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15/2020-CG
2ª edição revisada
BELO HORIZONTE - MG
2020
INSTRUÇÃO Nº 3.03.15/2020-CG
2ª edição revisada
BELO HORIZONTE – MG
2020
Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).
Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.
Circulação restrita.
ADMINISTRAÇÃO
Comando-Geral da Polícia Militar
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas,
Rodovia Papa João Paulo II, nº 4143 – 6º Andar, Bairro Serra Verde
Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900
COMANDANTE-GERAL DA PMMG
CEL PM GIOVANNE GOMES DA SILVA
SUPERVISÃO TÉCNICA
TEN CEL PM WAGNER ALAN DE MATTOS
CHEFE DA ASSESSORIA ESTRATÉGICA DE EMPREGO OPERACIONAL
REDAÇÃO
TEN CEL PM CLÁUDIA HERCULANA FERREIRA GLÓRIA
TEN CEL PM SANDRO ALEX CANUTO GONÇALVES
TEN CEL PM CLEIDE BARCELOS DOS REIS RODRIGUES
MAJ PM QOS CLÁUDIA PEDROSA SOARES
MAJ PM JOVÂNIO CAMPOS MIRANDA
MAJ PM ANDERSON RODRIGUES SOARES
CAP PM QOS JOICE LIMA CARVALHO DE PAULA
SCPM ROSANA PAIVA SOARES DE QUADROS
COLABORADORA
1º SGT PM MÁRCIA DANIELA BANDEIRA SILVA
REVISÃO DOUTRINÁRIA
TEN CEL PM WAGNER ALAN DE MATTOS
TEN CEL PM SANDRO ALEX CANUTO GONÇALVES
3º SGT PM DANIELLE SUELI VENTURA
REVISÃO FINAL
TEN CEL PM WAGNER ALAN DE MATTOS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BO - Boletim de Ocorrência
BOS - Boletim de Ocorrência Simplificado
BPM - Batalhão de Polícia Militar
CAD - Controle de Atendimento e Despacho
CG - Comando-Geral
Cia PM - Companhia de Polícia Militar
Cia PM Ind. - Companhia de Polícia Militar Independente
CPU - Coordenador de Policiamento da Unidade
CRAS - Centro de Referência de Assistência Social
CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social
DAOp - Diretoria/Diretor de Apoio Operacional
DCO - Diretoria de Comunicação Organizacional
DEAM - Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
DEEAS - Diretoria de Educação Escolar e Assistência Social
DEPM - Diretrizes de Educação da Polícia Militar
DIAO - Diretriz Integrada de Ações e Operações
DS - Diretoria de Saúde
EaD - Ensino à Distância
EPVD - Equipe de Prevenção à Violência Doméstica
GRS - Gerência Regional de Saúde
HT - Hand Talk
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IML - Instituto Médico Legal
IMPO - Instrumento de Menor Potencial Ofensivo
IPG - Indicador de Produtividade
JCS - Junta Central de Saúde
JUVID - Juizado de Violência Doméstica
LOAS - Lei Orgânica da Assistência Social
MG - Minas Gerais
NAIS - Núcleo de Atenção Integral à Saúde
NUDEM - Núcleo de Defesa da Mulher
OEA - Organização dos Estados Americanos
OMS - Organização Mundial da Saúde
P/1 - Seção de Recursos Humanos
P/2 - Seção de Inteligência
P/3 - Seção de Emprego Operacional
P/4 - Seção de Logística
P/5 - Seção de Comunicação Organizacional
PAD - Processo Administrativo Disciplinar
PADS - Processo Administrativo Disciplinar Sumário
PAE - Processo Administrativo de Exoneração
PM - Polícia Militar / Policial Militar
PM3 - Assessoria Estratégica de Emprego Operacional
PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais
PPVD - Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica
PVD - Prevenção à Violência Doméstica
QOS - Quadro de Oficiais de Saúde
REDS - Registro de Eventos de Defesa Social
Rp - Radiopatrulha/Radiopatrulhamento
RPM - Região de Polícia Militar
SEJUSP - Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública
SENASP - Secretaria Nacional de Segurança Pública
SIDS - Sistema Integrado de Defesa Social
SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação
SISAU - Sistema de Saúde
SPVD - Serviço de Prevenção à Violência Doméstica
SUS - Sistema Único de Saúde
Susp - Sistema Único de Segurança Pública
TPB - Treinamento Policial Básico
TR - Taxa de Reincidência
TRIVD - Taxa de Resposta Imediata à Violência Doméstica
UDI - Unidade de Direção Intermediária
UEOp - Unidade de Execução Operacional
VD - Violência Doméstica
VDCM - Violência Doméstica Contra a Mulher
LISTA DE FIGURAS
Elaborado a partir:
Do princípio normativo contido no art. 144 da Constituição Federal, segundo o qual “(...)
segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos (...)” (BRASIL, 1988,
art.144).
Do princípio normativo contido no art. 13, caput, da Constituição do Estado de Minas Gerais
“a atividade de administração pública dos Poderes do Estado e a de entidade descentralizada
se sujeitarão aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência
e razoabilidade” (MINAS GERAIS, 1989, art.13).
Do art. 3º da Lei nº 11.340/06 “Lei Maria da Penha” que prevê o desenvolvimento de políticas
por parte do poder público para garantir o efetivo exercício dos direitos pelas mulheres, além
de prever em seu art. 8º a articulação de ações conjuntas que visem principalmente:
10
Dos objetivos gerais e específicos estabelecidos no capítulo 4, do II Plano Nacional de
Políticas para as Mulheres, especialmente em seus itens:
11
1 SITUAÇÃO
A violência é um dos mais graves problemas que atinge a humanidade. O uso de força física
ou de alguma outra forma de abuso de poder contra outro ser humano, que pode ser atingido,
direta ou indiretamente, tem consequências danosas para o desenvolvimento da sociedade.
No que tange à violência doméstica, seu combate é desafiador, considerando-se o locus onde
ocorre. Essa forma de violência acontece em todo o mundo, atingindo mulheres de todas as
idades, classes sociais, raças, etnias e orientações sexuais. Em todos os casos, a violência
está vinculada ao poder e à desigualdade das relações de gênero. Embora usualmente ocorra
em um ambiente privado, e envolva pessoas que se conhecem, a violência doméstica não é
um assunto privado.
O fundamento basilar para toda e qualquer ação policial desenvolvida para o controle da
violência doméstica e familiar tem sustentação no inciso III, art.1º, e parágrafo 8°, art. 226,
ambos da Constituição da República Federativa do Brasil. O primeiro concerne ao princípio
da dignidade humana e o segundo contém os preceitos da preservação da vida e da liberdade.
Além da Constituição Federal, vale ressaltar a Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006 (Lei
Maria da Penha), que defende a preservação dos direitos da mulher, sua integridade física e
psicológica. O art. 5º desta norma estabelece que violência doméstica e familiar contra a
mulher configura-se em qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte,
lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.
A violência doméstica e familiar contra mulheres difere dos demais crimes pelo fato de ocorrer
na intimidade do lar e por se caracterizar não somente por aquilo que é visível e tipificado no
Decreto Lei nº 2.848/40 (Código Penal Brasileiro). Trata-se de uma violação aos direitos
12
humanos da mulher que engloba o cotidiano familiar, bem como os laços conjugais,
requerendo dos profissionais uma postura ética embasada em uma mudança de paradigmas
no trato com a questão, além de preparo técnico e conhecimentos específicos nas esferas
social, psicológica e jurídica que cercam a Lei nº 11.340/06 (Lei Maria da Penha).
Apesar disso, sabe-se que não é tão simples lidar com esse fenômeno. Perguntas frequentes
surgem para entender o que leva as mulheres vítimas a continuarem naquela situação de
violência e não saírem de seus lares.
Dentre os motivos que podem ser indicados inicialmente, e que não são os únicos, destacam-
se: a cobrança social pela manutenção de determinados papéis conjugais, a dependência
emocional em relação ao agressor, a necessidade de proteção aos filhos, a dependência
econômica, o medo de perder a própria vida ou, na maioria dos casos, a vida dos filhos,
considerando que as ameaças atingem toda a família.
13
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
2.2 Específicos
2.2.1 Definir critérios para o planejamento, execução e avaliação das ações policiais
militares, com vistas à padronização de comportamentos quando do atendimento às mulheres
vítimas de violência doméstica e familiar pela Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica
(PPVD).
2.2.4 Estimular a participação dos demais Órgãos do Sistema de Defesa Social e da Rede de
Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra Mulheres1, com vistas a tornar efetivas
as ações policiais militares.
2.2.5 Priorizar as ações de caráter preventivo, especialmente aquelas inibidoras dos crimes
contra mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
1
O conceito de rede diz respeito a formas de organização e articulação baseadas na cooperação entre organizações que se
conhecem e reconhecem, negociam, trocam recursos e partilham, em medida variável, de normas e interesses. Rede é uma
articulação política, não hierárquica, entre atores iguais e/ou instituições. A rede é intersetorial e interinstitucional, sendo
composta por órgãos governamentais e não-governamentais de enfrentamento à violência de gênero (COELHO, 2008).
14
3 DEFINIÇÃO DE TERMOS
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), violência é o uso intencional de força física
ou poder, em ameaça ou na prática, contra si próprio, outra pessoa ou contra um grupo ou
comunidade que resulte ou possa resultar em sofrimento, morte, dano psicológico,
desenvolvimento prejudicado ou privação (WHO, 1996).
É a Lei nº 11.340/06 que entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006 e tornou mais
rigorosa a punição para agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico e
familiar.
A Lei nº 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha, é uma homenagem a Maria da
Penha Maia Fernandes, que por vinte anos lutou para ver seu agressor preso.
Maria da Penha é biofarmacêutica, cearense, era casada com o professor universitário Marco
Antônio Herredia Viveros. Em 1983, ela sofreu a primeira tentativa de assassinato, levando
um tiro nas costas enquanto dormia e ficou paraplégica. Viveros foi encontrado na cozinha,
gritando por socorro, alegando que tinham sido atacados por assaltantes. A segunda tentativa
de homicídio aconteceu meses depois, quando Viveros empurrou Maria da Penha da cadeira
de rodas e tentou eletrocutá-la no chuveiro.
2
Informações obtidas no site http://www.observe.ufba.br/lei_mariadapenha. Acesso em: 17 maio 2019.
15
Após 15 anos, Maria da Penha conseguiu enviar o caso para a Comissão Interamericana de
Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH/OEA), que acatou uma
denúncia de violência doméstica. Viveros foi preso em 2002, para cumprir dois anos de prisão.
Em setembro de 2006, a Lei nº 11.340/06 entra em vigor, fazendo com que a violência contra
a mulher deixe de ser tratada como um crime de menor potencial ofensivo, bem como redefiniu
a violência física, sexual, psicológica, patrimonial e moral.
O art. 5º da Lei nº 11.340/06, define a Violência Doméstica e Familiar contra a mulher como
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
Nos termos do art. 7º da Lei nº 11.340/06, são formas de violência doméstica contra a mulher,
entre outras:
16
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe
cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.
III - Violência sexual: entendida como qualquer conduta que a constranja a
presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada,
mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a
comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a
impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio,
à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem,
suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos
sexuais e reprodutivos;
IV - Violência patrimonial: entendida como qualquer conduta que configure
retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos
de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V - Violência moral: entendida como qualquer conduta que configure calúnia,
difamação ou injúria (BRASIL, 2006, art. 7).
São providências garantidas por lei às vítimas de violência doméstica com a finalidade de
assegurar a proteção da vítima e de sua família. É uma medida alternativa à prisão, por meio
dela o juiz proíbe o agressor de se aproximar da vítima, há uma distância mínima estabelecida,
e fazer contato de qualquer espécie com ela.
Conforme previsto na Lei n° 13.641/18, descumprir medida protetiva constitui crime, com pena
de detenção de três meses a dois anos. Se a vítima reatar o vínculo com o acusado passando
novamente a conviver com ele, ela deverá solicitar a revogação da medida protetiva onde a
requereu ou na vara que a expediu.
17
3.7 O ciclo da violência doméstica
Os casos de violência contra a mulher, na maioria das vezes, são de vitimização contínua e
repetitiva, que se alternam em fases denominadas Ciclo da Violência Doméstica.
18
3.8 Atuação da Polícia Militar de Minas Gerais
Serviço instituído pela PMMG que tem como objetivos propiciar um atendimento mais
humanizado à mulher vítima de violência doméstica e familiar, garantir o seu encaminhamento
aos demais órgãos da Rede Estadual de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, de tal
forma que receba do poder público, no menor tempo possível, a atenção devida ao seu caso,
bem como atuar na dissuasão do agressor incidindo na quebra do ciclo da violência.
Consiste no atendimento pelo policial que toma conhecimento do fato de violência doméstica
durante o episódio criminal ou após o relato da vítima.
Guarnição composta por uma policial feminina e um policial masculino, capacitada e treinada
para aplicar o protocolo de segunda resposta.
3
Por casos mais graves entende-se os que ponham em risco a vida e a integridade física, considerando o histórico dos
envolvidos.
19
2ª - Inserção do agressor no serviço de Prevenção à Violência Doméstica;
3ª - Apresentação da Lei nº 11.340/06 para a vítima;
4ª - Apresentação da Lei nº 11.340/06 para o agressor;
5ª - Contato com possíveis testemunhas;
6ª - Encaminhamento da vítima;
7ª - Monitoramento da vítima;
8ª - Monitoramento do autor;
9ª - Encerramento do caso.
20
4 PATRULHA DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA (PPVD)
A PPVD deverá atuar, sempre que possível, em conjunto com outros órgãos da rede de
enfrentamento à violência doméstica e familiar do município, visando um ciclo completo de
atendimento à vítima.
4.2 Administração
4.2.1 Pessoal
A equipe será constituída por 2 (dois) policiais militares, obrigatoriamente composta por 1
(uma) policial militar feminina.
21
O Comandante da UEOp designará a Companhia de Polícia Militar (Cia PM) onde for Batalhão
de Polícia Militar (BPM) ou Pelotão de Polícia Militar (Pel PM) nas Cia PM Ind com
responsabilidade territorial que será responsável pelo efetivo da PPVD, excetuando-se os
municípios que dispõem de Unidades de Execução Especializadas no serviço de Prevenção
à Violência Doméstica.
Nos períodos de férias, licenças e afastamentos dos policiais militares da PPVD, eles deverão
ser substituídos por outros indicados pelo Comandante da UEOp, que preencham,
preferencialmente, os requisitos especificados nesta Instrução.
Para a execução da jornada de trabalho, semanalmente, além das atividades previstas para
a Patrulha, os policiais militares deverão realizar trabalho de análise criminal, identificando os
casos mais graves e urgentes para atendimento da PPVD, bem como preparar relatórios,
ofícios, encaminhamentos, dentre outros.
22
5 CAPACITAÇÕES EXISTENTES E REQUISITOS PARA PARTICIPAÇÃO
Atualmente, nas Matrizes Curriculares da Polícia Militar de Minas Gerais, há dois cursos
voltados para a prevenção à violência doméstica:
São requisitos exigidos para participação de policiais militares nos cursos descritos nos itens
5.3 e 5.4, os constantes nas Diretrizes de Educação da Polícia Militar (DEPM) e aqueles
previstos no item 6.2 desta Instrução.
23
6 PROCESSO DE SELEÇÃO PARA COMPOSIÇÃO DA PPVD
O processo de seleção para a composição da PPVD visa selecionar policiais militares para
atuação na segunda resposta, ainda que não possuam os cursos de multiplicador de
prevenção à violência doméstica e o de prevenção à violência doméstica, devendo ser
observados alguns critérios para inseri-los neste portfolio.
O processo será iniciado com uma entrevista individual realizada pela Comissão de Seleção.
A Comissão será integrada pelo Subcomandante, o Chefe da P/2, o Chefe da P/3 e o Oficial
Psicólogo, devidamente publicada em Boletim Interno, e pautará seus trabalhos com o
objetivo de selecionar o(s) policial(is) militar(es) com o melhor perfil para o desenvolvimento
do Serviço. Se a UEOp não possuir Oficial Psicólogo, poderá solicitar à Unidade mais próxima
a assessoria técnica do profissional, com aquiescência da respectiva Unidade de Direção
Intermediária (UDI).
Fase 1:
O Chefe da P/3 da UEOp fará a apresentação do serviço ao policial militar e entregará
uma Ficha de Seleção (constante do ANEXO D) para cada candidato, que deverá ser
preenchida e devolvida. Havendo mais de um interessado, este momento poderá ser coletivo.
24
6.2 Requisitos para a participação no processo de seleção
6.3.1 Conhecimentos
25
g) possuir conhecimentos das normas para a produção de documentos como: Registro
de Evento de Defesa Social (REDS), Boletim de Ocorrência Simplificado (BOS) e
relatórios.
6.3.2 Habilidades
6.3.3 Atitudes
a) controle emocional;
b) escuta ativa;
c) comunicação;
d) capacidade de incentivar;
e) capacidade descritiva;
f) bom senso;
g) compartimentação das informações sensíveis;
h) análise e síntese;
i) atenção concentrada.
26
7 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
O protocolo de primeira resposta tem como objetivo estabelecer padrões mínimos para o
atendimento de ocorrências policiais de violência doméstica e familiar contra mulheres no
Estado de Minas Gerais, bem como desenvolver fundamentos operacionais que assegurem
padrões de excelência no atendimento por parte dos policiais militares.
As guarnições deverão atentar-se para a tipificação correta dos fatos narrados em Boletim de
Ocorrência (BO).
27
j) verificar as condições físicas e emocionais da vítima;
k) entrevistá-la separadamente, sem que haja contato com autor ou testemunhas;
l) garantir a segurança e privacidade da vítima durante a entrevista;
m) procurar obter da vítima o maior número de informações possíveis, dentre as quais
destacam-se: se o autor possui arma de fogo; se já foi preso alguma vez; se é
alcoolista ou dependente químico; se estava sob o efeito de alguma substância
entorpecente no momento dos fatos; se as agressões são constantes; quais são os
tipos de agressões sofridas anteriormente e sua gravidade; quais as agressões
sofridas na data dos fatos; se já registrou alguma ocorrência com relação à violência
sofrida anteriormente; se possui medida protetiva, etc. Tais informações deverão ser
inseridas no boletim de ocorrência;
n) orientá-la a fazer o registro fotográfico das lesões, se houver, e destacar a
importância de realizar o exame de corpo de delito;
o) socorrê-la, quando necessário;
p) observar as condições do local onde se deu o fato, verificando sinais de desordem,
dano em objetos, etc e descrevê-las no boletim de ocorrência;
q) caso a vítima possua medida protetiva de urgência, verificar quais são as
determinações judiciais previstas no citado documento;
r) verificar as condições dos filhos, se possuir;
s) caso verifique a existência de crianças ou adolescentes vítimas de violência, adotar
as medidas pertinentes, conforme DIAO/SIDS, observando-se que eles devem ser
entrevistados de maneira adequada à idade.
28
7.1.2.3 Quando em contato com testemunhas, a guarnição deve:
29
7.1.3 Orientações gerais
Não devem interferir na adoção das medidas legais por parte dos policiais militares, os
seguintes aspectos:
7.1.5 Procedimentos para aplicação de medida protetiva de urgência nos casos de violência
doméstica
A autorização concedida aos policiais militares refere-se aos municípios, que não são sedes
de Comarcas. Para cidades sede de Comarca, a situação permanece como antes, sendo
assim, dependente de autorização judicial.
30
Nos casos em que o policial militar impor a medida protetiva de afastamento do lar, domicílio
ou local de convivência com a ofendida, o juiz deverá ser comunicado no prazo MÁXIMO de
24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da
medida aplicada.
A nova lei não apresenta critérios objetivos do que seja risco atual ou iminente à vida ou
integridade física. Neste sentido, o ANEXO H possui parâmetros para auxiliar aos Policiais
Militares nesta avaliação.
31
Figura 2 - Processo de atendimento de ocorrências que envolvam a medida protetiva de
afastamento do autor do lar
Não
32
f) verificar, caso necessário, junto à P/2 da Unidade, se há informações adicionais com
relação aos envolvidos.
33
COPOM, explicando o fato ao atendente, deixando nº de contato e solicitar ao
COPOM que repasse a situação para a equipe da PPVD; apresentá-la aos órgãos
da Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, explicar
em que consiste o ciclo da violência, assim como realizar os devidos
encaminhamentos e preencher o ANEXO F;
i) caso a vítima aceite a inserção no SPVD, deverá ser preenchido termo de inserção
(ANEXO G) em duas vias e colhida assinatura. Uma via deverá ser arquivada na
pasta do caso e outra entregue à vítima;
j) escutar atentamente a vítima, sem interrupções e distrações, importando-se com o
que ela tem a dizer, concordando ou não com o que está sendo dito, buscando
interpretar sua comunicação verbal e não verbal;
m) realizar avaliação de risco através do ANEXO H desta Instrução;
n) a inserção da vítima deverá ser registrada, via sistema REDS, através de BO com a
natureza principal de A20.003 - INCLUSÃO DA VÍTIMA E AVALIAÇÃO DE RISCO;
o) a cada tentativa infrutífera de localização PRESENCIAL da vítima, deverá ser gerado
um Boletim de Ocorrência Simplificado (BOS), com natureza U33.004
ATENDIMENTO DE DENÚNCIAS DE INFRAÇÕES CONTRA A MULHER -
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, para registro do deslocamento;
p) no caso de não localização da vítima, na terceira tentativa, deverá ser confeccionado
um BO, via sistema REDS, com natureza A20.006 - VÍTIMA NÃO LOCALIZADA,
citando os procedimentos desenvolvidos ao longo das tentativas de localização, os
respectivos registros anteriores e o encerramento do caso;
q) contatos telefônicos poderão ser realizados para tentar agendar uma visita às vítimas
que residem em aglomerados, próximo a locais de intenso tráfico de drogas ou
quando a Patrulha não tiver êxito nas tentativas de localização presencial. Tais
contatos NÃO serão objeto de registro, exceto nos casos em que houver recusa da
vítima em ser inserida no SPVD ou caso a vítima tenha se mudado para outra
localidade não atendida pelo serviço. Diante da recusa ou mudança de endereço,
deverá ser registrado, via sistema REDS, BO com a natureza principal de A20.006 -
VÍTIMA NÃO LOCALIZADA;
r) nas pastas dos casos deverão estar contidas todas as informações pertinentes e
relevantes para o monitoramento da situação, como o BO que deu origem ao caso,
os documentos previstos no ANEXO A, cópia das medidas protetivas (se houver),
informações de conduções e prisões do autor, cópias de relatórios, entre outros;
s) quando se tratar a vítima de policial feminina:
- o protocolo será aplicado normalmente;
34
- as informações colhidas não deverão ser transcritas no histórico do REDS, desde
que não configurem crime ou contravenção. Sugere-se que o texto seja curto e
objetivo, apenas descrevendo a que se presta o levantamento sem tecer maiores
comentários. (Ex.: Diligências realizadas em decorrência do REDS nº XX para
subsidiar futuro relatório circunstanciado do caso a ser encaminhado
posteriormente);
- independentemente de quem seja autor, a Patrulha confeccionará relatório inicial
circunstanciado (ANEXO B), no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis após o contato
com a vítima, contendo as informações coletadas, a ser encaminhado ao
Comandante da Unidade, independentemente da vítima ter aceitado, ou não, ser
inserida no serviço de prevenção à violência doméstica.
t) quando se tratar de autoridade civil ou militar, além dos procedimentos já citados, a
Patrulha deve:
- realizar as visitas, preferencialmente nos horários em que o autor não se encontre
na residência, evitando, assim, o constrangimento da vítima;
- realizar contato com possíveis testemunhas;
- no caso de autoridades civis ou militares, vítimas da violência doméstica que
tenham acesso ao Sistema REDS, as informações colhidas nestas diligências não
deverão ser transcritas no histórico do REDS, desde que não configurem crime ou
contravenção. Sugere-se que o texto seja curto e objetivo, apenas descrevendo a
que se presta o levantamento sem tecer maiores comentários. (Ex.: Diligências
realizadas em decorrência do REDS nº XX para subsidiar futuro relatório
circunstanciado do caso a ser encaminhado posteriormente);
- confeccionar relatório inicial circunstanciado (ANEXO B), no prazo máximo de 5
(cinco) dias úteis após o contato com a vítima, contendo as informações coletadas
a ser encaminhado ao Comandante da Unidade, tendo a vítima aceitado, ou não,
ser inserida no serviço de prevenção à violência doméstica;
- em caso de não localização da vítima, deverá ser elaborado um relatório
circunstanciado (ANEXO B) relatando que a vítima não foi localizada e as
informações obtidas (se houver). O relatório deverá ser encaminhado ao
Comandante da Unidade.
35
Figura 4 - 1ª Visita – Inserção da vítima no serviço de prevenção à violência doméstica e
avaliação de risco
36
d) a notificação será formal, em documento próprio disponibilizado para as Patrulhas
(ANEXOS J ou L) onde será colhida a assinatura em duas vias, sendo uma entregue
para o autor e outra arquivada na pasta. Caso o autor se recuse a assinar, a Patrulha
deverá ler a notificação e constar no local da assinatura o termo “RECUSOU-SE A
ASSINAR”. Sempre que possível, a Patrulha arrolará testemunha da recusa da
notificação;
e) este é o único passo que poderá ser procedido ao mesmo tempo com vítima e autor,
porém de forma separada, e, se possível, em ambientes diferentes;
f) a notificação do autor deverá ser registrada, via sistema REDS, através de BO com
a natureza principal de A20.004 - NOTIFICAÇÃO DO AUTOR;
g) a cada tentativa infrutífera de localização PRESENCIAL, deverá ser gerado um BOS,
com natureza U33.004 - ATENDIMENTO DE DENÚNCIAS DE INFRAÇÕES
CONTRA A MULHER - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, para registro do deslocamento;
h) no caso de não localização do autor, na terceira tentativa, deverá ser confeccionado
um BO, via sistema REDS, com natureza A20.007 - AUTOR NÃO LOCALIZADO,
citando os procedimentos desenvolvidos ao longo das tentativas de localização e os
respectivos registros anteriores;
i) autoridades civis e militares
- no caso de autoridades civis ou militares, autores da violência doméstica que
tenham acesso ao Sistema REDS, as informações colhidas nestas diligências não
deverão ser transcritas no histórico do REDS, desde que não configurem crime ou
contravenção. Sugere-se que o texto seja curto e objetivo, apenas descrevendo a
que se presta o levantamento sem tecer maiores comentários. (Ex.: Diligências
realizadas em decorrência do REDS nº XX para subsidiar futuro relatório
circunstanciado do caso a ser encaminhado posteriormente);
- o Comandante da UEOp, juntamente com a PPVD, deverá avaliar a conveniência
e oportunidade quanto à notificação pessoal do autor ou encaminhamento de ofício
ao órgão a que ele estiver vinculado;
- em se tratando de policial militar da ativa ou designado para o serviço ativo, a
notificação será feita pelo Comandante de Cia ou Chefe Direto a que estiver
subordinado, observando o grau hierárquico, com a presença dos integrantes da
PPVD.
- nos casos envolvendo policiais militares veteranos, a notificação será feita por
intermédio do Comandante da Fração com responsabilidade territorial do local da
residência do autor, observando o grau hierárquico.
37
Figura 5 - 2ª Visita – Inserção do agressor no serviço de prevenção à violência doméstica
a) o contato deve ser pessoal e, preferencialmente, procedido por uma policial feminina;
b) apresentar à vítima os principais aspectos da Lei “Maria da Penha”, o ciclo da
violência doméstica, a necessidade de representar contra o autor e os procedimentos
legais visando a garantia de direitos;
c) registrar, via sistema REDS, BO com a natureza principal de A20.008 -
APRESENTAÇÃO DA LEI PARA A VÍTIMA. Não é necessário imprimi-lo;
d) a cada tentativa infrutífera de localização PRESENCIAL, deverá ser gerado um BOS,
com natureza U33.004 - ATENDIMENTO DE DENÚNCIAS DE INFRAÇÕES
CONTRA A MULHER - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, para registro do deslocamento;
38
Figura 6 - 3ª Visita – Apresentação da Lei para a vítima
39
Figura 7 - 4ª Visita – Apresentação da Lei para o autor
40
f) a cada tentativa infrutífera de localização PRESENCIAL, deverá ser gerado um BOS,
com natureza U33.004 - ATENDIMENTO DE DENÚNCIAS DE INFRAÇÕES
CONTRA A MULHER - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, para registro do deslocamento.
41
e) a cada tentativa infrutífera de localização PRESENCIAL, deverá ser gerado um BOS,
com natureza U33.004 - ATENDIMENTO DE DENÚNCIAS DE INFRAÇÕES
CONTRA A MULHER - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, para registro do deslocamento.
42
e) a cada tentativa infrutífera de localização PRESENCIAL, deverá ser gerado um BOS,
com natureza U33.004 - ATENDIMENTO DE DENÚNCIAS DE INFRAÇÕES
CONTRA A MULHER - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, para registro do deslocamento.
43
Figura 11 - 8ª Visita – Monitoramento do autor
a) realizar o último contato com a vítima a fim de verificar se o autor está cumprindo a
Medida Protetiva (se houver), se ele tentou algum contato novamente e se o ciclo da
violência foi quebrado;
b) informar que, apesar de terminado seu acompanhamento, ela continuará a ser
monitorada pelo sistema, caso haja novo registro;
c) as providências descritas neste passo NÃO deverão ser realizadas com o autor, o
qual se sentirá monitorado por tempo indeterminado em face da omissão da
informação;
d) preencher o relatório de encerramento do caso (ANEXO M);
e) registrar, via sistema REDS, BO de encerramento do caso com a natureza principal
de A20.014 - ENCERRAMENTO DO CASO. Não é necessário imprimi-lo;
44
f) a cada tentativa infrutífera de localização PRESENCIAL, deverá ser gerado um BOS,
com natureza U33.004 - ATENDIMENTO DE DENÚNCIAS DE INFRAÇÕES
CONTRA A MULHER - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, para registro do deslocamento.
45
constante do ciclo da violência, o caso não poderá ser encerrado. Todos os esforços
deverão ser esgotados para que ocorra a quebra do ciclo da violência;
b) as visitas destinadas ao monitoramento da vítima e do autor (visitas 6, 7 e 8) deverão
ser feitas em um intervalo de uma semana;
c) as PPVD devem, quando houver necessidade de cobertura, solicitar apoio das
guarnições que atuam no local onde realizarão contato com as vítimas, autores e
testemunhas;
d) nos casos em que autor e vítima residam em municípios diversos, os passos do
protocolo destinados ao agressor serão executados pela PPVD da cidade em que
ele resida. Caso não haja PPVD no município de residência do agressor, os passos
do protocolo poderão ser, excepcionalmente, executados pela equipe de Primeira
Resposta da localidade.
46
b) no caso de solicitação de desligamento, a Patrulha informará à vítima, de forma
exaustiva, sobre as consequências da sua decisão, solicitando a ela que relate os
motivos. A PPVD deve atentar para situações em que haja ameaças ou medo por
parte da vítima, e caso não se vislumbre essas situações, sempre que possível,
arrolará testemunha e confeccionará BO, via sistema REDS, com natureza A20.017
- DESLIGAMENTO POR SOLICITAÇÃO DA VÍTIMA, expondo o desejo da assistida
e encerrará o caso. A vítima deverá assinar o ANEXO O, que será arquivado na pasta
do caso;
c) processo de desligamento no caso de não cumprimento das orientações (vítima vai
de encontro ao autor mesmo possuindo medidas protetivas, vítima se recusa a tomar
providências em situações indispensáveis, etc):
- para cada caso de inobservância das orientações, deverá ser registrado REDS e a
assistida poderá ser desligada do serviço;
- a vítima deverá assinar o ANEXO P, que será arquivado na pasta do caso. A
Patrulha deverá registrar Boletim de Ocorrência com natureza A20.016 -
DESLIGAMENTO PELA PATRULHA;
d) no caso de não localização da vítima, na terceira tentativa, nos casos em
acompanhamento, deverá ser confeccionado um BO, via sistema REDS, com
natureza A20.018 - DESLIGAMENTO POR NÃO LOCALIZAÇÃO DA VÍTIMA, citando
os procedimentos desenvolvidos ao longo das tentativas de localização e os
respectivos registros anteriores. Ressalta-se que, em cada tentativa infrutífera de
localização PRESENCIAL, deverá ser gerado um BOS, com natureza U33.004 -
ATENDIMENTO DE DENÚNCIAS DE INFRAÇÕES CONTRA A MULHER -
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, para registro do deslocamento. Ressalta-se que tal
registro se aplica às vítimas em que o acompanhamento foi iniciado e,
posteriormente, não são localizadas novamente.
a) nas visitas em que a vítima relatar crimes ou contravenções, os quais não foram
registrados, as Patrulhas deverão registrar, via sistema REDS, BO constando a
natureza que melhor se adequar ao fato noticiado, e endereçá-lo à Delegacia
responsável. A natureza secundária será a correspondente ao passo do protocolo
em que o caso se encontre;
b) nos casos em que a PPVD avaliar a necessidade de se registrar passo do protocolo
em BO diverso do registro à Delegacia, relatando crime ou contravenção de que
venha a tomar conhecimento, poderão ser registrados um boletim com natureza
47
correspondente ao passo do protocolo em que o caso se encontre e outro boletim
referente à natureza que melhor se adequar ao fato a ser noticiado, sendo que o
primeiro será endereçado à Unidade e o segundo à Delegacia responsável;
c) nos casos de registros de crimes gerados pelas Patrulhas em que não há
necessidade de deslocamento imediato para a Delegacia, as vítimas deverão ser
orientadas a comparecer posteriormente para representação criminal contra o autor.
7.3.7 Autores que dificultam sua localização ou evitam atender as Patrulhas
48
PROTETIVA DE URGÊNCIA. A Patrulha poderá confeccionar apenas um boletim de
ocorrência com a natureza principal G02.024 - DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA
PROTETIVA DE URGÊNCIA e natureza secundária correspondente ao passo do
protocolo em que o caso se encontre ou dois boletins distintos;
c) se, durante o acompanhamento do caso, a Patrulha constatar outras informações
pertinentes sobre o casal, poderá ser confeccionado relatório circunstanciado
(ANEXO C) para dar ciência aos órgãos responsáveis.
49
8 ACOLHIMENTO E ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS E AOS AUTORES DE VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA POLICIAIS MILITARES
50
8.3.1 Equipe multidisciplinar
Caso não haja horário na agenda do Oficial Psicólogo, o atendimento da vítima ou autor de
violência doméstica, deverá ser realizado em caráter de urgência e lançado como demanda
livre.
51
Figura 13 - Atendimento à vítima policial militar de violência doméstica pelo NAIS
52
- orientar sobre a importância de se posicionar e se responsabilizar frente aos seus
atos; informá-lo sobre as medidas legais que serão adotadas contra ele;
- explicar sobre a importância do tratamento psicológico. Caso ele tenha demanda para
o tratamento, tratá-lo, preferencialmente, em seu próprio NAIS.
- agendar três consultas quinzenais;
- encaminhar à rede orgânica para a realização de um psicodiagnóstico;
- preencher o Formulário de Atendimento ao Autor Militar (ANEXO Q) e encaminhar à
Caixa Administrativa DS/PVD, que encaminhará à DEEAS para fins estatísticos e construção
de políticas preventivas e responsabilizantes.
b) enquanto o autor policial militar estiver em avaliação psicológica, deverá
permanecer “dispensado do uso e manuseio de armamentos”, a partir de recomendação
psicológica, utilizando-se o CID Z02.8 (CID 10).
c) ao receber o laudo conclusivo da avaliação psicológica, proceder a verificação de
fatores impeditivos para manutenção do porte de arma.
d) constatado fator impeditivo, deverá ser encaminhado para o médico do NAIS, que
adotará o procedimento de encaminhar o autor policial militar para uma perícia
psicopatológica na Junta Central de Saúde (JCS).
e) o impedimento para porte de arma, somente será revogado, quando houver nova
avaliação em que os fatores impeditivos não sejam detectados.
f) oferecer ao autor tratamento psicológico na rede orgânica ou credenciada.
53
Figura 14 - Atendimento ao autor policial militar de violência doméstica pelo NAIS
Nos casos em que não houver Oficial Psicólogo disponível no NAIS adotar os seguintes
procedimentos:
a) realizar o primeiro acolhimento;
b) preencher os ANEXOS Q ou R e S;
54
c) proceder o encaminhamento dos formulários conforme o fluxo previsto nesta
Instrução;
d) solicitar atendimento e avaliação psicológica da vítima policial militar;
e) solicitar laudo psicopatológico do autor policial militar, na rede credenciada;
f) encaminhar a vítima para o IML em caso de lesão corporal;
g) atender o autor, medicá-lo, se necessário, ou encaminhá-lo para o tratamento
médico mais adequado;
h) receber o laudo conclusivo da avaliação psicológica contendo fatores impeditivos
para manutenção do porte de arma, encaminhar o autor militar para a perícia
psicopatológica na JCS.
55
g) o Oficial Médico ou o Oficial Psicólogo do NAIS procederá a avaliação de saúde do
autor policial militar de violência doméstica, conforme art. 55 da Resolução nº
4.085/10- CG, encaminhando à autoridade competente o parecer;
h) o Oficial Médico ou o Oficial Psicólogo do NAIS avaliará a devolução do porte de
arma do autor militar de violência doméstica e seu restabelecimento na atividade
operacional.
56
9 DO CRIME MILITAR E DA TRANSGRESSÃO DISCIPLINAR NOS CRIMES DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER
Os princípios da ética militar devem ser observados por todos os integrantes da Instituição
Militar Estadual. Então, pelo disposto no inciso XII, art. 9° e no art. 3º, do Código de Ética e
Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais, o militar estadual, mesmo de folga, poderá
ser responsabilizado disciplinarmente, pela prática de transgressão disciplinar:
Havendo a prática, em tese, de crime militar, cuja conduta se amolda a uma das formas de
violência doméstica e familiar contra a mulher praticado por militares estaduais, a autoridade
deverá se ater à norma que padroniza as atividades de polícia judiciária militar.
Nos casos acima descritos a autoridade competente deverá encaminhar o autor(a) policial
militar ao Núcleo de Assistência Integrada à Saúde (NAIS).
57
10 REDE DE ENFRENTAMENTO E DE ATENDIMENTO À MULHER VÍTIMA DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
De acordo com o art. 9º da Lei “Maria da Penha”, a assistência à mulher vítima de violência
doméstica e familiar deverá ser prestada de forma articulada e alinhada ao que prevê a Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS), o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Sistema Único
de Segurança Pública (Susp), bem como outras normas e políticas públicas de proteção.
A articulação entre os diversos órgãos, instituições e serviços que compõem esses sistemas
e a comunidade possibilita a criação da Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher e da Rede de Atendimento à Mulher Vítima de Violência.
58
f) a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, por intermédio das Delegacias
Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), onde houver, ou das Delegacia de
Polícia Civil;
g) os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS);
h) os Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS);
i) os Serviços de Saúde voltados para o atendimento dos casos de violência doméstica;
j) as Casas de Acolhimento Provisório;
k) as Casas-Abrigo;
l) os Centros de Referência de Atendimento à Mulher;
m) dentre outros citados na Diretriz de Direitos Humanos da PMMG.
59
11 AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO
O Programa Minas Segura, alicerçado nos pilares previstos no Plano Estratégico 2016-2019,
tem como uma de suas premissas a redução da criminalidade e da violência, no Eixo
Prevenção à Criminalidade e ao Crime e prevê, dentre outros projetos, a potencialização das
ações preventivas à violência doméstica e familiar contra a mulher (MINAS GERAIS, 2019).
60
e) aumentar o número de encaminhamento das vítimas aos parceiros da Rede de
Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, promovendo os
meios necessários e possíveis de engajamento das vítimas na construção de
estratégias de autossegurança.
Este indicador tem como objetivo avaliar a produtividade do serviço de Prevenção à Violência
Doméstica, dentro da área da UEOp, quanto ao número de vítimas atendidas em relação ao
número de ocorrências de violência doméstica ocorridas na área de responsabilidade da
equipe. Tal indicador de eficácia permite verificar o quanto as ações implementadas atingem
as metas estabelecidas para o Serviço.
Para sua obtenção, consideram-se como variáveis o número de casos iniciados em que houve
a visita de inserção da vítima e avaliação de risco (ISPVD - A20.003 INCLUSÃO DA VÍTIMA
E AVALIAÇÃO DE RISCO) e o número de recusas de atendimento (RA - A20.005 - RECUSA
DA VÍTIMA), em razão do número de ocorrências de Violência Doméstica (VD) registradas na
área de atuação da Unidade. São considerados casos iniciados todos aqueles que cumpriram
a Primeira Visita (A20.003 e A20.005), prevista no Protocolo de Segunda Resposta dessa
Instrução, mesmo que a inserção não se efetive. O número de recusas será considerado,
tendo em vista que a patrulha cumpriu a missão de selecionar corretamente o caso a ser
atendido, mas, por vontade da vítima, o atendimento não se efetivou.
A polaridade do indicador é quanto maior, melhor, ou seja, quanto maior o indicador, melhor
terá sido a atuação das patrulhas quanto às visitas para inserção no Serviço de Prevenção à
Violência Doméstica. Sua periodicidade é mensal, sendo calculado pela fórmula:
Onde:
ISPVD - número de inserções no Serviço de Prevenção à Violência Doméstica (A20.003)
RA - número de recusas ao atendimento (A20.005)
OVDR - número de ocorrências de VD registradas na área de atuação da Equipe
61
11.1.2 Indicador de Produtividade Geral (IPG)
Este indicador tem como objetivo avaliar a produtividade geral do serviço de Prevenção à
Violência Doméstica, dentro da área da UEOp, quanto ao número de visitas realizadas e
registradas em boletins de ocorrência e boletins de ocorrência simplificados, conforme as
naturezas relacionadas ao Protocolo de Segunda Resposta. Tal indicador de eficiência
permite verificar o correto cumprimento do Protocolo de Segunda Resposta de forma racional,
objetiva e com a qualidade esperada.
A polaridade do indicador é quanto maior, melhor, ou seja, quanto maior o indicador, melhor
terá sido a atuação das Patrulhas quanto às visitas realizadas em cumprimento ao Protocolo
de Segunda Resposta. Sua periodicidade é mensal, sendo calculado pela fórmula:
Onde:
IPG - indicador de produtividade geral
TGAR - total geral de atividades registradas pela Patrulha
TLP - total de lançamentos da Patrulha
Este indicador tem como objetivo avaliar o percentual de reincidências de episódios criminais
de violência doméstica (mesmo autor e mesma vítima) em casos efetivamente atendidos e
encerrados pela patrulha de prevenção. Tal indicador de efetividade permite verificar a
capacidade da Patrulha de aplicar o Protocolo de Segunda Resposta da melhor maneira
possível.
62
A polaridade do indicador é quanto menor, melhor, ou seja, quanto menor o valor deste
indicador, melhor terá sido o desempenho da patrulha, quanto à prevenção da reincidência
de casos de violência doméstica no mês avaliado. Sua periodicidade é mensal, sendo
calculado pela fórmula:
TRein = TR x 100
TCE
Onde:
TRein - taxa de reincidência
TR - total de reincidências de casos de violência doméstica no mês avaliado
TCE - total de casos encerrados nos últimos 6 (seis) meses
11.1.4 Indicador taxa de registro de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher por
município
Este indicador tem como objetivo verificar o nível de violência cometido contra as mulheres
por município.
Para sua obtenção, consideram-se como variáveis o número de vítimas de crimes registrados
pelas agências de polícia, cujas vítimas foram do sexo feminino, e o tamanho da população
residente no município, conforme projeção da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança
Pública (SEJUSP), que tem como fonte o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A polaridade do indicador é quanto menor, melhor, ou seja, quanto menor o valor deste
indicador, menor é o registro de vítimas de violência doméstica e familiar. Sua periodicidade
é mensal, sendo calculado pela fórmula:
TRVD = TR x 1.000
TP
Onde:
TRVD - taxa de registro de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher por município
TR - total de registros de vítimas de violência doméstica e familiar pelas agências de polícia
TP - tamanho da população residente no município
63
Para análise em âmbito estadual, deve-se ter como base a média dos 853 (oitocentos e
cinquenta e três) municípios do Estado, considerando-se um desvio padrão.
11.2 Avaliação
A Seção de Emprego Operacional (P/3) deverá, até o quinto dia útil de cada mês, encaminhar
ao Comandante da Unidade a análise quantitativa e qualitativa dos indicadores de prevenção
à violência doméstica.
64
12 CONTROLE E ACOMPANHAMENTO
A Comissão deverá analisar e emitir parecer sobre os casos envolvendo o público interno nas
UEOp, para adoção das providências cabíveis, de acordo com a legislação própria e as
políticas de prevenção à violência doméstica e familiar contra mulheres;
65
d) inserir nos treinamentos assuntos relacionados à orientação de respostas e
prevenção aos casos de violência doméstica e familiar contra mulheres;
66
b) monitorar os resultados das ações de enfrentamento e prevenção à violência
doméstica e familiar contra mulheres;
c) divulgar, nos âmbitos interno e externo, as ações, operações e resultados alcançados
pela PMMG na resposta e prevenção aos casos de violência doméstica e familiar
contra mulheres.
67
12.5 Diretoria de Comunicação Organizacional (DCO)
68
13 PRESCRIÇÕES DIVERSAS
13.2 As grades curriculares dos diversos cursos da Polícia Militar de Minas Gerais, bem como
no Treinamento Policial Básico (TPB) deverão ser adequadas à presente Instrução a partir da
sua publicação, de forma a contemplar as novas estratégias do Comando-Geral.
13.3 As diretrizes estabelecidas nesta norma não devem conflitar com as demais
macroestratégias previstas pela PMMG. Nas situações conflituosas, o Comando-Geral deverá
esclarecer as dúvidas por intermédio de norma complementar.
69
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei Federal nº 11.340, de 07 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a
violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição
Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as
Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra
a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá
outras providências. Brasília, DF, Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm. Acesso em: 29 jun.
2019.
BRASIL. Lei Federal nº 13.641, de 03 de abril de 2018. Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto
de 2006 (Lei Maria da Penha), para tipificar o crime de descumprimento de medidas protetivas
de urgência.Brasília, DF, Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2018/Lei/L13641.htm. Acesso em: 29 jun. 2019.
COELHO, Carolina Marra Simões; SILVA, Glaucia Helena Souza da; FIGUEIREDO, Jordana
de. Fortalecendo a Rede de Atendimento a Mulheres em Situação de Violência de
70
Gênero em Minas Gerais. In. Pensar BH/ Política Social, nº 20, março de 2008. Belo
Horizonte, MG, 2008.
LUCENA, Kerle Dayana Tavares de et al. Análise do ciclo da violência doméstica contra
a mulher. J. Hum. Growth Dev., São Paulo, v. 26, n. 2, p. 139-146, 2016. Disponível em
http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.119238. Acesso em 21 mai. 2019.
MINAS GERAIS. Lei Estadual nº 14.310, de 19 de junho de 2002. Dispõe sobre o Código
de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais.Belo Horizonte, MG, Disponível
em:
https://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa.html?num=14310&ano=200
2&tipo=LEI. Acesso em: 29 jun. 2019.
MINAS GERAIS. Polícia Militar. Comando-Geral. Diretriz Geral para Emprego Operacional
Nº 3.01.01/2019: Regula o emprego operacional da Polícia Militar de Minas Gerais. Belo
Horizonte: Comando-Geral, Assessoria Estratégica de Emprego Operacional (PM3), 2019.
65p.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. Observatório Lei Maria da Penha. Observe. Lei Maria
da Penha. Disponível em: http://www.observe.ufba.br/lei_mariadapenha. Acesso em: 17 mai.
2019.
71
ANEXO A - PASTA DE ACOMPANHAMENTO DAS VÍTIMAS
72
ANEXO B - MODELO DE RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO INICIAL / FINAL
Local, de de 20__.
Do: Posto ou graduação e função do signatário
Ao: Sr. + Posto ou graduação + função do destinatário (Comandante da Unidade)
Assunto: Relatório sobre intervenção da PPVD
Referência: Processo nº ______________
2. A situação geral do casal atualmente é a seguinte: (não há necessidade de contar o início da história
do casal; basta citar o que eles vivem atualmente)________________________.
Respeitosamente,
NOME COMPLETO, POSTO OU GRADUAÇÃO PM
Comandante da PPVD
73
ANEXO C - MODELO DE OFÍCIO DE ATENDIMENTO
Local, de de 20__.
Ao Senhor
Posto/Graduação/Nome
Função
Órgão ou Unidade
Endereço
Excelentíssimo Senhor(a),
Visando melhor entendimento dos fatos, segue abaixo uma síntese cronológica dos boletins
de ocorrências registrados pela vítima, estando as cópias desses BO(s) anexadas a este
relatório:
74
Data Ocorrência (Natureza) Breve Histórico REDS
Em razão dos fatos narrados, o SPVD constatou o risco iminente no qual a vítima
______________________ (nome completo da vítima, descrever também os
encaminhamentos já realizados).
Consoante a gravidade dos fatos narrados, sugerimos que sejam envidados todos os esforços
no sentido de cessar as ações delituosas deste autor, extremamente motivado e reincidente,
o que só será possível dentro do que determina a lei para esses casos. Não há dúvidas de
que se não forem adotadas medidas para coibir as ações delituosas do autor, o caso poderá
agravar-se.
Tal sugestão tem o intuito de preservar a integridade física e emocional da vítima (e de seus
filhos/familiares, conforme o caso), efetivando-se assim o fiel cumprimento da Lei “Maria da
Penha”.
Respeitosamente,
75
ANEXO D - QUESTIONÁRIO PARA CADASTRO DE POLICIAIS MILITARES
INTERESSADOS EM SERVIR NO SERVIÇO DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Nome completo
Exemplo: JOÃO COSTA BATISTA NUNES (letras maiúsculas, sem abreviação)
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Data de nascimento
___/___/____
Sexo
( ) Masculino
( ) Feminino
Posto / Graduação
( ) Soldado de 2ª Classe PM
( ) Soldado de 1º Classe PM
( ) Cabo PM
( ) 3º Sgt PM
( ) 2º Sgt PM
( ) 1º Sgt PM
( ) Subtenente PM
( ) 2º Tenente PM
( ) 1º Tenente PM
Número de polícia
Exemplo: 123.456-7
__________________________________________________________________________
76
Tempo de efetivo serviço
( ) Entre 1 e 5 anos
( ) Entre 6 e 10 anos
( ) Entre 11 e 15 anos
( ) Entre 16 e 20 anos
( ) Entre 21 e 25 anos
( ) Entre 26 e 30 anos
Unidade de origem
Exemplo: 1ª RPM / 5º BPM / 126ª Cia (UDI, UEOp, Cia PM)
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Escolaridade:
( ) Ensino fundamental incompleto
( ) Ensino fundamental completo
( ) Ensino médio incompleto
( ) Ensino médio completo
( ) Ensino superior incompleto
( ) Ensino superior completo
( ) Pós-graduação lato sensu (completo ou incompleto)
( ) Pós-graduação stricto sensu (completo ou incompleto)
77
Possui outra formação sobre a temática violência doméstica? Especifique. (resposta
facultativa)
Endereço residencial
Exemplo: PRAÇA RIO BRANCO, 56, CENTRO, BELO HORIZONTE / MG. CEP: 30111-050
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
78
ANEXO E - TERMO DE RECUSA DE INCLUSÃO NA PPVD
Eu,_______________________________________________________, portadora do RG nº
___________________, declaro que, após o Registro de Eventos de Defesa Social (REDS)
ou Boletim de Ocorrência nº _________________, fui procurada pela Patrulha de Prevenção
à Violência Doméstica (PPVD), que me apresentou o referido Serviço fornecido pela Polícia
Militar, que tem o objetivo de erradicar a violência doméstica praticada contra a mulher, bem
como ofereceu assistência, acompanhamento e encaminhamento para os Órgãos da Rede
de enfrentamento à violência contra a mulher. Contudo, não desejo e me recuso a ser incluída
no Serviço de Prevenção à Violência Doméstica (SPVD).
Declaro ainda que, mesmo após a recusa, fui devidamente orientada de que, além da Polícia
Militar, há outros Órgãos de apoio à mulher que poderão ser acionados conforme o caso exigir
e que fui exaustivamente orientada sobre a importância do Serviço para a manutenção das
medidas protetivas de urgência, previstas na Lei nº 11.340/06 - Lei Maria da Penha, além de
receber orientações acerca das providências a serem tomadas, caso seja necessário.
_______________________________________________________________
Assinatura da vítima
79
ANEXO F - ENCAMINHAMENTO DA VÍTIMA
TELEFONES ÚTEIS: POLÍCIA MILITAR 190 / DENÚNCIA POLÍCIA CIVIL 181 / ATENDIMENTO À MULHER 180.
DIREITOS HUMANOS 0800 031 1119 / DISQUE DENÚNCIA VIOLÊNCIA SEXUAL 0800 900 500 E DISQUE 100.
80
ANEXO G - TERMO DE INSERÇÃO DA VÍTIMA
Local, de de 20__.
Sra._________________________________________________ RG.__________________
____________________________________________
MILITAR REFERÊNCIA (NOME E NÚMERO DE POLÍCIA)
81
ANEXO H - AVALIAÇÃO DE RISCO
3. O(A) agressor(a) já praticou alguma(s) destas outras agressões físicas contra você?
( ) Socos ( ) Empurrões
( ) Chutes ( ) Puxões de Cabelo
( ) Tapas ( ) Nenhuma das agressões acima
82
4. O(A) agressor(a) já obrigou você a fazer sexo ou a praticar atos sexuais contra sua
vontade?
( ) Sim ( ) Não
9. O(A) agressor(a) tem alguma doença mental comprovada por avaliação médica?
( ) Sim e faz uso de medicação ( ) Não
( ) Sim e não faz uso de medicação ( ) Não sei
83
11. O(A) agressor(a) já tentou suicídio ou falou em suicidar-se?
( ) Sim ( ) Não
14. O(A) agressor(a) já ameaçou ou agrediu seus filhos, outros familiares, amigos, colegas de
trabalho, pessoas desconhecidas ou animais de estimação?
( ) Sim. Especifique: ( ) filhos ( ) outros familiares ( ) outras pessoas
( ) animais
( ) Não
( ) Não sei
16.1. Se sim, assinale a faixa etária de seus filhos. Se tiver mais de um filho, pode assinalar
mais de uma opção:
( ) 0 a 11 anos ( ) 12 a 17 anos ( ) A partir de 18 anos
17. Você está vivendo algum conflito com o(a) agressor(a) em relação à guarda do(s) filho(s),
visitas ou pagamento de pensão?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho filhos com o(a) agressor(a)
84
18. Seu(s) filho(s) já presenciaram ato(s) de violência do(a) agressor(a) contra você?
( ) Sim ( ) Não
19. Você sofreu algum tipo de violência durante a gravidez ou nos três meses posteriores ao
parto?
( ) Sim ( ) Não
21. Você possui alguma deficiência ou é portadora de doenças degenerativas que acarretam
condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental?
( ) Sim. Qual(is)? _____________________________________________
( ) Não
23. Você considera que mora em bairro, comunidade, área rural ou local de risco de violência?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
Declaro, para os fins de direito, que as informações supra são verídicas e foram prestadas
por mim, _________________________________________________________________
85
( ) Vítima respondeu a este formulário com auxílio profissional
( ) Vítima não teve condições de responder a este formulário
( ) Vítima recusou-se a preencher o formulário
( ) Terceiro comunicante respondeu a este formulário
CONCLUSÃO:
Grau de risco baseado nas informações prestadas pela vítima:
( ) MÉDIO ( ) ALTO ( ) EXTREMO
Observações:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
86
ANEXO I - CAPA DA PASTA
Vítima: RG:
Endereço:
Autor: RG:
Endereço:
( ) BO ( ) BOS – Nº
( ) BO ( ) BOS – Nº
( ) BO ( ) BOS – Nº
( ) BO ( ) BOS – Nº
( ) BO ( ) BOS – Nº
( ) BO ( ) BOS – Nº
( ) BO ( ) BOS – Nº
( ) BO ( ) BOS – Nº
( ) BO ( ) BOS – Nº
( ) BO ( ) BOS – Nº
( ) BO ( ) BOS – Nº
( ) BO ( ) BOS – Nº
____________________________________________
MILITAR REFERÊNCIA (NOME E NÚMERO DE POLÍCIA)
87
ANEXO J - TERMO DE INSERÇÃO DO AUTOR
Local, de de 20__.
Sr.__________________________________________________ RG.__________________
____________________________________________
MILITAR REFERÊNCIA (NOME E NÚMERO DE POLÍCIA)
88
ANEXO L - TERMO DE INSERÇÃO DA AUTORA
Local, de de 20__.
Sra._________________________________________________ RG.__________________
____________________________________________
MILITAR REFERÊNCIA (NOME E NÚMERO DE POLÍCIA)
89
ANEXO M - RELATÓRIO DE ENCERRAMENTO
RELATÓRIO DE ENCERRAMENTO
2 MOTIVAÇÃO DO ACOMPANHAMENTO:
Nº de ocorrências registradas (repetições): ______ Gravidade: ( ) média. ( ) alta. ( ) extrema.
Caso veio encaminhado: ______________________________________________________
Resumo do caso: ___________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________.
3 ACOMPANHAMENTO:
Resumo:__________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________________.
90
OBS:
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________.
4 ENCERRAMENTO (justificativa):
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
____________________________________________
MILITAR REFERÊNCIA (NOME E NÚMERO DE POLÍCIA)
91
ANEXO N - TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE INGRESSO EM DOMICÍLIO
Eu,________________________________________________________, filho(a) de
___________________________________e_____________________________________,
nascido no dia ____/____/_____, com RG nº ______________________, residente na
____________________________________________________, nº _______, Complemento
___________, Bairro _____________________, cidade de ______________________ /MG,
autorizo de livre e espontânea vontade os militares, comandados pelo
____________________________, da viatura n. ________, lotados no _______, procederem
a uma busca domiciliar em minha residência no dia ___/___/___, com início às ____:____ h.
Findadas as buscas, foi constatado:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________.
Por ser verdade, assino este termo, juntamente com duas testemunhas e o comandante da
operação.
MORADOR: _______________________________________________________________
92
ANEXO O - DESLIGAMENTO POR SOLICITAÇÃO DA VÍTIMA
Eu,_______________________________________________________, portadora do RG nº
___________________, declaro que após o Registro de Eventos de Defesa Social (REDS)
ou Boletim de Ocorrência nº ____________________, fui procurada pela Patrulha do Serviço
de Prevenção à Violência Doméstica (SPVD), que me apresentou o referido Serviço fornecido
pela Polícia Militar, que tem o objetivo de erradicar a violência doméstica praticada contra a
mulher, bem como ofereceu e executou a assistência e o acompanhamento conforme o
Protocolo de Prevenção à Violência Doméstica, contudo não desejo mais ser acompanhada,
tendo em vista que
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________.
Declaro ainda que, mesmo após a solicitação de desligamento, fui devidamente orientada de
que, além da Polícia Militar, há outros Órgãos de apoio à mulher que poderão ser acionados
conforme o caso exigir e que fui exaustivamente orientada sobre a importância do Serviço
para a manutenção das medidas protetivas de urgência, previstas na Lei 11.340/06 - Lei Maria
da Penha, além de receber orientações acerca das providências a serem tomadas, caso seja
necessário.
_______________________________________________________________
Assinatura da vítima
93
ANEXO P - DESLIGAMENTO DA VÍTIMA PELA PPVD
_______________________________________________________________
Assinatura da vítima
94
ANEXO Q - FORMULÁRIO DE ATENDIMENTO AO AUTOR MILITAR
NOME: ___________________________________________________________________
No BO:___________________________________________________________________
Não ( ) Sim ( )
95
ESPECIFICAR: _____________________________________________________________
QUANTOS FILHOS:_________________
96
ANEXO R - FORMULÁRIO DE ATENDIMENTO À VÍTIMA MILITAR
NOME: ___________________________________________________________________
No BO:___________________________________________________________________
97
MILITAR TEM RELATO DE USO ABUSIVO DE ÁLCOOL: Não ( ) Sim ( )
QUANTOS FILHOS:_________________
98
ANEXO S - FORMULÁRIO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE
NOTIFICAÇÃO (SINAN)
99
Fonte: SINAN, 2015.
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