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SUMÁRIO

1 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM .......................... 3

2 PROCESSO DE ENFERMAGEM ................................................................... 4

1.1 POR QUE REALIZAR O PROCESSO?.................................................... 6

1.2 COMO REALIZAR O PROCESSO? ......................................................... 7

3 AS ETAPAS DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE


ENFERMAGEM................................................................................................................8

1.3 INVESTIGAÇÃO OU COLETA DE DADOS: ............................................ 8

1.4 DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM ........................................................ 9

1.5 PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM.................... 10

4 POR QUE FAZER UM PLANO DE AÇÃO? .................................................. 12

5 AVALIAÇÃO .................................................................................................. 14

6 HISTÓRICO .................................................................................................. 15

7 EXAME FÍSICO ............................................................................................. 16

8 PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM .............................................................. 16

9 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM .................................................................. 17

10 EXAME FÍSICO DE ENFERMAGEM ......................................................... 18

11 PASSOS TERAPÊUTICA: ......................................................................... 19

12 AUSCULTA ................................................................................................ 19

13 PALPAÇÃO................................................................................................ 20

14 PERCUSSÃO ............................................................................................ 20

15 EXAME FÍSICO GERAL ............................................................................ 21

16 EXAME NEUROLÓGICO .......................................................................... 22

17 FASES DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ........................................... 40

18 LEGISLAÇÃO ............................................................................................ 44

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 49

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1 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Fonte: enfermagemurgenciaemergencia.blogspot.com.

Sistematização da Assistência de Enfermagem = Processo de Enfermagem


Na década de 50, iniciou-se o foco na assistência holística da enfermagem. A
visão dominante quanto ao cuidado vinculado apenas aos sistemas biológicos começa
a ser enriquecida com um novo enfoque do ser humano. Surge então, a ênfase no cui-
dado de enfermagem como um processo interpessoal, centralizando a assistência de
enfermagem não mais na patologia, mais na pessoa e na promoção da sua integridade,
percebendo-se o doente como uma pessoa com necessidades a serem atendidas pelas
enfermeiras.
Durante muito tempo na maioria das intuições de saúde, ou não havia ou não era
utilizado um método para sistematizar a assistência de enfermagem. O Processo de En-
fermagem (PE) foi criado e considerado uma conquista da classe, sendo um método de
organizar e sistematizar os cuidados prestados, uma determinação legalizada.

Bases Legais para Implementação da SAE


• Lei 7498/86
• Decreto lei 94406/87
• Resol COFEN 311/06 – Cód de Ética

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• Resol COFEN 159/97 – C. de Enfermagem
• Resol COFEN 267/01 – Home Care
• ResolCOFEN 272/02 – Etapas da SAE.

É em 1979 com Wanda Horta que se inicia o processo de enfermagem no Brasil.


SISTEMATIZAR significa: ORIENTAR, ORGANIZAR...

Fonte: www.escolaaberta.com.br

Segundo IYER 1989:


“A necessidade de organizar a ação é algo natural e até pode-se dizer, intuitivo
no ser humano. (...). As pessoas que se dedicam à prestação de serviços à sociedade
têm finalidades e metas a alcançar com o trabalho que efetuam. E para isso vão organi-
zando seu modo de proceder, criando um método que lhes ofereça condições propícias
para alcançar seus objetivos”.

2 PROCESSO DE ENFERMAGEM

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Fonte: unasus2.moodle.ufsc.br/

O processo de enfermagem consiste, para vários autores, a organização,


a elaboração de um planejamento de ações terapêuticas, que tem na sua base o método
científico (HORTA, 1979; CHRISTENSEN; GRIFFITH-KENNEY, 1990; DOENGE; MO-
ORHOUSE, 1992; IYER; TAPTICH BERNOCCHILOSEY, 1993; GEORGE e col., 1993;
GORDON, 1994; BARROS, 1998). A enfermagem foi descrita desde os seus primórdios,
como uma profissão de ajuda: COMPLEXA e MULTIFACETADA. Possui seu próprio
corpo de conhecimentos, preocupa-se com diversos aspectos do indivíduo e têm como
elemento central: CUIDADO.
Cuidar significa zelar pelo bem-estar ou pela saúde de alguém, (MICHAE-
LIS, 1998). Indica uma série de ações dinâmicas e inter-relacionadas para a realização
do cuidado.

PROCESSO DE TRABALHO (consciente ou inconsciente). É a adoção de um


determinado modo de fazer, fundamentado em um modo de pensar.

PROCESSO DE CUIDAR EM ENFERMAGEM = PROCESSO DE ENFERMA-


GEM
O QUE É O PROCESSO DE ENFERMAGEM?

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Fonte: assistenciadesaude24h.blogspot.com.br/

É a essência da prática de enfermagem, ou melhor, do enfermeiro. É o “instrumento”


e a metodologia da profissão e como tal, ajuda o enfermeiro a tomar decisões, prever e avaliar
as consequências. O processo de enfermagem lida com problemas específicos aos enfermei-
ros e seus clientes.

O processo de enfermagem (PE) é uma atividade intelectual, deliberada, na qual é


abordada de maneira liberal (flexível) e sistemática.

1.1 POR QUE REALIZAR O PROCESSO?

- Contribui para orientar o pensamento crítico, fornecendo julgamento clínico e o


cuidado de enfermagem;
- Satisfazer as necessidades do cliente, na sua dimensão holística;
- Aperfeiçoamento profissional (aquisição de conhecimento);
- Aumentar a satisfação do profissional, com a visibilidade do tratamento de en-
fermagem;
- Responsabilidade com autoridade;
- Qualifica a assistência.

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Fonte: www.iceu.com.br/

1.2 COMO REALIZAR O PROCESSO?

Para realizar o PE o enfermeiro precisa desenvolver habilidades e competências que são ne-
cessárias à esta atividade. Estas habilidades serão importantes para responder as seguintes
questões:

- O que deve ser feito?


- Por que deve ser feito?
- Por quem deve ser feito?
- Como deve ser feito?
- Com quem deve ser feito?
- Para quem fazer?

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Fonte: pt.slideshare.

3 AS ETAPAS DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

- Coleta de Dados ou Investigação (histórico e exame físico);


- Diagnóstico de Enfermagem;
- Planejamento da Assistência;
- Implementação da Assistência;
- Avaliação dos Resultados.

O processo de enfermagem é um todo, integrado, com etapas inter-relacionadas,


interdependentes e recorrentes, isto é FLEXÍVEL (CHRISTENSEN & KENNEY, 1990;
MCGUIRE, 1991; IYER et al.,1993; ALFARO-LEFEVRE, 1994; SMELTZER & BARE, 1998;
dentre outros).

1.3 Investigação ou coleta de dados:

É a etapa inicial do processo de enfermagem. A partir da investigação sobre o estado


de saúde do cliente/paciente será possível fazer os diagnósticos de enfermagem (DE). Ela é
vital para o processo de enfermagem e constitui base para as demais etapas.

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A Investigação é dividida em duas subfases:

- Coleta de dados;
- Exame físico

Fonte: www.paulistaatualizado.com.

É a partir da investigação que podemos ter acesso de forma rápida às informações


sobre o indivíduo que está sob os cuidados de enfermagem;
Auditar a prática de enfermagem e com isso identificar os acertos e erros no pro-
cesso, qualificando a assistência prestada;
Pesquisar em enfermagem pois, há qualidade e quantidade nos dados descritos;
É o meio de comunicar as informações sobre o paciente/cliente aos outros profis-
sionais da saúde.

1.4 Diagnóstico e enfermagem

É reconhecido na definição da North American Nursing Diagnosis Association


(NANDA) como “um julgamento clínico acerca das respostas do indivíduo, da família ou
da comunidade aos problemas reais ou potenciais de saúde ou processos de vida”.
“Os diagnósticos de enfermagem (DE) constituem a base para a seleção de inter-
venções de enfermagem, para que se encontre os resultados pelos quais a enfermagem
é responsável” (KIM, McFARLAND e McLANE, 1993 P. 395).

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1.5 Planejamento da assistência de enfermagem

O planejamento de enfermagem pode ser descrito como a determinação do que pode


ser feito para ajudar o cliente/paciente.

Envolve metas e objetivos, o julgamento de prioridades e o desenvolvimento de mé-


todos para a solução de problemas reais ou potenciais (CHRISTENSEN E KENNEY; 1990,
WILKINSON, 1992).

Fonte: www.microlins.com.br/

O estabelecimento de metas e objetivos deriva dos DE e são estabelecidos para


cada um dos diagnósticos listados.

O plano é um documento redigido para as ações de enfermagem, com o objetivo de


auxiliar o cuidador a prestar o cuidado de qualidade ao cliente/paciente.

Deve ser discutido com o cliente e sua família as metas e objetivos, buscando assim
alcançar os resultados traçados.
As metas podem ser pertinentes à reabilitação, à prevenção, à capacidade do cliente para
adaptar-se aos estressores, entre outras.

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Os objetivos são determinados pelas metas e devem ser declarados em termos de
comportamentos observáveis.

Fonte: hiperbolefeminina.wordpress.com/

Os comportamentos em questão referem-se às atividades psicológicas, fisiológicas,


sociais, culturais, intelectuais ou outras, cujas respostas possam ser observadas.
É importante ressaltar que o planejamento dever ser descrito em frases, levando em
consideração as metas e objetivos, e estas frases devem conter um realizador (cliente), um
realizado (a ação) e uma mudança de comportamento a ser atingida (objetivo).

O plano de cuidados de enfermagem lida com problemas (DE) reais ou potenciais.


As ações são baseadas em princípios científicos e em teorias de enfermagem.
O planejamento nada mais é do que a prescrição dos cuidados de enfermagem,
identificados pela enfermeira nos DE.

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Fonte: www.cursosonlinegratuitos.net/

4 POR QUE FAZER UM PLANO DE AÇÃO?

Fonte:tudosobresae.blogspot.com.br

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O plano de ação é necessário porque ajuda no uso do tempo de maneira eficiente
e organizada.
Orienta a equipe para o cuidado qualificado, direcionado ao alcance das metas
pré-definidas e contínuo a quem presta o cuidado.
A implementação refere-se às ações iniciadas para a obtenção das metas e obje-
tivos definidos.
Em outras palavras, é a prestação dos cuidados de enfermagem. É colocar em
ação o plano de cuidados previamente definido e prescrito.
A fase de implementação engloba todas as ações de enfermagem dirigidas à re-
solução dos problemas e as necessidades de assistência de saúde do cliente/paciente.
As ações de enfermagem podem ser realizadas pela enfermeira que desenvolveu
o planejamento, por outras enfermeiras, por auxiliares e técnicos de enfermagem e ainda
pelo paciente e/ou sua família.
Ao planejar e implementar as ações de enfermagem, é importante considerar o
conjunto de consequências, que podem ser tanto positivas quanto negativas.
O conhecimento das consequências é um aspecto importante nessa fase.
Esta fase está completa quando as ações de enfermagem são finalizadas e os re-
sultados são REGISTRADOS em relação a cada diagnóstico e seu devido planejamento.

Não é necessário que o resultado obtido seja definitivo, isto é, depende do tempo
que foi estipulado no planejamento, para o cumprimento das metas.

Fonte: www.timedaenfermagem.com/

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5 AVALIAÇÃO

As questões a serem levantadas na avaliação são:

- Foram preenchidos as metas e os objetivos?


- Houve modificações visíveis no comportamento do cliente/paciente?
- Sim. Por quê?
- Não. Por que não?
Essas questões ajudam a enfermeira determinar se foram resolvidos os problemas e quais
ainda devem ser reinvestigados ou replanejados.

A enfermeira e o cliente/paciente são responsáveis pela avaliação dos resultados.


Quando se reflete sobre as desvantagens da prática da enfermagem não sistematizada,
pode-se perceber o quanto se está deixando de valorizar a própria profissão, colaborando
para a sua estagnação.

A não realização do processo de enfermagem, em sua totalidade, acaba por fazer com que
a equipe de enfermagem guie suas ações pela prescrição médica, tornando aparentemente
desnecessária a participação do enfermeiro nas tomadas de decisão.

A implantação do SAE faz a diferenciação e valorização da profissão e dos profissionais de


enfermagem.

Fonte: www.enfermagemnovidade.com.br

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6 HISTÓRICO

Consulta de Enfermagem Compreende as fases de histórico (entrevista e


exame físico), diagnóstico, prescrição e implementação da assistência e evolução de
enfermagem. Torna-se imprescindível que o enfermeiro esteja ciente de que estas ações
são privativas, não devendo em hipótese alguma serem delegadas a outros profissionais.
Para a implantação da assistência de enfermagem devem ser considerados aspectos
essenciais em cada uma das etapas citadas acima, conforme descriminados a seguir:
Finalidade:
Conhecer hábitos individuais do paciente que possam facilitar à adaptação do
mesmo a unidade e ao tratamento, além de identificar os problemas passíveis de serem
abordados nas intervenções de enfermagem. Cabe ressaltar que este é o único impresso
do SAE que pode ser preenchido pelo paciente e/ou seu parente, cabendo ao enfermeiro
observar cuidadosamente se o paciente e/ou parente apresentam condições culturais
para preenchimento de todos os itens e se o desejam faze-lo. Em caso positivo, deverá
o enfermeiro verificar se os dados foram devidamente preenchidos e de acordo com o
relato verificar se é necessária alguma intervenção para levantamento de dados que
possibilitem maior elucidação do histórico. Cabe lembrar que a entrevista compreende
os aspectos biopsicossociais e ainda, que estes dados são fundamentais para a eluci-
dação do diagnóstico de enfermagem.

https://www.unoeste.br/Noticias/2013/1/sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-e-abordada

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7 EXAME FÍSICO

Finalidade:
Levantamento de dados sobre o estado de saúde do paciente e anotação das
anormalidades encontradas para ter subsídios para o diagnóstico e posterior prescrição
e evolução da assistência de enfermagem. O enfermeiro deverá realizar as seguintes
técnicas: inspeção, ausculta, palpação e percussão, de forma criteriosa.

Como realizar o exame físico?

Diagnóstico de Enfermagem (parcial)

O enfermeiro após ter analisado os dados colhidos no histórico, identificará os


problemas de enfermagem. Estes, em nova análise levam a identificação das necessi-
dades básicas afetadas e do grau de dependência do paciente em relação a enferma-
gem, para o seu atendimento.

8 PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM

É a determinação global da assistência de enfermagem que o paciente deve re-


ceber diante do diagnóstico estabelecido. A prescrição é resultante da análise do diag-
nóstico de enfermagem, examinando-se os problemas de enfermagem, as necessidades
básicas afetadas e o grau de dependência. A prescrição de enfermagem é o conjunto de
medidas decididas pelo enfermeiro, que direciona e coordena a assistência de enferma-
gem ao paciente de forma individualizada e contínua.

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Fonte: enfermagemsaudavel.com.br/

9 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM

É o registro feito pelo enfermeiro após a avaliação do estado geral do paciente.


Desse registro devem constar os problemas novos identificados, um resumo sucinto em
relação aos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas
24 horas subsequentes.

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Fonte: www.enfermeiroaprendiz.com .br/

10 EXAME FÍSICO DE ENFERMAGEM

Objetivos
1. Definir, detalhadamente, a resposta do paciente ao processo da doença, espe-
cialmente aquelas respostas tratáveis por ações de Enfermagem;
2. Comprovar os dados obtidos na entrevista onde a enfermeira deve avaliar não
somente as respostas verbais como respostam não verbais;
3. Estabelecer relacionamento interpessoal no qual consiste no desenvolvimento
de confiança na estrutura, bem como na equipe e na figura do enfermeiro em destaque;
4. Estabelecer os principais dados do histórico para avaliar resultados das inter-
venções de Enfermagem. Realizar um exame físico satisfatório é essencial para a As-
sistência de Enfermagem. Deve-se obedecer a um sentido céfalo-caudal (cabeça-pés),
considerando todos os segmentos corporais, sua simetria, integralidade e funcionali-
dade; seguindo os passos terapêuticos: Inspeção, Palpação, Percussão e Ausculta.

Fonte: www.ibes.med.br/

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11 PASSOS TERAPÊUTICA:

Inspeção

É a observação detalhada, com a vista desarmada, da superfície externa do corpo


(aspecto, cor, forma, tamanho e movimento), bem como das cavidades que são acessí-
veis por sua comunicação com o exterior.
- Começa ao primeiro encontro com o paciente, sendo a mais importante de todas
as técnicas.
- É um exame minucioso e sistemático que visa ao comportamento do paciente e
ao do seu corpo.
- Com conhecimento e experiência, o examinador pode tornar-se sensível a indi-
cações visuais.
- O examinador começa cada fase do exame inspecionando a parte específica
com os olhos.

12 AUSCULTA

É o procedimento pelo qual se detectam os sons produzidos dentro do organismo,


utilizando o estetoscópio.

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Fonte: www.ellubrasil.com.br/

13 PALPAÇÃO

- Envolve tocar a região ou a parte corporal que se acabou de observar e notar o


estado das diversas estruturas.
- Com a experiência vem a capacidade de distinguir as variações do normal ao
anormal.
- É feita de modo organizado de uma região à outra.

14 PERCUSSÃO

Consiste em golper a superfície explorada do corpo (exploração), para produzir


sons que permitam avaliar as estruturas pelo tipo de som produzido.
- A percussão ajuda a determinar se o tecido subjacente é sólido ou se contém
ar ou líquido.
- São produzidos sons audíveis e vibrações palpáveis, que podem ser distinguidos
pelo examinador.

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15 EXAME FÍSICO GERAL

 Pressão arterial

 Valores limites: Adulto: 90 x 60 ou 140 x 90 mmHg / Criança: 70 x 40 ou 90 x 60


mmHg.

 Pulso: Adulto: 60 a 100 bat/min / RN: 140 bat/min / Criança: 100 a 130 bat. /min.

 Temperatura: febre > 37,8 ºC Frequência respiratória: Adulto: 16 a 20 mov. /Min /


Criança: 20 a 40 mov. /min.

 Peso e altura

 Estado nutricional: normal, obeso, desnutrido.

Fonte: vertebrata.com.br

Utilizar o índice de massa corpórea (IMC): peso (em Kg) dividido pelo quadrado
da altura (em metros). IMC normal é de 18 a 26, abaixo indica desnutrição e acima indica

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obesidade. Verificar também se houve ganho ou perda ponderal (quantos Kg e em
quanto tempo).

Nível de consciência: alerta (acordado), consciente ou inconsciente, orientado


ou desorientado no tempo e espaço, com falhas de memória, com ausências, confuso,
torporoso, sedado, comatoso. No paciente grave, a avaliação neurológica é feita através
da escala de coma de Glasgow.

Movimentação: deambula, deambula com ajuda, restrito ao leito, acamado, se-


miacabado, movimenta-se no leito, não se movimenta.

Pele: Coloração: palidez, icterícia, cianose (escala de +a 4+); rubor, manchas.


Umidade: normal ou ressecada. Edema: anasarca (edema generalizado) Lesões de pele,
úlceras de pressão.

Mucosas: Coloração: cianose, icterícia, corada, descorada (escala de +a 4+).


Hidratação: mucosas hidratadas ou desidratadas (escala de + a 4+).

16 EXAME NEUROLÓGICO

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Fonte :www.amato.com.br

Nível de consciência

Fonte: pt.wikihow.com/

Consciente: quando o indivíduo é capaz de se relacionar consigo mesmo e com


o meio ambiente, utilizando a memória, do raciocínio (responder adequadamente a um
estímulo verbal), expressão. Orientado: em tempo (dia, mês, anos, hs...) e espaço (local).
Alterações: confuso, desorientado. Tomar cuidado com a relação de tempo, pois depois
de muito tempo sem relógio, tv, etc; até nós podemos ficar sem saber o dia. Prestar
atenção com idosos que perdem a memória recente fisiologicamente.
Inconsciente (coma): Em neurologia a avaliação é subjetiva, exceto os extremos,
então se deve descrever o estado do paciente. Não é possível quantificar. Confuso: res-
ponde a estímulos verbais, mas de forma inadequada ao estímulo. Ex.: Dormiu bem? É
teve jogo hoje. Pode estar associado à agitação psicomotora. Sonolento: algumas pato-
logias ao sistema nervoso fazem com que o sono, que é fisiológico se torne patológico.
O indivíduo não acorda facilmente, dorme praticamente o tempo todo - depressão do
Sistema Nervoso Central. Nos poucos momentos em que acorda, responde de modo
adequado, mas logo adormece. Deve-se avaliar com qual estímulo ele acorda (verbal,
toque, doloroso, etc.), se acorda e responde adequadamente ao estímulo.
Obnubilato: indivíduos muito mais sonolentos. Não consegue responder adequa-
damente com frases completas.
Torporoso: só consegue responder com palavras curtas, como: sim, não, é.

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Estímulos para avaliação do nível de consciência verbais:
- Normal Toque:
- Toque
- Alto
- Doloroso

Pupilas Normais
Isocóricas: mesma forma e tamanho bilateralmente.
Fotorreagentes: reação à luz (contrai).

Alterações
Anisocóricas: Diferença de tamanho entre as duas.
Midriótica/ miótica: alterações de tamanho, pupilas normais de 0,3 a 0,7mm.

Fonte: cuidados-uti.blogspot.com.br

Avaliação

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Técnica para avaliar: observar as duas e compara-las. Depois fechar os olhos e
mandar abrir, colocando a luz (da lanterna) direta no olho, sendo um de cada vez e ob-
servar a fotorreação. *Se estiverem alteradas (sem contrair) pode ter ocorrido uma lesão
no nervo craniano (3º par- óculo motor) responsável pelo músculo esfincter da pupila e
sua dilatação.

Força motora
Preservada ou normal
Paresia: diminuição da forca
Plegia: ausência de forca (sem movimentos).

Fonte: www.ceanne.com.br

Avaliação
- Levantar os membros e sustentá-los um tempo (1 por vez).
- Apertar a mão (observando os músculos usados).

Sensibilidade
-Preservada ou normal
-Térmica

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-Tátil
-Dolorosa

Avaliação

 Térmica: usando um objeto quente e outro frio, passar por todo segmento corpó-
reo, comparando o lado direito e o esquerdo.
 Tátil: usando um papel (ou qualquer outro objeto sem temperatura como pelos de
um pincel), também passar por todo segmento corpóreo.
 Dolorosa: usando uma agulha, dar picadinhas (sem furar) no tórax e nos mem-
bros. Deve ser efeito somente com pacientes conscientes, pois as respostas se-
rão avaliadas. Na avaliação térmica, o paciente (de olhos fechados) dizer se é
quente ou frio que está sentindo. E na tátil e dolorosa o paciente, também de olhos
fechados, deve dizer a localização do estímulo (mão, bochecha, perna, etc.).

Fonte: www.enfermagemadistancia.com.br/

Escala de Coma de Glasgow

*ABERTURA OCULAR
Espontânea - 4
Responde a estímulo verbal - 3

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Responde a estímulo doloroso - 2
Nenhuma resposta - 1

*MELHOR RESPOSTA VERBAL


Orientado - 5
Confuso - 4
Palavras impróprias -3
Sons incompreensíveis - 2
Nenhuma resposta -1

*MELHOR RESPOSTA MOTORA


Obedece aos comandos - 6
Localiza e retira os estímulos - 5
Localiza o estímulo - 4
Responde em flexão 3
Responde em extensão 2

TOTAL

O resultado varia de 3 a 15 pontos, onde o total de 15 pontos indica um indivíduo


neurologicamente normal e a menor pontuação, de 3 pontos, indica o paciente comple-
tamente arreativo (possível morte encefálica). Um escore menor ou igual a 8 indica o
ponto crítico das alterações do nível de consciência e pode definir um indivíduo em es-
tado de coma.

Cabeça e pescoço

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Fonte: www.youtube.com/

Crânio:
Sem anormalidades, presença de lesões no couro cabeludo, incisões, drenos, ci-
catrizes, cefaleia. Quando houver TCE (Trauma crânio encefálico): palpar o crânio a pro-
cura de abaulamentos, edema, ferimentos profundos.

Couro cabeludo:
Verificar lesões, crostas, pediculose.

Face:
Observar aspecto geral, sem anormalidades, desvio de rima ou paralisia facial,
expressão de dor, coloração.

Olhos:
Visão normal, acuidade visual diminuída, uso de lentes ou óculos, presença de
processos inflamatórios ou infecciosos, exoftalmia, ptose palpebral. Pupilas: fotorreagen-
tes, isocóricas ou anisocóricas, miose ou midríase. Alterações de coloração ou lesões:
conjuntiva, esclerótica (amarela indica icterícia) e córnea.

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Fonte :www.youtube.com/

Nariz:
Sem anormalidades, presença de lesões (especificar), secreções (aspecto da se-
creção), ocorrência de epistaxe e observar forma e tamanho, que poderão estar altera-
dos nos traumatismos ou tumores, corrimento claro endonasal (líquor), sangue por
trauma.

Boca:
Sem anormalidades, presença de lesões (especificar), alteração de coloração, cá-
ries, falhas dentárias, gengivite, próteses, língua saburrosa, hemorragias. Orofaringe:
verificar amígdalas, notando a presença de processos inflamatórios ou infecciosos.

Orelha:
Audição normal, acuidade auditiva diminuída, uso de prótese, presença de pro-
cessos inflamatórios ou infecciosos, queixa de zumbido, leões nos pavilhões auriculares.

Pescoço:
Sem anormalidades, presença de linfonodos, tireoide aumentada, estase jugular
venosa (expressa na escala de + a 4+, e observada com o paciente a 45º), presença de

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cicatrizes, lesões, dispositivos venosos, traqueostomia. Observa a postura, que deve ser
vertical, e presença de rigidez de nuca (pode indicar processos meníngeos agudos).

Tórax – Sistema respiratório:

Inspeção

Estática: forma do tórax, simetria das mamas, exame da musculatura, condições


da pele, presença de cicatrizes, comparação entre as regiões do tórax, abaulamentos e
retrações.

Algumas deformidades:
- Tórax em funil ou peito escavado: o diâmetro ântero-posterior está diminuído,
com compressão do coração e grandes vasos;
- Peito de pombo: aumenta o diâmetro ântero-posterior, e o osso esterno é des-
locado para a frente (asma e raquitismo);
- Tórax em tonel: aumento do diâmetro ântero-posterior (doenças pulmonares
crônicas como enfizema pulmonar e bronquite).

Dinâmica: tipo respiratório, expansibilidade, abaulamentos expiratórios, retra-


ções.

Tipo respiratório: - eupnéico (normal),


- Dispneico (falta de ar),
- taquipnéia (respiração rápida e superficial),
- hiperpnéia ou hiperventilação (respiração rápida e profunda),
- bradipnéia (respiração lenta com diminuição da freqüência respiratória),
- Cheyne-Stokes (hiperventilação em ritmo crescente, com um pico e decresce
até apnéia),
- atáxica (irregular, superficial ou profunda com períodos de apnéia),
- Kussmaul (profunda com períodos de apnéia),
- apnéia (ausência de respiração).

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Fonte :pt.slideshare.net
Palpação

Verificar:
1. Regiões dolorosas;
2. Expansibilidade bilateral: assimetria da expansibilidade torácica tem como cau-
sas mais comuns o derrame pleural, pneumonia lobar e obstrução brônquica unilateral;
3. Nódulos ou massas;
4. Frêmito tátil.

Percussão
Consiste na técnica de avaliação de sons pela percussão da parede torácica nos
espaços intercostais com a mão. Determina se os tecidos estão cheios de ar, líquidos ou
são sólidos.
Os sons podem ser:
- Som claro pulmonar: timbre grave e oco, tecido pulmonar normal;
- Som hipersonoro ou ressonante: indicam aumento de ar nos pulmões ou espaço
pleural - encontrado em pacientes com enfisema pulmonar;
- Som timpânico: som oco, encontrado no pneumotórax; - Som maciço: encon-
trado em pacientes com derrame pleural;
- Som sub-maciço: encontrado em pacientes com pneumonia.

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Ausculta
Procedimento mais importante para avaliar o fluxo aéreo pela árvore traqueobrôn-
quica.

Ruídos respiratórios:
- Murmúrio vesicular: auscultado por toda a extensão torácica, sendo mais in-
tenso nas bases pulmonares;
- Brônquico: é auscultado sobre o murmúrio esternal, na expiração; - Bronco-ve-
sicular: auscultado anterior e posterior, sobre as grandes vias aéreas; Ruídos adventícios
(sons anormais):
- Estertores: sons descontínuos e intermitentes, classificados como: - finos: sua-
ves e com timbre agudo (pneumonias e fase inicial da insuficiência cardíaca);
- Grossos: som mais intenso e grave, na expiração (bronquite e bronquiectasia);
- Roncos: ocorrem em consequência da passagem do ar através de estruturas
repletas de secreção;
- Sibilos: decorrente da passagem de ar por vias aéreas estreitas. Estão associ-
adas principalmente à asma e broncoconstrição (miado de gato);
- Atrito pleural: inflamação pleural, ruído semelhante àquele ouvido quando se
atrita um pedaço de couro a outro;
- Cornagem: respiração ruidosa devido a obstrução em nível de laringe ou tra-
queia (edema de glote ou aspiração de corpos estranhos)
Exemplos:
· Expansibilidade bilateral simétrica, som claro pulmonar, murmúrios vesiculares
presentes, sem ruídos adventícios ou MV +, sem ruídos adventícios.
· Dispnéia, expansibilidade bilateral diminuída, som maciço em base D, murmúrios
vesiculares diminuído em ápices, com roncos em base D.

Sistema circulatório

32
Fonte: www.youtube.com/

Inspeção
Paciente em decúbito dorsal, desnudo até a cintura e inspetor à direita do paci-
ente.
Verificar:
- Ictus cordis (situado no 5º espaço intercostal à esquerda, pode ou não ser visível
e palpável);
- Pulsações epigástricas;
- Ocorrência do levantamento sistólico - movimentos do esterno.
Palpação
Ictus cordis, pulsações epigástricas. Artérias: pulsos artérias (intensidade, ampli-
tude, frequência, ritmo e tipos), sopros e diferença de pressão nos quatro membros.

Ausculta
Focos da ausculta: são locais onde a ausculta cardíaca é melhor (som mais alto).
- Foco aórtico: à direita, 2º espaço intercostal;
- Foco pulmonar: à esquerda, 2º espaço intercostal;
- Foco tricúspide: parte inferior do esterno, junto ao processo xifóide;
- Foco mitral: 5º espaço intercostal, na linha m clavicular.

Verificar:

Bulhas:

33
- ritmicidade: rítmicas (tum-tá), arrítmicas. Fonese: normofonéticas, hipofonéti-
cas, hiperfonéticas. Cliques: som produzido por próteses valvulares. Sopros: tempo (sis-
tólico ou diastólico), localização (em qual foco), irradiação e intensidade (escala de + a
4+)
Exemplo: Bulhas rítmicas normofonéticas, 2 tempos sem sopro ou BRNF 2t s/
sopros.

Abdome

Topografia abdominal
O abdome pode ser dividido em quadrantes ou em regiões: Quadrantes. Uma li-
nha horizontal e uma vertical se cruzam na cicatriz umbilical, dividindo o abdome em:
- Quadrante superior direito
- Quadrante superior esquerdo
- Quadrante inferior direito
- Quadrante superior esquerdo

Divide-se o abdome é em nove regiões:


- Hipocôndrio direito
- Epigastro ou Regiaõ epigástrica
- Hipocôndrio esquerdo
- Flanco direito
- Mesogastro ou região periumbilical
- Flanco esquerdo
- Região inguinal direita ou fossa ilíaca direita
- Hipogastro ou região supra púbica
- Região inguinal esquerda ou fossa ilíaca esquerda.

34
Fonte: cienciasdse.blogspot.com.br/

Manobras propedêuticas básicas, ordem:


- Inspeção
- Ausculta
- Percussão
- Palpação

Inspeção
Examinador à direita do paciente. Forma: plano, escavado, distendido, globoso.
Condições da pele: normal, ressecada, com lesões, cicatrizes, estrias. Presença de ca-
teteres, drenos ou ostomias (especificar localização).

Ausculta
Ruídos hidroaéreos (RHA): ar faz turbilhões sonoros na parte líquida das alças
intestinais. A ausculta começa no quadrante inferior direito e acompanha os ruídos hi-
droaéreos ao longo dos cólons. Podem ser auscultados de 5 a 35 ruídos por minuto.
Para determinar ausência de ruídos hidroaéreos deve ausculta 5 min. Ruídos hidroaé-
reos: presentes, ausentes, intensidade (hipoativos, hiperativos).

Percussão

35
Determinação do tamanho e localização de vísceras sólidas, presença e distribui-
ção de gases, líquidos e massas, auxilia na localização da dor. Sons timpânicos (ar),
maciços (vísceras maciças, massas), submaciços (porção preenchida por material lí-
quido, semissólido). Predomínio som timpânico.

Palpação

Superficial:
Corre uma das mãos ao longo do abdome, passando pelos quadrantes, em sen-
tido horário. Pressionar para baixo cerca de 1 cm procurando massas e áreas dolorosas.

Profunda:
Confirmar as queixas do paciente, revelar áreas sensíveis à pressão.
Teste de descompressão brusca (DB):
Faz uma compressão profunda na região inguinal direita e faz-se uma descom-
pressão rápida e brusca, revelando dor ou não (se dor, suspeita de apendicite).

Visceromegalias:
Palpação do fígado e baço: pede-se para o paciente inspirar, o diafragma em-
purra-os para baixo, facilitando a palpação e verificação de sua consistência. Fígado
normal: macio, não palpável ou até 2cm do RCD (rebordo costal direito). Fígado doente:
endurecido e consistência pétrea. Baço normal: não palpável.
Consistência: flácido, tenso.
Sensibilidade: áreas dolorosas. Avaliar a dor: tipo, localização, intensidade, dura-
ção, irradiação.
Presença de massas e líquidos.

Genito-urinário

Masculino
Inspeção, se necessária palpação
- Glande, prepúcio, bolsa escrotal, distribuição dos pelos
- Dor em alguma região

36
- Condições da glande, secreção, retração do prepúcio
- Condições de higiene
- Condições da bolsa escrotal

Feminino
Inspeção, se necessária palpação
- Distribuição dos pelos pubianos
- Características dos grandes e pequenos lábios
- Alterações anatômicas
- Confirmar queixas
- Presença de secreção (tipo, coloração, odor) Presença de sondas (verificar o
tipo de sonda, tempo de sondagem e condições da sonda) e drenos.

Fonte: tecnicoauxiliarsaudecearte.blogspot.com.br/

Membros

Inspeção: Condições da pele: cicatrizes, hematomas, lesões. Presença de dispo-


sitivos: venosos, arteriais, talas gessadas, drenos. Condição da rede venosa, perfusão
periférica e coloração das extremidades. Presença de edema.

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Palpação: Pulsos: características: volume (cheio ou filiforme), ritmicidade (regular
ou irregular). Perfusão periférica: teste de enchimento capilar no leito ungueal. Avaliação
de edemas (com escala de+ a 4+). Sensibilidade e força motora: plegia, paresia. Varia-
ções de temperatura.

2. O PROCESSO DE ENFERMAGEM (PE) E A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSIS-


TÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE)

Fonte: www.enfermeiroaprendiz.com.br

Qual a diferença entre SAE e PE?


A sistematização da assistência de enfermagem (SAE) é o que organiza o traba-
lho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operaci-
onalização do PE.
Existem diversas formas de sistematizar (organizar/ ordenar) a assistência, para
torná-la segura, por exemplo:

38
 Os protocolos, a escala de funcionários diária, os fluxos, o processo de enferma-
gem são formas de sistematizar/ organizar a assistência de enfermagem.

E o Processo de enfermagem é uma ferramenta metodológica utilizada para tornar a


assistência de enfermagem sistemática, organizada em fases, com o objetivo de orientar
o cuidado profissional de enfermagem, de promover a qualidade no cuidado prestado.

O processo de enfermagem é uma atividade intelectual, que quando realizada de


maneira adequada, contribui para o fortalecimento da profissão enquanto ciência, pois
passamos do cuidado empírico (realizado pelo “achismo” ou intuição), para o cuidado
baseado em evidências. Este trabalho intelectual é o que norteia o raciocínio clínico e a
tomada de decisão diagnóstica, de resultados e de intervenções. A utilização desta fer-
ramenta possibilita a documentação dos dados relacionada às etapas do processo, fa-
vorecendo a visibilidade das ações de enfermagem e, consequentemente, da sua rele-
vância na sociedade.

Fonte: www.ebah.com.br/

E quais são as fases do Processo de Enfermagem (PE)?

Segundo a Resolução COFEN 358/2009, o PE se organiza em 5 etapas:

-Coleta de Dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem);


-Diagnóstico de Enfermagem;

39
-Planejamento de Enfermagem;
-Implementação e;
-Avaliação de Enfermagem.

O Processo de Enfermagem foi introduzido por Wanda de Aguiar Horta, na década de


70. Para fins didáticos, essas fases são descritas separadamente e em ordem sequen-
cial. Mas vale destacar, que assim como Horta propôs, as etapas são inter-relacionadas
e, por isso, uma depende da outra. Ademais, essas etapas se sobrepõem, dado que o
PE é contínuo.

Fonte: pt.slideshare.net

17 FASES DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1. Histórico de enfermagem (HE) ou Coleta de Dados

É constituído por entrevista e exame físico. A entrevista investigará a situação de


saúde do cliente ou da comunidade, identificando os problemas e necessidades de in-
tervenções. Já o exame físico consiste na inspeção, palpação, percussão e ausculta, que

40
necessita de conhecimento teórico e habilidades técnicas apropriadas para sua realiza-
ção.

2. Diagnóstico de Enfermagem

Nesta fase, o enfermeiro analisa os dados coletados e o estado de saúde do indi-


víduo, através da identificação e avaliação de problemas de saúde presentes ou em po-
tencial.
Os diagnósticos serão elaborados de acordo com os protocolos da instituição, os mais
utilizados são: NANDA e CIPE

3. Planejamento de Enfermagem
É determinado os resultados esperados, de maneira específica e identificado as
intervenções necessárias para alcançar os resultados.As intervenções elaboradas de-
vem ser direcionadas para alcançar os resultados esperados e prevenir, resolver ou con-
trolar as alterações encontradas durante o histórico de enfermagem e diagnóstico de
enfermagem.
Existem diversos sistemas de classificação para intervenções de enfermagem,
mas os mais utilizados no Brasil são a Nursing Interventions Classification (NIC) e a
CIPE, baseado no julgamento clínico e conhecimento do enfermeiro para melhorar os
resultados do cliente, e também a Nursing Outcomes Classification (NOC), para a clas-
sificação padronizada dos resultados dos clientes, que avalia o estado, comportamento
ou percepção do cliente ou família, permitindo a qualificação do seu estado.

http://enfermagemsaudavel.com.br/

41
4. Implementação de Enfermagem

Trata-se da concretização do plano assistencial, realização das ações ou inter-


venções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem.

5. Avaliação de Enfermagem

Processo sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da


pessoa, família ou coletividade em um determinado momento do processo saúde-do-
ença, para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resul-
tado esperado; e verificação da necessidade de mudanças ou adaptações em alguma
das etapas do Processo de Enfermagem.

São utilizados indicadores para qualificação de avaliação:

*Ausente ou Presente;
*Melhorado ou Piorado;
*Mantido ou Resolvido.

Nesta etapa está a evolução de enfermagem, que é a avaliação do paciente a


cada 24 horas.

Fonte: www.educamundo.com.br

42
A realização do Processo de Enfermagem é uma atividade privativa do Enfer-
meiro?
NÃO! No processo de enfermagem é competência exclusiva do Enfermeiro a re-
alização da consulta de enfermagem, segundo a Lei n. 7.498/86, que dispõe sobre o
exercício da enfermagem e o “Guia de recomendações para registros de enfermagem
no prontuário do paciente”, que foi aprovado pela Resolução COFEN nº 514/2016, que
compreende:
-Histórico de enfermagem;
-Diagnóstico de enfermagem;
-Planejamento da assistência de enfermagem (que compreende também a pres-
crição de enfermagem) e;
-Evolução de enfermagem.
Como visto, a 4ª fase, a de IMPLEMENTAÇÃO DE ENFERMAGEM não foi citada,
pois esta, trata-se da execução das atividades prescritas na etapa de planejamento e
não é de competência exclusiva do enfermeiro, mas sim de toda a equipe de enferma-
gem (enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem).
Dentre as atribuições dos técnicos e auxiliares de enfermagem no processo de
enfermagem, especificamente na fase de IMPLEMENTAÇÃO DE ENFERMAGEM, es-
tão:
-Realizar os cuidados prescritos pelo enfermeiro;
-Realizar anotações relacionadas às intervenções/atividades prescritas pelo en-
fermeiro sejam elas independentes, dependentes ou interdependentes, lembrando que
fornecem dados importantes ao enfermeiro e à equipe multidisciplinar para realizar a
avaliação/ evolução do paciente.
Todo integrante da equipe de enfermagem é essencial para que consigamos pres-
tar uma assistência com qualidade, livre de danos, garantindo a segurança do paciente.
A realização do Processo de Enfermagem é Obrigatória? E a SAE?
SIM! Segundo Art. 1º da Resolução COFEN 358/2009, o Processo de Enferma-
gem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, pú-
blicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem.

43
Segundo a mesma resolução, a Sistematização da Assistência de Enfermagem
também é obrigatória, uma vez que sistematizar a assistência organiza o trabalho profis-
sional, por meio de protocolos, instrumentos e pessoal, tornando possível a operaciona-
lização do processo de Enfermagem;
Lembre-se: O registro do processo de enfermagem no prontuário do paciente é o
que permite a continuidade da assistência, fornece parâmetros para a avaliação nos dias
seguintes, além de garantir respaldo legal aos profissionais de enfermagem, uma vez
que comprova a sua realização ou execução.

Fonte: saenf.blogspot.com.br

18 LEGISLAÇÃO

44
Fonte: www.ibacbrasil.com/

RESOLUÇÃO COFEN-358/2009

Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação


do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cui-
dado profissional de Enfermagem, e dá outras providências.
Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação
do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cui-
dado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. O Conselho Federal de En-
fermagem (COFEN), no uso de suas atribuições legais que lhe são conferidas pela Lei
nº 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado pela Reso-
lução COFEN nº 242, de 31 de agosto de 2000;
CONSIDERANDO o art. 5º, Inciso XIII, e o art. 196 da Constituição da República
Federativa do Brasil, promulgada em 05 de outubro de 1988;

CONSIDERANDO a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e o Decreto nº 94.406,


de 08 de junho de 1987, que a regulamenta;
CONSIDERANDO os princípios fundamentais e as normas do Código de Ética
dos Profissionais de Enfermagem, aprovado pela Resolução COFEN nº 311, de 08 de
fevereiro de 2007;

45
CONSIDERANDO a evolução dos conceitos de Consulta de Enfermagem e de
Sistematização da Assistência de Enfermagem; CONSIDERANDO que a Sistematização
da Assistência de Enfermagem organiza o trabalho profissional quanto ao método, pes-
soal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do processo de Enferma-
gem;
CONSIDERANDO que o processo de Enfermagem é um instrumento metodoló-
gico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática
profissional;
CONSIDERANDO que a operacionalização e documentação do Processo de En-
fermagem evidencia a contribuição da Enfermagem na atenção à saúde da população,
aumentando a visibilidade e o reconhecimento profissional;
CONSIDERANDO resultados de trabalho conjunto havido entre representantes do
COFEN e da Subcomissão da Sistematização da Prática de Enfermagem e Diretoria da
Associação Brasileira de Enfermagem, Gestão 2007-2010;
CONSIDERANDO tudo o mais que consta nos autos do Processo nº 134/2009;
RESOLVE:
Art. 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sis-
temático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profis-
sional de Enfermagem.

§ 1º – os ambientes de que trata o caput deste artigo referem-se a instituições


prestadoras de serviços de internação hospitalar, instituições prestadoras de serviços
ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre
outros.
§ 2º – quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de
saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, entre outros, o Processo de Sa-
úde de Enfermagem corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como
Consulta de Enfermagem.
Art. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relaciona-
das, interdependentes e recorrentes:
I – Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) – processo
deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas varia-

46
das, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou cole-
tividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e
doença.
II – Diagnóstico de Enfermagem – processo de interpretação e agrupamento dos
dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os con-
ceitos diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as respostas
da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e
doença; e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as
quais se objetiva alcançar os resultados esperados.
III – Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados que se espera
alcançar; e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às
respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo
saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem.
IV – Implementação – realização das ações ou intervenções determinadas na
etapa de Planejamento de Enfermagem.
V – Avaliação de Enfermagem – processo deliberado, sistemático e contínuo de
verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em
um dado momento do processo saúde doença, para determinar se as ações ou interven-
ções de enfermagem alcançaram o resultado esperado; e de verificação da necessidade
de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem.
Art. 3º O Processo de Enfermagem deve estar baseado num suporte teórico que
oriente a coleta de dados, o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e o plane-
jamento das ações ou intervenções de enfermagem; e que forneça a base para a avali-
ação dos resultados de enfermagem alcançados.
Art. 4º Ao enfermeiro, observadas as disposições da Lei nº 7.498, de 25 de junho
de 1986 e do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que a regulamenta, incumbe
a liderança na execução e avaliação do Processo de Enfermagem, de modo a alcançar
os resultados de enfermagem esperados, cabendo-lhe, privativamente, o diagnóstico de
enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um
dado momento do processo saúde e doença, bem como a prescrição das ações ou in-
tervenções de enfermagem a serem realizadas, face a essas respostas.
Art. 5º O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem, em conformidade
com o disposto na Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e do Decreto 94.406, de 08 de

47
junho de 1987, que a regulamenta, participam da execução do Processo de Enferma-
gem, naquilo que lhes couber, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro.
Art. 6º A execução do Processo de Enfermagem deve ser registrada formalmente,
envolvendo:
a) um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, família ou coletividade hu-
mana em um dado momento do processo saúde e doença;
b) os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou
coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença;
c) as ações ou intervenções de enfermagem realizadas face aos diagnósticos de
enfermagem identificados;
d) os resultados alcançados como consequência das ações ou intervenções de
enfermagem realizadas.
Art. 7º Compete ao Conselho Federal de Enfermagem e aos Conselhos Regionais
de Enfermagem, no ato que lhes couber, promover as condições, entre as quais, firmar
convênios ou estabelecer parcerias, para o cumprimento desta Resolução.
Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se
as disposições contrárias, em especial, a Resolução COFEN nº 272/2002.
Brasília-DF, 15 de outubro de 2009.

48
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