Você está na página 1de 37

O Grau de Mestre Maçom, o grau de mestre da 

maçonaria.
O Grau de Mestre

Dedica-se o Aprendiz ao trabalho material do desbaste da Pedra Bruta. Entrega-se o Companheiro ao


trabalho intelectual, para a realização da Pedra Cúbica. Ao Mestre cabe o trabalho espiritual, expresso
claramente na missão que lhe compete de difundir a luz
e reunir o que está disperso.
Consagrado à firmeza de caráter e à moral intransigente, o Grau de Mestre faz do iniciado um ser que se
sobrepõe a si mesmo, que se liberta das fraquezas humanas, para que possa, conscientemente, espalhar a luz
e fazer da fraternidade humana a mais forte, a mais pura e tangível realidade.
Morrendo para os vícios, erros e paixões, liberto da influência das ilusões, o Mestre renasce no estado de
inocência, no amor que fortalece, na verdade que dignifica, na virtude que sublima para, no cumprimento do
dever, sacrificar-se pela humanidade. Este é o programa real da Maçonaria, que deve o Mestre realizar para
com seus Irmãos, encontrar a Palavra Perdida, que opera o milagre da ressurreição.
No Grau de Mestre, mostra-se o quadro das misérias humanas, estuda-se a causa que as produz e os meios
de remediá-las. O Maçom compreende, então, que tem necessidade absoluta de ser bom, valoroso e
magnânimo. Vê que, além da ciência, precisa da
virtude para conseguir a fraternidade entre os homens. Observa que, sem o sacrifício das paixões, não
poderá reinar a liberdade.
Sente, por fim, que é indispensável combater o vício, com todas as energias, destruir a ignorância por meio
da educação e arrancar a máscara que cobre a hipocrisia, para se aproximar do ideal de justiça e igualdade.
A lenda em que se baseia o Grau de Mestre tem semelhanças com os mistérios da antiguidade e nos oferece
interessantes interpretações.
Nos antigos mistérios, encontramos a mesma ideia de um deus ou de um herói morto e ressuscitado, da luta
entre a luz e as trevas.
Os deuses dos antigos mistérios foram, na iniciação moderna, substituídos pelo herói da lenda maçônica,
Hiran, representação alegórica da ciência, da arte, da virtude e do amor fraternal. Representam os três
assassinos os três vícios principais que corrompem
o homem: a ambição, a ignorância e a hipocrisia. Hiran personifica o bem. Os assassinos, o mal. Hiran é, em
suma, o mestre modelo.
Quando foi criado o Grau de Mestre? Não se sabe a data precisa.Pelo menos até 1723, já fundada a Grande
Loja de Londres em 1717, só se praticavam os Graus de Aprendiz e Companheiro. O Mestre era escolhido
entre os Companheiros mais experientes,
como ocorria na Maçonaria de Ofício. Em 1738, já se escolhiam o Venerável e os Vigilantes entre os
Mestres-Maçons, o que prova, então, a existência do Grau de Mestre naquela época. Sua formação deve,
pois, ter-se dado entre 1725 e 1735, uma vez
que, perto dessa última data, já se falava em “Lojas de Mestres Maçons”.
Tal é, em linhas gerais, o Grau de Mestre, o último da Maçonaria Simbólica e o mais essencial de quantos
admite e professa a Arte Real, pelos ensinamentos que encerra e pelos fins a que se destina.

Disposição e Decoração

Altares e Candelabros
O Templo de Mestre, também chamado “Câmara do Meio”, tem as paredes completamente pretas, semeadas
de espaço a espaço, de lágrimas prateadas, dispostas em grupos de 3, 5 e 7, e de fêmures cruzados,
encimados por uma caveira.
O Templo, não recebendo luz do exterior, é iluminado por nove luzes: três no altar do Ven.·.M.·.
(VENERAVEL MESTRE) e três em cada um dos altares dos VIGILANTES formando cada grupo um
triângulo equilátero. Uma lâmpada de luz tênue penderá do centro do teto da Loja, por sobre o esquife.
No Altar dos Juramentos, no mesmo plano do altar do Ven.·.M.·., o Livro da Lei, sobre o qual descansarão o
Compasso e o Esquadro, este com os ramos cobertos pelas
hastes daquele.
No centro do Templo, um esquife coberto com pano preto e, por sobre este, um ramo de acácia.
Os panos e as cortinas dos altares são, também, pretos, com lágrimas e orlas prateadas.
Os malhetes trarão um laço de crepe no cabo e as batidas serão dadas sobre feltro, pois no Grau de Mestre a
bateria é surda.
No mais, mantém a mesma disposição da Loja de Aprendiz.

Assentos
Próximo ao eixo do Templo há um espaço formado por fileiras de cadeiras dispostas umas de frente para as
outras, nos dois hemisférios, Sul e Norte, ocupadas pelos Mestres, chamado de Câmara do Meio.
Painel do Grau de Mestre

À frente do Pavimento Mosaico, voltado para a porta do Templo, encontra-se o Painel do Grau, uma
alegoria que compreende vários símbolos e determina o grau em que os trabalhos estão sendo executados.

Títulos dos Irmãos – O Ven.·. M.·. tem o título de Respeitabilíssimo Mestre. Os Vigilantes o de
Venerabilíssimos Irmãos e os demais Mestres o de Veneráveis Irmãos.

Estes títulos são usados apenas nos diálogos. Nas citações usam-se os tratamentos convencionais.Painel do
Grau

As Vestes
PARAMENTOS DO MESTRE MAÇOM

Avental – O avental de Mestre é de pele branca ou, na sua falta, de napa branca. Tem a forma retangular,
com 35 cm de altura por 40cm de largura. A abeta é triangular. O avental é forrado e orlado de vermelho. A
orla mede 4,5 cm de largura, em fita de seda
chamalotada, ou gorgorão, na cor vermelha, contornando a parte inferior e as laterais esquerda e direita. Na
parte superior e na abeta, uma orla de 3 cm de largura, também em vermelho.
Na parte inferior do avental, abaixo da abeta, à esquerda e à direita, nessa ordem, as letras M.·. B.·. pintadas
ou bordadas em vermelho. É preso à cintura por uma fita de gorgorão ou elástico vermelho, de 1,5 cm de
largura.
Esse é o avental do Rito Escocês Antigo e Aceito, segundo estabeleceu o 1° Congresso Mundial dos
Supremos Conselhos do Rito Escocês Antigo e Aceito, realizado em Lausanne (Suíça), em 1875, quando
ficou expressamente assentado que a cor do Rito
Escocês é a vermelha (escarlate).
É proibido o uso de insígnias e paramentos outros que não os dos Graus Simbólicos.
Faixa de Mestre – A faixa de Mestre é de seda chamalotada azul-celeste, tendo dez centímetros de largura e
possuindo em toda a sua extensão, dos dois lados, um filete vermelho. Em sua extremidade um nó vermelho
por onde se prende a joia do grau, que é um Esquadro sobposto a um Compasso, aberto em 45graus. É usada
a tiracolo, da direita para a esquerda.
Colar dos Oficiais – O colar é azul, de dez centímetros de largura, contornado por um filete vermelho, com
ramos de acácia, bordados na cor prata, de ambos os lados. No vértice peitoral, formado pelo colar, pode
haver a figura de um Delta Radiante, com o nome hebraico de Deus (o Tetragrama).
Traje Maçônico Oficial – O traje maçônico oficial é sempre o terno preto, com gravata, meias, sapatos
pretos e camisa social branca, também chamado traje “a rigor maçônico”.
Balandrau – O balandrau é uma veste maçônica com origem nas Instituições de
Ofício. Deve ser de cor preta, de corpo inteiro, até os tornozelos, abotoado no colarinho, sobre calça, meias,
sapatos pretos.
Em Sessões Magnas recomenda-se o uso do traje a rigor.
Paramentos do VENERÁVEL MESTRE
Avental – O avental do Ven.·. M.·. é fabricado com o mesmo material do avental de Mestre. Também é
forrado e orlado de vermelho em todo o seu contorno e na abeta, como o do Mestre. Traz três taus
invertidos, um no centro da abeta, dois na parte inferior, sendo um de cada lado, de metal branco ou
prateado, abaixo e ao lado das letras M.·. B.·.. De cada lado, vindo de sob a abeta, duas fitas com franjas
prateadas na extremidade. A dimensão é a mesma do avental de Mestre.
Punhos – Os punhos são vermelhos com filete dourado, tendo na parte
dianteira a figura de um esquadro, com um ramo de acácia de cada lado, bordados em dourado. É usado pelo
Ven.·.M.·., pelo primeiro e segundo Vigilantes.
Joia – A joia do Ven.·. M.·. é um Esquadro prateado pendente do colar, com a abertura voltada para baixo.
Luvas Brancas- Usam-se luvas apenas em Loja de Mestre. Na Maçonaria moderna
as luvas têm um simbolismo duplo. Conservam o seu significado antiquíssimo de acessório de trabalho para
as mãos, mas a ele acrescenta-se, em razão da brancura, o da pureza que deve caracterizar as mãos de um
Maçom.
Instrumentos de Trabalho- São instrumentos de trabalho do Mestre, o Cordel, o Lápis e o Compasso. O
Cordel funciona sobre um eixo central e serve para marcar os ângulos do edifício, fazendo-os iguais e retos,
para que os alicerces possam suportar a estrutura. O Lápis serve para o artista hábil delinear o edifício e
traçar os diversos planos para a construção e para a orientação dos obreiros. O Compasso habilita o artista a
verificar e determinar, com rigorosa precisão, os limites e as proporções das diversas partes da construção.
INTERROGATÓRIO PARA O GRAU DE MESTRE

Pergunta: – Sois Maçom?


Resposta: A ACACIA ME É CONHECIDA.
Telhamento ou Cob.·. do Gr.·. de M.·. M.·.
Sin.·. de Ord.·. ou Sin.·. Gut.·. : – Levar a m.·. dir.·. horizontalmente aberta, com os dedos estendidos e
juntos, o pol.·. separado, em esq.·., e apoiado no lado esq.·. do vent.·..
Sin.·. de Saud.·.

(Sinal Penal ou Ventral): – Estando à ordem, correr a m.·. dir.·. sobre o vent.·. , da esq.·. para a dir.·.
deixando, depois, o br.·. cair ao longo do corpo. É também chamado Sinal Penal ou Ventral, pois relembra a
penalidade prevista no juramento do grau.
Sin.·. de Hor.·. ou de Adm.·.: – Levantar as duas mm.·. para o céu, com os dd.·. estendidos e separados,
dizendo: “Ah! Senhor meu Deus”! Depois dessa exclamação, deixar cair as
mãos sobre os jj.·. em sinal de admiração.
Sin.·. de Soc.·.: – Levantar as duas mm.·. juntas, acima da cab.·.com os dded.·. entrelaçados e as ppal.·. para
fora, dizendo:
A MIM FILHOS DA VIÚVA
Pal.·. Sag.·.: – MO-A-BOM (A carne se desprende dos ossos)
Pal.·. de Pas.·.: – TUBALCAIM (Primeiro artífice em metais do Templo de Salomão)
Toq.·.: – É dado por cinco movimentos, chamados de C.·. P.·. de P.·. do Mestre, são eles:
1o – Tomar, mutuamente, a m.·. dir.·., formando a gar.·., para unir as ppal.·. das mm.·.;
2o – Juntar, reciprocamente, os pp.·. ddir.·., pela parte interior; 3o – Juntar os jj .·. ddir.·. ;
4o – Aproximar-se pela parte superior do corpo, (p.·. contra
p.·.), lado dir.·.; 5o – Colocar, reciprocamente, a m.·. esq.·. sobre o ombr.·. dir.·..
Nessa posição pronunciam-se as três sílabas que compõem a Pal.·. Sag.·., somente pelo ouvido esquerdo.
Marc.·. Simp.·.: – Tr.·. ppas.·., levantando os pp.·. como para passar por cima de um objeto colocado em
terra (esquife) da seguinte maneira. O primeiro pass.·., oblíquo, é dado para a dir.·. com o pé dir.·. juntando-
se o esq.·. normalmente sem formar esq.·.; o segundo, também oblíquo, é dado para a esq.·. com o pé esq.·.
juntando o dir.·. normalmente, sem formar esquad.·.; o terceiro, que atingirá a parte oriental do esquife é
dado com o pé dir.·., juntando-se o esq.·., desta vez em esquadria, com a ponta do p.·. esq.·. voltada para a
frente, pois, nessa posição, será feito o Sin.·. de Hor.·. seguido do Sin.·. de
Saud.·. (Sinal Penal ou Ventral).
Marc.·. Compl.·.: – Ver ilustração na página seguinte.
Bat.·.: n.·. panc.·. surdas, espaçadas de t.·. em t.·.
Id.·.: S.·. aa.·. e mais.
aclamação HUZZÉ HUZZÉ HUZZÉ

Melodias SUGERIDAS
1) Entrada e saída dos Obreiros e Autoridades:
“Marcha Maçônica”, de Mozart
“Hino Maçônico”, de D. Pedro I

2) Abertura da Loja:
“Ode de Abertura”, K.483, de Mozart

3) Tronco de Beneficência e Bolsa de Propostas e Informações:


“Meditação”, de Massenet
“Sonho de Amor”, de Liszt

4) Nas demais partes da Sessão Econômica:


Peças de Mozart, Bach, Beethoven
e outros compositores clássicos

5) Encerramento da Loja:
“Ode de Encerramento”, K.484, de Mozart

6) Na Sessão Magna de Exaltação:

a) No início dos trabalhos:


“A Valsa da Dor”, de Heitor Villa-Lobos

b) Durante as viagens do Mestre:


“A Valsa Triste”, Opus 44, de Sibelius
“Morte do Cisne”, de Saint-Saens
Trechos de “O Crepúsculo dos Deuses”, de Wagner
O 3o movimento da “Sonata no 2”, de Chopin

c) Durante o juramento:
“Prelúdio e Fuga no 1”, do “Cravo Bem Temperado”,
de Bach

d) Sagração do candidato:
“Marcha Fúnebre”, de Mendelssohn

e) Entrada como Mestre Maçom:


1° ou 3° movimento da “Sinfonia no 6” (Pastoral),
de Beethoven
22SessÕes Maconicas
23Sessão Econômica
Ordem dos Trabalhos
– Preparo Inicial
– Harmonização
– Cortejo de Entrada no Templo
– Abertura Ritualística
– Leitura do Balaústre
– Leitura do Expediente
– Entrada de Irmãos Visitantes
– Bolsa de Propostas e Informações
– Ordem do Dia
– Período de Instrução
– Tronco de Beneficência
– Palavra a bem da Ordem e do Quadro
– Encerramento
– Cortejo de Saída do Templo
Nos trabalhos litúrgicos, em qualquer sessão, é proibida a inclusão de cerimônias, palavras, expressões ou
atos que não constem do presente ritual.
Preparo Inicial
Além do Cobridor e do Mestre de Harmonia, ninguém tem ingresso no Templo antes da hora fixada para os
trabalhos, exceto os Irmãos incumbidos de sua preparação, que devem deixá-lo assim que o mesmo estiver
pronto.
Para o início dos trabalhos as luzes do altar do Ven.·. M.·., do 1o Vigilante e do 2o Vigilante devem estar
acesas.
Nas Sessões Magnas ou Econômicas, o Pavilhão Nacional deve estar dentro do Templo antes do início dos
trabalhos. Introduz-se, ritualisticamente, a Bandeira Nacional no Templo apenas em Sessões Magnas
Públicas.
Os Obreiros devem chegar à Loja pelo menos meia hora antes do início dos trabalhos. Devem assinar o
Livro de Presença, exposto em seu local pelo Irmão Chanc.·., e a seguir devem se paramentar no local
adequado.
O local apropriado para deixar o Livro de Presença, quer de Irmãos do Quadro, quer de Irmãos Visitantes, é
a Sala dos Passos Perdidos, onde também deve estar o Vestíbulo.
Assim paramentados, os Mestres com seu avental apropriado e sua faixa, devem se dirigir ao Átrio,
preparando-se para a entrada no Templo.
Harmonização
À hora marcada para o início dos trabalhos, o M.·. de CCer.·. reúne todos os Irmãos no Átrio, solicita
silêncio e anuncia o nome de quem fará a Harmonização, ou seja, a leitura de um pequeno texto apropriado
para a harmonia dos sentimentos de todos os
presentes.
Cortejo de Entrada no Templo
No interior do Templo, permanecem somente o Cob.·. e o Mestre de Harmonia, o qual já tem suas melodias
escolhidas para toda a sessão. O M.·. de CCer.·. bate com seu bastão no chão para chamar a atenção dos
Irmãos e para que todos se organizem em
fila dupla, da seguinte maneira:
• Na fileira do Norte (Coluna B, à esquerda de quem entra pela porta do Templo), os Mestres, seguidos dos
Oficiais que ocupam cargos na Coluna do Norte e,
finalmente, do 1o Vig.·. .
• Na fileira do Sul (Coluna J, à direita de quem entra pela porta do Templo), colocam-se os Mestres, os
Oficiais que ocupam cargos na Coluna do Sul e, por fim, o 2o Vig.·. .
• Entre as duas fileiras, um pouco atrás dos Vigilantes, coloca-se o Ven.·. M.·. .

Obs.: Havendo Irmãos visitantes, caso não sejam conhecidos, devem ser examinados pela Comissão de
Segurança da Loja. O momento de ingresso deles dar-
se-á após a leitura do balaústre da sessão anterior. No entanto, este costume está em desuso. Assim, os
Irmãos visitantes, depois de terem seus documentos examinados
e a critério do Ven.·. M.·., podem ter acesso ao Templo, juntamente com os Irmãos do quadro da Loja
visitada.
Assim formadas as filas, o M.·. de CCer.·. posiciona-se entre elas e dá a bat.·. de Mestre na porta do
Templo, solicitando o ingresso.
O Cob.·. abre totalmente a porta do Templo e coloca-se a seu lado, ao Sul.
Durante a entrada, o Mestre de Harmonia faz soar a melodia apropriada.
As duas fileiras ingressam no Templo, uma pelo Norte, outra pelo Sul, indo todos ocupar os respectivos
lugares, permanecendo em pé, em absoluto silêncio, enquanto apenas o Ven.·.M.·., anunciado e depois
conduzido pelo M.·. de CCer.·. até a entrada do Oriente, sobe os degraus de acesso ao altar pela sua
esquerda, permanecendo em pé diante de sua cadeira.
O Cob.·. fecha a porta do Templo e volta a seu lugar.

Abertura Ritualística
Instruções sobre o uso do Malhete: O uso do malhete não deve ser banalizado, devendo ser utilizado apenas
quando houver a inscrição (o).

Após a entrada no Templo, estando os Irmãos em número regular e nos devidos lugares, o Ven.·. M.·. diz:
Ven.·. M.·.: – Em Loja, VVen.·. Irmãos, cubramo-nos e sentemo-nos, ajudai-me a abrir a Loja de Mestre.
Venerab.·. Irmão 1o Vig.·.,qual é o primeiro dever de um Vigilante em Loja?
1o Vig.·.: – Verificar se o Templo está coberto.
Ven.·. M.·.: – Certificai-vos disso, Ven.·. Irmão.
1o Vig.·.: – Ven.·.Irmão Cob.·., cumpri o vosso dever.
Cob.·. : – Venerab.·. Irmão 1o Vig.·., o Templo está coberto.
1o Vig.·.: – Respb.·. M.·., o Templo está coberto.
28Ven.·. M.·.: – Qual é o vosso segundo dever, Venerab.·. Irmão 1o Vig.·.?
1o Vig.·.: – Verificar se todos os presentes nas colunas são Mestres Maçons.
Ven.·. M.·.: – Verificai se o são.
1o Vig.·.: – À ordem, VVen.·.Irmãos.
• O 1o e 2o VVig.·. deixam seus altares e percorrem, longitudinalmente, suas colunas, verificando se todos
fazem o Sin.·. de Ord.·. .
• Os VVig.·., ao portarem seus malhetes, o fazem pela m.·.dir.·., trazendo-o à sua frente e fazendo uma
esquad.·.de seu br.·. com seu antebr.·. .
• Voltando os VVig.·. a seus altares e estando tudo de acordo, o 2o Vig.·. diz:
2o Vig.·.: – Venerab.·. Irmão 1o Vig.·., os Irmãos de minha coluna são Mestres Maçons.
1o Vig.·.: – Respb.·. M.·., os Irmãos das Colunas do Sul e do Norte, pelo Sin.·. que fazem, são Mestres
Maçons.
Ven.·. M.·.: – Eu respondo pelos do Oriente. Sentai-vos. – Ven.·.Irmão 2o Diac.·. qual é o vosso lugar em
Loja?
2o Diac.·.: (Responde em pé) – À direita do Irmão 1o Vig.·..
Ven.·. M.·.: – Para que, meu Ven.·.Irmão?
2o Diac.·.: – Para transmitir as vossas ordens ao Irmão 2o Vig.·. e zelar para que os Irmãos se conservem
nas colunas com o devido respeito, disciplina e ordem.
29Ven.·.M.: Onde é o lugar do Irmão 1o Diac.·.?
2o Diac.·.: – À vossa direita e abaixo do sólio, Respb.·. M.·..

Senta-se.
Ven.·. M.·.: – Para que ocupais este lugar, Ven.·. Irmão 1o Diac.·.?
1o Diac.·.: (Responde em pé) – Para transmitir as vossas ordens ao Irmão 1o Vig.·. e a todas as Dignidades e
Oficiais, de modo que os trabalhos sejam executados com ordem e perfeição.
Ven.·. M.·.: – Onde tem assento o Irmão 2o Vig.·.?
1o Diac.·.: – No meio-dia, Respb.·. M.·..

Senta-se.
Ven.·. M.·.: – Para que ocupais esse lugar, Venerab.·. Irmão 2oVig.·.?
2o Vig.·.: – Para melhor observar o sol em seu meridiano, chamar os obreiros para o trabalho e mandá-los
para a recreação.
Ven.·. M.·.: – Onde tem assento o 1o Vig.·.?
2o Vig.·.: – No Ocidente, Respb.·. M.·. .
Ven.·. M.·.: – Para que ocupais este lugar, Venerab.·. Irmão 1o Vig.·.?
1o Vig.·.: – Assim como o sol se oculta no Ocidente para terminar o dia, ali tem assento o 1o Vig.·. para
fechar a Loja, pagar os obreiros e dispensá-los contentes e satisfeitos.
30Ven.·. M.·.: – Onde é o lugar do Ven.·. M.·.?
1o Vig.·.: – No Oriente.
Ven.·. M.·.: – Para que, Venerab.·. Irmão?
1o Vig.·.: – Assim como o sol nasce no Oriente para iniciar sua carreira e romper o dia, também ali tem
assento o Ven.·. M.·. para abrir a Loja, dirigi-la nos seus trabalhos e iluminá-la com suas luzes.
Ven.·. M.·.: – Venerab.·. Irmão 1o Vig.·., para que nos reunimos
aqui?
1o Vig.·.: – Para promover o bem-estar da humanidade, levantando Templos à virtude e cavando masmorras
ao vício.
Ven.·. M.·.: – Venerab.·. Irmão 1o Vig.·., sois Maçom?
1o Vig.·.: – A ACACIA ME É CONHECIDA
Ven.·. M.·.: – Que tempo é necessário para que um Mestre Maçom seja perfeito?
1o Vig.·.: – 7 anos e mais, Respeitabilíssimo Mestre
Ven.·. M.·.: – Que idade tendes, como Mestre Maçom?
1o Vig.·.: – S.·. aa.·. e mais, Respb.·. M.·..
Ven.·. M.·.: – A que horas começam os Mestres Maçons a trabalhar?
1o Vig.·.: – Ao meio-dia, Respb.·. M.·..
31Ven.·. M.·.: – Que horas são, Venerab.·. Irmão 2o Vig.·.?
2o Vig.·.: – Meio-dia, Respb.·. M.·..
Ven.·. M.·.: (BAM! BAM! BAM!  BAM! BAM! BAM! BAM! BAM! BAM! batendo o malhete)
(Compassadamente por 9 vezes, em intervalos regulares de t.·. batidas)
1o V.·.: (ooo ooo ooo) (Compassadamente por n.·. vezes, em intervalos regulares de t.·. batidas)
2o V.·.: (ooo ooo ooo) (Compassadamente por n.·. vezes, em intervalos regulares de t.·. batidas)

O Cob.·. dá com o cabo de sua espada por n.·.(9) vezes em intervalos regulares de t.·. batidas na porta do
Templo, que são respondidas pelo Cob.·. Externo.
Ven.·. M.·.: – Em pé, VVen.·. Irmãos.
• • O 1o Diac.·. sobe os degraus do altar pelo Norte e coloca-
se à direita do Ven.·. M.·..
• • Obs.: Os DDiac.·. não utilizam bastões.
• • O Ven.·. M.·. transmite a Pal.·. Sag.·. ao 1o Diac.·., sílabapor sílaba, somente pelo ouvido esquerdo.
• • A seguir, o 1o Diac.·. dirige-se ao altar do 1o Vig.·. e do mesmo modo, transmite-lhe a Pal.·. Sag.·.,
retornando ao seu lugar.
• • Com as mesmas formalidades, o 1o Vig.·. envia a Pal.·.Sag.·. ao 2o Vig.·., por intermédio do 2o Diac.·.,
que procede da mesma maneira, retornando a seguir ao seu lugar.
• • Depois de recebida a pal.·. pelo Irmão 2o Vig.·., este diz:2o Vig.·.: – Está tudo justo e perfeito na Coluna
do Sul, Venerab.·.Irmão 1o Vig.·..
1o Vig.·.: – Está tudo justo e perfeito em ambas as colunas,Respb.·. M.·..
Ven.·. M.·. : – Achando-se a Loja regularmente constituída, procedamos à abertura dos trabalhos, invocando
o auxílio do Grande Arquiteto do Universo. – Ven.·. Irmão M.·. de CCer.·., conduzi o Irmão ___FULANO
DE TAL_________ ao Altar dos Juramentos para a abertura do Livro da Lei.

O Mestre Instalado mais recente, ou qualquer Mestre Instalado do Quadro de Obreiros da Loja, citado
nominalmente pelo Ven.·. M.·., ou ainda na ausência deles, o Orad.·., levanta de seu lugar e segue o M.·. de
CCer.·. até o Altar dos Juramentos, a fim de proceder a abertura e leitura do Livro da Lei.
Ven.·. M.·.: – À ordem, VVen.·. IIrm.·., descubramo-nos.
• O M.·. de CCer.·. se mantém em posição de rigor, com o bastão na m.·. dir.·., sem encostá-lo ao chão e o
br.·. dir.·. colado ao tronco, formando uma esquad.·. com o antebr.·.,
ficando postado atrás do Irmão encarregado de abrir o Livro da Lei.
• O Irmão designado, em pé, faz a leitura do Livro da Lei,
em Eclesiastes, capítulo 12, versículos 1, 2, 7 e 8.

Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem
os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;
Antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;

E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.


Vaidade de vaidades, diz o pregador, tudo é vaidade.

Todos FALAM APÓS A LEITURA DA BÍBLIA: – “Que assim seja!”


•Depois coloca o livro aberto sobre o Altar dos Juramentos e sobre ele adiciona o Esquadro e o Compasso,
na posição correta para o Grau de Mestre, de maneira que as hastes do Compasso estejam voltadas para o
Ocidente e cobrindo os braços do Esquadro,
voltados para o Oriente.
• O Mestre Instalado (ou na ausência deste, o Orad.·.) retorna a seu lugar, tendo sempre à sua frente o M.·.de
CCer.·., que em sua volta expõe o Painel do Grau de Mestre.
• Todos os demais Irmãos continuam em pé e à ordem.
Ven.·. M.·.: – À glória do Grande Arquiteto do Universo e em honra a São João, nosso Patrono, sob os
auspícios do Grande Oriente XYZ e em virtude dos poderes que me foram
conferidos, declaro aberta, no grau de Mestre Maçom, a Augusta e Respeitável Loja
Maçônica_______________ em Sessão Econômica (ou Magna).
– Desde agora, a nenhum Irmão é permitido falar ou passar de uma para outra coluna sem obter permissão,
nem ocupar-se de assuntos proibidos pelas nossas Leis. – A mim, meus VVen.·. Irmãos, pela Saudação, pela
Bateria e pela Aclamação: – Huzzé – Huzzé – Huzzé. – Sentemo-nos
e cubramo-nos, meus VVen.·. Irmãos. – Ven.·.Irmão Cob.·., dai entrada ao Irmão Cob.·. Externo.

Balaústre
Neste fundamento o Sec.·. lê sentado. Os balaústres das Sessões Magnas devem ser lidos, discutidos e
aprovados, preferencialmente, na Sessão Econômica imediata do grau. Em
Sessões Magnas não se leem balaústres.
Ven.·. M.·.: (o) – Ven.·.Irmão Sec.·., dai-nos conta do balaústre dos nossos últimos trabalhos. – Atenção,
VVen.·. Irmãos!

Após a leitura, o Ven.·. M.·. diz:


Ven.·. M.·.: – VVen.·. Irmãos se tendes alguma observação a fazer sobre a redação do balaústre que acaba
de ser lido, a palavra vos será concedida, a partir da Coluna do Sul.
2o Vig.·.: A palavra está na Coluna do Sul.
•Não havendo discussão ou finda esta:
2o Vig.·.: – Reina silêncio na Coluna do Sul, Venerab.·. Irmão 1o Vig.·..
1o Vig.·.: A palavra está na Coluna do Norte
•Não havendo discussão ou finda esta:
1o Vig.·.: – Reina silêncio em ambas as colunas, Respb.·. M.·..

Ven.·. M.·.: – A palavra está no Oriente.


•Não havendo discussão ou finda esta:
Ven.·. M.·.: – O silêncio é profundo no Oriente. – Ven.·.Irmão Orad.·., dai-nos vossas conclusões.
Orad.·.: – Sou pela aprovação, Respb.·. M.·.. (ou pela desaprovação, caso em que explicará o motivo)
Ven.·. M.·.: – Os VVen.·. Irmãos que aprovam a redação do balaústre, queiram fazer o sinal de costume.
•O M.·. de CCer.·., sentado, depois de votar pela aprovação ou não, como os demais, levanta-se, e, à ordem,
anuncia o resultado da votação. Se todos aprovarem:
Ven.·. M.·.: – Está aprovado o balaústre.
•Se houver discussão, e dela resultarem emendas ou explicações, estas serão consignadas na ata da sessão
que se está realizando. Neste caso:
Ven.·. M.·.: – Os VVen.·. Irmãos que aprovam o balaústre, com a(s) emenda(s) proposta(s), façam o sinal de
costume.
•O M.·. de CCer.·., sentado, depois de votar pela aprovação ou não, como os demais, levanta-se, e, à ordem,
anuncia o resultado da votação.
Ven.·. M.·.: – Está aprovado o balaústre com a(s) emenda(s) relatada(s). – Ven.·.Irmão M.·. de CCer.·.,
cumpri o vosso dever.
• O M.·. de CCer.·. antes de subir para o Oriente, sempre pelo lado Norte, para e faz a saudação ao Delta (ou
ao Ven.·.M.·.) com o Sin.·. de Ord.·. . Ao deixar o Oriente,
sempre pelo lado Sul, antes de alcançar os degraus, para, vira-se para o Delta (ou ao Ven.·.M.·.) e, com o
Sin.·. de Ord.·., repete a saudação
• O M.·. de CCer.·. depois que lhe é entregue o balaústre pelas mãos do Sec.·., que já o assinou, submete o
mesmo à assinatura do Orad.·.(ORADOR) e por último a do Ven.·.M.·.,
findo o que, devolve o livro ao Sec.·.(SECRETARIO) .
Expediente
Neste fundamento são lidas as correspondências recebidas pela Loja.
Ven.·. M.·.: (o) – Ven.·. Irmão Sec.·., informai-nos se há expediente.
• O Sec.·. responde e, se afirmativamente, procede à leitura do expediente ao qual o Ven.·.M.·. vai dando o
devido destino. Os atos, decretos e leis são lidos pelo
Orad.·., na Ordem do Dia.Entrada de Irmãos Visitantes e/ou Retardatários do Quadro de Obreiros da Loja

Bolsa de Propostas e Informações


Não são lidas as propostas que dependam de exame e parecer de alguma comissão, ou daquelas que o Ven.·.
M.·. julgar conveniente não revelar no momento. Estas pranchas podem ficar sem serem lidas até por duas
sessões econômicas, com exceção das pranchas, comunicados, atos, decretos e leis emanados do Grande
Oriente de Minas Gerais. Nas Propostas de Admissão de Candidatos, é sempre omitido o nome do Mestre
Maçom Proponente.
Ven.·. M.·.: (o) – VVenerab.·. Irmãos 1o e 2o VVig.·., anunciai em vossas colunas, assim como eu anuncio
no Oriente, que o Irmão M.·. de CCer.·. vai circular, ritualisticamente, com a Bolsa de Propostas e
Informações.
1o Vig.·.: (o) – VVen.·.Irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos anuncio da parte do Ven.·. M.·.
que o Irmão M.·. de CCer.·. vai circular, ritualisticamente, com a Bolsa de Propostas e Informações.
2o Vig.·.: (o) – VVen.·.Irmãos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio da parte do Ven.·. M.·. que o
Irmão M.·. de CCer.·. vai circular, ritualisticamente, com a Bolsa de Propostas e Informações.
• O M.·. de CCer.·. toma a bolsa e vai colocar-se entre
colunas.
2o Vig.·.: – Venerab.·. Irmão 1o Vig.·. o Irmão M.·. de CCer.·. encontra-se entre colunas.
371o Vig.·.: – Respb.·. Mestre, o Irmão M.·. de CCer.·. encontra-se entre colunas.
Ven.·. M.·.: – Ven.·. Irmão M.·. de CCer.·., cumpri o vosso dever.
• O M.·. de CCer.·. faz circular a bolsa, ritualisticamente, findo o que, volta a ficar entre colunas.
2o Vig.·.: – Venerab.·. Irmão 1o Vig.·., a Bolsa de Propostas e Informações fez o seu trajeto e acha-se
suspensa.
1o Vig.·.: – Respb.·. M.·., a Bolsa de Propostas e Informações fez
o seu trajeto e acha-se suspensa.
Ven.·. M.·.: – Ven.·. Irmão M.·. de CCer.·. trazei a bolsa ao altar para ser conferida e anunciado o seu
produto.
• O M.·. de CCer.·. sobe ao Oriente, ficando ao Norte do sólio e ao lado do Altar dos Juramentos. Apresenta
a Bolsa de Propostas e Informações ao Ven.·.M.·., que
deita sobre o altar as peças recolhidas.
Ven.·. M.·.: – VVen.·. Irmãos Orad.·. e Sec.·., eu vos convido a assistirdes à verificação do seu conteúdo.
• O Orad.·. e o Sec.·. aproximam-se do altar para assistirem à contagem das colunas gravadas,
permanecendo em pé e à ordem.
• O Ven.·. M.·. decifra as colunas gravadas recolhidas e dá-lhes o devido destino.
Ven.·. M.·.: – Meus VVen.·. Irmãos, a Bolsa de Propostas e Informações produziu ____ colunas gravadas,
que passo a decifrar. – VVen.·. Irmãos Orad.·. e Sec.·., eu vos agradeço.
• O Ven.·. M.·. devolve a bolsa vazia ao M.·. de CCer.·., este volta ao seu lugar.
• Não tendo sido recolhida nenhuma coluna gravada, o Ven.·. M.·. diz:
Ven.·. M.·.: – Meus VVen.·. Irmãos, a Bolsa de Propostas e Informações não produziu nenhuma coluna
gravada.

Ordem do Dia
A Ordem do Dia se destina a assuntos passíveis de votação.
Ven.·. M.·.: (o) – VVenerab.·. Irmãos 1o e 2o Vig.·., anunciai em vossas colunas, assim como eu anuncio no
Oriente, que vamos passar à Ordem do Dia.
1o Vig.·.: (o) – VVen.·. Irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos anuncio da parte do Ven.·. M.·.
que vamos passar à Ordem do Dia.
2o Vig.·.: (o) – VVen.·. Irmãos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio da parte do Ven.·. M.·. que
vamos passar à Ordem do Dia. – Venerab.·. Irmão 1o Vig.·., está anunciado em minha Coluna.
1o Vig.·.: – Está anunciado em ambas as colunas, Respb.·. M.·..
Ven.·. M.·.: – Ven.·. Irmão Sec.·., informai-nos o que foi agendado para a Ordem do Dia.
Sec.·.: – Sim, Respb.·. M.·.;
• O Sec.·. anuncia o que foi previamente agendado.

Período de Instrução
Recomendamos que este período jamais seja excluído Ven.·. M.·.: (o) – VVenerab.·. Irmãos 1o e 2o
VVig.·., anunciai em vossas colunas, assim como eu anuncio no Oriente, que vamos passar ao Período de
Instrução.
1o Vig.·.: (o) – VVen.·.Irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos anuncio da parte do Ven.·. M.·.
que vamos passar ao Período de Instrução.
2o Vig.·.: (o) – VVen.·.Irmãos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio da parte do Ven.·. M.·. que
vamos passar ao Período de Instrução. – Está anunciado em minha coluna, Venerab.·. Irmão 1o Vig.·..
1o Vig.·.: – Está anunciado em ambas as colunas, Respb.·. M.·..
Ven.·. M.·.: – Atenção, meus VVen.·.Irmãos, com a palavra o Irmão responsável pelo Período de Instrução
desta sessão.

Tronco de Beneficência
Ven.·. M.·.: (o) – VVenerab.·. Irmãos 1o e 2o VVig.·., anunciai em vossas colunas, assim como eu anuncio
no Oriente, que vai circular, ritualisticamente, o Tronco de Beneficência

1o Vig.·.: (o) – VVen.·. Irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos anuncio da parte do Ven.·. M.·.
que vai circular, ritualisticamente, o Tronco de Beneficência.
2o Vig.·.: (o) – VVen.·. Irmãos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio da parte do Ven.·. M.·. que vai
circular, ritualisticamente, o Tronco de Beneficência.
•O Hosp.·. toma sua bolsa e coloca-se entre colunas.
2o Vig.·.: – Venerab.·. Irmão 1o Vig.·., o Irmão Hosp.·. encontra-se entre colunas aguardando vossas
ordens.
1o Vig.·.: – Respb.·. Mestre, o Irmão Hosp.·. encontra-se entre colunas aguardando vossas ordens.
Ven.·. M.·.: – Ven.·.Irmão Hosp.·., cumpri o vosso dever.
•Giro idêntico ao da Bolsa de Propostas e Informações.
2o Vig.·.: – Venerab.·. Irmão 1o Vig.·., o Tronco de Beneficência fez o seu trajeto e acha-se suspenso.
1o Vig.·.: – Respb.·. Mestre, o Tronco de Beneficência fez o seu trajeto e acha-se suspenso.
Ven.·. M.·.: – Ven.·. Irmão Hosp.·. dirigi-vos à mesa do Irmão Orad.·. e ajudai-o a conferir a coleta, cujo
valor deverá ser anunciado em suas conclusões, para que conste do balaústre desta sessão, sendo o mesmo
entregue ao Irmão Tes.·.(TESOUREIRO), creditado à hospitalaria e debitado à tesouraria.
• O Hosp.·. dirige-se à mesa do Orad.·. e o ajuda a conferir o produto do tronco em absoluto silêncio.
Depois, portando a bolsa vazia, retorna a seu lugar.

Palavra a bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular 


Ven.·. M.·.: (o) – VVenerab.·. Irmãos 1o e 2o VVig.·., anunciai em vossas colunas, assim como eu anuncio
no Oriente que concederei a palavra a bem da Ordem em geral e do Quadro, em particular, a qualquer dos
Irmãos que dela queira fazer uso.
1° Vig.·.: (o) – VVen.·.Irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos anuncio da parte do Ven.·. M.·.
que ele concederá a palavra, a bem da Ordem em geral e do Quadro, em particular, àquele de vós que dela
queira usar.
2° Vig.·.: (o) – VVen.·.Irmãos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio da parte do Ven.·. M.·. que ele
concederá a palavra, a bem da Ordem em geral e do Quadro, em particular, àquele de vós que dela queira
usar. – A palavra está na Coluna do Sul.
• Os Irmãos pedem a palavra batendo uma vez com as palmas das mãos e levantando o braço direito.
Estando nas Colunas aguardam, sentados, que seu Vigilante faça o pedido ao Ven.·. M.·. e que este conceda
a palavra. A concessão da palavra compete apenas e exclusivamente ao Ven.·. M.·., não cabendo aos
Vigilantes este direito.
Estando no Oriente o pedido é feito da mesma forma, diretamente ao Ven.·. M.·.. Só depois disso é que o
Irmão solicitante ficará em pé e à ordem.
• Os Vigilantes falam depois que mais nenhum Irmão de sua coluna queira usar a palavra, solicitando-a do
Ven.·. M.·.. Além do Ven.·. M.·., também os Vigilantes
podem falar sentados. O Orad.·. e o Sec.·. só falarão sentados, quando em funções administrativas.
• Se houver pedido da palavra em sua coluna, o 2o Vig.·. diz: 2o Vig.·.: – Respb.·. M.·., um Irmão de minha
coluna vos pede a palavra.
Ven.·. M.·.: – Tendes a palavra, meu Ven.·.Irmão.
•Ao final das manifestações:2o Vig.·.: – Reina silêncio na Coluna do Sul, Venerab.·. Irmão 1o Vig.·..
1o Vig.·.: – A palavra será concedida na Coluna do Norte.
• Havendo pedido da palavra, procede-se como na Coluna do Sul. Ao final das manifestações:
1o Vig.·.: – Reina silêncio em ambas as colunas, Respb.·. M.·..
Ven.·. M.·.: – A palavra está no Oriente.
• Havendo solicitação da palavra, após esta circular nas colunas e no Oriente, por absoluta necessidade, com
fins puramente elucidativos de algum assunto e a critério
do Ven.·. M.·., jamais devendo se tornar um hábito, esta pode voltar a ser concedida a partir da Coluna do
Sul, retornando também à do Norte e ao Oriente, ou
exclusivamente ao Irmão que a solicitou.
• Estando presente o Grão-Mestre ou o Grão-Mestre Adjunto, estes falarão depois do Ven.·. M.·..
• Ao final das manifestações:
Ven.·. M.·.: – Concedo a palavra ao Irmão Orad.·. para as suas conclusões.
•O Orad.·., em pé e à ordem, usa da palavra, saúda os visitantes e as autoridades, se houver, faz rápida
análise dos trabalhos e emite suas conclusões, encerrando:
Orad.·.: – O Tronco de Beneficência produziu a medalha cunhada de________reais. Nossos trabalhos
transcorreram dentro de nossos princípios e leis. Está tudo justo e perfeito, Respb M.·..
Encerramento
Ven.·.M.·. : – Ven.·. Irmão Cob.·. Externo, cumpri vosso dever.
• O Cob.·. Externo deixa o Templo e vai ocupar seu lugar para o encerramento dos trabalhos.
Cob.·. Ext.·.: – Sim, Respb.·. Mestre.
Ven.·. M.·.: (o) – Meus VVen.·.Irmãos, ajudai-me a fechar a Loja. – Venerab.·. Irmão 2o Vig.·., que idade
tendes como Mestre Maçom?
2o Vig.·.: – S.·. aa.·. e mais, Respb.·. M.·..
Ven.·. M.·.: – Venerab.·. Irmão 1o Vig.·., até que horas trabalham os Mestres Maçons?
1o Vig.·.: – Até a meia-noite, Respb.·. M.·..
Ven.·. M.·.: – Que horas são, Venerab.·. Irmão 2o Vig.·.?
2o Vig.·.: – Meia-noite, Respb.·. M.·..
Ven.·. M.·.: (ooo ooo ooo) (Bate n.·. vezes, em intervalos iguais de t.·. batidas, compassadamente)
1o V.·.: (ooo ooo ooo) (Bate n.·. vezes, em intervalos iguais de t.·. batidas,  compassadamente)
2o V.·.: (ooo ooo ooo) (Bate n.·. vezes, em intervalos iguais de t.·. batidas, compassadamente)
• O Cob.·. dá com o cabo de sua espada por n.·. vezes em intervalos regulares de t.·. batidas na porta do
Templo, que são respondidas pelo Cob.·. Externo.
Ven.·. M.·.: – Em pé e à ordem, meus VVen.·.Irmãos.
• Renovam-se as práticas dos DDiác.·. para retransmissão da Pal.·. Sag.·. .
2o Vig.·.: – Está tudo justo e perfeito na coluna do meio-dia, Venerab.·. Irmão 1o Vig.·..
1o Vig.·.: – Está tudo justo e perfeito em ambas as colunas, Respb.·. M.·..
Ven.·. M.·.: – A mim, meus VVen.·.Irmãos, pela Saud.·., pela Bat.·., e pela Acl.·.: – H.·. – H.·. – H.·.. –
Ven.·.Irmão M.·. de CCer.·., conduzi o Irmão ________ para o fechamento do Livro
da Lei. – Descubramo-nos VVen.·. Irmãos.
• O M.·. de CCer.·. conduz o mesmo Irmão que abriu o Livro da Lei, com as mesmas formalidades da
abertura, postando-se com ele em frente ao Altar dos Juramentos.
Ven.·. M.·.: – Venerab.·. Irmão 1o Vig.·., estando tudo justo e perfeito, tendes minha permissão para fechar
a Loja.
1o Vig.·.: – À Glória do Grande Arquiteto do Universo e de São João, nosso Patrono, está fechada esta Loja
de Mestres Maçons (o).
• Após a batida do 1o Vig.·., todos os Irmãos desfazem o Sin.·. de Ord.·., permanecendo, em seus lugares e
em silêncio. Neste momento o Irmão que o abriu, fecha o 45Livro da Lei e retorna ao seu lugar. O M.·. de
CCer.·. oculta o Painel do Grau.
Ven.·. M.·.: – Os trabalhos estão encerrados e a Loja fechada.
Recomendo o mais profundo silêncio sobre tudo que aqui se passou (é não foi uma boa ideia digitalizar e
tornar PDF o ritual **Nota pessoal.) – Retiremo-nos em paz e que o Grande Arquiteto do Universo nos
acompanhe.

Cortejo de Saída do Templo

• O cortejo de saída é feito na ordem inversa da entrada, isto é, o M.·. de CCer.·. convida o Ven.·. M.·.
seguido de suas Luzes, Oficiais e Mestres a deixarem o Templo.
• O Arq.·. apaga as luzes do altar do Ven.·. M.·., do 1o Vigilante e do 2o Vigilante.
• O Cob.·., último a sair, deixa o Templo e fecha-o.
• Os paramentos só devem ser retirados fora do Templo,
na Sala dos Passos Perdidos, onde foram vestidos.Sessão Magna de Exaltação Preparo do Candidato Deve
ter início antes da Abertura dos Trabalhos, para que, no
momento próprio, o Candidato possa ser conduzido à porta do Templo, de imediato.

O Candidato é preparado pelo 1o Exp.·., em local reservado.


Deve ficar com o braço, o peito e o pé esquerdos nus, trazendo na mão direita um esquadro e, em torno da
cintura, uma corda branca, dando três voltas em seu corpo.
Deve estar usando o Avental de Companheiro.

Preleção ao Candidato
Assim preparado, o 1o Exp.·. lhe faz a seguinte preleção:
– Meu Irmão (ou Meus Irmãos) – Ao serdes recebido Maçom, fostes encerrado numa Câmara, onde estava
inscrito o símbolo da morte, em formas variadas, para vos fazer sentir que era morrendo para os vícios, os
preconceitos e o obscurantismo, que poderíeis
alcançar a iniciação maçônica.
Hoje, vosso trabalho, zelo e devotamento à Ordem vos habilitam a participar dos mistérios mais profundos
do Grau de Mestre, de todos talvez o que representa mais de perto os Antigos Mistérios.
Antigamente o Iniciado aprendia que, além das forças misteriosas que vos foram reveladas no Grau de
Companheiro, podia o homem ter uma vida diferente da vida física.
Ensinava-se que a entrada e a saída da existência são guardadas pelo terrível mistério da morte. Para
representá-lo, simbolicamente, o iniciado era envolto em faixas e deitado num ataúde, onde ouvia cânticos
fúnebres em sua honra. Depois dessa cerimônia triste e
impressionante, o iniciado renascia. Nova luz lhe era revelada. Sua mente, fortalecida pela vitória sobre os
terrores da morte, tornava-se mais receptiva às ideias elevadas e sentimentos fraternais.
Hoje, graças à dedicação dos Irmãos que vos precederam, as ciências profanas transformaram a vida social.
O domínio das forças morais sobre as físicas ampliou seu campo de ação, e como o pelicano dá sempre seu
sangue para alimentar seus filhotes, o
verdadeiro sábio, vidente da humanidade ainda cega, dispensa aos profanos sua ciência e devoção.
A tradição dos símbolos é também uma ciência viva. Permite a quem a possui levar seus conhecimentos aos
Irmãos, reerguer uma sociedade que naufraga, amparar e reanimar um coração desfalecido e projetar luz nas
trevas.
Cada centro de ensino tinha sua história simbólica, lenda simples na aparência, mas profunda em analogias,
base da concepção dos Mistérios.
A Maçonaria, herdeira das tradições das sociedades iniciáticas, tem também sua história simbólica: a Lenda
de Hiran. Sem as considerações precedentes, essa lenda pareceria um relato vulgar, desinteressante, que não
despertaria vossa atenção, nem vos incitaria a descobrir-lhe o significado oculto.
A Lenda de Hiran contém a chave dos maiores ensinamentos e mistérios da Ordem Maçônica. Sob o aspecto
social, é a adaptação da inteligência aos diversos gêneros de trabalho. Sob o aspecto moral, ensina a lei
terrível, que faz com que o discípulo se
volte contra o mestre e procure matá-lo, segundo a fórmula: “O discípulo matará o mestre”.
Representa ainda a certeza de que todo sacrifício é a chave de uma satisfação futura. O ramo de acácia, que
assinalou o local em que foi lançado o corpo do nosso Mestre Hiran, encerra uma lição para quem sabe
compreendê-la e é um ensinamento para toda a
humanidade.
Não importa a interpretação que se dê à Lenda. O seu simbolismo é a chave universal de todas as
manifestações físicas, morais e espirituais.
Agora, meu(s) Irmão(s), podeis compreender a razão de ser dos Mistérios de que ides participar e porque a
Maçonaria deve respeitar a tradição e os símbolos que foram confiados aos Mestres Iniciadores.
Preparo Inicial, Harmonização, Cortejo de Entrada no Templo, Abertura Ritualística,
Entrada de Visitantes,Recepção do Grão-Mestre (Idêntica a Sessão Econômica)
Balaústre, Expediente, Bolsa de Propostas e Informações e Período de Instrução
Não existem estes procedimentos em Sessão Magna. O Balaustre da Sessão Magna de Exaltação é lido na
Sessão Econômica seguinte.

Ordem do Dia
Ven.·. M.·.: (o) – VVenerab.·. Irmãos 1o e 2o VVig.·., anunciai em vossas colunas, assim como eu anuncio
no Oriente, que vamos passar à Ordem do Dia.
1o Vig.·.: (o) – VVen.·. Irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos anuncio da parte do Ven.·. M.·.
que vamos passar à Ordem do Dia.
2o Vig.·.: (o) – VVen.·.Irmãos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio da parte do Ven.·. M.·. que
vamos passar à Ordem do Dia. – Venerab.·. Irmão 1o Vig.·., está anunciado em minha Coluna.
1o Vig.·.: – Está anunciado em ambas as colunas, Respb.·. M.·..
Ven.·. M.·.: – Ven.·. Irmão Sec.·., informai-nos o que foi agendado para a Ordem do Dia.
Sec.·.: – Encontra-se agendada a Cerimônia de Exaltação do(s) Irmão(s) ________
Cerimônia de Exaltação Recomendamos que, se houver mais de um Candidato a ser
Exaltado, que se dê entrada ao Templo a todos eles, porém depois do ingresso, apenas um executa a liturgia,
dando-se assento aos demais na Câmara do Meio, próximo ao esquife.
•O Ven.·. M.·. solicita deitar no esquife um dos Mestres mais novos, com os pp.·. voltados para o Or.·., os
calcanhares em esquad.·., a m.·. dir.·. sobre o cor.·., a esq.·. estendida ao longo do corpo, e coberto com um
pano mortuário desde os pp.·. até a cintura, junto do
avental. O rosto deve estar coberto com um pano de linho da cor de sangue. Sobre o pano que cobre o corpo,
é colocado um ramo de Acácia. Na falta do esquife (caixão), pode ser usado um lençol preto estendido no
formato de um caixão.
Ven.·. M.·.: – Meus VVen.·.Irmãos, por sufrágio unânime concordastes em exaltar ao Grau de Mestre o(s)
Irmão(s)………………. . – Ven.·. Irmão 1o Exp.·., trazei(s) o(s) Candidato(s),
até a porta do Templo, onde o(s) deixarei(s) aos cuidados do Irmão M.·. de CCer.·..
• Cumprida a ordem, o 1o Exp.·. conduz o(s) Candidato(s) à porta do Templo, onde o Cob.·. o(s) examina
pelo Telhamento do Grau de Companheiro.
• O 1o Exp.·. volta ao Templo e o M.·. de CCer.·., indo substituí-lo, bate como Companheiro.
Cob.·.: – Venerab.·. Irmão 1o Vig.·., o Irmão M.·. de CCer.·., conduzindo o(os) Companheiro(s), bate(m) à
porta do Templo.
1o Vig.·.: – Respb.·. Mestre, o Irmão M.·. de CCer.·. bate à porta do Templo conduzindo o(s)
Companheiro(s) que, havendo cumprido seu(s) interstício(s), pede(m) para ser(em) exaltado(s) ao Grau de
Mestre.
•Essas palavras são proferidas, estando entreaberta a porta do Templo.
Ven.·. M.·.: (com voz enérgica e forte) – Por que o Irmão M.·. de CCer.·. vem perturbar a nossa dor? Ela
deveria tê-lo induzido a afastar de nós toda e qualquer pessoa que fosse suspeita e principalmente
Companheiro(s). – VVen.·.Irmãos, talvez seja esse Companheiro um daqueles que motivaram a nossa dor.
– Armemo-nos! – Quem sabe se não é a justiça divina que entrega à nossa justa vingança esse criminoso? –
Ven.·.Irmão 1o Exp.·., ide com o Irmão Ter.·. e mais três Irmãos, armados de espadas, e apoderai-vos
desse(s) Companheiro(s). Examinai-o(s) da cabeça
aos pés, apalpai-o(s) e sobretudo vede as suas mãos. Tirai-lhe(s) o(s) avental(ais) e trazei-mo(s) como
testemunho de suas ações. Verificai, finalmente, se sobre ele(s) existe algum vestígio do crime horroroso
que foi cometido.
• O 1o Exp.·. apodera-se arrebatadamente do(s) Candidato(s), revista-o(s) e arranca-lhe(s) o(s) avental(ais).
Após isso, entra no Templo, trazendo o(s) avental(ais) do(s) Candidato(s) que permanece(m) na parte de
fora entre os três Irmãos armados e o Irmão Ter.·., mantendo sempre entreaberta a porta do Templo até que
nela tenha(m) ingresso o(s) Candidato(s). O 1°Exp.·., logo que entra no Templo, diz:
1o Exp.·.: – Respb.·. Mestre, vossas ordens foram executadas. Nada encontrei no(s) Candidato(s) que
indique ser(em) ele(s) assassino(s). Suas vestes estão limpas, suas mãos puras e o(s) avental(ais) que vos
trago está(ão) sem mancha alguma.
Ven.·. M.·.: – VVen.·.Irmãos, permita o Grande Arquiteto do Universo que eu esteja enganado e que esse(s)
Companheiro(s) não seja(m) um daqueles que devemos punir! É preciso, porém, que o(s) recebamos com
toda a precaução e procedamos às mais minuciosas buscas, porque, ainda que inocente(s), ele(s) não
ignora(m) a causa da nossa dor. Nós o(s) interrogaremos ao penetrar neste recinto e pelas suas respostas
veremos o juízo que dele(s) devemos formar.
– Ven.·. Irmão 1o Exp.·. ide até este(s) Companheiro(s) e perguntai-lhe(s) o(s) nome(s), a idade maçônica e
em que tem(têm) trabalhado.
• O 1o Exp.·. vai até ao(s) Companheiro(s) e, depois de informado, transmite as respostas ao Ven.·. M.·.:
1o Exp.·.: – Diz(em) o(s) Companheiro(s) que se chama(m) nome(s)
………………………………………….., tem(têm) c.·. anos, trabalha(m) na Pedra Cúbica e no preparo das
ferramentas.
Ven.·. M.·.: – Perguntai-lhe(s), ainda, como pôde(puderam) conceber a esperança de ser(em) recebido(s)
entre nós.
1o Exp.·.: -O(s) Companheiro(s) diz(em) concebeu(conceberam) tal esperança pela Pal.·. de Pas.·..

Ven.·. M.·.: – Pela Pal.·. de Pas.·.? – Esta temerária resposta confirma as minhas suspeitas. Como sabe(m)
ele(s) a Pal.·. de Pas.·.? De certo que por meio do crime que cometeu(teram). – Eis aí, VVen.·. Irmãos, a
prova da sua audácia e do seu atentado! –
Venerab.·. Irmão 1o Vig.·., ide escrupulosamente examinar o(s) Candidato(s).
• O 1o Vig.·., depois de cumprida a ordem, diz, através da porta entreaberta:
1o Vig.·.: – Respb.·. Mestre, é extrema a audácia do(s) Companheiro(s). Seu(s) procedimento(s) anuncia(m)
uma excessiva malvadez. Estou convencido de que ele(s) vem(vêm) espreitar o que aqui se passa e iludir a
nossa boa-fé.
• Caso haja mais de um, o procedimento a seguir é feito apenas com um dos Candidatos.
• Continuando a examinar um dos Candidatos mais de perto, pega-lhe na mão direita, examina-a e, largando-
a imediatamente, exclama aos gritos:
– Céus! É ele!
•Agarra-o, então, pela corda e, com voz ameaçadora, lhe diz, aos gritos:
– Falai, desgraçado! Como conheceis a Pal.·. de Pas.·.? Quem a comunicou a vós?
Candidato: – Não a conheço. Quem me acompanha a dará por mim.
1o Vig.·.: – Respb.·. Mestre, o Candidato confessa não saber a Pal.·. de Pas.·.. Diz, porém, que seu condutor
a dará por ele.
Ven.·. M.·.: – Pedi-a, então, ao seu condutor.
• O 1o Exp.·., dá a Pal.·. de Pas.·. ao 1o Vig.·..
1o Exp.·.: – Sch.·.(SCHIBOLLET)
1o Vig.·.: – A Pal.·. de Pas.·. está correta, Respb.·. Mestre.
• O 1o Vig.·. volta a seu lugar.
• Tudo isso se passa fora do Templo, cuja porta está entreaberta.
Ven.·. M.·.: – Dai ingresso ao(s) Candidato(s). – Que os Irmãos que o escolta não o deixe um só instante e
se coloque com ele no Ocidente.

• Neste momento, o Arq.·. apaga as luzes do Templo, ficando somente acesas as dos altares do Ven.·. M.·. e
dos Vig.·. .
• Após a entrada, o Cob.·. fecha a porta e senta-se.
• Apenas um Candidato executa a liturgia. Se houver mais de um, os demais entram e tomam o lugar logo
nas primeiras cadeiras da Câmara do Meio, em ambas
as Colunas e antes do esquife. O Companheiro que representa os demais é introduzido no Templo, de costas,
até que chegue à altura de poder vislumbrar o esquife e o Irmão em seu interior. O Irmão Ter.·. o conduz
pela extremidade da corda que trás envolvida pela cintura.
Nesta altura o cortejo é parado.
• Há que se notar que os diálogos daqui para frente, passam-se entre o Venerável Mestre e um Companheiro,
individualmente.
Ven.·. M.·.: – Companheiro, é necessário que sejais bastante temerário e indiscreto para aqui vos
apresentardes numa ocasião em que justamente desconfiamos de vós. A dor e a consternação que divisais
nos nossos semblantes, os restos mortais encerrados
neste ataúde, tudo vos deve representar a imagem da morte. Se ela, porém, tivesse sido o tributo pago à
natureza, senti-la-íamos, sim, mas não nos afligiríamos tanto e não nos veríamos compelidos a punir um
crime e a vingar o assassinato de um extremoso amigo!
– Dizei-me, Companheiro, tomastes parte nesse horrível crime?
– Sereis do número dos infames Companheiros que o cometeram?
– Vede agora a sua obra.
• Aponta, então, ao Companheiro o corpo que está no esquife, conduzindo-o do lado do Oriente. O
Companheiro ao ver o corpo, exclama:
Companheiro: – Não!
• Depois desta resposta, o Irmão Exp.·. faz o Companheiro virar-se para o Oriente e o conduz até o eixo do
Templo, no Ocidente, próximo à balaustrada.
• O Irmão que está no esquife levanta-se sem ser percebido pelo Companheiro e retorna a seu lugar.
Ven.·. M.·.: – Meu Irmão Companheiro, para que melhor possais compreender os motivos da nossa dor, ides
passar pela Cerimônia de Exaltação a Mestre Maçom. – Ven.·.Irmão M.·. de CCer.·.,fazei o Companheiro
praticar sua viagem.
• O M.·. de CCer.·. toma o Companheiro pela m.·. dir.·., parte em viagem pelo Norte, grade do Oriente e Sul
e, passando pelo Ocidente, continua a marcha pelo Norte, penetra no Oriente, acercando-se, pelo lado Sul,
do altar. Nessa viagem, o Companheiro vai ladeado pelos Irmãos que o escoltam e seguidos pelo Irmão
Ter.·., que segura a corda por detrás. Executa-se melodia (Marcha Fúnebre) lenta. Chegados ao altar, o M.·.
de CCer.·. pede
ao Companheiro que dê leve pancada no omb.·. dir.·. do Ven.·. M.·.. Este, encostando o malhete no peito do
Companheiro, pergunta:
Ven.·. M.·.: – Quem vem lá?
M.·. de CCer.·.: – É um Companheiro que completou seu interstício e deseja ser exaltado a Mestre Maçom.
Ven.·. M.·.: – Que esperanças nutre ele para conseguir tal fim?
M.·. de CCer.·.: – Por que confia na Pal.·. de Pas.·..
Ven.·. M.·.: – Como a dará, se não a sabe?
M.·. de CCer.·.: – Eu a darei por ele.
•Dá a Pal.·. de Pas.·. no ouv.·. esq.·. do Ven.·. M.·..
Ven.·. M.·.: – Passai!

• O M.·. de CCer.·. conduz o Companheiro ao Altar dos Juramentos e o faz ajoelhar-se, sobre os dois jj.·.,
pondo a m.·.dir.·. sobre o Livro da Lei e sobre o Esquadro e o Compasso.
• Se houver mais de um, os demais ajoelham-se, em fila,atrás do Companheiro que os representa, com suas
mm.·. ddir.·. sobre o omb.·. esq.·. de quem está a sua
frente.
Ven.·. M.·.: – Meu Irmão, assim como no Grau de Companheiro, devereis fazer o vosso juramento de nunca
revelar o segredo do Grau de Mestre. É de vossa livre e espontânea vontade e de acordo com o que manda a
vossa consciência que o fazeis?
Companheiro: – Sim.
• Se houver mais de um, o Ven.·. M.·. deve extender a pergunta a todos. Neste caso:
Ven.·. M.·.: – E vós, meus Irmãos Companheiros?
Todos os demais: – Sim.
Ven.·. M.·.: – Em pé e à ordem no grau de Companheiro.
– Descubramo-nos, meus VVen.·.Irmãos.
– Repeti comigo vosso juramento.
Juramento “Eu, ________________, / juro de minha livre vontade,/ pela minha honra e pela minha fé, /
perante esta Assembléia de Maçons, / solene e sinceramente, / nunca revelar os segredos do Grau de
Mestre. / Se eu for perjuro, / seja meu c.·. div.·. ao m.·. , / sendo uma parte lançada ao Meio-Dia, / e a
outra ao setentrião, / as minhas entranhas arrancadas, / reduzidas a cinzas, / e lançadas ao vento. /
Assim, Deus me ajude. / Que assim seja.”
Todos: – Que assim seja.
Ven.·. M.·.: – Sentemo-nos e cubramo-nos, meus VVen.·.Irmãos.
•O(s) Companheiro(s) continua(m) de jj.·.. O Ven.·.M.·. vai ao Altar do Juramentos, pega em sua(s)
m(s).·.dir(s).·. e o(s) examina pelo T.·. e Pal.·. Sag.·. de Aprendiz e Companheiro, a seguir diz:
Ven.·. M.·.: – Levantai-vos. Ides, agora, representar o maior homem do mundo maçônico, o nosso Ven.·.
M.·. Hiran, assassinado quando a construção do Templo atingia seu maior
grau de perfeição.
• Os Mestres, em número suficiente, se reúnem ao redor do esquife, ficando o 1o Vig.·. ao lado Sul no
Ocidente armado com um Esquadro, e o 2o Vig.·. ao Meio-Dia armado com uma Régua de 24 polegadas. Na
posição oriental, fica o Ven.·. M.·. com seu Malhete. O
Companheiro é colocado junto ao esquife. Os outros, se houver, ficam à esquerda do 2o Vig.·..
Exposição Histórica
Lenda do Terceiro Grau ou de Hiran Abiff
Ven.·. M.·.: – Davi, Rei de Israel, tentando erigir um Templo ao Eterno, acumulou para tal fim imensos
tesouros. Tendo-se, porém, desviado da senda da virtude, tornou-se indigno da proteção do Grande
Arquiteto do Universo e a glória da edificação do Templo
coube a seu filho Salomão que, antes de dar começo a tão grande edifício, comunicou o seu projeto ao rei de
Tiro, seu vizinho, amigo e aliado, que lhe enviou Hiran Abiff, o mais célebre arquiteto daqueles tempos.
Salomão, ciente das virtudes e talentos de Hiran
Abiff, concedeu-lhe todas as honras e confiou-lhe a direção dos operários e o levantamento da planta do
Templo.
Como os trabalhos eram imensos, distribuíram-se os operários em três classes: Aprendizes, Companheiros e
Mestres.
Cada uma dessas classes, a fim de ser reconhecida e receber o seu salário, tinha sinais e palavras.
Reuniam-se as classes: a de Aprendizes na Coluna do Norte, a de Companheiros na Coluna do Sul e a dos
Mestres na Câmara do Meio.
Estando a construção quase completa, quinze Companheiros, que não tinham ainda passado a Mestres por
falta de interstício, combinaram entre si obter de Hiran Abiff a palavra de Mestre, a fim de, como tal, serem
reconhecidos.
Doze desses Companheiros retrataram-se. Três, porém, – Jubelas, Jubelos e Jubelum – conservaram-se
firmes em seu malévolo intento.
Sabendo que Hiran Abiff ia sempre orar no Templo, ao meio-dia, hora em que os operários descansavam,
postaram-se em cada uma das portas.
– Jubelas na meridional
– Jubelos na ocidental
– Jubelum na oriental
Saindo Hiran do Templo para a porta meridional, Jubelas perguntou-lhe a P.·. de M.·. , obtendo a seguinte
resposta:
Orad.·.: – Não é assim que sabereis, tende paciência, completai o tempo que vos falta. Além disto, eu não
vô-la posso dar. É mister que estejas acompanhado dos reis de Tiro e de Israel, a quem jurei nunca revelá-la,
senão juntos.
Ven.·. M.·.: – Jubelas, descontente com tal resposta, deu-lhe uma pancada na garganta com a régua.
•O M.·. de CCer.·. conduz o Companheiro ao 2o Vig.·., que o segura pelo colarinho, dizendo-lhe por três
vezes, com força e aos gritos:
2o Vig.·. : – Dai-me a Palavra de Mestre!
Companheiro: – Não!
• Este diálogo é feito por três vezes. Findo o diálogo, o 2o Vig.·. dá com a Régua uma panc.·. na garg.·. do
Companheiro. Em seguida, o M.·. de CCer.·. conduz o
Companheiro até o 1o Vig.·., onde permanecem.
Ven.·. M.·.: – Hiran Abiff correu para a porta ocidental e aí encontrou Jubelos que, fazendo-lhe a mesma
pergunta e obtendo idêntica resposta, deu-lhe uma forte pancada no peito com o Esquadro.
• O 1o Vig.·., tendo à sua frente o Companheiro, segura-o pelo colarinho, dizendo-lhe por três vezes, com
voz forte:
1o Vig.·. : – Dai-me a Palavra de Mestre!
Companheiro: – Não!
• Este diálogo é feito por três vezes. Findo o qual, o 1o Vig.·. dá com o Esquadro uma panc.·. no peit.·. do
Companheiro.
• Neste momento, os VVig.·. dirigem-se um para cada lado do esquife, um pouco atrás do Companheiro.
• O M.·. de CCer.·. coloca o Companheiro de costas para o esquife e de frente para o Ven.·.M.·., onde
permanecem.
Ven.·. M.·.: – Aturdido, Hiran Abiff, logo que recuperou força suficiente, tentou sair pela porta oriental. Aí
encontrou Jubelum que, como os outros, nada obtendo, deu-lhe com o Malho tão forte pancada na testa que
o estendeu morto.
• O Ven.·. M.·. dirige-se ao Companheiro, segura-o pelo colarinho, dizendo-lhe por três vezes, com voz
forte e aos gritos:
Ven.·. M.·.: – Dai-me a Palavra de Mestre.
Companheiro: – Não!
• Este diálogo e feito por três vezes. Findo o diálogo, o Ven.·. M.·. dá, com o Malhete, uma pancada na testa
do Companheiro e o empurra para trás. Os VVig.·., dos respectivos lados, ampara-o, fazendo-o deitar-se no
esquife, com os braços estendidos ao longo do corpo e os pés, em esquadria, voltados para o oriente. Os
VVig.·. retornam a seus lugares. Em seguida, o M.·. de CCer.·. cobre o Companheiro com um pano
mortuário.
Ven.·. M.·.: – Reunindo-se os três assassinos, reciprocamente, perguntaram pela palavra de Mestre. Vendo,
porém, que nada tinham alcançado, mas, sim, cometido um crime infame, trataram de fugir e ocultar o
atentado. Para isso carregaram o corpo de
Hiran Abiff, esconderam-no e de noite levaram-no para fora de Jerusalém e o enterraram numa montanha.
Não comparecendo Hiran aos trabalhos, como era costume, Salomão mandou procurá-lo.
Os doze Companheiros que tinham se retratado, suspeitando a verdade, reuniram-se e resolveram dirigir-se a
Salomão e tudo contar-lhe, levando luvas brancas, como prova de sua inocência.
Salomão mandou-os à procura de Hiran, dizendo-lhes que, se o encontrassem, por certo achariam com ele a
palavra de Mestre e, se assim não fosse, estava ela perdida. Por isso lhes disse que, caso tivesse sido ele
morto, o primeiro sinal que fizessem e a primeira
palavra que pronunciassem, ao desenterrar o seu corpo, seriam, doravante, o sinal e a palavra de Mestre.
Os Companheiros, animados com a promessa de passarem a Mestres, caso alcançassem o fim desejado,
partiram, três para o norte, três para o sul, três para o Ocidente e três para o Oriente.
Um desses grupos desceu pelo rio Joppa e um dos Companheiros, que o compunha, tendo-se, casualmente,
recostado a um rochedo, ouviu, por uma das fendas, as seguintes lamentações:
– “Ai de mim! Antes eu tivesse a garganta cortada, a língua
arrancada e fosse enterrado nas areias do mar, em lugar onde a
maré faz fluxo e refluxo, do que ser cúmplice no assassinato do
Respeitabilíssimo Mestre Hiran”.
Continuando a prestar atenção, ouviu outra voz que dizia:
“Quisera antes que me tivessem arrancado o coração, servindo ele de pasto aos abutres, do que ter
sido cúmplice no assassinato de tão excelente Mestre.”
Admirado do que ouvia, prestou a maior atenção e escutou o seguinte:
-“Fui eu quem o matou. Meus golpes foram mais fortes do que os vossos. Quisera antes que me
dividissem o corpo ao meio, uma parte lançada ao sul e a outra ao norte, que me arrancassem as
entranhas e as reduzissem a cinzas, lançadas estas ao vento, do que ter sido o infame assassino do
nosso Respeitabilíssimo Mestre Hiran”.

O Companheiro, ouvindo isso, chamou os dois que o acompanhavam e, depois de tudo lhes contar,
resolveram entre si entrar por uma das fendas do rochedo e apoderar-se dos
criminosos, a fim de levá-los à presença de Salomão e assim o fizeram.
Presos os assassinos e levados à presença de Salomão, confessaram o crime, testemunhando o desejo de não
sobreviverem a tão horroroso atentado. À vista disso, Salomão ordenou que fosse cumprida a própria
sentença, que cada um para si tinha proferido, tendo Jubelas, a garganta cortada; Jubelos, o coração
arrancado;
Jubelum, o corpo dividido ao meio, lançando-se uma das partes ao Norte e outra ao Sul.
Punidos, dessa maneira, os assassinos de Hiran, Salomão reenviou os Companheiros em busca do seu corpo.
Viajaram os doze Companheiros por espaço de cinco dias e nada encontraram.
•Dizendo o Ven.·. M.·. estas palavras, o 1o Vig.·. passa para a sua direita com metade dos Mestres e o 2o
Vig.·. para a esquerda com a outra metade, e praticam três
viagens, em círculos opostos, após o quê, o 1o Vig.·. diz:
1o Vig.·.: – As nossas buscas foram inúteis.
Ven.·. M.·.: – Vendo Salomão que os Companheiros inutilmente tinham procurado o corpo de Hiran,
ordenou que nove Mestres fizessem novas buscas. Subiram ao Monte Líbano e, no segundo dia da viagem,
um deles, excessivamente fatigado, quis descansar.
Nessa ocasião, descobriu um ramo de árvore cortado recentemente e espetado na terra; puxou-o e, então,
percebeu que a terra tinha sido revolvida havia pouco tempo. Sondando em seu comprimento, largura e
profundidade, chamou os companheiros e comunicou-lhes a descoberta. Removida a terra, encontraram o
corpo do nosso Respeitabilíssimo Mestre Hiran. O respeito, porém, fez com que não prosseguissem.
Cobriram de novo o corpo e, para reconhecerem o lugar, plantaram na terra um ramo de acácia, indo tudo
comunicar a Salomão. – Meus VVen.·.Irmãos, imitemos os Mestres, nossos antepassados. – Vós, Venerab.·.
lrmão 1o Vig.·., parti com os Mestres da vossa coluna e envidai todos os vossos esforços.
• O 1o Vig.·. faz quatro viagens e, chegando ao lado dir.·. do esquife, levanta o pano que cobre o Candidato,
tira o ramo de acácia e o replanta; põe-lhe a m.·. dir.·. sobre o peito e, dirigindo-se para onde se encontra o
Ven.·. M.·., diz:
1o Vig.·.: – Respb.·. M.·., encontrei uma cova recém-aberta, onde vi um cadáver, que presumo seja do nosso
Mestre Hiran. Plantei nela um ramo de acácia, a fim de que, facilmente, possamos reconhecê-la.
Ven.·. M.·.: – Salomão, vivamente contristado e não duvidando de que o cadáver fosse o de Hiran, seu
eminente arquiteto, mandou desenterrá-lo e conduzi-lo a Jerusalém. Os nove Mestres, cingindo os seus
aventais e calçando luvas brancas, dirigiram-se de novo ao
Monte Líbano e desenterraram o corpo.
– Imitemos os nossos antigos Mestres e, reunidos, vamos buscar os restos mortais do nosso infeliz Mestre
Hiran.
• O Ven.·. M.·., então, faz duas vezes o giro ao ataúde à frente de todos os Irmãos.
• Chegando ao Sul, isto é, à direita do Candidato, pára e, tirando-lhe o ramo de acácia, diz:
Ven.·. M.·.: – Eis o lugar que encerra o corpo do nosso Mestre.
Este ramo de acácia é o sinal. A terra está remexida. Vejamos se nossas suspeitas estão corretas.
•O Ven.·. M.·., vagarosamente, tira o pano que cobre o Candidato e, reconhecendo o corpo de Hiran, levanta
ambas as mãos acima da cabeça, denotando excessiva dor, e as deixa logo cair sobre as coxas, batendo com
os pés, exclamando três vezes e sendo imitado por todos os Irmãos:

Ven.·. M.·.: – Ah! Senhor meu Deus! – Ah! Senhor meu Deus!  – Ah! Senhor meu Deus!

Ven.·. M.·.: – Meus VVen.·. Irmãos é, na realidade, o corpo do nosso Respeitabilíssimo  Mestre.
Cumpramos o doloroso dever que Salomão nos impôs em darmos a seu corpo uma sepultura.
– Venerab.·. Irmão 1o Vig.·., tentai erguer o corpo do representante de nosso Mestre com o toq.·. de
Aprendiz.
•O 1o Vig.·., do lado dir.·. do Candidato, passa a perna dir.·. sobre ele, segura-lhe a m.·. dir.·., dá o toq.·. de
Aprendiz e não conseguindo levantá-lo, solta-o, põe-se à ordem e diz:
1o Vig.·.: – Não consigo, Respb.·. Mestre! Minha mão resvala!
Ven.·. M.·.: – Venerab.·. Irmão 2o Vig.·., tentai levantar o corpo do nosso Mestre com o toq.·. de
Companheiro.
• O 1o Vig.·., do lado esq.·. do Candidato, passa a perna esq.·. sobre ele, segura-lhe a m.·. dir.·. e dá o toq.·.
de Companheiro, também não conseguindo levantá-lo, solta-a, põe-se à ordem e diz:
1o Vig.·.: – J.·. . – Não posso, Respb.·. Mestre: minha mão também resvala! A carne se desprende dos ossos.
Ven.·. M.·.: – VVenerab.·. Irmãos VVig.·., tendo falhado vossas tentativas, resta ainda um meio especial,
que vou executar, com vosso auxílio. – Vou segurar a m.·. dir.·. do Candidato com a Garra de Mestre e
levantar seu corpo pelos C.·. PP.·. de P.·.:
1. – Garra de Mestre:
(Saúdo-vos como Irmão);
2. – Pé com Pé:
(Vos apoiarei em tudo de louvável que fizerdes);
3. – Joelho com Joelho:
(Vos dou todo o amparo que todo Irmão deve ter de outro);
4. – Peito unido a Peito:
(Guardai nossos segredos lícitos como se meus fossem);
5. – Mãos sobre as Costas:
(Defenderei vosso caráter em todas as situações).
É nesta posição que é dada a Palavra Sagrada: – MO A BOM
• À medida que for dizendo os C.·. PP.·. de P.·. do M.·., o Ven.·.M.·. vai executando os movimentos
correspondentes, de modo que, ao terminar, e com o auxílio dos VVig.·., esteja o Companheiro em pé.
• Depois de explicado todos os pontos, diz, no ouv.·. esq.·.do Companheiro, a Pal.·. Sag.·. de Mestre.
• Todos voltam a seus lugares e o M.·. de CCer.·. retira a corda da cintura do Companheiro.
• O Ven.·. M.·. volta a seu altar
• A partir do próximo procedimento, se houver mais de um Companheiro executa-se a ritualística com todos
eles.
Ven.·. M.·.: – Ven.·. Irmão M.·. de CCer.·. , conduzi o(s) Neófito(s) ao Altar dos Juramentos.
•O(s) Neófito(s) aproxima(m)-se do Altar dos Juramentos, onde se ajoelha(m) sobre ambos os jj.·., com a
m.·. dir.·. sobre o Livro da Lei e do Esquadro e o Compasso.
• O Ven.·. M.·. dirige-se ao Altar dos Juramentos, saindo pelo lado esquerdo, trazendo o malhete e sendo
acompanhado pelo Porta-Espadas, que conduz, em
estojo aberto, a Espada Flamejante.
Ven.·. M.·.: – Meus Irmãos, o(s) Candidato(s) vai(vão) ratificar seu juramento. – Em pé e à ordem. –
Descubramo-nos.
Ratificação do Juramento
Eu, _______________ , / pela minha honra e pela minha fé, / perante esta Câmara do Meio, / ratifico o
juramento que prestei, / e prometo para sempre, / cumprir os deveres e obrigações / de um Mestre
Maçom. / Assim / o Grande Arquiteto do Universo me ajude. / – Que assim seja.
Todos: – Que assim seja!
Ven.·. M.·.: – À glória do Grande Arquiteto do Universo e de São João,nosso patrono! Em nome da
Maçonaria Universal, sob os auspícios do Grande Oriente de XYZ e em virtude dos poderes que me foram
concedidos, eu vos consagro e constituo Mestre(s) Maçom(ns),
membro(s) ativo(s) desta Augusta e Respeitável Loja Maçônica.

•O Ven.·. M.·. retira a Espada Flamejante de seu estojo e empunhando-a com a mão esquerda, estende a sua
folha sobre a cabeça do Candidato. Bate sobre a folha da espada por 9 vezes, sem deixá-la tocar sua cabeça.
• Se houver mais de um, o Ven.·. M.·. bate sobre a cabeça de cada um deles.
• O Neófito tem autorização para se levantar, sendo ajudado pelo Ven.·. M.·. com a gar.·. de M.·. .
Ven.·. M.·.: – Sentemo-nos e cubramo-nos, meus VVen.·. Irmãos.
– Ven Irmão M.·. de CCer.·., revesti o(s) Neófito(s) com seu avental e sua faixa.
• Entrega-lhe o(s) avental(is) e o M.·. de CCer.·. o(s) reveste.
Ven.·. M.·.: – Declaro-vos que a insígnia de que fostes revestido(s), não somente indica(m) vossa(s)
posição(ões) de Mestre(s) Maçom(ns), mas também vos faz(em) lembrar os grandes deveres  que, neste
momento, vos comprometestes a observar.
• O Ven.·. M.·. entrega um par de luvas brancas ao(s) Neófito(s), dizendo:
Ven.·. M.·.: – Recebei estas luvas, símbolo da pureza e acessório de trabalho.
• O Ven.·. M.·. entrega uma espada ao(s) Neófito(s), dizendo:
Ven.·. M.·.: – Recebei a espada. Símbolo, outrora, de força, dos cavaleiros e dos nobres, que para nós
significa honra e lealdade.
• Entregando-lhe um chapéu.
Ven.·. M.·.: – Como Neófito(s), tendes de conservar vosso(s) chapéu(s) à cabeça. (cobre(m)-se). – O chapéu
(ou solidéu)[kipá judaico] simboliza a perfeita igualdade entre os Mestres.
– Meus VVen.·. Irmãos, os Mestres para se reconhecerem, utilizam
ssin.·., ttoq.·. e ppal.·. .
– Este é o Sin.·. de Ord.·. (ensina o sin.·.).
– Este é o Sin.·. de Saud.·. (ensina o sin.·.).
– Este é o Sin.·. de Hor.·. ou de Adm.·. (ensina o sin.·.).
– Este é o Sin.·. de Soc.·. (ensina o sin.·.).
– Esta é a Pal.·. Sag.·. (dá a pal.·. sil.·. pelo ouv.·. esq.·. ). É uma palavra hebraica que significa “a carne se
desprende dos ossos”.
– Esta é a Pal.·. de Pas.·. (dá a pal.·. completa).
– Este é o toq.·. e esta é a gar.·. de Mestre (ensina).
Ven.·. M.·.: – Depois de vos fazerdes conhecer como Aprendiz e Companheiro, perguntai: – Quereis ir mais
longe? Se a resposta for afirmativa, colocai a vossa mão direita sobre o peito esquerdo, levantai o dedo
polegar, e com a mão esquerda sobre a cabeça formai uma esquadria. Faz-se depois a Gar.·. de Mestre,
perguntando o seguinte:
Pergunta: – O que é isto?
Resposta: – O toq.·. de M.·..
Pergunta: – Tem nome?
Resposta: – Sim, e mais alguma coisa que dele depende.
Pergunta: – O que é?
Resposta: – Os C.·. PP.·. de P.·. (executa-se).
• Dão-se os C.·. PP.·. de P.·., correndo-se a m.·. dir.·. aberta através do ventre como para rasgá-lo,
levantando-se as mãos acima da cab.·., e exclamando:
“Ah! Senhor meu Deus!” Depois se tocam as m.·. em forma de gar.·., o p.·. dir.·. contra o p.·. dir.·., j.·. dir.·.
contra j.·. dir.·., peit.·. dir.·. contra peit.·. dir.·., a m.·. esq.·. sobre o omb.·. dir.·., dizendo-se então a Pal.·.
Sag.·. .
• Depois de dados o sin.·., as ppal.·. e o toq.·., o Ven.·.M.·. dá o Triplice e Fraternal Abraço no(s) Neófito(s)
e diz:
69Ven.·. M.·.: – Ven.·. Irmão M.·. de CCer.·. e Ven.·.Irmão 1o Exp.·., conduzi o(s) Neófito(s) para fora
desta Câmara do Meio, para ajudá-lo(s) a recompor(em)-se, devolver-lhe(s) os seus pertences e depois
trazei-o(s) de volta, fazendo-o(s) marchar como Mestre(s).
• Após a saída dos(s) Neófito(s), o esquife é retirado pelos Irmãos DDiác.·..
• O M.·. de CCer.·. e o Exp..·. deixam o Templo e logo retornam com o(s) Neófito(s) já vestido(s), batendo
à porta do Templo como Mestre(s).
Cob.·.: – Venerab.·. Irmão 2o Vig.·., batem à porta do Templo como Mestre.
2o Vig.·.: – Venerab.·. Irmão 1o Vig.·. batem à porta do Templo como Mestre.
1o Vig.·.: – Respb.·. M.·., batem à porta do Templo como Mestre.
Ven.·. M.·.: – Verificai quem assim bate. Se for(em) o(s) Neófito(s),acompanhado(s) do Irmão M.·. de
CCer.·. e do Irmão Experto, que entre(em) com formalidade.
• O Cob.·. abre a porta e o(s) Neófito(s) entra(m) com as formalidades completas, de Aprendiz a Mestre.
• O M.·. de CCer.·., coloca-se à dir.·. do(s) Neófito(s).
• O Exp.·. retorna ao seu lugar.
Ven.·. M.·.: – Ven.·.Irmão M.·. de CCer.·., conduzi este(s) Neófito(s) aos Irmãos Vig.·., a fim de que
reconheçam o seu novo grau e o(s) apresente(m) aos Irmãos de suas Colunas.
• O M.·. de CCer.·. cumpre a ordem. Cada Vig.·., descendo de seu altar, faz o reconhecimento, volta ao altar
e proclama:2o Vig.·.: (o) – Em pé e à ordem, VVen.·. Irmãos da Coluna do Sul.
De ordem do Ven.·. Mestre, eu vos apresento este(s) Neófito(s) que, por todos deverá(ão) ser reconhecido(s)
como Mestre(s). – Proclamado ao Sul, Venerab.·. Irmão 1o Vig.·..
– Sentemo-nos, VVen.·.Irmãos.
1o Vig.·.: (o) – Em pé e à ordem, VVen.·. Irmãos da Coluna do Norte. De ordem do Ven.·. Mestre, eu vos
apresento este(s) Neófito(s) que por todos deverá(ão) ser reconhecido(s) como Mestre(s). – Proclamado ao
Sul e ao Norte, Respb.·. Mestre.
– Sentemo-nos, VVen.·. Irmãos.
Ven.·. M.·.: – Ven.·.Irmão M.·. de CCer.·., conduzi o(s) Neófito(s) até a entrada do Oriente. – Rejubilemo-
nos, VVen.·. Irmãos, pela exaltação de nosso(s) Irmão(s) ao grau de Mestre.
– Em pé e à ordem. – A mim, pela Bat.·..
•Todos executam a Bat.·. do grau de Mestre.
M.·. de CCer.·.: – Respb.·. Mestre, peço licença para agradecer e responder à saudação em nome do(s)
Neófito(s).
• O M.·. de CCer.·. e o(s) Neófito(s) respondem a saudação, dando a Bat.·. do grau.
Ven.·. M.·.: – Cubramos esta saudação.
• Todos os Irmãos repetem a saudação, de igual forma.
Ven.·. M.·.: – Sentemo-nos, meus VVen.·. Irmãos.
– Ven.·.Irmão M.·. de CCer.·., convidai o(s) Neófito(s) a assinar(em) o Livro de Presença e depois o(s)
levai(s) a sentar(em)-se no lugar que lhe(s) compete.
• Após o(s) novo(s) Mestre(s) ter(em) assinado o Livro de Presença:
Ven.·. M.·.: – Ven.·. Irmão Orad.·., tendes a palavra. -Atenção meus VVen.·. Irmãos.
O Orad.·. deve pronunciar breves palavras alusivas ao Grau de Mestre, sem se estender em demasia.
Fim da Cerimônia de Exaltação
————————————————————
A partir daí os fundamentos se sucedem com o Tronco de Beneficência, a Palavra exclusivamente sobre o
ato realizado, Saudação à Bandeira (a critério da Loja) e o –Encerramento Ritualístico.
-Procedimentos Especiais
-Entrada de Irmãos Visitantes e/ou Retardatários do Quadro de Obreiros
da Loja

Os Irmãos Visitantes e os Retardatários do Quadro de Obreiros da Loja são recebidos após a leitura do
expediente e jamais poderão ser admitidos depois da circulação do Tronco de Beneficência, com exceção do
Grão-Mestre ou seu Adjunto.
Quando houver uma delegação de visitantes, todos poderão entrar em cortejo, sem as formalidades, sendo
recebidos em pé, e à ordem e guiados pelo M.·. de CCer.·..
Aos Retardatários dar-se-á ingresso com formalidades, cumprido o fundamento que se está realizando,
nunca no meio dele.
Dá-se entrada ao Irmão Visitante, cuja condição de Maçom e regularidade já foi verificada previamente pelo
1o Exp.·. e pelo Guarda da Lei. A critério do Ven.·. M.·., os visitantes poderão entrar em família, sem, no
entanto, dispensar as medidas de
segurança.
Cob.·.: – Respb.·. M.·., regular e maçonicamente batem à porta do Templo.
Ven.·. M.·.: – Ven.·. Irmão Cob.·., verificai quem assim bate. Se for Irmão do Quadro, franqueai-lhe o
ingresso. Caso seja Irmão visitante, perguntai-lhe o nome, o grau e a Loja de origem.
• O Irmão Cob.·. cumpre seu dever e após:
Cob.·.: – Respb.·. M.·., trata-se do Irmão _________, grau ___, membro da Augusta e Respeitável Loja
Simbólica_________, do Oriente de ___________, que pede um lugar entre nós.
Ven.·. M.·.: – Ven.·. Irmão 1o Exp.·., dirigi-vos à Sala dos Passos Perdidos e verificai a condição maçônica
do(s) Irmão(s)  visitante(s), convidando-o(s) a apresentar(em) os seus títulos legais, que trareis ao Irmão
Orad.·. para o necessário exame.
• O 1o Exp.·. executa a ordem e volta ao Templo com a(s) identidade(s) maçônica(s), mais o(s) recibo(s) do
pagamento do mês em curso feito à Loja de origem, mais a(s) identidade(s) civil(is) do(s) visitante(s) e
entrega ao Orad.·. para verificação.
• Após a aprovação do Orad.·.:

Ven.·. M.·.: – Ven.·. Irmão M.·. de CCer.·., trazei à porta do Templo o(s) Irmão(s) visitante(s).
• O M.·. de CCer.·. conduzindo o(s) Visitante(s) pede ingresso, batendo à porta do Templo regularmente.
Cob.·.: – Respb.·. M.·., regular e maçonicamente batem à porta de nosso Templo.
Ven.·. M.·.: – Ven.·. Irmão Cob.·. caso seja o M.·. de CCer.·., conduzindo o(s) Irmão(s) visitante(s),
franqueai-lhe(s) o ingresso.

• O Cob.·. abre a porta. O M.·. de CCer.·. conduz o Irmão visitante, que entra  ritualisticamente e permanece
entre colunas, em pé e à ordem.
• Sendo Mestre Maçom, do quadro ou Visitante, o Ven.·. M.·. deve colocar os Irmãos em pé e à ordem.
• Em se tratando de Autoridade Maçônica, ela será recebida de acordo com sua Faixa Protocolar.

• O Irmão Visitante entra com a devida formalidade e guiado pelo M.·. de CCer.·. é convidado pelo Ven.·.
M.·. a assinar o Livro de Presença.
• A seguir, o Ven.·. M.·. faz a seguinte saudação: Ven.·. M.·.: – Sede bem-vindo(s), meu(s) Ven.·.(VVen.·.)
Irmão(s), a esta habitação de paz e trabalho. Nós, obreiros desta Loja, nos
sentimos extremamente gratos pela honrosa visita. Vinde ajudar-nos em nossos trabalhos. Queira o Grande
Arquiteto do Universo conservar sempre em vosso(s) coração(ões) o amor à virtude, característica do
verdadeiro Maçom.
Saudação à Bandeira Nacional
Proferida apenas em Sessões Magnas, a critério da Loja

• O Irmão Porta-Bandeira dirige-se à Bandeira Nacional e a toma em suas mãos, retirando-a do pedestal.
Depois a desfralda, voltada para o Ocidente, permanecendo
nesta posição até o final da saudação.
• O Ven.·. M.·. solicita que um Irmão, previamente escolhido e para tanto preparado, faça a saudação.
• Determina que todos os presentes fiquem em pé,perfilados, no mesmo nível da bandeira.
• O Irmão faz a saudação e ao seu final o M.·. de Harm.·. faz executar apenas os primeiros acordes do Hino
à Bandeira, em gravação instrumental.
• O Porta-Bandeira volta com a mesma para seu pedestal, tendo à sua frente o Irmão M.·. de CCer.·..
• Não se aplaude a Bandeira Nacional por exigência legal.
• Em Lojas, onde o pedestal da bandeira esteja no mesmo patamar do altar do Ven.·. M.·., a saudação é feita
sem retirar-se dele a bandeira.
• Sugerimos alguns modelos de saudação:

Saudação à Bandeira ( I )
Bandeira do Brasil, símbolo de um povo,Símbolo de uma raça, de uma tradição,
Onde a Maçonaria fez brotar um sangue novo, Abreviando a independência da nação.
Quando a vemos tremular lá nas alturas, Embalada pela brisa tropical, Nestas tuas geométricas figuras 
Que interpretam a pujança nacional.
Nós que hoje e todo dia te saudamos, Com respeito e alegria a colocamos
A testemunhar o que aqui dentro se faz.
Lá está e deverá sempre ficar, Ao Norte do altar a nos lembrar
A lição de progresso, de ordem e de paz.

Saudação à Bandeira ( II )
– Bandeira do Brasil, que hoje e sempre recebemos em nosso
augusto Templo.
– És a imagem de um país forte e vibrante, que encontra na Maçonaria, o mais legítimo empenho de
trabalho e honradez.
– Bandeira do Brasil, símbolo de nossa nação, a que todos nós, maçons, saudamos com respeito e alegria, e
quando o fazemos, nos recordamos de um passado de lutas, um presente de trabalho, e com ele, a certeza
de um futuro de glórias.
– Bandeira do Brasil, que ao entrares pelos umbrais deste Templo, possas recordar a todos nós, a luta
silenciosa de nossos Irmãos do passado por uma nação livre e soberana. E que nos lembre mais.
Nos recorde dos empenhos pela igualdade entre negros e brancos e a liberdade de seus direitos, pelo sonho
de nação republicana, pelos inquestionáveis direitos do homem, pela liberdade responsável de todo
cidadão, e a inquebrantável fé em seus valores.
– Assim a enxergamos, Bandeira do Brasil.
– Que a altivez com que tremulas nas alturas, sirva a todos nós, de bálsamo para tentar entender os
conturbados momentos em que vivemos.
– Assim, encarecemos, que mirados em tuas cores, as quais representam toda a nossa nação, a Maçonaria
nunca se esqueça de seu papel nos dias de hoje, qual seja, o de tornar o homem sempre melhor, para que,
com a consciência do dever cumprido, possa ter
a certeza de um dia melhor.

Saudação à Bandeira ( III )


– BANDEIRA DO BRASIL! Auriflama de um País, GRANDE pelo trabalho e amor de seus filhos;
ADMIRÁVEL pelas maravilhas de sua natureza; OPULENTO pela exuberância de sua flora e riqueza de
seu solo; Hosp.·. pela simplicidade e bondade de seu povo;
PROMISSOR pelo brilhante futuro que assegura a todos os que produzem.
És emblema de uma Nação, mas também maçônico poderias ser, pois tens a forma retangular do avental
que usamos como símbolo do trabalho, porque o teu losango amarelo lembra o olho da Sabedoria
dominando o poder do ouro; tua esfera central nos
indica a universalidade da Caridade maçônica; o teu cruzeiro  representa a doutrina maçônica do
benfazer. Estas estrelas em campo azul rememoram a grandeza do GRANDE ARQUITETO DO
UNIVERSO.
BANDEIRA DO BRASIL, que acabastes de assistir aos nossos augustos trabalhos, como prova do respeito
à tradicional regra que nos impõe o dever de amar e defender o teu solo, inspira-nos com a tua divisa
ORDEM E PROGRESSO a disciplina que assegura
a Fraternidade e a Evolução, como Lei básica da perfectibilidade; lábaro deste Brasil fecundo e
prodigioso; símbolo deste Brasil que sentimos como parte do nosso ser e de nossa vida; AURIVERDE
PENDÃO desta grande Pátria – nós te saudamos, nós te veneramos e nós te defenderemos.
A Ordem Maçônica te glorifica! Os maçons aqui presentes te saúdam.

Recepção do Grão-Mestre
a PRESENÇA DO GRÃO-MESTRE
O Grão-Mestre ou seu Adjunto, quando presentes em Loja, sempre presidem seus trabalhos. Porém, podem
declinar de também dirigi-los e neste caso devolvem o malhete ao Ven.·. M.·..

Temos então duas situações:


1 – Quando o Grão-Mestre apenas preside os trabalhos.
Na visita do Grão-Mestre ou de seu Adjunto, o Ex-Ven.·. M.·. imediato toma assento na cadeira à esquerda
do Ven.·. M.·. e o Grão-Mestre ou seu Adjunto na cadeira da direita.
Se estiverem presentes o Grão-Mestre e o Grão-Mestre Adjunto, este toma assento na cadeira da esquerda e
aquele na cadeira da direita, ficando o Ven.·. M.·. na cadeira do centro e o Ex-Ven.·.M.·. na cadeira
imediatamente à esquerda, onde devem sentar-se
os Mestres Instalados.
2 – Quando o Grão-Mestre preside e também dirige os trabalhos.
O Grão-Mestre, ou o seu Adjunto, sempre preside as reuniões das quais participa. Assim, quando desejar,
além de presidir, também dirigir a sessão, não devolverá o malhete ao Ven.·.M.·., quando lhe é oferecido na
entrada do Templo. Neste caso, o Grão-Mestre
ou seu Adjunto, tomará assento no sólio, ficando o Ven.·. M.·. na cadeira da direita e o Ex-Ven.·. M.·. na
cadeira da esquerda.
Se estiverem presentes os dois, o Grão-Mestre Adjunto tomará assento na cadeira da direita, o Ven.·. M.·. na
cadeira da esquerda e o Ex-Ven.·. M.·. junto aos Mestres Instalados, nas cadeiras à esquerda do altar.
As indicações de direita e esquerda, neste caso, são feitas no sentido de quem toma assento no altar e não na
visão de quem vem do Ocidente.
Ritualística de Recepção
Estando o Grão-Mestre ou o Grão-Mestre Adjunto em visita a uma Loja Maçônica de sua jurisdição, não
terá ingresso normalmente com o Cortejo de Entrada no Templo. Aguardará, devidamente paramentado, na
Sala dos Passos Perdidos, até que a Loja seja aberta.
• Depois da Abertura Ritualística dos trabalhos, o Ven.·.M.·. diz:
Ven.·. M.·.: – Ven.·. Irmão M.·. de CCer.·., formai a Comissão de Recepção de nosso Soberano Grão-
Mestre (ou Sereníssimo Grão-Mestre Adjunto). – Em pé e à ordem, meus VVen.·. Irmãos.
• O M.·. de CCer.·., com a ajuda de seu Adjunto, convoca uma Comissão composta por 12 Mestres, ficando
6 na Coluna do Norte e 6 na Coluna do Sul ( para o Grão-Mestre Adjunto, 5 na Coluna do Norte e 5 na
Coluna do Sul) postando-se o primeiro membro da Comissão a partir das Colunas J e B ou a partir da porta
do Templo, em Lojas onde as Colunas encontram-se do lado de fora.
• O M.·. de CCer.·. providencia espadas que serão utilizadas pelos membros da Comissão para a execução
da Abóbada de Aço. As estrelas utilizadas antigamente não são mais usadas.
• Os Membros da Comissão, com espadas na mão direita e em posição de sentido, postam-se da seguinte
forma:

Abóbada de Aço
Irmãos em posição de sentido:
– Braço direito rente ao corpo.
– Antebraço direito formando uma esquadria com o braço.
– Mão direita segurando a espada, com a extremidade voltada para cima
– Braço esquerdo caído junto ao corpo.

Irmãos em execução da Abóbada:


– Braço direito erguido.
– Mão direita segurando a espada, com a extremidade
voltada para cima cruzando em 45graus com a espada
do Irmão em frente
– Braço esquerdo caído junto ao corpo.

• O Cob.·. abre totalmente a porta do Templo.


• As autoridades se enfileiram em ordem decrescente de sua Faixa Protocolar, ficando em penúltimo lugar o
Grão-Mestre Adjunto e em último o Grão-Mestre, que encerra o cortejo.
• As autoridades que integram a Comitiva do Grão-Mestre terão ingresso antes dele, em ordem decrescente
de sua Faixa Protocolar, sendo citados nominalmente pelo
M.·. de CCer.·., que vai à frente de cada um, indicando seus lugares no Oriente.
• Se estiverem presentes o Grão-Mestre e o Grão-Mestre Adjunto, depois da entrada de todas as autoridades,
a comissão faz Abóbada de Aço composta por 10 Mestres  ela.
• Depois do ingresso de todas as autoridades, com exceção do Grão-Mestre, o Ven.·. M.·. com seu malhete
seguro pela mão direita, convida o Orad.·. e o Sec.·. para acompanhá-lo até a entrada do Templo.
• O Grão-Mestre aguarda à porta do Templo, tendo à sua frente o M.·. de CCer.·..
• O Ven.·. M.·., de frente para o Grão-Mestre, lhe entrega o malhete da Loja, dizendo:

Ven.·. M.·.: – Soberano Grão-Mestre (ou Sereníssimo Grão-Mestre Adjunto), com muita honra entrego-lhe
o malhete da Augusta e Respeitável Loja Maçônica___________, para que presida e dirija seus trabalhos.
• O Grão-Mestre agradece a oferenda, recebe o malhete com sua mão direita, empunhando-o à frente de seu
corpo, sempre fazendo uma esquadria com o braço e o
antebraço e dirige-se ao altar.
• Os VVig.·. fazem Bateria Incessante seguidos de todos os presentes.
• O M.·. de CCer.·. vai à frente de todo o cortejo.
• O Ven.·. M.·., o Orad.·. e o Sec.·., vêm a seguir.
• Todos se dirigem para o Oriente, onde permanecem em pé.
• Após a entrada do Grão-Mestre ou do Grão-Mestre
Adjunto, aquele que dirige os trabalhos diz:
– Sentemo-nos, meus VVen.·. Irmãos. – Ven.·. Irmão M.·. de Cer.·., tendes a minha permissão para desfazer
a Comissão de Recepção, agradecendo a todos que a compuseram.

Ritualística de Saída
Se o Grão-Mestre ou o Grão-Mestre Adjunto, além de presidir, estiver também dirigindo os trabalhos, diz:
Grão-Mestre (ou Grão-Mestre Adjunto) : – Respb.·. M.·., tenho a honra de repassar às vossas mãos o
malhete desta Augusta e Respeitável Loja.
O Ven.·.M.·. apanha o malhete das mãos do Grão-Mestre (ou do Grão-Mestre Adjunto) e diz:
Ven.·. M.·.: – Eu vos agradeço.
Se o Grão-Mestre ou o Grão-Mestre Adjunto não estiver dirigindo os trabalhos, não existe devolução do
malhete.
Em qualquer dos casos, segue-se a ritualística abaixo.
Ven.·. M.·.: – Ven.·. Irmão M.·. de CCer.·., eu vos peço que reconstitua a Comissão para a saída de nosso
Soberano Grão-Mestre (ou Sereníssimo Grão-Mestre Adjunto). – Em pé e à ordem, meus VVen.·. Irmãos.
• Procedimento idêntico para o ingresso.
• Após a saída do Grão-Mestre e/ou do Grão-Mestre Adjunto e demais autoridades, o Ven.·. M.·. diz:
Ven.·. M.·.: – Sentemo-nos, meus VVen.·. Irmãos. – Ven.·. Irmão M.·. de CCer.·., tendes a minha
permissão para desfazer a Comissão de Recepção, agradecendo a todos que a compuseram.
INSTRUÇÕES PARA O GRAU DE MESTRE
As instruções seguintes devem ser apresentadas na “Câmara do Meio”, na forma de diálogo.
A primeira entre o Ven.·. M.·. e o Orad.·.. As subsequentes, entre o Ven.·. M.·. e os Vigilantes. Se
conveniente, podem ser desdobradas em mais de uma sessão. Pelo Ven.·. M.·., Vigilantes e Orad.·. podem
ser dadas explicações complementares sobre as
instruções.

Primeira Instrução
Explicação do Painel da Loja de Mestre

Ven.·. M.·.: – VVen.·. Irmãos, o Irmão Orad.·. vai dar-vos a primeira instrução do terceiro Grau, que
consiste na explicação do Painel da Loja de Mestre. Atentai bem para essa explicação, porque dela podereis
inferir verdades, que vos servirão de guia no caminho difícil que ides percorrer como M.·. M.·..
Como sabeis, nosso querido Mestre Hiran foi exumado pelos IIr.·. encarregados de descobrir o seu corpo.
Depois de cumpridas as sentenças que, para si próprios, pediram Jubelos, Jubelas e Jubelum, Salomão
ordenou que fosse reenterrado o corpo do
saudoso Mestre. Efetuou-se a inumação tão próxima do Santo dos Santos quanto o permitiam as leis
israelitas. Não foi sepultado no Santo dos Santos, porque ali só tinha entrada o Sumo Sacerdote apenas uma
vez por ano quando, após as abluções e purificações, ia, no Dia da Expiação, festa religiosa dos hebreus,
expiar os pecados do povo visto que, pelas leis israelitas, a carne era considerada impura.
Nesse dia, o Sumo Sacerdote queimava incenso em honra e à glória do G.·. A.·. D.·. U.·. e rogava-lhe que,
em Sua Infinita Sabedoria e Bondade, derramasse a paz e a tranquilidade sobre a nação israelita, durante o
ano que começava.
– Ven.·. Irmão Orad.·., tendes a bondade de explicar o Painel da Loja de MM.·. MM.·..
Orad.·.: – Os instrumentos, com os quais foi assassinado nosso Mestre Hiran, foram o Prumo, o Nível e o
Malhete, cuja significação simbólica já conhecestes ao receberdes as instruções do Grau de Companheiro.
Os ornamentos da Loja de Mestre são o Pórtico, a Lâmpada Mística e o Pavimento Mosaico.
O PÓRTICO é a entrada para o Santo dos Santos; a LÂMPADA MÍSTICA é a fonte luminosa que o
ilumina, e o PAVIMENTO MOSAICO é o local por onde caminha o Sumo Sacerdote.
O PÓRTICO é também uma recordação de nossos deveres morais, pois, antes de transpô-lo, para chegarmos
ao Grau de Mestre, devemos adornar e fortalecer o nosso caráter, a fim de podermos compreender os
mistérios e receber a recompensa da Câmara do
Meio.
A LÂMPADA MÍSTICA simboliza a irradiação divina, cuja luz penetra os nossos mais íntimos
pensamentos e sem a qual tudo voltaria às mais densas trevas.
O PAVIMENTO MOSAICO representa o Mundo, com suas dificuldades e contrastes, cujo caminho
percorremos com intermitências de sombra e de luz, de alegria e tristeza, de
felicidade e desdita.
A Caveira e as Tíbias cruzadas são emblemas da mortalidade e aludem à morte do Mestre, ocorrida três mil
anos depois da criação do mundo. São, também, uma lição sobre a fragilidade das coisas terrenas e sobre a
vida efêmera do mundo físico.
Os utensílios do M.·. M.·. são: o CORDEL, o LÁPIS e o COMPASSO.
O CORDEL serve para marcar todos os ângulos do edifício, fazendo-os iguais e retos, para que os alicerces
possam suportar a estrutura.
Com o LÁPIS, o arquiteto hábil desenha a elevação e traça os diversos planos para a construção e orientação
dos Obreiros.
O COMPASSO serve para determinar com certeza e precisão os limites e as proporções das diversas partes
da construção. Como, porém, não somos Maçons operativos, mas especulativos, aplicamos, por analogia,
todos esses instrumentos à nossa Moral.
Assim, o Cordel nos indica a linha de conduta, sem falhas, baseada nas verdades contidas no L.·. da L.·.. O
Lápis nos adverte que nossos atos, palavras e pensamentos são observados pelo Todo-Poderoso, a Quem
devemos contas de nosso proceder nesta vida.
Finalmente, o Compasso nos recorda Sua Justiça imparcial e infalível, mostrando-nos que é necessário
distinguirmos o bem do mal, a justiça da iniquidade, a fim de ficarmos em condições de, com um compasso
simbólico, apreciar e medir, com justo valor,
todos os atos que tivermos de praticar.
Ven.·. M.·.:- Eis aí, VVen.·. Imãos, quanto nos ensina o Painel da Loja de Mestres, cujo estudo deveis fazer
com cuidado, pois resume o caminho do Mestre para a perfeição.
Assim, concito-vos a seguir esses conselhos, a fim de que não fiqueis Mestres apenas nas insígnias e no
diploma, mas também nos sentimentos e nas ações.
Está terminada a primeira instrução.

Segunda Instrução
Compêndio do Mestre

Ven.·. M.·.: VVen.·. Imãos, vamos hoje dar a segunda instrução do Grau de M.·., para nos recordarmos do
dia memorável de nossa exaltação a este sublime Grau e, principalmente, para rememorarmos os
ensinamentos contidos em suas diversas fases,
a fim de que transformemos os símbolos em realidade. (Pausa).

Ven.·. M.·.: – Venerab.·. Irmão 1.o Vig.·., sois M.·. M.·.?


1o Vig.·.: – A.·. A.·. M.·. E.·. C.·..
Ven.·. M.·.: Por que me respondeis deste modo, meu Venerab.·. Irmão?
1o Vig.·.: – Porque a acácia é o símbolo de uma vida indestrutível, cujos mistérios me foram desvendados.
Ven.·. M.·.: Venerab.·. Irmão 2.o Vig.·., onde fostes recebido Mestre?
2o Vig.·.: – Na Câmara do Meio, Respb.·. Mestre.
Ven.·. M.·.: Que lugar é esse, Venerab.·. Irmão?
2o Vig.·.: – É o centro para onde convergem e onde se encontram aqueles que, depois de estudarem e
meditarem profundamente, compreendem os Mistérios da Natureza.
Ven.·. M.·.: – Que vistes, meu Venerab.·. Irmão, quando ali entrastes?
2o Vig.·.: – Vi luto e consternação em todos os semblantes.
Ven.·. M.·. – Qual a causa dessa dor?
2o Vig.·.: – A morte de nosso Mestre Hiran
Ven.·. M.·.: – Venerab.·. Irmão 1.o Vig.·., por quem foi assassinado nosso querido Mestre?
1o Vig.·.: – Por três Companheiros traidores e perjuros, que quiseram obter uma recompensa sem havê-la
merecido, Ven.·. M.·.: – Esse homicídio foi efetivamente praticado?
1o Vig.·.: – Não, Respb.·. Mestre. O assassínio de Hiran é uma ficção simbólica, mas profundamente
verdadeira pelos ensinamentos que encerra e pelas deduções que dela se inferem.
Ven.·. M.·.: – Dizei-me, Venerab.·. Irmão, o que representa a morte de nosso Mestre.
1o Vig.·.: – A morte de Hiran simboliza a pura tradição maçônica, isto é, a Virtude e a Sabedoria, postas,
constantemente, em perigo pela ignorância, pelo fanatismo e pela ambição dos Maçons que não sabem
compreender a finalidade da Maçonaria nem se devotar à sua Sublime Obra.
3Ven.·. M.·.: Venerab.·. Irmão 2.o Vig.·., que vistes no local onde fostes admitido?
2o Vig.·.: – O túmulo de Hiran, iluminado por tênue claridade.
Ven.·. M.·.: – Venerab.·. Irmão 1.o Vig.·., quais são as dimensões do túmulo de nosso Mestre?
1o Vig.·.: – Três pés de largura, cinco de profundidade e sete de comprimento.
(Pé: medida de comprimento equivalente a 30,48cm)
Ven.·. M.·.: A que aludem esses algarismos, Venerab.·. Irmão 2.o Vig?
2o Vig.·.: – Aos números sagrados propostos à meditação dos Aprendizes, Companheiros e Mestres.
Ven.·. M.·.: Que relação têm esses números com o túmulo de Hiran?
2o Vig.·.: – O túmulo de Hiran encerra o segredo da Grande Iniciação, que só é desvendado pelos
pensadores capazes de conciliar os antagonismos pelo ternário; de conceber a quintessência dizimada pelas
exterioridades sensíveis e de aplicar a lei do setenário ao domínio da realização.
Ven.·. M.·.: – Venerab.·. Irmão 1.o Vig.·., qual foi o indício que fez reconhecer o túmulo de Hiran?
1o Vig.·.: – Um ramo de acácia, plantado na terra recém-revolvida.
Ven.·. M.·.: – Qual a significação simbólica desse ramo verdejante?
1o Vig.·.: – Representa a sobrevivência de energias, que a morte não pode destruir.
94Ven.·. M.·.: – Quando conduzido para junto do túmulo do Mestre, que fizestes do ramo de acácia?
1o Vig.·.: – Apoderei-me dele, por ordem dos que me conduziam.
Ven.·. M.·.: – Que significa isso, Venerab.·. Irmão?
1o Vig.·.: – Segurando a acácia, demonstrei que me ligava a tudo que sobrevive da tradição maçônica.
Prometi, desse modo, estudar, com fervor, tudo o que herdamos do passado, de seus ritos, usos e costumes,
sem deixar-me influenciar pelas opiniões
que os classificam de arcaicos ou nocivos.
Ven.·. M.·.: – Venerab.·. Irmão 2.o Vig.·., a que prova fostes submetido diante do túmulo de Hiran?
2o Vig.·.: – Tive de me reabilitar da suspeita de haver participado da trama urdida pelos assassinos do
Mestre.
Ven.·. M.·.: – De que modo provastes vossa inocência?
2o Vig.·.: – Aproximando-me do cadáver a passos largos, sem receio, com a consciência tranquila.
Ven.·. M.·.: – A que se relaciona a marcha que executastes?
2o Vig.·.: – À revolução anual do Sol, através dos Signos do Zodíaco.
Ven.·. M.·.: – Por que não parastes em vossa marcha, Venerab.·. Irmão?
2o Vig.·.: – Porque ela é também a imagem da vida terrena, que se precipita, de uma vez, do nascimento à
morte.
95Ven.·. M.·.: – Venerab.·. Irmão 1.o Vig.·., como fostes recebido Mestre?
1o Vig.·.: – Passando do Esquadro ao Compasso.
Ven.·. M.·.: – Por que o Compasso é utensílio particular dos Mestres?
1o Vig.·.: – Porque só eles sabem manejá-lo com precisão.
Ven.·. M.·.: – Em que se baseiam os Mestres para usarem o Compasso com precisão?
1o Vig.·.: – Medindo todas as coisas, levando, porém, em conta a sua relatividade. A razão do Mestre, fixa
como a cabeça do Compasso, julga os acontecimentos de acordo com as causas ocasionais. O julgamento do
Iniciado inspira-se, não nas rígidas graduações da Régua, mas num discernimento que se baseia na
adaptação rigorosa da lógica à realidade.
Ven.·. M.·.: – Venerab.·. Irmão 2.o Vig.·., qual é a insígnia dos Mestres?
2o Vig.·.: – Esquadro unido ao Compasso.
Ven.·. M.·.: – Que significa a união desses dois instrumentos?
2o Vig.·.: – O Esquadro regula o trabalho do Maçom, que deve agir com a máxima retidão, inspirado na
mais escrupulosa equidade.
O Compasso dirige esta atividade, esclarecendo-a, a fim de que produza a mais judiciosa e fecunda
aplicação.
Ven.·. M.·.: – Se um Mestre se perdesse, onde o encontraríeis,
Venerab.·. Irmão?
962o Vig.·.: – Entre o Esquadro e o Compasso, Respb.·. Mestre.
Ven.·. M.·.: – Por que, Venerab.·. Irmão?
2o Vig.·.: – Porque o Mestre procurado se distinguiria pela moralidade de seus atos e pela justeza de seu
raciocínio. É sob esse aspecto que ele se conserva entre o Esquadro e o Compasso.
Ven.·. M.·.: – Que procuram os Mestres, Venerab.·. Irmão 1.o Vig.·.?
1o Vig.·.: – A PALAVRA PERDIDA.
Ven.·. M.·.: – Que palavra é essa?
1o Vig.·.: – É a chave do segredo maçônico, ou melhor, é a compreensão daquilo que permanece
ininteligível aos profanos e aos iniciados imperfeitos.
Ven.·. M.·.: – Como se perdeu a Palavra?
1o Vig.·.: – Pelos três grandes golpes dos Companheiros indignos e perversos, que sofreu a tradição viva da
Maçonaria.
Ven.·. M.·.: – Podeis dizer-me, Venerab.·. Irmão, como tornaram a encontrá-la?
1o Vig.·.: – Tendo sido assassinado Hiran, seus discípulos mais fervorosos resolveram descobrir a sua
sepultura, que lhes foi revelada por um ramo de acácia. Decidiram, então, desenterrá-lo e observar a
primeira palavra que se lhes escapasse dos lábios, à
vista do cadáver, e o gesto que indistintamente fizessem uns aos outros, como mistérios convencionais do
Grau.
97Ven.·. M.·.: – Qual é, Venerab.·. Irmão 2.o Vig.·., a nova Palavra Sagrada, que substituiu a antiga?
2o Vig.·.: – Moab.·..
Ven.·. M.·.: – Que significa esta Palavra?
2o Vig.·.: – A carne se desprende dos ossos.
Ven.·. M.·.: – Nunca se suspeitou da primitiva Pal.·. Sag.·., que os conjurados tentaram arrancar a Hiran?
2o Vig.·.: – Sim, Respb.·. Mestre, acredita-se que ela corresponda
ao Tetragrama Sagrado, cuja pronúncia só era conhecida do Sumo Sacerdote de Jerusalém.
Ven.·. M.·.: – Como se comunica a Palavra Sagrada, Venerab.·.
Irmão 1.o Vig.·.?
1o Vig.·.: – Pelos cinco Pontos de Perfeição do Mestre.
Ven.·. M.·.: – Quais são eles?
1o Vig.·.: – Mãos direitas unidas em garra, pé contra pé, joelho contra joelho, peito contra peito, mão
esquerda sobre ombro direito do Ir.·..
Ven.·. M.·.: – A que fazem alusão esses Pontos de Perfeição?
1o Vig.·.: – À ressurreição de Hiran. A aproximação dos pés indica que os Maçons não hesitam em correr
em socorro de seus IIr.·., os joelhos, que se tocam, são promessas de intercessão em caso de necessidade; os
peitos se unem em sinal de que abrigam as mesmas verdades e que seus corações batem em uníssono,
animados dos mesmos sentimentos; as mãos dadas em garra indicam a união indissolúvel que os liga,
mesmo em meio das maiores vicissitudes; finalmente as mãos esquerdas sobre os ombros direitos
simbolizam que se ampararão mutuamente numa possível queda.
Ven.·. M.·.: – Qual é o sinal adotado pelos Mestres para se reconhecerem, Venerab.·. Irmão 2.o Vigilante?
2o Vig.·.: – É o gesto de horror, que não puderam reprimir, quando descobriram o cadáver de Hiran.
Ven.·. M.·.: – Têm os Mestres outro sinal, Venerab.·. Irmão?
2o Vig.·.: – Sim, Respb.·. Mestre, é o Sin.·. de Soc.·., reservado para os casos de extremo perigo. Executa-se
com os dedos entrelaçados e as mãos sobre a cabeça, com as palmas para cima, exclamando-se: “A mim,
filhos da viúva!”
Ven.·. M.·.: – Este Sin.·. de Soc.·. não tem uma variante?
2o Vig.·.: – Sim, Respb.·. Mestre, e é preferível por ser mais discreto. Faz-se com a mão direita fechada
sobre a testa, abrindo-se, em seguida, os dedos indicador, e médio e anelar e pronunciando-se
sucessivamente: S.·., C.·., J.·.. (Sem, Cam e Jafé
são os filhos de Noé)
Ven.·. M.·.: – Qual é a viúva de que os Mestres se dizem filhos?
2o Vig.·.: – A mãe de Hiran, viúva da tribo de Neftali. Na suposição de que todos os Mestres são irmãos de
Hiran, são eles por isso chamados “filhos da viúva”. Também Isis, personificação da Natureza, a mãe
universal, viúva de Osiris.
Ven.·. M.·.: – Qual é a Palavra de Passe do 3.o Grau, Venerab.·.Irmão 1.o Vig.·.?
1o Vig.·.: – Tub.·.. A Bíblia assim denomina os trabalhadores em metal, que colaboraram com os Maçons de
Salomão e com os de Hiran, Rei de Tiro, na construção do Templo de Jerusalém. (Tubalcaim, artífice em
metais, filho de Lamec, descendente de Caim)
Ven.·. M.·.: – Como batiam os Mestres, Venerab.·. Irmão?
1o Vig.·.: – Com três pancadas, igualmente espaçadas, para recordar a morte de Hiran. Quando, porém, esta
bateria foi atribuída aos AApr.·., os MM.·. MM.·., para se distinguirem, a repetiam por t.·. vv.·..
Ven.·. M.·.: – Que idade tendes, Venerab.·. Irmão 2.o Vig.·.?
2o Vig.·.: – Sete anos e mais.
Ven.·. M.·.: – Por que esse número?
2o Vig.·.: – O Apr.·. inicia suas meditações pela Unidade e pelo Binário para demorar no Ternário, antes de
conhecer o Quaternário, cujo estudo é reservado ao Comp.·.. Este parte do número quatro para deter-se no
cinco, antes de abordar o seis e preparar-se para
o estudo do sete.
Pertence ao Mestre o estudo detalhado do setenário, aplicando o método pitagórico aos números mais
elevados. Daí ser sua idade iniciática a de(7+) s.·.aa.·.e mais.
Ven.·. M.·.: – Como viajam os Mestres?
1002o Vig.·.: – Do Or.·. para o Oc.·. e do S.·. para o N.·., Ven.·.Mestre.
Ven.·. M.·.: – Para quê?
2o Vig.·.: – Para espalharem a Luz e reunirem o que está disperso. Em outras palavras, para ensinarem o que
sabem e aprenderem o que ignoram, concorrendo, por toda a parte, para que reinem a harmonia e a
fraternidade entre os homens.
Ven.·. M.·.: – Como trabalham os Mestres, Venerab.·. Irmão 1.o Vig.·.?
1o Vig.·.: – Traçando os planos que os AApr.·. e os CComp.·. executam. Esse traçado simbólico representa
o preparo do FUTURO, baseando-se nas lições e nas experiências do
PASSADO.
Ven.·. M.·.: – Qual o uso que os Mestres fazem da Trolha?
1o Vig.·.: – Serve-lhes para encobrirem as imperfeições do trabalho dos AApr.·. e dos CComp.·..
Realmente, isso significa os sentimentos de indulgência que animam todo homem esclarecido para com as
fraquezas humanas, de que conhece as causas. Os
Mestres adotam como lema: A SABEDORIA NÃO ESTÁ EM CASTIGAR OS ERROS, MAS EM
PROCURAR-LHES AS CAUSAS E AFASTÁ-LAS.
Ven.·. M.·.: – Onde os Mestres recebem o salário?
1o Vig.·.: – Na Câmara do Meio, isto é, no centro onde a inteligência é iluminada pela Luz da Verdade.
Ven.·. M.·.: – Qual é o nome do Mestre Perfeito?
1o Vig.·.: – Só vós sabeis, Respb.·. Mestre, vós e todos aqueles que tiveram a elevada honra de dirigir os
trabalhos de uma Loja.
101Ven.·. M.·.: – E vós, Venerab.·. Irmão 2.o Vig.·., podeis responder a pergunta que fiz ao Irmão 1.o
Vig.·.?
2o Vig.·.: – Não, Respb.·. Mestre e pelas mesmas razões. A compreensão mais elevada que tem um Mestre
Maçom de seu verdadeiro papel é procurar, no seu íntimo, o Mestre que está morto, a fim de fazê-lo reviver,
para que ele ressuscite em cada um de nós.
Ven.·. M.·.: – Meus VVen.·. Irmãos, eis o nosso objetivo. Esforçai-vos, como Mestres simbólicos, em
transformar o símbolo em realidade. Nunca desejeis ser apenas titulares de diplomas, nem portadores de
insígnias. Transformai-vos em VERDADEIROS
Mestres, isto é, naqueles que, pelo pensamento e pela ação, se encontram no caminho da Verdade.
Que a Infinita Sabedoria e a Infinita Bondade do G.·. A.·. D.·.U.·. se derramem sobre nós, a fim de que
possamos realizar a transformação do SIMBÓLICO no REAL.
Assim seja!
TODOS – Assim seja!
Ven.·. M.·.: – Está dada a segunda Instrução. Repousemos, VVen.·. Irmãos.

Terceira Instrução
Os Mistérios do Número Sete

Para justificar sua idade iniciática, o Mestre não pode ignorar coisa alguma das explicações que os antigos
davam sobre as propriedades intrínsecas dos números.
O 2.o Grau conduziu-o ao limiar do setenário, fazendo-o subir os sete degraus do Templo. Compete-lhe,
agora, partindo do sete, percorrer toda a série dos números superiores.
Comecemos por mostrar o prestígio excepcional de que goza o número sete. Já os caldeus, construindo sete
silharias cúbicas na Torre de Babel, consideravam essa obra mais sagrada que as outras, pois o setenário
desse edifício tinha por fim ligar a Terra
ao Céu, porque a divindade se manifestava, aos olhos dos Magos, por intermédio de uma administração
universal, composta de sete ministérios. (Silharias: chapas de pedra lavrada para revestir paredes).
Esses departamentos correspondiam aos astros que percorrem a abóbada celeste e que eram, naquele tempo,
considerados mais ativos que as estrelas fixas. Sol, Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno
partilhavam do governo do mundo.
Personificado pelos poetas, por necessidade de dramatização mitológica, esse setenário, em seguida,
sutilizou-se no espírito dos metafísicos. Em seu conjunto, o Templo de Baal apareceu, então, como símbolo
de Causa Primária imanente, sendo cada um de seus sete planos consagrado a uma das Causas Secundárias,
organizadoras do Universo.
É a essas causas setenárias que se atribui a Obra da Criação, tal como nos aparece nas diversas cosmogonias,
das quais a Gnose Hebraica é uma espécie particular. Essas causas coordenadoras têm sua consagração nos
sete dias da semana, símbolo submúltiplo das sete épocas da Criação, cujo culto remonta, no mínimo, à
civilização babilônica.
É a essa civilização que devemos, por transmissões sucessivas, as noções misteriosas conservadas, sob a
forma de ensinamentos secretos, no seio das Escolas iniciáticas do Ocidente.
Os filósofos herméticos distinguiam sete influências distintas, que se manifestam em todo ser organizado,
quer se trate do Macrocosmo (mundo celeste ou mundos grandes), quer do Microcosmo (mundo terrestre ou
mundos pequenos), representado pelo Indivíduo humano, vegetal ou mineral. Impunha-se-lhes uma
distinção entre a natureza elementar ou rudimentar, sujeita à lei do quaternário dos elementos (já estudada
no 1.o Grau) e uma natureza mais elevada, em consequência de um acordo vibratório com as sete notas que
formam a gama da harmonia universal.
Conhecer essas notas é de importância capital para aquele que aspira a iniciar-se na música das esferas, que
Pitágoras pretendeu ter ouvido. Elas correspondem aos dias da semana que, a despeito das revoluções
religiosas, continuam consagradas ao setenário
divino, concebido, há mais de cinco mil anos, pelos sábios da era remota da Verdadeira Luz.
Se esse setenário procedesse, apenas, dos sete planetas e dos sete metais, conhecidos dos antigos, não teria
grande importância para nós, por já haver passada a sua época. É, porém, oriundo de uma concepção muito
mais elevada que a emanada de simples
observações astronômicas primitivas ou mesmo de uma metalurgia ainda na infância.
Vemos, com efeito, que entre os homens de uma mesma raça há, de fato, sete tipos nitidamente
caracterizados, quer no físico, quer na moral.
Os astrólogos e os quiromantes legaram-nos a esse respeito tradições preciosas, que representam a aplicação
geral da Lei do Setenário, da qual os verdadeiros iniciados devem compreender todo o alcance. Um Mestre
não atingirá jamais o Mestrado, se
não compreender que tudo quanto existe é, ao mesmo tempo, uno, tríplice e sétuplo.
Eis alguns exemplos para clareza do que acabamos de expor.

A Trindade Setenária
Colocadas em triângulo, três rosetas de seda decoram o Avental dos Mestres. Essas rosetas representam,
simbolicamente, três anéis entrelaçados para formar a trindade, onde se encontra o setenário.
Nada mais simples do que esta representação muda, evocadora de conceitos filosóficos, cuja exposição
fornecerá matéria para uma série de numerosos volumes.
Contentar-nos-emos, porém, em dar nesta instrução apenas as indicações precisas e concisas, destinadas a
guiar os aspirantes ao verdadeiro Mestrado intelectual.

1.o Círculo de ouro – Sol, centro imutável de onde irradia toda a atividade. Espírito que anima a matéria – o
Enxofre dos alquimistas, – Fogo interior, individual, – Elemento gerador da cor rubra: sangue, ação, calor e
luz .
2.o Círculo de prata – Lua, astro variável, espelho receptivo de influências; molde prático que determina
toda a formação; – Substância passiva, esposa do espírito, – o Mercúrio dos
herméticos, veículo de atividade espiritual, que penetra em todas as coisas; – Espaço, cor azul: ar,
sentimento, sensibilidade.

3.o Círculo de Bronze ou de Chumbo – Saturno, deus precipitado do céu, que reina sobre o que é pesado,
material – materialidade, positivismo, energia material; – Cor amarela, tendente a obscurecer-se, passando
ao cinzento e ao negro; – arcabouço ou carcaça óssea, base sólida de toda a construção, rocha que fornece
pedra bruta, ponto de partida da Grande Obra.
4.o Interferência de 1 e 2. O Filho, nascido da união do Pai e da Mãe. Júpiter, oposto a Saturno, por Ele
destronado, corresponde à espiritualidade. É ele que ordena e decide, projetando o raio, a centelha da
Vontade. Cor de púrpura ou violeta (complementar da
amarela); idealismo, consciência, responsabilidade, autodireção.
5.o Espaço central, no qual as três cores primitivas se sintetizam na luz branca. Estrela Flamejante, Mercúrio
dos Sábios, quintessência, Éter vivente, sobre o qual tudo age e reflete. Fluido de atração, grande agente do
magnetismo.
6.o Domínio da interferência de 2 e 3 – Vênus, a vitalidade, o orvalho gerador dos seres. Cor verde; doçura,
ternura, sensibilidade física.

7.o Interferência de 1 e 3 – Atividade material – Marte, necessidade de ação, motricidade que despende e
consome a energia vital. Fogo devorador, cor de chama amarelo-vermelho-escarlate; instinto de
conservação, egoísmo, ferocidade, mas também potência
inquebrantável de realização.
Esse setenário, assim esboçado, encontra-se até nos sete pecados capitais, cuja distinção se funda em dados
iniciáticos:
A Octonada Solar
O número 8, que é dos Kabirim semíticos, encontra-se no emblema babilônico do Sol, cujos raios se
repartem numa dupla cruz.
Verticais e horizontais: estão colocados seus raios rígidos, que se referem ao quaternário dos elementos, bem
como aos efeitos físicos da luz e do calor. Os raios oblíquos indicam, ao contrário, pela ondulação, que estão
vivos e como, além disso, são triplos, fazem alusão ao duodenário (4×3) das divisões da eclíptica, como
veremos mais tarde.
O Sol era considerado pelos antigos como um dos agentes coordenadores do mundo, mas se lhe atribuía, por
outro lado, uma influência permanente, essencialmente reguladora. É ele que assegura a ordem das estações,
a sucessão regular do dia e da noite, de modo que, por extensão, todo o funcionamento normal fosse
considerado como obra sua. O deus-luz tem horror à desordem, que reprime por toda a parte. É por isso que
ele favorece o raciocínio lúcido, que coordena as ideias segundo as leis de uma lógica
sã. Modera as paixões, a fim de que elas não possam perturbar a serenidade de que lhe é o prodigalizador.
Intervém até no organismo, quando tudo não funciona normalmente. A medicina foi, por isso, colocada sob
a égide do deus-regulador, cujo filho, Asclépios ou Esculápio, tem o poder de curar, restabelecendo a
harmonia do ritmo vital, tornado discordante pela enfermidade.
A virtude solar tende a dissipar todos os males. Ela faz penetrar a clareza no entendimento, a paz no espírito
e restitui a saúde ao corpo. Sua ação é reparadora, de tal forma que o Sol foi considerado como o grande
amigo dos viventes, seu Salvador
ou Redentor. Nessa qualidade, convém grupar sua irradiação em cruz ou, melhor, em dupla cruz. O
Cristianismo imbuiu-se dessas ideias antiquíssimas.
Um Sol, cujos raios formam oito feixes de luz, decorava o Orad.·. das Lojas do século XVIII. Esse emblema
exprimia, com muita propriedade, aquele que vela pela aplicação da lei e deve fazer a luz, no espírito dos
Neófitos, sobre os mistérios da iniciação.
Observemos, ainda, que o nosso algarismo 8 deriva de dois quadrados superpostos ou tocando-se por um dos
ângulos.
Essa última forma é oriunda da letra Het fenícia, oitava letra do alfabeto primitivo que, simplificada, se
tornou o nosso H (também oitava letra) e o nosso 8. Ela nos lembra um quadro duplo e longo, isto é,
quadrilongo, que representa a Loja ou, mais exatamente, o
santuário inviolável do supremo ideal maçônico.
Além disso, 8 é o cubo de 2, representado, graficamente, pela figura acima, que mostra a realização da
OCTONADA, unidade superior e perfeita, no domínio das três dimensões. Oito torna-se, assim, o número
da coesão construtiva, fonte da solidez da Grande
Obra Maçônica.

A Enéada ou Tríplice Ternário


Se, numa Loja, oito é o número do Orad.·. e sete o do Mestre que dirige os trabalhos, nove é o número
adequado ao Sec.·.,encarregado do traçado que assegura a continuidade da Obra.
Simbolicamente, o traçado executa-se sobre uma prancha dividida em nove quadros, cuja ordem numérica
determina a significação.
As três filas de números correspondentes aos Grupos de Aprendiz,Companheiro e Mestre referem-se,
também, à ideia, à vontade e ao ato.
1.o) O SUJEITO, agente, princípio de ação, causa ativa, centro de emanação;
2.o) O VERBO, atividade, trabalho, emanação radiante;
3.o) O OBJETO, resultado, obra terminada, ato efetuado.
Aplicando-se essas noções gerais a cada um dos termos do tríplice ternário, chega-se às seguintes
interpretações:
1) O princípio pensante, centro de emissão do pensamento;
2) O pensamento, ato, ação de pensar;
3) A ideia, pensamento formulado ou emitido;
4) O princípio votivo, centro de emissão da vontade;
5) A energia volitiva, a ação de querer;
6) O voto, o desejo, a volição desejada;
7) O princípio ativo, dispondo do poder executivo, dirigente e
realizador;
8) A atividade operante;
9) O ato realizado e sua repercussão permanente; a experiência do
passado, semente do futuro.
Não há palavras capazes de traduzir o que esse agrupamento de números sugere aos iniciados. Isso faz parte
dos segredos incomunicáveis. Para não haver confusão entre domínios e categorias, necessária se torna uma
concepção clara e bem nítida.
É o que se chama, simbolicamente, trabalhar na prancha de desenho ou tábua de traçar.

A Década
Em hebraico, TRADIÇÃO chama-se “Kabbalah” e, por isso, denomina-se CABALA a filosofia que se
transmite, inicialmente, de geração em geração. Baseia-se ela nas especulações numéricas resumidas na
teoria do SEPHIROTH (números), cujo fim é ligar o
Relativo ao Absoluto, o Particular ao Universal, o Finito ao Infinito, a Terra ao Céu. Essa união obtém-se
por meio da DÉCADA, da qual cada termo recebeu sua denominação característica.
1) Coroa ou Diadema – Unidade, Centro, Princípio de onde tudo emanaria e encerra tudo em potência, em
germe ou semente. O Pai, Fonte, ponto de partida de toda atividade. Agente pensante e consciente que diz:
Ehlveh – eu sou!
2) Sabedoria – Pensamento criador, emanação imediata do Pai, seu primogênito, o Filho, Palavra, Verbo,
Logos ou Razão Suprema.
3) Inteligência, Compreensão – Concepção e geração da ideia. Ísis, Virgem-Mãe, que dá à luz a imagem
original de todas as coisas.
4) Graça, Misericórdia, Mercê, Grandeza, Magnificência – Bondade criadora, que incita os seres à
existência. Poder que dá e espalha a vida.
5) Rigor, Severidade, Punição, Temor, Julgamento – Governo, administração da vida adquirida. Dever,
autodomínio moral que reprime, que modera. Discrição, reserva que obriga à restrição.
6) Beleza – Ideal, segundo o qual as coisas tendem a constituir-se.Sentimento, Desejo, Aspiração. Volição
no estado estático.
7) Vitória, Triunfo, Firmeza – Discernimento que dissipa o CAOS, coordena as forças construtoras do
mundo, dirige sua aplicação e assegura seu Progresso. O G.·. A.·. D.·. U.·..
8) Esplendor, Glória – Coordenação, Lei, Justiça imanente: Lógica das coisas;  encadeamento necessário das
causas e dos efeitos.
9) Base, Fundamento, Plano imaterial, segundo o qual tudo se constrói. Potencialidade latente. Prancha de
traçar. Fantasma preexistente do que deve ser.
10) Reino, Criação – A Pedra da perpétua transformação. Aparência, Fenomenalidade. Matéria, fonte de
todas as ilusões e de todas as imposturas.
O décimo Sephiro (número) torna a reduzir à unidade os nove precedentes; figura o plano sobre o qual se
ergue o portador da Coroa, isto é, o Homem universal, o Grande Adão espiritual, cujo corpo é, assim,
distribuído entre os Sephiros (números):
SABEDORIA, cérebro; inteligência, garganta, órgãos da palavra; Graça, braço direito; Rigor, braço
esquerdo; Beleza, peito, coração; Vitória, perna direita; Esplendor, perna esquerda; Base, órgãos da geração.
A DÉCADA SEFIRÓTICA (numérica) é comparável à árvore da Vida das antigas cosmogonias, conforme
mostra a figura à margem, baseada nesta concepção.
Os três primeiros números constituem uma tríade intelectual, que se reflete numa segunda tríade moral ou
psíquica, que, por sua vez, é apoiada por uma última tríade dinâmica ou física. A Coluna central, 1, 6, 9 e
10, é neutra ou andrógina, conciliadora das
oposições da direita e da esquerda, isto é, entre 2, 4, 7, figurando a Col.·. B.·., masculina-ativa, e 3, 5, 8, a
Col.·. J.·., feminina-passiva.
O Simbolismo Maçônico concorda com o que a Cabala tem de essencial. Sob esse ponto de vista, vamos
mostrar a coincidência da árvore da vida dos oficiais de uma Loja Maçônica, da árvore de Sephiroth com a
organização e a hierarquia.
1) A Coroa ocupa o lugar do Ven.·.Mestre, dirigindo os Trabalhos,que os ramos do Esquadro ligam a

2), isto é, à Sabedoria, à razão, -o Orad.·., e a


3) inteligência, compreensão, que registra, – o Sec.·..

4) – Rigor e

5) Graça correspondem ao Tesoureiro e ao Hosp.·..

6) – Beleza, cabe ao M.·. de CCer.·., coordenador de todas as formalidades do ritual.

7) – Vitória, Firmeza e

8) Esplendor, Ordem, são próprios do 1.o e 2.o Vigilantes, enquanto

9) a Base ou Fundamento se refere ao Experto, guarda das tradições.

10) – Reino, ou mundo profano, é o domínio do Cob.·., que vela, exteriormente, pela segurança dos
trabalhos.

O Número Onze

O número onze foi sempre considerado particularmente misterioso, talvez porque exprime a reunião de 5 e
6, que são os algarismos do Microcosmo e do Macrocosmo.
O verdadeiro iniciado deve concentrar sobre si as energias espalhadas e difusas do ambiente; disporá, assim,
de uma Obediência ilimitada, proveniente das forças invisíveis ou astrais, no sentido iniciático da palavra. O
Maçom, que se dedica, de todo o coração e com toda a sua inteligência, à execução do plano do Grande
Arquiteto, pode executar um trabalho muito superior aos seus recursos pessoais, porque com ele se mantêm
solidárias todas as energias que são postas em atividade pela mesma boa vontade.
A Cadeia de União é efetiva para todo o adepto sincero que, tendo realizado o equilíbrio (8), recebe, na
medida da corrente que soube estabelecer, transmitindo-a.
Para completar o estudo do número onze, deve-se, além de considerá-lo a soma de 5 e 6, decompô-lo em 4 e
7, 3 e 8, 2 e 9, e 1 e 10, atribuindo-se a esses números o valor que eles têm no tríplice ternário e na árvore
dos números.
4 e 7 fazem ressaltar a potência de 11, de um poder de vontade inquebrantável, fixo e positivo (4), associado
ao discernimento que, colocando cada qual em seu lugar, sabe dirigir com tino e mandar, estabelecendo a
harmonia (7).
3 e 8 significam a Inteligência (3), unida à boa administração (8). 2 e 9 representam a irradiação da
Sabedoria (2), acumulada sobre a prancha de traçar (9). O iniciado prevê, atua e influi sobre tudo o que deve
acontecer; daí, seu poder irresistível.
1 e 10 nos mostram, enfim, a síntese da década. Restabelecida a Unidade, o Todo presta-se à execução das
maravilhas da “causa única”, de que trata a Tábua de Esmeralda de Hermes Trimegisto. (Três vezes
máximo).
Por outras palavras: “Penetremos até o centro e tudo nos obedecerá”.

O Duodenário
Essa divisão é aplicada ao Céu, onde determina doze espaços iguais que o Sol percorre, regularmente, em
sua trajetória anual, aparentemente, em torno da Terra.
As constelações, que coincidiram, outrora, com esses espaços, lhes deram seus nomes, tirados de animais ou
de seres animados.
Assim se tornou o duodenário zodiacal, cujo simbolismo é de máxima importância, porque o ano se torna o
protótipo de todos os ciclos, emblematizando tanto as fases da vida como as da Iniciação.
Nos Mistérios de Ceres, o Iniciado partilhava, de fato, dos destinos da semente confiada ao solo. Como esta,
ele deveria sofrer a influência solar para desenvolver-se e frutificar, depois do que tornava a passar por esse
encadeamento de transformações de que resulta o ciclo da vida. Cada Signo do zodíaco tem, sob esse ponto
de vista, significação particular que será compreendida depois de Esta figura resume as tradições do
Zodíaco, cujos signos têm estreita ligação com o setenário dos planetas, considerando o
Sol como tendo morada no Leão e a Lua no Câncer. Os outros domínios ou esferas de influência dividem-se
do modo seguinte:

Mercúrio
Vênus
Marte
Júpiter
Saturno
Gêmeos
Touro
Áries
Peixes
Aquário
Virgem
Balança
Escorpião
Sagitário
Capricórnio
Por outro lado, cada signo participa da natureza de um dos quatro elementos, donde a seguinte classificação:

Fogo
Terra
Ar
Água
Áries
Touro
Gêmeos
Câncer
Leão
Virgem
Balança
Escorpião
Sagitário
Capricórnio
Aquário
Peixes

Cada Signo é, desse modo, caracterizado por um Planeta e por um elemento. Vejamos, agora, o que se infere
desses dados em relação à iniciação.
As doze figuras seguintes, unindo o Elemento e o Planeta ao Signo, elucidarão a questão.

I – ÁRIES-FOGO-MARTE. Trata-se do fogo construtivo interior, estimulando o crescimento e o


desenvolvimento. Entorpecido no inverno, desperta na primavera, fazendo germinar a semente e provocando
a eclosão dos rebentos. Representa a iniciativa individual, que se desenvolve sob o impulso de uma
influência exterior, como a energia encerrada no germe entra em função sob a ação do Sol.
Símbolo – O ardor iniciático conduzindo à procura da Iniciação.

II – TOURO-TERRA-VÊNUS. A Matéria receptiva na qual se efetua a fecundação


interior.
Símbolo – O Recipiendário, judiciosamente preparado, foi admitido às provas.

III – GÊMEOS – AR – MERCÚRIO. Os filhos da Terra fecundada pelo fogo. O Duplo


Mercúrio dos Alquimistas, simbolizado por duas cabeças. Vitalidade construtiva.
Sublimação da matéria na flor que murcha. Símbolo – O Neófito recebe a Luz.
IV – CÂNCER – ÁGUA – LUA. A selva intumesce as formas que atingem a plenitude.
A vegetação é luxuriante. É a estação das folhas, das ervas e dos legumes, mas os
cereais e os frutos estão, ainda, verdes. Dias longos, esplendentes de luz.
Símbolo – O Iniciado instrui-se, assimilando os ensinamentos iniciáticos.

V – LEÃO-FOGO-SOL. Terminada a ação construtora do ardor interior de Áries, o Fogo


exterior intervém para ressecar e matar toda a constituição aquosa, cozendo e amadurecendo o invólucro dos
germes. A razão implacável exerce sua crítica severa sobre todas as noções recebidas. Símbolo – O Iniciado
julga, por si próprio
e com severidade, as ideias que puderem seduzi-lo.

VI – VIRGEM-TERRA-MERCÚRIO. A substância fecundada, esposa virginal do Fogo fecundador, dá à


luz e recupera a sua virgindade. A colheita está madura; o calor é
menos tórrido. Símbolo – Tendo feito sua escolha, o Iniciado reúne os materiais de construção para
desbastá-los segundo o seu destino.

VII – BALANÇA-AR-VÊNUS. Equilíbrio das forças construtivas e destrutivas.


Maturidade: o fruto no máximo de seu sabor. Símbolo – O Companheiro em estado de
desenvolver o máximo de sua atividade utilmente empregada.

VIII – ESCORPIÃO-ÁGUA-MARTE. A massa aquosa fermenta. Os elementos de


construção vital dissociam-se, atraídos por novas combinações, Desorganização
revolucionária. O sol precipita sua queda para o outro hemisfério.
Símbolo – Conluio dos maus companheiros. Hiran é ferido de morte.

IX – SAGITÁRIO-FOGO-JÚPITER. O espírito animador destaca-se do cadáver e


paira nas alturas. A natureza toma um aspecto desolador. Símbolo – Os obreiros abandonados, sem direção,
lamentam-se e dispersam-se à procura do corpo do Mestre assassinado.

X – CAPRICÓRNIO-TERRA-SATURNO. Nada mais vive; a substância terrestre está


inerte, passiva, mas é, ainda, fecundável. Símbolo – Descobre-se o túmulo de Hiran.

XI – AQUÁRIO-AR-SATURNO. Os elementos construtivos reconstituem-se na


terra adormecida, mas em preparo de novos esforços geradores; ela satura-se de dinamismo vitalizante.
Símbolo – O cadáver de Hiran é desenterrado e forma-se a cadeia para ressuscitá-lo.

XII – PEIXES–ÁGUA-JÚPITER. O gelo quebra-se; a neve funde-se, impregnando o solo de fluidos


próprios a serem vitalizados. Os dias dilatam-se rapidamente; o reino da Luz impera. Símbolo – Hiran é
levantado, torna a si; a Palavra Perdida é encontrada.

Câmara do Meio é o título dado à Loja de Mestre na Moderna Maçonaria. Esta concepção começou a fazer
parte do especulativo maçónico após o aparecimento (Publicado em freemason.pt) do Terceiro Grau em
1724 e sacramentado na segunda Constituição de Anderson em 1738 relativa à Primeira Grande Loja (dos
Modernos) em Londres.

Como uma Loja – excepto quando se relacionar ao título distintivo dado para uma corporação maçónica – só
existe em trabalhos abertos, uma sessão maçónica aberta no Terceiro Grau adquire por extensão, o rótulo
convencional de Câmara do Meio.

Do conceito
A alegoria da Câmara do Meio já está presente na Tábua de Delinear inglesa [1] (teísta) desde o Grau de
Companheiro e se relaciona directamente com o Livro das Sagradas Escrituras:
“A porta do  lado do meio estava na parte direita da casa; e subiam por um caracol ao andar do meio e
deste para o terceiro”  (todos os grifos são meus) – Reis I, 6, 8.

Ainda noutra versão bíblica:

“A porta que levava à câmara do meio estava no lado sul da casa e por um caracol se subia ao segundo
andar e deste para o terceiro” (os grifos são meus).

O lado direito da casa, sob o ponto de vista do Átrio, corresponde ao Sul, ou Meio-Dia, enquanto que em
relação ao termo “caracol” inserido nos textos bíblicos, evidentemente se refere à Escada em Caracol, cujo
emblema possui alto valor simbólico já que esta “escada” de acesso lateral (Publicado em freemason.pt) para
“câmara” representa a dificuldade e a sinuosidade que o Obreiro tem que passar para atingir a Câmara do
Meio (aperfeiçoamento), que neste caso sugere o Santo dos Santos do Templo de Jerusalém.

À bem da verdade a alegoria “escada-câmara” alude ao elo que existe entre o “meio-dia” (juventude) e o
final da jornada à “meia-noite” (maturidade e morte – o Mestre que ingressa no Oriente).

É desta a relação maçónica existente entre a lenda da construção do Templo de Jerusalém e a Loja, mais
especificamente ao Oriente da Oficina, que se explica o porquê de só se permitir o ingresso no Oriente em
Loja aberta àquele que já tenha atingido a plenitude no simbolismo universal maçónico – o Mestre.

Graças também a esta alegoria maçónica é que os Companheiros no Templo (Loja) ocupam sempre a
Coluna do Sul, já que pelo texto bíblico que dá origem ao apólogo, a porta que leva à Câmara do Meio (Loja
de Mestre) simbolicamente está situada no Sul [2].

Diga-se ainda de passagem que na alegoria do Templo o mesmo era um conjunto constituído por três partes
– a primeira se denominava Ulam (átrio) onde se formava a assembleia; a segunda chamada Hikal onde os
sacerdotes desempenhavam as suas funções e por fim a terceira, nomeada Debir (santuário) onde era
depositada a Arca de Aliança.

Com o advento da criação do grau de Mestre e por extensão da Lenda do Terceiro Grau cujo anfiteatro se dá
no lendário Templo de Jerusalém é que se desenvolveria o arcabouço doutrinário e filosófico do simbolismo
da Moderna Maçonaria que passaria definitivamente a associar especulativamente o aprimoramento do
Homem com a construção do Templo interior – a Obra perfeita dedicada a “Deus”. Daí a relação metafísica
incondicional e sucessiva entre os três Graus cuja jornada parte do Ocidente em direcção à Luz do Oriente –
Intuição, Análise e Síntese.

Neste sentido não se poderia mencionar a Câmara do Meio sem considerar, sob o ponto de vista histórico e
iniciático, a sua relação com o grau de Companheiro como penúltimo estágio do aprimoramento – Do
pórtico ao Sul em direcção à Câmara do Meio onde se situa a Árvore da Vida, local onde o Mestre pode
então inquestionavelmente assim afirmar: “A A∴ é M∴ C∴”.

Vale a pena ainda mencionar que esta alegoria constituída pela tríade Escada em Caracol, Templo de
Jerusalém e Câmara do Meio é valida apenas para o simbolismo (Publicado em freemason.pt) da Moderna
Maçonaria, já que esse conjunto emblemático, bem como a Lenda de Hiran, não corresponde ipsis litteris à
completa realidade descrita no texto bíblico.

Das considerações finais


O termo “Câmara do Meio” é em Maçonaria uma espécie de Nec Plus Ultra, cuja característica filosófica
envolveu conhecimentos racionais que determinaram regras e fundamentos do pensamento enquanto era
urdido o método e a chave destinada para se reencontrar a Palavra Perdida (o conhecimento real, nunca o
aparente).
Esta é a razão que pode, na ordem natural dos factos, explicar o termo “Câmara do Meio” em Maçonaria.
Daí pela “ordem natural” que envolve a construção do Templo e a Lenda do Terceiro Grau, os Aprendizes
ocupam o Norte, Companheiros o Sul e os Mestres o Oriente donde dali simbolicamente ele (o Mestre) parte
para qualquer das latitudes e longitudes terrenas (o Ocidente da Loja entre o Esquadro e o Compasso).

Assim, em se bem compreendendo a Arte, a Câmara do Meio traz à baila e desfaz todas as ilações
temerárias produzidas por aqueles que de quando em quando lançam irresponsavelmente sementes ao vento
tentando, por exemplo, inverter a circulação e a localização dos Aprendizes e Companheiros na Loja. Para
estes incautos poder-se-ia então perguntar:

 E o pórtico da Câmara do Meio?


 Invertendo os escritos bíblicos, ele passaria do Sul para o Norte?
 Como ficaria então a referência feita à construção do Templo mencionada nas Escrituras? Esta
menção seria subvertida?
 Biblicamente o Meio-Dia passaria para o Norte?
 Contar-se-ia então uma nova Lenda com Hiran tentando fugir do primeiro algoz pelo Norte?

Afinal, se os factos têm a sua razão de ser, é porque certamente nada fora arquitectado casualmente.

Pedro Juk

Publicado em Blog do Pedro Juk

Notas
[1] Tábua de Delinear é o Painel da vertente inglesa de Maçonaria que não raras vezes muitos rituais que
envolvem ritos de origem francesa acabam por misturá-los, quando não, até mesmo substituí-los, ou mesmo
inserir os dois painéis justificando a presença dupla com a invenção do título de “Painel Alegórico”. Cada
uma das duas principais vertentes maçónicas (inglesa e francesa) possui nos três graus universais
características alegóricas e simbólicas próprias. O painel a que se refere o texto é a Tábua de Delinear
inglesa (Tracing Board) do Segundo Grau – aquele que mostra uma escada lateral em curva (caracol) que dá
acesso no seu topo à Câmara do Meio.

Atenção: independente da vertente maçónica e as suas particularidades próprias, o título de Câmara do Meio
é genérico para todo o Terceiro Grau maçónico, seja ele de qual Rito ou Trabalho venha a pertencer. Assim
também é a sua relação alegórica com o título que também será sempre aquele baseado na tradição da Tábua
de Delinear do Segundo Grau (inglesa).

[2] Lado Sul. Para que não pairem dúvidas em relação ao ponto de vista “direita-sul” do Ocidente para o
Oriente, o observador da gravura deve levar em conta que a Tábua de Delinear mencionada representa um
compartimento à direita adjacente ao Templo. Obviamente que apesar da perspectiva sofrível da gravura, o
importante é a mensagem simbólica contida no quadro. Note na base da escada o Segundo Vigilante pronto
para obstar a passagem daquele que porventura não saiba ainda pronunciar a Palavra de Passe
(aperfeiçoamento incompleto) – ao fundo a espiga de trigo junto a uma queda d’água sugere a senha inerente
a essa Palavra.

Você também pode gostar