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CARLA PEIXOTO
DIREITO NATURAL
HISTÓRIA, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E IMPLICAÇÕES NA TEORIA
DO DIREITO
ANDERSON SILVA
EMANUEL SANTIAGO
GABRIEL COUTINHO
JEAN MAGNO
LUCAS BRONZE
VITOR SOUZA
BELÉM–PA
2022
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
A princípio, o Direito se divide em dois âmbitos: Direito Natural e Direito
Positivo, que apesar de diferentes, se complementam. Ainda, é importante destacar que tanto
o Direito Natural quanto o Positivo regem as normas da Constituição Brasileira, seja através
das Leis positivadas quanto dos Príncipios, sendo estes últimos uma das fontes principais do
Jusnaturalismo.
O Direito Natural surge na antiguidade com os filósofos gregos, tais como
Aristóteles e Platão. Na Roma Antiga, os juristas romanos executavam o Direito Natural
primitivo (Ius Civile), que consistia em um direito rígido e aplicável somente aos romanos.
Porém, foi necessário ampliar o alcance do Direito para toda a sociedade com o intuito de
humaniza-la, sendo criado, portanto, o Direito Comum (Ius Commune).
A priori, o Direito Natural antigo buscava entender a origem do universo através
do conceito de uma Lei natural que estaria acima de todas as outras. Posteriormente, surgiu
na Idade Média a vertente defendida Por São Tomás de Aquino, na qual a essência do Direito
era advinda uma vontade divina, visto que na época a influência da igreja era muito presente.
Logo depois, entre os séculos XVI E XVIII, o Jusnaturalismo sofreu bastante
influência do Iluminismo, motivo pelo qual filosofos como Hugo Grócio passaram a defender
a Razão Humana como centro de tudo.
Foi sob a égide desse racionalismo que filosofos contratualistas como John Locke
passaram a fundamentar suas ideias. O Direito Natural consiste em um conjunto de princípios
universais, independentes da vontade humana, direitos que a própria natureza já nos concede,
a exemplo dos Direitos Fundamentais a vida, Igualdade e Liberdade.
A natureza é um corpo vivo, que se mantém em permanente movimento e
transformação, em decorrência da existência de numerosas leis que regem o
seu mundo. A lei natural, definida por Montesquieu como ‘’a relação
necessária derivada da natureza das coisas’’, possui caracteres particulares,
entre os quais se destacam: universalidade, imutabilidade, inviolabilidade e
isonomia. (Paulo Nader, Introdução ao Estudo do Direito. P64. 28.4 – 39º
edição, 2017).
O que se percebe é que Rousseau tenta marcar uma abertura política e com isso uma
participação maior do povo. Prevendo em sua noção o direito a Igualdade.
Outrossim, o Contrato Social desempenha importante papel na filosofia política, visto que
compreendia na liberdade natural a ideia do ser e o seu espaço na vida social, garantindo o
bem-estar e a sua soberania.
Para viver em sociedade, o indivíduo devia superar o seu estado de natureza, ,
para ser alcaçado o estado do bem- estar cívico, de forma a garantir a liberdade civil através
de um bem coletivo, a Justiça. Jean-Claude Rolland, psicanalista (1975, p. 40) afirma
que “[...] o pacto social nasce da necessidade de cooperação entre homens contra
as forças da natureza [...]”
John Locke também trata do poder de natureza humana, este não atribui o poder
político à natureza humana. Porém, para um ordenamento político há a necessidade do homem
usar da natureza, artifícios para ordenar ações e regular a sociedade para que a humanidade
viva em comum acordo, de modo a exercer a liberdade individual e garantir que nenhum tenha
mais do que o outro.
Por fim, podemos dizer que a Justiça, tal como propõe o Direito Natural é democrática?
Preliminarmente, os valores e os princípios de cada sociedade alteram-se entre si
de modo a alcançar o interesse e costumes de cada uma, assim como as normas que regem
cada Nação é diferente uma da outra. Por exemplo, nas sociedades Orientais, o casamento de
menores é considerado uma prática comum, devido a história e costumes daquela sociedade.
Em contrapartida, nas culturas Ocidentais, observa-se uma aplicação divergente acerca dos
principios e costumes. Por conseguinte, o núcleo do conceito de Justiça no Direito Natural em
sua essência é Universal, porém a efetividade de tal, é corrompida devido a jurisprudência e os
costumes de cada Estado Nação, devido a isso, a aplicatividade de Justiça no Direito Natural
em determinadas sociedades não é integralmente jus.
Deve-se lembrar que o Direito Natural nasce com o individuo, ele existe
independente da posividade das leis, apesar de ser amplamente aprofundado na Constituição
Federal através dos príncipios.
4.BIBLIOGRAFIA
ANDERY, Maria Amália Pie Abib; MICHELETTO, Nilza; SÉRIO, Tereza Maria de
Azevedo Pires. Para compreender a ciência. Uma perspectiva histórica. 11 ed. São
Paulo: EDUC, 2002.
BECCARIA, Cesare Bonesana. Dos delitos e das penas. 3. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2005.
CRETELLA JÚNIOR, José. Direito romano moderno. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2000.