, Marcos. A síndrome da Rainha Vermelha: policiamento e segurança
pública no Século XXI. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.; Oxford, Inglaterra:
Universityof Oxford, centre for Brazilian Studies,2006.

SKOGAN, W.G.Participação da comunidade e policiamento comunitário. São


Paulo, Ed. USP,2002.

SKOLNICK, Jerome H. &Bayley, David H. Policiamento Comunitário. Coleção


Polícia e Sociedade. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. 2002, nºouvol
6128p.

TORO, José Bernardo. Mobilização social.Brasília: Ministério de Meio Ambiente,


1997.

TROJANOWICZ, Robert & BUCQUEROUX, Bonnie. Policiamento comunitário:


como começar. Rio de Janeiro, Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro,2003.

27
ANEXO “A” (MODELO DE CONVITE PARA PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES DA
REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11 /16-CG.

REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA

Prezado Cidadão ____________________________, você está


convidado a participar de reunião comunitária para implantação da Rede
de Proteção Preventiva.

Trata-se de uma integração entre a Polícia Militar e os diversos


segmentos para planejamento mais eficiente, através de discussões sobre
a segurança pública, identificando, analisando e propondo soluções para
os problemas locais. Sua participação é muito importante.

Local: ________________________________________
Data: _____/_____/_____ Horário: ______:______

Xº Batalhão de Polícia Militar – Xª Cia Especial


Rua Tal, número Y, Bairro Z, BH/MG – Tel.: (31) 9999-9999

(a) MARCO ANTÔNIO BADARO BIANCHINI, CEL PM


Comandante-Geral

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

28
ANEXO “B” (FORMULÁRIO DE CADASTRO DE INTEGRANTES DA REDE DE
PROTEÇÃO PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11/16-CG.

UEOp
___________
(LOCAL E DATA) __________ - ______
CADASTRO DE INTEGRANTE
CÓDIGO
Nome da rua: Nº:

Grupo:

Dados Pessoais:
Nome:

Filiação: Pai: Mãe:

Rua/Av: Nº Compl.
Endereço:

Bairro:

Telefone residencial Telefone comercial Telefone celular

RG: CPF: e-mail:

Veiculo (s):
Placa Modelo Cor Obs.

Contatos familiares:
Nome Parentesco Telefone contato (1) Telefone contato (2)

Outros contatos:
Nome Tipo relacionamento Telefone contato (1) Telefone contato (2)

(data/local): _________________, ______ de __________________ de ________.

(nome policial militar)


Gestor da Rede

(a) MARCO ANTÔNIO BADARO BIANCHINI, CEL PM


Comandante-Geral

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

29
ANEXO “C” (MODELO DE ATA DAS REUNIÕES DA REDE DE PROTEÇÃO
PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11 /16-CG.

REGIÃO
UNIDADE OPERACIONAL

Local:______________, ______de___________de_______.

1. Título da Reunião:
2. Cidade___________, ____ de ______________ de _____ das hh:min as hh:min:
3. Local:
4. Introdução: (descrição do título do evento e número de participantes)
5. Pauta: (assuntos a serem tratados e respectivos responsáveis)
6. Desenvolvimento: (descrição dos principais temas discutidos na reunião, com
referência às decisões e recomendações feitas aos participantes)

(a) MARCO ANTÔNIO BADARO BIANCHINI, CEL PM


Comandante-Geral

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

30
ANEXO “D” (FOLDER CONTENDO DICAS DE SEGURANÇA PARA REDE DE
PROTEÇÃO PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11 /16-CG.

(a) MARCO ANTÔNIO BADARO BIANCHINI, CEL PM


Comandante-Geral

31
ANEXO “D” – VERSO (FOLDER CONTENDO DICAS DE SEGURANÇA PARA
REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11 /16-CG.

(a) MARCO ANTÔNIO BADARO BIANCHINI, CEL PM


Comandante-Geral

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

32
ANEXO “E” (MODELO DE PLACA DE IDENTIFICAÇÃO DOS DIVERSOS
SEGMENTOS DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11 /16-
CG.

TAMANHO DA PLACA: 42 cm x 30 cm (LxA)

Nota: a expressão “Local Monitorado” poderá ser adaptada conforme o tipo de local
contemplado pela Rede de Proteção Preventiva (exemplos: “Escola Monitorada”;
“Residência Monitorada”; “Comércio Monitorado”; etc).

(a) MARCO ANTÔNIO BADARO BIANCHINI, CEL PM


Comandante-Geral

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

33
INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG

PROGEA

Regula o Programa de Educação Ambiental da Polícia


Militar de Minas Gerais

2ª Edição revisada

Belo Horizonte – MG
2016
Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).
Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.
Circulação restrita.

MINAS GERAIS. Polícia Militar. Comando-Geral. Instrução nº


M663i 3.03.12/2016-CG: Regula o Programa de Educação Ambiental – PROGEA
– pela Polícia Militar de Minas Gerais. 2.ed. rev. Belo Horizonte: PMMG –
Comando-Geral, 2016.

79 p.: il.

1. Programa de Educação Ambiental – PROGEA 2. Meio Ambiente –


Educação. 3. Clubinho Ambiental. 4. Programas sociais de prevenção
Infanto / juvenis. 5. Mediador do PROGEA – Curso.I. Guedes, Gibran
Condé (coord.). II. Nocelli, Alexandre (rev.). III. Polícia Militar de Minas
Gerais. Comando-Geral. IV. Título.

CDU: 37.035
CDD: 370.193

Ficha catalográfica elaborada pela Secretaria de Pesquisa do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação/APM - PMMG

ADMINISTRAÇÃO
Estado-Maior da Polícia Militar
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Rodovia João Paulo II, nº 4143 – 6º andar - Bairro
Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil. CEP 31.630-900.
Telefone: (31) 3915-7806.

SUPORTE METODOLÓGICO E TÉCNICO


Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3)
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Rodovia João Paulo II, nº 4143 – 6º andar - Bairro
Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil. CEP 31.630-900.
Telefone: (31) 3915-7799.

Diretoria de Meio Ambiente (DMAT)


Cidade Administrativa Tancredo Neves, Rodovia João Paulo II, nº 4143 – 6º andar - Bairro
Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil. CEP 31.630-900.
Telefone: (31) 3915-7955.
GOVERNADOR DO ESTADO
Fernando Damata Pimentel

COMANDANTE-GERAL DA PMMG
Coronel PM Marco Antônio Badaró Bianchini

CHEFE DO ESTADO-MAIOR
Cel PM André Agostinho Leão de Oliveira

SUBCHEFE DO ESTADO-MAIOR
Cel PM Robson José de Queiroz

DIRETOR DE MEIO AMBIENTE E TRÂNSITO


Coronel PM Idzel Mafra Fagundes

SUPERVISÃO TÉCNICA
Ten Cel PM Cláudio Vitor Rodrigues Rocha
Chefe da Seção Estratégica de Emprego Operacional da PMMG

1ª EDIÇÃO - 2013 2ª EDIÇÃO REVISADA - 2016

Cel PM QOR Claudio Cesar Trevisani Ten Cel PM Gibran Condé Guedes
Ten Cel PM QOR Edivaldo Onofre Salazar Maj PM Fernando Costa da Silva
Ten Cel PM Winston Coelho Costa Maj PM Carlos Henrique Sousa da Silva
Maj PM Valmir José Fagundes Maj PM Jovanio Campos Miranda
Maj PM Alexandre Magno de Oliveira Cb PM Daniel Alexandre Gomes
Maj PM Hudson Matos Ferraz Júnior Pedagoga Gleisa Calixto Antunes
Maj PM Gilson de Oliveira Wenceslau Pedagoga Mônica Viotti Campos Oliveira
Cap PM José Procópio Correa Junior
Maj PM Rommel Trevenzoli de Abreu COLABORADORES
Maj PM Ageu Evangelista Ferreira 1º Ten PM Cristina Almeida Dani
Cap PM Fernando Costa da Silva 1º Ten PM Nathalia Carriere Faria Paulino
Cap PM Marco Aurélio Zancanela do Carmo 1º Sgt PM Francisco de Paula Ferreira Neto
Cap PM Carlos Henrique Sousa da Silva Cb PM Wesley Toste Flisch
2º Ten PM Luiz Carlos de Siqueira Cb PM Álvaro Bernardo Lauriano Flausino
1º Sgt PM Francisco de Paula Ferreira Neto Cb PM Luciano de Almeida Lopes
2º Sgt PM Luiz Henrique de Moraes Firmino Cb PM André Francisco Guedes da Silva
Cb PM Álvaro Bernardo Lauriano Flausino Profª. Mara Lúcia Rodrigues Costa
Sd PM Luciano de Almeida Lopes
Profª. Mara Lúcia Rodrigues Costa REVISÃO DOUTRINÁRIA
Pedagoga Gleisa Calixto Antunes Maj PM Ralfe Veiga de Oliveira
Cap PM Herbert Ferreira Lanza Avelar
2º Sgt PM Claudiney Barroso
2º Sgt PM Eustáquio Murilo S. Neto
Cb PM Danielle Sueli Ventura

REVISÃO FINAL
Ten Cel PM Cláudio Vítor Rodrigues Rocha
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

APM _ Academia de Polícia Militar

ARPA _ Associação Regional de Proteção Ambiental

BI _ Boletim Interno

CBH _ Comitê de Bacias Hidrográficas

CEMIG _ Companhia Energética de Minas Gerais

CG _ Comando-Geral

CERH _ Conselho Estadual de Recursos Hídricos


Companhia Independente de Polícia Militar de Meio Ambiente e
Cia PM Ind MAT _
Trânsito
Cia PM Ind
_ Companhia Independente de Polícia Militar de Meio Ambiente
MAmb
CODEMA _ Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente

CF _ Constituição Federal

DAOp _ Diretoria de Apoio Operacional

DMAT _ Diretoria de Meio Ambiente e Trânsito

DPSSP _ Diretriz para a Produção de Serviço de Segurança Pública

EA _ Educação Ambiental

EMPM _ Estado-Maior da Polícia Militar

EMPM3 _ Seção Estratégica de Emprego Operacional

EMATER _ Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural

FEAM _ Fundação Estadual de Meio Ambiente

GEPAR _ Grupo Especializado em Áreas de Risco

IEF _ Instituto Estadual de Florestas

IGAM _ Instituto Mineiro de Gestão das Águas

IMA _ Instituto Mineiro de Agropecuária

ONG _ Organização Não-Governamental

ONU _ Organização das Nações Unidas

PNUMA _ Programa das Nações Unidas de Meio Ambiente

PROERD _ Programa Educacional de Resistência às Drogas

PROGEA _ Programa de Educação Ambiental


PMMG _ Polícia Militar de Minas Gerais

PPMAmb _ Patrulha de Prevenção à Degradação do Meio Ambiente

RPM _ Região da Polícia Militar


Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento
SEMAD _
Sustentável
SISEMA _ Sistema Estadual de Meio Ambiente

SISNAMA _ Sistema Nacional de Meio Ambiente

TPB _ Treinamento Policial Básico

UEMG _ Universidade do Estado de Minas Gerais

UEOp _ Unidade de Execução Operacional


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................9

2 OBJETIVOS ..................................................................................................................12
2.1 Geral ........................................................................................................................12
2.2 Específicos ...............................................................................................................12

3 FUNDAMENTAÇÃO .....................................................................................................13
3.1 Tratado de Tbilisi ......................................................................................................13
3.2 Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/1981) ...............................................13
3.3 Constituição Federal.................................................................................................13
3.4 Agenda 21 ................................................................................................................14
3.5 Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999 ............................................................14
3.6 Instrução nº 3.03.01/2009-CG ..................................................................................15

4 DEFINIÇÃO DE TERMOS.............................................................................................16

5 ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO PROGEA ...............................................................18

6 HABILITAÇÃO PARA A ATIVIDADE DE MEDIADOR .................................................19


6.1 Curso de Formação de Mediadores do PROGEA.....................................................19
6.2 Inscrição, seleção e designação de candidatos ........................................................19
6.3 Requisitos para a participação em treinamentos ......................................................20
6.4 Critérios para desligamento do discente em cursos de formação do Mediador
PROGEA ................................................................................................................................20
6.5 Avaliação da aprendizagem .....................................................................................21

7 EXECUÇÃO DO PROGRAMA ......................................................................................22


7.1 Ações e Desdobramentos ........................................................................................22
7.2 A mediação ..............................................................................................................23
7.3 Atividades na Escola ................................................................................................24

8 ELEMENTOS ESSENCIAIS AO PLANEJAMENTO .....................................................25


8.1 Formalização do atendimento ..................................................................................25
8.2 Emprego do Mediador do PROGEA .........................................................................25
8.3 Uniforme e armamento .............................................................................................26
8.4 Ocorrências policiais e disciplina escolar ..................................................................26

9 INDICADORES E METODOLOGIAS AUXILIARES DE AVALIAÇÃO ..........................27


9.1 Indicador de Efetivo Empregado/Turmas Atendidas .................................................27
9.2 Avaliação da percepção do programa pela família ...................................................28
9.3 Avaliação da Variação da Percepção Ambiental (Técnica por Desenhos) ................30

10 AÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA – CLUBINHO AMBIENTAL ....................................39

11 ATRIBUIÇÕES DOS ELEMENTOS SUBORDINADOS ................................................40


11.1 Estado-Maior da Polícia Militar .................................................................................40
11.2 Diretoria de Meio e Ambiente e Trânsito...................................................................40
11.3 Regiões de Polícia Militar .........................................................................................40
11.4 Unidades de Execução Operacional .........................................................................41

12 PRESCRIÇÕES DIVERSAS .........................................................................................43

REFERÊNCIAS ......................................................................................................................44
ANEXO “A” (MALHA CURRICULAR DO CURSO DE MEDIADORES PROGEA) À
INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG .........................................................................................47
ANEXO “B” (PROCESSO DE TRIAGEM E DE SELEÇÃO DOS MEDIADORES DO PROGEA)
A INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG ......................................................................................48
ANEXO “C” (MODELO DE AVALIAÇÃO FINAL DE DESEMPENHO) A INSTRUÇÃO Nº
3.03.12/2016-CG ....................................................................................................................51
ANEXO “D” (FORMULÁRIO DE AUTORIZAÇÃO DOS PAIS) A INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-
CG 53
ANEXO “E” (TERMO DE COMPROMISSO ENTRE A UNIDADE EXECUTORA E ESCOLA) A
INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG .........................................................................................54
ANEXO “F” (MODELO DE CRONOGRAMA DE EMPREGO SEMANAL/ QUINZENAL DO
MEDIADOR PROGEA) À INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG .................................................57
ANEXO “G” (REGRAS DE ELEIÇÃO DO CONSELHO DIRETOR DO “CLUBINHO
AMBIENTAL”) À INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG ...............................................................58
ANEXO “H” (NORMAS DO “CLUBINHO AMBIENTAL”) À INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG62
ANEXO “I” (AÇÕES DO “CLUBINHO AMBIENTAL”) À INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG ....66
ANEXO “J” (MODELO DE RELATÓRIO ESCOLAR DE AVALIAÇÃO DO MEDIADOR
PROGEA) A INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG .....................................................................77
ANEXO “K” – (MODELO DE CADASTRO DE ALUNOS ATENDIDOS PELO PROGEA) À
INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016 – CG .......................................................................................79
INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016 – CG

Regula os procedimentos para o desenvolvimento


do Programa de Educação Ambiental pela Polícia
Militar de Minas Gerais.

1 INTRODUÇÃO

No conceito de sustentabilidade ambiental, duras são as palavras,


contundentes são os exemplos de degradação do meio ambiente e do próprio
homem; ações são imaginadas e não construídas e, por isso, já nascem mortas.

A natureza não segue o mesmo compasso da evolução humana. A reposição


dos recursos naturais demanda tempo e, daí, o antagonismo: “homem ecológico e
homem econômico”. Isso determina a adoção de medidas que visem minimizar os
impactos degradantes sobre o meio ambiente e viabilizem o estabelecimento do
princípio de equilíbrio, pautado no conceito de desenvolvimento sustentável.

Os mecanismos de respeito ao meio ambiente não serão o altruísmo e o


radicalismo, mas a mudança de hábitos e costumes via educação, conscientização e,
por conseguinte, ações de respeito à natureza como fator de continuidade à vida.

A atividade de educação ambiental na PMMG deve ser orientada à públicos


distintos, tendo como objetivo prioritário a execução de ações direcionadas e focadas
na prevenção às infrações penais e administrativas contra o meio ambiente.

A predominância de ações isoladas, pontuais, não mensuráveis e, portanto,


inócuas, não somente suscitam a necessária visão crítica sobre educação ambiental,
como também delimitam a construção do “horizonte ético” junto às diversas
comunidades, visando à proposta de resolução ou minimização de problemas de
cunho ambiental e social.

Ao se estabelecer o horizonte ético na educação ambiental torna-se


imprescindível considerar três questionamentos básicos: O QUE FAZER? COMO
FAZER? E QUANDO FAZER?

Ao buscar respostas para esses questionamentos perceber-se-á que a


participação da comunidade será fundamental para se chegar aos resultados
pretendidos. Isso implica um intenso processo de mobilização social em que cada
integrante dos diversos segmentos da sociedade se tornará um reeditor do imaginário
proposto, o mesmo ocorrendo com o público interno da PMMG.

A Polícia Militar vem investindo e ampliando os recursos e ações voltadas à


prevenção por intermédio de processos educacionais, priorizando programas, projetos
e serviços que vêm obtendo excelentes resultados e grandes benefícios sociais, tais
como: Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD), Grupo Especial

9
de Policiamento em Áreas de Risco (GEPAR), Patrulha de Prevenção à Degradação
do Meio Ambiente (PPMAmb), Policiamento Escolar e Base Comunitária Móvel, todos
focados na resolução de problemas e, portanto, de caráter preventivo.

A PMMG investirá na educação ambiental sistematizada, com foco na


prevenção, orientando-se pelo (a):

a) preservação e conservação do meio ambiente e promoção da qualidade de


vida;

b) desenvolvimento sustentável como política pública;

c) combate à exploração desordenada e irregular de recursos naturais;

d) socialização do conhecimento sobre as normas e legislação ambiental;

e) preservação do patrimônio histórico e cultural protegido pela legislação


ambiental vigente;

f) legislação ambiental vigente, ainda pouco conhecida pela maioria da


população.

g) oportunidade oferecida pelo reconhecimento da sociedade mineira sobre


as ações desenvolvidas pelo policiamento ambiental em nosso Estado.

O início de um trabalho sistematizado e continuado na área da educação


ambiental exige a concepção de um “horizonte ético” proposto e que seja dirigido à
escola (núcleo base), à comunidade e às instituições ambientais existentes no
município (perspectivas de extensão).

A construção desse horizonte deverá contemplar a junção dos diversos


conceitos em sua forma prática. Uma das ferramentas mais importantes no
desenvolvimento deste processo é a mobilização social, resultado da integração de
todos os segmentos da sociedade na continuidade e reedição do Programa de
Educação Ambiental (PROGEA).

As ações de educação ambiental, para efeito deste programa, deverão se


basear nos critérios de vulnerabilidade socioambiental, fragmentação do espaço e
exequibilidade. Assim entendido, o programa será direcionado às escolas que
apresentem maior vulnerabilidade socioambiental, respeitando-se o princípio de
“pensar global e agir localmente” e, especialmente, observando-se as possibilidades
de solução ou minimização dos problemas ambientais locais.

A melhor forma de se trabalhar na prevenção das infrações ambientais é a


adoção de um trabalho metodológico e científico que, depois de avaliado e ajustado,
corresponda às expectativas de todos os reeditores (a coletividade), responsáveis
locais pelo seu processo de construção e execução. Como se verá adiante, as

10
metodologias pedagógicas consideradas na presente instrução respeitam e são
coerentes com tais assertivas.

Assim sendo, torna-se importante ressaltar a abordagem crítica sobre a


educação ambiental, bem como conhecer e compreender os princípios e conceitos
presentes nesta instrução, que remetam à PMMG a concepção de doutrinas,
diretrizes e ações eficientes no campo da educação ambiental, digna do povo mineiro
e da Polícia Militar de Minas Gerais.

11
2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Estimular alunos do 4º ano do ensino fundamental das escolas das redes


pública e particular do estado de Minas Gerais a serem competentes e hábeis1 à
adoção de comportamentos socioambientais, que visem contribuir para a prevenção
ambiental, a sustentabilidade e a melhoria da qualidade de vida2, conhecendo e
reconhecendo o meio ambiente onde se encontram inseridos.

2.2 Específicos

Fomentar o processo de mobilização social visando o estabelecimento de


a)
uma rede social local para a minimização ou solução dos problemas ambientais
detectados a partir do programa desenvolvido na escola.

b) Promover a compreensão entre os ambientes existentes nas diversas


comunidades e suas inter-relações, focando a utilização responsável dos recursos
naturais e artificiais.

c) Estabelecer relações positivas entre alunos, comunidade escolar, Polícia


Militar, poderes públicos e ONGs, dentre outros.

d) Estimular um diálogo contínuo entre “Escola, PMMG, comunidade/poder


público e família” nas questões afetas à educação ambiental.

1
Tratado de Tbilisi, Geórgia, ex-URSS, de 14 a 26 de outubro de 1977, e Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de
1999.
2
Artigo 225 CF/88; Teoria do Ecodesenvolvimento (SACHS, IGNACY – 2003), no que couber, a compatibilidade
do “homem ecológico e homem econômico”, buscando o ponto de equilíbrio do desenvolvimento sustentável,
destacando a utilização dos recursos naturais de forma racional e buscando sempre novas alternativas de fontes
de energia.

12
3 FUNDAMENTAÇÃO

3.1 Tratado de Tbilisi

A primeira conferência intergovernamental sobre Educação Ambiental foi


realizada em Tbilisi, Capital da Geórgia, integrante da antiga União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (URSS), no ano de 1977. Esta conferência foi organizada pela
UNESCO, sendo considerado um marco histórico para a evolução da Educação
Ambiental.

A Recomendação nº 1, alínea “c”, do Tratado de Tbilisi, estabelece que:

Um objetivo fundamental da educação ambiental é lograr que os


indivíduos e a coletividade compreendam a natureza complexa do
meio ambiente criado pelo homem, resultante da integração de seus
aspectos biológicos, físicos, sociais, econômicos e culturais, e
adquiram os conhecimentos, os valores, os comportamentos e as
habilidades práticas para participar de forma responsável e eficaz na
prevenção e solução dos problemas ambientais, e na gestão da
qualidade do meio ambiente.

3.2 Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/1981)

A Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional


do Meio Ambiente foi a maior precursora do sistema brasileiro de gestão ambiental.
Os princípios norteadores estão presentes no art. 2º, estabelecendo que a Educação
Ambiental deve ocorrer em todos os níveis de ensino da comunidade, visando
capacitá-la para a participação ativa na defesa do meio ambiente.

3.3 Constituição Federal

A Constituição Federal de 1988, conhecida como a Carta Cidadã, foi a


primeira a dedicar um capítulo exclusivo para o Meio Ambiente, definindo-o em seu
art. 225 como um direito difuso, cuja responsabilidade de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações incumbe à coletividade e ao Poder Público. No
mesmo artigo destaca que:

§ 1º - Para assegurar a efetividade deste direito, incumbe ao Poder


Público:
[...]
VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente.
Verifica-se que nossa Constituição atribui a responsabilidade ao Poder
Público pela promoção da educação ambiental em todos os níveis de ensino, e,
ainda, o dever de promover a consciência da população, visando à preservação do
meio ambiente.

13
3.4 Agenda 21

A Agenda 21 foi aprovada pela Conferência da ONU sobre meio ambiente e


desenvolvimento sustentável, no ano de 1992 no Rio de Janeiro. Este documento
solidifica a ideia do desenvolvimento econômico ocorrer com equidade social e
equilíbrio ecológico. Fonseca (2007), destaca que:

A Carta da Terra, marco ético da Agenda 21 Brasileira e do programa


Agenda 21 do Ministério do Meio Ambiente ressalta que a vida muitas
vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar
escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para
harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com
o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo.
Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a
desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições
educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações
não governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma
liderança criativa (Fonseca 2007).

A Agenda 21 é a mola propulsora das grandes mudanças para o processo


democrático e participativo, reforçando as ideias de “pensar global e agir local”. As
degradações ambientais e as diversas formas de agressões contra a natureza, na
maioria das vezes, encontram-se estabelecidas no nível local, onde devem ocorrer as
intervenções na busca das soluções.

Considerando a necessidade apontada neste programa de provocar o Poder


Público concitando-o à participação, cita-se que após avaliação da Rio 92, o Conselho
de Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas recomendou que as
propostas da Agenda 21 fossem levadas para o campo prático. Um dos
desdobramentos mais importantes desta recomendação está na necessidade de
formulação da Agenda 21 Local: “as autoridades locais deverão estabelecer,
juntamente com representantes dos vários segmentos da sociedade, mecanismos
para garantir a efetiva participação da comunidade no processo”.

3.5 Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999

Segundo Dias (2004) o Brasil é o único país da América Latina que possui
uma política específica em nível nacional voltada para a Educação Ambiental. A Lei nº
9.795/1999 foi uma grande conquista para a população brasileira, pois trata de um
instrumento de especialização sobre os processos de Educação Ambiental que visa a
difundir os nossos direitos e deveres. O art. 3º, inciso I, destaca:

Art. 3º - Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm


direito à educação ambiental, incumbindo:
I – Ao Poder Público, nos termos dos artigos 205 e 225 da
Constituição Federal, definir políticas que incorporem a dimensão
ambiental, promover a educação ambiental em todos os níveis de
ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e
melhoria do meio ambiente. (Lei Federal nº. 9.795, de 27 de abril de
1999 – Dispõe sobre a Educação Ambiental, Institui a Política Nacional
de Educação Ambiental e dá outras providências).

14
A Polícia Militar de Minas Gerais, como parte integrante do Sistema Nacional
de Meio Ambiente (SISNAMA) e do Sistema Estadual de Meio Ambiente (SISEMA),
tem o poder/dever, conforme o disposto nos incisos III, V e VI do art.3º da Lei
9.795/99, de promover ações de educação ambiental, objetivando o trabalho de
proteção das áreas de preservação, na conservação, recuperação e na qualidade de
vida, a partir da melhoria constante do meio ambiente.

Com base no art. 8º, §3º, I ao VI do Capítulo II da Política Nacional da


Educação Ambiental, fica explícita a necessidade de se desenvolver instrumentos e
metodologias para a promoção da educação ambiental com qualidade e de forma
continuada. Para tanto, a capacitação de recursos humanos, desenvolvimento de
estudos, pesquisas e experimentações, produção e divulgação de material educativo,
acompanhamento e avaliação, determinam a interação entre os diversos órgãos,
governamentais ou não, voltados direta ou indiretamente às questões ambientais.

No desenvolvimento do programa, pretende-se orientar a formulação de um


diagnóstico, através de trabalho de campo, das localidades onde se concentrem
maior vulnerabilidade socioambiental, inserida nos limites do município participante.
Busca-se capacitar policiais (Mediadores) para conduzirem o processo pedagógico,
além de produzir materiais didáticos adaptados à realidade da comunidade atendida
e, finalmente, mensurar a efetividade do programa, conforme dispõem os artigos 10 e
13 da norma em foco:

Art. 10 – A educação ambiental será desenvolvida como uma prática


educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e
modalidades do ensino formal.
Art. 13 – Entende-se por educação ambiental não-formal as ações e
práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as
questões ambientais e a sua organização e participação na defesa da
qualidade do meio ambiente. (Lei Federal 9.795/99)

3.6 Instrução nº 3.03.01/2009-CG

A Instrução nº 3.03.01/2009-CG que regula a atuação da Patrulha de


Prevenção à Degradação do Meio Ambiente (PPMamb) da Polícia Militar de Minas
Gerais, definiu como conceito de atuação a filosofia de promover a educação,
esclarecendo e sensibilizando o cidadão como forma de evitar as ocorrências dos
delitos ambientais, visando, ainda, melhorar a imagem institucional da PMMG,
garantindo os direitos e garantias individuais, em busca da paz social e do
desenvolvimento sustentável.

Conforme definido nessa Instrução, a PPMAmb atuará, prioritariamente, nas


entidades de classe, associações, escolas, universidades e em reuniões com
proprietários rurais e/ou empreendedores, com o intuito de orientar e esclarecer os
processos de licenciamento, autorização e/ou outorga para as intervenções no meio
ambiente, a fim de evitar a eclosão do delito ambiental.

15
4 DEFINIÇÃO DE TERMOS

Os termos abaixo facilitam a compreensão dos conceitos que norteiam o


Programa de Educação Ambiental:

a) Convergência de Vontades: união de esforços de vários segmentos da


sociedade com um único foco, a sustentabilidade e à qualidade de vida, por
intermédio da participação da comunidade escolar pela livre decisão e o reforço do
caráter democrático do processo de mobilização social.

b) Ecodesenvolvimento: segundo Mazzine (2003):


É uma forma de desenvolvimento econômico e social, de forma
planejada, com o objetivo de potencializar o uso dos recursos
disponíveis, dentro de restrições ambientais locais. O
ecodesenvolvimento prevê a organização e a educação das
populações para que elas próprias repensem seus problemas,
identifiquem as suas necessidades e os recursos disponíveis para
alcançá-los a partir de um modelo para o desenvolvimento de cada
ecossistema. (MAZZINE, 2003).

c) Edáfico: macroelementos da natureza referentes ao solo presentes nos


desenhos confeccionados pelos alunos, entre eles: areia, pedra, grama, lago, mar e
terra.

d) Editor: pessoa ou entidade responsável parcial ou totalmente pelo


planejamento, coordenação e execução do programa e/ou projeto pedagógico.

e) Reeditores: o termo designa “uma pessoa que, por seu papel social,
ocupação ou trabalho, tem a capacidade de readequar mensagens, segundo
circunstâncias e propósitos com credibilidade e legitimidade”. (TORO, WERNECK,
2005).

f) Educação para o pensar: proposta pedagógica que tem como objetivo


“ajudar as crianças a se tornarem pessoas que pensam por si mesmas tendo boas
razões para pensarem assim” (LIPMAN, MARGARET, 1998).

g) Exequibilidade: significa a necessária e condicionante avaliação da relação


custo / benefício das ações que são propostas, baseada na oferta de recursos
(financeiros, humanos e materiais) e no alcance da efetividade, traduzida nos
objetivos a serem atingidos na escola.

h) Fragmentação do espaço: revela-se como fator delimitador de atuação de


um trabalho de educação e de prevenção ambiental, não somente no aspecto físico
geográfico, mas também no que tange a valores culturais, conflitos sociais,
ambientais e, sobretudo, os diferentes papéis em relação ao envolvimento dessas
comunidades no que se refere à mediação e resolução dos conflitos ambientais onde
estão inseridos.

16
i) Horizonte ético: segundo Toro e Werneck (2005), “é tudo aquilo que dá
sentido a um processo de mobilização social; é saber que o que eu faço e decido, em
meu campo de atuação cotidiano, está sendo feito e decidido por outros, em seu
próprio campo de atuação, com os mesmos propósitos e sentidos”.

j) Horizonte imaginário: “o imaginário validamente proposto é, ao mesmo


tempo, uma fonte de hipóteses que provê as pessoas de critérios para orientar a
atuação e para identificar alternativas de ações” (TORO, WERNECK, 2005).

k) Interdisciplinaridade: no contexto de meio ambiente, é a junção da


matemática, história, ciências, português, geografia, filosofia, sociologia, dentre outras
disciplinas, sempre que possível, objetivando a compreensão voltada para os
conceitos que envolvem as questões ambientais.

l) Mediador: Policial Militar ambiental habilitado para a condução do


programa.

m)Mobilização Social: conforme descrevem Toro e Werneck (2005), trata-se


de “convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum, sob uma
interpretação e um sentido também compartilhados”.

n) Multidisciplinaridade: no contexto ambiental, configura-se como a inter-


relação dos diversos órgãos ambientais, das diversas áreas do conhecimento,
sociedade e comunidade escolar, objetivando a propagação de uma educação
ambiental crítica, a qual deverá ser convertida em ações práticas e de forma
continuada.

o) Produtor Social: “é a pessoa ou instituição capaz de criar condições


econômicas, institucionais, técnicas e profissionais para que um processo de
mobilização ocorra. Cabe ao Produtor Social à viabilização do movimento, a
condução das negociações que vão lhe dar legitimidade política e social” (TORO,
WERNECK, 2005).

p) Sociointeracionismo: técnica pedagógica em que as relações sociais se


fundamentam na linguagem que assume um papel constitutivo na elaboração
conceitual e não apenas uma dimensão comunicativa ou instrumental (SMOLKA,
1997).

q) Sustentabilidade: “processo dinâmico destinado a satisfazer as


necessidades atuais sem comprometer a capacidade de gerações futuras de
satisfazer suas próprias necessidades”3.

r) Vulnerabilidade Socioambiental: conjunto de causas e efeitos que,


mensurados de forma qualitativa e quantitativa, revelam o nível socioambiental de
uma determinada comunidade, implicando sua qualidade de vida.

3
Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento in: Dicionário educativo de termos
ambientais. MAZZINI, Ana Luíza Dolabela de Amorim.2003.

17
5 ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO PROGEA

A perspectiva histórico-cultural de Vygostsky assume que os processos


psicológicos emergem relacionados aos modos de vida dos indivíduos em interações,
considerando que a linguagem e a cognição constituem-se mutuamente (SMOLKA,
1997).

Dentro dessa perspectiva é possível perceber que há um movimento


interativo que envolve os sujeitos e o objeto de conhecimento, destacando assim a
importância na mediação do outro neste processo. O papel de Mediador é importante
não só na construção do conhecimento, mas, fundamentalmente, na constituição do
sujeito (MACHADO, 2000).

As perspectivas pedagógicas adotadas no PROGEA são: sociointeracionista


e histórico-cultural, tendo como referencial teórico Bakhtin e Vygostsky. Esses
pesquisadores consideram a dimensão constitutiva da linguagem, isto é, para eles é
no discurso e pelo discurso que os conhecimentos são elaborados.

Assim, a linguagem assume, nessa perspectiva, um papel constitutivo na


elaboração conceitual dos conhecimentos, não apenas como uma dimensão
comunicativa ou instrumental, mas orientando à prática de Educação Ambiental (EA)
junto aos alunos do 4º ano4 do Ensino Fundamental, valendo-se de suas experiências
de vida dentro do cenário cultural, social e econômico em que estão inseridos,
respeitando essa pluralidade e a diversidade, e deixando clara a necessidade de se
considerar a fragmentação do espaço na condução do processo de educação
ambiental.

4
A faixa etária estabelecida para o desenvolvimento do PROGEA compreende crianças com idade de 9 e
11 anos, período acadêmico com correlação ao 4º ano do Ensino Fundamental, vez que, de acordo com Teoria da
Influência na Aprendizagem de Shaftoe (2000), observa-se que nesta faixa etária a maior influência é da escola
(professores ou outros profissionais).

18
6 HABILITAÇÃO PARA A ATIVIDADE DE MEDIADOR

6.1 Curso de Formação de Mediadores do PROGEA

A participação de policiais militares no PROGEA está vinculada à habilitação


específica, conseguida em curso regular próprio, cujo currículo e formação serão
detalhados em norma específica. Caso necessário, a Diretoria de Meio Ambiente e
Trânsito poderá ofertar vagas para o Curso de Formação de Mediadores aos
professores dos Colégios Tiradentes da PMMG, os quais poderão aplicar o PROGEA
nestes educandários.

Para a aplicação do PROGEA, os policiais militares e os professores do


Colégio Tiradentes da PMMG selecionados serão capacitados por meio de curso de
97 horas/aulas, nas modalidades à distância e presencial, conforme previsto na Malha
Curricular do Curso de Mediador (Anexo “A”).

Uma vez capacitados, os policiais militares devem ser empenhados nas


atividades junto às escolas que estão inseridas na área das Cias Ind MAT e Cia
MAmb, com o intuito de colocar em prática os conhecimentos adquiridos, evitando
que o recurso com a capacitação seja subutilizado.

6.2 Inscrição, seleção e designação de candidatos

O processo de triagem e seleção para participação em cursos do PROGEA


incluirá uma entrevista, realizada por comissão formada na respectiva Unidade,
integrada pelo Subcomandante, P/3 da Unidade e 01 (um) Oficial Psicólogo. A
composição da banca examinadora deverá ser publicada em Boletim Interno.

Tal procedimento visa selecionar, dentre os interessados, aqueles que


reúnam as características mais adequadas para a atuação com os alunos do 4º ano
do ensino fundamental. Deverão ser oportunizados dois momentos, um coletivo e
outro individual:

a) coletivo: os policiais serão informados sobre o programa e como será a sua


atuação com as crianças nas escolas;

b) individual: cada candidato será entrevistado pela comissão de seleção,


buscando-se o preenchimento dos itens da ficha do Processo de Triagem e Seleção
(Anexo “B”), de forma que subsidiem o parecer da comissão.

Concluídos os trabalhos de triagem e seleção no nível operacional, a Unidade


indicará os candidatos à Academia de Polícia Militar (APM), Diretoria de Meio
Ambiente e Trânsito (DMAT) e Diretoria de Educação Escolar e Assistência Social
(DEEAS), esta último quando houver a participação de professores do Colégio
Tiradentes. Após análise própria e aceite das citadas Unidades Técnicas, a DMAT
preparará ato de designação para a realização do treinamento.

19
6.3 Requisitos para a participação em treinamentos

Serão observados os seguintes requisitos:

a) ser o policial militar ou professor do Colégio Tiradentes voluntário para


exercer o papel de Mediador do PROGEA;

b) possuir desenvoltura pessoal para atividades de cunho social e habilidades


para apresentações em público;

c) possuir habilidade em comunicação interpessoal e ter afinidade para


trabalhar com crianças e adolescentes;

d) possuir aptidão para a docência;

e) possuir boa fluência verbal e boa postura policial;

f) possuir iniciativa, entusiasmo e capacidade de realização;

g) se policial militar, estar no mínimo no conceito B, com até 24 (vinte e


quatro) pontos negativos;

h) não ter sido punido por falta grave nos últimos dois anos;

i) possuir no mínimo 02 (anos) de serviço na atividade ambiental e no


máximo 20 (vinte) anos de efetivo serviço. Excepcionalmente, Policial Militar que não
preencha este requisito poderá participar do treinamento, após avaliação e decisão do
Diretor de Meio Ambiente e Trânsito;

j) estar apto no Treinamento Policial Básico;

k) não estar respondendo a processo criminal, salvo quando houver a


declaração de ação policial legítima.

6.4 Critérios para desligamento do discente em cursos de formação do


Mediador PROGEA

Será desligado o discente que:

a) voluntariamente solicitar ao coordenador do curso desligamento por


incompatibilidade com a metodologia do Programa;

b) não possuir os requisitos previstos nesta Instrução;

c) demonstrar inaptidão para o exercício da docência ou incompatibilidade


com a filosofia do PROGEA, mediante comprovação em conformidade com os

20
critérios norteadores do Programa, atestados formalmente pelos docentes do
respectivo treinamento;

d) faltar a período superior a 10% (dez por cento) da carga horária prevista
para o treinamento, mesmo que justificadamente;

e) não atingir ao percentual mínimo de 60% de aproveitamento nas


avaliações.

6.5 Avaliação da aprendizagem

O aproveitamento em cursos de formação de Mediadores do PROGEA será


avaliado durante todo o processo, sob aspectos quantitativos e qualitativos. Será
considerado aprovado, o aluno que obtiver nota igual ou superior a 6,0 (seis),
convertendo-se a nota final do curso em menção, conforme dispõe a tabela a seguir:

NOTAS CONCEITO
0,0 a 5,9 Necessita melhorar
6,0 a 9,5 Competente
9,6 a 10,0 Forte

A avaliação de desempenho ocorrerá por intermédio de avaliações práticas,


ministradas pelos discentes, segundo os aspectos formais e informais mensurados
pelos docentes.

Na formação do policial militar Mediador do PROGEA, a avaliação final de


desempenho, detalhada no Anexo “C”, consiste na observação da prática de
docência, tendo como base a matéria, corroborada com os seguintes itens:

a) Habilidade de comunicação: oral e escrita.

b) Capacidade de organização: apresentação dos encontros; conhecimento


dos materiais do programa; uso das metodologias de ensino; manejo de classe; uso
de meios auxiliares de instrução; compreensão dos conceitos; iniciativa; habilidade
para motivar e entusiasmar.

c) Relações interpessoais: capacidade de fazer amigos; espírito de equipe.

d) Pontualidade: nas aulas e nas tarefas.

21
7 EXECUÇÃO DO PROGRAMA

7.1 Ações e Desdobramentos

A execução do PROGEA perpassará pelas seguintes ações e


desdobramentos:

AÇÃO DESDOBRAMENTOS

Levantamento do cenário situacional (diagnóstico) considerando os aspectos físicos, sociais, estéticos e


ambientais, agregado ao processo de mobilização social, visando à escolha das escolas alvos para a
1ª implementação do programa. Priorizar-se-á, assim, aquela escola que apresentar maior vulnerabilidade
socioambiental dentre as pesquisadas, devendo ainda ser consideradas as possibilidades de alcance
dos objetivos do programa e sua capacidade de influência na comunidade.
Contempla o desenho inicial (sem estímulo) e o final (feito no final do processo), ambos elaborados
2ª pelos alunos. Tem como objetivo contribuir para a construção do conhecimento e apropriação das
temáticas trabalhadas durante os encontros (vide subseção 8.3).
Encontros realizados em sala de aula pelo Mediador objetivando a reflexão sobre os problemas
ambientais através da metodologia “Educação para o Pensar”, desenvolvendo o pensamento crítico e
3ª investigativo, pautados nos textos inseridos no Caderno do Aluno, vinculando-os às realidades
socioambientais da sua escola/comunidade: identificação do problema; análise; tomada de decisão e a
sua avaliação.
Escolha de um “problema ambiental” na escola que mereça a atenção dos alunos. A partir daí, as ações
4ª promovidas pelos alunos, auxiliadas pelo Policial Militar Ambiental (Mediador) serão executadas,
objetivando minimizar os efeitos daquele problema.
Realização de atividade extraclasse (visita a lugares) previamente definida, que complemente os temas
5ª trabalhados, bem como atividades de campo que colaborem nas ações desenvolvidas pelos alunos para
o cumprimento do disposto na terceira ação.
Criação do “Clubinho Ambiental” da Escola (Célula Mater), cujo objetivo será a manutenção de um
grupo permanente de alunos que buscarão estimular discussões acerca dos problemas ambientais

vivenciados dia a dia em sua escola. O Clubinho será o responsável pela implementação e execução
das ações propostas para minimização ou solução do problema escolhido na terceira ação.
Facultar a promoção de encontro dos alunos que vivenciem realidades socioambientais distintas. Neste
momento de intercâmbio entre as escolas da zona rural e urbana, que se dará através da realização de
7ª um seminário, os próprios alunos estarão expondo suas realidades e inter-relacionando os seus distintos
problemas ambientais.
O evento será denominado “Meio Ambiente: nossa realidade e a nossa responsabilidade”.
A formatura dos alunos é o momento de exaltar o tema meio ambiente tratado pelos alunos participantes
do programa. A formatura contará com a participação de todos aqueles envolvidos no processo
8ª (professores, mediadores, pais, membros da comunidade, voluntários e autoridades). Este será um
momento de afirmação da proposta e, sobretudo, de valorização dos alunos, bem como a confirmação
dos valores e ética compreendidos e estimulados durante o projeto.
Avaliação e mensuração dos resultados possíveis e pertinentes ao programa. O indicador de
desempenho constitui-se na relação entre a quantidade de Mediadores e a quantidade de turmas

atendidas anualmente. A mensuração da qualidade da aplicação metodologia estará associada à
percepção dos alunos antes e após a execução do programa (método de desenhos).
Criação de arquivo com todos os dados pertinentes à escola e alunos do 4º ano atendidos pelo
10ª programa, incluindo os resultados mensuráveis. No arquivo deverão constar os períodos de visitação
daquela escola bem como os demais documentos normativos (vide Anexo “D”).
Durante todo o processo do programa, os policiais militares Mediadores serão acompanhados por
Equipe Multidisciplinar (pedagogos, psicólogos e profissionais ambientais), que terá como objetivo a
11ª avaliação dos policiais militares Mediadores, visando à apresentação de propostas de melhoria no
processo. Tal acompanhamento poderá ser feito de forma indireta, através da DMAT, caso não haja
disponibilidade de recursos locais.
Viabilizar a realização de congressos a cada dois anos, objetivando avaliar, aprimorar e atualizar o
12ª
programa.

22
7.2 A mediação

Como mencionado anteriormente, as questões ambientais são


essencialmente de natureza complexa, em razão das variáveis que permeiam o tema:
água, solo, fauna, flora, poluição e degradação ambiental, além dos aspectos
socioculturais, políticos e econômicos, dentre outros. Desta forma, o grande desafio
do programa é conduzir o processo de forma a concentrar o foco naquilo que é
pertinente à realidade socioambiental das crianças, baseado na fragmentação do
espaço.

Naturalmente, um processo educacional que tenha como tema a questão


ambiental, considerada sua complexidade, deverá ser feito por meio de métodos e
técnicas pedagógicas previamente estabelecidas, abordando as questões que surjam
durante os encontros e vinculando-as, sempre que possível, à realidade local. Daí a
necessidade do Mediador ter competências e habilidades especiais para a condução
do processo. Assim, espera-se que o Mediador:

a) siga exatamente os pressupostos do programa, conhecendo


profundamente os seus conceitos, aquilo em que se baseia e, principalmente,
compreenda a metodologia pedagógica a ser empregada: “Educação para o Pensar”;

b) evite dar respostas prontas, ser o detentor do saber, e sim, fomentar o


pensamento criativo e investigativo, a reflexão crítica e a análise. Essas devem ser
estimuladas para que os próprios alunos cheguem às conclusões (estimular a
autonomia de pensamento e julgamento de valores);

c) estimule a participação ativa dos alunos/crianças nas atividades, gerando


motivação e envolvimento para discussões a partir das atividades propostas (caderno
do aluno, visitas, etc.);

d) não se vincule ou compreenda que o policial ambiental, na condição de


Mediador, deva ter expertise em meio ambiente, em razão da própria complexidade
do tema. Como a própria denominação já orienta, esse deverá atuar como um
mediador de questões, registrando aquelas que surjam em decorrência das
discussões entre os alunos;

e) nos encontros, conduza os diálogos de forma que não influencie os alunos


sobre as conclusões que deverão chegar através dos temas abordados nas histórias
e nas outras ferramentas de estímulos. Desta forma, ele ouve as respostas e,
novamente, devolve em forma de perguntas para que os próprios alunos cheguem a
uma conclusão;

f) preocupe-se em não direcionar o assunto abordado para somente um foco,


ampliando os horizontes dos alunos e, ao mesmo tempo, ficando neutro nos
apontamentos destes.

23
7.3 Atividades na Escola

A mobilização social nas escolas selecionadas é condicionante para a


execução e permanência do programa em tais instituições. Nesse momento, buscar-
se-á o envolvimento dos professores titulares do 4º ano, supervisoras, orientadoras,
funcionários, diretoras, pais e/ou responsáveis, os quais fornecerão informações
sobre os alunos (personalidade, relacionamento, comportamento, envolvimento e
outros).

O Mediador deverá considerar o ambiente, bem como os recursos logísticos e


humanos presentes na escola. Esta fase será de preparação e busca pelo perfeito
entendimento do processo, caracterizando-se como algo “em construção”, em que
opiniões e críticas, devidamente fundamentadas, poderão enriquecer a proposta
inicial, viabilizando sempre um leque de possibilidades.

Outro aspecto importante refere-se à observação continuada do ambiente


escolar nos aspectos físicos, sociais, interpessoais e valores, (análise do ambiente
escolar), assim como da execução do programa e resultados obtidos. Tais
observações poderão fornecer aspectos relevantes para a avaliação do processo.

Dentro desse parâmetro, o Mediador deverá cumprir o cronograma de


atividades, conforme programação a seguir:

ENCONTROS FASES DO PROGRAMA


Apresentação do Mediador e da Proposta de Trabalho
1º Dia
Avaliação inicial, com aplicação de desenhos
Leitura da história "O despertar do pequeno Zeca"
2º Dia
Aplicação da Metodologia "Educação para o Pensar"
Trabalhando a história "O despertar do pequeno Zeca"
3º Dia
Aplicação da Metodologia "Educação para o Pensar"
Trabalhando as realidades socioambientais distintas
4º Dia
Aplicação da Metodologia "Educação para o Pensar"
Leitura da história "Pescando com o Vovô Jeremias"
5º Dia
Aplicação da Metodologia "Educação para o Pensar"
Leitura da história "A necessidade de Juca e o Meio Ambiente"
6º Dia
Aplicação da Metodologia "Educação para o Pensar"
Revisão e trabalhos extraclasses (conhecendo e reconhecendo o ambiente escolar)
7º Dia
Escolha do "Problema Ambiental" na Escola
Apresentação das regras do "Clubinho Ambiental" e da campanha das chapas
8º Dia
Escolha do local a ser visitado, vinculado ao "Problema Ambiental"
9º Dia Visita ao local sugerido
Aplicação da Metodologia "Educação para o Pensar" sobre a visita
10º Dia
Lançamento das chapas e início da campanha
Avaliação Final, com aplicação de desenhos
11º Dia
Eleição e Posse do "Clubinho Ambiental"
12º Dia Seminário Infantil (facultativo)
FORMATURA – PROGEA

24
8 ELEMENTOS ESSENCIAIS AO PLANEJAMENTO

8.1 Formalização do atendimento

Para a implementação do PROGEA será necessária a formalização do


interesse do educandário ou rede escolar (pública ou particular) à Polícia Militar,
através da assinatura do Protocolo de Intenções, conforme modelo constante no
Anexo “E”. A escolha da escola deverá ser precedida de diagnóstico em que se revele
a maior vulnerabilidade socioambiental, devendo ser consideradas as possibilidades
de alcance dos objetivos do programa e a capacidade de alcance do programa na
comunidade.

8.2 Emprego do Mediador do PROGEA

As Unidades que possuem policiais militares habilitados deverão:

a) Estabelecer um cronograma semanal em impresso próprio, conforme


modelo constante do Anexo “F” (Cronograma de Emprego Semanal do Mediador
PROGEA), seguindo o que prescrevem as normas de jornada de trabalho da
Instituição, bem como a filosofia do programa. Considerar-se-á, na confecção do
documento, as etapas necessárias à implementação do programa, notadamente as
fases iniciais, momento em que é demandado um tempo maior de envolvimento do
policial militar Mediador. Os encontros deverão contar com a participação de no
mínimo 50% da turma. As atividades deverão se desenvolver em sala de aula ou
locais pré-programados, com duração de 50 (cinquenta) minutos, com exceção à
visita prevista no local sugerido (9º encontro), o qual deverá ser ajustado com a
direção do educandário.

b) Estabelecer um cronograma quinzenal para os encontros do “Clubinho


Ambiental” em impresso próprio, conforme modelo constante do Anexo “F”. Os
encontros do “Clubinho Ambiental” deverão contar com a participação mínima de 50%
da turma e ocorrerão em sala de aula ou locais pré-programados, com duração de 50
(cinquenta) minutos.

c) Após a habilitação no PROGEA, certificado em curso específico, cuidar


para que o policial militar Mediador, obrigatoriamente, seja empregado na aplicação
do programa por um período mínimo de 02 (dois) anos letivos, exceção feita aos
casos excepcionais que demonstrem a necessidade de desabilitação do policial.

d) Sempre que possível, envidar esforços para que a concessão de férias aos
policiais militares do PROGEA coincidia com o período de férias escolares, evitando-
se eventuais interrupções e, em consequência, perda de referência pelos alunos e
demais integrantes das escolas.

25
8.3 Uniforme e armamento

Os policiais militares do PROGEA deverão participar das reuniões e/ou outras


atividades previstas fardados (uniforme da sua atividade operacional de Meio
Ambiente), sendo permitido, nas atividades de recreação, o uso do agasalho ou
uniforme correspondente à atividade, observadas as prescrições contidas no RUIPM.

Em atividades que exijam trajes civis, deverão trajar-se com roupas não
atentatórias ao pudor, vexatórias ou que causem conflito, como por exemplo, camisas
de time de futebol.

Considerando as variáveis do local e questões de segurança, como também o


público assistido, é altamente recomendável a reflexão do policial militar do PROGEA
quanto à adoção de medidas profissionais pertinentes ao porte e/ou utilização de
armamento durante as atividades a serem desenvolvidas no ambiente escolar.

8.4 Ocorrências policiais e disciplina escolar

Cabe ao profissional de ensino, designado para cada classe a manutenção da


disciplina dos alunos, não cabendo ao policial militar do PROGEA interferir nos
procedimentos adotados pela administração afetos à disciplina escolar.

Emergências policiais no ambiente escolar que requeiram intervenção policial


militar deverão ser adotadas de iniciativa e de forma proporcional ao caso
apresentado, devendo ser repassadas ao policiamento ordinário, dentro do possível,
para a conclusão dos trabalhos.

Todo e qualquer procedimento policial a ser adotado deve pautar-se pela


observância da segurança dos alunos e demais presentes no educandário, atentando
para as orientações contidas na Instrução 3.03.09/2011-CG, que regula o emprego
operacional da PMMG no ambiente escolar.

26
9 INDICADORES E METODOLOGIAS AUXILIARES DE AVALIAÇÃO

O uso de indicadores no PROGEA é um importante mecanismo de avaliação


dos objetivos do programa. Em um primeiro momento, considerando-se a
complexidade do tema, foi concebido apenas um indicador (Efetivo
Empregado/Turmas Atendidas).

As ações do “Clubinho Ambiental”, a Percepção do Programa pela Família e a


Variação da Percepção Ambiental (metodologia de desenhos) são consideradas
metodologias auxiliares de avaliação e poderão fomentar a concepção de novos
indicadores.

Por fim, a análise do programa educacional em torno do indicador e das


metodologias auxiliares de avaliação não somente determinam a sua efetividade, do
ponto de vista pedagógico, social e ambiental, mas permitem “verificar se houve
algum elemento novo no ambiente interno e externo que provoque uma mudança dos
hábitos da organização”, conforme descreve a Diretriz que regula o emprego dos
Policiamentos de Meio Ambiente e de Trânsito na PMMG (Diretriz n º3.01.06/2011-
CG).

9.1 Indicador de Efetivo Empregado/Turmas Atendidas

O indicador do PROGEA será operacionalizado conforme informações


contidas no quadro a seguir:

1. Título do indicador: Efetivo Empregado/Turmas Atendidas.


2. Descrição: o indicador é calculado pela razão entre a quantidade de Mediadores disponíveis por UEOp e a
quantidade de turmas atendidas.
3. Setor responsável: Companhias de Meio Ambiente (Cias MAT e Cia MAmb).
4. Fonte: P3 das Companhias de Meio Ambiente (Cias MAT e Cia MAmb).
5. Periodicidade: anual
6. Fórmula de cálculo: IEE = TU/ME

Onde: IEE = Indicador de Emprego de Efetivo


TU = Quantidade de turmas atendidas pela UEOp
ME = Quantidade de Mediadores disponíveis na Unidade
7. Polaridade: maior, melhor.
8. Cálculo do Desempenho:
O IEE (Índice de Emprego de Efetivo) deve seguir o seguinte farol:
Real / Meta = 100% - VERDE
Real / Meta entre 70 e 99,99% - AMARELO
Real / Meta < 69,99% - VERMELHO
9. Premissas: controle pela P3 da UEOp sobre a quantidade de Mediadores existentes e a quantidade de turmas
atendidas pelo programa. Para efeito de aplicação do indicador, considera-se que um Mediador seja responsável
por 04 turmas anualmente.

27
9.2 Avaliação da percepção do programa pela família

Após a execução do PROGEA, deverá ser aplicado um questionário


estruturado junto às famílias dos alunos, público-alvo do programa, com o objetivo de
aferir se houve ou não mudança de comportamento pelas crianças no meio familiar,
com foco na questão ambiental e nos valores sociais e éticos, assim como a visão
dos pais/responsáveis acerca do programa, conforme aspectos contidos na figura a
seguir:

Assim, os dados do questionário são agrupados em quatro grupos: Meio


Ambiente, Valores Sociais e Éticos, Participação dos Filhos e Visão dos Pais,
conforme demonstrado a seguir:

28
MEIO AMBIENTE (GRUPO 1)
( ) Água ( ) Lixo ( ) Queimada
( ) Caça ( ) Pesca ( ) Desmatamento
1) Temas ambientais mais comentados pelo filho (a).
( ) Esgoto a Céu Aberto ( ) Poluição/degradação
Marque três opções.
( ) nenhuma ( ) outros
Quais:___________________________________________
( ) água ( ) lixo ( ) desmatamento ( ) queimada
( ) consumismo ( ) caça ( ) pesca
2) Quais os problemas ambientais vivenciados na
escola e na comunidade que mais chamaram a ( ) esgoto a céu aberto ( ) poluição/degradação
atenção do seu filho (a) durante o programa? Marque ( ) desperdício de energia ( ) desperdício de alimento
três opções.
( ) nenhuma ( ) outros
Quais:___________________________ ________________

VALORES SOCIAIS E ÉTICOS (GRUPO 2)


( ) Mudança no tratamento com as pessoas
( ) Mais dedicação nas atividades escolares
1) Você percebeu alguma mudança de atitude de
comportamento em seu filho (a) durante execução do ( ) Mais interesse nos assuntos ambientais
programa? Qual ou quais?
( ) nenhuma ( ) outros
Quais:___________________________________________

2) O Programa contribuiu para uma aproximação da ( ) Sim


Polícia Militar com o seu filho? ( ) Não

PARTICIPAÇÃO DOS FILHOS (GRUPO 3)


( ) Sim
1) Seu filho manifestou interesse em participar das atividades do Programa?
( ) Não

( ) Sim
2) Seu filho demonstra interesse em participar das ações do “Clubinho Ambiental”?
( ) Não

VISÃO DOS PAIS (GRUPO 4)


( ) Sim
1) Percebe como importante/necessário a existência deste programa, bem como sua continuidade?
( ) Não

2) Seu filho apresentou alguma mudança de atitude em relação as questões ambientais, como por ( ) Sim
exemplo: separação de lixo, economia de água, redução de consumo ou outra atitude referente? ( ) Não

Para avaliação da Percepção do Programa pela Família/PROGEA serão


considerados ainda os seguintes critérios:

29
a) Total de alunos do 4º ano por escola;

b) Aplicação do questionário às famílias, por turma de alunos do 4º ano da


mesma escola atendida pelo programa (mínimo em 30%);

c) As variáveis nas distintas realidades socioambientais contabilizadas nos


grupos 1, 2 e 4 por escola;

d) Objetivo geral do programa.

A periodicidade de aplicação da metodologia deve ser anual.

9.3 Avaliação da Variação da Percepção Ambiental (Técnica por Desenhos)

A metodologia de análise se inspirou nos trabalhos de Boer (1994) e de


Pedrini e colaboradores (2010), que utilizam a identificação da presença e da
ausência de elementos socioambientais, verificando se o aluno (que é o sujeito
estudado) percebe o meio em que vive, conscientizando-se de sua responsabilidade
sobre os prejuízos ou os benefícios causados ao meio ambiente por ele mesmo.

Qualitativamente, cada símbolo desenhado pelo aluno e que represente um


item socioambiental será identificado como uma parte de um macrocompartimento.
Nesse macrocompartimento, cada símbolo será listado e analisado em termos de
variabilidade (variação qualitativa entre eles).

Quantitativamente será analisada a riqueza (número de símbolos) e a


variabilidade (variação quantitativa entre os macrocompartimentos).

Cada um dos macrocompartimentos será discriminado no nível mais


específico possível para identificar com maior detalhamento os seus inter-
relacionamentos.

Quanto maior o número de conexões entre os macrocompartimentos, mais


evidente fica a noção de totalidade do conceito de meio ambiente. Esse procedimento
deverá ser feito nas escolas em que o projeto for aplicado.

Os elementos são divididos em “artificial” e “natural.” Os elementos artificiais


são, por exemplo, a casa, a escola ou objetos, com mobília ou não. Os elementos
naturais são a flora, a fauna, a atmosfera, o solo e os seres humanos.

Basicamente, o processo pedagógico citado resume-se em propor às


crianças, no início do processo e, antes de qualquer estímulo, confeccionarem um
desenho que retrate o que pensam sobre meio ambiente.

30
No final do processo (encontros/ações), novamente as crianças deverão ser
estimuladas a produzirem um novo desenho com o mesmo tema. A comparação entre
os dois desenhos, aplicada à metodologia descrita, permitirá aferir se houve ou não
mudança de visão por parte das crianças e, consequentemente, possibilidade de
mudança de comportamento ambiental. Essa metodologia denomina-se, para efeito
desse programa, “Variação da Percepção Ambiental”. Portanto, quanto maior a
variação da percepção do grupo de alunos, mais efetivo é o programa.

9.3.1 Verificação por desenhos: passo a passo

No primeiro encontro, o Mediador deverá se apresentar para a turma e fazer


uma breve apresentação sobre o projeto. Na sequência, o policial deve pedir aos
alunos que fechem os olhos e visualizem/pensem algo sobre o meio ambiente, por
cerca de dois minutos. Após esse intervalo, o Mediador convidará os alunos a
produzirem um desenho sobre o tema (meio ambiente) no espaço destinado ao
desenho inicial (caderno do aluno). Os alunos terão um tempo de 30 minutos para
realizarem a tarefa. A folha contendo o desenho deverá ser recolhida pelo Mediador.

No 11o encontro, o Mediador solicita aos alunos que fechem os olhos e


visualizem/pensem algo sobre meio ambiente. O Mediador deverá solicitar aos alunos
a produzirem um novo desenho (tempo de 30 minutos para a tarefa), no espaço
apropriado do caderno do aluno, e, da mesma forma a folha de desenho deverá ser
recolhida.

9.3.1.1Como avaliar os desenhos

9.3.1.1.1Identificar os compartimentos: natural ou artificial.

Cada compartimento tem os seus símbolos:

a) Naturais: ser humano (homem, mulher, criança), fauna, flora, atmosfera (ex:
sol, nuvem, estrela, lua, arco-íris, chuva, vento), edáfico (ex: pedra, areia, grama,
lago, mar, terra, montes).

b) Artificiais: veículos, objetos, estradas, lixeiras, poluição/degradação,


cercados, construção (objetos construídos pelo homem, por exemplo: casa, igreja,
indústria, ponte, escola, hospital, cabana).

9.3.1.1.2Fazendo a análise:

Cada símbolo desenhado, que pode representar um item natural ou artificial, é


identificado como parte desses compartimentos.

Em duas tabelas, uma para o primeiro e outra para o segundo encontro,


conforme exemplo a seguir, devem ser listados os nomes dos alunos que

31
participaram do 1º e do último encontro. Os desenhos dos alunos que não
participaram de todo processo pedagógico devem ser descartados.

1 - Análise Quantitativa dos Elementos Naturais

1º ENCONTRO
Nome dos
ATMOSFERA FAUNA FLORA HOMEM EDÁFICO
Alunos
Aluno 01
Aluno 02
Aluno 03
TOTAL

11º ENCONTRO
Nome dos
ATMOSFERA FAUNA FLORA HOMEM EDÁFICO
Alunos
Aluno 01
Aluno 02
Aluno 03
TOTAL

2 - Análise Quantitativa dos Elementos Artificiais

1º ENCONTRO
Nome VEÍCULOS OBJETOS ESTRADAS LIXEIRAS POLUIÇÃO DEGRADAÇÃO CERCADOS CONSTRUÇÃO
dos
Alunos
Aluno
01
Aluno
02
Aluno
03
TOTAL

11º ENCONTRO
Nome VEÍCULOS OBJETOS ESTRADAS LIXEIRAS POLUIÇÃO DEGRADAÇÃO CERCADOS CONSTRUÇÃO
dos
Alunos
Aluno
01
Aluno
02
Aluno
03
TOTAL

32
Para cada desenho será feita a contagem dos elementos: naturais
(atmosféricos, fauna, flora, homem e edáfico, dentre outros) e artificiais (veículos,
objetos, estradas, lixeira poluição/degradação, cercados e construção, dentre outros).

Por exemplo, para os elementos atmosféricos, contar as nuvens, o vento, o


arco-íris, o sol, a lua, as estrelas, a chuva. Se todos os elementos aparecerem, serão
7 elementos atmosféricos.

Se num desenho ocorrer a presença de um mesmo elemento (artificial ou


natural) repetidas vezes, deverá ser computado apenas uma única vez. Ex: o aluno
desenhou 10 (dez) árvores, deverá ser computada apenas 01 (uma) árvore.

Se num desenho for apresentado um número excessivamente elevado de


símbolos, este deverá ser desconsiderado, evitando, desta forma, a contaminação da
amostra.

Os quadros a seguir apresentam exemplos de símbolos naturais e artificiais


que poderão ser encontrados:

Elemento Natural Atmosférico Imagem

Sol

Nuvem

Estrela

Lua

Chuva

33
Elemento Natural Atmosférico Imagem

Vento

Arco Íris

Elementos Naturais Fauna Imagem

Borboleta

Pássaro

Macaco

Onça

Peixe

34
Elementos Naturais Fauna Imagem

Animais de outros países

Leão Girafa

Veado

Elemento Natural Flora Imagem

Árvores com fruto

Árvores sem fruto

Flor

Coqueiro

35
Elementos Naturais Humanos Imagem

Homem

Mulher

Criança

Família

Elementos Naturais Edáficos Imagem

Areia, solo.

Grama, mato.

Lago, rio, curso d’água, cachoeira.

36
Elementos Naturais Edáficos Imagem

Mar

Terra

Montes, montanhas.

Elementos Artificiais Imagem

Veículos (qualquer meio de transporte)

Objetos

Estradas

Lixeiras

37
Elementos Artificiais Imagem

Poluição/Degradação

Cercados

Construções

A referida verificação serve como parâmetro para o Mediador analisar se ocorreu


ou não a Variação da Percepção Ambiental do aluno em relação a sua realidade
socioambiental.

38
10 AÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA – CLUBINHO AMBIENTAL

A criação do “Clubinho Ambiental” na escola tem por objetivo a manutenção


de um grupo permanente de alunos com o objetivo de estimular discussões acerca
dos problemas ambientais vivenciados no dia a dia escolar. O clubinho será o
responsável pelo planejamento e execução de ações visando minimizar ou solucionar
o problema escolhido. Essa ferramenta representa também um mecanismo de
avaliação constante do programa, quando os resultados que visem a aferir a mudança
de comportamento dos alunos em relação às ações nocivas ao meio ambiente estão
inseridos, ainda que mínimas, são avaliados a médio e em longo prazo.

O clubinho representa o elo do programa para encontros futuros,


principalmente possibilita o retorno do Mediador à escola atendida, seja no segundo
semestre do mesmo ano ou primeiro semestre do ano subsequente. Outro objetivo é
a formação de uma rede social local. Este mecanismo proporciona a integração de
alunos, professores, comunidade e os demais segmentos da sociedade, públicas e
privadas.

A seriedade e o comprometimento dos alunos com a questão ambiental não


estão relacionados somente com as ações e os efeitos resultantes, mas
principalmente com o acatamento e o respeito às decisões coletivas, emanadas pelo
espírito democrático e pela exaltação dos valores humanísticos. O exercício da
cidadania e o culto a estes valores são salientados nas normas do processo eletivo do
Conselho Diretor e no próprio regulamento que norteia os trabalhos do “Clubinho
Ambiental” da escola, conforme o disposto nos Anexos “G” e “H”.

O sucesso do clubinho dependerá do nível de comprometimento de todos os


integrantes da escola. Assim, o Mediador deverá cumprir as ações do “Clubinho
Ambiental” previstas no Anexo “I” da presente instrução e estimular a instituição de
ensino a escolher um profissional para exercer o papel de orientador do clubinho,
criando um vínculo escola-clubinho.

39
11 ATRIBUIÇÕES DOS ELEMENTOS SUBORDINADOS

11.1 Estado-Maior da Polícia Militar

Estabelecer as diretivas estratégicas e desenvolver o monitoramento da


aplicação do PROGEA, bem como fomentar os arranjos necessários para o seu
aperfeiçoamento.

11.2 Diretoria de Meio e Ambiente e Trânsito

11.2.1 Planejar, coordenar, controlar e avaliar o desenvolvimento do PROGEA no


estado de Minas Gerais.

11.2.2 Promover a revisão periódica das informações e de materiais didático-


pedagógicos, com o objetivo de mantê-los atualizados nas temáticas a que se
propõem.

11.2.3 Gerir a equipe de docentes multiplicadores a ser empregada nos cursos e


seminários.

11.2.4 Assessorar o EMPM na deliberação sobre a necessidade de capacitações,


definição de vagas e locais que poderão sediar os treinamentos, de forma a cumprir o
planejamento estratégico da Instituição.

11.2.5 Avaliar e proceder ao descredenciamento de multiplicadores e Mediadores do


PROGEA.

11.2.6 Assegurar recursos necessários ao desenvolvimento do PROGEA.

11.3 Regiões de Polícia Militar

11.3.1 Planejar, coordenar, controlar e avaliar o desenvolvimento do PROGEA pelas


UEOp subordinadas, de forma alinhada às diretivas estabelecidas pela PMMG.

11.3.2 Diagnosticar e propor à DMAT a necessidade de treinamentos e reposição do


efetivo habilitado à condução do programa.

11.3.3 Manter atualizadas as informações inerentes à aplicação do PROGEA por


Unidades subordinadas.

40
11.4 Unidades de Execução Operacional

11.4.1 Definir as escolas a serem assistidas e o cronograma de atendimento.

11.4.2 Manter o policial militar habilitado em aplicação permanente do programa,


evitando-se a perda de proficiência do profissional treinado.

11.4.3 Sugerir à DMAT, por intermédio da UDI, o descredenciamento do policial


militar PROGEA que:

a) for classificado no conceito “C”;

b) for punido por falta grave, nos últimos dois anos, pelo Código de Ética e
Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais;

c) responder a processo criminal, salvo situação em que se vislumbre


excludente de criminalidade, ou quando em apuração administrativa verificar-se a
improcedência das acusações;

d) for transferido para a reserva ou reforma da PMMG;

e) afastar-se da atividade de policiamento ambiental por qualquer motivo;

f) manifestar formalmente vontade de não mais desenvolver o PROGEA,


após ter aplicado o programa por no mínimo 02 (dois) anos letivos;

g) for condenado por sentença judicial transitado em julgado, com pena


aplicada superior a 02 (dois) anos;

h) deixar de aplicar o programa por um período superior a 2 (dois) anos


consecutivos;

i) obtiver nota final na Avaliação Escolar do Desempenho de Mediador


PROGEA, prevista no Anexo “J”, menor que 60%. Nesse caso, o Comandante da
UEOp determinará apuração acerca do baixo desempenho do policial militar e,
independente de confirmação de prática de transgressão disciplinar ou crime militar,
deverá convocar a comissão já designada para seleção de candidatos à Mediadores
(subseção 5.2), visando avaliar a permanência do policial militar no programa;

j) por outros motivos, após apuração e decisão do Comandante da UEOp.

Até a conclusão das apurações dos atos praticados pelo policial militar, que
possam incompatibilizá-lo à continuidade do programa, o Comandante da UEOp
deverá providenciar o afastamento temporário, bem como a imediata substituição do
policial militar, evitando a interrupção das atividades.

41
11.4.4 Manter um banco de dados atualizado com informações pertinentes ao
programa, principalmente quanto aos dados dos alunos formados no PROGEA,
conforme previsto no Anexo “K”.

11.4.5 Avaliar anualmente o desempenho dos policiais militares do PROGEA,


aplicando o questionário de avaliação do Mediador, conforme previsto no Anexo “I” e
premiar, dentre esses, os destaques.

11.4.6 Publicar em BI o certificado de conclusão de cursos do PROGEA pelos


policiais militares da UEOp, mantendo atualizado o sistema informatizado de controle
de treinamento.

11.4.7 Sempre que possível, fazer coincidir as férias dos policiais militares
integrantes do PROGEA com os períodos de férias escolares, evitando-se, portanto,
interrupções do programa durante a sua aplicação no ambiente escolar.

11.4.8 Empregar na condição de Mediador PROGEA o efetivo mínimo de 02 (dois)


policiais militares por Cia Ind Mat ou Cia Mamb.

42
12 PRESCRIÇÕES DIVERSAS

12.1 Os encargos inerentes à gestão do Programa de Educação Ambiental nos


níveis tático e operacional recairão sobre as P/3 das Unidades.

12.2 O apoio a ser proporcionado pelos Comandantes, nos diversos níveis,


constitui condição imprescindível para o sucesso do PROGEA. Deve-se considerar
que o policial militar, quando atuando na aplicação do programa (exercendo a
docência), não se encontra afastado da atividade de policiamento, mas, sim, realiza a
atividade preventiva de forma diferenciada, com resultados a serem colhidos no
futuro. O policial interage e colhe informações de toda ordem, mostrando uma
atividade até então pouco conhecida da fiscalização ambiental, que é a de orientação
e aconselhamento.

12.3 O policial militar do PROGEA, na situação de transferência para a reserva,


poderá retornar à situação de credenciado, sem a necessidade de um novo curso de
formação, desde que seja reconvocado para o serviço ativo, num prazo máximo de
até 02 (dois) anos. Esse procedimento deverá ser formalizado à DMAT para
homologação.

12.4 Para o efetivo controle do emprego do PROGEA, a PM3, por meio da Câmara
Permanente da DIAO, buscará a inserção de uma codificação específica da atividade
na Diretriz Integrada de Ações e Operações (DIAO) do Sistema de Defesa Social.

12.5 Os programas e/ou projetos educacionais em desenvolvimento pelas


Unidades que atuam no policiamento ambiental serão considerados como
suplementares ao PROGEA. Não poderão ser consideradas como suplementares as
ações que se caracterizem como isoladas e pontuais, sem supervisão pedagógica
própria e aprovação técnica da DMAT, tais como: palestras, visitações, exposições,
dentre outras similares.

12.6 As Unidades Executoras poderão dar continuidade às ações de Educação


Ambiental que já estejam consolidadas e avaliadas.

12.7 Os casos omissos a presente instrução serão solucionados pela DMAT.

Quartel do Comando-Geral em Belo Horizonte, 23 de junho de 2016.

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL

43
REFERÊNCIAS

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vulnerabilidade social na América Latina: desafios para políticas públicas.
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13. ed., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 1996.

BRASIL. Lei Federal Nº. 9.795, de 27 de abril de 1999 – Dispõe sobre a Educação
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1999.

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ambiental na escola. Ciência e Ambiente, Porto Alegre, v.1, n.8, p. 91-101, 1994.

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Portaria SENASP n° 002/2007 – Brasília – DF: Secretaria Nacional de Segurança
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CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação ambiental: a formação do sujeito


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KOHAN, Walter Omar. Wuensch, Ana Miriam (orgs.). Filosofia para Crianças: a
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Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

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_______. A filosofia vai à escola. São Paulo: Summus, 1990.

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_______, Polícia Militar. Diretriz nº 3.01.04 / 11 – CG. Regula a aplicação do


programa educacional de resistência às drogas pela Polícia Militar de Minas Gerais.
Belo Horizonte, 2010.

_______, Polícia Militar. Instrução nº 3.03.09 / 11 – CG. Regula o emprego


operacional da Polícia Militar de Minas Gerais no ambiente escolar. Belo Horizonte,
2011.

_______, Polícia Militar. Diretriz nº 3.01.06 / 11 – CG. Regula a aplicação da filosofia


de polícia comunitária pela Polícia Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG:
Comando-Geral, 2011.

_______, Polícia Militar. Programa Educacional de Resistência as Drogas:


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Grupo Especializado em Policiamento de Áreas de Risco - GEPAR. Belo Horizonte,
2005.

PEDRINI, A; COSTA, E.A; GHILARDI, N. Percepção Ambiental de Crianças e Pré


Adolescentes em Vulnerabilidade Social para Projetos de Educação Ambiental.
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Educação Ambiental: reflexões e práticas contemporâneas. 6.ed. Petrópolis:
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Seminário de Inclusão Social, realizado em 22/23 setembro de 2003, no BNDES.

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C. R. A significação nos espaços educativos. Campinas: Papirus, 1997.

TORO, Bernardo; WERNECK, Nísia Maria Duarte Furquim. Mobilização Social: Um


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UNESCO. La educacion ambinetal. Las grandes orientaciones de La conferencia


de Tbilisi. Paris, 1980.

46
ANEXO “A” (MALHA CURRICULAR DO CURSO DE MEDIADORES PROGEA) À INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG

PROPOSTA
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE MEDIADORES DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - PROGEA
CARGA-HORÁRIA
DISCIPLINAS
PRESENCIAL EAD
Módulo Identidade Organizacional - 04
Básico Direitos Humanos - 06
Caderno Doutrinário 1 - 10
Módulo Caderno Doutrinário 2 - 10
Complementar Pronto-socorrismo - 06
Polícia Comunitária - 04
Módulo Específico Caderno Doutrinário 8 e Instrução PROGEA - 10
Avaliação EAD - 02
Abertura 02 -
Mobilização Social no PROGEA 04 -
Desenvolvimento Interpessoal 04 -
Educação Ambiental 02 -
Metodologia de Ensino e Didática no PROGEA 13 -
Prática do Ensino PROGEA 12 -
Indicadores e Metodologias Auxiliares de Avaliação 02 -
Avaliação Prática (Conceitual) 03 -
Avaliação Final/Encerramento 03 -
45 52
TOTAL
97
OBSERVAÇÕES
Ementa: Capacitar Policiais Militares e Professores do CTPM para a função de Mediadores de Educação Ambiental
Pré-requisito: Estar lotado na Cia PM MAmb ou Cias PM Ind MAT
Máximo de discentes por turma: 48 (quarenta e oito) PM
Concentração: Nível de Cia PM MAmb ou Cia PM Ind MAT
Certificado: Sim

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL
Distribuição: a mesma da presente Instrução.

47
ANEXO “B” (PROCESSO DE TRIAGEM E DE SELEÇÃO DOS MEDIADORES DO
PROGEA) A INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG

(1ª PARTE – PREENCHIMENTO PELO CANDIDATO)

NOME
Nº POLÍCIA
P/G
UDI FOTO 3X4
UEOp
CIA PM
DATA NASC.:
IDENTIDADE: ÓRGÃO EXPEDIDOR
ENDEREÇO: Nº:
BAIRRO: MUNICÍPIO/UF:
CEP: TEMPO SERVIÇO:
TELEFONE CELULAR
EMAIL:

1 Você é candidato a participar do curso e atuar no PROGEA? ( ) Sim ( ) Não


Motivos:
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

2 Conhece os objetivos do programa? ( ) Sim ( ) Não


Esclarecer:
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

3 Qual a expectativa que possui diante dos objetivos acima citados?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

4 Quais cursos abaixo você possui? Citar quando e onde realizou cada curso:

( ) Multiplicador de Polícia Comunitária. ( ) Promotor de Polícia Comunitária.


( ) Instrutor do PROERD. ( ) Orientador do Programa JCC.
( ) Tecnólogo Ambiental
( ) Outros na área ambiental (incluindo externos à Instituição - especificar):
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
5 Você cometeu alguma transgressão disciplinar de abuso de autoridade, emprego indevido de
arma de fogo, uso de bebida alcoólica ou outra transgressão de natureza grave nos últimos 12
meses?
( ) Sim ( ) Não. Citar qual.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

48
6 Você está submetido a Processo Administrativo Disciplinar (PAD) ou Processo Administrativo
Disciplinar Sumário (PADS)?
( ) Sim ( ) Não. Citar qual.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

7 Qual a sua opinião em relação à metodologia aplicada pelo PROGEA? Quais são, na sua
opinião, os benefícios e desafios deste projeto?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

8 Você possui algum problema de saúde ou toma algum medicamento controlado? Relate.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

9 O que você pensa a respeito da educação ambiental? Possui alguma experiência nesta
atividade?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

10 Em sua opinião, quais são as habilidades que um profissional deve possuir para trabalhar com
alunos do Ensino Fundamental?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

11 Numere em ordem de importância, o que você considera mais adequado na questão do


entretenimento para a juventude?
( ) Leitura ( ) Música ( ) Teatro ( ) Internet ( ) Televisão

12 Você tem habilidades com a informática? Citar a sua experiência.


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

13 Qual a sua opinião sobre a educação ambiental no meio escolar?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

ATESTO QUE AS INFORMAÇÕES ACIMA DECLARADAS SÃO VERDADEIRAS

________________________, _____/_____/20____. ______________________________________


Local Data Assinatura do Candidato PM

49
PROCESSO DE TRIAGEM E DE SELEÇÃO DOS MEDIADORES DO PROGEA

(2ª PARTE – PREENCHIMENTO EXCLUSIVO PELA EQUIPE AVALIADORA)

14 HABILIDADES

Baseando-se nas atividades desenvolvidas, a Equipe Avaliadora deve atribuir uma nota (descrita
entre os parênteses), observando a seguinte classificação:

FRACO (4 PONTOS), REGULAR (6 PONTOS), BOM (8 PONTOS) ou ÓTIMO (10 PONTOS).

QUESITOS PONTOS

1 Capacidade de tomada de decisão


2 Capacidade de administração de conflitos
3 Conhecimento do trabalho
4 Dinamismo
5 Relacionamento interpessoal
6 Capacidade de trabalhar em equipe
7 Habilidade de comunicação
SOMA TOTAL
MÉDIA (dividir a SOMA TOTAL por 7)

15 CONCEITO

Consultar a Seção de Recursos Humanos da UEOp:


( ) A( )B ( )C PONTUAÇÃO: _______

16 TREINAMENTO POLICIAL BÁSICO


MÓDULO_____ TCF ________ PROVA NOTA _________
TIRO TAF
ANO ________ ANO________ ESCRITA ANO __________

17 Selecionado? ( ) Sim ( ) Não. Citar a justificativa.


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

___________________, _______ de ___________________ de 20 ____.

Membro da Comissão Membro da Comissão

Membro da Comissão Membro da Comissão

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL
Distribuição: a mesma da presente Instrução.

50
ANEXO “C” (MODELO DE AVALIAÇÃO FINAL DE DESEMPENHO) A
INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG

AVALIAÇÃO FINAL DE DESEMPENHO

Nome: ___________________________________________ Pontuação:_______


Local de curso: ______________________ Período do curso: _______________

O aluno foi avaliado em cada um dos itens abaixo, conforme o seguinte critério:

FORTE (F) COMPETENTE (C) NECESSITA MELHORAR (NM)

ITENS AVALIADOS:

1. HABILIDADE DE COMUNICAÇÃO:
Oral ..........................................................................................................
Escrita .....................................................................................................

2. CAPACIDADE DE ORGANIZAÇÃO:
Apresentação dos encontros Progea ......................................................
Conhecimento dos materiais do Programa .............................................
Uso da metodologias de ensino ..............................................................
Manejo de classe ....................................................................................
Uso de meios auxiliares de instrução .....................................................
Compreensão dos conceitos ..................................................................
Iniciativa .................................................................................................
Habilidade para motivar e entusiasmar .................................................

3. RELAÇÕES INTERPESSOAIS:
Capacidade de fazer amigos .................................................................
Espírito de equipe ..................................................................................

4. PONTUALIDADE:
Nas aulas ...............................................................................................
Nas tarefas ............................................................................................

51
TEXTO DE AVALIAÇÃO
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

AVALIAÇÃO:

EFICIENTE NECESSITA MELHORAR


CERTIFICO COMO MEDIADOR PROGEA NÃO CERTIFICO

_______________________________, ____ de ___________________ de 20____.

____________________ _____________________ ______________________


Mediador Progea Equipe de Treinamento Facilitador do Curso

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

52
ANEXO “D” (FORMULÁRIO DE AUTORIZAÇÃO DOS PAIS) A INSTRUÇÃO Nº
3.03.12/2016-CG

AUTORIZAÇÃO DOS PAIS

Data ___/___/____

Eu, _______________________________________, responsável legal pelo


aluno ____________________________________, do ____ ano do ensino
fundamental da Escola _____________________________________________
autorizo sua participação no PROGEA (Programa de Educação Ambiental) e tenho
ciência que:
• O PROGEA será aplicado em 12 (doze) encontros na própria escola por um
Policial Militar Ambiental que atuará como Mediador estimulando os alunos a
descobrir e redescobrir a realidade do meio ambiente onde estão inseridos,
bem como estimulará o desejo deles em realizar ações praticáveis que visem
à solução ou diminuição dos possíveis problemas ambientais na escola.
• Será trabalhada a relação entre homem e meio ambiente; os valores sociais e
as práticas das ações socioambientais; direitos e deveres; individualismo e
coletividade; cidadania e democracia; desigualdade social e qualidade de
vida; os elementos da natureza e a sua interdependência na vida dos
indivíduos.
• Serei comunicado, sempre que necessário, sobre os diversos assuntos que
tenham ligação entre meu filho e o programa.
• De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em
seu artigo 5º, incisos X e XXVIII e da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990
(Estatuto da Criança e do Adolescente), artigo 100, parágrafo único, inciso V,
autorizo a utilização e reprodução da imagem e voz do menor acima
nomeado para fins metodológicos, científicos e divulgação do Programa de
Educação Ambiental - PROGEA objetivando o aperfeiçoamento de todo o
processo.

___________________________________________
Assinatura do pai, mãe ou responsável

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

53
ANEXO “E” (TERMO DE COMPROMISSO ENTRE A UNIDADE EXECUTORA E
ESCOLA) A INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG

PROTOCOLO DE INTENÇÕES
Protocolo de Intenções que entre si celebram a Polícia Militar de Minas Gerais
e a ESCOLA _______________________________________ para Cooperação
Técnica, visando à implantação do Programa de Educação Ambiental (PROGEA).
Considerando:
A responsabilidade da Polícia Militar de Minas Gerais de trabalhar a prevenção
ambiental, a sustentabilidade e a melhoria da qualidade de vida e, no segundo
momento, a resolução dos problemas ambientais, através do desenvolvimento de
programas de prevenção nas escolas, o PROGEA, que consiste em uma parceria
entre a ______________________ (Unidade Executora) e a ESCOLA
__________________________________ que pretendem unir esforços para tal fim.
Aos ___ dias do mês de _________ do ano de _______, nesta cidade
______________/MG, a ESCOLA __________________________________,
representada pelo (a) diretor (a) ________________________________________ e
o (a) __________________________________________________, Comandante
da ________________(Unidade Executora) resolvem celebrar o presente Protocolo
de Intenções, nos moldes das cláusulas seguintes:

Cláusula Primeira:

Do Objeto
O presente protocolo tem por objetivo a conjugação de esforços no sentido de
desenvolver um sistema de parcerias com vistas à aplicação do PROGEA na Escola
_____________________________________.

Cláusula Segunda:
Das áreas de Atuação
As áreas de atuação abrangidas por este protocolo são as seguintes:
Provimento de recursos humanos para:
a) aplicação efetiva do programa através de policial militar;

54
b) apoio no que tange à presença dos alunos e responsáveis, bem como do
corpo docente.

Cláusula terceira:

Da Execução
1) Recursos Humanos
A Polícia Militar deverá fornecer o MEDIADOR, que desenvolverá as lições do
Programa, apresentando previamente o cronograma de aulas para análise da
direção da escola. Uma vez aprovado, o cronograma deverá ser respeitado por
ambas as partes.
A escola interessada deverá manter o (a) professor (a) em sala de aula para
auxiliar o MEDIADOR do PROGEA, uma vez que, após o término do programa, o (a)
professor (a) deverá dar continuidade ao assunto.
2) Material Didático
O fornecimento de material didático a ser utilizado em sala de aula pelo
MEDIADOR DO PROGEA não será de responsabilidade obrigatória da escola.
Para a realização da formatura, cabe à escola a preparação do local,
decoração e, se for o caso e interesse, preenchimento do certificado e organização
de apresentação cultural dos alunos, juntamente com MEDIADOR.

Cláusula Quarta:

Da Vigência
O presente protocolo terá a duração de 01 (um) ano, a partir da data de sua
assinatura, podendo ser prorrogado automaticamente, até limite de igual período, se
não houver manifestação em contrário por um dos dois partícipes.

Cláusula Quinta:
Da Alteração
O presente protocolo poderá ser alterado, mediante termos específicos, tendo
em vista a conveniência e interesse dos participantes.

55
Eventuais modificações ou alterações relativas ao presente instrumento far-se-
ão mediante termos aditivos específicos, devidamente justificados e previamente
autorizados pelos convenentes, sendo vedada, porém, a alteração de seu objeto.

Cláusula Sexta:

Dos Casos Omissos


Os casos omissos que surgirem na vigência deste acordo serão solucionados
por consenso dos partícipes em termo aditivo.
E por estarem de acordo, firmam o presente Protocolo de Intenções em 02
(duas) vias de igual teor.

________________________/MG, _____ de __________________ de ________.

_________________________________________
DIRETOR (A)

_________________________________________
COMANDANTE DA UNIDADE EXECUTORA

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

56
ANEXO “F” (MODELO DE CRONOGRAMA DE EMPREGO SEMANAL/
QUINZENAL DO MEDIADOR PROGEA) À INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG

CRONOGRAMA DE EMPREGO DO MEDIADOR PROGEA

DADOS DA ESCOLA
Escola: Nº MEC
Endereço: Bairro:
Município: Estado:
Referência: Telefone:
Diretor (a):
Supervisor (a):

DADOS DO MEDIADOR
Nome: P/G
Nº Polícia Unidade

DATAS→
Preencher com os dias letivos e
não letivos (gincanas, feriados)
HORÁRIOS

Feriado

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

57
ANEXO “G” (REGRAS DE ELEIÇÃO DO CONSELHO DIRETOR DO “CLUBINHO
AMBIENTAL”) À INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG

PROCESSO ELETIVO DO “CLUBINHO AMBIENTAL”

Das Eleições

Art. 1º As eleições o Conselho Diretor do “Clubinho Ambiental” dar-se-ão,


anualmente, nas Escolas atendidas pelo Programa.

Art. 2º Será eleita a chapa que obtiver a maioria absoluta de votos


considerando os votos em branco e os votos nulos.

§ 1º Se, antes das eleições, ocorrer a desistência ou impedimento legal de


candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

§ 2º Se ocorrer um empate nessa votação, será declarada eleita a chapa que


tiver a maior média aritmética das notas de seus membros nas disciplinas português
e matemática;

§ 4º Permanecendo o empate nessa votação será declarada eleita a chapa


cujo presidente for o mais velho.

§ 5º Persistindo o empate, a decisão caberá à equipe escolar: professor(a),


supervisor(a), orientador(a) e diretor(a), conjuntamente.

Das Chapas

Art. 3º As chapas que concorrerem a esse pleito deverão ser formadas por
representantes de todas as turmas participantes, sendo que poderão ser
acrescentados cargos de Assessores, somados ao Presidente, Vice-Presidente, 1º
Secretário e 2º Secretário, até completar igual número de concorrentes de todas as
turmas no pleito. As chapas não poderão ultrapassar a quantidade de dois alunos de
cada turma por chapa.

Art. 4º No caso de um membro da chapa eleita renunciar ou transferir-se de


escola após a apuração da eleição, o seu cargo poderá ser preenchido por outro

58
estudante da segunda chapa mais votada com o mesmo cargo ou poderá ser feita
uma votação/eleição simples na(s) sala(s) de aula entre os membros da(s) outra(s)
chapa(s), sem necessidade de novo processo eleitoral na escola.

Art. 5º No caso de comprovação de irregularidades durante as campanhas


eleitorais (compra de votos, descumprimento do Estatuto do “Clubinho Ambiental”
e/ou das regras da campanha eleitoral etc) caberá ao Mediador e a Escola a decisão
sobre retirada do aluno do processo eleitoral ou de toda a chapa concorrente.

Parágrafo Único: No caso de exclusão de apenas um aluno do pleito,


proceder-se-á conforme o caput do artigo 5º. Já na hipótese de toda a chapa ser
excluída do processo, deverá ser feita nova campanha eleitoral e nova eleição, se
existirem outros alunos interessados em formar nova chapa concorrente. Caso
contrário será nomeada a chapa remanescente do primeiro pleito.

Da Propaganda Eleitoral

Art. 6º A realização de qualquer ato de propaganda da chapa, nas


dependências da escola, ficará condicionada à aquiescência da direção escolar, que
adotará as providências necessárias à garantia da realização deste ato.
§ 1º Para a confecção de cartazes, serão permitidos no máximo três unidades
por chapa concorrente, a fim de evitar a poluição visual;

§ 2º A campanha eleitoral abrangerá todos os funcionários da escola, bem


como os alunos do 4º e 5º anos da escola.

§ 3º A escola possuirá para consulta dos alunos, uma cópia das Regras da
Campanha eleitoral e do Estatuto do “Clubinho Ambiental”.

Art. 7º É vedado na propaganda o uso de símbolos, frases ou imagens


associadas ou semelhantes àquelas utilizadas por partidos políticos, órgãos de
governo ou empresas públicas.

Do Direito ao Voto
Art. 8º Terão direito ao exercício do voto os alunos dos 4º e 5º anos de ensino
fundamental, bem como todos os funcionários da escola.

59
Art. 9 A votação deverá ocorrer no tempo estritamente suficiente para garantir
o pleno exercício desse direito, observado o que prescreve a lei quanto ao acesso
de pessoas portadoras de necessidades especiais, se houver.

Dos Mesários e dos Fiscais da Eleição

Art. 10 Durante o horário da votação, a Escola poderá designar um funcionário


que exercerá o cargo de mesário da eleição, sendo facultada a nomeação de fiscais,
conforme a necessidade.
Parágrafo Único: Serão atribuições dos mesários e fiscais o acompanhamento
da abertura da urna ou a apuração dos votos eletrônicos, a contagem das cédulas e
o preenchimento da ata de apuração dos votos.

Art. 11 Caberá ao Mediador realizar a apuração eletrônica dos votos na


presença dos membros das chapas e de um responsável pela Escola. No caso de
votação em cédulas de papel, caberá ao mesário a elaboração da ata contendo os
resultados obtidos em cada urna.
§ 1º Deverá conter nessa ata o total de votos, por candidato, total de alunos
votantes, o nº de votos válidos, votos em branco e os nulos, além de outras
observações pertinentes ao serviço.
§ 2º O funcionário da escola que exercer o cargo de mesário se incumbirá de
entregar uma via dessa ata à diretora da escola para fins de conhecimento e
medidas ulteriores, ao findar o horário da eleição.

Das Urnas e das Cédulas Eleitorais

Art. 12 Para fins de controle e coordenação da votação, somente haverá uma


urna em cada escola, incumbindo-se de providenciá-la o Mediador da Unidade
Executora.
Disposições Transitórias

Art. 13 São deveres dos Mediadores, dos fiscais e mesários:


I – Velar para que ocorra um processo democrático de direito;
II – Impedir que haja destruição, adulteração de dados capazes de
provocar resultado diverso do esperado com relação à lisura desse processo;
60
III - Impedir que ocorra, propositadamente, dano físico aos
equipamentos/materiais usados na votação;
IV - Fazer a retirada do local de votação de quem não guardar a ordem e
a compostura devidas e estiver praticando qualquer ato atentatório da liberdade
eleitoral;
V - Velar para que não haja a concentração de alunos no local da
votação;
VI - Balizar a entrada e saída dos alunos/eleitores no recinto da votação.

Art. 14 Para dirimir quaisquer dúvidas oriundas desse pleito ou ocorrendo


fatos relacionados com o seu propósito, desde que não previstos neste documento,
o Comandante da Unidade Executora, em conjunto com a Direção da Escola,
deliberará sobre o assunto, oportunamente.
Parágrafo Único: Dessa decisão não caberá recurso.

______________, ___ de _________ de _____.


(local ) ( data )

____________________________________________
CMT DA UEOP EXECUTORA DO PROGRAMA

____________________________________________
DIREÇÃO DA ESCOLA

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução

61
ANEXO “H” (NORMAS DO “CLUBINHO AMBIENTAL”) À INSTRUÇÃO Nº
3.03.12/2016-CG

ESTATUTO DO “CLUBINHO AMBIENTAL”

Da Denominação, Sede e Fins

Artigo 1º - O “Clubinho Ambiental” da Escola __________________________


é uma associação civil sem fins lucrativos e econômicos, com sede a
_____________________________________________, em _______________/MG.
Parágrafo Único – O “Clubinho Ambiental” terá duração por tempo
indeterminado e sua administração será eleita todo ano, sempre sob a
responsabilidade dos estudantes dos 4º e 5º ano do ensino fundamental.

Artigo 2º - O “Clubinho Ambiental” tem por princípios:


I- Ser amigo dos animais e plantas;
II- Promover a economia e respeitar o bem alheio;
III-Ser cortês com todos os membros da escola e da comunidade;
IV- Ser honesto e transparente sobre a eficácia das ações promovidas
pelo “Clubinho Ambiental” e abertos em nossos julgamentos e em nosso diálogo
com a comunidade;
V- Ser solidário com as pessoas carentes de informações de cunho ambiental. É
o que guia nossas ações e nosso compromisso de solucionar ou minimizar
problemas ambientais.
VI- Ser disciplinado e obedecer às orientações dos seus pais, professores
e do Mediador.

Artigo 3º - O “Clubinho Ambiental” tem por finalidades:


I- Promover o conhecimento e o reconhecimento, pelos membros do
clubinho, das condições socioambientais mínimas em sua escola e comunidade;
II- Solucionar ou minimizar problemas ambientais detectados na escola,
escolhidos pelos membros do Clubinho, que promoverão a intervenção na
manutenção das condições socioambientais mínimas em sua escola e comunidade;

62
III-Promover a multiplicação dos conhecimentos cientes de que existem
caminhos legais para a resolução de problemas de cunho ambiental;
IV- Preservação ambiental da flora: florestas, rios, fontes e mananciais;
V- Preservação ambiental da fauna: animais típicos da região;

Artigo 4º - Para cumprir seu propósito o “Clubinho Ambiental” atuará por meio
de: execução direta de projetos, programas ou planos de ações; doação de recursos
físicos e humanos, ou prestação de serviços intermediários de apoio à comunidade
em que está inserido.

Dos Associados, seus Direitos e Deveres.

Artigo 5º – O “Clubinho Ambiental” é constituído por todos os estudantes dos 4º


e 5º anos do Ensino Fundamental, que compartilhem os objetivos e princípios do
Clubinho.

Artigo 6º – São direitos de todos os membros do “Clubinho Ambiental”:


I- Participar e tomar parte, com direito a voz, nas reuniões do Clubinho;
II- Votar e ser votado para os cargos eletivos da associação.

Artigo 7º – São deveres de todos os membros do “Clubinho Ambiental”:


III- Acatar as decisões das reuniões;
IV- Zelar pelo bom nome e pelo fiel cumprimento dos objetivos do Clubinho;
V- Cumprir fielmente os princípios constantes no Art. 2º, sendo permitida, ao
Mediador, à (ao) Professor (a) da classe e à Direção da Escola, a retirada do aluno
da sala de aula para a realização de trabalhos escolares durante o tempo do
encontro com o Mediador em caso de seu descumprimento ou inquietação do
ambiente escolar que possa causar alteração no desenvolvimento dos trabalhos
propostos ou da eficácia dos resultados esperados para o dia;

Artigo 8º - O “Clubinho Ambiental” se reunirá ordinariamente uma vez por


semana, e extraordinariamente sempre que necessário.

Artigo 9º - Todas as decisões das reuniões deverão ocorrer pela maioria

63
simples dos votos dos membros presentes.

Conselho Diretor

Artigo 10 - O Conselho Diretor tem por função e competência:


I- Traçar as metas que se quer atingir referente às condições socioambientais
mínimas em sua escola e comunidade;
II- Resolver após discussão e exame sobre novos projetos e áreas de atuação;
III- Acompanhar o desempenho dos projetos em andamento.

Artigo 11 – O Conselho Diretor terá, no mínimo, a seguinte composição:


I. 01 (um) Presidente;
II. 01 (um) Vice-Presidente;
III. 01 (um) Primeiro Secretário;
IV. 01 (um) Segundo Secretário.
Parágrafo único – Na existência de muitas turmas é permitida a criação de
cargos de Assessores, que serão em número tal que a chapa concorrente possua
representantes de todas as turmas, não ultrapassando o número de dois alunos de
cada turma.

Artigo 12 – Compete ao Presidente do Conselho Diretor:


I) Representar o “Clubinho Ambiental” PROGEA;
II) Convocar e presidir as reuniões;
III) Zelar pelo cumprimento do Pacto de Valores;

IV) Distribuir tarefas para a resolução ou minimização do problema eleito na


escola.

Artigo 13 – Compete ao Vice-Presidente do Conselho Diretor:

I) Substituir o Presidente do “Clubinho Ambiental” PROGEA em sua ausência;

II) Auxiliar o Presidente no cumprimento das tarefas do “Clubinho Ambiental”;

Artigo 14 – Compete ao Primeiro Secretário do Conselho Diretor:

I) Contribuir para o bom andamento do “Clubinho Ambiental” PROGEA;

II) Registrar todas as ações do “Clubinho Ambiental” em livro ata.

64
Artigo 15 – Compete ao Segundo Secretário do Conselho Diretor:

I) Contribuir para o bom andamento do “Clubinho Ambiental” PROGEA;

II) Substituir o Primeiro Secretário do “Clubinho Ambiental” PROGEA em sua


ausência.

Artigo 16 – Compete aos assessores do Conselho Diretor:

I) Contribuir para o bom andamento do “Clubinho Ambiental” PROGEA;

II) Auxiliar o Presidente, o vice-presidente e os secretários do “Clubinho


Ambiental” PROGEA em suas atribuições.

Das Disposições Gerais

Artigo 17 – Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria da Escola, pelo


Mediador e pelo Conselho Diretor.

_______________________________/MG, ___ de ______________ de _______.

____________________________________________
CMT DA UEOP EXECUTORA DO PROGRAMA

____________________________________________
DIREÇÃO DA ESCOLA

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

65
ANEXO “I” (AÇÕES DO “CLUBINHO AMBIENTAL”) À INSTRUÇÃO Nº
3.03.12/2016-CG

ATUAÇÃO DO MEDIADOR JUNTO AO “CLUBINHO AMBIENTAL”

O problema ambiental detectado na escola e escolhido pelos alunos no


primeiro semestre, durante o conhecimento e o reconhecimento do ambiente escolar
(7º encontro), constitui a essência das atividades do Mediador e dos membros do
“Clubinho Ambiental” no semestre subsequente. Portanto, cabe ao Mediador
retomar a discussão em torno do problema eleito, confirmando-o ou redefinindo-o,
segundo consenso do Clubinho.
A definição do problema se revela como uma importante ação, considerando
as peculiaridades abordadas pelo Mediador e, sobretudo, a lavratura da ATA pela
confirmação ou redefinição do problema pela maioria dos membros do Clubinho.
Esse será o primeiro encontro entre o Mediador e os alunos no semestre
subsequente. A cada encontro o Mediador analisará, quantitativamente e
qualitativamente, o nível do comprometimento dos membros do Clubinho com as
ações pertinentes às proposições, conforme planejamento prévio elaborado pelos
próprios alunos. Esta análise deverá ser progressiva e a sua efetividade se
reportará sempre ao grau de dificuldade, facilidade e complexidade durante o
cumprimento das ações de cada fase.
A avaliação do Mediador acontecerá mediante o preenchimento de um
formulário próprio, também de forma progressiva, respeitando as peculiaridades de
cada encontro. Esse documento será encerrado no sexto e último encontro.
O fato de não se resolver ou minimizar o problema socioambiental na escola
deverá ser definido como um resultado indireto e não como um aspecto negativo
do processo. É importante que o Mediador leve em consideração todo o dinamismo
do “Clubinho Ambiental” pela busca do resultado direto, baseando-se no
desenvolvimento dos trabalhos realizados no semestre anterior e observando-se os
pressupostos abaixo:
• Ainda que o resultado não seja direto, a simples movimentação dos membros
do clubinho na execução das ações planejadas demonstra o exercício da
proatividade em detrimento da circunstância reativa do problema;

66
• A construção da rede social escolar através do processo de mobilização
social (competências, habilidades e estratégias na busca dos reeditores,
editores e da comunicação dos eventos em torno do problema a ser
trabalhado);
• A prática dos valores segundo os princípios contidos no Art. 2º do Estatuto do
“Clubinho Ambiental”;
• A Divisão das atividades e a ressonância das equipes em sua execução;
• A co-responsabilidade dos indivíduos no êxito das tarefas coletivas;
• O estabelecimento da relação do problema socioambiental na escola (“O
desafio está lançado.”) com as finalidades contidas no Art. 3º, em especial
aquelas descritas nas alíneas “a” e ”b” do artigo supracitado, contidas no
Estatuto do “Clubinho Ambiental”.
A presença do professor(a) e/ou representante legal do estabelecimento de
ensino é fundamental para o bom andamento de todo o processo. Outro aspecto
muito importante é a realização de uma reunião prévia com a direção, orientação e o
professor(a) sobre o presente plano de ação para o semestre seguinte. O objetivo é
a manutenção da ressonância dos trabalhos, bem como o fortalecimento da
mobilização existente na escola com o programa.

67
MINIMIZAÇÃO/SOLUÇÃO DO PROBLEMA SOCIOAMBIENTAL NA ESCOLA

1ª FASE – CONFIRMAR OU REDEFINIR O PROBLEMA (PRIMEIRO PASSO DO PLANEJAMENTO).


Consiste em manter o problema eleito no 7º encontro do semestre anterior ou escolher um outro problema, incentivando os estudantes a
“reconhecerem” o ambiente escolar. Todas as deliberações tomadas pelos membros do Clubinho deverão ser registradas em ata.

I. Após a exposição do problema eleito pelos estudantes, deverá ser realizada uma discussão em
1. Exposição do problema eleito e
torno deste problema, onde serão observados os quesitos que o elegeram como problema principal
definição ou redefinição do problema a
da escola, bem como os outros problemas observados durante o 7º encontro do semestre anterior e,
ser trabalhado
então, deverá ser definido ou redefinido o problema a ser trabalhado pelo Cubinho Ambiental. (ação)

2ª FASE – PLANEJAMENTO DAS AÇÕES (SOLUÇÃO/MINIZAÇÃO DO PROBLEMA).


Nesta fase o “Clubinho Ambiental” trabalhará O QUE FAZER (Montagem do plano de ações - solucionar ou minimizar o problema), QUANDO
FAZER (dentro do espaço de tempo estipulado e considerando a divisão de tarefas estabelecida pelo(a) professor(a) da turma) e COMO FAZER
(detalhamento do plano de ações - a partir da elaboração do cronograma de atividades, da compreensão das particularidades do problema, da
comunicação, da mobilização social, da corresponsabilidade entre indivíduos e equipes).

I. Após a exposição do problema pelo Conselho Diretor, os membros do “Clubinho Ambiental” serão
separados em grupos (cinco equipes, quando possível) e anotarão as sugestões dos grupos para a
1. Formação das equipes de trabalho e solução ou minimização do problema eleito na escola, iniciando a confecção do plano de ações. Esta
início da elaboração das alternativas ação deverá ser registrada em ata.
voltadas para a solução/minimização do
problema II. Ao término do encontro, o Mediador solicitará aos estudantes que pesquisem com alunos,
professores, funcionários, parentes, amigos e fontes diversas, anotando novas sugestões de ações
para atuarem sobre o problema eleito na escola, trazendo para o próximo encontro as ações
“O QUE FAZER” propostas por eles no presente encontro e a complementação do plano alcançada com a pesquisa
proposta pelo Mediador. Os “documentos” produzidos ficarão arquivados e em poder do Conselho
Diretor. Esta ação deverá ser registrada em ata.

68
I. Discussão e cruzamentos das informações pertinentes ao problema socioambiental eleito visando
alcançar um “horizonte Imaginário”, com o estabelecimento da rede social interna e externa que tenha
uma relação direta com o problema em questão. Neste ponto, o Mediador deverá abordar as
alternativas apresentadas pelos grupos e incentivar os estudantes a “conhecerem” um pouco mais
sobre o problema, abordando os itens abaixo descritos:

EX: lixo, água, poluição/degradação ambiental, desperdício de energia,


a. Problema identificado
desperdício de alimento, desperdício de materiais diversos, revitalização
na escola e no seu em
do ambiente escolar, conservação/ manutenção do ambiente, espaço para
torno (oficialização do
divulgação, discussões e palestras de assuntos de interesse da
problema)
2. Início da confecção do Plano de Ações escola/comunidade. Outros (especificar).
e Elaboração da lista de re-editores, com
EX: composição dos materiais, ausência de elementos/componentes,
estabelecimento de uma ordem de b. Peculiaridade do
sólido, líquido, gasoso, incolor, inodoro, cor, odor, volume, localização
prioridade das ações previstas no plano. problema
(parte interna ou externa da escola), outros (especificar).

Origem interna ou externa, falta de estrutura, falta de manutenção, força


“O QUE FAZER”
c. Origem do problema do hábito (civilidade), vandalismo, descaso, indisponibilidade de recursos,
outros (especificar).

d. Período de No início, intervalo ou final das atividades escolares. O período de maior


intensidade volume: início, meio ou final do mês.

Risco à saúde, à integridade física, no desenvolvimento da aprendizagem,


e. Impacto do problema
na estética da escola, na qualidade do ambiente, na credibilidade
na comunidade escolar e
institucional, na crença e prática dos valores sociais e éticos, entre outros
no seu em torno
(especificar).

69
Duração do problema na escola e no seu em torno (parte externa),
f. Ações anteriores tentativas de solução do problema ou minimização. Comunicação do fato
(compartilhamento e co-responsabilidade).

Esta ação deverá ser registrada em ata.

II. Montagem do plano de ações, considerando a complementação proposta pelas pesquisas. O


Mediador deverá, após leitura e discussão, reunir as propostas apresentadas pelos estudantes na
lousa e montar o Plano de Ações da turma.
a) Cada líder de grupo efetuará a entrega das anotações contendo as informações apresentadas;
b) O Mediador poderá solicitar aos estudantes, caso já não tenha sido apresentada esta opção,
que acrescentem ao plano de ações uma pesquisa sobre os cinco temas alusivos ao problema
eleito na escola como primeira ação a ser desenvolvida ( alíneas a. até f.).
Esta ação deverá ser registrada em ata.

III. Após a confecção do Plano de Ações no quadro da sala, o Mediador deverá estabelecer uma
Ordem de Prioridade entre elas, enumerando cada item de acordo com a discussão em torno da
ordem mais coesa e necessária.
Esta ação deverá ser registrada em ata.

IV. Ao término o Mediador deverá estabelecer uma relação de possíveis Re-editores para auxiliarem
na execução do plano de ações, como por exemplo:
Reeditores internos: Secretaria Municipal de Educação, Diretora, Professores, Funcionários,
estudantes e pais.
Reeditores externos: toda e qualquer iniciativa pública ou não que, por suas habilidades e
competências, possam iniciar o processo de solução/minimização de forma multidisciplinar ou direta;

70
Registrar as alternativas (horizonte imaginário – papel dos editores).
Esta ação deverá ser registrada em ata.

I. Considerando o plano de ações elaborado e sua ordem de prioridades, o Mediador deverá detalhá-
lo e descrever no quadro cada passo a ser abordado pelos estudantes, bem como apresentar os
modelos de ofícios e demais documentos necessários à execução das atividades.
Esta ação deverá ser registrada em ata.
II. Estabelecer que a coordenação das ações previstas ficará a cargo da professora da turma/auxiliar
e que datas a serem trabalhadas deverão ser discutidas e acertadas com ela e com a turma ou
Conselho Diretor do “Clubinho Ambiental”.
3. Estruturação do Plano de Ações
Esta ação deverá ser registrada em ata.
III. Reativação das equipes:
“COMO FAZER”
a) Neste item pode-se realizar divisão de tarefas e distribuição de funções por grupos, de acordo
com a necessidade e conveniência. Por exemplo: Grupo de Coordenação e Controle Estudante
(Conselho Diretor); Grupos de Editores Estudantes (produção de material gráfico e comunicação) e
Grupos de Produtores e Reeditores Sociais Estudantes (Mobilização Social). Cabe ressaltar que a
responsabilidade pela divisão e realização das atividades previstas no Plano de Ações é da
professora, podendo o Mediador auxiliá-la.
Esta ação deverá ser registrada em ata.

71
3ª FASE – EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES PLANEJADAS
Nesta fase é importante que o Mediador possua uma cópia do plano de ações elaborado, com o objetivo de viabilizar as atividades de
coordenação, controle e avaliação das ações, bem como garantir a agilidade e a transparência das ações para que as crianças possam cumprir as
tarefas pré-estabelecidas.

Por via de regra, a primeira instituição a ser mobilizada pelo “Clubinho


Ambiental” deve ser a própria Escola. A Diretora deverá ser a primeira
autoridade a ser mobilizada, seguida pela Supervisora/ Orientadora
I) Apresentação do Plano Pedagógica, Funcionários, Pais e Estudantes. Cada equipe de trabalho se
de Ações na Escola (início responsabilizará pelo contato com um re-editor interno.
da mobilização interna)
A execução das atividades deverá ser realizada à medida que a
convergência de vontades for se concretizando.
Esta ação deverá ser registrada em ata.

1. Execução das atividades constantes Caso a resolução/minimização do problema exija a intervenção de re-
no Plano de Ações sob a coordenação editores externos, o Mediador, após consenso do Clubinho e aprovação da
da Professora da(s) turma(s) II) Início da mobilização escola, poderá realizar a interlocução junto ao(s) reeditor(es). Entretanto é
externa (se for o caso) necessário que a Escola oficialize, por escrito, a solicitação ao
Reeditor/Instituição em nome do “Clubinho Ambiental”.
Esta ação deverá ser registrada em ata.

A atuação dos reeditores voltada para resultados, na escola, ocorrerá da


seguinte forma:
III) Ação dos re-
• INICIAL (Nível I) – Ações e/ou intervenções que resultem na
editores na Escola
resolução ou minimização do problema (palestras, solidariedade, atitudes,
serviços, debates e campanhas). Nessa fase, o resultado não é
construído. Na verdade, é uma conseqüência da proatividade na escola. O

72
resultado, nesse caso, ocorre dentro da gestão do Clubinho
correspondente ao ano na escola e deve ser registrado em ata.
• INTERMEDIÁRIO (Nível II) – Ações e/ou intervenções que resultem
na necessidade de implantação ou elaboração de projetos voltados
para a solução ou minimização do problema. O resultado será
construído, dependendo basicamente da escola. Nesse caso, o início do
processo ocorre na gestão do Clubinho correspondente ao ano na escola
(Ex: reutilização e redução de recursos, doação para reciclagem,
implantação da horta escolar, revitalização da área verde da escola).
O resultado deverá ser registrado em ata.
• AVANÇADO (Nível III) - Ações e/ou intervenções que resultem na
necessidade de implantação ou elaboração de projetos voltados para a
solução ou minimização do problema. O resultado será construído,
dependendo de uma intervenção direta dos reeditores externos (EX:
recuperação de área degradada no em torno escolar, aspecto físico e
estético da escola, criação ou implantação de oficinas de reciclagem,
cursos diversos). Nesse caso, o início do processo ocorre na gestão do
Clubinho correspondente ao ano na escola.
O resultado deverá ser registrado em ata.

73
4ª FASE – AVALIAÇÃO DO CLUBINHO
Nessa fase, o Mediador agradece e cumprimenta todos os membros do Clubinho pelo empenho, envolvimento e pela corresponsabilidade de
cada um em prol do objetivo coletivo. Ainda que os esforços não tenham conduzido a nenhum dos níveis de resolução/minimização do
problema, o Clubinho registrará em ata o ponto e a fase de encerramento das atividades do segundo semestre. O mesmo deverá ocorrer para os
casos em que se atingir um dos níveis de resolução/minimização do problema socioambiental.

I. Discussão em torno do desenvolvimento das atividades: facilidades, dificuldades e complexidades.


O objetivo é destacar e valorizar o trabalho coletivo. Ressaltar a importância da união de forças, das
1. Compartilhamento de experiências reuniões e do tempo na realização de algo (histórias do Caderno do Aluno).
Esta ação deverá ser registrada em ata.

I. Ressaltar a evolução da turma relacionando os resultados de cada fase.


II. Destacar a perspectiva do resultado alcançado para os sucessores do Clubinho (a continuidade de
2. Retrospectiva e resultado alcançado
um trabalho) e a solidariedade de quem passou pelo problema.
Esta ação deverá ser registrada em ata.

I. A escola deverá dispor de um espaço para que o “Clubinho Ambiental” possa promover o
arquivamento de todos os documentos: Livro Ata, documentos, cópias de documentos, anotações,
fotos, entre outros.
3. Arquivos de imagens e documentos
É importante que os futuros membros do Conselho Diretor conheçam o esforço e a dinâmica de
trabalho de seus predecessores. Trata-se do registro histórico do “Clubinho Ambiental” no
estabelecimento de ensino e na vida dos estudantes que o vivenciaram.

74
ATIVIDADES DO MEDIADOR

1ª FASE – CONFIRMAR OU REDEFINIR O PROBLEMA


ENCONTRO ASSUNTO AÇÃO ATIVIDADE EXTRA – CLASSE
- Confirmação/redefinição do
problema; Os grupos de trabalho deverão pesquisar
- Formação das equipes de junto a alunos, professores, funcionários,
trabalho; parentes, amigos e fontes diversas sobre
- Sugestões de ações a 1ª, 2ª e novas sugestões para atuarem sobre o

serem adotas para 3ª problema eleito na escola para o próximo
solucionar ou minimizar o encontro, complementando o plano de
problema eleito na escola e ações (sugestões e alternativas visando
início da elaboração do à solução/minimização do problema).
Plano de Ações;
2ª FASE – PLANEJAMENTO DAS AÇÕES
-Abordagem às
particularidades (item a. ao
f.);
- Exposição dos resultados
pelas equipes e início da Os estudantes deverão pesquisar sobre
confecção do plano de ações o desdobramento das ações a serem
4ª, 5ª,
2º - Elaboração do Plano de desenvolvidas em cada um dos itens
6ª e 7ª
Ações – O QUE FAZER; previstos no plano, trazendo as dúvidas
- Elaboração da ordem de que surgirem.
prioridade das ações
previstas no plano;
- Estabelecimento da lista de
re-editores.
- Estabelecer a coordenação
das atividades pela
professora e/ou auxiliar;
- Reativação das equipes;
- Entrega das anotações ao
Conselho Diretor do
Clubinho;
- Início do detalhamento 6ª, 7ª e
3º e 4º sobre o Plano de Ações, de

acordo com as
particularidades do problema
= COMO FAZER;
- Finalização do Plano de
Ações, contendo todo o
detalhamento dos itens
previstos.

75
3ª FASE – EXECUÇÃO DO PLANO DE AÇÕES
- Estabelecer que a
coordenação das ações
previstas deverá ficar a
cargo da professora da
turma/auxiliar e que datas a
serem trabalhadas deverão
ser discutidas e acertadas
com a turma ou Conselho
Diretor do “Clubinho
Ambiental”;
5º - Processo de Mobilização ***
Social (envolvimento dos
reeditores);
- Distribuição dos materiais
produzidos pelos membros
do Clubinho;
- Orientações na abordagem
dos reeditores; - O Mediador
deverá observar os níveis de
atuação do reeditor.
4ª FASE – AVALIAÇÃO DO CLUBINHO

- Compartilhamento de
experiências;
6º - Retrospectiva e resultado 9ª, 10ª
Arquivamento dos materiais produzidos.
alcançado;
- Arquivos de imagens e
documentos.

OBS: Todas as ações e atividades desenvolvidas deverão ser registradas em ata


conforme o disposto no planejamento. Cabe ressaltar que as demais atividades
exercidas pelo “Clubinho Ambiental”, fora desse planejamento, deverão ser também
registradas e contabilizadas como ações do “Clubinho Ambiental”.

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

76
ANEXO “J” (MODELO DE RELATÓRIO ESCOLAR DE AVALIAÇÃO DO
MEDIADOR PROGEA) A INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG

RELATÓRIO ESCOLAR DE AVALIAÇÃO DO MEDIADOR PROGEA


Formulário de Avaliação Escolar do Desempenho de Mediador Progea
Nome do
instrutor LEGENDA
Nome da escola 0-3 = Insuficiente
Nome do
professor 4-6 = Regular
7-8 = Bom
9-10= Ótimo
Nota Peso
QUESITOS PARÂMETROS (de 0 a 10 da Total
pts) Nota (nota x peso)
1 Início da aula (no horário previsto) 2
PONTUALIDADE
Encerramento da aula (no horário previsto) 2
Valor: 40 pts
(5,71%) Sub Total - Pontualidade:
Equilíbrio, ponderação, adaptabilidade a novas situações. 4
Respeito aos alunos e funcionários da escola 4
Isenção e imparcialidade 4
2
POSTURA e Vocabulário adequado (sem uso de gírias, termos inadequados
ÉTICA ou vícios de linguagem) 4
Ética profissional (conjunto de ações condizentes com seu
cargo,
integridade, discrição, sigilo) 4
Apresentação (fardamento) 4
Valor: 240 pts
(34,29%) Sub Total - Postura Ética:
3
DOMÍNIO DE
CLASSE Disciplina e organização da turma 2
Valor: 20 pts
(2,86%) Sub Total - Domínio de Classe:
Eficiência dos recursos para atingir objetivos de aprendizagem. 3
4
RECURSOS Nível de motivação obtido 3
DIDÁTICOS Cuidado no manuseio dos equipamentos 3
Qualidade do material utilizado (transparências e slides entre
outros) 3
Valor: 120 pts
(17,14%) Sub Total - Recursos Didáticos:
Desenvolvimento Introdução 3
da Aula Desenvolvimento 3
Conclusão 3
Ativ. De fixação 3
Habilidade para conduzir os alunos à participação nas
atividades
5 HABILIDADES
DE 4
FACILITAÇÃO
Utilização de perguntas de facilitação 4
Habilidade em responder às perguntas formuladas pelos
alunos
Criatividade e dinamismo (estratégias motivacionais:
capacidade
de enriquecimento do trabalho, resolução de problemas frente 4
a situações inesperadas)
Valor: 280 pts
(40,00%) Sub Total - Habilidades de Facilitação:

77
Valor Total da Avaliação: 700 pts (100%) TOTAL (somatório dos sub-totais):

NOTA FINAL DO MEDIADOR (DE 0 A 100 PTS) - Fórmula: TOTAL dividido por 7

OBS: a NOTA FINAL é ponderada de 0 a 100 pontos por meio da fórmula (TOTAL dividido por 7)
Assinatura do Professor (Avaliador):
Data da Avaliação:

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução.


78
ANEXO “K” – (MODELO DE CADASTRO DE ALUNOS ATENDIDOS PELO PROGEA) À INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016 – CG

DADOS DA ESCOLA
Escola Nº MEC
Endereço Bairro
Município Estado
Referência Telefone
DADOS DO MEDIADOR
Nome P/G
Nº Polícia Unidade
Data de Filiação Documento
Ord. Nome Aluno
Nascimento Pai Mãe Identidade
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL
Distribuição: a mesma da presente Instrução.

79
INSTRUÇÃO Nº 3.03.17/2016-CG

TÁTICO MÓVEL

Regula o serviço Tático Móvel (TM) da Polícia Militar de Minas


Gerais e dá outras providências

Belo Horizonte
2016
Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).
Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.
Circulação restrita.

Minas Gerais. Polícia Militar. Comando-Geral.


Instrução nº 3.03.17/2016-CG: Regula o serviço
M663i Tático Móvel (TM) da Polícia Militar de Minas Gerais e
dá outras providências / Polícia Militar - Comando-
Geral. Belo Horizonte: 3a Seção do Estado-Maior da
PMMG, 2016.
49 p.: il.
Contém anexos.

1. Policiamento preventivo. 2. Gestão do


conhecimento. 3. Repressão qualificada. 4. Serviço
Tático móvel. 5. Estrutura das Cias/Pel TM. 6.
Treinamento. I. Rocha, Cláudio Vítor Rodrigues. (coord.). II.
Polícia Militar. Comando-Geral. III. Título.

CDU: 351.745
CDD:352.2

FICHA CATALOGRÁFICA elaborada pela Biblioteca da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais

ADMINISTRAÇÃO

Estado-Maior da Polícia Militar


Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Rodovia João Paulo II, nº 4143, Edifício Minas,
Bairro Serra Verde - Belo Horizonte – MG.
CEP 31.630-900
Telefone: (31) 3915-7806.

SUPORTE METODOLÓGICO E TÉCNICO


Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3)
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Rodovia João Paulo II, nº 4143, Edifício Minas,
Bairro Serra Verde - Belo Horizonte – MG.
CEP 31.630-900
Telefone: (31) 3915-77996.
GOVERNADOR DO ESTADO
FERNANDO DAMATA PIMENTEL

COMANDANTE-GERAL DA PMMG
CEL PM MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIACHINI

CHEFE DO ESTADO-MAIOR
CEL PM ANDRÉ AGOSTINHO LEÃO DE OLIVEIRA

SUBCHEFE DO ESTADO-MAIOR
CEL PM ROBSON JOSÉ DE QUEIROZ

SUPERVISÃO TÉCNICA
Ten Cel PM Cláudio Vítor Rodrigues Rocha
Chefe da Seção de Emprego Operacional da PMMG

REDAÇÃO
Maj PM Ronan Muniz dos Santos
Maj PM Micael Henrique Silva
Maj PM Flávio Godinho Pereira
Cap PM João Luiz da Matta Felisberto
1º Ten PM José Augusto Neves Vianna
1º Ten PM Eduardo Alves Lima
2º Ten PM André Rezende Martins
Subten PM Anderson Clayton Silva

REVISÃO DOUTRINÁRIA
Maj PM Ralfe Veiga de Oliveira
Cap PM Herbert Ferreira Lanza Avelar
2º Sgt PM Claudiney Barroso
2º Sgt PM Renato Pires Moreira
Cb PM Danielle Sueli Ventura

REVISÃO FINAL
Ten Cel PM Cláudio Vítor Rodrigues Rocha
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BOPE - Batalhão de Operações Policiais Especiais


BPChq - Batalhão de Polícia de Choque
BPE - Batalhão de Policiamento Especializado
BPM - Batalhão de Polícia Militar
Btl RPAer - Batalhão de Polícia de Radiopatrulhamento Aéreo
CEMG - Constituição do Estado de Minas Gerais
CG - Comando-Geral
Cia - Companhia
Cia PM Ind - Companhia de Polícia Militar Independente
Cia PM Ind P Cães - Companhia de Polícia Militar Independente de Policiamento com Cães
Cia PM Ind PE - Companhia de Polícia Militar Independente de Policiamento Especializado
CPC - Comando de Policiamento da Capital
CPE - Comando de Policiamento Especializado
CPU - Coordenador de Policiamento da Unidade
CRFB - Constituição da República Federativa do Brasil
CT - Comando Tático
CVO - Cadastro de Vínculos de Ocorrências
DDU - Disque Denúncia Unificado
DGEOp - Diretriz Geral para Emprego Operacional
DPOC - Diretrizes de Policiamento Ostensivo da Capital
DETRAN/MG - Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais
EMPM - Estado-Maior da Polícia Militar
GDO - Gestão do Desempenho Operacional
GEPMOR - Grupo Especial para Prevenção Motorizada Ostensiva Rápida
Gp PM - Grupo de Polícia Militar
GPS - Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global)
GuTM - Guarnição Tático Móvel
HT - Hand-Talk (Rádio Móvel)
INFOPEN - Sistema Integrado de informações Penitenciárias
INFOSEG - Sistema Nacional de Integração de Informações em Justiça e Segurança
Pública
ISP - Inteligência de Segurança Pública
OCD - Operações de Controle de Distúrbios
Pel - Pelotão
PM - Polícia Militar/ Policial Militar
PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais
PPH - Patrulha de Prevenção ao Homicídio
QCG - Quartel do Comando Geral
RCAT - Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes
REDS - Registro de Eventos de Defesa Social
RMBH - Região Metropolitana de Belo Horizonte
ROTAM - Rondas Táticas Metropolitanas
RPM - Região de Polícia Militar
SECI - Socialização/Externalização/Combinação/Internalização
SIPOM - Sistema de Inteligência da Polícia Militar
TM - Tático Móvel
UDI - Unidade de Direção Intermediária
UEOp - Unidade de Execução Operacional
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 9
2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 13
2.1 GERAL ................................................................................................................ 13
2.2 ESPECÍFICOS ...................................................................................................... 13
3 GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO APLICADAS AO SERVIÇO
TÁTICO MÓVEL ............................................................................................................ 14
3.1 DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA ............................................. 14
3.2 INFORMAÇÃO APLICADA À GESTÃO DO SERVIÇO TÁTICO MÓVEL ................................ 16
4 MISSÃO DO SERVIÇO TÁTICO MÓVEL ............................................................... 17
4.1 GERAL ................................................................................................................ 17
4.2 PARTICULAR........................................................................................................ 17
5 EXECUÇÃO ............................................................................................................ 18
5.1 PRINCÍPIOS ......................................................................................................... 18
5.2 CONCEITO DE ATUAÇÃO ........................................................................................ 19
5.2.1 Planejamento................................................................................................. 19
5.2.2 Estratégias..................................................................................................... 19
5.2.3 Emprego operacional..................................................................................... 21
5.3 FORMAS DE ATUAÇÃO .......................................................................................... 21
5.3.1 Atuação em recobrimento .............................................................................. 21
5.3.2 Atuação em Operação de Controle de Distúrbio Tático ................................. 24
5.3.3 Atuação em reintegração de posse ............................................................... 25
5.3.4 Atuação em resposta a fuga e rebelião em estabelecimentos prisionais ....... 26
5.4 DESENVOLVIMENTO DO TURNO DE SERVIÇO ............................................................ 28
5.4.1 Conceitos básicos ......................................................................................... 28
5.4.2 Funções e atribuições do serviço Tático Móvel ............................................. 29
6 ESTRUTURA E VARIANTES OPERACIONAIS DO SERVIÇO TÁTICO MÓVEL .. 36
6.1 ESTRUTURA ........................................................................................................ 36
6.2 O SERVIÇO TÁTICO MÓVEL E SUAS VARIANTES OPERACIONAIS .................................. 36
6.2.1 Guarnição Tático Móvel ................................................................................. 36
6.2.2 Grupo Especial para Prevenção Motorizada Ostensiva Rápida (GEPMOR) . 37
6.2.3 Patrulha de Prevenção ao Homicídio (PPH) .................................................. 37
7 RECURSOS HUMANOS E LOGÍSTICOS ............................................................... 39
7.1 RECURSOS HUMANOS .......................................................................................... 39
7.2 RECURSOS LOGÍSTICOS ........................................................................................ 40
7.2.1 Equipamento e armamento ........................................................................ 40
7.2.2 Viatura ........................................................................................................ 41
8 COORDENAÇÃO E CONTROLE ............................................................................ 42
8.1 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ................................................................................ 42
8.1.1 Avaliação da produtividade do TM ................................................................. 43
8.1.2 Reuniões de avaliação .................................................................................. 44
8.2 SUPERVISÃO ....................................................................................................... 44
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 46
INSTRUÇÃO Nº 3.03.17/2016-CG

Regula o serviço Tático Móvel da Polícia Militar


de Minas Gerais e dá outras providências.

1 INTRODUÇÃO

No início da década de 80 o policiamento ostensivo geral na Região


Metropolitana de Belo Horizonte passou por profundo estágio de mudança. Naquela
época, Comando de Policiamento da Capital (CPC) publicou as Diretrizes de
Policiamento Ostensivo da Capital (DPOC) e as Instruções de Conduta Operacional,
o que promoveu alterações no modelo de polícia até então implementado pela
Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).

O signo maior das mudanças e principal instrumento de sedimentação


das condutas operacionais daquele momento se deu na DPOC-03B, de 05 de março
de 1982, a qual teve insculpida a "Teoria da Malha Protetora", concebida por
Almeida (1984).

Nesse contexto, Almeida (1984, p. 81) discorre acerca do termo “malha


protetora” no seguinte sentido: “o policiamento ostensivo, ação característica e
básica da manutenção da ordem pública, é como uma malha protetora distendida
por toda Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), tendo por objetivo a
tranquilidade pública”.

A Teoria da Malha Protetora foi apresentada da seguinte forma:

a) divisão do território, sob responsabilidade das Unidades de Execução


Operacional (UEOp) da Capital, em subáreas atribuídas a Companhia PM (presença
efetiva da PMMG em toda RMBH);

b) o escalonamento de esforços se sobreporia à medida que ocorresse o


rompimento da malha.

Ao tratar dos objetivos da DPOC-03B, Souza (2003, p.204-205) afirmou


que o fim delineado naquela diretriz era o de cumprir três objetivos básicos:

9
O primeiro, criar junto à população da grande Belo Horizonte um clima
psicológico de segurança, pela presença próxima do policial militar, que é
conhecido pela comunidade a que serve e identificado com esta. O
segundo, atuar preventivamente, buscando antecipar-se à eclosão do delito.
E o terceiro, oferecer resposta veloz e eficaz aos problemas de segurança
pública surgidos, configurando uma atuação repressiva imediata. (grifo
nosso)

No ano de 2005, a então 8ª Região da Polícia Militar (8ª RPM),


atualmente 1ª RPM e responsável territorial pelo serviço da PMMG em Belo
Horizonte, por meio da Instrução nº 05/2005-8ª RPM (MINAS GERAIS, 2005),
estabeleceu uma reformulação conceitual da Teoria da Malha Protetora, destacando
o recobrimento tático como metodologia básica para o escalonamento dos esforços
operacionais.

A mesma Instrução estabeleceu que o emprego do 1º nível de


recobrimento estaria voltado à repressão criminal, com base em informações
geoprocessadas do local de atuação, modus operandi de criminosos, informações
de denúncia, etc. A prioridade de atendimento se daria às ocorrências relacionadas
a crimes violentos.

A Diretriz para Produção de Serviços de Segurança Pública nº


3.01.01/2010 (MINAS GERAIS, 2010a) definiu as Companhias e Pelotões TM como
o primeiro esforço de recobrimento, contudo dando ênfase no caráter da abordagem
da divisão interna, sem se referir aos serviços prestados por estas subunidades. A
atribuição das tarefas deste nível de esforço foi direcionada às Companhias Tático
Móvel, nos Batalhões da Polícia Militar, e aos Pelotões Tático Móvel, nas
Companhias Independentes.

Salienta-se que a referida Diretriz apontou o modelo supraterritorial de


recobrimento direcionado a atuar em ocorrências complexas ou potencialmente
violentas, ou que, por sua dimensão ou repercussão, extrapolem a capacidade de
atuação do policiamento ordinário. Tais ocorrências constituem-se o cerne de
atuação do serviço TM.

A sustentação e principal respaldo legal à atuação da Polícia Militar estão


na Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB) de 1988 na qual se
observa no § 5º, do Art. 144 o seguinte: “às polícias militares cabem a polícia
ostensiva e a preservação da ordem pública”. (BRASIL, 1988, grifo nosso).

10
A atribuição de competência da Polícia Militar é aprofundada no inciso I
do Art. 142 da Constituição do Estado de Minas Gerais (CEMG) de 1989 nos
seguintes termos:

Art. 142 – A Polícia Militar [...] competindo:


I – à Polícia Militar, a polícia ostensiva de prevenção criminal, de segurança,
de trânsito urbano e rodoviário, de florestas e de mananciais e as atividades
relacionadas com a preservação e restauração da ordem pública, além da
garantia do exercício do poder de polícia dos órgãos e entidades públicos,
especialmente das áreas fazendária, sanitária, de proteção ambiental, de
uso e ocupação do solo e de patrimônio cultural; (MINAS GERAIS, 1989,
grifo nosso).

O foco principal do Tático Móvel se relaciona à repressão qualificada, de


preservação e restauração da ordem pública. Entretanto, é o Decreto-Lei Nº 667/69
que, ao reorganizar as Polícias Militares, traz mais incisivamente a delimitação das
finalidades e competências destas organizações, conforme se pode observar do art.
3º abaixo:

Art. 3º - Instituídas para a manutenção da ordem pública e segurança


interna nos Estados, nos Territórios e no Distrito Federal, compete às
Polícias Militares, no âmbito de suas respectivas jurisdições: a) executar
com exclusividade, ressalvadas as missões peculiares das forças armadas,
o policiamento ostensivo, fardado, planejado pela autoridade competente, a
fim de assegurar o cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública e o
exercício dos poderes constituídos; b) atuar de maneira preventiva, como
força de dissuasão, em locais ou áreas específicas, onde se presuma ser
possível a perturbação da ordem; c) atuar de maneira repressiva, em caso
de perturbação da ordem, precedendo o eventual emprego das Forças
Armadas; (BRASIL, 1969, grifo nosso).

No Estado de Minas Gerais, a Lei 6.624 de 18 de julho de 1975 -


Organização Básica da PMMG tem no Art. 2º a delimitação da competência,
conforme se vê:

Art. 2º Compete à Polícia Militar:


I – com exclusividade, ressalvadas as missões peculiares das Forças
Armadas, o policiamento ostensivo, fardado, a fim de assegurar o
cumprimento da lei, a manutenção da ordem e o exercício dos poderes
constituídos;
II – atuar de maneira preventiva, como força de dissuasão em locais ou
áreas específicas, onde se presuma ser possível a perturbação da ordem;
III – atuar de maneira repressiva, em caso de perturbação da ordem,
precedendo o eventual emprego das Forças Armadas; (MINAS GERAIS,
1975, grifo nosso).

11
Descrito o arcabouço normativo de sustentação aos serviços da PM, bem
como as bases organizacionais internas à implementação do 1º esforço de
recobrimento, passa-se à regulação do serviço Tático Móvel, com vistas a amparar o
emprego nas Unidades de Execução Operacional (UEOp) da PMMG.

Essa regulação se dará nesta instrução estruturada em oito seções:


Introdução; Objetivos; Gestão da Informação e do Conhecimento Aplicadas ao
Serviço Tático Móvel; Missão do Serviço Tático Móvel; Execução; Estrutura e
Variantes Operacionais do Serviço Tático Móvel; Recursos Humanos e Logísticos; e
Coordenação e Controle.

12
2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Regular o serviço Tático Móvel, prestado pela Polícia Militar no estado de


Minas Gerais nas atribuições de polícia ostensiva de preservação e restauração da
ordem pública.

2.2 Específicos

a) Estabelecer parâmetros de emprego do serviço Tático Móvel, em


conformidade com o ordenamento jurídico, na preservação e restauração da ordem
pública no estado de Minas Gerais.

b) Padronizar o emprego do serviço Tático Móvel nas diversas frações da


PMMG.

c) Apontar critérios para a coordenação e o controle do serviço Tático


Móvel na PMMG.

13
3 GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO APLICADAS AO
SERVIÇO TÁTICO MÓVEL

A gestão do conhecimento tem por base as informações produzidas pelas


Agências de Inteligência e Seções de Emprego Operacional. Tal modelo de gestão
serve de auxílio ao planejamento, ao treinamento, ao processo decisório e à
implementação de ações/operações de repressão qualificada e imediata, bem como
à execução das atividades pelo Tático Móvel.

A informação adequada, oportuna, com conteúdo confiável,


fundamentada em coleta e análise dos dados precisos, objetivos e disponíveis ao
destinatário, é insumo aos diagnósticos e à resolução de problemas organizacionais
e locais, e à aferição do progresso do planejamento de pessoal, dos recursos
materiais e da gestão para a operação policial.

Dessa forma, a gestão da informação e do conhecimento é essencial ao


desencadear do serviço TM e, em razão do interesse à prestação desta modalidade,
será tratada neste tópico inicialmente pela compreensão conceitual de base para
finalmente ser demonstrada na aplicabilidade.

3.1 Dado, informação, conhecimento e inteligência

O processo de gestão da informação e do conhecimento é subsidiado


pelas classes dos dados, da informação, do conhecimento e inteligência os quais
são compreendidos conforme quadro a seguir:

Quadro 1 - Diferenças entre dado, informação, conhecimento e inteligência

Dado Informação Conhecimento Inteligência


Simples observações Dados dotados de Informação valiosa da Derivada de julgamento
sobre o estado do relevância e propósito. mente humana. Inclui e intuição do decisor que
mundo. reflexão, síntese e visualiza toda a situação.
contexto.
Facilmente estruturado. Requer unidade de De difícil estruturação. Requer síntese dos
Facilmente obtido por análise. De difícil captura em conhecimentos e é
máquinas. Exige consenso em máquinas. oportuna quando
Frequentemente relação ao significado. Frequentemente tácito. possibilita utilização
quantificado. Exige necessariamente a De difícil transferência. com vantagem.
Facilmente transferível. mediação humana.
Fonte: Adaptado de Davenport e Prusak (1998) e Moresi (2000).

14
Nesse contexto, conforme ensina Moresi (2000), a classe do dado
relaciona-se aos fatos; a classe da informação é desenvolvida a partir de dados
analisados que passam a ter significado; a classe do conhecimento decorre de
reflexão, síntese e contexto de informações, provenientes de diversas fontes; e a
classe da inteligência, completa o ciclo e é caracterizada por ser resultante da
síntese dos conhecimentos.

Assim a relação processual é explicada conforme se vê no dispositivo a


seguir:

Figura 1: Níveis hierárquicos da informação

Fonte: MORESI, 2000.

Esses conceitos servem de base para a realização de tarefas, ações,


operações, elaborações de conceitos, delineamentos de projetos e estratégias de
atuação, e estabelecimento de planejamentos e processos no serviço Tático Móvel.

15
3.2 Informação aplicada à gestão do serviço Tático Móvel

O uso da informação pelos comandos, nos diversos níveis hierárquicos da


PMMG, tem por finalidade subsidiar a tomada de decisões e a gestão do serviço TM.
Assim, o sistema de informação aplicada à gestão do serviço TM se organiza
conforme o Quadro 2, no qual se observa que a gestão da informação auxilia:

- ao comando das UDI e UEOp para o monitoramento e avaliação do


desempenho, o planejamento e as decisões relativas ao serviço TM;

- aos comandos de Cia/Pel TM para o monitoramento e a avaliação dos


processos, do planejamento e auxílio à tomada de decisão em nível de subunidade;

- ao Comando Tático para o acompanhamento e a execução das


atividades e tarefas, monitoramento dos serviços desempenhados no espaço
geográfico de responsabilidade e à tomada de decisão em nível de comando de
turno de serviço TM.

Em todos os níveis acima citados, o processo gestor da informação deve


abranger ações sistêmicas de prospecção, seleção, filtragem, tratamento, e
disseminação úteis aos responsáveis pela tomada de decisão para que eles possam
gerenciar e valer-se dos fluxos informacionais, quer sejam formais ou informais
(MORESI, 2000).

O fluxo da informação deve ser feito preferencialmente por meio dos


canais de comunicação organizacional, podendo, dada a especificidade e
necessidade, ser feito pessoalmente aos policiais militares envolvidos no processo.

Dentre as ferramentas/tecnologias de suporte à Inteligência de Segurança


Pública destacam-se o Cadastro de Vínculos de Ocorrências (CVO), o Sistema
Nacional de Integração de Informações em Justiça e Segurança Pública (INFOSEG),
o Sistema Integrado de Defesa Social / Informações de Segurança Pública
(SIDS/ISP), o Disque-Denúncia Unificado (DDU) e o Sistema Integrado de
informações Penitenciárias (INFOPEN).

No que se refere ao conjunto de ações que compõem a repressão


qualificada do serviço TM a gestão da informação perpassa pelo fluxo sistêmico
observado na figura 1.

16
4 MISSÃO DO SERVIÇO TÁTICO MÓVEL

4.1 Geral

Atuar de forma efetiva por meio de intervenções qualificadas no


enfrentamento à criminalidade violenta e ao tráfico de drogas, visando à manutenção
e preservação da ordem pública na área da respectiva UEOp, em recobrimento às
frações com responsabilidade territorial.

4.2 Particular

a) Exercer a repressão qualificada ao tráfico e ao comércio de drogas,


bem como a posse ou porte irregular ou ilegal de armas, com ênfase na ocupação
dos espaços urbanos e rurais mais propícios.

b) Promover ações de enfrentamento às organizações criminosas,


quadrilhas especializadas e gangues.

c) Atuar em áreas de alta incidência de crimes violentos indicados pela


análise criminal e Inteligência de Segurança Pública.

d) Cumprir mandados de busca, apreensão e prisão.

e) Atuar no recobrimento ao policiamento ordinário.

f) Executar escoltas de presos, armas e outras de interesse do serviço


público.

g) Atuar em Operações de Controle de Distúrbios Tático.


h) Atuar secundariamente em ações e operações de caráter preventivo.

17
5 EXECUÇÃO

Compete ao serviço Tático Móvel realizar a repressão qualificada, atuar


nos incidentes críticos de natureza complexa, ou que, por sua dimensão ou
repercussão, extrapolem a capacidade de atuação do policiamento ordinário e,
ainda, nas atividades de recobrimento em locais estrategicamente definidos com
base na análise criminal e pela Inteligência de Segurança Pública (ISP), realizando
ações e operações em toda a área da UEOp a que se subordina.

5.1 Princípios

A execução do serviço Tático Móvel deve estar em consonância com os


princípios da administração pública, insertos no art. 37, caput, da Constituição
Federal, assim como as atividades de coordenação e controle. Desta forma, o
emprego do serviço em modelo supraterritorial nas áreas das UEOp deve ser:

a) orientado por objetivos e cumprimento de metas;

b) procedido em patrulhamento dirigido;

c) direcionado para a rapidez e eficiência no atendimento;

d) gerenciado por ações de comando operacional;

e) coordenado em integração sistêmica com os demais serviços da


PMMG;

f) coordenado em integração sistêmica quando em atuação por força-


tarefa de interesse da Corporação;

g) coordenado em integração sistêmica quando em atuação conjunta


entre UEOp;

h) planejado tática e tecnicamente com o objetivo de atender com


qualidade e oportunidade;

i) direcionado ao treinamento do efetivo para utilizar adequadamente os


meios disponíveis, em especial no tocante a armamento e equipamento;

18
j) apoiado por policiamento velado;

k) fundamentado na análise criminal e na Inteligência de Segurança


Pública (ISP), visando a produção de conhecimentos necessários ao desencadear
de ações/operações de repressão qualificada.

5.2 Conceito de atuação

5.2.1 Planejamento

As operações desencadeadas pelo Tático Móvel necessitam de


planejamentos adequados que favoreçam o emprego operacional e o
estabelecimento de estratégias que foquem a atuação na prevenção, predição
(detecção precoce dos possíveis comportamentos delituosos) e repressão à
criminalidade violenta e ao tráfico de drogas, nas operações de controle de
distúrbios e nas reintegrações/imissões de posse.

Os Comandantes de Cia/Pel TM, bem como o Comando Tático (CT)


deverão manter o acompanhamento continuado da situação de segurança pública
nas respectivas circunscrições, com vistas ao cumprimento de metas/objetivos, com
qualidade e oportunidade.

O planejamento para emprego do serviço TM deverá abordar as


temáticas contidas na doutrina operacional da PMMG e nas normas que regem o
emprego dos recursos logísticos e humanos, coordenação e controle e inteligência
de segurança pública (ISP).

O planejamento deverá ser percebido enquanto atividade útil ao processo


criativo, direcionado à solução de problemas e ao atingimento dos objetivos do
serviço por quaisquer que sejam os policiais militares integrantes do Tático Móvel.

5.2.2 Estratégias

As estratégias ora elaboradas alinham-se à visão e à missão da Polícia

19
Militar, notadamente na contribuição à construção de um ambiente seguro e na
promoção da segurança pública com respeito aos direitos humanos, orientando-se
por indicadores e metas de desempenho e, finalmente, direcionam-se à produção
dos resultados propriamente aplicados aos serviços TM.

Nesse sentido, o serviço TM possui por estratégias:

a) o incremento da Inteligência de Segurança Pública (ISP) para a


produção e salvaguarda de conhecimentos necessários a fim de subsidiar o
planejamento e execução de uma política de Segurança Pública, orientadas:

− à redução dos crimes violentos;

− à redução da oferta de drogas;

− à repressão ao tráfico, comércio, posse ou porte irregular ou ilegal de


tráfico de armas;

− ao controle de distúrbios;

− ao cumprimento de mandados de busca, apreensão e prisão;

− à reintegração e à imissão de posse e garantia do poder de polícia de


outros órgãos;

− ao emprego em força-tarefa; e

− à atuação em ações de polícia preventiva.

b) o fomento do Disque-Denúncia Unificado (DDU) – 181 - com objetivo


de integrar e dar fluxo às informações oriundas de denúncias anônimas, de forma a
qualificá-las e validá-las às intervenções preventivas e repressivas qualificadas e/ou
imediatas (MINAS GERAIS, 2010b);

c) a intervenção pontual nas Operações de Controle de Distúrbios (OCD);

d) a gestão sistêmica do conhecimento técnico e tático em busca do


nivelamento das melhores práticas do serviço TM;

e) a orientação por indicadores e metas como delineadores do


atingimento dos resultados do serviço TM;

f) o emprego da guarnição Tático Móvel como célula básica do serviço.

20
5.2.3 Emprego operacional

O emprego do serviço Tático Móvel tem por base o conceito de malha


protetora previsto na DGEOp, consistindo, assim, no 1º esforço de recobrimento,
que tem por finalidade recobrir e intensificar o policiamento lançado (esforço
ordinário), realizando ações e operações setorizadas.

Para tanto, as equipes deverão ser distribuídas por subárea ou setor, para
emprego durante os turnos de serviço, restringindo-se o espaço geográfico de
atuação dentro da área da Unidade, visando contribuir para a coordenação e
controle das atividades desenvolvidas.

5.3 Formas de atuação

5.3.1 Atuação em recobrimento

A atuação em recobrimento, missão principal do serviço Tático Móvel,


ocorre em complementação aos esforços ordinários lançados pelas Unidades que
detém responsabilidade territorial, por meio do desenvolvimento de ações e
operações de caráter preventivo e repressivo.

5.3.1.1 Recobrimento preventivo

A atuação preventiva do serviço Tático Móvel ocorrerá nos intervalos


entre os atendimentos de ocorrências e o desenvolvimento de ações/operações
repressivas.

Deve obedecer a um planejamento prévio, formalizado por meio de


cartão-programa, que contemple ações e operações preventivas de apoio ao
policiamento ordinário.

21
5.3.1.2 Recobrimento repressivo

A atuação repressiva do serviço Tático Móvel dar-se-á como atividade


primária e ocorrerá em apoio ao policiamento ordinário da Unidade. Decorre da
necessidade de resposta rápida, sobretudo nas ocorrências com maior grau de
complexidade e de reação à criminalidade violenta, podendo ocorrer de duas
formas, conforme descrito a seguir:

5.3.1.2.1 Repressão imediata

Decorre da necessidade de coibir imediatamente delitos, atos ilegais e


casos de perturbação da ordem, em obediência ao estado de flagrância, sob o
enfoque da técnica policial.

Para tanto, sempre que possível, o lançamento do efetivo deve ser


precedido de policiamento velado, visando indicar com maior precisão as situações
de flagrante delito.

5.3.1.2.2 Repressão qualificada

Decorre da necessidade pontual de coibir delitos, casos de perturbação


da ordem, prestar apoio ou dar suporte que, pela gravidade ou complexidade,
necessitem de método, sob o enfoque da técnica e da estratégia.

Por ser eletiva, pode e deve ser empregada para coibir qualquer tipo de
delito, ato ilegal ou perturbação da ordem, inclusive no cumprimento de mandados
judiciais, ou ainda, para realizar operações de apoio e suporte a outros órgãos. A
característica principal é o método e tem por estratégias básicas para emprego do
serviço Tático Móvel:

a) valorização das técnicas de abordagens e de prisão dos infratores;

b) fundamentação ao emprego em análise criminal e de ISP;

c) ocupação orientada por análise geoprocessada do crime;

d) intervenções responsivas às informações oriundas do DDU,

22
previamente selecionadas e submetidas à análise;

e) coordenação do empenho pelo comandante do turno de serviço.

A repressão qualificada tem por fomento a Inteligência de Segurança


Pública como fio condutor da produção de conhecimento em níveis estratégico,
tático e operacional. Tal conhecimento é destinado a prever, prevenir, neutralizar e
reprimir atos criminosos de qualquer natureza que atentem à ordem pública, à
incolumidade das pessoas e do patrimônio, permitindo à Polícia Militar planejar o
emprego e lançamento dos recursos humanos e materiais com cientificidade.

As ações desenvolvidas pelo serviço Tático Móvel devem ser precedidas


de conhecimentos oportunos, pertinentes às intervenções preventivas, preditivas e
repressivas à criminalidade violenta, ao tráfico de drogas, às manifestações
permeadas de ilegalidades, violentas ou cerceadoras de direitos coletivos, e outras
que exijam atividades específicas deste serviço.

Nesse contexto, a Inteligência de Segurança Pública (ISP), no que se


refere à repressão qualificada, potencializa a prospecção de cenários, além do
exercício permanente e sistemático de ações especializadas para identificação,
avaliação e acompanhamento de ameaças reais ou potenciais na esfera da
segurança pública, de modo a permitir o planejamento e emprego racional dos
meios a fim de adotar medidas pontuais de repressão ao problema identificado.

Assim, a repressão qualificada desencadeada pelo serviço Tático Móvel,


deve ser precedida de análise criminal e de informações de ISP, e terá por foco os
seguintes tópicos:

a) identificação dos principais “líderes” de organizações criminosas;

b) as estruturas secundárias de apoio à prática dos crimes;

c) modus operandi de atuação dos agentes criminosos;

d) a penetração e aceitação social das práticas/agentes criminosos;

e) levantamentos dos crimes conexos e formação/organização de redes


criminosas;

f) armamento utilizado pelos criminosos;

g) ideologias intervenientes/determinantes nas ações criminosas;

23
h) perfil dos envolvidos nas atividades criminosas;

i) controle das ações e operações pretéritas, contrárias aos eventos


confrontados;

j) controle dos resultados alcançados nas intervenções anteriores;

k) possibilidade de resistência às ações desencadeadas;

l) possibilidade de geração de insegurança jurídica e desgaste


organizacional junto à sociedade e aos órgãos controladores da PMMG;

m) necessidade de interação/integração com outros órgãos, visando a


validação e à promoção da eficiência na intervenção estatal;

n) qualificação das informações originárias de colaboração voluntária


(Disque Denúncia Unificado - DDU);

o) outras de interesse.

5.3.2 Atuação em Operação de Controle de Distúrbio Tático

A atuação do Tático Móvel em OCD Tático dar-se-á como 1ª resposta,


nas UEOp, precedendo o emprego da tropa de Choque, observando-se o contido no
Manual Técnico-Profissional nº 3.04.10/2013-CG, que contém a doutrina que trata
das operações de controle de distúrbio na PMMG.

As equipes táticas por estarem dispostas em estrutura de setorização,


diuturnamente encontram-se distribuídas pelas áreas de atuação policial. Assim,
quando há necessidade de emprego tático de policiamento para intervenção em
distúrbios, tais equipes têm maior capacidade de efetuarem a atuação pontualmente,
com rapidez e coordenadamente em vários pontos.

As intervenções policiais do serviço Tático Móvel serão coordenadas pelo


Comando Tático e deverão focar no rápido controle do distúrbio, podendo atuar na
prisão de agentes de crimes e/ou lideranças, na dispersão de perturbadores da
ordem, brigas de torcida, vândalos, etc. Caso supere a capacidade operativa, deve-
se isolar, estabilizar e conter, até que a tropa capaz de operacionalizar o controle de
distúrbio chegue ao local.

24
Para atuação do serviço Tático Móvel no OCD Tático, deverão ser
observados os seguintes pressupostos:

a) respeito ao princípio constitucional da Legalidade quer seja enquanto


direito/garantia fundamental, quer seja enquanto base da administração pública;

b) atuação amparada na legitimidade;

c) disciplina tática fundamentada em coordenação centralizada;

d) treinamento específico acerca dos procedimentos, técnicas e doutrina


de emprego;

e) uso de força em estrita necessidade ao cumprimento do dever, quando


esgotados todos os recursos de negociação, mediação, persuasão e resolução de
conflitos.

5.3.3 Atuação em reintegração de posse

Para atuação do Tático Móvel em ações/operações de reintegração de


posse, devem ser observados os mesmos pressupostos constantes quando da
atuação em OCD Tático.

A ação policial deve ser planejada em conjunto com os demais órgãos


envolvidos, devendo ser observados os princípios dos direitos humanos, buscando
sempre por meio da negociação a saída pacífica dos ocupantes. Cessando as
negociações, serão desencadeadas as ações de restauração da ordem para
cumprimento da ordem judicial.

Para emprego operacional do serviço Tático Móvel nas operações de


reintegração de posse, torna-se imperioso observar os aspectos previstos na Diretriz
da PMMG que regula o Emprego da Polícia Militar de Minas Gerais nas Ocupações
de Imóveis Urbanos e Rurais, com destaque para:

a) medidas táticas pontuais (como lançar o efetivo) e técnicas (como agir)


para fazer face ao quadro situacional presente na ocupação;

b) organização, apresentação e ordenamento lógico das ações a serem


implementadas para cumprimento da requisição judicial;

25
c) fatores determinantes (gravidade e repercussão), fatores componentes
(espaço e mobilidade de atuação do policiamento, coordenação dos esforços e
proteção aos PM lançados na Operação) e fatores condicionantes (disponibilidade
de recursos, dia da semana e horário para início da Operação);

e) aparato humano do poder judiciário, em número suficiente para


proceder às citações necessárias, de forma a não atrasar a operação;

f) composição e instalação do Comitê Permanente de Crise, a critério do


Comando da UEOp responsável pelo planejamento das ações/operações.

A atuação do Tático Móvel nas ações de reintegração de posse dar-se-á


em observância à norma que regula o assunto na PMMG.

5.3.4 Atuação em resposta a fuga e rebelião em estabelecimentos prisionais

Decorre do emprego sistêmico em vista da necessidade de resposta


rápida, a fim de assegurar uma solução aceitável para a crise. O emprego do serviço
TM nas situações de fuga e rebelião em estabelecimentos prisionais precede a
atuação de tropa especializada.

As estratégias básicas para atuação das equipes Tático Móvel em local


de fuga e rebelião em estabelecimento prisional estão alicerçadas no apoio imediato
nas atividades de polícia ostensiva e preservação da ordem pública quando da
ocorrência de fuga e contenção de rebelião; atuação sistêmica, sob a coordenação
do Controlador do Incidente Crítico e adoção de respostas adequadas e eficientes
para conter a crise e/ou evitar novas fugas ou rebeliões.

A equipe Tático Móvel deve atuar conforme os seguintes pressupostos:

a) respeito ao princípio constitucional da legalidade quer seja enquanto


direito/garantia fundamental, quer seja enquanto base da administração pública;
b) atuação amparada na legitimidade;
c) disciplina tática fundamentada em coordenação centralizada;
d) treinamento específico sobre os procedimentos e técnicas a serem
adotadas.

26
O uso de força deve ser procedido em estrita necessidade ao
cumprimento do dever e esgotados todos os recursos de negociação, mediação,
persuasão e resolução de conflitos. Nesse sentido, vale considerar o seguinte
esquema:

Figura 3: Verbos basilares

Fonte: Santos (2008).

Conforme ensina Santos (2008), conter a crise visa à centralização do


foco da ocorrência; o isolamento da área propicia evitar a presença de curiosos ou
terceiros que possam atrapalhar a montagem do teatro de operações ou que
possam se ferir durante a ação policial; e estabilizar o ambiente implica em acalmar
os ânimos proporcionando identificar o melhor momento para se iniciar o contato
com o causador da crise.

Deflagrada a tentativa de fuga ou a rebelião no estabelecimento prisional,


as guarnições TM deverão:

a) dirigir-se imediatamente ao local;


b) contatar o Controlador do Incidente Crítico1 (caso ele esteja presente) e
inteirar-se dos detalhes essenciais da ocorrência, tais como quantidade de detentos
no estabelecimento prisional ou foragidos, existência de armas, vias de acesso ao
local, permanecendo a ele subordinadas;

1
Policial militar que detém a coordenação e controle dos recursos materiais e dos policiais em
determinada área e, portanto, pode realizar a realocação dos efetivos e dos recursos quando do
processo de gestão de eventos de defesa social de alto risco. Coordena as ações de proteção dos
perímetros táticos na cena de ação.

27
c) cercar o local para evitar fugas e o alastramento da crise (no caso de
rebelião);
d) auxiliar/prover o isolamento do estabelecimento prisional (no caso de
rebelião);
e) estabelecer e respeitar os perímetros táticos2 da cena de ação;
f) atuar em apoio à tropa de Operações de Controle de Distúrbios, como
força de reserva tática do comandante da cena de ação3, devendo estar dotado de
todos os materiais, equipamentos de OCD, dentre outros. Os materiais e
equipamentos deverão ficar em viatura de apoio próxima ao local do evento.

Consumada a fuga de detentos do estabelecimento prisional, proceder à


busca visando a recaptura. A atuação deve ser de forma sincrônica e em conjuntos
com os outros esforços operacionais disponíveis.

5.4 Desenvolvimento do turno de serviço

5.4.1 Conceitos básicos

a) Turno Tático Móvel: é o período em que o efetivo policial militar é


empregado na guarnição Tático Móvel (GuTM), sob a coordenação de Oficial,
Subtenente ou Sargento, em recobrimento ao policiamento ordinário dos
Batalhões/Companhias Independentes.
b) Comando Tático: é a denominação atribuída ao Oficial, Subtenente ou
Sargento que exerce a coordenação das guarnições Tático Móvel, em recobrimento
ao policiamento ordinário dos Batalhões/Companhias Independentes. A ativação do
Comando Tático ficará condicionada a existência de, no mínimo, 03 (três) equipes
TM no turno de serviço sob sua coordenação, incluindo as suas variantes

2
São também chamados perímetros de segurança da cena de ação. São em número de 03 (três):
imediato (zona vermelha), mediato (zona amarela) e externo/apoio (verde).
3
Policial que organiza o lugar em que está ocorrendo uma crise policial.

28
operacionais. Assim, na UEOp em que não houver o Comando Tático, as atribuições
de coordenação e controle ficarão a cargo do CPU.

5.4.2 Funções e atribuições do serviço Tático Móvel

No cotidiano da atividade operacional diária, há situações que exigem


resposta técnica/tática específica, em especial nas ocorrências de maior gravidade
ou complexidade, bem como em áreas de maior incidência criminal, nas quais o
esforço ordinário não se mostra suficiente. Para tal, exigem-se guarnições policiais
militares reforçadas em efetivo e armamento, além de treinamento tático
diferenciado.

Vale destacar a atuação do Tático Móvel nos diversos eventos que


demandem intervenções pontuais, tais como manifestações sociais, grandes
eventos, operações de reintegração de posse, operações de controle de distúrbio,
etc.

5.4.2.1 Atribuições do Comando Tático

5.4.2.1.1 Antes do lançamento do Turno

a) inteirar-se das informações de interesse do serviço Tático Móvel;

b) conhecer as ocorrências de destaque na área da UEOp, registradas no


turno anterior;

c) buscar informações de Inteligência de Segurança Pública que possam


contribuir para as atividades de Tático Móvel (pontos de tráfico de drogas,
informações do Disque-Denúncia, infratores atuantes, etc.);

d) fiscalizar fardamento, armamento e equipamento dos militares


escalados;

e) realizar e coordenar treinamentos e instruções;

29
f) conhecer os indicadores e metas de desempenho operacional da
UEOp, a fim de empregar as guarnições Tático Móvel (GuTM) de forma eficiente e
eficaz;

g) orientar as equipes sobre o cumprimento dos respectivos cartões-


programas e setores de patrulhamento.

5.4.2.1.2 Durante o turno de serviço

a) conhecer, cumprir e fazer cumprir os memorandos, ordens de serviços


e planejamentos expedidos pela UEOp;

b) acompanhar as ocorrências de destaque e informar imediatamente ao


comando de Cia/Pel TM e UEOp acerca do ocorrido;

c) coordenar o emprego das guarnições Tático Móvel, de forma a


harmonizar as atividades e conjugar os esforços em sincronia com o
CICOP/COPOM, visando atender o planejamento de emprego do serviço Tático
Móvel na UEOp;

d) fiscalizar o cumprimento dos cartões-programas pelas equipes.

5.4.2.1.3 Após o recolhimento do turno de serviço

a) confeccionar os relatórios alusivos do serviço ao comando de Cia/Pel


TM, constando as alterações observadas durante o turno Tático Móvel;

b) promover feedback junto a equipe Tático Móvel acerca da atividade


executada (verificar dificuldades e aspectos positivos), buscando aperfeiçoar
procedimentos.

30
5.4.2.2 Atribuições do comandante de GuTM no exercício da atividade

5.4.2.2.1 Antes do lançamento do Turno

a) conhecer o planejamento do emprego operacional do Tático Móvel na


UEOp;

b) conhecer as ocorrências de destaque na área da UEOp, registradas no


turno anterior;

c) repassar aos componentes da guarnição Tático Móvel informações


e/ou conhecimentos de Inteligência de Segurança Pública atualizados, relativos ao
setor de emprego (ponto de tráfico de armas e drogas, autores de crimes
contumazes, informações do Disque-Denúncia etc.);

d) fiscalizar fardamento, armamento e equipamento dos militares da


guarnição TM;

e) conhecer os indicadores e metas de desempenho operacional da


UEOp, a fim de atuar de forma eficiente e eficaz;

f) tomar conhecimento do cartão-programa da equipe.

5.4.2.2.2 Durante o turno de serviço

a) cumprir e fazer cumprir o ordenamento jurídico, as normas da PMMG,


bem como as ordens do comando;

b) gerenciar com eficiência os recursos humanos e logísticos sob


responsabilidade;

c) relatar, imediatamente, ao Comando Tático, as ocorrências que a


GuTM sob comando envolver-se;

d) estar atento às comunicações da rede rádio;

e) adotar atitude expectante com foco na atividade operacional durante o


patrulhamento e motivar tal comportamento nos outros componentes da guarnição;

f) empregar as técnicas e táticas operacionais previstas no acervo


doutrinário da PMMG e coordenar a ação dos demais componentes da equipe;

31
g) direcionar o itinerário do patrulhamento para os logradouros de maior
incidência de crimes violentos, bem como visando atender o planejamento do
emprego do serviço Tático Móvel na UEOp;

h) confeccionar o Registro de Evento de Defesa Social (REDS) ou


recomendar a outro militar a confecção deste, sem, contudo, deixar de ser o
responsável pelo registro imparcial, completo e legal da ocorrência.

i) cumprir o cartão-programa da equipe.

5.4.2.2.3 Após o recolhimento do turno de serviço

a) relatar ao Comando Tático as alterações observadas durante o turno


Tático Móvel;

b) verificar com a equipe as dificuldades, erros e acertos ocorridos


durante o turno Tático Móvel, buscando aperfeiçoar procedimentos;

c) elaborar relatórios constando dados relevantes observados no turno de


serviço como: modus operandi de infratores, fotos de suspeitos, e outras
informações pertinentes ao serviço policial militar.

5.4.2.3 Atribuições do motorista de GuTM no exercício das atividades

5.4.2.3.1 Antes do lançamento do Turno

a) realizar a manutenção de primeiro escalão da viatura e zelar para que


esteja em boas condições de emprego no serviço policial;

b) cientificar imediatamente ao comandante da GuTM e garagista da


UEOp as alterações observadas na viatura;

c) participar do treinamento pré-turno;

d) estar fardado, equipado e armado conforme a norma vigente na


PMMG;

e) procurar sempre se atualizar quanto às informações do local de


atuação (vias principais, pontos de referência, rotas alternativas, etc.).

32
5.4.2.3.2 Durante o turno de serviço

a) cumprir e fazer cumprir o ordenamento jurídico, as normas da PMMG,


bem como, as ordens do comandante de GuTM;

b) adotar atitude expectante com foco na atividade operacional durante o


patrulhamento e estar atento às comunicações da rede rádio;

c) respeitar a legislação de trânsito e as regras de direção defensiva,


cumprindo as normas da PMMG alusivas à manutenção e condução de viaturas;

d) empregar as técnicas e táticas operacionais previstas no acervo


doutrinário da PMMG;

e) estar vigilante quanto ao armamento e equipamento que estão no


interior da viatura, durante o turno de serviço;

f) observar as recomendações do comandante da GuTM quanto ao


itinerário de patrulhamento.

5.4.2.3.3 Após o recolhimento do turno de serviço

a) proceder à manutenção de primeiro escalão da viatura, cientificando


imediatamente ao comandante da GuTM e garagista da UEOp as alterações
observadas;

b) outras, determinadas pelo Comando Tático, Comandante da respectiva


GuTM e/ou normas em vigor.

5.4.2.4 Atribuições do patrulheiro de GuTM

5.4.2.4.1 Antes do lançamento do Turno

a) armar e equipar a viatura com armamento e equipamento necessário


ao serviço Tático Móvel, inspecionando-os minuciosamente e verificando
criteriosamente as condições de emprego;
b) participar do treinamento pré-turno;

33
c) estar fardado, equipado e armado conforme a norma vigente na
PMMG.

5.4.2.4.2 Durante o turno de serviço

a) cumprir e fazer cumprir o ordenamento jurídico, as normas da PMMG,


bem como as ordens do Comandante de GuTM;

b) posicionar-se atrás do banco do motorista, em atitude expectante com


foco na atividade operacional, estando atendo quanto aos estabelecimentos
comerciais, vias transversais, veículos e indivíduos em atitudes suspeitas, etc, e ao
fluxo contrário de trânsito, além de fazer a segurança do motorista durante o
patrulhamento;

c) estar vigilante quanto ao armamento e equipamento que estão no


interior da viatura durante o turno de serviço;

d) acompanhar atentamente às comunicações da rede rádio registrando


os dados de interesse da GuTM tais como: veículos roubados, dados de empenho
em ocorrências, características de autores de tráfico de armas e drogas e crimes
violentos, rotas de fuga, etc;

e) acompanhar através do rádio móvel (HT) as comunicações


operacionais, principalmente quando a equipe estiver desembarcada. Caso as
comunicações estejam sendo feitas em canais diversos, a viatura deverá estar
sintonizada na rede de rádio do setor de patrulhamento;

f) registrar as informações relevantes via rádio móvel (HT) do canal que


estiver acompanhando, caso as comunicações de interesse da GuTM estejam sendo
realizadas em canais diversos;

g) empregar as técnicas e táticas operacionais previstas no acervo


doutrinário da PMMG;

h) assessorar o comandante da GuTM no registro de REDS.

34
5.4.2.4.3 Após o recolhimento do turno de serviço

a) desarmar e desequipar a viatura, cientificando imediatamente ao


comandante da GuTM as alterações observadas;

b) auxiliar ao comandante da GuTM na elaboração de relatórios


constando dados relevantes observados no turno de serviço como: modus operandi
de infratores, fotos de suspeitos, e outras informações pertinentes ao serviço policial
militar;

c) outras, determinadas pelo Comando Tático, comandante da respectiva


GuTM e/ou normas em vigor.

35
6 ESTRUTURA E VARIANTES OPERACIONAIS DO SERVIÇO TÁTICO
MÓVEL

6.1 Estrutura

Conforme previsto na DGEOp, as Unidades com responsabilidade


territorial terão em sua estrutura básica um primeiro esforço de recobrimento,
composto, no caso dos Batalhões, por Companhia Tático Móvel, e nas Cia PM Ind,
por Pelotão Tático Móvel.

A Companhia Tático Móvel atuará nas atividades de recobrimento,


através de setores distribuídos em toda a área do Batalhão ao qual estiver
subordinada e, da mesma forma, o Pelotão Tático Móvel executará o recobrimento
nas áreas das Companhias Independentes.

Assim, para a ativação do serviço Tático Móvel devem ser respeitados os


fundamentos condicionantes dispostos tanto na DGEOp quanto no Portfólio de
Serviços da Instituição.

6.2 O serviço Tático Móvel e suas variantes operacionais

O serviço Tático Móvel será desenvolvido essencialmente pelas


guarnições TM, podendo ter como variantes operacionais o Grupo Especial para
Prevenção Motorizada Ostensiva Rápida (GEPMOR) e a Patrulha de Prevenção ao
Homicídio (PPH), conforme detalhado a seguir.

6.2.1 Guarnição Tático Móvel

A guarnição Tático Móvel (GuTM) é destinada ao recobrimento


sistemático das atividades de policiamento nas áreas de Batalhões e Companhias
Independentes, visando a preservação da ordem pública.

36
É empregada em locais definidos estrategicamente pela análise criminal e
informações da inteligência de segurança pública, atuando em ocorrências com
maior grau de complexidade.

Desempenha primariamente atividade de repressão qualificada e


secundariamente ações preventivas, empregada e treinada conforme conceito
operacional e especificidades descritas no acervo doutrinário da PMMG.

A guarnição Tático Móvel será composta por 03 (três) policiais militares,


devendo ser comandada por Sub Ten/Sgt PM, podendo, excepcionalmente, Cb PM
exercer o comando da equipe. As funções de patrulheiro e motorista de GuTM serão
desenvolvidas, prioritariamente, por Cb/Sd PM.

6.2.2 Grupo Especial para Prevenção Motorizada Ostensiva Rápida (GEPMOR)

Constatada a necessidade operacional, poderá ser efetivado o Grupo


Especial para Prevenção Motorizada Ostensiva Rápida (GEPMOR), com a missão
precípua de dar suporte ao policiamento ordinário (recobrimento), sobretudo nos
aspectos de agilidade nos deslocamentos, presença, visibilidade e apoio às
operações programadas. Caracteriza-se pelo lançamento de guarnições de moto
patrulhamento, compostas por 02 (dois) ou 03 (três) policiais militares, que atuam na
prevenção e repressão a crimes violentos, sobretudo nos casos em que há
necessidade de deslocamento rápido.

O GEPMOR atua dentro do mesmo conceito operacional da guarnição


Tático Móvel, resguardadas as proporções em virtude do emprego em veículo duas
rodas, tendo como característica peculiar a maior mobilidade urbana, o que lhe
permite o emprego com maior eficiência e eficácia nos centros comerciais e locais
com maior fluxo de veículos e transeuntes.

6.2.3 Patrulha de Prevenção ao Homicídio (PPH)

Como variante operacional do serviço Tático Móvel, poderá ser


constituída ainda a Patrulha de Prevenção ao Homicídio, voltada para a redução da

37
incidência do crime de homicídio. O foco da guarnição será a atuação nas causas
primárias do delito, por meio da análise qualitativa de cada ocorrência (diagnóstico
criminal) e levantamento da inteligência de segurança pública.

Conforme previsto em Instrução específica da PMMG que trata da


prevenção e repressão ao homicídio e, consequentemente, da forma de emprego da
PPH, essa conduta proporciona atuação reativa qualificada no enfrentamento aos
conflitos interpessoais, e possibilita o envolvimento da comunidade na busca da
solução eficiente para os problemas aflorados e consequente redução da incidência
de tal modalidade criminal.

38
7 RECURSOS HUMANOS E LOGÍSTICOS

O uso racional dos meios necessários é de suma importância à execução


do serviço TM. O emprego do efetivo policial, assim como dos recursos logísticos,
deve ser precedido de treinamento e de planejamento criterioso, como forma de se
evitar a sobreposição de esforços. O correto emprego dos recursos humanos e
materiais, baseado em informações gerenciais da segurança pública, proporciona
maior chance de alcance dos objetivos institucionais propostos.

7.1 Recursos humanos

O emprego do policial militar no serviço Tático Móvel deve obedecer aos


seguintes requisitos:

a) ter no mínimo 01 (um) ano de efetivo serviço na atividade operacional;

b) não ter sido punido por abuso de autoridade, emprego indevido de


arma de fogo, uso de bebida alcoólica, e/ou outras transgressões de natureza grave;

c) estar aprovado no Treinamento Policial Básico;

d) ter desprendimento e disponibilidade para ser empregado em horários


variados;

e) possuir higidez física e disponibilidade para frequentar cursos e


treinamentos de capacitação para o serviço Tático Móvel;

O treinamento do policial militar integrante da equipe TM deve ser


constante, de forma a potencializar as capacidades operativas, resultando em
desempenho operacional eficiente e eficaz.

Espera-se do treinamento alcançar vantagens organizacionais. Dentre


elas, destacam-se as que Carvalho (apud ARAÚJO, 2006, p. 106-108) discorre em
trabalho sobre desenvolvimento gerencial e que podem ser aplicadas ao serviço
Tático Móvel. Segundo o autor, as vantagens organizacionais que o treinamento
proporciona são: ganho em qualidade; racionalização dos procedimentos e
desenvolvimento das pessoas; desenvolvimento da capacidade de identificar os

39
pontos fortes e fracos das pessoas e da organização como um todo; clima
organizacional saudável; redução de desperdícios e retrabalho, capacitação de
pessoas e aumento da produtividade.

O treinamento continuado permite sedimentar as boas práticas policiais,


levando-se em conta a segurança para atuação operacional, em consonância com
os fundamentos legais e éticos constantes no acervo doutrinário da PMMG e no
ordenamento pátrio vigente.

O treinamento de educação física do integrante da equipe Tático Móvel


deve possibilitar a higidez e o condicionamento físico, respeitada a individualidade
biológica do militar, bem como o treinamento de defesa pessoal policial deve
propiciar o domínio de técnicas de imobilização, condução de presos e defesa dos
golpes mais comuns na atividade operacional.

O serviço Tático Móvel deve ser integrado por policiais militares treinados
e capacitados para o cumprimento da missão, tendo por referência cursos
específicos devidamente reconhecidos pela PMMG.

7.2 Recursos logísticos

A gestão racional do emprego de recursos logísticos no serviço Tático


Móvel é fundamental para eficiência e eficácia da missão da PMMG, e importante ao
pleno rendimento operacional.

7.2.1 Equipamento e armamento

O policial militar integrante da guarnição Tático Móvel deverá estar


fardado e equipado conforme o previsto nas normas da PMMG. Torna-se imperioso
que o militar esteja capacitado na execução correta e segura do manejo e emprego
do armamento utilizado na atividade.

Nesse entendimento, a Guarnição Tático Móvel (GuTM) deverá estar


armada e equipada, sempre que possível, com:

40
- armamento portátil calibre .40, 5,56mm ou 7,62mm;

- espingarda cal. 12 com munições reais e/ou de impacto controlado;

- munição química;

- bastões de madeira/tonfa;

- lanterna;

- rádio portátil (HT);

- escudo e capacete balístico ou anti-tumulto;

- pistola de emissão de impulso elétrico;

- binóculo e equipamento de visão noturna.

O emprego de pistola de emissão de impulso elétrico e armas portáteis


calibre 5,56 mm e/ou 7,62 mm será permitido ao militar credenciado, conforme
previsto na legislação da PMMG.

Em situações de emprego em ações/operações de controle de distúrbio,


pelo serviço Tático Móvel, os policiais militares deverão estar equipados, se
disponível, com: escudo, capacete, caneleiras, joelheiras, colete anti-trauma,
lançador de munição química e máscara de proteção respiratória.

7.2.2 Viatura

O veículo destinado ao serviço Tático Móvel deverá, preferencialmente,


possuir as características e especificações a seguir: viatura leve tipo patrulheira
Station Wagon (SW)4, com teto inteiriço ligando o compartimento dos passageiros
com o de bagagens, quatro portas, compartimento para transporte de presos, rádio
transceptor móvel, sinalizador acústico visual e GPS localizador.

A identificação visual da viatura Tático Móvel (plotagem) deverá seguir as


normas de comunicação visual da Corporação, vedando-se a adoção de modelos,
cores, logomarcas ou palavras não previstas.

4
Modelo de veículo com cabine estendida até o porta-malas, adequado ao transporte de passageiros
e carga.

41
8 COORDENAÇÃO E CONTROLE

Os serviços TM serão coordenados pelo Comando Tático ou, não


havendo militar designado para função, pelo Coordenador de Policiamento da
Unidade (CPU). Em casos específicos de empenho em força-tarefa, a coordenação
dos serviços TM recairá a Oficial especificamente designado a este fim.

As atividades realizadas pelo Comando Tático na coordenação do efetivo


empregado na atividade deverão estar em consonância com o disposto nesta
instrução, e a atuação deve buscar a interação sistêmica com os coordenadores de
policiamento de área.

A coordenação e controle constante a fim de harmonizar as atividades e


conjugar os diversos esforços operacionais, permite o acompanhamento efetivo pelo
Comando Tático/CPU, de forma assegurar o recebimento, a compreensão e o
cumprimento das decisões do escalão superior e, ainda, identificar e corrigir desvios.

A coordenação e o controle do serviço TM pelas RPM ocorrerá por


intermédio de reuniões de avaliação, supervisões, fiscalização, visita e
acompanhamento das atividades do TM, assim como da análise do desempenho
oriunda dos dados lançados, observando-se as normas internas específicas.

8.1 Avaliação de desempenho

O serviço Tático Móvel se sujeita, como os demais serviços da PMMG, ao


controle da intervenção policial nos aspectos de desempenho e qualidade. Este
controle serve para avaliar, concernente às demandas por segurança do cidadão,
bem como mensurar o nível de resposta e alcance da atividade a partir dos
parâmetros de avaliação de qualidade e objetivos propostos pela PMMG, os quais
adstritos e adaptados à especificidade do serviço formam os parâmetros descritos a
seguir:

a) fortalecimento dos sistemas e dos processos: dá-se a avaliação do


planejamento das ações e operações acerca da situação diagnosticada, do local e
recursos disponíveis e resultados obtidos para melhor desempenho do serviço TM;

42
b) motivação e participação do pessoal e trabalho em equipe: dá-se a
avaliação ao mensurar a capacidade de Oficiais e Praças, em função de Comando,
de motivar os policiais militares subordinados, integrantes das equipes TM, para
resolução de problemas e proposição de melhorias do serviço TM;

c) tomada de decisões com base em informações confiáveis: dá-se a


avaliação ao se mensurar a confiabilidade e a validade das informações e dos dados
relacionados com a atividade de segurança pública, a fim de prover a formação de
diagnóstico, resolução de problemas e tomada de decisões relacionadas às
operações TM;

d) comunicação e coordenação: dá-se a avaliação ao se mensurar:

- comunicação: capacidade das Cia/Pel TM em compartilhar informações


úteis relacionadas às ações policiais militares em sincronia e sinergia com as Cia/Pel
da Unidade que detém responsabilidade territorial.

- coordenação: refere-se ao desempenho de coordenação e controle das


operações.

Notadamente, conforme a Diretriz que trata da Gestão do Desempenho


Operacional (GDO), para à aferição do desempenho dos serviços, o TM deve apoiar
as metas estabelecidas para a UEOp, utilizando-se prioritariamente os indicadores
de natureza preventiva ou repressiva que possam vir a interferir diretamente na
criminalidade violenta, como operações repressivas, prisões de agentes de crimes
violentos, apreensões de armas de fogo, dentre outros.

8.1.1 Avaliação da produtividade do TM

Todas as atividades preventivas e repressivas desenvolvidas pelo Tático


Móvel deverão ser registradas pelas equipes por meio do sistema de Registro de
Eventos de Defesa Social (REDS), de forma que seja possível tabular e avaliar as
ações e operações desenvolvidas nos locais de atuação.

Assim, ao término do cada mês, o Comandante da Cia/Pel Tático Móvel


deverá remeter à Seção de Planejamento e Emprego Operacional da Unidade,
relatório pormenorizado contendo a produtividade de cada equipe, as principais

43
ações/operações desenvolvidas no mês, bem como as observações e demandas
inerentes ao serviço apresentadas pelos militares.

Tal medida possibilitará a avaliação sistemática do serviço, de forma


quantitativa e qualitativa, contribuindo para a correção de inconformidades e a
constante melhoria dos serviços prestados.

8.1.2 Reuniões de avaliação

As reuniões de avaliação do serviço Tático Móvel deverão ocorrer


periodicamente com o objetivo de aferir desempenhos e resultados, difundir
orientações técnicas/procedimentos e buscar a correção de desvios.

As UEOp deverão programar reuniões mensais, sob a coordenação do


Comandante ou Subcomandante, com participação dos Chefes das Seções de
Inteligência e de Emprego Operacional, Comandantes de Companhia/Pelotão PM
Tático Móvel e Companhias com responsabilidade territorial, com vistas a avaliar
processos, procedimentos operacionais e a produtividade do serviço Tático Móvel,
bem como promover a integração e sinergia dos esforços operacionais.

Os Comandos Regionais também deverão promover reuniões periódicas


com a participação dos Comandos das UEOp, com o objetivo de avaliar o serviço
Tático Móvel, bem como delinear estratégias a serem desenvolvidas.

8.2 Supervisão

A supervisão do serviço TM tem por objetivo acompanhar a execução das


atividades, orientar e colher informações para realimentação do planejamento e a
padronização dos processos e operações.

A atividade de supervisão será realizada por intermédio de contatos locais


e/ou, indiretamente, através de análises documentais e registros relativos ao serviço.

As supervisões deverão ser orientadas por diagnósticos, análises


criminais e de ISP, variáveis de interesse, objetivos e metas com vistas a

44
compreender as atividades, os processos, os procedimentos, os usos dos recursos e
compará-los ao planejamento e a produtividade alcançada.

Nas atividades planejadas, buscar-se-á a avaliação, a orientação, a


identificação, à correção de desvios, a verificação do desenvolvimento da atividade
operacional, o recebimento, a compreensão e o correto cumprimento das decisões
superiores, bem como o apoio ao policial militar em caso de necessidade.

QCG em Belo Horizonte, 23 de junho de 2016.

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CEL PM


COMANDANTE-GERAL

45
REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Klinger Sobreira de. A crise de insegurança e a resposta das Polícias


Militares. O Alferes, Belo Horizonte: n. 04, p. 61-83, Set./Out./Nov./Dez., 1984.

ANDRADE, Luiz R., Mapa da Cadeia de Valor dos processos da PMMG


“lecture”, Reunião do alto comando da Polícia Militar de Minas Gerais, Juiz de Fora,
Minas Gerais, 25 de abril de 2013.

ARAÚJO, LUIZ CÉSAR G. E. Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2006.

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da PMMG na prevenção da demanda e da oferta de drogas. Belo Horizonte, 2010b.

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da Polícia Militar de Minas Gerais nas Ocupações de Imóveis Urbanos e Rurais.
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______. Polícia Militar. Comando-Geral. Resolução Nº 4.185, de 18 de dezembro


de 2011. Dispõe sobre o Portifólio de Serviços das Unidades de Execução
Operacional com responsabilidade territorial e da Corregedoria e dá outras
providências. Belo Horizonte, 2011b.

______. Polícia Militar. Comando-Geral. Resolução Nº 4.147, de 09 de junho de


2011. Aprova o Manual de Treinamento com arma de fogo. Belo Horizonte. 2011c.

______. Polícia Militar. Comando-Geral. Resolução Nº 4.210, de 23 de abril de


2012. Aprova as diretrizes da educação da Polícia Militar de Minas Gerais e dá
outras providências. Belo Horizonte, 2012a.

______. Polícia Militar. Comando-Geral. Sistema de Gestão Estratégica da Polícia


Militar. Diretriz nº 002/2012 – CG. Organiza e disciplina a metodologia de gestão
para resultados na PMMG. Belo Horizonte, 2012b.

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emprego da Polícia Militar com vistas à prevenção e repressão aos crimes de
homicídio no Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2013a.

______. Polícia Militar. Comando-Geral. Manual Técnico-Profissional nº


3.04.10/2013-CG: Regula a Prática Policial Especial de Policiamento de Choque nas
Operações de Controle de Distúrbios na Polícia Militar de Minas Gerais. Belo
Horizonte, 2013b.

______. Polícia Militar. Comando-Geral. Resolução Nº 4.362, de 05 de dezembro


de 2014. Aprova o Regulamento de uniformes e insígnias da Polícia Militar de Minas
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49
INSTRUÇÃO Nº 3.03.18/2016-CG

SETORIZAÇÃO E GESTÃO
OPERACIONAL

Estabelece critérios para a setorização e gestão do policiamento


no Estado de Minas Gerais

Belo Horizonte
2016
Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).
Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.
Circulação restrita.

M663i MINAS GERAIS. Polícia Militar. Instrução nº 3.03.18/2016 – CG. Estabelece


critérios para Setorização e Gestão do Policiamento no Estado de Minas Gerais –
Belo Horizonte: Comando-Geral, 2016.
40 p.
1. Setorização. 2. Gestão - policiamento. 3. Malha protetora.I. Comando- Geral –
PMMG. II. Título.
CDU: 351.745
CDD: 352.2

Ficha catalográfica elaborada pela Secretaria de Pesquisa do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação/APM – PMMG.

ADMINISTRAÇÃO
Estado-Maior da Polícia Militar
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Rodovia João Paulo II, nº 4143, Edifício Minas, Bairro Serra
Verde - Belo Horizonte – MG.
CEP 31.630-900
Telefone: (31) 3915-7806

SUPORTE METODOLÓGICO E TÉCNICO


Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3)
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Rodovia João Paulo II, nº 4143, Edifício Minas, Bairro Serra
Verde - Belo Horizonte – MG.
CEP 31.630-900
Tel.: (31) 3915-7799
E-mail: pm3@pmmg.mg.gov.br
GOVERNADOR DO ESTADO
Fernando Damata Pimentel

COMANDANTE-GERAL DA PMMG
Coronel PM Marco Antônio Badaró Bianchini

CHEFE DO ESTADO-MAIOR
Coronel PM André Agostinho Leão de Oliveira

SUBCHEFE DO ESTADO-MAIOR
Coronel PM Robson José de Queiroz

SUPERVISÃO TÉCNICA
Ten Cel PM Cláudio Vítor Rodrigues Rocha
Chefe da Seção Estratégica de Emprego Operacional da PMMG

REDAÇÃO
Ten Cel PM Claúdio José Dias
Ten Cel PM Reinan Arlindo de A. Oliveira
Maj PM Marcos Afonso Pereira
Cap PM Dioran de Oliveira Passos
1º Ten PM Robson de Souza Silva
2º Sgt PM Moisés Gonçalves de Almeida
2º Sgt PM Adriano Felipe Malaquias

REVISÃO DOUTRINÁRIA
Maj PM Ralfe Veiga de Oliveira
Cap PM Herbert Ferreira Lanza Avelar
2º Sgt PM Claudiney Barroso
2º Sgt PM Eustáquio Murilo da Silva Neto
Cb PM Danielle Sueli Ventura

REVISÃO FINAL
Ten Cel PM Cláudio Vítor Rodrigues Rocha
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

BPM - Batalhão de Polícia Militar

CAD - Controle de Atendimento e Despacho

CG - Comando-Geral

Cia PM - Companhia de Polícia Militar

CONSEP - Conselho Comunitário de Segurança Pública

CPU - Coordenador de Policiamento da Unidade

DDQOD - Detalhamento e Desdobramento do Quadro de Organização e Distribuição

DIAO - Diretriz Integrada de Ações e Operações

GDO - Gestão do Desempenho Operacional

GEPAR - Grupo Especial de Policiamento em Áreas de Risco

IDH - Índice de Desenvolvimento Humano

ISP - Inteligência de Segurança Pública

MG - Minas Gerais

PIB - Produto Interno Bruto

PM - Polícia Militar / Policial Militar

PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais

REDS - Registro de Eventos de Defesa Social

RPM - Região de Polícia Militar

UEOp - Unidade de Execução Operacional

ZQC - Zona quente de Criminalidade


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 8

2 OBJETIVOS...................................................................................................... 10
2.1 Geral ................................................................................................................. 10
2.2 Específicos ........................................................................................................ 10

3 PRESSUPOSTOS PARA A SETORIZAÇÃO ................................................... 12


3.1 Treinamento e participação da Tropa ............................................................... 12
3.2 Setorização de efetivo ....................................................................................... 12
3.3 Setorização de recursos logísticos .................................................................... 12
3.4 Definição da sede física do setor ...................................................................... 13
3.5 Conhecimento e domínio do local de atuação .................................................. 13
3.6 Participação da comunidade ............................................................................. 13
3.7 Policiamento de proximidade e ênfase no policiamento a pé............................ 14
3.8 Fixação de metas por setor ............................................................................... 15
3.9 Ênfase na prevenção ........................................................................................ 15
3.10 Análise criminal setorizada................................................................................ 17

4 ORIENTAÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO DA SETORIZAÇÃO ................... 18


4.1 Aspectos iniciais ................................................................................................ 18
4.2 Efetivação da setorização ................................................................................. 18
4.2.1 Critérios para definição dos setores .......................................................... 19
4.2.2 Nomenclatura dos setores ......................................................................... 23
4.2.3 Adequação dos sistemas informatizados e de georreferenciamento ........ 23
4.3 Relevância quanto à incidência criminal nos setores ........................................ 26

5 GESTÃO OPERACIONAL DO SETOR ............................................................ 28


5.1 Etapas para a gestão operacional..................................................................... 29
5.1.1 Sensibilização............................................................................................. 29
5.1.2 Mobilização................................................................................................. 30
5.1.3 Sedimentação............................................................................................. 30
5.2 Compreensão dos papéis ................................................................................. 31
5.3 Atribuições dos gestores operacionais .............................................................. 31
5.3.1 Comandante Regional ................................................................................ 32
5.3.2 Comandante de UEOp ............................................................................... 32
5.3.3 Comandante de Companhia ....................................................................... 32
5.3.4 Comandante de Setor ................................................................................ 33
5.4 Atribuições do Policial Militar lotado no setor .................................................... 34
5.5 Avaliação do desempenho operacional............................................................. 35

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 37

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 38
INSTRUÇÃO Nº 3.03.18/16-CG

Estabelece critérios para a setorização e gestão


do policiamento no estado de Minas Gerais.

1 INTRODUÇÃO

Dentre os problemas enfrentados pela sociedade brasileira na atualidade,


destaca-se o aumento crescente da criminalidade violenta que vem trazendo
intranquilidade para o cotidiano das pessoas.

A desorganização da comunidade de modo geral, influenciada pela crescente


individualidade, contribui para a recusa de viver de forma coletiva, enfraquecendo
cada vez mais os princípios e valores que direcionam o bem comum.

As organizações policiais, por seu turno, vez que materializam a segurança


pública, são demandadas pelas expectativas sociais de um ambiente mais seguro e
pacífico.

As atividades exercidas por grande parte das Polícias Militares, quando do


cumprimento da missão constitucional, apresentam mudança progressiva do modelo
convencional de polícia para um modelo baseado na filosofia de polícia comunitária,
possibilitando cada vez mais uma maior proximidade com a comunidade.

Acompanhando a assertiva de Perrow (1976), que menciona que “as


organizações são criadas para produzir alguma coisa”, vê-se que a Polícia Militar,
como organização constituída, necessita acompanhar o processo rotineiro de
mudanças no cotidiano, na busca por uma prestação de serviço mais desejável e
aceito pela comunidade.

A Polícia Militar apresenta ainda particularidades que a distinguem de modo


definitivo e visível de todos os órgãos. A própria autoridade, manifestada pela farda
e pela ostensividade, destaca o fato de que seu universo é inerente a tudo e a todos.
À Polícia cabe cuidar da ordem estabelecida pelo Estado sobre todos os que estão
submetidos à sua autoridade, com o papel explícito de refrear ações ilícitas e
egoísticas individuais em nome da produção da segurança coletiva.

8
Busca-se, por meio do profissionalismo, a eficácia no tratamento da
criminalidade e a eficiência na aplicação da lei, respeitando-se, sobretudo, a
dignidade da pessoa humana e os direitos individuais.

A atribuição de responsabilidade territorial não é algo novo para a Instituição


Policial Militar que, desde sua origem, atua com o formato de Batalhões,
Companhias, Pelotões, Destacamentos e Subdestacamentos, que respondem
perante a sociedade pelos eventos de defesa social que ocorrem na respectiva área
de atuação.

Destarte, a Polícia Militar identificou como estratégia mais adequada na


produção de melhores serviços de segurança preventiva, a subdivisão do espaço
territorial, alocando recursos em seus respectivos espaços físicos, com a devida
responsabilidade na gestão, bem como no monitoramento baseado na análise
criminal e na produção de conhecimento de inteligência, com ênfase na
aproximação da PMMG à comunidade, ao que se denomina setorização.

A presente norma estabelece, então, princípios metodológicos para a


setorização e gestão do policiamento. Determina, portanto, os parâmetros
estruturais para definição do setor como unidade de gestão dos serviços
operacionais, com o objetivo de aproximar os policiais militares, principalmente os
administradores de segurança pública, dos problemas e das especificidades locais,
utilizando a responsabilidade compartilhada. Tal responsabilidade deve ser
entendida como a capacidade de “responder por”, viabilizando o policial militar
resolver as questões que afetam a qualidade de vida da população.

Pretende-se, assim, definir os padrões de setorização e consequente gestão


do policiamento, visando otimizar a organização do espaço territorial sob
responsabilidade das Companhias, de forma a otimizar o policiamento ostensivo
desenvolvido pelas Unidades de Execução Operacional (UEOp) da PMMG.

Nessa perspectiva, o modelo de gestão da rotina operacional da PMMG deve


ser alicerçado na intervenção estratégica do policiamento comunitário, oferecendo
ao policial um espaço territorial (setor) em que possa identificar demandas, planejar
ações adequadas ao tratamento do fenômeno criminal e contribuir para o
fortalecimento da sensação de segurança, em harmonia com os anseios da
comunidade.

9
2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Estabelecer critérios para a setorização do espaço geográfico nos municípios


do estado de Minas Gerais e para a gestão da rotina operacional baseada nas áreas
de responsabilidade das Unidades da PMMG.

2.2 Específicos

a) Estabelecer critérios técnicos e geográficos para definição dos setores.

b) Organizar, estruturar e operacionalizar a divisão territorial das Companhias


PM, além da gestão da malha protetora das UEOp da PMMG, principalmente no
primeiro esforço operacional, potencializando os resultados em conformidade com a
filosofia de polícia comunitária.

c) Personalizar as ações de prevenção criminal, conforme as demandas e


expectativas de segurança das populações assistidas.

d) Propiciar melhores condições de trabalho para que o policial militar se


aproxime ainda mais da população, de forma que as ações e operações a serem
desencadeadas estejam alinhadas com o anseio da comunidade.

e) Disponibilizar serviços específicos voltados à prevenção criminal,


orientados pelos anseios, necessidades, dinâmicas e particularidades que se
apresentam nos territórios.

f) Colaborar para a gestão eficiente dos recursos humanos e logísticos


disponíveis, visando fazer frente às demandas operacionais de cada localidade, de
forma a atender as expectativas de segurança das populações assistidas.

g) Contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, incumbindo


aos policiais militares uma atuação como agentes potencializadores do civismo, da
coesão social e de segurança pública.

h) Dinamizar a construção de um ambiente de confiança e cooperação,


estimulando a mobilização e participação comunitária na resolução de problemas,

10
fomentando nas pessoas o sentimento de interação junto ao poder público, como
força de reivindicação e fiscalização.

i) Fortalecer o policiamento ostensivo, desenvolvendo atitudes proativas e


positivas de prevenção e antecipação aos problemas, empregando racionalmente os
meios considerados com vistas à reciprocidade entre comunidade e Polícia Militar.

j) Atribuir ao comandante de setor, conforme o conceito de responsabilidade


territorial, aliado ao conceito de responsabilidade compartilhada, a missão de
fomentar e desenvolver estratégias para a melhoria da segurança e qualidade de
vida da comunidade local.

k) Realizar patrulhamento preventivo, com base em análise criminal


setorizada, direcionando o emprego dos policiais para as zonas quentes de
criminalidade, com vistas a prevenir e reprimir o crime.

11
3 PRESSUPOSTOS PARA A SETORIZAÇÃO

Para que o processo de setorização ocorra de forma satisfatória, alguns


pressupostos básicos deverão ser observados, conforme detalhado a seguir.

3.1 Treinamento e participação da Tropa

Todo o efetivo das unidades operacionais deverá receber treinamento


específico sobre o contido nesta Instrução, de forma que o processo de setorização
seja desenvolvido de forma sólida e efetiva. Com o treinamento e a conscientização
de todos os envolvidos, nos diversos níveis, as medidas trarão maior legitimidade e
resultados positivos em termos de policiamento comunitário.

3.2 Setorização de efetivo

A permanência (fixação) do policial no respectivo setor de atuação deve ser


objeto de constante atenção por parte dos comandantes, uma vez que contribui
significativamente para a identificação dos policiais com a respectiva comunidade,
fazendo com que os problemas passem a ser conhecidos em profundidade e haja
maior continuidade nas ações desenvolvidas pela Policia Militar.

Consequentemente, haverá maior interação, confiança e accountability1 entre


as partes envolvidas, o que se traduzirá em maior agilidade no atendimento às
demandas de proteção e socorro a comunidade.

3.3 Setorização de recursos logísticos

A setorização de recursos deve ser almejada de forma a facilitar e tornar mais


eficientes as atividades do setor, cuidando para que não sejam criados obstáculos
ou demandas que redundem em sobrecarga para o sistema de atendimento. Por
isso, a setorização logística deve concentrar-se no que for possível fixar no setor de

1
Termo da língua inglesa, que pode ser traduzido para o português, como responsabilidade com
ética e que remete à obrigação de membros de um órgão administrativo ou representativo de prestar
contas a instâncias controladoras ou a seus representados. Outro termo usado numa possível versão
portuguesa é responsabilização.

12
policiamento.

Por outro lado, não é interessante proceder a setorização de determinados


serviços que, por sua natureza, ultrapassem o espaço territorial das Cias e Setores,
como no caso da Base Comunitária Móvel, Patrulha de Prevenção à Violência
Doméstica, dentre outros.

3.4 Definição da sede física do setor

Sempre que possível, os comandos devem envidar esforços no sentido de


estabelecer bases físicas para os setores, que servirão de referência da PMMG para
a população, facilitando o acesso ao gestor responsável pelo policiamento no setor.

A sede do Setor será uma instalação física, devidamente identificada, sempre


que possível localizada em área estratégica, assim considerado o local de maior
concentração de tráfego de veículos e pessoas.

Deverá funcionar também como ponto de registro de ocorrências,


contribuindo para agilizar o atendimento comunitário em situações de adversidade.

3.5 Conhecimento e domínio do local de atuação

A setorização pressupõe que cada guarnição conheça em profundidade os


problemas e peculiaridades de seu local de atuação. Assim, é de fundamental
importância que o comandante de setor realize um estudo minucioso do espaço
geográfico sob sua responsabilidade, permitindo o reconhecimento e a identificação
das características e rotinas locais. Devem ser elencados pontos sensíveis e
vulneráveis para vitimização; cidadãos infratores atuantes e residentes no setor;
vítimas potenciais e repetidas; vias de acesso; meios de transporte; stakeholders2;
presença ou ausência do Poder Público; dentre outros aspectos.

3.6 Participação da comunidade

A participação da comunidade na setorização é primordial de fundamental

2
É uma palavra em inglês cujo objetivo é designar as pessoas e grupos mais importantes para um
planejamento estratégico ou plano de negócios, ou seja, as partes interessadas.

13
importância para fortalecer e legitimar as ações da Policia Militar, por meio da
interação e busca conjunta para a solução dos diversos problemas que afetam a
qualidade de vida dos cidadãos.

Para tanto, a comunidade deve ser chamada a participar do processo de


melhoria local e de promoção da paz, expressando suas opiniões e sugestões,
permitindo um feedback3 constante das ações desenvolvidas pela PM.

A cada demanda gerada pela comunidade, a Policia Militar, por meio do


comandante do setor ou equipe de atendimento comunitário, deverá produzir uma
resposta específica e dirigida a quem tiver gerado a demanda.

3.7 Policiamento de proximidade e ênfase no policiamento a pé

Uma das condições precípuas de efetivação da filosofia de polícia comunitária


é o policiamento de proximidade. Deve-se buscar a confiança e o reconhecimento
do cidadão, tanto pelo convívio diário, quanto pela demonstração de profissionalismo
e transparência na atuação policial, de forma a fortalecer os mecanismos de
accountability.

Para obter esse resultado, o policial militar, sempre que possível, deve ser
fixado em um mesmo local de atuação, para que possa conhecer muito bem o seu
setor, participando efetivamente da formulação e execução das estratégias de
policiamento de proximidade, podendo assim ser chamado a prestar contas sobre o
seu desempenho e os resultados do seu trabalho.

A realização de policiamento a pé, no respectivo setor/subsetor, pelo menos


três vezes por semana, permitirá que haja essa proximidade. O policial militar tornar-
se-á conhecido naquela comunidade e também conhecerá as pessoas e lideranças
locais, por nome e sobrenome. Esse reconhecimento cotidiano é que legitimará a
atuação da PMMG.

3
Palavra inglesa que significa realimentar ou dar resposta a um determinado pedido ou
acontecimento.

14
3.8 Fixação de metas por setor

A setorização do policiamento, nos moldes da presente Instrução, pressupõe


também a definição de metas setorizadas, visando estimular e solidificar a sensação
de empoderamento e a responsabilidade territorial, não somente por parte do
comandante de setor, mas também por todos os militares que nele atuam.

Para tanto, a referência principal será a Diretriz que regula a Gestão do


Desempenho Operacional na PMMG e os indicadores decorrentes do Plano
Estratégico em vigor, conforme abordado de forma mais detalhada na Seção 5 desta
Instrução.

3.9 Ênfase na prevenção

A PMMG em sua missão Constitucional de prevenção criminal e manutenção


da ordem deve propiciar o fortalecimento da segurança pública e consequente
melhoria da qualidade de vida do cidadão. A prevenção se consolida a partir de
ações desenvolvidas pela Polícia Militar e também pela sociedade com o intuito de
inibir o potencial infrator de cometer algum crime, evitando assim a ocorrência do
fenômeno criminal.

O desenvolvimento da prevenção está baseado na presença constante de


mecanismos de controle do ambiente e dos agentes pré-dispostos ao cometimento
do crime, com consequente redução das oportunidades de cometimento do crime.
Segundo Garcia-Pablos (2006, p.313), a prevenção pode ser classificada em três
fases distintas: prevenção primária, secundária e terciária.

A prevenção primária está relacionada com as ações que serão tomadas


antes da eclosão do problema criminal, de forma a neutralizá-lo. A prevenção
secundária está focada na manifestação dos problemas criminais, cujas ações são
direcionadas ao local da incidência criminal ou para aqueles que são seus
protagonistas. A prevenção terciária é destinada ao cidadão encarcerado e tem
como objetivo reintegrá-lo a sociedade para que não venha cometer crime
novamente.

Em relação à prevenção terciária, deve-se ter um efetivo acompanhamento do


cidadão ressocializado ou em processo de ressocialização, de modo a não repetir a

15
prática delitiva. Assim, os responsáveis pelos setores devem receber informações
atualizadas rotineiramente dos cidadãos que já cumpriram penas ou estão em
regime semiaberto, em liberdade condicional ou cumprindo pena restritiva de
direitos.

Além das prevenções primária, secundária e terciária, segundo Rolim (2006,


p.113), as políticas de prevenção podem ser separadas com base na natureza das
estratégias empregadas, sendo classificadas como Prevenção no Desenvolvimento
Individual; Prevenção Comunitária; Prevenção do Sistema de Justiça Criminal e
Prevenção Situacional.

Consideradas as características de cada um dos termos apresentados por


Rolim (2006), é particularmente interessante a prevenção situacional, pois consiste
na redução das oportunidades para a prática delitiva e também uma maximização
dos riscos para sua execução. Neste tipo de prevenção, busca-se diminuir as
possibilidades de sucesso do infrator, deixando-o inseguro para o cometimento do
crime.

Segundo Ron Clarke (1992, apud ROLIM, 2006, p.136), o infrator vai levar em
consideração para o cometimento do crime, o esforço que lhe será exigido para a
sua prática, o risco que vai correr para praticá-lo e o tamanho da recompensa que
vai alcançar após o cometimento.

Com base nessas lições, o policiamento lançado nos setores deve obedecer
às diretrizes da Polícia Militar com ênfase na prevenção à ocorrência do delito. Tal
estratégia visa o acompanhamento da mutabilidade e mobilidade do crime,
considerando a necessidade de mobilização da comunidade e demais órgãos
públicos nas questões problemáticas do setor, haja vista os variados desafios
envolvidos na promoção da segurança pública e da paz.

Os militares lançados no setor devem estar atentos a qualquer demanda


criminal, mesmo que seja uma demanda em potencial. A antecipação ao crime
torna-se a chave para o pleno funcionamento da atuação preventiva, vez que
contribui para a redução do medo e insegurança da comunidade presente em cada
setor, aumentando, por conseguinte, a confiança das pessoas nos serviços
prestados pelo policial militar.

O policiamento comunitário deve ser empregado com foco na interação com a

16
comunidade, visando a prevenção criminal. O comandante do setor deve conhecer e
se fazer conhecido, frequentar os diversos círculos da comunidade (empresariais,
religiosos ou estudantis), garantindo assim que todos possam fazer parte no
enfrentamento preventivo às ações delituosas. Para isto, é fundamental que os
parceiros se sintam confiantes e seguros para compartilharem ideias e informações
úteis.

3.10 Análise criminal setorizada

A análise criminal produzida no âmbito das Unidades e Companhias deverá


contemplar a setorização, de modo a se compreender o fenômeno criminal dentro da
realidade de cada setor.

Cada setor possui uma realidade e os padrões detectados ensejarão em


respostas específicas. Ou seja, é necessário conhecer os dados e adotar respostas
e estratégias pontuais, conforme a demanda.

Assim, cada comandante de setor deve avaliar constantemente a migração


criminal no tempo e no espaço por meio de acompanhamentos diários. Sugere-se o
monitoramento da criminalidade por bairro, levando em consideração a migração do
crime em face das intervenções preventivas e repressivas da Policia Militar.

17
4 ORIENTAÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO DA SETORIZAÇÃO

4.1 Aspectos iniciais

A setorização funciona como célula de referência na produção dos serviços


de segurança pública a fim de remodelar o policiamento ostensivo, com ênfase na
orientação territorial. O modelo tem como princípios inspiradores: maior proximidade
da população e a oportunidade de descentralização e modernização da prestação
dos serviços policiais oferecidos ao público.

Trata-se, portanto, de uma metodologia de segurança com foco preventivo,


cujo procedimento consiste em organizar o local de atuação, com o objetivo de atuar
especificamente junto à comunidade e em atenção aos problemas que afetam a
qualidade de vida.

Os setores serão delimitados com base nas características socioeconômicas,


demográficas e culturais, com observância aos problemas de segurança pública
locais, como concentração de crimes de homicídios e crimes contra o patrimônio, os
quais deverão ser alvo de constante análise criminal, visando à definição, dentro do
setor, das estratégias para a prevenção criminal.

Havendo disponibilidade de recursos, é interessante que o setor possua uma


estrutura física administrativa, contudo, sem que isso caracterize compartilhamento
de comando, tampouco se confunda com um posto de policiamento.

O policiamento do setor constitui-se em primeiro esforço de policiamento e,


para tanto, deve ser desenvolvido com base nas orientações previstas nas diretrizes
da PMMG.

Embora tenha seu foco no policiamento preventivo, a repressão qualificada e


imediata nos casos de ilícitos penais é de responsabilidade dos policiais que atuam
no setor, acionando-se, caso necessário, os demais níveis de esforços.

4.2 Efetivação da setorização

No espaço territorial de responsabilidade de cada Companhia existem bairros


e comunidades com características socioeconômicas, demográficas e culturais

18
distintas, merecendo por parte do gestor de segurança pública, um tratamento
específico e diferenciado.

Como processo natural de aproximação da população e com vistas a atender


o espaço territorial de responsabilidade de cada Companhia, esta deve ser
subdividida em setores, sob responsabilidade de oficial subalterno, admitindo-se o
emprego de praça na função de oficial.

A subdivisão das Companhias em setores potencializa a aplicação dos


princípios de polícia comunitária, além de proporcionar a organização mais racional
para atendimentos específicos aos grupos sociais existentes em uma localidade. O
setor passa a ser referência para a resolução de problemas e para a produção de
serviços de segurança pública.

Essa subdivisão possibilita também uma visão mais detalhada e apropriada


às demandas no campo da segurança pública, facilitando o atendimento à
comunidade local. Ainda, proporciona ao policial militar responsável pelo setor o
exercício real do papel de gestor de segurança pública, com todas as implicações
decorrentes, transformando-o num “comandante de polícia local”.

Para aproximar ainda mais o gestor de segurança pública de seu espaço


territorial de referência, define-se a função de Comandante de Setor de
Policiamento, cujo profissional é responsável pelo planejamento do emprego de
efetivo e recursos materiais em sincronia com a demanda local.

4.2.1 Critérios para definição dos setores

A formação dos setores deve respeitar uma área de abrangência específica,


baseada em critérios técnicos e objetivos, de forma a proporcionar condições aos
seus integrantes para atingir os resultados desejados, quais sejam: a aproximação
com a comunidade, redução da criminalidade e o aumento da segurança objetiva e
subjetiva.

Para que a setorização atinja o efeito desejado na gestão dos recursos


operacionais, com consequente melhoria da prestação de serviços de segurança
pública para a sociedade, alguns critérios técnicos devem ser observados por
ocasião da definição e delimitação espacial do setor.

19
Assim, para dimensionamento e setorização observar-se-ão os seguintes
parâmetros:

a) Limite territorial da Companhia: o setor constitui uma subdivisão do espaço da


Companhia, portanto a delimitação destes deve estar circunscrita ao limite máximo
da subárea.

b) Efetivo empregado e serviços a serem executados: a ativação de um serviço


no setor deve possibilitar sustentabilidade operacional em consonância com o
emprego dos recursos humanos disponíveis.

c) População: deve-se levar em consideração, fundamentada nas características


específicas dos bairros, dos fatores econômicos e indivíduos que,
independentemente de momento censitário ali habitam a maior parte do ano.
Atenção deve ser dada quanto ao movimento da população flutuante, representado
pelo conjunto de indivíduos presentes em determinado espaço territorial, em
períodos de curta duração, sejam por motivos recreativos, negócio, assistência à
saúde, estudo, trabalho, feriados prolongados e dentre outros. Esta densidade
populacional canaliza diversos problemas que acabam impactando os órgãos de
Segurança Pública, especificamente a Polícia Militar, fator que influencia no
planejamento e consequente emprego dos recursos humanos e logísticos no setor.

d) Incidência criminal: para o estabelecimento dos setores deve ser considerado


o volume e natureza dos delitos praticados, pois essas circunstâncias exigirão da
Polícia Militar (ou dos órgãos integrados) a adoção de medidas quanto ao
enfrentamento da criminalidade e para mobilização comunitária, buscando sempre
uma avaliação técnica sobre os fenômenos criminais.

e) Atuação de organização criminosa: se há ramificação de organização


criminosa em vários bairros, deve-se observar tal aspecto no estabelecimento do
setor, analisando os infratores envolvidos e suas práticas delitivas, a fim de
proporcionar ações preventivas e de repressão qualificada que gerem benefícios e
segurança para a população local.

f) Características geográficas: devem ser levados em consideração aspectos


como vias de acesso aos bairros do setor, barreiras físicas, extensão territorial e
topografia. Em áreas menos densas, por exemplo, existe a tendência de se
estabelecerem setores de grandes dimensões, contudo, tal fato não pode ser um

20
fator dificultador para o desenvolvimento das atividades de polícia de proximidade,
principalmente quanto à mobilização social.

g) Existência de atividades comerciais:

- áreas de grande concentração comercial reforçam e até induzem a delimitação de


um setor em face dos vínculos que interferem no seu raio de influência;

- localização de distritos industriais que possuem características muito peculiares,


notadamente nas grandes cidades, e são detentores de interesses muito
específicos, por vezes convergentes ou divergentes da comunidade residente,
comerciantes, público flutuante, dentre outros;

- áreas hospitalares acabam estimulando o comércio local (farmácias, laboratórios,


restaurantes, hotéis, por exemplo), além da movimentação de pessoas da cidade e
de municípios vizinhos, além da consequente ocupação dos estacionamentos em
vias públicas;

- instituições de ensino que, embora possuam trânsito de pessoas em horários


específicos, ocasionam um aumento do fluxo e da quantidade de veículos
estacionados em via pública, dentre outros fatores;

- estabelecimentos prisionais, em face da instalação residencial de pessoas,


normalmente familiares de detentos. Esse fator, em pouco tempo, leva à expansão
irregular da comunidade circunvizinha e, pelas circunstâncias envolvidas, pode
resultar em uma série de outros problemas;

- terminais rodoviários, ferroviários e aeroportuários que levam à exploração


comercial por diversos segmentos, caracterizando a região pela heterogeneidade,
bem como pela frequente incidência de solicitação de intervenções policiais, em
especial pelo fluxo diário da população.

h) Atributos socioeconômicos e culturais:

- padrão populacional, conforme as características de criação do bairro, analisando o


poder aquisitivo e questões financeiras;

- infraestrutura do bairro, existência de saneamento básico, posturas municipais de


construções e outras características específicas que diferenciem determinada
localidade;

21
- capital social que é constituído por redes, organizações civis e pela confiança
compartilhada entre as pessoas, fruto de sua própria interação social;

- mobilização social que ocorre quando um grupo de pessoas, uma comunidade ou


uma sociedade decide e age com um objetivo comum, buscando, diariamente,
resultados decididos e desejados por todos;

- coesão social, o que acaba caracterizando e remetendo à exata noção de


“comunidade”, seja no enfrentamento aos problemas locais, seja em virtude de uma
condição socioeconômica privilegiada;

- similaridade de problemas, considerando que nem sempre a delimitação do setor


ocorrerá em face da observância de delimitação física, mas principalmente em face
da similaridade de problemas, podendo alcançar partes de bairros e, às vezes, não
alcançará nenhum bairro em sua totalidade.

i) Aglomerados urbanos: a influência dos aglomerados urbanos nos bairros que


os circundam deve ser objeto de análise. Deve-se avaliar, dentre outros aspectos,
indicadores de população residente, população flutuante, Produto Interno Bruto
(PIB), distribuição de renda, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), tipos e
intensidade de atividades econômicas ou comerciais desenvolvidas, informações
estas consideradas importantes à implantação da setorização.

j) Demanda por registro de ocorrências: deve-se levar em consideração a


quantidade e natureza dos fatos registrados que podem impactar na necessidade e
disponibilidade dos recursos humanos e logísticos a serem empregados.

k) Existência do Grupo Especial de Policiamento em Área de Risco (GEPAR):


pela singularidade do serviço e local de atuação, apresenta-se como indicador na
definição do setor da Cia PM com responsabilidade territorial, uma vez que a ação
de repressão qualificada e as ações preventivas desenvolvidas possibilitam o
estabelecimento de um espaço geográfico definido.

l) Associações comunitárias e CONSEP: atuação destas entidades junto à


comunidade local possibilita um levantamento fiel das demandas sociais,
proporcionando legitimidade e eficiência das ações policiais militares. Deve-se
avaliar o projeto urbanístico da Prefeitura que delimita os bairros, visando, inclusive,
o estabelecimento harmônico de Conselhos Comunitários de Segurança Pública,

22
conciliados às associações de bairro existentes, pois já carregam o perfil e os
anseios da comunidade local.

m) Áreas urbano-rurais, parques ou regionalização do município pelo


agrupamento de bairros: as barreiras físicas (naturais ou artificiais) acabam se
transformando num delimitador de uma determinada comunidade e podem
influenciar nos hábitos e costumes, instalando-se a interdependência comunitária.
Deve-se considerar ainda que a acessibilidade facilita o intercâmbio entre
comunidades, situação que se torna um meio de influência cultural, social e de
interdependência, o que pode interferir na delimitação do setor.

A quantidade de setores em uma Cia PM deverá ser proporcional à


quantidade de pelotões previstos no DDQOD para a subárea. Contudo, os setores
poderão ser divididos em subsetores, dependendo da conveniência e necessidade,
para atribuição de responsabilidades e melhoria da interação dos policiais militares
com a comunidade.

No caso em que um setor se achar contido por outro setor, não haverá
relação de subordinação entre eles. Como exemplo, cita-se o caso de um
aglomerado que se localiza dentro de um bairro: o aglomerado pode ser um setor e
o bairro pode ser outro setor independente do primeiro.

4.2.2 Nomenclatura dos setores

Para fins de articulação dos setores, estes serão projetados e identificados


por numeração sequencial por UEOp e por Cia PM, seguidos do sequencial do
setor.

A título de exemplo, o 2º setor da 20ª Companhia do 16º Batalhão seria


descrito da seguinte forma: Setor 16.20.2: “16” indica o 16º BPM, “20” indica a 20ª
Cia PM e “2” indica o 2º setor de policiamento da Companhia. A numeração é
sequencial de acordo com a quantidade de setores existentes em cada Cia.

4.2.3 Adequação dos sistemas informatizados e de georreferenciamento

Após a divisão dos setores em cada UEOp, com base nos critérios
estabelecidos nesta Instrução, estes deverão ser atualizados nos sistemas

23
informatizados, conforme norma específica, uma vez que a base cartográfica do
Sistema Geosite é atualmente a fonte oficial de dados de localização geográfica da
PMMG e do Sistema Integrado de Defesa Social.

O Geosite fornece os endereços georreferenciados para o Registro de


Eventos de Defesa Social (REDS) em todo o estado de Minas Gerais e para o
Controle de Atendimento e Despacho (CAD), sendo relevante para construção da
estatística espacial (mapeamento criminal, responsabilidade territorial, ZQC etc.). O
sistema Geosite, no entanto, foi desenvolvido e concebido para permitir a definição
do SETOR.

Figura 01 – Exemplo da delimitação da 3ª Cia PM do 1º BPM

Para delimitação da 3ª Cia PM do 1º BPM foram criados quatro setores,


conforme a seguir:

24
Figura 02 – Exemplo da delimitação da 3ª Cia PM do 1º BPM por setores

Outro exemplo pode ser verificado no município de Muriaé. Na Figura 03 pode


ser visualizada a delimitação da 76ª Cia PM:

Figura 03 – Exemplo da delimitação da 76ª Cia PM do 47º BPM

25
Na Figura 04 verifica-se os setores que compõem a 76ª Cia PM do 47º BPM.

Figura 04 – Exemplo da delimitação da 76ª Cia PM do 47º BPM em setores

A nomenclatura dos setores será definida no sistema, obedecendo-se a


numeração estabelecida para os setores, de forma a gerar um identificador único,
fundamental para os relacionamentos em sistema de banco de dados, facilitando a
coleta de dados e o planejamento.

4.3 Relevância quanto à incidência criminal nos setores

Considerando a incidência de crimes violentos, aferida através da estatística e


tendo por supedâneo as orientações contidas na Diretriz que trata da Gestão do
Desempenho Operacional (GDO), os setores terão maior significância quanto ao
emprego dos recursos humanos e logísticos no policiamento, conforme descrito a
seguir:

a) Relevância 1 – elevada incidência de crimes violentos:

Esse setor, devido às características e peculiaridades de alguns locais,


necessita de maior concentração de esforços operacionais suplementares, visando a
contenção da criminalidade.

26
b) Relevância 2 – média incidência crimes violentos:

Os esforços operacionais de suplementação devem ser proporcionais à


especificidade da demanda e às características socioeconômicas e culturais locais.

c) Relevância 3 – baixa incidência de crimes violentos:

Setor que apresenta uma capacidade preventiva que proporciona elevada


sensação de segurança, dada a pouca incidência criminal.

27
5 GESTÃO OPERACIONAL DO SETOR

A gestão do policiamento setorizado deve ter como foco principal o emprego


eficiente dos recursos disponíveis, visando atender as demandas sociais de forma
coordenada e harmônica, por meio da adoção de estratégias e ações que
contribuam efetivamente para a prevenção criminal.

As demandas verificadas englobam os espaços geográficos, a concentração


de incidência criminal, a reincidência sistêmica, além de altas taxas de vitimização
demonstradas por diagnósticos.

Abrangem de igual modo, o clamor social, as mobilizações comunitárias, as


denúncias e os pleitos de proteção apresentados pela população. Da mesma forma,
incluem-se as leituras de ambiente elaboradas pelos policiais militares que
desenvolvem o policiamento ostensivo na área de responsabilidade da Fração PM
considerada.

A modernização das práticas operacionais, focada na garantia da dignidade


da pessoa humana, a promoção dos direitos e liberdades fundamentais e a
prevenção criminal, reveste-se na quebra de paradigma, abrindo espaço para uma
gestão operacional que prima por uma atuação sistêmica em que todos
compartilhem a responsabilidade pela solução dos problemas, abandonando-se a
premissa de que exista um único órgão ou indivíduo responsável pelas respostas
frente ao fenômeno da criminalidade.

O estado de Minas Gerais apresenta realidades bastante heterogêneas


quanto ao desenvolvimento social, econômico e estrutural das regiões e municípios,
configurando-se em um desafio à prestação de serviços de polícia ostensiva de
forma eficiente e que atenda às demandas e realidades locais.

Com a finalidade de configurar uma resposta especificamente adaptada ao


conteúdo das demandas, contemplam-se dois modelos operacionais diferenciados:

a) O territorial, com foco na prevenção criminal, baseado na proximidade e


interação comunitária, atendendo aos pressupostos e filosofia da Polícia
Comunitária;

b) O recobrimento, sustentado na especialização, nas respostas a fenômenos

28
criminais ou violentos ou potencialmente violentos que exijam respostas estratégicas
e altamente qualificadas, quer por sua dimensão, quer por sua repercussão, quer
por sua complexidade.

Para ambos os modelos, as ferramentas de análise criminal e de análise de


Inteligência de Segurança Pública (ISP) tem por objetivo identificar os fatores que
envolvem a criminalidade, em termos qualitativos e quantitativos, bem como,
identificar as variáveis que se relacionam com esses fatores, apresentando
correlações entre si, ou não, servindo de ponto de partida para o planejamento
operacional.

5.1 Etapas para a gestão operacional

A gestão operacional eficiente deve trilhar as etapas de sensibilização,


mobilização e sedimentação.

No processo de sensibilização todos os envolvidos, desde o nível estratégico


até o nível de execução devem ser informados dos procedimentos a serem
adotados, vantagens e desvantagens do modelo de policiamento.

Vencida a etapa, inicia-se a mobilização, momento em que serão definidos e


atribuídos os papéis além de organizar o ambiente de trabalho. A sedimentação
implica a fase permanente e contínua da operacionalização da gestão por demanda,
tornando-se parte integrante da rotina de serviço.

5.1.1 Sensibilização

A difusão do preceito contido neste documento deverá ocorrer de forma


ampla e irrestrita, através de seminários e treinamentos técnicos, buscando atingir
todo o público interno que irá lidar com o assunto, buscando:

a) conscientizar os policiais sobre a importância e eficácia da setorização como


forma de distribuição de funções e responsabilidade, fazer com que o PM se sinta
parceiro do projeto;

b) despertar na população a importância da participação de cada um em prol da


segurança do setor, mas especificamente da localidade onde residem ou

29
frequentem, permitindo sua participação direta na elaboração das políticas públicas
de segurança.

5.1.2 Mobilização

Nesta etapa serão levadas a efeito as ações para funcionamento da gestão


operacional, cujos objetivos são:

a) propiciar melhores condições para que o policial militar se aproxime ainda


mais da população, de forma que as ações e operações a serem desencadeadas
guardem relação com o anseio da comunidade;

b) criar instrumentos que venham permitir o mapeamento dos locais de risco


existentes no setor, propiciando canalização racional e lógica de esforços
operacionais;

c) canalizar para cada setor recursos materiais e humanos suficientes para fazer
face à demanda operacional encontrada;

d) estabelecer acompanhamento sistemático da evolução criminal no setor, no


intuito de tratar mais racional e eficazmente o fenômeno.

5.1.3 Sedimentação

O devido acompanhamento dos resultados alcançados funciona como um


processo de retroalimentação do sistema, possibilitando o seu aperfeiçoamento.

Nesta etapa é colhido o feedback dos militares que participaram do processo


de setorização e verificado o grau de satisfação da comunidade atendida,
promovendo a avaliação do policiamento realizado em determinado período de
tempo.

A realização de reuniões mensais entre o Comando da Unidade e os


Comandantes de Companhia e de setores, para avaliação do processo de
setorização, é fundamental para consolidação e aperfeiçoamento contínuo da gestão
operacional.

30
5.2 Compreensão dos papéis

A responsabilidade dos gestores de segurança pública deve proporcionar:

a) personalização da prestação de serviço, uma vez que o policiamento será


lançado de acordo com a demanda específica de cada setor;

b) aproximação do policial militar com a comunidade, visando identificar e buscar


soluções conjuntas para os problemas locais;

c) maior conhecimento dos problemas em cada setor pelos policiais militares,


considerando que esses policiais podem ser escalados nos mesmos setores,
passando a conhecer o ambiente de atuação com detalhes, inclusive sobre os
infratores atuantes.

O Comando de um setor pressupõe a responsabilidade por gerir as


demandas locais, garantindo assim o funcionamento das atividades planejadas.

O Comandante do Setor de Policiamento deve manter o contato estreito com


os Comandantes de níveis superiores, de forma que apresente suas necessidades
de recobrimento, reforço e implementação de serviços com foco na prevenção e,
eventualmente, na retomada da tranquilidade no local de atuação. Ele deve,
inclusive, opinar sobre o emprego do efetivo e recursos logísticos no espaço
territorial, gerindo os recursos disponíveis de acordo com a real demanda, colocando
em prática a “Gestão por Demanda”.

Para o desenvolvimento adequado das ações e operações é fundamental a


participação do Coordenador de Policiamento da Unidade (CPU) ou função
equivalente. Esse profissional deve conhecer as estratégias em funcionamento nos
vários setores, de modo que mantenha a coordenação dos turnos de serviço com a
menor alteração do planejamento possível, contribuindo, assim, para atingir os
resultados pretendidos.

5.3 Atribuições dos gestores operacionais

Para a gestão operacional das atividades é fundamental a definição dos


papéis de cada gestor envolvido, bem como o nível de responsabilidade de cada um
dentro dos limites de sua competência.

31
Entendendo que a gestão operacional abrange várias instâncias e,
consequentemente, várias funções (Comandante de RPM, de UEOp, de Companhia
e de Setor), é necessário considerar cada nível de decisão, conforme detalhado a
seguir.

5.3.1 Comandante Regional

Cada RPM deverá criar o respectivo plano de setorização, visando cumprir o


previsto na presente Instrução.

5.3.2 Comandante de UEOp

Ao Comandante de UEOp cabe a responsabilidade de implementar a


setorização na área da Unidade, seguindo as diretrizes do respectivo Comando
Regional e mantendo a devida coordenação e controle dos recursos empregados.

5.3.3 Comandante de Companhia

O Comandante de Cia é o responsável pelo desenvolvimento da setorização


na respectiva subárea, devendo:

a) Proceder a setorização, conforme orientações técnicas e reavaliar


periodicamente a formação dos setores, conforme incidência criminal ou demandas
reiteradas, propondo adaptações e ajustes na geografia e gestão dos setores.

b) Responsabilizar-se pela mobilização social e pelo gerenciamento de contatos


comunitários na subárea, procurando conhecer e se relacionar com as lideranças
locais.

c) Participar de reuniões com lideranças comunitárias, comerciantes, diretores


de escolas, empresários, dentre outros, prestando o devido suporte aos
Comandantes de Setores e estimulando a busca conjunta para a solução de
problemas locais.

d) Convidar outros atores governamentais para participar da discussão dos


problemas da subárea, com ênfase na setorização, tais como o Ministério Público,
Ouvidorias de Polícia, Defensorias Públicas, prefeituras e suas secretarias,

32
subprefeituras e agências que prestam serviços básicos, como fornecimento de
energia elétrica, saneamento, água, etc.

e) Realizar análise criteriosa dos recursos disponíveis e, com base nas


ferramentas de diagnósticos, juntamente com o Comandante de Setor, alocar
recursos de maneira inteligente e efetiva, potencializando a presença policial, bem
como resposta rápida a demandas emergentes e previsíveis.

f) Efetivar ações e operações de intervenção na subárea, bairros, vilas e


aglomerados sob sua responsabilidade, conforme demandas recebidas do Comando
da Unidade ou identificadas localmente, mesmo que não sejam definidas como
crimes violentos, mas que possam causar instabilidade.

g) Acompanhar as atividades e empenhos operacionais dos setores, com a


finalidade de realizar ajustes e orientação à tropa quanto à importância do
cumprimento das estratégias delineadas pelo Comando da UEOp, bem como o
imprescindível envolvimento de cada policial no cumprimento da missão, investindo
em ações para o exato conhecimento e engajamento como parceiro no projeto.

h) Apoiar o Comandante de Setor, atuando como facilitador na solução da


demanda operacional, bem como alocando efetivo e viaturas de acordo com a
estratégia operacional previamente desenhada.

i) Oportunizar nos treinamentos a participação dos policiais militares na


discussão específica de cada setor.

j) Apresentar necessidades ao Comandante do Batalhão para suprir carências e


possibilitar a solução dos problemas da subárea, sobretudo aos fatos que mais
causam inquietação popular e ruptura da harmonia social.

5.3.4 Comandante de Setor

Juntamente com o Comandante de Cia, o Comandante de Setor é


responsável pelo desenvolvimento da setorização no espaço geográfico sob sua
responsabilidade, acompanhando efetivamente todas as ações desenvolvidas. Deve
realizar as seguintes atividades:

a) Promover e participar de reuniões comunitárias, visando identificar e buscar


soluções para os problemas da comunidade, bem como manter os cidadãos

33
informados das ações desenvolvidas pela PM no setor.

b) Desenvolver ações conjuntas com a comunidade e demais atores do Sistema


de Defesa Social, com foco na resolução de problemas e demandas de segurança
pública que estejam interferindo na qualidade de vida dos cidadãos.

c) Estimular a criação de Redes de Proteção Preventiva no setor, visando


contribuir para o aumento da sensação de segurança e redução criminal.

d) Propor projetos de Polícia Comunitária específicos às necessidades das


comunidades do setor.

e) Incentivar os cidadãos a denunciarem a prática de crimes e outros atos


ilícitos, por meio do Disque-Denúncia Unificado (DDU).

f) Conhecer e manter contato frequente com stakeholders do setor (lideranças


comunitárias e religiosas, diretores de escolas, comerciantes, empresários, etc).

g) Elaborar os cartões-programas dos serviços específicos do setor, tendo por


base as demandas da comunidade e a incidência criminal local.

h) Oportunizar nos treinamentos a participação dos policiais militares nas


questões relativas ao setor.

i) Assessorar e apoiar o Comandante de Cia no processo de setorização e na


gestão operacional da subárea, encaminhando-lhe as demandas que necessitam de
intervenção no setor.

5.4 Atribuições do Policial Militar lotado no setor

O PM empregado ordinariamente no setor também possui um importante


papel na concretização do processo de setorização e na consolidação da filosofia de
Polícia Comunitária. Suas atribuições estão descritas a seguir:

a) Interagir com a comunidade e suas lideranças, utilizando-se dos canais de


comunicação disponíveis e tornando-se conhecido do público.

b) Estar atento às demandas e necessidades demonstradas pela comunidade


atendida.

c) Sugerir o desenvolvimento de estratégias com a finalidade de auxiliar na


solução dos problemas identificados, auxiliando o comandante de setor.

34
d) Reportar ao respectivo comandante de setor a respeito das necessidades
verificadas.

Vale asseverar que todas as atividades realizadas devem ser registradas no


módulo REDS, por meio da codificação adequada prevista na DIAO, visando
contribuir para a avaliação contínua das ações desenvolvidas.

5.5 Avaliação do desempenho operacional

A aferição do desempenho operacional nos setores deverá estar alicerçada


na Diretriz que trata da GDO, norma que contém uma metodologia científica de
análise do fenômeno criminal, indicação de respostas/ações para contenção e
minoração da problemática de aumento criminal e do grau de insegurança da
população.

Os indicadores de gestão serão utilizados para diagnóstico das demandas e


posterior avaliação dos resultados, classificando os dados disponíveis.

A avaliação representa um importante instrumento gerencial, na medida em


que deve ser utilizada durante todo o ciclo da gestão, subsidiando desde o
planejamento e formulação de uma intervenção, o acompanhamento de sua
implementação, além dos consequentes ajustes a serem adotados de acordo com
os resultados alcançados.

Para avaliação objetiva da criminalidade deverão ser utilizados os indicadores


estabelecidos na GDO, bem como os demais indicadores operacionais decorrentes
do Plano Estratégico, que constarão nos Planos Táticos e Operacionais.

Para tanto, os Comandantes de Cia estabelecerão as metas de cada setor,


tendo como referência as metas definidas para as respectivas Cias. Também
poderão ser criados indicadores específicos para determinados setores, frente aos
problemas identificados em reuniões comunitárias e por meio da análise criminal.

É importante que seja realizada a análise qualitativa das informações, de


forma a verificar a motivação dos crimes, perfil dos ofensores e modus operandi,
relação dos crimes com quadrilhas e gangues e perfil das vítimas.

Para a avaliação da sensação de segurança, as reuniões comunitárias e


visitas comunitárias se tornam importantes ferramentas de feedback. Além disto,

35
podem ser utilizadas pesquisas de satisfação, com apoio das Seções de
Comunicação Organizacional das Unidades.

36
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta Instrução apresenta um conceito de se fazer policiamento baseado na


gestão setorizada, com ênfase na aplicação da filosofia de Polícia Comunitária.

O processo de setorização apresentado atribui responsabilidades a todos os


níveis de gestão, principalmente para o Comandante de Companhia e para o
Comandante de Setor, chegando até o operador do serviço que atende diretamente
a comunidade.

Conhecer a realidade local é imprescindível para que as ações adequadas


sejam realizadas de forma antecipada, coerente, lógica e, principalmente, acertada.
Espera-se que o sucesso seja alcançado nesse grande desafio social de mudanças
e quebras de paradigmas, para que a Polícia Militar tornar-se cada dia mais eficiente
na sua tarefa de proporcionar segurança e qualidade de vida.

Publique-se, registre-se e cumpra-se.

QCG em Belo Horizonte, 23 de junho de 2016.

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CEL PM


Comandante-Geral

37
REFERÊNCIAS

BRASIL. Congresso Nacional. Constituição de 1.988. Constituição da República


Federativa do Brasil. Brasília,DF, 1.988.
___________, Ministério do Exército. Manual Básico de Policiamento Ostensivo.
Brasília: Inspetoria Geral das Polícias Militares, 1981.

___________, Ministério da Justiça. Secretaria Nacional de Segurança Pública.


Orientações para a elaboração dos planos estaduais de segurança pública.
Belo Horizonte: SENASP/MJ, 2003. Disponível em www.mj.gov.br/senasp. Consulta
em 20 de maio de 2005.

CERQUEIRA, Carlos Magno Nazareth. Do policiamento ao policiamento comunitário.


2 ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos,2001.

DICIONÁRIO PORTUGUÊS ONLINE: Moderno Dicionário da Língua Portuguesa –


Michaelis – UOL. Disponível em:
<http://michaelis.uol.com.br/moderno/português/index.p hp?lingua=port u
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40
1
INSTRUÇÃO N. 3.03.19/2016-CG

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
PADRÃO – POP

Regula a elaboração de Procedimentos Operacionais Padrão (POP)


na Polícia Militar de Minas Gerais

Belo Horizonte
2016

2
Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).
Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.
Circulação Restrita.

Minas Gerais, Polícia Militar. Comando-Geral


M663i Instrução n. 3.03.19/2016-CG. Procedimentos Operacionais
Padrão – POP. Regula a elaboração de Procedimentos
Operacionais Padrão (POP) na Polícia Militar de Minas Gerais/
Polícia Militar – Comando Geral.-- Belo Horizonte: PMMG, 2016.
36 p.: il.
Contém anexos.

1. Padrão - atividades operacionais. 2. Qualidade das ações e


operações. 3. Procedimentos Operacionais Padrão – POP.
I. Almeida, Wagner Eustáquio de. (coord.). II. Fernandes, Cássio
Antônio.(coord.). III. Título.

CDU - 355.51
CDD - 355.31

FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Biblioteca da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais

ADMINISTRAÇÃO
Estado-Maior da Polícia Militar
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas, Rodovia Papa João Paulo II,
4143 – 6º Andar - Bairro Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900.
Telefone: (31) 3915-7806.

SUPORTE METODOLÓGICO E TÉCNICO


Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3)

Quartel do Comando-Geral da PMMG


Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas, Rodovia Papa João Paulo II,
4143 – 6º Andar - Bairro Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900.
Telefone: (31) 3915-7799.

3
GOVERNADOR DO ESTADO
Fernando Damata Pimentel

COMANDANTE-GERAL DA PMMG
Coronel PM Marco Antônio Badaró Bianchini

CHEFE DO ESTADO-MAIOR
Coronel PM André Agostinho Leão de Oliveira

SUBCHEFE DO ESTADO-MAIOR
Coronel PM Robson José de Queiroz

SUPERVISÃO TÉCNICA
Ten Cel PM Cláudio Vitor Rodrigues Rocha
Chefe da Seção Estratégica de Emprego Operacional da PMMG

REDAÇÃO
Cel Wagner Eustáquio de Almeida
Ten Cel Cássio Antônio Fernandes
Maj PM Hudson Matos Ferraz Junior
Maj PM Rommel Trevenzoli de Abreu
Maj PM Marcos Vander Ramos
Maj PM Carlos Henrique Sousa da Silva
Maj PM Israel Calixto Júnior
Cap PM Adeir José Moreira
Cap PM Rogério Sílvio dos Santos
Cap PM Mauro Lúcio Siqueira Junior
Cap PM Renato Quirino Machado Junior
Cap PM Danúbia Souza Rosalino Lopes
2º Ten PM Soraia Ribeiro da Silva Moreira
1º Sgt PM Hélio Carlos Alves Santana
2º Sgt PM César Augusto Vilaça Júnior
3º Sgt PM Marcelo Fernandes Pinto

REVISÃO DOUTRINÁRIA
Maj PM Ralfe Veiga de Oliveira
2º Sgt PM Eustáquio Murilo da Silva Neto
Cb PM Danielle Sueli Ventura

REVISÃO FINAL
Ten Cel PM Cláudio Vitor Rodrigues Alves

4
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CG - Comando-Geral
EMPM - Estado Maior da Polícia Militar
EMPM/3 - Seção Estratégica de Emprego Operacional do Estado Maior
PM - Polícia Militar/Policial Militar
PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais
POP - Procedimento Operacional Padrão
UDI - Unidade de Direção Intermediária
UEOp - Unidade de Execução Operacional

5
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7
2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 9
2.1 GERAL ................................................................................................................. 9
2.2 ESPECÍFICOS........................................................................................................ 9
3 TERMOS E DEFINIÇÕES ...................................................................................... 10
4 METODOLOGIA..................................................................................................... 11
4.1 LINHAS GERAIS PARA A ELABORAÇÃO DE POP....................................................... 11
4.2 FORMATAÇÃO DE POP ........................................................................................ 12
4.2.1 Cabeçalho do documento ............................................................................. 12
4.2.2 Corpo do documento .................................................................................... 13
5 ATRIBUIÇÕES ....................................................................................................... 15
5.1 SEÇÃO ESTRATÉGICA DE EMPREGO OPERACIONAL (EMPM/3) .............................. 15
5.2 UNIDADES DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA DA ATIVIDADE-FIM ..................................... 15
5.3 UNIDADES DE EXECUÇÃO OPERACIONAL .............................................................. 15
6 PRESCRIÇÕES DIVERSAS .................................................................................. 16
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 17
ANEXO “A” (MACROPROCESSOS OPERACIONAIS) À INSTRUÇÃO N.
3.03.___/2016-CG...................................................................................................... 21
ANEXO “B” (FORMULÁRIO MODELO POP) À INSTRUÇÃO N. 3.03.___/2016-CG .. 22
ANEXO “C” (POP LABORATÓRIO) À INSTRUÇÃO N. 3.03.___/2016-CG ................ 23

6
INSTRUÇÃO N. 3.03.19/16-CG

Regula a elaboração de Procedimentos


Operacionais Padrão na Polícia Militar de Minas
Gerais.

1 INTRODUÇÃO

A qualidade de um serviço ou produto, segundo Campos (2004), está


intimamente ligada à satisfação de seu cliente, que é medida em várias etapas da
prestação do serviço: no atendimento, no processo intermediário e no produto final;
sendo que a qualidade do produto final é medida pela ausência de avarias e presença
de atributos que agradem o cliente.

Nessa linha de raciocínio, o gerenciamento dos processos garante a qualidade


final do serviço, uma vez que inibe desvios e processos não padronizados que
impeçam o fortalecimento da identidade organizacional.

Assim, é importante reconhecer que o foco de controle das organizações deve


estar no processo e no procedimento, em alinhamento com a visão estratégica de
gerenciamento, que define que o sistema de gestão deve ser mais preventivo e menos
reativo.

Esse tipo de visão oportuniza identificar e localizar o entrave, analisar seu


processo, estabelecer padrões e itens de controle de forma a se evitar a repetição do
problema.

Há duas maneiras de se gerenciar um processo: o gerenciamento pelas


diretrizes e o gerenciamento da rotina do dia a dia; e esses dois tipos de
gerenciamento se relacionam com a padronização.

Segundo Araújo (2009), “sem a padronização dos fluxos produtivos dos sistemas
abertos, a imprevisibilidade é maior, comprometendo a conquista das metas
planejadas”.

A palavra padronização significa ato ou efeito de padronizar; e por sua vez


padronizar é servir de padrão; de modelo; estandartizar; uniformizar; reduzir as

7
diferenças entre comportamentos e manifestações sociais. Etimologicamente vem do
Latim Patronus, significando modelo a ser seguido, de “pater” (pai) (PADRONIZAÇÃO,
2013).

A padronização de processos permite a fidelidade do cliente à organização. Se a


organização não tiver um bom entendimento sobre padronização e não souber
transformá-la numa realidade no seu dia a dia, os avanços jamais serão obtidos e os
resultados (produtos ou serviços) serão eternamente imprevisíveis.

Para Moraes (2010), a padronização é o meio gerencial mais importante na


fixação de métodos e conhecimentos que garantirão a melhoria dos processos, sem a
qual não haverá uma gestão eficiente e eficaz. Essa compreensão é relevante para se
obter três resultados básicos: garantir a qualidade; aumentar a produtividade; e
assegurar a continuidade da tarefa quando, por qualquer motivo, alguém estiver
impedido de executá-la.

Assim, a Polícia Militar de Minas Gerais estabelece este referencial de


padronização de atividades operacionais como uma ferramenta “meio” para a melhoria
dos processos e consequente obtenção de resultados, a ser utilizada pelos
comandantes nos diferentes níveis da Instituição.

8
2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Estabelecer os referenciais técnico-doutrinários para elaboração de


Procedimentos Operacionais Padrão (POP), visando padronizar e otimizar atividades
operacionais no âmbito da Polícia Militar de Minas Gerais.

2.2 Específicos

a) Definir a metodologia de elaboração e formatação de Procedimentos


Operacionais Padrão na PMMG.
b) Contribuir para a eficiência, eficácia e qualidade das ações e operações
policiais militares, por meio da padronização de procedimentos operacionais.
c) Estabelecer as atribuições do EMPM e das Unidades do nível tático e
operacional na elaboração dos POP.
d) Apresentar POP gerais de atuação finalística, que deverão ser utilizados em
todas as Unidades operacionais da Corporação.

9
3 TERMOS E DEFINIÇÕES

Os termos e definições utilizados nesta Instrução observam conceitos firmados


em normas nacionais e internacionais, com caráter qualificativo (o que é) e/ou funcional
(para que serve). Assim, em decorrência da particularidade dos serviços policiais
militares, destacam-se as seguintes palavras:
a) Tarefa: ação realizada para atingir um objetivo pré-determinado.
b) Procedimento: utilizado para definir uma série ou conjunto de passos para
alcançar um resultado desejado, explicando como realizar uma tarefa.
c) Procedimento Operacional Padrão: é um documento de política ou
procedimento que descreve as atividades recorrentes e regulares, com atribuição de
responsabilidades, e adequados às operações de qualidade. Consistência é o objetivo
de um POP, de forma a realizar todas as operações corretamente e de igual maneira.
d) Processo: sequência contínua de fatos que apresentam certa unidade, ou que
se reproduzem com certa regularidade.
e) Mapeamento de processo: ferramenta que permite à gerência de uma
organização realizar análises e comunicações eficientes que promovam melhorias nos
processos existentes ou implantação de uma gestão eficiente em uma organização
(DATZ; MELO; FERNANDES, 2004). Para Slack et al. (2013) essa ferramenta, também
chamada de fotografia do processo, é usada para descrever como as etapas dentro do
processo relacionam entre si. Com o desenho de seus processos a organização tende
a identificar, analisar e programar ações que eliminem as atividades que não agregam
valor ao serviço, ou gerem prejuízos e desperdícios impactando em seu custo final,
possibilitando uma maior objetividade nos serviços prestados com os recursos
existentes.
f) Fluxograma: instrumento gráfico destinado a facilitar a visualização dos
passos de um procedimento técnico.

10
4 METODOLOGIA

Procedimentos fornecem uma descrição de quem faz o quê e quando,


esclarecendo diferentes pontos de uma decisão e fornecendo as orientações
necessárias sobre os critérios para tomar uma decisão.
De maneira específica, um POP contribui ainda na caracterização das relações e
medidas de controle, definindo as funções e responsabilidades para ajudar os
colaboradores a se identificarem num processo.
Assim, ao elaborar um procedimento, os diferentes níveis da PMMG deverão se
certificar de que sejam respondidas algumas perguntas-chave:
− quem faz o que? (papel ou responsável);
− o que eles fazem? (tarefas, frequência, qual padrão ou critérios);
− qual é o resultado quando eles fazem isso? (entregas, medidas, resultados ou
objetivos);
− foi respondido o que precisa acontecer de forma clara?

4.1 Linhas gerais para a elaboração de POP

a) POP Estratégicos são coordenados pelo Estado-Maior da Polícia Militar e


descrevem os processos a serem aplicados pelo nível de execução operacional de
toda a PMMG.
b) POP Internos descrevem os processos aplicados a um ou mais setores
específicos da estrutura das Unidades de Execução Operacional, sendo sua
elaboração de responsabilidade do comando envolvido, seja em nível tático ou
operacional.
c) O POP deve ser elaborado com base em normas e doutrinas, visando
detalhar atividades específicas nelas previstas. Para tanto, deve descrever
objetivamente, passo-a-passo, os requisitos normativos e/ou doutrinários que estão
sendo abordados, com inserção das informações necessárias para garantir a fidelidade
do processo e dos resultados.
d) Uma vez pronto, o POP deve fluir pelo canal de comando para assegurar sua
distribuição, rastreamento e entendimento.

11
e) Para a redação dos procedimentos deverão ser utilizadas frases curtas, claras
e objetivas, com verbos no presente do indicativo e preferencialmente na terceira
pessoa do singular.
f) A elaboração de POP deverá contar com a participação de profissionais
capacitados tecnicamente e que possuam experiência nas atividades a serem
padronizadas.
g) O documento elaborado seguirá um formato próprio e as informações serão
fornecidas sempre na ordem da sua execução, para que a ação correspondente seja
efetivada fácil e rapidamente.
h) O texto pode apresentar-se subdividido em tópicos para atender a
necessidade de compreensão e de sequência de execução, pode conter também
figuras, tabelas, fluxogramas, notas e anexos.
i) O POP é um instrumento destinado a quem executa a atividade ou tarefa,
contendo todas as informações relevantes a seu propósito.
j) Deve estar disponível para que o responsável pela tarefa a ser executada o
utilize.
k) O POP possui caráter permanente, contudo precisa ser revisto
periodicamente, para fins de atualização, adequação ou correção.
l) Recomenda-se evitar a compilação de livros ou doutrina de outras
organizações, devido as suas particularidades.
m) O executor da atividade ou tarefa deve ser treinado para a execução da
mesma.

4.2 Formatação de POP

4.2.1 Cabeçalho do documento

a) Macroprocesso: campos temáticos ou “gavetas” onde serão associados POP


relacionados a atividades operacionais. Ficam definidos os seguintes campos
temáticos operacionais, conforme previsto no anexo A desta Intrução:
− Estratégias Preventivas;
− Estratégias Repressivas;
− Técnica/Tática Policial Militar;
− Trânsito;
12
− Meio Ambiente;
− Atividades Especializadas;
− Coordenação, Controle e Qualidade;
− Decorrentes do Tipo Penal;
− Outras.
b) Nome do procedimento: campo corresponde ao nome dado à atividade ou
tarefa. Ressalta-se a necessidade de compatibilização com a nomenclatura
preexistente nos documentos doutrinários em vigor na PMMG, de forma a evitar
duplicidade de termos.
c) Objetivo do procedimento: descrição da finalidade do POP.
d) Numeração do POP (3.X.XXX): para cada procedimento será atribuída
numeração, que deverá ser composta da seguinte forma:
− o primeiro dígito indica o nível: POP Estratégico = 1; POP Interno = 2;
− o segundo dígito indica o macroprocesso (conforme anexo A);
− o terceiro dígito indica a Unidade responsável pela elaboração do POP:
EMPM = 0; RPM (conforme a numeração da região – exemplo: 1ª RPM = 1);
− os três últimos dígitos indicam o número sequencial do POP, conforme
controle da Unidade elaboradora.
e) Estabelecido em: campo que identifica a data da “aprovação final” do POP.
f) Atualizado em: data de realização de eventuais alterações no conteúdo e na
forma do procedimento, o que deverá ocorrer com periodicidade de no máximo 02
(dois) anos ou no momento em que for verificada a necessidade de modificação.
g) Comissão/Unidade: identificação da sequência numérica e do ano da
comissão designada para “estabelecer” ou “revisar” determinado POP, bem como da
Unidade responsável pela elaboração.
h) Folhas: identifica a sequência de páginas de um POP.

4.2.2 Corpo do documento

a) Fundamentação legal ou doutrinária (tipificação sintética): são indicações da


legislação e doutrina pertinentes ao assunto de que trata o procedimento, que
embasam a conduta policial militar, devendo ser citadas na forma prevista para
referenciais bibliográficos, detalhando, se possível, a página da obra ou artigo da lei.

13
b) Abreviaturas e siglas: caso sejam utilizadas abreviaturas e siglas no POP,
constar no documento o significado.
c) Resultados esperados: descrever objetivamente o que se espera com a
execução do referido procedimento, de modo a atender a finalidade e abrangência do
POP.
d) Recursos necessários: relacionar todos os materiais necessários para a
execução do procedimento.
e) Procedimentos básicos ou sequencias de ações: de forma clara e precisa,
relacionar todas as tarefas necessárias para que o procedimento seja realizado como
um todo, em ordem sequencial de ações, orientando o profissional sobre a maneira
mais adequada para proceder.
f) Atividades críticas: dentre os procedimentos e ações descritos, enfocar os
pontos/aspectos tidos como críticos e cuja inobservância pode apresentar potencial
para a não obtenção dos resultados esperados.
g) Ações corretivas: decorrentes da previsão de possíveis erros a serem
cometidos na execução do procedimento, as ações corretivas devem ser previstas no
instrumento de padronização.
h) Erros a serem evitados: por meio de dados estatísticos e/ou de levantamentos
com base na experiência dos profissionais que executam ou executaram tarefas
semelhantes, devem ser relacionadas as ações ou situações ensejadoras de erros na
execução do procedimento.
i) Fluxograma: relativo ao processo como um todo.

Nestes termos, o Procedimento Operacional Padrão da PMMG deverá seguir o


modelo previsto no anexo B desta Instrução.

14
5 ATRIBUIÇÕES

5.1 Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3)

a) Coordenar a elaboração e a revisão periódica de POP Estratégicos, para


execução em toda a Instituição.
b) Controlar a correta aplicação dos POP na Corporação.
c) Manter em arquivo cópia de todos os POP internos elaborados pelos níveis
tático e operacional, disponibilizando acesso virtual a todas as RPM e UEOp, visando
facilitar o compartilhamento de experiências e práticas operacionais.

5.2 Unidades de Direção Intermediária da atividade-fim

a) Elaborar POP internos visando atender demandas específicas, encaminhando


ao EMPM/3, para fins de conhecimento e controle.
b) Analisar e validar os POP elaborados pelas Unidades subordinadas,
controlando a implementação e aplicação destes.
c) Manter em arquivo todos os POP internos elaborados pelas UEOp,
encaminhado cópia ao EMPM/3, para fins de conhecimento e controle.

5.3 Unidades de Execução Operacional

a) Implementar a metodologia POP na execução das atividades operacionais da


Unidade, com a utilização em caráter inicial dos “POP Laboratório” descritos no anexo
C desta Instrução.
b) Elaborar, por meio das respectivas Seções de Emprego Operacional,
propostas de POP internos destinados à otimização e padronização das atividades
operacionais a cargo da Unidade, encaminhando-as à respectiva UDI, para fins de
análise e validação.
c) Coordenar e controlar a aplicação dos POP pelas frações subordinadas,
observando os trâmites previstos nesta Instrução.

15
6 PRESCRIÇÕES DIVERSAS

6.1 Os usuários dos Procedimentos Operacionais Padrão poderão apresentar


sugestões com o objetivo aperfeiçoar o instrumento ou sanar eventuais incorreções, as
quais deverão ser encaminhadas à Unidade responsável pela sua elaboração, para
análise, observando-se o canal de comando. Para tanto, as sugestões deverão
mencionar a numeração do POP, a página, o parágrafo e a linha do texto a que se
referem, apresentando as justificativas e propostas pertinentes.

6.2 A partir da publicação de um POP, as ações nele previstas deverão ser fielmente
cumpridas, o que deverá ser objeto de fiscalização por parte das Unidades envolvidas.
Para tanto, deverá ser procedida ampla divulgação dos POP à tropa destinatária, tanto
em formato digital quanto impresso.

6.3 O EMPM poderá transformar POP Internos em POP Estratégicos, quando o


assunto tratado for de amplo interesse e aplicável em todo o Estado.

6.4 Não poderão ser elaborados POP Internos para assuntos já padronizados pelo
EMPM por meio de POP Estratégicos.

6.5 Os POP destinam-se unicamente à padronização de atividades e tarefas


específicas desenvolvidas pelos militares em decorrência da atividade operacional, não
cabendo a estes regular os serviços previstos no Portifólio da PMMG, os quais são
normatizados por meio de Diretrizes e Instruções do Comando Geral.

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL

16
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MADEIRA, José Maria Pinheiro. Administração pública. 10. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2008. 469 p.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia


científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

MARQUES, Wagner Luiz. Qualidade total: qualidade do todo. 2. ed. Cianorte: Vera
Cruz, 2013. 86 p.

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. 8. ed. São Paulo:


Atlas, 2011. 419 p. Revista e Ampliada.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 36. ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2010. 872 p.

MINAS GERAIS. Polícia Militar. Comando-Geral. Diretriz para a Produção de


Serviços de Segurança Pública nº 3.01.01/2010 – CG. Regula o Emprego
operacional da Polícia Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG: Comando-Geral,
EMPM3, 2010a.

18
MINAS GERAIS. Polícia Militar. Comando-Geral. Diretriz para Prestação de Serviços
de Segurança Pública nº 3.01.04/2010 – CG – Regula a aplicação do Programa
Educacional de Resistência às Drogas pela Polícia Militar de Minas Gerais. Belo
Horizonte: 2010b. 39p.

____________. Polícia Militar. Comando-Geral. Instrução nº 3.01.07/2010 – CG.


Regula a atuação da Base Comunitária (BC) e da Base Comunitária Móvel (BCM) na
Polícia Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG: Comando-Geral, EMPM3, 2010c.

____________. Polícia Militar. Comando-Geral. MANUAL DO INSTRUTOR: Currículo


para adolescentes do 7º Ano. 2 ed. Belo Horizonte, 2013a. 89 p.

____________. Polícia Militar. Comando-Geral. MANUAL DO INSTRUTOR: Currículo


para crianças do 5º Ano. 1 ed. Belo Horizonte, 2013b. 112 p.

____________. Polícia Militar. Comando-Geral. Resolução 4185, de 18 de dezembro


de 2011: Dispõe sobre o Portifólio de Serviços das Unidades de Execução Operacional
com responsabilidade territorial e da Corregedoria e dá outras providências. Belo
Horizonte, 2011.

____________. Polícia Militar. Comando-Geral. Resolução nº 4214, de 04 de junho


de 2012: Aprova o Sistema de Gestão Estratégica da Polícia Militar de Minas Gerais.
Belo Horizonte, 2012.

MODESTO, Paulo. Notas para um debate sobre o princípio da eficiência. Revista


Interesse Público, São Paulo, n. 7, p.65-75, jul. 2000. Trimestral.

MORAES, Giovanni. Elementos do Sistema de Gestão de SMSQRS: Sistema de


Gestão integrada. 2 ed. Rio de Janeiro: Gerenciamento Verde, 2010.

NEUMANN, Clóvis. Gestão de sistemas e operações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

OAKLAND, John. Gerenciamento da qualidade total. [Tradução Alberto Guedes


Pereira]. São Paulo: Nobel, 1994.

OLIVEIRA, Otávio J. (Org.). Gestão da qualidade: tópicos avançados. 2. ed. São


Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. 243 p.

PADRONIZAÇÃO, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,


<http://www.priberam.pt/dlpo/padroniza%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 01 Julho
2015.

PASCARELLI FILHO, Mario. A nova administração pública: profissionalização,


eficiência e governança. São Paulo: Dvs Editora, 2011.

19
PEREIRA JUNIOR, Edmilson Antonio; SILVA, José Francisco da; MARON, Juliana
(Org.). Um toque de qualidade: Eficiência e qualidade na gestão do sistema de defesa
social. Belo Horizonte: Gráfica Andorinha e Editora Ltda, 2010. 317 p.

PINHO, Alexandre Ferreira de; et al. Combinação entre as técnicas de fluxograma e


mapa de processo no mapeamento de um processo produtivo. In: ENCONTRO
NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 27., 2007, Foz do Iguaçu. Anais...
Foz do Iguaçu: ENEGEP, 2007.

PROCESSO. In: DICIONÁRIO Priberam da Língua Portuguesa, São Paulo, Priberam,


2013. Disponível em: < http://dicionario.priberam.pt/processo>. Acesso em: 12 maio
2015.

SÃO PAULO. Polícia Militar. DSIST-15/322/03: Manual de padronização de


procedimentos policiais militares. 2 ed. São Paulo: Setor Gráfico do Csm/m Int, 2003.
39 p.

____________. Polícia Militar. Sistema de Gestão da Polícia Militar do Estado de


São Paulo. 2. ed. São Paulo: Imprensa Oficial, 2010. 114 p.

SILVA, Washington Luis Vieira da; DUARTE, Felipe de Melo; OLIVEIRA, Jucelândia
Nascimento de. Padronização: um fator importante para a engenharia de métodos.
Revista Eletrônica Qualitas, João Pessoa, v. 3, n. 1, 2004. Disponível em:
<http://revista.uepb.edu.br/index.php/qualitas/article/view/35>. Acesso em: 1º jul. 2015.

SLACK, Nigel et al. Gerenciamento de operações e de processos: Princípios e


práticas de impacto estratégico. 2. ed. São Paulo: Bookman, 2013. 557 p. Tradução de:
Sandra de Oliveira.

VIEIRA, Luiz Renato. Padronização, base da qualidade. Revista EngWhere, São


Tomás de Aquino, ano 3, n. 19, maio 2003. Disponível em:
<http://www.engwhere.com.br/revista/indices_orcamento.htm>. Acesso em: 1º julho
2015.

ZANELLA, Luiz Carlos. Programa de qualidade total para empresas de pequeno e


médio porte: roteiro prático de implementação. Curitiba: Juruá, 2008. 162 p.

20
ANEXO “A” (MACROPROCESSOS OPERACIONAIS) À INSTRUÇÃO N.
3.03.19/2016-CG

MACROPROCESSO

NR DESCRIÇÃO

1 ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS

2 ESTRATÉGIAS REPRESSIVAS

3 TÉCNICA/TÁTICA POLICIAL MILITAR

4 TRÂNSITO

5 MEIO AMBIENTE

6 ATIVIDADES ESPECIALIZADAS

7 COORDENAÇÃO, CONTROLE E QUALIDADE

8 DECORRENTES DO TIPO PENAL

9 OUTRAS

(a) Marco Antônio Badaró Bianchini, Coronel PM


Comandante-Geral

21
ANEXO “B” (FORMULÁRIO MODELO POP) À INSTRUÇÃO N. 3.03.19/2016-CG

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Macroprocesso: [Nome do macroprocesso pré-estabelecido pela PMMG] POP nº x.x.x.xxx
Nome do procedimento: [Nome dado à atividade ou tarefa]
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão / Unidade:
Folha: __/__
xx/xx/xxxx xx/xx/xxxx xxxxx

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA (tipificação sintética)

[são indicações da legislação e doutrina pertinentes ao assunto de que trata o procedimento, que embasam
a conduta policial militar, devendo ser citadas na forma prevista para referenciais bibliográficos, detalhando,
se possível, a página da obra ou artigo da lei.]

2. ABREVIATURAS E SIGLAS

[Caso sejam utilizadas abreviaturas e siglas no POP, constar no documento o significado.]

3. RESULTADOS ESPERADOS

[Descrever o que se espera com a execução do referido procedimento.]

4. RECURSOS NECESSÁRIOS

[Relacionar todos os materiais necessários para a execução do procedimento.]

5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS OU SEQUÊNCIAS DE AÇÕES

[De forma clara e precisa, relacionar todas as tarefas necessárias para que o procedimento seja realizado
como um todo, em ordem sequencial de ações, orientando o profissional sobre a maneira mais adequada
para proceder.]

6. ATIVIDADES CRÍTICAS

[Dentre os procedimentos e ações descritos, enfocar os pontos/ aspectos tidos como críticos e cuja a
inobservância pode apresentar potencial para a não obtenção dos resultados esperados.]

7. AÇÕES CORRETIVAS

[Decorrente da previsão de possíveis erros a serem cometidos na execução do procedimento, ações de


correção devem ser previstas pelo instrumento de padronização.]

8. ERROS A SEREM EVITADOS

[Por meio de dados estatísticos e/ ou de levantamentos com base na experiência dos profissionais que
executam ou executaram tarefas semelhantes, devem ser relacionadas as ações ou situações ensejadoras
de erros na execução do procedimento.]

9. FLUXOGRAMA
[Relativo ao processo como um todo.]

(a) Marco Antônio Badaró Bianchini, Coronel PM


Comandante-Geral

22
ANEXO “C” (POP LABORATÓRIO) À INSTRUÇÃO N. 3.03.19/2016-CG

POP NR 01
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade POP nº 1.7.0.001
Nome do procedimento: Preparação para o turno de serviço
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão/Unidade:
Folha: 01/02
31/03/2016 N. 50/2015-EMPM

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA (tipificação sintética)


1.1 Resolução 4362 – RUIPM.
1.2 Caderno Doutrinário 12.
1.3 RESOLUÇÃO N° 4148, de 09 de junho de 2011 - Manual de Armamento Convencional.
2. ABREVIATURAS E SIGLAS
Não há.
3. RESULTADOS ESPERADOS
3.1 Aumentar a segurança dos policiais militares.
3.2 Melhorar a prestação de serviços.
3.3 Padronizar condutas e comportamentos dos militares em sua preparação para o turno de serviço.
3.4 Profissionalização.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
4.1 Fardamento operacional.
4.2 Cinto de guarnição.
4.3 Colete balístico.
4.4 Arma de porte.
4.5 02 recargas para o armamento.
4.6 Algemas com chave.
4.7 Bastão Tonfa.
4.8 Rádio Transceptor (HT) com bateria reserva.
4.9 Bloco para anotações.
4.10 Caneta.
4.11 Lanterna pequena.
5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS
5.1 O policial militar deve apresentar-se para o serviço alimentado e hidratado.
5.2 O policial militar masculino deverá apresentar-se com barba feita, cabelos cortados, asseado.
5.3 A policial militar feminina deverá apresentar-se com os cabelos presos, penteados e alinhados de
acordo com as disposições Regulamento de Uniformes da PMMG.
5.4 A policial militar feminina deverá atentar para maquiagem discreta bem como assessórios compatíveis
conforme descrito no Regulamento de Uniformes da PMMG.
5.5 O policial militar deve estar com a farda limpa, ajustada a seu corpo, passada e em conformidade com
as normas institucionais.
5.6 O policial militar deve inspecionar e manutenir o armamento e equipamento observando seu perfeito
funcionamento.
5.7 O policial militar deve ajustar seus equipamentos em seu cinto de guarnição e colete, se for o caso.

23
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade POP nº 1.7.0.001
Nome do procedimento: Preparação para o turno de serviço
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão/Unidade:
Folha: 02/02
31/03/2016 N. 50/2015-EMPM

5.8 O policial militar deve portar um bloco de anotações e caneta. O material deve ser conduzido no bolso.
Em caso de chuva, deve estar impermeabilizado.
5.9 O policial militar deverá inteirar das ocorrências e pendências do turno anterior, seja através do
Treinamento Tático, seja através de consultas e pesquisas, ou ainda através do recebimento de
informações do policial militar de quem recebe o serviço.
5.10 O policial militar deve acessar a página da Intranet PM e o Painel Administrativo, para inteirar-se das
mensagens e orientações do Comando.
5.11 O policial militar deverá adotar o estado de prontidão “amarelo” para o início do seu turno de serviço.
6. ATIVIDADES CRÍTICAS
6.1 Tempo limitado para a preparação pré turno.
6.2 Dificuldades para se executar a passagem de serviço.
7. AÇÕES CORRETIVAS
7.1 Evitar que o policial militar saia para o serviço sem que seu armamento ou equipamento estejam em
condições.
7.2 Evitar que o policial militar inicie o trabalho sem condições plenas para o serviço.
8. ERROS A SEREM EVITADOS
8.1 Falta de recursos logísticos.
8.2 Falta de fiscalização.
8.3 Preparação física e mental insuficiente.
8.4 Adoção do estado de prontidão inadequado.
9. FLUXOGRAMA OU ANEXO
Não há.

24
POP NR 02
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade POP nº 1.7.0.002
Nome do procedimento: Lançamento do turno de serviço
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão/Unidade:
Folha: 01/02
31/03/2016 N. 50/2015-EMPM

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA (tipificação sintética)


1.1 Diretriz Integrada de Ações e Operações do Sistema de Defesa Social de Minas Gerais (DIAO).
1.2 DPSSP N. 3.02.02/09-CG - Estabelece diretrizes gerais para as atividades de coordenação e controle a
serem realizadas no âmbito da Polícia Militar de Minas Gerais.
1.3 DPSSP N. 3.02.01/09-CG - Regula procedimentos e orientações para a execução com qualidade das
operações na Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.
2. ABREVIATURAS E SIGLAS
2.1 DIAO – Diretriz Integrada de Ações e Operações do Sistema de Defesa Social de Minas Gerais.
2.2 DISP – Diário de Informações de Segurança Pública.
2.3 PEIE – Pistola de Emissão de Impulsos Elétricos.
2.4 EPI – Equipamento de Proteção Individual.
2.5 TTa – Treinamento Tático.
2.6 COPOM – Centro de Operações Policiais Militares.
3. RESULTADOS ESPERADOS
3.1 Padronizar o comportamento dos responsáveis pelo lançamento dos turnos de serviço.
3.2 Otimizar o lançamento do turno.
3.3 Melhorar a prestação de serviços.
3.4 Melhorar a atividade de coordenação e controle.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
4.1 Uniforme para Policiamento Ostensivo Geral (art. 54 - RUIPM).
4.2 EPI.
4.3 Armamento de porte.
4.4 Transceptor portátil (HT).
4.5 Colete refletivo (para o serviço noturno ou em grandes eventos).
4.6 PEIE (qualificação obrigatória).
4.7 Algemas.
4.8 Bastão Tonfa.
4.9 Apito de trânsito.
4.10 Bloco de anotações e prancheta.
4.11 Ordens de Serviços e escalas.
4.12 Diário de Informações de Segurança Pública (DISP).
4.13 DIAO informatizada ou impresso.
4.14 Ordem de Serviço relativa ao Treinamento Tático (TTa).
5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS
5.1 Conferir a preparação dos policiais militares escalados para o serviço.
5.2 Conferir o cartão programa das guarnições do turno.

25
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade POP nº 1.7.0.002
Nome do procedimento: Lançamento do turno de serviço
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão/Unidade:
Folha: 02/02
31/03/2016 N. 50/2015-EMPM

5.3 Providenciar os documentos necessários para o treinamento (escala, DISP, Ordens de Serviço e
documentação do TTa).
5.4 Conferir a presença dos policiais militares.
5.5 Ministrar o Treinamento Tático previsto pela Unidade.
5.6 Ler o DISP e orientar o turno quanto as ocorrências do turno anterior.
5.7 Abrir a palavra ao grupo de trabalho para manifestações diversas.
5.8 Inspecionar a frota a ser utilizada pelo turno (abastecimento, limpeza e funcionamento).
5.9 Realizar os ajustes necessários, lançar no CAD as alterações realizadas, se houver, no que tange a
mudança de viatura, efetivo respectivo e setor de patrulhamento.
5.10 Lançar o turno de serviço.
5.11 Comunicar o lançamento na Rede de Rádio.
6. ATIVIDADES CRÍTICAS
6.1 Avaliação da supremacia de força e da segurança para a execução do serviço, observando-se a
disponibilidade logística e de efetivo.
6.2 Fiscalização da condição dos policiais militares para o serviço.
6.3 Administração do tempo.
7. AÇÕES CORRETIVAS
7.1 Para o caso de situações que impliquem em lentidão, adotar medidas para o efetivo aproveitamento do
tempo destinado a atividade.
7.2 Caso algum policial militar apresente desvio ou problemas, providenciar as medidas cabíveis, inclusive com
acionamento de superiores, se necessário.
7.3 Sendo constatados riscos para a segurança no serviço, adotar as medidas para eliminar ou reduzir esses
riscos.
8. ERROS A SEREM EVITADOS
8.1 Não portar a escala de serviço e/ou demais documentos do treinamento.
8.2 Deixar o Coordenador do Policiamento ou correspondente de realizar o lançamento.
8.3 Lançar o turno sem organizar os esforços ou sem repassar as informações necessárias ao bom andamento
do serviço.
8.4 Não realizar a manutenção e conferência das viaturas e armamento antes de assumir o turno de serviço
9. FLUXOGRAMA OU ANEXO
Não há.

26
POP NR 03
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade POP nº 1.7.0.003
Nome do procedimento: Recolhimento do turno de serviço
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão/Unidade:
Folha: 01/02
31/03/2016 N. 50/2015-EMPM

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA (tipificação sintética)


1.1 Diretriz Integrada de Ações e Operações do Sistema de Defesa Social de Minas Gerais (DIAO).
1.2 DIRETRIZ N. 3.02.02/09-CG - Estabelece diretrizes gerais para as atividades de coordenação e controle a
serem realizadas no âmbito da Polícia Militar de Minas Gerais.
1.3 DIRETRIZ N. 3.02.01/09-CG - Regula procedimentos e orientações para a execução com qualidade das
operações na Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.
2. ABREVIATURAS E SIGLAS
UEOp – Unidade de Execução Operacional.
3. RESULTADOS ESPERADOS
3.1 Padronização de comportamentos dos policiais militares.
3.2 Melhor prestação de serviços.
3.3 Maior eficiência no encerramento do turno.
3.4 Maior coordenação e controle.
3.5 Maior zelo com material da carga da PMMG.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
Equipamento de comunicação.
5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS
5.1 Controle das ocorrências em andamento ou sem atendimento durante o recolhimento
5.1.1 O coordenador do policiamento ou correspondente verificará a existência de operações ou de
ocorrências em andamento, em especial as de destaque ou sem atendimento, no território sob sua
responsabilidade antes de recolher o turno.
5.1.2 Empenhará viaturas de transição nos casos em que for possível, devendo avaliar se tal medida não
comprometerá nem a segurança, nem a eficácia das ações/ operações.
5.2 Deslocamento até a sede da Unidade ou Fração PM para viabilizar o recolhimento
O coordenador do policiamento ou correspondente deslocar-se-á até a sede Unidade ou da Fração PM para
antecipar a solução de pendências operacionais que possam existir.
5.3 Autorização para recolhimento do turno
5.3.1 O coordenador do policiamento ou correspondente fará contato com a maior autoridade policial militar
de serviço no turno (caso haja) anunciando o serviço e solicitando autorização para o recolhimento do
turno.
5.3.2 Não havendo pendências, anunciará via rede de rádio a autorização para o recolhimento.
5.4 Recolhimento do turno
5.4.1 O coordenador do policiamento ou correspondente, fará contato com os policiais militares na medida
que estes se recolhem a sede da Unidade ou Fração, verificando possíveis alterações.
5.4.2 Os garagistas, em conjunto com os motoristas que estiverem encerrando e assumindo o turno de
serviço, deverão verificar a limpeza das viaturas, suas condições de funcionamento e danos aparentes,
repassando qualquer alteração ao CPU e Cmt de Cia/Pel.

27
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade POP nº 1.7.0.003
Nome do procedimento: Recolhimento do turno de serviço
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão/Unidade:
Folha: 02/02
31/03/2016 N. 50/2015-EMPM

5.4.3 Os intendentes deverão verificar se todo o armamento e equipamento foram devolvidos sem alterações
na intendência da Unidade ou da Fração. Caso haja alguma alteração, esta deverá ser transmitida ao
CPU, Cmt de Cia/Pel e P4 da UEOp.
5.5 Passagem de serviço de coordenação
O coordenador do policiamento ou correspondente passará o serviço para o coordenador subsequente.
5.6 Relatório de Encerramento
O coordenador do policiamento ou correspondente confeccionará relatório de serviço conforme padrão
estipulado pela Unidade ou Fração.
6. ATIVIDADES CRÍTICAS
6.1 Ocorrências de destaque e prioridades durante a troca de turno.
6.2 Atraso de lançamento do turno subsequente.
6.3 Guarnições que permanecerem empenhadas nas delegacias para encerramento de ocorrências.
7. AÇÕES CORRETIVAS
7.1 Fiscalizar para que as guarnições não recolham antes do horário previsto.
7.2 Controlar efetivo que já se recolheu e o que permaneceu empenhado.
7.3 Administrar ocorrências pendentes de atendimento nas trocas de turno, estabelecendo critérios para o
atendimento imediato.
7.4 Repassar as informações do serviço ao próximo coordenador do turno em detalhes.
8. ERROS A SEREM EVITADOS
8.1 Efetivo recolher sem o conhecimento do coordenador do policiamento.
8.2 Efetivo recolher com registros de REDS a serem confeccionados ou não encerrados.
8.3 Deixar de empenhar efetivo policial em ocorrências de maior gravidade ou de crimes violentos durante as
trocas de turno.
8.4 Não controlar o destino de todo o efetivo.
9. FLUXOGRAMA OU ANEXO
Não há.

28
POP NR 04
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Estratégias Preventivas POP nº 1.1.0.004
Nome do procedimento: Ponto-Base de Viaturas
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão/Unidade:
Folha: 01/02
31/03/2016 N. 50/2015-EMPM

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA (tipificação sintética)


1.1 Lei 9503/97 - Código de Trânsito Brasileiro.
1.2 Manual Técnico-Profissional n. 3.04.04/2013 - Caderno Doutrinário 4.
2. ABREVIATURAS E SIGLAS
2.1 EPI – Equipamento de Proteção Individual.
2.2 TTa – Treinamento Tático.
2.3 AIT – Auto de Infração de Trânsito.
2.4 Ponto-Base – PB.
3. RESULTADOS ESPERADOS
3.1 Potencializar a ostensividade da Polícia Militar.
3.2 Estabelecer a segurança objetiva.
3.3 Prevenir de crimes.
3.4 Estreitar as relações comunitárias.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
4.1 Uniforme para o Policiamento Ostensivo Geral.
4.2 EPI.
4.3 02 (dois) IMPO.
4.4 Viatura Policial.
4.5 Armamento convencional.
4.6 Rádio Transceptor (HT).
4.7 Prancheta.
4.8 Talão de AIT.
4.9 Equipamentos.
5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS
5.1 Estacionar a viatura no local do ponto base previsto em Cartão-Programa, ou mediante ordem, ou por
iniciativa, com a frente do veículo voltada para a via pública, sem atrapalhar o fluxo de pedestres e de trânsito
(utilizar canteiro central da via, calçadas largas, local de estacionamento recuado).
5.2 Acionar os dispositivos luminosos da viatura.
5.3 Desembarcar da viatura e posicionar 03 (três) cones próximos à esta (conforme esquema de blitz).
5.4 Quando a guarnição for composta por dois ou mais policiais militares, um deles deverá permanecer ao lado
da viatura durante todo o tempo, enquanto os outros militares realizam abordagens, contatos comunitários e
visitas tranquilizadoras em comércios e residências nas proximidades.
5.5 Quando apenas um policial militar estiver de serviço, ele deverá patrulhar a pé as imediações, sem, contudo,
perder o contato visual com a viatura.
5.6 Atender as demandas de segurança pública que se apresentarem.
5.7 Permanecer na atividade pelo tempo determinado pelo cartão programa ou conforme determinação superior.

29
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Estratégias Preventivas POP nº 1.1.0.004
Nome do procedimento: Ponto-Base de Viaturas
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão/Unidade:
Folha: 02/02
31/03/2016 N. 50/2015-EMPM

6. ATIVIDADES CRÍTICAS
6.1 Obedecer às normas gerais de circulação e conduta no trânsito.
6.2 Posicionamento dos policiais militares e viaturas no terreno.
7. AÇÕES CORRETIVAS
7.1 Evitar utilizar aparelhos celulares, smartphone, tabletes, dentre outros, para assuntos diversos aos de
interesse do serviço.
7.2 Evitar o agrupamento de policiais militares em conversas alheias ao interesse imediato do serviço.
8. ERROS A SEREM EVITADOS
8.1 Desconhecimento da área de atuação.
8.2 Posicionamento inadequado.
8.3 Permanecerem os militares embarcados na viatura durante o PB.
8.4 Falta de treinamento.
8.5 Desatenção.
9. FLUXOGRAMA OU ANEXO
Não há.

30
POP NR 05
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Técnica/Tática Policial Militar POP nº 1.3.0.005
Nome do procedimento: Uso do Cinto de Segurança em Viaturas
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão/Unidade:
Folha: 01/02
31/03/2016 N. 50/2015-EMPM

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA (tipificação sintética)


1.1 Lei 9503/97 - Código de Trânsito Brasileiro.
1.2 Manual Técnico-Profissional n. 3.04.04/2013 - Caderno Doutrinário 4.
1.3 Memorando Circular N. 4027/93 – EMPM.
2. ABREVIATURAS E SIGLAS
2.1 RP – Radiopatrulhamento.
2.2 EPI – Equipamento de Proteção Individual.
2.3 TTa – Treinamento Tático.
2.4 AIT – Auto de Infração de Trânsito.
3. RESULTADOS ESPERADOS
3.1 Cumprimento da rotina do patrulhamento e do Cartão Programa estabelecido.
3.2 Cumprimento da regulamentação de trânsito.
3.3 Segurança dos policiais durante os deslocamentos.
3.4 Prevenção de lesões em acidentes.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
4.1 Uniforme para Policiamento Ostensivo Geral.
4.2 EPI.
4.3 02 (dois) IMPO.
4.4 Viatura Policial.
4.5 Armamento convencional.
4.6 Rádio Transceptor (HT).
4.7 Equipamentos.
5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS
5.1 Realizar a inspeção da viatura, verificando o funcionamento do sistema de retração dos cintos de segurança
e mecanismos de abertura das portas (internos e externos).
5.2 Treinar a retirada do cinto de segurança por todos os integrantes da equipe, antes de deslocar para o serviço,
treinando inclusive as situações possíveis de ocorrer durante as diversas intervenções ou em ocasiões
especiais.
5.3 Manter acompanhamento das comunicações operacionais, visando antecipar-se a qualquer situação de risco.
5.3 Durante o patrulhamento ou intervenções, realizar criteriosa avaliação dos riscos, antecipando-se às
situações que exijam desembarque.
5.4 Inteirar-se das operações policiais a serem realizadas e suas particularidades.
5.5 Manter o giroflex ligado.
5.6 Em caso de deslocamento rápido (urgência/ emergência) acionar a sirene para solicitar preferência no
trânsito e não retirar o cinto de segurança.

31
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Técnica/Tática Policial Militar POP nº 1.3.0.005
Nome do procedimento: Uso do Cinto de Segurança em Viaturas
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão/Unidade:
Folha: 02/02
31/03/2016 N. 50/2015-EMPM

5.7 O desembarque com a retirada do cinto de segurança exige as duas mãos livres, portanto a arma terá que
estar coldreada.
5.8 Após a liberação do cinto de segurança é que se procederá o saque da arma, se necessário.
5.9 Manter as armas portáteis acondicionadas e fixadas no interior da viatura.
6 ATIVIDADES CRÍTICAS
Desobedecer às normas gerais de circulação e conduta no trânsito. Não utilizar o cinto de segurança.
7. AÇÕES CORRETIVAS
7.1 Caso algum policial militar não esteja utilizando o cinto de segurança, corrigir.
7.2 Caso a viatura apresente defeito nos cintos/sistema, corrigir antes do início das atividades.
7.3 Sempre observar a comunicação entre os policiais militares.
8. ERROS A SEREM EVITADOS
8.1 Não utilizar o cinto de segurança.
8.2 Desconhecimento da área de atuação.
8.3 Deixar de avaliar os riscos seja no patrulhamento ou nas intervenções.
8.4 Falta de treinamento.
8.5 Desatenção.
9. FLUXOGRAMA OU ANEXO
Não há.

32
POP NR 06
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade POP nº 1.7.0.006
Nome do procedimento: Pós-atendimento de ocorrências
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão/Unidade:
Folha: 01/04
31/03/2016 N. 50/2015-EMPM

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA (tipificação sintética)


DIRETRIZ N. 3.02.02/ 09-CG - Estabelece diretrizes gerais para as atividades de coordenação e controle a
serem realizadas no âmbito da Polícia Militar de Minas Gerais.
2. ABREVIATURAS E SIGLAS
EPI – Equipamento de Proteção Individual.
3. RESULTADOS ESPERADOS
3.1 Certificar se a visão da PMMG está clara e comum a todos os policiais militares.
3.2 Saber se as demandas da sociedade estão sendo bem atendidas (atendimento das necessidades e
expectativas do cidadão e excelência na prestação dos serviços).
3.3 Mensurar a qualidade do serviço prestado pela PMMG.
3.4 Identificar e erradicar os prováveis motivos de insatisfação da sociedade com os serviços da PMMG.
3.5 Aprimorar, através da identificação das possíveis falhas, a qualidade do serviço prestado.
3.6 Minimizar a possibilidade de manifestações de descontentamento por parte dos cidadãos quanto ao serviço
prestado pela PMMG.
4. RECURSOS NECESSÁRIOS
4.1 Aparelho telefônico com linha disponível.
4.2 Viatura Policial.
4.3 EPI.
4.4 Rádio transceptor (HT).
4.5 Prancheta.
4.6 Formulários de REDS e BOS já encerrados, para a conferência do atendimento das ocorrências e execução
das operações.
4.7 Modelo de Pesquisa Pós-Atendimento para pessoas consultadas (Anexo E da Diretriz N. 3.02.02/ 09-CG).
4.8 Armamento convencional.
5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS
5.1 Escolha dos locais a serem visitados para a pesquisa
5.1.1 Levantar dados sobre os locais onde serão feitas as pesquisas.
5.1.2 Definição da amostra, obtida dentre os REDS e/ou BOS registrados pela Fração PM nos locais
escolhidos. O tamanho da amostra deve permitir uma significância estatística.
5.1.3 Evitar que a definição dos locais ou da amostra se torne tendenciosa.
5.2 Contato prévio e agendamento da pesquisa pós-atendimento.
5.2.1 Identificar-se para a pessoa a ser entrevistada.
5.2.2 Explanar sobre o motivo e objetivos da pesquisa, visando reduzir o receio por parte dos entrevistados
em fornecer informações.
5.2.3 Agendar a entrevista, caso haja interesse do atendido (não havendo interesse, agradecer a atenção e
informar que se posteriormente houver o desejo de participar da pesquisa, basta entrar em contato com
a fração local).

33
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade POP nº 1.7.0.006
Nome do procedimento: Pós-atendimento de ocorrências
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão/Unidade:
Folha: 02/04
31/03/2016 N. 50/2015-EMPM

5.3 Comunicar ao Centro de Operações ou correspondente a previsão de início e o término da


atividade
5.4 Contato com a pessoa a ser entrevistada
5.4.1 Cumprimentar.
5.4.2 Estabelecer comunicação adequada, ouvindo e anotando os dados e fatos conforme formulário
constante do anexo.
5.4.3 Orientar ao pesquisado quanto aos cuidados necessários para evitar ou minimizar a ocorrência de
delitos.
5.4.4 Colocar-se a disposição para outros contatos mediante, se for o caso, da disponibilização de número
de telefone funcional.
5.5 Registrar a pesquisa em documento próprio (Anexo E da Diretriz N. 3.02.02/ 09-CG, REDS/ BOS/
Relatório Complementar, Anúncio, entre outros), descrevendo a qualidade do atendimento em análise,
vulnerabilidades do Sistema de Defesa Social, sugerindo, ao final, a adoção de procedimentos que
visem o aumento da segurança objetiva e subjetiva.
6. ATIVIDADES CRÍTICAS
Escolha dos locais para a realização da pesquisa ou da amostragem de forma tendenciosa.
7. AÇÕES CORRETIVAS
Cabe aos coordenadores do policiamento ou correspondentes e/ou comandantes de frações, acompanhar
e adotar as medidas de correção e realinhamento das falhas de atendimento constatadas.
8. ERROS A SEREM EVITADOS
8.1 Deixar de observar os preceitos de segurança nas pesquisas de pós-atendimento.
8.2 Atender ao cidadão com desinteresse, irreverência, ou desídia frente as suas demandas.
8.3 Escusar-se de dar informações, de ouvir dúvidas, queixas ou reclamações, de buscar a solução aos
problemas de sua alçada, face à natureza do serviço policial militar.
8.4 Criticar atitudes, comportamentos ou preferências dos cidadãos.
8.5 Exteriorizar tensões, nervosismos ou desarmonias.

34
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade POP nº 1.7.0.006
Nome do procedimento: Pós-atendimento de ocorrências
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão/Unidade:
Folha: 03/04
31/03/2016 N. 50/2015-EMPM

9. ANEXO (MODELO DE PESQUISA PÓS-ATENDIMENTO)

DADOS DA PESQUISA E DO RESPONSÁVEL


Data: Hora: Município:
Unidade: Responsável:

DADOS DA OCORRÊNCIA POLICIAL


Data: Hora: Município:
Unidade: Cia PM: Viatura: BO:
Natureza da ocorrência:

PESQUISA
1) Disponibilidade do cidadão em participar da pesquisa.
( ) Total atenção.
( ) Pouca atenção.
( ) Não quis participar da pesquisa.
( ) Não atendeu.

2) Sensação do cidadão em relação à atenção dispensada pelo tele atendente? (e no COPOM/SOU/SOF das
frações destacadas?)
( ) Ótima.
( ) Boa.
( ) Regular.
( ) Ruim.
( ) Péssima.

3) Sensação do cidadão quanto à agilidade do tele atendente? (e no COPOM/SOU/SOF das frações


destacadas?)

( ) Ótima.
( ) Boa.
( ) Regular.
( ) Ruim.
( ) Péssima.

4) Confiança do cidadão em relação ao trabalho e orientações do tele atendente? (e no COPOM/SOU/SOF das


frações destacadas?)
( ) Ótima.
( ) Boa.
( ) Regular.
( ) Ruim.
( ) Péssima.

35
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade POP nº 1.7.0.006
Nome do procedimento: Pós-atendimento de ocorrências
Estabelecido em: Atualizado em: Comissão/Unidade:
Folha: 04/04
31/03/2016 N. 50/2015-EMPM

5) Sensação do cidadão quanto ao tempo de espera de viatura.


( ) Muito rápido.
( ) Chegou em tempo.
( ) Demorou.
( ) Perdeu oportunidade.
( ) Não compareceu.

6) Sensação do cidadão em relação ao respeito e atenção dispensados pelos policiais que compunham a
viatura.
( ) Ótima.
( ) Boa.
( ) Regular.
( ) Ruim.
( ) Péssima.

7) Sensação do cidadão quanto à agilidade dos policiais na solução da ocorrência.


( ) Ótima.
( ) Boa.
( ) Regular.
( ) Ruim.
( ) Péssima.

8) Confiança do cidadão em relação ao trabalho e orientações dos policiais que compunham a viatura.
( ) Ótima.
( ) Boa.
( ) Regular.
( ) Ruim.
( ) Péssima.

9) Os dados do boletim de ocorrência conferem com o que foi mensurado?


( ) Sim.
( ) Não.

Comentar.

(a) Marco Antônio Badaró Bianchini, Coronel PM


Comandante-Geral

36
INSTRUÇÃO Nº 3.03.20/2016 - CG

GEPAR
GRUPO ESPECIAL DE POLICIAMENTO EM ÁREA DE RISCO

Regula o emprego do Grupo Especial de Policiamento em área de


Risco (GEPAR)

2ª EDIÇÃO REVISADA

Belo Horizonte

2016
Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).
Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.
Circulação restrita.

Minas Gerais, Polícia Militar. Comando-Geral


M663i Instrução n. 3.03.20/2016-CG.. Regula o emprego do Grupo
Especial de Policiamento em Área de Risco (GEPAR)/ Polícia
Militar de Minas Gerais – Comando Geral. 2.ed. rev. Belo
Horizonte: Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3),
2016.

51 p.:il.
Contém anexos.

1. GEPAR – origem e evolução. 2. Programa de Controle de


Homicídios – “FICA VIVO”. 3. Mobilização social. 4. Repressão
qualificada. I. Almeida, Wagner Eustáquio de. (coord.).
II. Fernandes, Cássio Antônio.(coord.) III. Título.

CDU - 351.746
CDD - 355.31

FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Biblioteca da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais

ADMINISTRAÇÃO
Estado-Maior da Polícia Militar
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas, Rodovia Papa João Paulo II, nº 4143
– 6º Andar, Bairro Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900

SUPORTE METODOLÓGICO E TÉCNICO


Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3)
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas, Rodovia Papa João Paulo II, nº 4143
– 6º Andar, Bairro Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900
E-mail: pm3@pmmg.mg.gov.br
GOVERNADOR DO ESTADO
FERNANDO DAMATA PIMENTEL

COMANDANTE-GERAL DA PMMG
CEL PM MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI

CHEFE DO ESTADO-MAIOR
CEL PM ANDRÉ AGOSTINHO LEÃO DE OLIVEIRA

SUBCHEFE DO ESTADO-MAIOR
CEL PM ROBSON JOSÉ DE QUEIROZ

SUPERVISÃO TÉCNICA
TEN CEL PM CLÁUDIO VITOR RODRIGUES ROCHA
Chefe da Seção Estratégica de Emprego Operacional da PMMG

1ª EDIÇÃO – 2005 2ª EDIÇÃO REVISADA – 2016


Ten Cel PM Josué Soares da Silva Filho Ten Cel PM Alexandre Magno de Oliveira
Ten Cel PM Robson Alves Campos Ferreira Maj PM Harley Wallace Moreira
Ten Cel PM Cícero Nunes Moreira Maj PM Cláudio Alves da Silva
Maj PM Armando Leonardo L. A. F. Silva Maj PM Sandro Alex Canuto Gonçalves
Maj PM Marcos Vinícius Veloso Lima Cap PM Cláudio Henrique R. dos Santos
Cap PM Alexandre Magno de Oliveira 1º Ten PM Alexandre Garcia Teixeira
Cap PM Gilson Gonçalves Dos Santos
1º Ten PM Claudio Alves e Silva REVISÃO DOUTRINÁRIA
1º Ten PM Sandro Alex Canuto Gonçalves Maj PM Ralfe Veiga de Oliveira
2º Sgt PM Eustáquio Murilo S. Neto
Cb PM Danielle Sueli Ventura

REVISÃO FINAL
Ten Cel PM Cláudio Vítor Rodrigues Rocha
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AET - Adjuntoria de Ensino e Treinamento


APM - Academia de Polícia Militar
BPM - Batalhão de Polícia Militar
CG - Comando-Geral
Cia PM - Companhia de Polícia Militar
CONSEP - Conselho Comunitário de Segurança Pública
CPC - Centro de Prevenção à Criminalidade
CPU - Coordenador do Policiamento da Unidade
CRAS - Centro de Referência e Assistência Social
CRISP - Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública
CTP - Centro de Treinamento Policial
DAOp - Diretoria de Apoio Operacional
DDU - Disque-Denúncia Unificado
DEPM - Diretrizes da Educação da Polícia Militar
DGEOP - Diretriz Geral para Emprego Operacional
EMPM - Estado-Maior da polícia Militar
GEPAE - Grupo Especializado em Policiamento em Áreas Especiais
GEPAR - Grupo Especial de Policiamento em Área de Risco
GIE - Grupo de Intervenção Estratégica
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICV - Índice de Crimes Violentos
IDH - Índice de Desenvolvimento Humano
IDHM - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
IMPO - Instrumento de Menor Potencial Ofensivo
MP - Ministério Público
NPA - Núcleo de Prevenção Ativa
ONG - Organização Não Governamental
PAD - Processo Administrativo-Disciplinar
PADS - Processo Administrativo-Disciplinar Sumário
PC - Polícia Civil
PCMG - Polícia Civil de Minas Gerais
PM - Polícia Militar ou Policial Militar
PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais
REDS - Registro de Evento de Defesa Social
RPM - Região de Polícia Militar
SEDS - Secretaria de Estado de Defesa Social
SUAPI - Subsecretaria de Administração Prisional
SUASE - Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas
TPB - Treinamento Policial Básico
TT - Treinamento Técnico
UEOp - Unidade de Execução Operacional
UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais
VHF/FM - Very High Frequency/ Frequency Modulation
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 9
2 OBJETIVOS ...................................................................................................................... 11
2.1 GERAL ................................................................................................................................... 11
2.2 ESPECÍFICOS ........................................................................................................................ 11
3 O GEPAR E O PROGRAMA “FICA VIVO!”.................................................................... 12
3.1 ORIGEM E EVOLUÇÃO DO GEPAR ...................................................................................... 13
3.2 PROGRAMA DE CONTROLE DE HOMICÍDIOS – “FICA VIVO!” ........................................... 15
3.2.1 Proteção Social ........................................................................................................... 16
3.2.2 Intervenção Estratégica ............................................................................................. 17
4 MISSÃO DO GEPAR ........................................................................................................ 19
4.1 GERAL ................................................................................................................................... 19
4.2 PARTICULAR .......................................................................................................................... 19
5 EXECUÇÃO ...................................................................................................................... 20
5.1 CONCEITO DE ATUAÇÃO ....................................................................................................... 20
5.2 PILARES DE ATUAÇÃO DO GEPAR ...................................................................................... 21
5.2.1 Prevenção .................................................................................................................... 21
5.2.2 Mobilização Social ...................................................................................................... 22
5.2.3 Repressão Qualificada .............................................................................................. 24
5.3 NÍVEIS DE PREVENÇÃO ........................................................................................................ 26
5.4 ACOMPANHAMENTO E CONTROLE ....................................................................................... 27
5.4.1 Avaliação Mensal........................................................................................................ 27
5.4.2 Comissão de Acompanhamento do GEPAR ......................................................... 28
5.5 ATRIBUIÇÕES DOS ELEMENTOS SUBORDINADOS ................................................................ 28
5.5.1 Chefe da Seção de Inteligência – P2 ...................................................................... 28
5.5.2 Chefe da Seção de Planejamento e Emprego Operacional – P3....................... 29
5.5.3 Comandante de Companhia PM .............................................................................. 29
5.5.4 Comandante do GEPAR ........................................................................................... 30
6 CRITÉRIOS PARA ATIVAÇÃO DO GEPAR ................................................................... 32
7 RECURSOS HUMANOS E LOGÍSTICOS ....................................................................... 34
7.1 RECURSOS HUMANOS .......................................................................................................... 34
7.1.1 Composição do GEPAR ............................................................................................ 34
7.1.2 Seleção ........................................................................................................................ 34
7.1.3 Capacitação................................................................................................................. 36
7.2 RECURSOS LOGÍSTICOS ....................................................................................................... 37
7.2.1 Armamento e equipamento ....................................................................................... 37
7.2.2 Viatura .......................................................................................................................... 38
8 PRESCRIÇÕES DIVERSAS ............................................................................................ 39
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 40
ANEXO “A” - FORMULÁRIO DE TRIAGEM .................................................................................. 41
ANEXO “B” - MODELO DE RELATÓRIO SEMESTRAL DA COMISSÃO DE
ACOMPANHAMENTO DO GEPAR ................................................................................................ 45
IINSTRUÇÃO Nº 3.03.20/2016 - CG

Regula o emprego do Grupo Especial de


Policiamento em área de Risco (GEPAR).

1 INTRODUÇÃO

Ao longo das últimas décadas, pôde-se observar que a desigualdade


social no país tem sido um dos fatores que favorecem um cenário propício à
criminalidade, sobretudo dos crimes violentos, tais como homicídios e roubos.

Como as demais Unidades Federativas, Minas Gerais também tem sido


afetada pelas altas taxas de homicídios, cujas ocorrências prevalecem,
principalmente, nos aglomerados mineiros.

Em Belo Horizonte, foi realizado um estudo que comparou a incidência


de homicídios de 1990 a 1997, onde se tinha uma média anual variando de 270 a
320 crimes. Já em 2001, esta modalidade criminal atingiu o patamar de 744 casos,
ocorridos em sua grande maioria nos aglomerados da capital e interior (MINAS
GERAIS, 2003, p.25).

Os aglomerados, favelas e vilas de Minas Gerais apresentam


características socioeconômicas semelhantes. Quanto à criminalidade violenta, na
maioria das vezes, verifica-se a associação ao tráfico de drogas ilícitas, ao porte
ilegal de arma de fogo e à delinquência infanto-juvenil, os quais desencadeiam
outros delitos. Por algumas vezes, as comunidades desses locais são obrigadas a
aceitar imposições de infratores, o que faz com que vivam sob constante medo do
crime.

Tais locais podem ser identificados como “áreas de risco social”. A


condição de risco social não é ditada apenas pelo crime, mas também por outros
indicadores sociais, tais como: analfabetismo, desemprego, inserção no mercado
informal de trabalho, mortalidade infantil, expectativa de vida, pobreza,
desigualdade de renda, dentre outros.

9
Assim, entende-se por “área de risco social” a delimitação territorial
cujos fenômenos de natureza social, cultural e econômica interferem de forma
significativa na incidência da violência e da criminalidade.

Os homicídios de jovens, provocados principalmente por armas de fogo,


oriundos das disputas entre membros de organizações criminosas ou quadrilhas
envolvidas com o tráfico de drogas aumentam o clima de tensão para a
comunidade local.

Nesse contexto, a interação do policial militar com a comunidade pode


viabilizar uma melhor compreensão da origem da violência e da criminalidade, pois
permite compreender o contexto histórico das relações interpessoais, os conflitos
sociais e as inúmeras formas de exclusão social.

Assim, a Polícia Militar de Minas Gerais, em consonância com a


Constituição Federal de 1988 – que possui como um de seus objetivos
fundamentais, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária – e também,
trabalhando em conjunto com a Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS) e
outros órgãos do Sistema de Defesa Social, vem desenvolvendo ações e
estratégias policiais que tem como objetivo propiciar aos cidadãos um serviço
qualificado para atuar de maneira efetiva nas áreas de risco social e, por
conseguinte, reduzir os índices de crimes violentos no Estado.

Desta forma, a PMMG buscou desenvolver um policiamento


personalizado para atuar em aglomerados urbanos caracterizados como áreas de
risco, palco maior dos homicídios no Estado, criando o denominado Grupo Especial
de Policiamento em Área de Risco (GEPAR).

10
2 OBJETIVOS

2.1 Geral
Regular o serviço GEPAR, prestado pela Polícia Militar em áreas de
risco do Estado de Minas Gerais, visando à prevenção e repressão criminal de
forma qualificada.

2.2 Específicos

a) Estabelecer parâmetros para emprego do serviço GEPAR, na


preservação e restauração da ordem pública em áreas de risco do estado de Minas
Gerais.

b) Orientar as ações policiais militares alicerçadas na prevenção,


mobilização social e repressão qualificada.

c) Potencializar o policiamento comunitário nas áreas de risco,


envolvendo a comunidade na busca de soluções para os problemas locais.

d) Definir os requisitos para ativação do GEPAR e composição das


equipes.

e) Apontar critérios para a coordenação e controle do serviço GEPAR na


PMMG.

11
3 O GEPAR E O PROGRAMA “FICA VIVO!”

Buscando uma estratégia diferenciada de atuação nas chamadas áreas


de risco social, a PMMG criou, no ano de 2002, o Grupo Especial de Policiamento
em Área de Risco (GEPAR). O principal diferencial deste serviço é a forma
permanente de atuação no território, com ênfase na prevenção criminal, respeito
aos direitos humanos e mobilização da comunidade.

O GEPAR está inserido no contexto de transição de policiamento nestas


áreas de risco social, em que a polícia deixa de ser um instrumento exclusivo de
controle e passa a atuar como uma “polícia cidadã”, preocupada com todos os
problemas de segurança pública de sua comunidade. Uma polícia orientada para o
problema, que busca soluções para crimes, sensação de insegurança e desordem
pública. Tal modelo supera a polícia tradicional, onde são atacadas apenas as
consequências, que trazem soluções paliativas e efêmeras.

A presença da polícia nas comunidades deixa de ser simplesmente um


sinal para dissuadir e evitar a ação criminosa, passando a representar o reforço
dos laços de confiança com a comunidade, propiciando maior fluxo de informações
por parte da população. Isso permite que os policiais conheçam melhor a região
policiada e desenvolvam estratégias condizentes com as especificidades de cada
localidade, envolvendo as lideranças comunitárias no processo decisório.

O GEPAR tem como missão precípua, conseguir aplicar táticas de


policiamento comunitário e repressão qualificada, em comunidades marcadas pela
atuação das organizações criminosas.

A inovação do GEPAR consiste, principalmente, em reunir atividades de


prevenção e mobilização social, dentro da filosofia de Polícia Comunitária, com as
atividades de repressão qualificada, pautadas sempre por uma atuação estratégica,
pontual e direta, para garantir e, se necessário, restabelecer a ordem pública. Esse
policiamento, dentro dos moldes da Polícia Comunitária, é direcionado para a
identificação de criminosos contumazes, membros de quadrilhas de tráfico de
drogas, armas de fogo e outras atividades criminosas, com o objetivo de reduzir e
prevenir homicídios em áreas de risco.

12
3.1 Origem e evolução do GEPAR

Em 2002, o Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da


Universidade Federal de Minas Gerais (CRISP/UFMG) identificou o aumento de
homicídios em Belo Horizonte, os quais se concentraram em sete aglomerados da
capital mineira. Concluiu-se que os diversos aglomerados urbanos de Belo
Horizonte, que apresentavam concentração de homicídios, possuíam
características semelhantes, tais como: índice de desenvolvimento humano baixo,
falta de aparelhos públicos, alto índice de tráfico de drogas e de porte ilegal de
arma de fogo, dentre outras.

Naquele mesmo ano, ocorreu uma chacina no Morro das Pedras que
chocou a comunidade belo-horizontina, pela crueldade das execuções com
decapitação das vítimas. A imprensa começou a pressionar o Governo e a PMMG,
exigindo atuação efetiva para que os aglomerados de Minas não se tornassem
violentos como outros da cidade do Rio de Janeiro.

Foi montada uma força tarefa pela recém-criada SEDS para discutir o
assunto com representantes da Polícia Civil, PMMG (representada pelo Comando
do Policiamento da Capital e 22º BPM), Ministério Público, Prefeitura Municipal de
Belo Horizonte, Polícia Federal e Poder Judiciário, que escolheram o aglomerado
Morro das Pedras para desenvolver um projeto piloto voltado para a redução de
homicídios.

As ações desenvolvidas no Morro das Pedras resumiram-se no início em


atividades repressivas, com grandes operações conjuntas entre PMMG e PCMG.
Cerca de 500 policiais subiram o morro, fincaram bandeira e demonstraram grande
aparato bélico de força. As operações duravam em média seis horas e os
resultados não eram significativos, gerando hostilidade por parte da população. O
grande descontentamento da comunidade era traduzido pelas diversas
manifestações populares, fechando avenidas e queimando pneus em sinal de
protesto.

Para contornar esta situação, o 22º BPM implementou uma patrulha de


policiais comandado por um oficial subalterno, denominada "Patrulha Morro das

13
Pedras". Foi uma experiência pioneira, pois manteve diuturnamente os mesmos
policiais militares, por meio de turnos de serviço, no interior deste aglomerado.

Inicialmente a patrulha tinha um caráter essencialmente repressivo. A


partir de março de 2003, os policiais envolvidos com este policiamento foram
capacitados em cursos de Promotor de Polícia Comunitária e Promotor de Direitos
Humanos. A partir desta capacitação, as práticas de policiamento comunitário,
alinhadas com a repressão qualificada, começaram a cativar e resgatar a confiança
dos moradores daquela comunidade.

Assim, a Patrulha Morro das Pedras recebeu a denominação de Grupo


Especializado em Policiamento de Áreas de Risco (GEPAR), nome este que foi
inspirado na descrição do Grupo Especializado em Policiamento em Áreas
Especiais (GEPAE) que já existia nos Morros Pavão e Pavãozinho, na cidade do
Rio de Janeiro.

Assim que o GEPAR foi apresentado pela PMMG para a SEDS como
nova estratégia de atuação no aglomerado Morro das Pedras, e demonstrados os
primeiros resultados que o grupo vinha alcançando, tanto na repressão qualificada
como na interação com a comunidade, de imediato a SEDS e demais membros da
força tarefa decidiram incluí-lo no projeto “Fica Vivo!”.

Esse grupo de trabalho estabeleceu duas estratégias básicas de


atuação no aglomerado: um grupo de Intervenção Estratégica, formado pela
PMMG, PCMG, MP, CRISP/UFMG e Poder Judiciário, com o objetivo de identificar
e capturar os homicidas contumazes e chefes das quadrilhas do morro; e um outro
grupo, de Proteção Social, composto por órgãos públicos do Estado de Minas
Gerais, da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e de Organizações Não
Governamentais (ONGs), para oferecer diversos serviços e oportunidades para
jovens entre 15 e 24 anos, com o intuito de diminuir a mão de obra utilizada pelo
tráfico de drogas. O objetivo era oferecer oportunidades de construção de uma
cultura de paz para os jovens, para competir contra o chamamento deles para o
tráfico de drogas.

O GEPAR atuava nessas duas estratégias, sendo a base do projeto o


“Fica Vivo!”, que estava permanentemente no aglomerado, identificando as

14
principais demandas e levando para discussões nos grupos de Intervenção
Estratégica e de Proteção Social as melhores estratégias de atuação.

Em 2003, o GEPAR foi implantado pela PMMG em sete aglomerados


urbanos de Belo Horizonte que já tinham recebido aporte orçamentário do projeto
Centro de Referência da Criminalidade. São eles: Morro das Pedras, Pedreira
Prado Lopes, Alto Vera Cruz, Taquaril, Cabana de Pai Tomás, Ribeiro de Abreu e
Conjunto Felicidade.

Nos anos sucessivos, essa política foi institucionalizada pela SEDS e


eleita como estratégica básica de atuação da PMMG em aglomerados, com foco na
redução do crime de homicídio. De forma semelhante, o projeto “Fica Vivo!” foi
institucionalizado pela SEDS e expandido para outros aglomerados da capital e
interior, conforme demonstra a Figura 1.

Figura 01: Linha do tempo sobre a criação e evolução do Grupo Especial de


Policiamento em Área de Risco no estado de Minas Gerais (2002-2016)

Fonte: Dados da pesquisa.

3.2 Programa de Controle de Homicídios – “FICA VIVO!”

No ano de 2003, através do Decreto 43.334/03, foi criado o Programa de


Controle de Homicídios, para que os órgãos do Sistema de Defesa Social,

15
atuassem de forma integrada, compartilhando informações e sobretudo, articulando
estratégias e ações de prevenção e repressão aos delitos com objetivo de:
[...] reduzir a incidência de homicídios dolosos, mediante ações de
prevenção e repressão, nas áreas de risco da Região Metropolitana de
Belo Horizonte e em outros municípios do Estado cujos indicadores de
criminalidade violenta o justifiquem, contando, para sua execução, com a
ação integrada dos executivos federal, estadual e municipal, do Poder
Judiciário, do Ministério Público Estadual, bem como das organizações
não governamentais de atendimento ou assistência social e da sociedade
em geral (MINAS GERAIS, 2003, p2).

O Programa de Controle de Homicídios, conhecido e identificado como


“Fica Vivo!” cria e estabelece nas áreas de risco atendidas os denominados
Centros de Prevenção à Criminalidade (CPC), que a partir de um trabalho de
articulação com outros órgãos e equipamentos públicos de base local contribuem
para a execução de dois eixos essenciais à manutenção e perenidade do
programa: a Proteção Social e a Intervenção Estratégica (MINAS GERAIS, 2009b).

3.2.1 Proteção Social

O eixo da proteção tem por objetivo diminuir a vulnerabilidade social dos


aglomerados e vilas com elevados índices criminais, através da interação e
fortalecimento dos equipamentos públicos, formando uma efetiva rede de proteção
social, de base local, além da mobilização de moradores e lideranças comunitárias.

O GEPAR está inserido nessa rede de proteção social e deve atuar


baseando-se no policiamento comunitário para buscar, em conjunto com os
Centros de Prevenção à Criminalidade (CPC), nos locais onde estiverem
instalados, a mobilização social das lideranças comunitárias que atuam nos
equipamentos públicos, como por exemplo: escolas, postos de saúde, Centros de
Referência e Assistência Social (CRAS), Organizações não Governamentais
(ONGs), oficinas de cultura, igrejas, etc.

16
3.2.2 Intervenção Estratégica

O eixo da Intervenção Estratégica visa à integração dos órgãos do


Sistema de Defesa Social e Justiça Criminal com o objetivo de controlar e prevenir
os homicídios dolosos.

Subsidiariamente a esse eixo, criou-se o Grupo de Intervenção


Estratégica (GIE), que tem por objetivo promover ações de repressão qualificada,
por meio da Inteligência de Segurança Pública. O monitoramento de alvos
envolvidos com gangues e organizações criminosas possibilita a identificação de
demandas dos órgãos do Sistema de Defesa Social e, principalmente, fomenta a
corresponsabilidade na solução dos problemas locais.
O GIE reúne-se frequentemente, em reuniões ordinárias e
extraordinárias, para discutir a dinâmica criminal onde o “Fica Vivo!” está instalado,
possuindo a seguinte composição (MINAS GERAIS, 2009b):

a) Secretaria de Estado de Defesa Social:


− Subsecretaria de Administração Prisional (SUAPI);
− Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas (SUASE);
− Direção do Programa “Fica Vivo!”.

b) Polícia Militar de Minas Gerais:


− Comandantes de Unidades de Execução Operacional (UEOp) que
possuem GEPAR;
− Comandantes de Companhia que possuem GEPAR;
− Comandantes de GEPAR.

c) Polícia Civil de Minas Gerais:


− Delegacia de Polícia onde o programa está instalado;
− Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa;
− Delegacia Antidrogas;
− Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.

17
d) Ministério Público:
− Promotoria Criminal;
− Promotoria de Tóxico;
− Promotoria da Infância e Juventude;
− Promotoria de Combate ao Crime Organizado.

e) Poder Judiciário:
− Juízes da Vara Criminal;
− Juízes da Vara de Execução Criminal;
− Juízes da Vara da Infância e Juventude;
− Juízes da Vara de Tóxico.

O diagrama apresentado na Figura 2 apresenta a forma de participação


de cada órgão envolvido.

Figura 2: Diagrama de relacionamento do GEPAR com os órgãos envolvidos com


a Intervenção Estratégica em Áreas de Risco de Minas Gerais

Fonte: Dados da pesquisa (MINAS GERAIS, 2009b).

18
4 MISSÃO DO GEPAR

4.1 Geral

Executar o policiamento ostensivo na área de risco onde a taxa de


homicídio, o tráfico de drogas, a circulação de armas de fogo e a delinquência
infanto-juvenil evoluam para um quadro de descontrole social, devidamente
constatado por meio de estudos técnicos, onde possa emergir foco de associação
delituosa (crime organizado) que desestabilize o ambiente seguro.

4.2 Particular

a) Executar o policiamento comunitário na área de risco, visando


prevenir e resolver, com a participação da comunidade, problemas locais
relacionados ao crime, medo do crime e desordem pública.
b) Fomentar a mobilização social para promover a cultura de paz e a
construção de um ambiente seguro na área de risco sob sua responsabilidade.
c) Combater o crime organizado por meio da repressão qualificada, em
conjunto com os demais órgãos do Sistema de Defesa Social, focalizando ações
estratégicas na área de atuação.

19
5 EXECUÇÃO

O Grupo Especial de Policiamento em Área de Risco (GEPAR) é um


serviço de segurança pública personalizado, que visa priorizar a prevenção ao
delito, reduzir o medo do crime e melhorar a desordem pública. Sua atuação
consiste no emprego do policiamento em área de risco, visando contribuir para a
redução do crime violento e do medo do crime, com ênfase na filosofia de Polícia
Comunitária e respeito aos Direitos Humanos.

5.1 Conceito de atuação

Os problemas sociais são dinâmicos e complexos, dependendo da


intervenção dos diversos órgãos do Sistema de Defesa Social, para sua efetiva
solução, por intermédio da integração e interação. A PMMG, isoladamente, não
consegue solucionar todos os problemas. Desta forma, suas técnicas, táticas e
tecnologias estão limitadas.

Assim, os policiais que atuam no GEPAR devem ter conhecimento e


habilidades necessárias à realização do policiamento de modo integrado às ações
dos outros órgãos do Sistema de Defesa Social e entidades, caracterizadas pela
necessidade de sistematização na atuação da prevenção do crime e manutenção
da ordem.

O GEPAR atuará com base em cartão-programa que permita sua


presença constante nos locais de atuação, principalmente nos horários de maior
clamor público, bem como nos horários de maior incidência de crimes violentos, em
especial o homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

O serviço GEPAR assegura aos policiais militares um conhecimento


factual detalhado do seu setor de atuação, proporcionando um conjunto de
atividades amparadas por técnicas e métodos capazes de promover mudanças
sociais em suas diversas dimensões, que contribuam para os processos de
melhoria da qualidade de vida no ambiente, reorientando o foco de atenção da

20
polícia para a solução de problemas da comunidade e o desenvolvimento de ações
preventivas e proativas.

Para tanto, o GEPAR deve atuar com base em três pilares


fundamentais: prevenção, mobilização social e repressão qualificada.

5.2 Pilares de atuação do GEPAR

5.2.1 Prevenção

A prevenção é definida dentro do contexto policial como o “conjunto de


procedimentos operacionais voltados para a antecipação objetiva à ocorrência de
delitos, tendo em vista a manutenção da ordem pública e da paz social” (MINAS
GERAIS, 2016).

A prevenção possui uma dimensão imediata, que diz respeito ao


emprego do policiamento, e uma dimensão mediata, que se concretiza em ações
de atuação em rede. Portanto, o GEPAR deverá executar as seguintes ações:

a) conhecer a história de formação da comunidade de sua área de


atuação e suas características culturais, visando entender a dinâmica social;

b) atuar diretamente nas causas dos crimes violentos, em especial o


homicídio, bem como o tráfico de drogas ilícitas, porte de arma de fogo e a
delinquência infanto-juvenil;

c) conhecer e identificar os cidadãos infratores que atuam na área de


risco, mantendo banco de dados atualizado com fotos e endereços de todos que
forem presos, organograma e mapas dos locais de atuação de gangues e
quadrilhas para subsidiar a repressão qualificada;

d) realizar contatos com os moradores da área de risco, através de


visitas residenciais, reuniões e fóruns comunitários, interagindo-se com estes, com
o propósito de estabelecer uma relação de confiança recíproca e distingui-los dos
cidadãos infratores;

e) buscar informações de forma antecipada (especialmente em mídias


sociais) sobre festas irregulares em clubes, bares ou mesmo em via púbica,
21
envolvendo os demais órgãos do Sistema de Defesa Social, adotando as medidas
necessárias para evitar a ocorrência de tais eventos, especialmente aqueles sem
alvará da prefeitura municipal e/ou contraindicados pelo Corpo de Bombeiros;

f) realizar ponto base e abordagens policiais sistemáticas nos pontos


suspeitos de venda de drogas, com o intuito de inibir a prática de comércio e uso
nestes locais;

g) manter diálogo com os Gestores, Técnicos e Oficineiros do Centro de


Prevenção à Criminalidade no intuito de fortalecer a rede de proteção local;

h) realizar visitas tranquilizadoras em comércios, casas, escolas e


postos de saúde, visando reestabelecer a sensação de segurança às vítimas de
crimes;

i) atuar no sentido de angariar a confiança da comunidade local, por


intermédio de ações de interação, mantendo contatos frequentes com os
moradores;

j) intensificar as abordagens à pessoas que apresentem fundada


suspeita de portar objetos ilícitos (especialmente armas de fogo e armas brancas);

k) atuar em conjunto com os órgãos que compõem o Sistema de Defesa


Social, ONGs e lideranças comunitárias, de forma a antecipar e identificar as
desordens sociais e fatores de risco, visando reduzir a violência e o crime.

5.2.2 Mobilização Social

Conforme descrevem Toro e Werneck (2004), a mobilização social é o


“ato de convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum,
compartilhando interpretações e sentido”. Segundo eles, “é a partir deste sentido
compartilhado que diferentes indivíduos ou setores da sociedade se reúnem para
começar ou transformar determinados processos, cenários ou ações”.

A DGEOp acrescenta que a mobilização social “é a participação


conjunta da comunidade, empresas, governos e organizações sociais para a
erradicação ou redução de um problema social: a fome, a pobreza, o dano ao meio
ambiente, o desperdício de energia, a segurança pública etc.”

22
Nesse sentido, o GEPAR realizará a mobilização social, executando as
seguintes ações:

a) incentivar a comunidade a mobilizar-se socialmente, com o propósito


de estabelecer objetivos comuns a serem desenvolvidos em prol desta e, por
consequência, contribuir para construção de um ambiente seguro;

b) atuar como mediador entre a sociedade e os órgãos públicos


responsáveis pela infraestrutura urbana da área de risco, sempre que deparar com
demandas específicas deles, no intuito de solucionar os problemas locais;

c) fomentar em conjunto com o Centro de Prevenção à Criminalidade,


nos locais onde estiverem instalados, ações de entretenimento, práticas esportivas,
palestras, projetos preventivos, feiras culturais, campanhas educativas e outros,
dentro do enfoque de participação e interação com a comunidade;

d) realizar ações integradas com os postos de saúde, escolas, centros


de referência de apoio ao cidadão, entre outros, no sentido de contar com a
participação efetiva destes órgãos no atendimento aos anseios sociais;

e) estabelecer parceria entre a população local e a polícia, com o


propósito de trabalharem juntas para identificar, priorizar e solucionar problemas
daquela comunidade, bem como construírem uma identidade recíproca voltada
para a coparticipação na prevenção e produção de segurança;

f) cadastrar líderes comunitários, associações, escolas, postos de


saúde, órgãos de assistência social, organizações não governamentais (ONGs),
rádios comunitárias e quaisquer outras organizações públicas ou privadas que
atuam na área de risco, com o objetivo de fomentar a interação social e a atuação
em rede;

g) promover reuniões comunitárias, incentivar as lideranças locais a


participar do Conselho Comunitário de Segurança Pública (CONSEP) e mobilizar a
comunidade visando à melhoria da qualidade de vida dos moradores, inclusive
propondo a criação de Redes de Proteção Preventiva;

h) fomentar e participar de projetos sociais que visem a interação da


comunidade com a PMMG e demais órgãos do Sistema de Defesa Social,

23
melhorando assim o relacionamento e a visão dos moradores locais em relação à
polícia e resgatando a dignidade dessas pessoas.

5.2.3 Repressão Qualificada

A repressão qualificada é definida da seguinte forma na Diretriz Geral


para Emprego Operacional (DGEOp) da PMMG:

Conjunto de medidas adotadas por órgãos policiais com o objetivo de [...]


reprimir crimes de forma pontual, mediante utilização da análise criminal e
da Inteligência de Segurança Pública na produção de conhecimentos,
visando resultados pontuais de contenção e redução da criminalidade.

Já a Diretriz nº 3.02.01/2009-CG, que regula os procedimentos e


orientações para a execução com qualidade das operações na PMMG, conceitua a
repressão qualificada da seguinte forma:

Atuação precedida de conhecimentos de Inteligência de Segurança


Pública, com vistas a identificação de criminosos contumazes, grupos de
infratores, atividades de gangues e quadrilhas, de modo a conhecer os
respectivos líderes e seus cooperadores, modus operandi, locais de
homizio, o grau de periculosidade e a forma de destinação dos dividendos
da atividade criminosa, de modo a permitir a adoção de medidas pontuais
de repressão ao problema identificado.

Nesse contexto, o GEPAR executará a repressão qualificada através


das seguintes ações:

a) executar ações policiais efetivas contra a criminalidade,


estabelecendo-se uma atuação integrada com demais órgãos do Sistema de
Defesa Social, com o objetivo de combater o crime violento na comunidade,
sobretudo o homicídio, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo, roubo e
extorsão;

b) realizar operações policiais em bares e estabelecimentos congêneres,


casas de show e outros locais que pela sua natureza fomentem o homicídio, o
tráfico de drogas, o porte ilegal de arma de fogo e a delinquência infanto-juvenil,
preferencialmente, em conjunto com os demais órgãos do Sistema de Defesa
Social e outros que por sua natureza social possam contribuir para a solução do
problema;

24
c) buscar em conjunto com as Seções de Inteligência das Unidades de
Execução Operacional, informações úteis sobre locais onde estejam sendo
guardadas ou manuseadas armas e drogas, e/ou estejam homiziados infratores
procurados, solicitando ao Poder Judiciário, a expedição de mandados de busca e
apreensão para estes locais;

d) elaborar dossiês sobre infratores contumazes na prática de crimes


violentos, visando possibilitar a priorização e focalização de ações por parte do
Ministério Público e Polícia Civil;

e) acompanhar a evolução dos crimes violentos e homicídios e suas


correlações com integrantes de quadrilhas e gangues instaladas no território de
atuação;

f) manter o acompanhamento das denúncias anônimas, principalmente


as advindas do serviço Disque Denúncia Unificado (DDU), referente a área de
atuação;

g) monitorar as ações de infratores integrantes de quadrilhas instaladas


nos locais de atuação, subsidiando de informações as Unidades de Execução
Operacional para o planejamento de ações e operações conjuntas, evitando assim
a ocorrência do crime;

h) intensificar operações integradas com as Delegacias de Área e


Especializada em Homicídios, visando capturar homicidas contumazes;

i) combater os eventos irregulares que possibilitem a prática de delitos,


a sensação de insegurança e a desordem pública;

j) participar do Grupo de Intervenção Estratégica (GIE) do Programa


“Fica Vivo!”, onde houver, em parceria com o Ministério Público, com vistas a
somar esforços no combate às organizações criminosas que atuam no aglomerado.

25
5.3 Níveis de Prevenção

O trabalho preventivo da PMMG é dividido em três níveis, conforme a


Diretriz nº 3.01.06/2011, que regula a aplicação da filosofia de Polícia Comunitária
pela Polícia Militar de Minas Gerais. São eles:

a) Prevenção Primária: consiste em ações dirigidas ao meio ambiente


físico e/ou social, com foco prioritário nos fatores de risco e de proteção. Inclui
ações de prevenção social e de prevenção situacional. A primeira implica em
mudanças mais abrangentes na estrutura da sociedade ou comunidade, que visam
reduzir a pré-disposição para a prática de crimes e violências na sociedade, como
por exemplo a ampliação dos serviços de saúde direcionados a famílias com filhos
recém-nascidos, ampliação das oportunidades de educação e trabalho na
comunidade. A prevenção situacional acarreta mudanças mais restritas e pontuais
em áreas ou situações em que ocorrem os crimes e violências, com o fito de
reduzir as oportunidades para a prática de crimes e violências na sociedade. Tem
como exemplos o controle e a limitação do uso de armas, a modificação de
horários e locais de atividades econômicas, sociais e culturais e o aumento da
vigilância.

b) Prevenção Secundária: é definida como o conjunto de ações dirigidas


às pessoas e grupos mais suscetíveis de praticar ou sofrer crimes e violências,
bem como aos fatores que contribuem para sua vulnerabilidade e ou resiliência, a
fim de evitar o seu envolvimento com o crime e a violência, ou limitar os danos
causados por este envolvimento. As ações de prevenção secundária são
frequentemente dirigidas aos jovens, adolescentes e membros de grupos
vulneráveis em situação de risco, como crianças, mulheres e idosos, em casos de
violência doméstica ou intrafamiliar, e afrodescendentes, em casos de violência
discriminatória de caráter racial.

c) Prevenção Terciária: consiste em ações dirigidas às pessoas que já


praticaram crimes e violências, com o objetivo de evitar a reincidência e promover o
seu tratamento, a reabilitação e reintegração familiar, profissional e social,
conforme o caso. Inclui também ações voltadas para as pessoas que já foram
vítimas de crimes e violências, visando reduzir a sensação de insegurança e
26
prevenir a reincidência vitimaria. A prevenção do crime e da violência pode ser
realizada por distribuição de ações em algumas áreas temáticas específicas, como
comunidade, família, escola, trabalho e geração de renda, polícia, justiça criminal,
sistema prisional e saúde.

O GEPAR atuará nos três níveis de prevenção descritos, visando


contribuir de forma efetiva para a preservação da ordem pública e da paz social na
área de risco sob sua responsabilidade.

5.4 Acompanhamento e controle

O acompanhamento e o controle do GEPAR serão realizados por meio


de dois instrumentos gerenciais: avaliação mensal do serviço e Comissão de
Acompanhamento do GEPAR.

5.4.1 Avaliação Mensal

Todas as atividades preventivas e repressivas desenvolvidas pelo


GEPAR deverão ser registradas pelas equipes por meio do sistema de Registro de
Eventos de Defesa Social (REDS), de forma que seja possível tabular e avaliar as
ações e operações desenvolvidas no local de atuação.

Assim, ao término do cada mês, o Comandante do GEPAR deverá


remeter ao Comandante de Cia e à Seção de Planejamento e Emprego
Operacional da Unidade, relatório pormenorizado contendo a produtividade de
cada equipe, as principais ações/operações desenvolvidas no mês, bem como as
observações e demandas inerentes ao serviço apresentadas pelos militares.

Tal medida possibilitará a avaliação sistemática do GEPAR, de forma


quantitativa e qualitativa, contribuindo para a correção de inconformidades e a
constante melhoria dos serviços prestados.

27
5.4.2 Comissão de Acompanhamento do GEPAR

A UEOp deverá compor uma Comissão de Acompanhamento do


GEPAR, chefiada pelo Subcomandante da Unidade e composta pelo chefe da
Seção de Inteligência, chefe da Seção de Planejamento e Emprego Operacional,
Comandante do GEPAR, um Oficial QOS Psicólogo e Assessor Jurídico da
Unidade, que acompanharão sistematicamente o desempenho dos policiais
militares componentes dos GEPAR.

A comissão avaliará o grupo semestralmente, confeccionando relatório


específico, conforme modelo constante no Anexo “B”, no qual deverá expor as
observações gerais do grupo, abordando aspectos administrativos e operacionais,
ficando arquivado no Núcleo de Prevenção Ativa (NPA) da UEOp, em pasta
própria.

A participação do Oficial QOS Psicólogo e Assessor Jurídico na referida


Comissão ficará sujeita à existência destes profissionais na Unidade.

5.5 Atribuições dos elementos subordinados

5.5.1 Chefe da Seção de Inteligência – P2

a) Repassar aos Comandantes de Cia e Comandantes dos GEPAR os


dados e informações referentes à segurança pública nas áreas de risco envolvidas
que forem pertinentes e relevantes para a atuação do GEPAR, principalmente no
que diz respeito aos infratores e quadrilhas atuantes nas localidades.
b) Atuar em apoio aos Comandantes dos GEPAR, disponibilizando os
recursos humanos e logísticos necessários para operações e levantamentos de
dados e informações específicas.
c) Integrar a Comissão de Acompanhamento do GEPAR, fornecendo as
informações necessárias à Comissão e emitindo os pareceres pertinentes.
d) Monitorar os casos de ameaças contra policiais militares do GEPAR e
suas famílias.

28
5.5.2 Chefe da Seção de Planejamento e Emprego Operacional – P3

a) Exercer a coordenação técnica do emprego do GEPAR, por meio do


Núcleo de Prevenção Ativa (NPA) da Unidade, apoiando o processo de avaliação
mensal das equipes.
b) Fornecer, sistematicamente e quando solicitado, à Companhia e ao
GEPAR, as informações de análise criminal referentes à evolução da criminalidade
nas respectivas áreas de atuação.
c) Integrar a Comissão de Acompanhamento do GEPAR, fornecendo as
informações necessárias à Comissão e emitindo os pareceres cabíveis.

5.5.3 Comandante de Companhia PM

a) Apoiar o comandante do GEPAR, de acordo com a disponibilidade de


recursos humanos e logísticos, com adoção das medidas necessárias para a
efetiva atuação do grupo.
b) Supervisionar as atividades do GEPAR, procurando obter feedback da
comunidade em que o grupo atua, por meio de reuniões e contatos comunitários;
c) Exercer a coordenação e o controle da atuação operacional do
GEPAR, acompanhando as ações e operações desenvolvidas pelo grupo.
d) Acompanhar os integrantes do GEPAR em sua missão, propondo ao
Subcomandante do Batalhão a avaliação de policial militar pela Comissão de
Acompanhamento do GEPAR, nos casos que se fizerem necessários.
e) Participar de reuniões comunitárias, requeridas pelo GEPAR, quando
necessário.
f) Indicar a inclusão de policiais militares no GEPAR.
g) Propor ao Comando do UEOp a participação de policiais do GEPAR
em treinamentos e cursos específicos.
h) Repassar, sistematicamente, ao GEPAR, informações sobre a
evolução da criminalidade nos locais onde atuam, elaborando diretrizes de atuação
para o grupo.

29
5.5.4 Comandante do GEPAR

a) Coordenar as atividades do GEPAR, cumprindo as diretrizes do


Comando da Cia PM e da UEOp, e seguindo o previsto na presente instrução.
b) Gerenciar para que todas as atividades desenvolvidas pelo grupo
sejam lançadas no sistema de Registro de Eventos de Defesa Social (REDS), via
Relatórios de Atividades (RAt) ou Boletim de Ocorrência Simplificado (BOS),
construindo mensalmente bancos de dados com informações quantitativas e
qualitativas.
c) Promover o Treinamento Técnico (TT), visando aprimorar a atuação
dos policiais no que tange a prevenção, mobilização social e repressão qualificada.
d) Manter rigoroso controle da atuação dos integrantes do grupo.
e) Conhecer as ocorrências registradas em seu território de
responsabilidade.
f) Elaborar os cartões-programas das equipes, fiscalizando quanto ao
seu cumprimento;
g) Solicitar intervenção dos órgãos que compõem o Sistema de Defesa
Social na área de risco, objetivando a atuação integrada na resolução de
problemas locais.
h) Repassar ao Comandante de Cia as necessidades de aprimoramento
e participação de policiais do grupo em cursos relacionados à atuação do GEPAR.
i) Propor ao Comandante de Cia a inclusão ou afastamento de policiais
no GEPAR.
j) Participar, junto ao Comando da Cia, do planejamento da atuação do
GEPAR.
k) Realizar reuniões e manter diálogo com os membros do Centro de
Prevenção Criminal (CPC), Oficineiros e Gestores do “Fica Vivo!”, conforme
previsto na Resolução Conjunta nº 160/20131, realizando o respectivo registro no
módulo REDS, através do Relatório de Atividade com a natureza A-19.005
(Reunião do GEPAR com o Centro de Prevenção a Criminalidade).
l) Participar das reuniões do GIE, levando as necessidades de
intervenção dos demais órgãos no setor de atuação.

1
A Resolução Conjunta nº 160/2013-SEDS-PMMG, de 14 de janeiro de 2013, estabelece as
diretrizes de atuação conjunta entre os Grupos Especiais de Policiamento em Áreas de Risco
(GEPAR) e os Centros de Prevenção à Criminalidade (CPC).
30
m) Gerenciar junto ao Coordenador de Policiamento da Unidade (CPU) o
apoio de outra viatura para registrar as ocorrências de menor potencial ofensivo,
atendidas inicialmente pelo GEPAR, que careçam de condução, visando a
permanência do grupo na área de risco.
n) Fomentar a realização de eventos de integração entre os
componentes do GEPAR, integrantes dos órgãos do Sistema de Defesa Social,
lideranças comunitárias e demais parceiros da área de atuação.
o) Integrar a Comissão de Acompanhamento do GEPAR, fornecendo as
informações necessárias à Comissão e emitindo os pareceres pertinentes.

31
6 CRITÉRIOS PARA ATIVAÇÃO DO GEPAR

A criação do GEPAR deverá ser precedida de estudo de situação


pormenorizado, elaborado pela Unidade de Execução Operacional (UEOp)
interessada, que deverá conter os seguintes dados e informações, dentre outros
úteis:

a) quantidade de aglomerados urbanos e/ou áreas de risco;


b) histórico de formação dos aglomerados;
c) população residente (conforme último censo do IBGE);
d) Índice de Desenvolvimento Humano (IDH);
e) Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM);
f) Índice de Crimes Violentos (ICV);
g) taxa de homicídios;
h) taxa de crimes relacionados ao tráfico e consumo de drogas;
i) custos logísticos, administrativos e operacionais para implantação;
j) órgãos públicos e ONGs existentes;
k) relação das principais lideranças comunitárias;
l) projetos sociais existentes no território do aglomerado.

Sendo aprovado pela Região de Polícia Militar (RPM), o estudo de


situação deverá ser encaminhado por esta à Diretoria de Apoio Operacional
(DAOp), que efetuará a sua análise, emitindo parecer técnico sobre a viabilidade ou
não da criação do GEPAR, encaminhando ao Chefe do Estado-Maior para decisão
final e publicação.

Caso os locais de atuação do GEPAR deixem de ser caracterizados


como “áreas de risco”, os integrantes do grupo poderão ser remanejados para
outras atividades do policiamento ostensivo geral ou realocados para outra área de
risco que já possua o serviço, de acordo com as necessidades da Unidade, desde
que seja procedido estudo de situação para desativação e haja autorização do
Comandante Regional, dando-se conhecimento à DAOp e Estado-Maior.

32
As Unidades que já possuem o serviço GEPAR ativo deverão elaborar
estudo de situação, caso ainda não tenham feito, para que o serviço prestado seja
validado pelo nível estratégico da PMMG.

33
7 RECURSOS HUMANOS E LOGÍSTICOS

7.1 Recursos humanos

7.1.1 Composição do GEPAR

Cada guarnição do GEPAR deverá ser constituída por 03 (três) ou 04


(quatro) policiais militares, que permanecerão na área de risco, não podendo haver
remanejamento para outro setor, exceto em casos de prioridade e extrema
gravidade.

Na área de risco onde houver implantado o Programa “Fica Vivo!”, o


GEPAR deverá ser comandado por um oficial subalterno.

Os policiais militares incluídos no GEPAR deverão permanecer neste


serviço por no mínimo 02 (dois) anos, salvo se houver solicitação de afastamento,
que deverá ser precedida de criteriosa avaliação da Comissão de
Acompanhamento do GEPAR. A solução e homologação será de competência do
comandante da UEOp.

7.1.2 Seleção

7.1.2.1 Requisitos

A seleção dos policiais militares para trabalhar no GEPAR tem por


objetivo identificar, entre os interessados, aqueles com características adequadas
para prestar o serviço às comunidades que moram em área de risco. Portanto, os
policiais militares a serem entrevistados deverão ser pré-selecionados por seu
comando, baseando-se nos seguintes requisitos:

a) ser voluntário;

b) ter no mínimo 01 (um) ano de efetivo serviço na atividade operacional;

34
c) não ter sido punido nos últimos 05 (cinco) anos por crimes de tortura,
abuso de autoridade, emprego indevido de arma de fogo, uso de bebida alcoólica
ou outras transgressões de natureza grave;

d) não estar submetido a PADS ou PAD;

e) não estar processado por crime contra pessoa ou contra o patrimônio


que atente contra a imagem da Instituição, sem a declaração de ação legítima;

f) ter condicionamento físico e disponibilidade para frequentar cursos e


treinamentos de capacitação para o serviço GEPAR;

g) estar aprovado no Treinamento Policial Básico (TPB).

7.1.2.1 Divulgação

A necessidade de inclusão de policiais militares ao serviço GEPAR, bem


como as peculiaridades do trabalho a ser desenvolvido, deverão ser amplamente
divulgadas pela Seção de Comunicação Organizacional da UEOp.

7.1.2.2 Reunião coletiva

Os policiais militares pré-selecionados serão informados sobre o


processo ao qual serão submetidos e receberão informações detalhadas sobre o
serviço do GEPAR. Nesta ocasião, os candidatos preencherão a primeira parte do
Formulário de Triagem contido no Anexo “A”.

7.1.2.3 Entrevista individual

Cada candidato será entrevistado pela equipe avaliadora, de forma


semidiretiva, buscando-se dados que permitam o preenchimento dos demais itens
do Formulário de Triagem, conforme Anexo “A”.

O policial candidato será submetido a um exame de avaliação


psicológica, quando serão mensuradas as seguintes características:

a) capacidade de tomada de decisão;

b) capacidade de administração de conflitos;

35
c) conhecimento técnico do trabalho;

d) dinamismo;

e) relacionamento interpessoal;

f) capacidade de trabalhar em equipe;

g) habilidade de comunicação.

O Formulário de Triagem terá sua primeira parte avalizada pela Seção


de Recursos Humanos (P1) e pela Seção de Inteligência (P2) da Unidade do
candidato. Após parecer do Psicólogo, na segunda parte, o formulário deverá ser
encaminhado ao NPA da Unidade, para arquivo.

7.1.3 Capacitação

Os policiais selecionados serão submetidos a um treinamento


complementar próprio, denominado Curso de Capacitação GEPAR, com disciplinas
voltadas para a filosofia de Polícia Comunitária, mobilização social, direitos
humanos e prevenção ao uso de drogas, além de técnicas e táticas policiais,
visando uma maior qualificação profissional e, por conseguinte, melhorar o
atendimento ao público alvo.

O curso de Capacitação GEPAR é destinado à capacitação básica dos


policiais militares selecionados para atuarem no serviço. Deverá ser desenvolvido
conforme a Diretrizes da Educação da Polícia Militar (DEPM), por meio de
planejamento específico a ser desenvolvido pela Academia da Polícia Militar
(APM), por intermédio do Centro de Treinamento Policial (CTP), podendo ser
executado até o nível de UEOp.

O curso de Multiplicador GEPAR destina-se à capacitação de Oficiais e


Praças para atuarem na docência dos cursos GEPAR, bem como em todas as
atividades referentes ao treinamento deste grupo. Serão formadas turmas de
acordo com a necessidade da corporação, atendendo a grade curricular da DEPM,
conforme planejamento específico a ser desenvolvido pela APM, por intermédio do
CTP, podendo ser executado até o nível de RPM.

36
Os comandantes de GEPAR, em conjunto com as Adjuntorias de Ensino
e Treinamento (AET) deverão manter relação atualizada de cursos/treinamentos
realizados pelos militares do GEPAR e indicá-los para realização de outros cursos
relacionados às atividades do grupo, tais como Promotor de Polícia Comunitária,
Promotor de Direitos Humanos, Operador de Instrumentos de Menor Potencial
Ofensivo (IMPO) e outros que se fizerem necessários à qualificação profissional
dos militares do GEPAR.

7.2 Recursos logísticos

Tendo em vista as atividades de prevenção, mobilização social e


repressão qualificada, desenvolvidas pelo GEPAR nas áreas de riscos, é
necessária a utilização de recursos logísticos apropriados para o desenvolvimento
e cumprimento da missão.

7.2.1 Armamento e equipamento

Cada policial militar da guarnição GEPAR deverá, ao assumir o serviço,


equipar-se com colete balístico individual, cinto de guarnição e algema, e armar
com pistola calibre .40, com 3 (três) carregadores municiados, além de outros
equipamentos individuais que forem necessários para execução do serviço.

Dentro do possível, deverão ser disponibilizados para uso exclusivo do


GEPAR os seguintes armamentos e equipamentos, dentre outros:

− submetralhadora MT 40;

− fuzil calibre 5,56 e ou 7,62mm;

− espingarda/escopeta calibre 12;

− kit de IMPO, contendo espargidores, armas de impulso elétrico,


munições químicas e de impacto controlado;

− escudo e capacete balístico ou anti-tumulto;

37
− binóculos infravermelho;

− bastões de madeira/tonfa;

− lanternas;

− cordas;

− fita de isolamento de local de crime;

− rádios portáteis (HT);

− alicate corta vergalhão “corta frio”;

− kit de biossegurança;

− kit de primeiros socorros;

− maquinas fotográficas/filmadoras digital;

− notebooks;

− tablets com acesso à internet.

7.2.2 Viatura

Serão destinadas ao GEPAR viaturas com potência e torque adequados


às características físicas dos locais de atuação, que em sua maioria possuem
ladeiras e vielas íngremes. Também deverão ter espaço adequado para
acondicionamento dos armamentos e equipamentos, compartimento para
transporte de presos, giroflex, sirene e rádio móvel (VHF/FM).

A identificação visual da viatura do GEPAR (plotagem) deverá seguir as


normas de comunicação visual da Corporação, vedando-se a adoção de modelos,
cores, logomarcas ou palavras não previstas.

38
8 PRESCRIÇÕES DIVERSAS

8.1 A escala do comandante do GEPAR deverá ser adequada de modo que


possibilite: a participação em reuniões, encontros e despachos com autoridades
diversas; o contato com as equipes subordinadas; o planejamento eficiente das
ações; o mapeamento de grupos criminosos e o estudo da dinâmica criminal local.

8.2 Os Treinamentos Táticos do GEPAR deverão abordar assuntos técnicos


e operacionais relacionados ao serviço e outros de interesse da UEOp, registrados
em livro próprio.

8.3 O GEPAR não poderá ser empenhado em ocorrências fora de seu


território de atuação, exceto em caso de prioridade e extrema gravidade.

8.4 O Coordenador de Policiamento da Unidade (CPU) não poderá


remanejar os policiais militares empregados no GEPAR para outras atividades, ou
modalidades de policiamento, sem autorização do Comandante de Companhia.

8.5 A retirada do policiamento do GEPAR para execução de atividade


programada diversa, fora de sua área de atuação, deverá ser realizada mediante
planejamento prévio, devendo ser autorizada pelo Comandante de Cia e
comunicada previamente ao Comando da UEOp.

8.6 As viaturas utilizadas pelo GEPAR não poderão ser usadas por outros
policiais, exceto se devidamente autorizado pelo Comando da UEOp.

QCG em Belo Horizonte, 23 de junho de 2016.

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CEL PM


COMANDANTE-GERAL

39
REFERÊNCIAS

Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da Universidade Federal


de Minas Gerais. Diagnóstico da Criminalidade Violenta na Região
Metropolitana de Belo Horizonte: Estudo Espaço Temporal do período 1986-
2001. Disponível em: http://www.crisp.ufmg.br. Acesso em julho de 2006.

MINAS GERAIS. Diário do Executivo. Decreto n. 43.334, de 20 de maio de 2003.


Cria o Programa Controle de Homicídios do Estado de Minas Gerais. Belo
Horizonte, 2003.

______. Polícia Militar. Comando-Geral. Diretriz nº 03.01.01/2016-CG. Diretriz


Geral para Emprego Operacional da Polícia Militar de Minas Gerais. 2ª Edição
revisada. Belo Horizonte, 2016.

______. Polícia Militar. Comando Geral. Diretriz nº 3.01.06/2011-CG. Regula a


Aplicação da Filosofia de Polícia Comunitária pela Polícia Militar de Minas Gerias.
Belo Horizonte, 2011a.

______. Polícia Militar. Comando-Geral. Diretriz nº 03.02.01/2009-CG. regula


procedimentos e orientações para a execução com qualidade das operações na
Polícia Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2009a.

______. Polícia Militar. Comando-Geral. Resolução nº 4.185, de 18 de dezembro


de 2011. Dispõe sobre o Portfólio de Serviços das Unidades de Execução
Operacional com responsabilidade territorial e da Corregedoria e dá outras
providências. Belo Horizonte, 2011b.

______. Secretaria de Estado de Defesa Social; Polícia Militar. Resolução


Conjunta nº 160, de 14 de janeiro de 2013. Estabelece as diretrizes de atuação
conjunta entre os Grupos Especiais de Policiamento em Áreas de Risco (GEPAR) e
os Centros de Prevenção à Criminalidade (CPC). Belo Horizonte, 2013.

______. Secretaria de Estado de Defesa Social. Superintendência de Prevenção à


Criminalidade. Prevenção Social à Criminalidade: a experiência de Minas Gerais.
Belo Horizonte, 2009b.

TORO, Bernando; WERNECK, Nísia Maria Duarte. Mobilização social: um modo de


construir a democracia e a participação. Belo Horizonte: Autentica, 2004.

40
ANEXO “A” - FORMULÁRIO DE TRIAGEM

1ª PARTE (PREENCHIMENTO PELO CANDIDATO)

Nome: ___________________________________________________________________

N° Pol:________ P/G:____________ Grau de instrução: ____________________

RPM: ________ UEOp: ________ Cia PM:___________

1 MOTIVAÇÃO

1.1 Voluntário para participar do curso e atuar no GEPAR: ( ) Sim ( ) Não


Motivos
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

1.2 Conhece os objetivos do curso? ( ) Sim ( ) Não


Esclarecer
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

1.3 Como se sente diante dos objetivos do curso? Você já atuou no GEPAR? (descreva
sobre sua prática)
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

2 CONHECIMENTO DO TRABALHO E/OU EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL


2.1 Qual dos cursos abaixo você possui? Citar quando e onde realizou cada curso.
( ) Promotor de Direitos Humanos. ( ) Promotor de Polícia Comunitária.
( ) Professor de Direitos Humanos. ( ) Multiplicador de Polícia Comunitária.
( ) Instrutor do PROERD.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

41
2.2 Você cometeu transgressão disciplinar de abuso de autoridade, emprego indevido de
arma de fogo, uso de bebida alcoólica ou outra transgressão de natureza grave, transitada
em julgado, nos últimos 05 anos? ( ) Sim ( ) Não. Citar qual?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

2.3 Você está submetido a Processo Administrativo Disciplinar (PAD) ou Processo


Administrativo Sumário (PADS) ( ) Sim ( ) Não. Citar qual?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

3 PERCEPÇÃO DA FILOSOFIA E ATIVIDADES DO GEPAR


3.1 Possibilidades e Benefícios
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
3.2 Desafios
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

4 SOBRE SUA SAÚDE


4.1 Já sentiu necessidade de procurar ajuda de profissional de saúde mental?
( ) Sim ( ) Não Por qual motivo? Há quanto tempo?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
4.2 Já fez uso de remédio controlado (pressão, diabetes, entre outros...)?
( ) Sim ( ) Não Qual e por qual motivo?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
4.3 Quando você gosta de usar bebida alcoólica?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
4.4 Já foi punido em função do uso de bebidas?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

42
4.5 Relate sobre internações, tratamentos, acidentes sofridos (no trabalho e fora dele).
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

4.6 Como está seu estado de saúde atual?


________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

ATESTO QUE AS INFORMAÇÕES ACIMA DECLARADAS SÃO VERDADEIRAS.

____________________, _______ de ___________________ de 20 ____.

__________________________________________
Assinatura do Candidato

43
2ª PARTE (PREENCHIMENTO PELA EQUIPE AVALIADORA)

5 HABILIDADES
Baseando-se nas atividades desenvolvidas, a Equipe Avaliadora deve atribuir uma nota
(descrita entre os parênteses), para facilitar o processo de seleção dos candidatos. Para
isso, deverá ser observada a seguinte classificação:

FRACO (1 PONTO), REGULAR (5 PONTOS), BOM (7 PONTOS) ou ÓTIMO (9 PONTOS).

QUESITOS PONTOS

1 Capacidade de tomada de decisão


2 Capacidade de administração de conflitos
3 Conhecimento do trabalho
4 Dinamismo
5 Relacionamento interpessoal
6 Capacidade de trabalhar em equipe
7 Habilidade de comunicação
SOMA TOTAL
MÉDIA (dividir a SOMA TOTAL por 7)
O candidato não poderá ser APROVADO se receber o conceito
FRACO (1-4) em um dos quesitos.

6 CONCEITO do PM (Regulamentado no Art. 5º do Código de Ética da PMMG)


Para preencher os itens 7 e 8, a Equipe Avaliadora deve consultar a Seção de Recursos Humanos
da UEOp.
( ) A 50 pontos positivos ( ) B 49 positivos até 50 pontos negativos
( ) C mais de 50 pontos negativos

7 TREINAMENTO POLICIAL BÁSICO

MÓDULO _____ TCF ________ PROVA NOTA _________


TIRO TAF
ANO_________ ANO_________ ESCRITA ANO__________

8 SELECIONADO? ( ) Sim ( ) Não. Citar a justificativa.


________________________________________________________________________________
________________________________________________________________
____________________, _______ de ___________________ de 20 ____.

Oficial PM Oficial Psicólogo

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CEL PM


COMANDANTE-GERAL

44
ANEXO “B” - MODELO DE RELATÓRIO SEMESTRAL DA COMISSÃO DE
ACOMPANHAMENTO DO GEPAR

PARTE 1 - SEÇÃO DE INTELIGÊNCIA (P2)

___RPM - ____BPM - ____Cia: Vigência: ___/___/_____ à ___/___/_____

Data: __/__/_____ Aglomerado: ____________________________

1 GESTÃO DE INTELIGÊNCIA

1.1 Aspectos Positivos:

1.2 Aspectos Negativos:

1.3 Sugestões:

___________________________________
Chefe da Seção de Inteligência (P/2)

45
PARTE 2 - SEÇÃO DE EMPREGO OPERACIONAL (P3)

2 INDICADORES CRIMINAIS

2.1 Inserir gráfico (linhas) com Índice de Criminalidade Violenta dos últimos 12 meses no
AGLOMERADO.

Fonte: Armazém de dados.

2.2 Inserir gráfico (linhas) com a Taxa de Homicídio dos últimos 12 meses no
AGLOMERADO.

Fonte: Armazém de dados

46
2.3 Indicador de interação comunitária

2.3.1 Número de Reuniões do GEPAR com o Centro de Prevenção à Criminalidade.

Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez TOTAL

Qtd

2.3.2Houve participação de outros membros do GEPAR? Se sim, quais as considerações


mais importantes?

2.4 Sugestões:

____________________________________________________
Chefe da Seção de Planejamento e Emprego Operacional (P/3)

47
PARTE 3 - JURÍDICO E PSICOLÓGICO

3 GESTÃO DE PESSOAS

3.1 Capacitação pessoal. Houve pessoas treinadas no curso GEPAR, seminário, Estudos
Técnicos, etc.?

Detalhar:

3.2 Acompanhamento Psicológico. Houve militares atendidos e/ou encaminhados? Houve


algum trabalho realizado com o grupo GEPAR?

3.3 Assistência Jurídica. Houve necessidade de assistência jurídica a algum militar


GEPAR? Houve palestras, roda de conversa ou outro tipo de aproximação com a
Assessoria Jurídica da UEOp?

3.4 Proposições / encaminhamentos:

______________________________________________
Assessor Jurídico da UEOp

______________________________________________
Oficial Psicólogo

48
PARTE 4 - COMANDANTE DO GEPAR

4 GESTÃO OPERACIONAL

4.1 Fortalezas

4.1.1 Aspectos positivos, dentro da PMMG, que facilitaram a realização do serviço:

4.1.2 Proposições / encaminhamentos:

4.2 Oportunidades

4.2.1 Aspectos positivos, fora da PMMG, que ajudaram o GEPAR:

4.2.2 Proposições / encaminhamentos:

4.3 Deficiências

4.3.1 Aspectos negativos, dentro da PMMG, que atrapalharam a realização do serviço:

4.3.2 Proposições / encaminhamentos:

4.4 Ameaças

4.4.1 Aspectos negativos, fora da PMMG, que prejudicaram o GEPAR:

4.4.2 Proposições / encaminhamentos

5 ARTICULAÇÃO INTERINSTITUCIONAL

5.1 Principais temas / assuntos discutidos em reuniões mensais entre Membros GEPAR e
do Programa “Fica Vivo!”/Mediação de Conflitos nas reuniões mensais.

5.2 Aspectos importantes pactuados para intervenção na dinâmica da violência no território


de atuação

49
6 FICHA PESSOAL DO GEPAR (POR GRUPO GEPAR)

CAPACITAÇÃO EM CURSOS

P/G Nome Completo Tempo de
Ordem BI de CPPC CPDH
serviço CGEPAR CMPC CPPC CProf DH CPDH
Publicação (via web) (via web)
(em anos)

Legenda:

CGEPAR: Curso de Capacitação GEPAR 44h/a;


CMPC: Curso Multiplicador de Polícia Comunitária;
CPPC: Curso Promotor de Polícia Comunitária;
CPPC: Curso Promotor de Polícia Comunitária (via Web);
CprofDH: Curso Professor de Direitos Humanos;
CPDH: Curso Promotor de Direitos Humanos;
CPDH: Curso Promotor de Direitos Humanos (via Web).

50
7 FICHA DE RECURSOS MATERIAIS RECEBIDOS EXCLUSIVAMENTE PARA O
GEPAR

MATERIAIS QUANTIDADE Nº. PATRIMÔNIO

8 SUGESTÕES

______________________________________________
COMANDANTE DO GEPAR

_________________________________________
COMANDANTE DA UEOp

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CEL PM


COMANDANTE-GERAL

51
Página: ( - 290 - )

( - Separata do BGPM Nº 47, de 28 de Junho de 2016 - )

MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL

CONFERE COM O ORIGINAL:

GILBERTO PROTÁSIO DOS REIS, TEN CEL PM


AJUDANTE-GERAL

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