Socioeconômico
Prof. Diego Bohlke Vargas
Prof. Guilherme Nascimento Gomes
Indaial – 2020
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof. Diego Bohlke Vargas
Prof. Guilherme Nascimento Gomes
V297d
ISBN 978-65-5663-129-5
ISBN Digital 978-65-5663-124-0
CDD 338.9
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! O livro da disciplina de Desenvolvimento
Socioeconômico traz, de maneira introdutória, os principais conceitos e
abordagens para o estudo da disciplina de desenvolvimento econômico.
Foi no contexto da Guerra Fria e na ânsia dos pesquisadores em dialogar
com questões associadas à recuperação das economias, principalmente
das economias capitalistas periféricas, que o desenvolvimento econômico
surgiu como disciplina e passou a incorporar a Teoria Econômica. Nesse
sentido, a primeira unidade mostra a origem, o contexto sociopolítico e as
principais abordagens da disciplina ao longo da história. Longe de fazer
parte do mainstream, os teóricos que se debruçam sobre o tema têm como
ponto de partida fazer oposição à ortodoxia econômica que contrasta com
o posicionamento dos governos neoliberais. Ainda, tratará em perspectiva
histórica sobre o pensamento econômico que originou a disciplina. Por fim,
o aluno será capaz de identificar e avaliar indicadores de desenvolvimento,
além de conhecer técnicas para mensurar a produtividade e analisá-la de
modo comparado.
Bons estudos!
Prof. Diego Bohlke Vargas
Prof. Guilherme Nascimento Gomes
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
VI
Sumário
UNIDADE 1 – DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO:
UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE............................................................................1
VII
UNIDADE 2 – HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES
NO CAPITALISMO........................................................................................................65
VIII
TÓPICO 2 – A PERSPECTIVA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL...........................133
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................133
2 ORIGENS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL............................................................134
3 A CONSTRUÇÃO TEÓRICA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.........................136
4 AS CONFERÊNCIAS SOBRE SUSTENTABILIDADE................................................................143
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................149
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................150
TÓPICO 3 – ECOSSOCIOECONOMIA.............................................................................................151
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................151
2 A ECOSSOCIOECONOMIA DAS ORGANIZAÇÕES................................................................151
3 O CONCEITO DE ECONOMIA SOLIDÁRIA..............................................................................155
4 A PERSPECTIVA DO BEM VIVER .................................................................................................160
LEITURA COMPLEMENTAR..............................................................................................................163
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................166
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................167
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................169
IX
X
UNIDADE 1
DESENVOLVIMENTO E
SUBDESENVOLVIMENTO:
UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO:
PRINCÍPIOS E CONCEITOS
1 INTRODUÇÃO
A teoria do desenvolvimento tem sua origem após a Segunda Guerra
Mundial, sendo base de um poderoso avanço na teoria econômica. De fato, seu
surgimento é fruto das condições sociais e ideológicas, assim como é caracterizada
pela forma geral que assume ao longo do tempo.
3
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
4
TÓPICO 1 | AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO: PRINCÍPIOS E CONCEITOS
DICAS
NOTA
A linguagem dessa declaração mostra que deveria se afirmar uma estratégia que
seria reforçada pelo surgimento da Guerra Fria, na qual, como vimos, os Estados Unidos, para
concorrer ideológica e politicamente com a União Soviética, veem-se quase compelidos a
estimular a elevação do padrão de vida dos países a fim de afastá-los da “tentação” socialista
(BASTOS; BRITTO, 2010).
5
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
6
TÓPICO 1 | AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO: PRINCÍPIOS E CONCEITOS
DICAS
Para refletir
FONTE: <http://www.viagema.com.br/poster-mapa-mundi-vintage-com-pins-adesivos-
para-marcar-suas-viagens>. Acesso em: 23 abr. 2020.
De fato, as teorias dominantes de países centrais são válidas para países periféricos?
Os problemas econômicos, políticos e sociais seguem o mesmo padrão em países com
diferentes tipos de renda per capita? Pare e reflita sobre esses assuntos, procurando exemplos
e trabalhos empíricos que tentam validar essas questões.
7
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
3 A QUESTÃO DO SUBDESENVOLVIMENTO
O que se pode destacar é que a teoria do desenvolvimento nasceu a
partir do seu afastamento da análise econômica tradicional, principalmente da
análise marginalista no que tange aos aspectos de externalidades, produtividade
marginal e investimento. Sobretudo, o fato que justifica a persistência de uma
teoria do desenvolvimento é o próprio subdesenvolvimento, que condiciona o
atraso socioeconômico dos países.
CONCEITO DE SUBDESENVOLVIMENTO
Jacob Viner, por exemplo, opta por uma definição que privilegia o nível
de renda per capita no país diante da sua dotação de fatores, além do acesso
de uma maior parcela da população a um melhor padrão de consumo, que
segundo o autor: “Uma definição mais própria de país subdesenvolvido é a
que diz tratar-se de um país que tem boas perspectivas potenciais para usar
mais capital e mais mão de obra, ou mais recursos naturais disponíveis, ou
as três coisas ao mesmo tempo, a fim de manter sua população atual em um
nível de vida mais elevado ou, no caso de seu nível de renda per capita já
ser elevado, manter uma população maior em um nível de vida não inferior”
(VINER, 2010, p. 48).
Com base nessa definição, o autor ainda afirma: “Um país pode ser
subdesenvolvido, quer seja densa ou escassamente povoado; quer seja rico ou
pobre em capital; quer seja um país de elevada ou baixa renda per capita; quer
seja industrializado ou agrícola” (VINER, 2010, p. 48).
8
TÓPICO 1 | AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO: PRINCÍPIOS E CONCEITOS
[há] casos de países tão pobres, ou com rendas per capita tão baixas,
que, independentemente da fração da renda poupada, ainda assim o
montante absoluto de recursos dedicados à compra de bens de capital
seria insuficiente diante do valor unitário mínimo destes (BASTOS;
BRITTO, 2010, p. 18).
9
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
10
TÓPICO 1 | AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO: PRINCÍPIOS E CONCEITOS
NOTA
11
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
NOTA
FONTE: <https://editalconcursosbrasil.com.br/blog/economia_o-que-e-capitalismo-
industrial/>. Acesso em: 23 abr. 2020.
12
TÓPICO 1 | AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO: PRINCÍPIOS E CONCEITOS
NOTA
13
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
vida. No noticiário, o que vemos sobre as relações econômicas, principalmente com relação
à Organização Mundial do Comércio (OMC), mas também em muitos outros fóruns, é um
grande processo de competição entre as nações, em que cada governo defende os interesses
de suas empresas que são também os interesses de seus países. Nas análises geopolíticas,
o que os analistas políticos e econômicos de todos os tipos fazem, com frequência, é a
observação de que este ou aquele país está ganhando sua competição, geralmente com
o vizinho, porque sua economia está crescendo mais rapidamente. Identificar o processo
histórico do desenvolvimento econômico com crescimento econômico ou com aumento
do valor adicionado per capita não implica apenas em dar um sentido econômico claro ao
conceito, mas, adicionalmente identificá-lo com a realização de um dos objetivos políticos
fundamentais das sociedades modernas. Não significa desconsiderar o valor dos demais, mas
sugere que sejam distinguidos com clareza os diversos objetivos políticos das sociedades
democráticas.
14
TÓPICO 1 | AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO: PRINCÍPIOS E CONCEITOS
DICAS
15
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
• os neoschumpeterianos: para os quais o que importa não é o que se produz, mas como
se produz, se há dinamismo tecnológico ou não, se há inovação ou não.
O salário de subsistência ao qual está sujeito esse excedente de mão de obra pode
ser determinado por uma visão convencional acerca do mínimo necessário para a
subsistência ou pode ser igual ao produto médio per capita na agricultura de subsistência
mais uma margem.
16
TÓPICO 1 | AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO: PRINCÍPIOS E CONCEITOS
Dessa maneira, o setor capitalista não tem como se expandir indefinidamente, uma
vez que a acumulação de capital pode ocorrer mais depressa do que o aumento da
população. Quando o excedente é esgotado, os salários começam a subir acima do nível
de subsistência.
No entanto, o país continua cercado por outros países que possuem excedente de
trabalho. Consequentemente, assim que seus salários começarem a aumentar, terá início
uma imigração em massa e a exportação de capital para conter o aumento.
A imigração em massa de mão de obra qualificada poderia até aumentar o produto per
capita, mas seu efeito seria manter os salários de todos os países próximos ao nível de
subsistência dos países mais pobres.
A exportação de capital reduz a formação de capital nacional mantendo, assim, os salários
baixos. Isso pode ser compensado quando a exportação de capital torna mais baratos
os artigos que os trabalhadores importam ou quando eleva os custos dos salários dos
países competidores, mas é agravado quando a exportação de capital eleva o custo das
importações ou reduz os custos de países competidores.
A importação de capital estrangeiro não eleva os salários reais dos países com excedente
de trabalho, a não ser que o capital proporcione um aumento de produtividade das
mercadorias produzidas para o consumo próprio.
A principal razão pela qual os produtos tropicais comerciais são tão baratos, em termos
do padrão de vida que proporcionam, está na ineficiência da produção tropical de
alimentos per capita. Praticamente todos os lucros da maior eficiência das indústrias
de exportação vão para as mãos do consumidor estrangeiro, ao passo que a elevação da
eficiência na produção de alimentos do setor de subsistência encareceria automaticamente
os produtos comerciais de exportação.
A Lei dos Custos Comparativos é válida tanto para os países com excedente de trabalho
quanto para os demais. No entanto, enquanto nos últimos ela é uma fundamentação
válida para os argumentos a favor do livre comércio, nos primeiros representa uma
fundamentação igualmente válida para os argumentos protecionistas.
17
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
UNI
Vamos praticar!
18
TÓPICO 1 | AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO: PRINCÍPIOS E CONCEITOS
19
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
DICAS
FONTE: <http://historia8d18.blogspot.com/2019/09/revolucao-industrial-ludmila-scienza.
html>. Acesso em: 23 abr. 2020.
Você pode saber mais sobre a gênese do capitalismo industrial em: Hobsbawm
(1978), Landes (1975) e Polanyi (1980).
20
TÓPICO 1 | AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO: PRINCÍPIOS E CONCEITOS
NOTA
21
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
NOTA
Sobre a cooperação
22
TÓPICO 1 | AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO: PRINCÍPIOS E CONCEITOS
23
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
Em síntese,
24
TÓPICO 1 | AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO: PRINCÍPIOS E CONCEITOS
25
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
DICAS
26
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
27
AUTOATIVIDADE
28
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A teoria do desenvolvimento somente foi reconhecida como um campo
da economia após o fim da Segunda Guerra Mundial, como visto anteriormente.
Entretanto, elementos de desenvolvimento podem ser, de fato, encontrado em
autores anteriores como os autores mercantilistas e os clássicos, por exemplo.
Schumpeter (1911), por exemplo, foi o primeiro economista a considerar as
transformações estruturais na economia para designar o desenvolvimento dos
países (BRESSER-PEREIRA, 2008).
29
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
NOTA
30
TÓPICO 2 | O PENSAMENTO ECONÔMICO NACIONAL E INTERNACIONAL EM PERSPECTIVA HISTÓRICA
31
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
32
TÓPICO 2 | O PENSAMENTO ECONÔMICO NACIONAL E INTERNACIONAL EM PERSPECTIVA HISTÓRICA
Por sua vez, o arranco é o momento que em que “as antigas obstruções e
resistências ao desenvolvimento regular são afinal superadas” (ROSTOW, 1974,
p. 19-20). Nessa etapa, o desenvolvimento passa a ser uma situação “normal”. De
acordo com Rostow (1974, p. 20):
No caso mais geral, o arranco aguardou não só a acumulação de
capital social fixo e um surto de evolução tecnológica da indústria e
da agricultura, mas também o acesso ao poder político de um grupo
preparado para encarar a modernização da economia como assunto
sério e do mais elevado teor político.
33
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
um aumento de renda nas mãos daqueles que não só economizam a taxas mais
elevadas, como também colocam suas economias à disposição dos que se acham
empenhados em atividades no setor moderno” (ROSTOW, 1974. p 20-21). Cumpre
ressaltar que, nessa etapa, há um processo de industrialização, pois ocorre a
transferência de mão de obra do setor agrícola para a indústria (CONCEIÇÃO;
OLIVEIRA; SOUZA, 2016).
Após essa fase, tem-se a quarta etapa: a marcha para a maturidade. Nela,
a economia entra em um processo de ascensão em que se busca a penetração
da tecnologia moderna para todas as atividades econômicas. “A economia
encontra seu lugar no panorama internacional: bens anteriormente importados
são produzidos localmente; aparecem novas necessidades de importação, assim
como novos artigos de exportação para se contraporem” (ROSTOW, 1974, p. 22).
NOTA
FONTE: <https://pt.slideshare.net/vitor_vasconcelos/teorias-do-desenvolvimento-
econmico>. Acesso em: 23 abr. 2020.
34
TÓPICO 2 | O PENSAMENTO ECONÔMICO NACIONAL E INTERNACIONAL EM PERSPECTIVA HISTÓRICA
A era do consumo em massa, nos Estados Unidos, pode ser reconhecida pelas
técnicas de produção (divisão do trabalho que gera maior produtividade é um elemento
presente na literatura clássica) desenvolvidas por Henry Ford, que foram decisivas para
baratear o preço do automóvel. Freeman e Perez (1988) também caracterizam a era de
consumo como paradigma técnico-econômico fordista.
35
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
36
TÓPICO 2 | O PENSAMENTO ECONÔMICO NACIONAL E INTERNACIONAL EM PERSPECTIVA HISTÓRICA
DICAS
TEORIA CEPALINA
FONTE: <https://www.cepal.org/es/comunicados/cepal-cumple-70-anos-contribuyendo-
forjar-un-desarrollo-sostenible-igualdad>. Acesso em: 23 abr. 2020.
37
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
38
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
39
AUTOATIVIDADE
40
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Nesse tópico, será tratado sobre os principais indicadores de avaliação do
desenvolvimento. Assim como também será mostrado os meios pelos quais eles
podem ser mensurados e, portanto, extrair as informações desses indicadores e
suas implicações.
41
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
pode ser encontrado pela razão entre a produção total de um país (PIB) e o nível
populacional, mas esse indicador ainda não representa a produtividade de um
país, que será vista mais adiante. Implícito a esse indicador de produtividade está
o progresso técnico e seus meios de penetração na produção.
NOTA
Por sua vez, Celso Furtado (2004, p. 484), autor estruturalista, afirma que
o “crescimento econômico vem se fundando na preservação de privilégios das
elites que satisfazem seu afã de modernização, já o desenvolvimento se caracteriza
por seu projeto social subjacente”. Nesse caso, desenvolvimento econômico
implicaria distribuição de renda.
42
TÓPICO 3 | INDICADORES DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
43
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
FONTE: O autor
44
TÓPICO 3 | INDICADORES DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
Diante disso, vale ressaltar que estudos sobre as mudanças estruturais dos
países têm despertado bastante interesse nos economistas desde a década de 1960
e com maior intensidade na década de 1980. O principal motivo desse interesse
45
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
46
TÓPICO 3 | INDICADORES DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
Notas: 1) Disponibilidades dos dados para China, Japão e Países do Leste Asiático e Pacífico
(1995-2013) e Estados Unidos (1997-2013); 2) Dados do Banco Mundial.
a
Considera somente países em desenvolvimento.
FONTE: Gomes (2017, p. 32)
NOTA
47
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
48
TÓPICO 3 | INDICADORES DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
49
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
Nota: Os dados são de outubro de 2013, assim os dados para 2014 são uma projeção
feita pela OIT.
FONTE: Gomes (2017, p. 35).
50
TÓPICO 3 | INDICADORES DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
NOTA
51
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
Nota: Os dados utilizados são desagregados a 2-dígitos e foram agregados de acordo com
a classificação tradicional da OCDE em setores de Alta (21 – Produtos farmacêuticos; 26
– Computadores, produtos eletrônicos e ópticos); Média-Alta (20 – Produtos químicos; 27 –
Equipamentos elétricos; 28 – Máquinas e equipamentos; 29 – Veículos motores, reboque; 30 –
Outros equipamentos de transporte); Média-baixa (19 – Coque e produtos petrolíferos refinados;
22 – Borracha e produtos plásticos; 23 – Produtos não metálicos; 24 – Metalurgia; 25 – Produtos
de metal; 33 – Reparação e instalação de máquinas e equipamentos); e Baixa tecnologia (10-12
– Alimentos, bebidas e tabaco; 13-15 – Têxtil e vestuário; 16 – Produtos de madeira; 17 – Papel e
produtos de papel; 18 – Impressão; 31-32 – Móveis).
FONTE: O autor
52
TÓPICO 3 | INDICADORES DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
VA
GAP= 1 − País X
VAEUA
Ainda, pode ser interpretado por, quanto maior o valor (ou próximo a
100%), o gap entre os países é maior. Isso significa que o país está se distanciando da
fronteira tecnológica e pode indicar um caminho de falling behind. Caso contrário, a
aproximação em relação à fronteira indica um processo de catching up.
53
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
54
TÓPICO 3 | INDICADORES DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
Ranking
IDH
IDH País
2014
Global
MUITO ALTO DESENVOLVIMENTO HUMANO
1 Noruega 0,944
2 Austrália 0,935
3 Suíça 0,930
4 Dinamarca 0,923
5 Países Baixos 0,922
6 Alemanha 0,916
6 Irlanda 0,916
8 Estados Unidos 0,915
9 Canadá 0,913
9 Nova Zelândia 0,913
ALTO DESENVOLVIMENTO HUMANO
50 Belarus 0,798
50 Federação Russa 0,798
52 Omã 0,793
52 Romênia 0,793
52 Uruguai 0,793
55
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
55 Bahamas 0,790
56 Cazaquistão 0,788
57 Barbados 0,785
58 Antígua e Barbuda 0,783
59 Bulgária 0,782
75 Brasil 0,755
MÉDIO DESENVOLVIMENTO HUMANO
106 Botswana 0,698
107 Moldávia (República da) 0,693
108 Egito 0,690
109 Turcomenistão 0,688
110 Gabão 0,684
110 Indonésia 0,684
112 Paraguai 0,679
113 Palestina, Estado da 0,677
114 Uzbequistão 0,675
115 Filipinas 0,668
BAIXO DESENVOLVIMENTO HUMANO
145 Quênia 0,548
145 Nepal 0,548
147 Paquistão 0,538
148 Mianmar 0,536
149 Angola 0,532
150 Suazilândia 0,531
151 Tanzânia (República Unida da) 0,521
152 Nigéria 0,514
153 Camarões 0,512
188 Níger 0,348
FONTE: <https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/rankings/idh-global.html>.
Acesso em: 29 abr. 2020.
56
TÓPICO 3 | INDICADORES DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
57
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
FONTE: <https://www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/pacto-federativo/infograficos-da-
edicao>. Acesso em: 23 abr. 2020.
Você pode observar na Figura 2 que as cores das áreas dos mapas indicam
o IDHM dos municípios. Os municípios em vermelho têm IDHM muito baixo;
em laranja, IDHM baixo; em amarelo, IDHM médio; em verde, IDHM Alto; e, em
azul, IDHM muito alto.
DICAS
58
TÓPICO 3 | INDICADORES DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
LEITURA COMPLEMENTAR
Uma das maiores inovações recentes, nos séculos XX e XXI, foi a massificação
da sociedade de consumo a partir do Ocidente (EUA), mas globalizando-a com força maior
a partir do Oriente (China) com o barateamento dos bens de consumo duráveis e não
duráveis. Esse é, segundo Ferguson (2012, p. 37), “um dos maiores paradoxos da
história moderna: que um sistema econômico projetado para oferecer escolha
infinita ao indivíduo tenha terminado homogeneizando a humanidade”. Toda
ela, de maneira padronizada, veste jeans, camisetas e tênis baratos!
59
UNIDADE 1 | DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE
60
TÓPICO 3 | INDICADORES DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
61
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
62
AUTOATIVIDADE
63
64
UNIDADE 2
HISTÓRIA ECONÔMICA,
DESENVOLVIMENTO E AS
INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
65
66
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
As abordagens de Schumpeter continuam sendo necessárias para as
políticas públicas, uma vez que o autor deu maior ênfase à concorrência por
meio da inovação que contrasta com a teoria clássica, ou seja, os países dão maior
importância à ciência e à tecnologia, pois são capazes de promover e perpetuar o
desenvolvimento. Além disso, a inovação é capaz de promover saltos e diminuir
o gap produtivo e tecnológico em relação aos países que estão na fronteira.
Por outro lado, Keynes, que sem dúvidas é visto como um dos economistas
mais renomados do século XX, teceu contribuições importantes sobre política
monetária e fiscal. Além disso, em seu modelo de desenvolvimento baseado na
demanda efetiva, Keynes coloca a distribuição de renda como um dos principais
pilares. Por sua vez, consumo significa maiores lucros para as empresas e maiores
investimentos, e o investimento é determinante para a geração de emprego e
renda, sendo a demanda efetiva o princípio de tudo.
2 DESENVOLVIMENTISMO: AS CONTRIBUIÇÕES DE
SCHUMPETER E KEYNES
Para que fique clara a compreensão da abordagem de Schumpeter,
inicialmente, apresentaremos os principais elementos para a interpretação da
teoria do desenvolvimento econômico, segundo a abordagem desenvolvida por
Schumpeter no início do século XX.
67
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
NOTA
68
TÓPICO 1 | PADRÕES DE DESENVOLVIMENTO EM PERSPECTIVA HISTÓRICA
69
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
NOTA
Outro elemento a se destacar são os juros, que também são um prêmio ao risco,
designados à parte do capitalista; por outro lado, o lucro é parte do prêmio dos empresários.
70
TÓPICO 1 | PADRÕES DE DESENVOLVIMENTO EM PERSPECTIVA HISTÓRICA
E
IMPORTANT
TUROS
ESTUDOS FU
71
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
72
TÓPICO 1 | PADRÕES DE DESENVOLVIMENTO EM PERSPECTIVA HISTÓRICA
DICAS
Em 1936, Keynes publicou o livro mais provocador da sua geração. Teoria Geral,
como é conhecido por todos os economistas, solucionou vários nós górdios da discussão
pré-keynesiana do ciclo comercial e propôs uma nova abordagem para a determinação do
nível de atividade econômica, os problemas do emprego e as causas da inflação.
73
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
74
TÓPICO 1 | PADRÕES DE DESENVOLVIMENTO EM PERSPECTIVA HISTÓRICA
75
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
76
TÓPICO 1 | PADRÕES DE DESENVOLVIMENTO EM PERSPECTIVA HISTÓRICA
77
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
78
AUTOATIVIDADE
79
80
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
As transformações recentemente observadas na estrutura produtiva
mundial, a partir da consolidação do paradigma técnico-econômico vigente no
século XX, e a gênese do paradigma da microeletrônica motivam o debate acerca
da reorganização da indústria global e seus efeitos competitivos e de sustentação
a longo prazo.
81
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
NOTA
82
TÓPICO 2 | MODERNIZAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
83
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
84
TÓPICO 2 | MODERNIZAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Dessa forma, Perez (2009, p. 189) destaca que “o primeiro é o mais visível
e define o que é popularmente entendido como ‘a revolução’; mas é o segundo
que realmente garante o termo”. A autora ainda coloca que a capacidade de
transformar outras indústrias e atividades resulta da influência de seu paradigma
técnico-econômico associado um modelo de melhores práticas para as maneiras
eficazes de usar as novas tecnologias dentro e fora das novas indústrias.
85
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
86
TÓPICO 2 | MODERNIZAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Rosenberg (1976) afirma que, para Marx, as ciências não podem ser
incorporadas em tecnologias dominadas por intervenções humanas, como no
caso da manufatura que era dependente das habilidades do indivíduo, que
controla e comanda a ferramenta, sendo esta uma extensão do corpo humano para
se apropriar da natureza. Por outro lado, o sistema de máquinas não depende
fortemente das habilidades ou dos desejos humanos.
a grande indústria rasgou o véu que ocultava aos homens seu próprio
processo de produção social e que transformava os diversos ramos da
produção, que se haviam naturalmente particularizado, em enigmas
de uns para os outros e até mesmo para o iniciado em cada ramo. Seu
princípio — dissolver cada processo de produção, em si e para si, e
para começar sem nenhuma consideração para com a mão humana,
em seus elementos constitutivos — produziu a bem moderna ciência
da tecnologia.
87
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
88
TÓPICO 2 | MODERNIZAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
O início dos anos 1970 foi marcado pelo advento de um novo paradigma
técnico-econômico, transformando a indústria e a sociedade global nos decênios
subsequentes. Este paradigma, caracterizado pela revolução tecnológica da
informação, teve seu epicentro os Estados Unidos e se espalhou pela Europa e
Ásia (PEREZ, 2009). Adicionalmente, a base competitiva dos países se modificou,
na qual a competitividade insere em uma dimensão sistêmica na produção de
conhecimento (COUTINHO, 1992).
NOTA
89
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
'
'
90
TÓPICO 2 | MODERNIZAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
E
IMPORTANT
91
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
92
TÓPICO 2 | MODERNIZAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
NOTA
93
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
ATENCAO
94
TÓPICO 2 | MODERNIZAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Por um lado, a partir desta crítica, não se deve negar o tipo de concorrência
convencional, como a concorrência via preço. Por outro, a concorrência que possui
significado econômico relevante é a concorrência via inovação. Schumpeter (1961,
p. 88) ilustra que a concorrência via inovação é de fato muito mais eficaz do que
a concorrência via preço, ao fazer uma analogia discorrendo que: “da mesma
maneira que é mais eficiente bombardear uma porta do que arrombá-la, e, de
fato, tão mais importante que se torna indiferente, no sentido ordinário, se a
concorrência faz sentir seus efeitos mais ou menos rapidamente”.
95
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
96
TÓPICO 2 | MODERNIZAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Visão Características
A noção clássica de concorrência — adotada por Smith, Ricardo e seus
contemporâneos — está associada à livre mobilidade do capital entre
diferentes indústrias, implicando a livre entrada (livre iniciativa) ou
ausência de “barreiras à entrada”. No início do capitalismo, essas
barreiras estavam relacionadas com privilégios monopolistas, ou
seja, restrições institucionais ou legais à livre concorrência e à livre
iniciativa. A concorrência era vista como um processo que se desenrola
ao longo do tempo, pelo qual os investimentos são atraídos pelas
indústrias que proporcionam maior taxa de lucro, afastando-se das de
menor rentabilidade. Seria esse contínuo fluxo intersetorial de capitais,
possibilitado justamente pela concorrência entre capitais — ou seja,
Abordagem por sua mobilidade entre indústrias —, o responsável pela suposta
clássica tendência à igualação das taxas de lucro entre distintas atividades nas
economias capitalistas.
Entretanto, é característica do enfoque teórico da economia clássica,
especialmente em sua vertente ricardiana (e, hoje, neoricardiana),
sua preocupação maior com o resultado desse processo — ou seja,
com a formação de uma taxa de lucro uniforme entre indústrias, e os
respectivos preços “naturais” ou de equilíbrio intersetorial — do que
com o processo da concorrência em si, já prenunciando o viés estático
da ciência econômica tal como viria a se consolidar com a teoria do
equilíbrio geral, em fins do Século XIX. Nesse quadro, a concorrência
não é objeto de análise em si, mas só interessa pelos seus efeitos ou
de longo prazo, associados à teoria da determinação dos preços e da
taxa de lucro de equilíbrio.
97
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
98
TÓPICO 2 | MODERNIZAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
99
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
100
AUTOATIVIDADE
101
102
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
O conceito atual de desenvolvimento econômico surgiu como disciplina
no pós-guerra, e desde então é tema de pesquisa por diversos economistas. Por
outro lado, o desenvolvimentismo é um termo recente no debate internacional,
e surgiu nos anos 1980, entretanto, na América Latina, ele já existe, pelo menos,
desde a década de 1960.
103
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
Embora os casos da América Latina sejam úteis para a análise das várias
configurações do desenvolvimentismo ao longo do tempo, o caso clássico que
serviu de inspiração para grande parte das formulações sobre o modelo é o
da experiência asiática no período posterior à Segunda Guerra Mundial. Isso
se deve a uma série de fatores, como, inicialmente, o “milagre japonês” e, em
segundo momento, o crescimento expressivo de países como Taiwan, Coreia do
Sul e Singapura. Em todos os casos, o cenário apresentava um ritmo acelerado de
desenvolvimento associado a políticas industriais, comerciais e tecnológicas, as
quais viabilizaram elevados níveis de crescimento, mesmo em períodos em que a
maior parte das economias se ressentia dos efeitos de diversas crises, sobretudo
em decorrência da desregulação dos mercados financeiros e do fluxo de capitais
(NIERDELE et al. 2016, p. 78).
104
TÓPICO 3 | ESTADO, PLANEJAMENTO E POLÍTICAS PÚBLICAS
105
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
E
IMPORTANT
Biancarelli e Filippin (2017, p. 160) explicam que o papel do Estado vai além
de apenas prover um ambiente adequado à acumulação privada. Tendo em vista que as
nações estão em estágios diferentes de desenvolvimento, para competir com os países
industrializados, os países em desenvolvimento enfrentam requerimentos de capital e
tecnologia muito superiores às capacidades do empresariado local.
Há, portanto, uma disjunção entre a escala da atividade econômica exigida para
o desenvolvimento e o escopo efetivo de vínculos econômicos privados, e isso deve ser
resolvido por meio de um envolvimento ativo do Estado nos mercados financeiros.
106
TÓPICO 3 | ESTADO, PLANEJAMENTO E POLÍTICAS PÚBLICAS
UNI
Mesmo assim, a inovação não é aqui considerada como uma frente de expansão
em si, já que a atividade de P&D no país ainda não está suficientemente inserida nas
estratégias de expansão das empresas. Se isso vier a ocorrer, como se dá nos países mais
desenvolvidos, a inovação poderá se tornar um quarto motor do desenvolvimento a longo
prazo (BIELCHOWSKI, 2012).
107
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
108
TÓPICO 3 | ESTADO, PLANEJAMENTO E POLÍTICAS PÚBLICAS
109
UNIDADE 2 | HISTÓRIA ECONÔMICA, DESENVOLVIMENTO E AS INSTITUIÇÕES NO CAPITALISMO
LEITURA COMPLEMENTAR
1 INTRODUÇÃO
2 ORIGENS TEÓRICAS
110
TÓPICO 3 | ESTADO, PLANEJAMENTO E POLÍTICAS PÚBLICAS
111
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
112
AUTOATIVIDADE
113
114
UNIDADE 3
NOVAS CONCEPÇÕES DO
DESENVOLVIMENTO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
TÓPICO 3 – ECOSSOCIOECONOMIA
CHAMADA
115
116
UNIDADE 3
TÓPICO 1
DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL AO
DESENVOLVIMENTO GEOGRÁFICO DESIGUAL
1 INTRODUÇÃO
Caro estudante, chegamos à última unidade deste livro didático. O
estudo do desenvolvimento social e econômico dos territórios possui um amplo
campo de debate ao longo da história econômica. Contudo, conforme o conceito
de desenvolvimento recebeu olhares de diferentes áreas da ciência, novas
concepções sobre o termo foram pesquisadas e utilizadas, tanto pelo Estado
quanto pelas organizações da sociedade civil.
Para que possamos ter uma leitura mais ampla a respeito das novas
concepções do desenvolvimento, os objetivos gerais do primeiro tópico da
Unidade 3 serão:
117
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
Ficou curioso? Desejamos que tenha ótimos resultados com seus estudos!
2 PROGRESSO E DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento não é um conceito que surgiu da mente de uma só
pessoa; pelo contrário, foi construído paulatinamente ao longo da história social
e econômica dos países. Muitas foram as experiências e os resultados, os quais
tinham distintos modos de operacionalizar políticas de desenvolvimento.
118
TÓPICO 1 | DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL AO DESENVOLVIMENTO GEOGRÁFICO DESIGUAL
NOTA
Você sabia que a palavra progresso tem origem no latim? Progressus significa
avanço, que diz respeito ao mundo se tornar cada vez melhor devido aos avanços da
ciência, da tecnologia e da democracia. Por isso, sua utilização se disseminou com a
chegada da Idade Moderna.
119
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
FONTE: <mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/modos-producao-precapitalistas.htm>.
Acesso em: 28 abr. 2020.
FONTE: <estudopratico.com.br/modos-de-producao-capitalista-escravista-feudal-e-mais>.
Acesso em: 28 abr. 2020.
120
TÓPICO 1 | DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL AO DESENVOLVIMENTO GEOGRÁFICO DESIGUAL
DICAS
Que tal saber mais sobre a Crise de 1929? Descubra fatos do contexto
econômico mundial do período assistindo ao vídeo Nerdologia de história: A Crise de 1929
e o crash da bolsa de valores. Você também conhecerá a visão de grandes economistas
sobre a crise que abalou o mundo. O material está disponível em: <youtube.com/
watch?v=PuXyboguY5c>.
121
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
122
TÓPICO 1 | DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL AO DESENVOLVIMENTO GEOGRÁFICO DESIGUAL
DICAS
123
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
E
IMPORTANT
124
TÓPICO 1 | DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL AO DESENVOLVIMENTO GEOGRÁFICO DESIGUAL
125
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
126
TÓPICO 1 | DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL AO DESENVOLVIMENTO GEOGRÁFICO DESIGUAL
TUROS
ESTUDOS FU
127
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
128
TÓPICO 1 | DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL AO DESENVOLVIMENTO GEOGRÁFICO DESIGUAL
DICAS
FONTE: <mundonegro.inf.br/academia-brasileira-de-ciencias-produz-video-contando-a-
historia-do-geografo-milton-santos/>. Acesso em: 28 abr. 2020.
129
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
130
RESUMO DO TÓPICO 1
131
AUTOATIVIDADE
132
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! O tópico que se inicia a partir deste momento é de
fundamental importância para os estudos sobre desenvolvimento socioeconômico
atualmente. Assim, neste tópico, veremos como a sustentabilidade se relaciona
com o atual modelo de desenvolvimento em nível mundial.
133
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
134
TÓPICO 2 | A PERSPECTIVA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
E
IMPORTANT
135
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
O que se pode perceber é que o tema vai ganhando cada vez mais espaço
na discussão internacional sobre o desenvolvimento. O relatório de 1987 “[...] não
representa uma inovação quanto às formulações feitas em Estocolmo quinze anos
antes, mas reafirma sua necessidade e urgência, constituindo um fortalecimento
político do termo” (COSTA, 2008, p. 82).
136
TÓPICO 2 | A PERSPECTIVA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
137
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
NOTA
138
TÓPICO 2 | A PERSPECTIVA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
De forma mais ampla, para Sachs (1993), a reflexão sobre nossas sociedades
não deve partir de uma escolha entre desenvolvimento ou meio ambiente,
mas da escolha entre formas de desenvolvimento sensíveis ou insensíveis ao
meio ambiente. A partir dessa percepção, Sachs procura aprimorar a ideia do
“planejamento para o desenvolvimento sustentável” por meio da consideração
de, pelo menos, cinco dimensões: social, econômica, ecológica, espacial e cultural.
DICAS
Você sabia que Ignacy Sachs foi o pesquisador responsável por formular o
conceito de ecodesenvolvimento, na década de 1970? Com o passar dos anos e dos
estudos, o termo deu origem à ideia do desenvolvimento sustentável.
139
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
Dimensões do ecodesenvolvimento
Equidade na distribuição de bens e renda, reduzindo a diferença entre
Social
pobres e ricos
Eficiência na alocação e gerenciamento dos recursos e dos investimentos
Econômica
públicos e privados
Redução no consumo de recursos não renováveis e no volume de
Ecológica
resíduos e poluição
Configuração rural-urbana equilibrada e melhor distribuição dos
Espacial
assentamentos humanos
Cultural Continuidade e valorização cultural (população e local)
FONTE: O autor
140
TÓPICO 2 | A PERSPECTIVA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
141
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
Com base nesse aspecto, podemos identificar, pelo menos, três versões do
desenvolvimento sustentável (VIOLA; LEIS, 1992 apud COSTA, 2008, p. 88).
143
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
É nesse contexto que vem à tona o relatório Nosso Futuro Comum, publicado
em 1987 e considerado um dos mais importantes documentos sobre o assunto.
Ele passa a ser utilizado como fundamento para a criação e implementação de
diversas políticas públicas ao redor do mundo. Por isso, é comum atribuirmos à
década de 1990 o título de Década da Sustentabilidade.
144
TÓPICO 2 | A PERSPECTIVA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
AGENDA DESCRIÇÃO
Relacionada à gestão de áreas protegidas, à conservação de florestas
Agenda Verde
e da biodiversidade, além do tema dos recursos energéticos.
Relativa aos problemas da pobreza, subnutrição, o grande tema da
urbanização (gestão do ambiente urbano), os aspectos negativos
Agenda Marrom da rápida industrialização, a poluição do ar, da água e do solo, a
gestão dos resíduos (coleta e reciclagem), o saneamento básico e o
desenvolvimento social.
Agenda Azul Específica para repensar a gestão dos recursos hídricos, mares e
oceanos, incluindo as águas subterrâneas.
FONTE: O autor
DICAS
145
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
Por fim, o evento mais relevante que deve ser lembrado é o Rio+20,
conferência realizada no Rio de Janeiro, em 2012. Marcando os 20 anos da
Rio-92, contribuiu para (re)construir a agenda sobre sustentabilidade para o
desenvolvimento nas próximas décadas. Em paralelo, ocorreu a Cúpula dos
Povos, reunindo entidades da sociedade civil e movimentos sociais.
FONTE: <http://www.odmbrasil.gov.br/os-objetivos-de-desenvolvimento-do-milenio>.
Acesso em: 24 abr. 2020.
146
TÓPICO 2 | A PERSPECTIVA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
NOTA
FONTE:<portalfederativo.gov.br/noticias/internacionais/brasil-cumpriu-sete-dos-oito-
objetivos-de-desenvolvimento-do-milenio>. Acesso em: 28 abr. 2020.
De acordo com Machado Filho (2016, p. 7), “os ODS são integrados
e indivisíveis, e mesclam, de forma equilibrada, as três dimensões do
desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental”. O autor
destaca ainda, que os ODS, por serem universais, são aplicados a qualquer país.
Para que você conheça cada um dos objetivos, observe a figura a seguir:
147
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
149
AUTOATIVIDADE
150
UNIDADE 3
TÓPICO 3
ECOSSOCIOECONOMIA
1 INTRODUÇÃO
Estamos na etapa final deste livro didático. Para darmos continuidade ao
aprendizado sobre as novas concepções do desenvolvimento, estudaremos outras
perspectivas do desenvolvimento, de forma a complementar nosso conhecimento.
151
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
Ecologia
profunda
Planejamento Economia
participativo social
ECOSSOCIOECONOMIA
Ecologia Economia
humana ecológica
FONTE: O autor
152
TÓPICO 3 | ECOSSOCIOECONOMIA
E
IMPORTANT
DICAS
153
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
E
IMPORTANT
154
TÓPICO 3 | ECOSSOCIOECONOMIA
DICAS
155
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
GRÁFICO 1 – DISTRIBUIÇÃO DOS EES POR REGIÃO E POR ÁREA DE ATUAÇÃO, 2013
156
TÓPICO 3 | ECOSSOCIOECONOMIA
157
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
DICAS
158
TÓPICO 3 | ECOSSOCIOECONOMIA
DICAS
159
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
160
TÓPICO 3 | ECOSSOCIOECONOMIA
“Bem viver não é apenas um conceito, não é uma utopia; é um estilo, uma
forma, é jeito de viver; essa forma diferenciada de viver está fundamentada em
três pilares: viver bem com o outro, com a natureza e com o Criador” (FLORES,
2013, p. 13).
A ideia também seria criar uma ética do bem viver, trabalhando essa
questão principalmente na educação. Reconstruir uma forma de vida comunitária,
revendo a relação entre a sociedade e a economia, promovendo um equilíbrio
maior entre cultura e Terra. Assim, no nível macroeconômico, o Estado precisa
assumir a redistribuição de terra e de riqueza (ARKONADA, 2010).
Observe que o bem viver nos direciona para uma perspectiva totalmente
diferente da conhecida evolução histórica do desenvolvimento. Significa
abandonar teorias, conceitos, indicadores e noções que não levam a uma relação
direta com a Terra. Apresenta uma nova perspectiva sobre como lidar com esses
desafios, mas que parte inicialmente de mudanças individuais de atitudes e
postura diante disso.
161
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
Perguntas como esta que podem nos levar a muitas reflexões, incentivando
um debate cujas práticas devem ser espontâneas, livres e não impostas como uma
nova ordem, mas também não entendidas como um modismo ou subestimadas
quanto aos seus alcances e possibilidades.
162
TÓPICO 3 | ECOSSOCIOECONOMIA
LEITURA COMPLEMENTAR
163
UNIDADE 3 | NOVAS CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
164
TÓPICO 3 | ECOSSOCIOECONOMIA
Para Coriolano (2003, p. 41), o turismo comunitário pode ser definido como
aquele “[...] desenvolvido pelos próprios moradores de um lugar que passaram
a ser articuladores e os construtores da cadeia produtiva, onde a renda e o lucro
ficam na comunidade e contribuem para melhorar a qualidade de vida”. Nesse
sentido, representa uma abordagem de desenvolvimento, uma vez que promove
novas oportunidades de desenvolvimento local.
CHAMADA
165
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• O conceito de bem viver traz a expressão de uma nova relação dos seres
humanos entre si e entre os seres humanos e a natureza.
166
AUTOATIVIDADE
167
168
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, E. da M. Dinâmica das Revoluções Tecnológicas: mudança
técnica, dinâmica industrial e transformações do capitalismo. Diamantina:
Cedeplar/UFMG, 2016. Disponível em: diamantina.cedeplar.ufmg.br/portal/
download/diamantina-2016/225-374-1-RV_2016_10_09_00_34_10_564.pdf.
Acesso em: 27 abr. 2020.
BLIN, A.; MARÍN, G. Buen Vivir. In: BLIN, A.; MARÍN, G. Diccionario del poder
mundial. Elaborado por el Foro por una Nueva Gobernanza Mundial, 2013.
169
BRESSER-PEREIRA, L. C. Do antigo ao novo desenvolvimentismo na América
Latina. Texto para Discussão. n. 274. São Paulo: FGV, 2010.
170
DOSI, G. The nature of the innovative process. In: DOSI, G. et al. (Org.). Technical
change and economic theory. London: Pinter, 1988.
FLORES, L. P. Bem Viver na criação: Viver Bem com o outro, com a natureza e com
o Criador. In: MARKUS, C.; GIERUS, R. O bem viver na criação. São Leopoldo:
Oikos, 2013.
171
HARVEY, D. Spaces of global capitalism: towards a theory of uneven geographical
development. London; New York: Verso, 2006.
172
KUZNETS, S. Crescimento econômico e desigualdade de renda. In: AGARWAZA,
A. N.; SINGH, S. P. A economia do subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Forense,
2010.
173
NIEDERLE, P. A.; CARDONA, J. C. R; FREITAS, T. D. Hirshman e a economia
do desenvolvimento. In: NIEDERLE, P. A.; RADOMSKY, G. F. W. Introdução às
teorias do desenvolvimento. Porto Alegre: UFRGS, 2016.
174
POSSAS, M. L. Multinacionais e industrialização no Brasil. In: BELLUZO, L. G.
M.; COUTINHO, R. Desenvolvimento capitalista no Brasil: ensaios sobre a crise.
2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1983.
175
SCHUMPETER, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Editora
Nova Cultura, 1997.
THEIS, I. M.; BUTZKE, L. In: GALVÃO, Andréia et al. (org.). Capitalismo: crises
e resistências. 1. ed. São Paulo: Outras Expressões, 2012.
176
TROTSKY, L. A história da Revolução Russa. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1980.
177