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ICMS – o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria, acrescido da parcela do IPI,
quando for o caso, conforme previsto no artigo 13, inciso I da Lei Complementar nº 87 de 1996.
Como podemos observar, para ambos os impostos a legislação tributária toma como base o
valor da operação que decorrer a saída do bem ou mercadoria do estabelecimento do
contribuinte remetente.
Assim sendo, entendemos que o contribuinte poderá adotar como base de cálculo o valor de
custo ou de aquisição do produto, desde que sejam o valor efetivo da respectiva operação.
Doações
É importante lembrar para o caso específico do ICMS, se a mercadoria for oriunda de outra Unidade da
Federação, o estabelecimento destinatário deverá, se for o caso, recolher a diferença entre as alíquotas interna e
interestadual do ICMS, inclusive sobre o valor da prestação do serviço de transporte.
No caso relativo às contribuições do PIS e da COFINS, o fato gerador destes tributos é a geração mensal de
receita bruta de vendas e serviços, e a doação e cessão gratuita de bens escapa ao âmbito da receita bruta mensal
da empresa doadora, razão pela qual não há o que se falar em tributação de PIS e COFINS nestas operações.
Quanto ao aspecto relacionado ao Imposto de Renda, a dúvida mais comum entre as empresas doadoras é
saber se este tipo de operação é dedutível como despesa operacional. No tocante a pessoa jurídica, segundo o
artigo 365 do Regulamento do Imposto de Renda de 1999, são dedutíveis como despesa operacional as seguintes
doações:
- efetuadas às instituições de ensino e pesquisa cuja criação tenha sido autorizada por lei federal;
- efetuadas às entidades civis, legalmente constituídas no Brasil, sem fins lucrativos, que prestem
serviços gratuitos em benefício de empregados da pessoa jurídica doadora ou em benefício da comunidade onde
atuem.
Doações
Por outro lado, estabelece a legislação do Imposto de Renda, que somente serão dedutíveis do lucro operacional
as contribuições doações a instituições filantrópicas , de educação, pesquisas científicas e tecnológicas, desenvolvimento
cultural ou artístico, que satisfaçam às seguintes condições:
c) – não distribuam lucros, bonificações ou vantagens aos seus administradores, associados, sob qualquer forma ou
pretexto.
É importante esclarecer que a simples comprovação de doação efetuada a entidades filantrópicas e sem fins
lucrativos, mediante recibo da donatária, não é suficiente para tornar a despesa dedutível, pois caso a entidade
beneficiada não se enquadre e nem atenda às condições descritas anteriormente, a doação se tornará indedutível como
despesa operacional da empresa doadora. Devendo esta oferecer a tributação do Imposto de Renda.
Portanto, recomendamos às empresas doadoras que solicitem as donatárias cópias dos documentos e atos legais
que comprovem a condição de entidade filantrópica, e sem fins lucrativos. Tais documentos deverão ser arquivados, para
comprovação junto às autoridades da Secretaria da Receita Federal.