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Descartes postulava que o universo era constituído por outras duas substâncias.

Uma
delas era a res extensa (do latim, “coisa extensa”). A matéria que conhecemos e, mais
especificamente, o corpo seriam modificações dessa substância. Assim, o corpo pode ser
medido e calculado, pois possui extensão. Outra característica importante do corpo é o
movimento: o sangue circula, os músculos se flexionam e se estendem. Por fim, como
substância extensa, o corpo não pensa. O pensamento é uma operação que nunca pode
ser atribuída ao corpo. Para Descartes, onde não houver alma, não há pensamento.
A outra substância era a res cogitans (do latim, “coisa pensante” ou alma). A alma foi
caracterizada por Descartes como algo imaterial e, portanto, sem extensão. Por esse
motivo, a largura, o comprimento e a profundidade são medidas que não podem ser
aplicadas à alma. Ela também foi caracterizada como uma substância pensante, mas, ao
contrário do que frequentemente se concebe nos dias de hoje, pensar não era somente
raciocinar. Pensar também é ser afetado de alegria, sofrer com uma frustração ou desejar
realizar uma atividade para adquirir prazer. A divisão ou dicotomia entre alma e corpo,
elaborada por Descartes, é conhecida como dualismo cartesiano.

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