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1. AGRICULTURA FAMILIAR
Na década de 1970 devido à grande pobreza que existia no meio rural a migração para o
meio urbano era uma forma de diminuir a pobreza, mesmo que não mudasse em muito a
situação da distribuição da renda. A partir da década de 1980, muda-se a perspectiva quando se
esgotam "os mecanismos de crescimento rápido e 'bloqueia-se' a mobilidade que assegurava a
incorporação de massas crescentes de trabalhadores", segundo Pacheco citado por
Abramovay (1999, p.7). Nesse contexto observa-se que a população rural deixa de migrar para
cidade e tentase manter no campo. Porém, essa população não consegue emprego na agricultura
do tipo patronal, pois essa absorve muito pouco da mão-de-obra existente. Nessa direção, a
agricultura familiar torna-se importante como fator de geração de renda e empregos para os
pequenos agricultores que não possuem muitas oportunidades. Para Silva citado por Souza
(2005) a criação de empregos em atividades não-agrícolas é a única forma de reter a população
mais pobre no meio rural e elevar seu nível de renda. Além disso, a agricultura familiar é hoje o
segmento agrícola que mais detém propriedades e o que recebe menos investimentos por parte
do governo.
O governo da Bahia busca esse caminho e vem a cada dia, em parceria com o governo
federal e sociedade civil, reforçar a agricultura familiar: estruturando os serviços, as atividades
técnicas, promovendo eventos de valorização. Confirmando o sucesso da política federal e
demonstrando compromisso com a agricultura familiar, recentemente, criou a Lei Estadual
11.611/09 que objetiva absorver o débito de 1% dos agricultores que obtiveram crédito do
Pronaf nas linhas A e B.
A partir do momento em que o êxodo rural se torna um problema para os centros urbanos
percebe-se a necessidade de incentivo para a agricultura familiar como forma alternativa de
desenvolvimento. No entanto, se por um lado o fluxo migratório diminuiu na década de 1990
nas regiões Sul e Sudeste, por outro lado ele acabou se acentuado na região Nordeste. Sabe-se
que a utilização do conceito de agricultura familiar no Brasil remete a década de 1990, quando
inúmeros estudos buscaram quantificar e aferir a participação deste segmento na produção
nacional.
A agricultura familiar é responsável por cerca de 60% dos alimentos consumidos pela
população brasileira e quase 40% do Valor Bruto da Produção Agropecuária nacional, além de
apresentar-se como o segmento que mais cresceu durante a década de 1990 , aproximadamente
3,8% ao ano num período que os preços caíram 4,7% ao ano
(TOSCANO, 2005). Tendo em vista que as cidades não mais absorvem toda massa que
abandona o campo e que o sistema de grandes propriedades rurais não gera empregos
suficientes para absorver a mão-de-obra rural, é importante o incentivo a agricultura familiar.
Esse incentivo não deve vir apenas do governo, mas sim de todos, desde os agentes bancários
através de empréstimos com taxas menores até o mercado consumidor (ABRAMOVAY, 1999).
Fora isso, o incentivo a agricultura familiar torna-se importante, pois é uma forma de
fortalecer a produção de gêneros alimentícios da dieta básica da população e alavancar um
maior desenvolvimento econômico. Furtado (2000) mostra que os Estados Unidos da América
favoreceram a pequena propriedade no início de sua colonização e com isso ajudaram a
desenvolver a produção local daquele país. Com o aumento da produção, os preços se tornaram
menores permitindo assim que a população consumisse mais. Esse aumento do consumo
fortaleceu o comércio nascente que mais tarde geraria lucros para se iniciar a industrialização
estadunidense. Toscano ainda ressalta a importância da agricultura familiar afirmando que:
A aptidão agrícola de solos se faz importante para uma avaliação específica de certa
região, quanto ao uso sustentável e adequado de suas propriedades edafoclimáticas. Esta
avaliação visa sobre tudo evitar possíveis usos inadequados dos recursos naturais, sem levar em
conta as potencialidades dos agrossistemas, sendo uma das principais causas de degradação
ambiental. Tais danos podem ser causados por diversos fatores como uso intensivo sem
reposição de nutrientes, erosão causada por escoamento superficial, compactação por
mecanização, cultivo com culturas e áreas inapropriadas, salinização de solo pelo uso de
irrigação com água de má qualidade, desmatamento indiscriminado, entre outros. Problemas
como estes causam inviabilidade não apenas de atividades agrícolas, mas também problemas
ambientais quanto à disponibilidade de água, fauna, flora e qualidade de vida das comunidades.
Exemplos como as estimativas de que o mundo já perdeu, desde a metade deste século,
um quinto da superfície cultivável, um quinto das florestas tropicais e que a cada ano são
perdidos 25 bilhões de toneladas de húmus por efeito da erosão, desertificação, salinização e de
outros processos de degradação do solo (Comissão Interministerial para a preparação da
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, 1991).
Então a escolha de condições edafoclimáticas adequadas para a produção agrícola unida
a recomendações de uso sustentáveis e viáveis, levando em conta diferentes tipos de manejo e
suas possibilidades tecnológicas e econômicas, pode promover diretamente a diminuição da
degradação dos solos no país, contribuindo indiretamente para um menor desbravamento e
desmatamento de novas áreas que são hoje rapidamente utilizadas indiscriminadamente até a
sua escassez, tornando-as impossibilitadas no emprego de atividades agrícolas, além de servir
como base para programas de distribuição de terras de acordo com a possibilidade de
utilização, e de banco de dados para estudos em instituições governamentais como a FAO
(Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).
3.1 Geologia
A natureza foi bastante pródiga com a Bahia em termos de ambiências geológicas com
possibilidades de deter alto potencial mineral sendo um dos principais produtores de bens
minerais do Brasil. É o primeiro produtor de cobre, cromita, magnesita e urânio e o terceiro
produtor de ouro. Também é importante produtor de petróleo, mármores e granitos, barita,
manganês, talco e sal-gema. Recentemente, foram descobertas concentrações significativas de
minérios de zinco, níquel, ouro, fosfato, titânio, vanádio, nefelinassienito, calcário calcítico,
argilas cerâmicas e areia silicosa de alta pureza.
3.2. Relevo
Os rios da Bahia pertencem a dois grupos: o primeiro é integrado pelo São Francisco e
seus afluentes. Entre esses afluentes destacam-se os da margem esquerda, que nascem no
planalto ocidental (Carinhanha, Correntes, Grande e seu afluente, o Preto). O segundo grupo
compreende os rios que correm diretamente para o Atlântico (Mucuri, Jequitinhonha, Pardo,
Contas, Paraguaçu, Itapicuru e Vaza Barris). Os dois grupos incluem, na região semi-árida, rios
de regime intermitente.
O clima seco predominante na maior parte do interior do Estado da Bahia (região semi-
árida) e a baixa precipitação pluviométrica nela existente que contribuem para seu menor nível
de desenvolvimento em comparação com as demais (Litoral e Oeste da Bahia) poderia ser
enfrentado pelo governo do Estado da Bahia com a adoção de políticas públicas apropriadas
visando o aproveitamento racional dos recursos hídricos nela existentes
3.4 Clima
Três tipos climáticos se observam na Bahia: o clima quente e úmido sem estação seca, o
clima quente e úmido com estação seca de inverno e o clima semi-árido quente.
O clima quente úmido domina ao longo do litoral, com temperaturas médias anuais de
cerca de 23° C e totais pluviométricos superiores a 1.500mm. O clima quente úmido com
estação seca de inverno caracteriza todo o interior, com exceção da parte setentrional e do vale
do São Francisco. Apresenta temperaturas médias anuais que variam entre 18° C nas áreas mais
elevadas e 22° C nas áreas mais baixas, e totais pluviométricos equivalentes a mil milímetros.
O semi-árido quente tipo climático encontrado no norte do estado e no vale do São Francisco.
As temperaturas médias anuais superam 24° C e 26° C, mas a pluviosidade é inferior a 700mm.
O clima seco predominante na maior parte do interior do Estado da Bahia (região semi-árida) e
a baixa precipitação pluviométrica nela existente explica porque essa região apresenta um
menor nível de desenvolvimento do que as demais (Litoral e Oeste da Bahia). A barreira
representada pelo clima adverso e pela escassez de chuvas na região semi-árida ao processo de
desenvolvimento econômico e social poderia ser superada com a adoção de políticas públicas
apropriadas de combate à seca, fato esse que não ocorreu até o presente momento.
3.5 Vegetação
Perto de 64% do território baiano é revestido por caatingas, 16% por cerrados, 18% por
florestas e 2% por campos. As florestas ocorrem na área litorânea e ocupam uma faixa de terra
cuja largura varia entre 100 km (no Recôncavo) e 250 km (no vale do rio Pardo). No lado
oriental apresentam-se como matas perenes, no centro como semidecíduas e no lado ocidental
como decíduas agrestes.
O clima seco predominante na maior parte do interior do Estado da Bahia (região semi-
árida), baixa precipitação pluviométrica nela existente e vegetação caracterizada pela caatinga
explicam também porque essa região apresenta um menor nível de desenvolvimento do que as
demais (Litoral e Oeste da Bahia). A barreira representada pelo clima adverso, pela escassez de
chuvas e pelas características da vegetação na região semi-árida ao processo de
desenvolvimento econômico e social poderia ser superada com a adoção de políticas públicas
apropriadas de combate à seca, fato esse que não ocorreu até o presente momento.
Com uma superfície cultivada de aproximadamente 350 mil hectares, dos quais 109
mil são irrigados, a fruticultura baiana representa 10% de toda a produção brasileira de frutas,
contribuindo em 2008, com R$ 2,56 bilhões no Valor Bruto da Produção (VBP) agrícola
estadual. Com estes números, a fruticultura, atividade que proporciona uma margem de lucro
de 20% a 40% do rendimento bruto obtido oferece uma contribuição marcante para o
desempenho da economia baiana.
Dentre as principais frutas produzidas no Estado, merece destaque a banana com 1,40
milhão de toneladas, manga com 1,11 milhão de toneladas, citros com 1,02 milhão de
toneladas, mamão com 954 mil toneladas, coco com 629 mil toneladas e uva com 120 mil
toneladas. Embora venha ampliando sua participação desde 1990, quando foi iniciada a
produção irrigada no Vale do São Francisco, a fruticultura representa 6% das exportações do
agronegócio baiano.
4.1 Banana.
Com uma área plantada superior a 95,8 mil hectares e produção de 1,4 milhão de
toneladas, a Bahia ocupa o primeiro lugar no ranking nacional dos produtores de banana,
contribuindo com R$ 534 milhões no Valor Bruto da Produção agropecuária. Os principais
pólos produtores no Estado estão no Baixo Sul e Oeste, sendo que o primeiro se destaca pela
produção familiar e o segundo pela agricultura empresarial.
A Bahia área Livre da Sigatoka Negra, praga causada pelo fungo Mycosphaerella
fijiensis, originário da Ilhas Fiji (no Pacífico), adota medidas de proteção que proíbe a entrada
no território de frutas vindas de Amazonas, Acre, Rondônia, Amapá, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São
Paulo, onde existem focos conhecidos da doença.
4.2 Manga.
Com uma área cultivada superior a 31,2 mil hectares, dos quais 26,2 mil irrigados, a
Bahia é o principal estado produtor e exportador de manga do país, tendo produzido em 2008,
mais de 1,11 milhão de toneladas dessa fruta, o que corresponde a mais de 51% da safra
nacional. Nos últimos oito anos a área plantada com essa fruta apresentou uma variação de
136%, saindo de 13 mil hectares no ano 2000, para mais de 31 mil ha, em 2008.
Em que pese à expansão da área cultivada com manga no Estado, o crescente número de
países que disputam o mercado mundial dessa fruta deve limitar a expansão dos embarques
internacionais, com reflexo direto nos preços. Em 2008, foram exportadas 56,1 mil de
toneladas de manga, crescimento de 20% em relação ao ano anterior, o que proporcionou uma
receita de U$$ 51,8 milhões, um aumento de 46%, quando comparado com 2007.
A Bahia é o segundo produtor nacional de laranja, com uma produção de 1,02 milhão de
toneladas, em uma área de 60,3 mil hectares. O Estado também é o segundo produtor nacional
de limão, com uma colheita de 44,2 mil toneladas em 3,39 mil hectares colhidos, contribuindo
as duas culturas com R$ 188 milhões na formação do Valor Bruto da Produção agropecuária
em 2008.
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