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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
I - PRELIMINAR DE MÉRITO
II - DOS FATOS
III - DO DIREITO
A reclamada dispensou por justa causa, sem que o Reclamante tivesse cometido
qualquer falta grave. Para a configuração de justa causa, exige-se algum dos motivos
estabelecidos no artigo 482 da CLT, portanto o simples fato do reclamante ter aderido à
greve, que é um exercício regular do Direito, garantido pela Constituição em seu art.
9º, não se enquadra nos motivos previstos no artigo 482 da CLT.
A atitude da reclamada ofende o artigo 7º, I da CF/88, nossa Lei Maior, que visa a
proteção do trabalhador contra dispensa arbitrária, in verbis:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
I - Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa,
nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre
outros direitos;
Desta forma, a dispensa por justa causa foi injusta, devendo ser considerada nula.
Vejamos o que diz nossa jurisprudência:
PROCESSO nº 0000541-14.2017.5.17.0010 RO
De igual sorte, a doutrina estabelece que para ser aplicada a pena de justa causa, faz-
se necessária a gravidade da conduta e o imediatismo da punição, vejamos:
Por tudo que aduziu, requer que seja considerada nula a dispensa sem justa causa,
devendo a mesma ser revertida para ser o Reclamante reintegrado ao emprego,
recebendo todas as verbas devidas ou indenizado, com o recebimento de salários
vencidos e vincendos durante todo o período de seu afastamento, assim como as
férias e terço legal e reflexos, 13º salário e reflexos, FGTS + 40% aviso prévio e
liberação de guias para seguro desemprego, até a data de seu desligamento.
III.2 – ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
O reclamante laborava de xxxx a xxxx de xxh às xxh, e aos sábados de xxh às xxh.
Totaliza assim, xxh. por semana, fazendo jus à 2 horas extras por semana, que nunca
foram pagas pela reclamada.
De acordo com o artigo 7º, XIII da CR/88, a jornada de trabalho é de 8 diárias com
limite de 44 semanais. Já o artigo 59, § 1º da CLT estabelece que a remuneração
referente a hora extra será pelo menos 50% do valor da hora normal.
Assim sendo, requer o pagamento de 2h, por semana, correspondendo a uma
importância de R$ XX por semana.
Totalizando assim R$XX por mês trabalhado, devendo ser calculado o DSR.
Requer ainda, o pagamento dos reflexos nas parcelas resilitórias, bem como, salário,
décimo terceiro proporcional, férias proporcionais + 1/3 e FGTS.
01. Tendo em vista que não foram alcançados ao Reclamante os valores integrais a que
tinha direito a receber; como o computo das horas extras e o adicional de periculosidade
. Portanto, faz jus o Reclamante a diferenças das parcelas rescisórias que não lhe foram
pagas no momento oportuno.
02. Deste modo, pugna pela condenação da Reclamada no pagamento do aviso prévio,
além dos reflexos e integrações em férias, 1/3 constitucional, 13° salários, R.S.R., FGTS
e multa de 40%, tudo atualizado na forma da lei.
A multa do art. 477, § 8º, da CLT deve ser aplicada porque a Reclamante não recebeu
as verbas rescisórias. O valor é calculado sobre a maior remuneração mensal
percebida pelo Reclamante.
Tendo em vista a diferença salarial (horas extras) que o Reclamante deixou de perceber
durante toda a contratualidade REQUER que o FGTS incida sobre tais verbas, para que
a Reclamada seja condena a indenizar o Reclamante conjuntamente com a multa
compensatória.
Vale ressaltar após a reforma trabalhista que o patrono do reclamante perfaz o direito
de receber os honorários sucumbenciais, neste sentido o art. 791-A da CLT autoriza
um percentual de cobrança desses honorários, sendo assim requer a condenação do
reclamado no percentual de 15%.
4 - DOS PEDIDOS
Requerimentos finais:
Pede deferimento.
Local e data...
Advogado (a)
OAB/UF...