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Aula 1 – Redação e produção textual Professor Paulo

O que é produção textual?

R.: Produção Textual é a disciplina (matéria de ensino) que estuda a


construção (produção) de textos verbais, que nada mais é do que a reunião de
palavras que compõem a Língua Portuguesa, com o auxílio da imaginação
(CRIATIVIDADE) para formar um conjunto de frases (que formam parágrafos e depois
um texto completo) e que tem por objetivo um todo (textual) composto de coesão
(concordância) e coerência (razão, harmonia) e beleza. (resposta retirada em parte do
blog Recanto das letras HTTPS://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/1961595).

OBS.: HÁ TEXTOS SEM COESÃO, MAS COM COERÊNCIA.

BELEZA ENTRA EM TEXTO ESTÉTICO.

O que é redação?

R.: É um texto.

A redação passa pela: FALA (NATURAL) – LEITURA – ESCRITA


(ARTIFICAL).

Você não fala como escreve, mas a escrita “representa” a nossa fala, ou seja, entra
no campo do uso formal ou informal da escrita e também na variação linguística.

Ex.: você escreve bimestre, mas na fala realça-se o “e”, falando bimestri.

A representação gráfica da nossa fala são os fonemas

O que é texto verbal?

R.: De acordo com o professor Alexandre Dutra, é um conjunto de palavras


que faz sentido.

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O que é frase?

Frase é um conjunto de palavras com sentido completo, que não necessariamente


precisa ter um verbo para ter sentido. Por exemplo: “Socorro!” é uma frase com sentido
completo, alguém precisa de ajuda, pede por socorro. Claro que existem frases com
verbo, mas, quando isso ocorre, essa frase é uma oração.

O que é parágrafo?

R: O parágrafo é definido como o agrupamento das frases que expressam alguma


ideia ou pensamento principal e ajudam na organização do texto. Ele avisa o leitor de
que está começando outro bloco de ideias, relacionado com o anterior e o posterior, se
houver. Desta forma, cada parágrafo de uma redação tem ligação com o parágrafo
anterior ou posterior.

Para que uma redação atinja seu objetivo é preciso que o autor tenha um bom
conhecimento sobre como usar a linguagem (que é a forma de apresentação de um
texto, nas redações de concurso e do Enem utiliza-se a norma culta) e o momento de
utilizar a norma culta em seu texto, bem como manter-se informado e dispor de uma
bagagem de conhecimentos e experiências que possam dar conteúdo ao seu trabalho (é
o chamado conhecimento de mundo).

Redação = linguagem (forma da redação) + conhecimento de mudo (conteúdo da


redação).

Classificação dos textos de acordo com a linguagem

O texto pode ser verbal (oral ou escrito) e não verbal.

Exemplos de textos verbais: contos, bilhetes, cartas, fábulas, resenha, biografias.

Exemplos de textos não verbais: placas de sinalização, fotografias, pinturas,


gráficos.

Exemplos de textos multimodais ou mistos: história em quadrinhos, anúncios.

O texto é composto por dois elementos imprescindíveis para a sua construção: a


linguagem (que é a forma escrita), e o conhecimento de mundo do autor do texto (que é

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a bagagem de conhecimento de cada individuo sobre determinados assuntos que
permitem que o mesmo possa construir o conteúdo de um texto).

Tipos textuais – Tipos de texto

A classificação dos textos em relação ao seu conteúdo, estrutura e forma como se


apresentam é chamada de tipologia textual ou tipos textuais. Esta classificação é
dividida em:

a) Texto narrativo: Trata-se de uma história, onde há um narrador que às vezes


também participa como personagens, há personagens e a época ou tempo onde
se desenvolve a historia.
Há uma sequencia lógica com uma introdução (onde são apresentados os
personagens, o local e a época onde se desenvolve a história), o
desenvolvimento (onde a historia toma forma e atinge momentos de suspense
(clímax)) e a conclusão (onde o desfecho e o destino dos personagens são
conhecidos).
No texto narrativo a fala dos personagens pode ser inserida de duas formas:
Ex.1: - Veja filhinho, tanto automóvel, chega a perder de vista (discurso direto:
uso de travessão para indicar a fala do personagem, o diálogo foi elaborado de
forma direta).

Ex.2: Ele indagou se tinha mil e a mãe afirmou que positivamente tinha mais de
mil, bem uns dez mil. (neste trecho, o diálogo entre os personagens é feito sem
travessão ou dois pontos, ocorre de forma indireta, isto é, foi utilizado o discurso
indireto).

Há diversos textos narrativos, mas onde esta estrutura é mais encontrada são nos
contos, romances, fábulas, etc. Ex.: Branca de Neve.

b) Descritivo: onde o autor dá detalhes de características de personagens, locais,


objetos, emoções, qualidades e circunstancias de forma precisa, muitas vezes
usando os sentidos como olfato, paladar, audição e visão. Ex.: descrever uma
casa, a cor da casa, sua localização, a lembrança de cheiros que tinha nesta casa,
etc., de tal maneira que crie no leitor uma imagem mental dessa casa.

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Ex.: fábulas e textos literários (descrevem características e sentimentos dos
personagens, de forma subjetiva e muitas vezes poética e usando de metáforas e
comparações inclusive), retrato falado, audiodescrição (texto para cegos).

c) Dissertativo-argumentativo: onde o autor defende uma tese ou ponto de vista


sobre determinado assunto, argumentando a favor ou contra, com o objetivo de
tê-la reconhecida e aceita. Um exemplo deste texto é a redação do Enem.

d) Dissertativo-expositivo: onde o autor dá informações, transmite conhecimentos


sobre um fato ou objeto específicos, sem a preocupação de querer convencer o
leitor. Ex.: resumo, texto de divulgação cientifica, artigo de enciclopédia
(Wikipedia): são textos que só dizem o que é aquele assunto, não trazem
nenhuma opinião.

e) Injuntivo: Tem o papel de transmitir ordens, orientações, instruções, conselhos


ao leitor, utilizando-se muitas vezes da forma imperativa com uma linguagem
clara e objetiva. Um exemplo típico é o manual de instruções, que se propõe a
orientar o consumidor quanto ao funcionamento ou instalação de um aparelho.
Outros exemplos: bulas de remédio, receitas culinárias.

Gênero Textual

Gênero textual é outra forma de classificação dos textos quanto ao meio em que se
apresentam e dependem do contexto onde o texto é construído, do objetivo do texto e da
intenção do autor quanto à informação que quer passar ao leitor (situação
comunicativa).

Exemplos de diversos tipos textuais: contos, romances, bula de remédio, e-mail,


etc.

Apresentam uma intenção comunicativa bem definida, bem como estruturas


especificas, porém, bem flexíveis, pois os gêneros textuais evoluem através do tempo.

Exemplo: a carta é um gênero textual que apresenta uma estrutura bem especifica
(cabeçalho com data e local, saudação e despedida), e o e-mail é outro tipo de gênero
textual que também apresenta uma estrutura especifica, mas com a evolução da
tecnologia é possível o autor utilizar-se do e-mail para escrever o gênero carta.

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Linguagem

A linguagem é diferente e é chamada de formal ou informal de acordo com a


situação e o ambiente onde ela é usada; se estamos em uma conversa ou em uma festa
entre amigos ou escrevemos um bilhete para a nossa mãe escrevemos ou falamos de
uma forma mais despreocupada com os erros gramaticais, assim, podemos chamar esta
linguagem de informal.

Porém, se estamos falando em uma palestra ou escrevemos uma redação para


vestibular devemos estar atentos e evitar o máximo possível os erros gramaticais, neste
caso, estaremos usando a linguagem chamada de formal.

Registro da Linguagem

O registro da linguagem pode ser formal ou informal.

O registro formal é dividido em:

a) Erudito (também chamado de hiperculto). Exemplo de registro hiperculto: Fá-lo-


ia se lhe fosse anuído? (usado por grandes acadêmicos ou literatos, bem como
por alguns políticos e advogados. Exige grande elaboração formal).

b) Culto. Exemplo de registro culto: Você faria isso se fosse possível? (é a norma
culta, apenas preocupação de não ter ou evitar ao máximo os erros gramaticais
no texto).

O registro informal é dividido em:

a) Coloquial. Apresenta pequenas incorreções gramaticais. Exemplo: Dá para fazer


isso?
A forma verbal “dá” corresponde à 3ª pessoa do singular do presente do
indicativo do verbo monossilábico “dar” (no infinitivo). Como na pronúncia
dificilmente há a distinção, pois o “r” velar oclusivo final, normalmente, não é
pronunciado em “dar”, é natural que na escrita surja essa dúvida. Na prática,
basta trocar o verbo “dar” por outro verbo, nesse caso, pode-se reescrever esta
frase da seguinte forma: Posso fazer isso?

b) Vulgar ou inculto. Apresenta graves erros gramaticais. Exemplo: Num dá para


mim fazer. Tu pode?

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Há também as linguagens típicas de determinadas regiões do país (regionalismos,
exs.: mexerica, tangerina), bem como a de determinados grupos de pessoas (exs.:
idosos, adolescentes), e de certas categorias profissionais (ex.: advogados).

Linguagem técnica e linguagem artística

Um texto pode misturar os dois tipos de linguagem, mas o melhor critério para
determinar qual é a linguagem do texto é identificar o objetivo e a função da obra.

Características da linguagem artística: poética, estética, com figuras de linguagem


e sentido figurado. Exs.: contos, fábulas, poesias.

Características da linguagem técnica: objetiva, centrada no assunto ou contexto


(referencial). Exs.: jornal, revistas, receitas, manuais, redações.

Há a possibilidade de uso da linguagem artística nas redações, mas sem exageros,


o que prevalece é a linguagem técnica.

Pessoalidade x impessoalidade

A redação deve ser redigida com pronomes e verbos na 3ª pessoa para ter um
caráter impessoal, ou seja, sem a presença do autor no texto. Ex.: ele, aquilo, sua,
perceber, estabelecer, perceber.

Pronomes e verbos na 1ª pessoa caracterizam a pessoalidade, ou seja, há a


presença do autor . Exs.: mim, este, vi, venci, meu.

Na redação deve-se dar sua opinião de forma impessoal e não pessoal, e fato é
diferente de opinião.

Conteúdo

Linguagem Fato Opinião


Impessoal Esta cadeira é branca. Esta cadeira é confortável.
Pessoal Eu sento nesta cadeira quase todos os dias. Eu acho esta cadeira confortável.

Opinião = confortável, é um conceito subjetivo, algumas pessoas podem


considerar a cadeira confortável, outras pessoas não.

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Conhecimento de mundo

Uma pessoa que quer fazer uma boa redação deve ler as ultimas noticias, manter-
se conectado com o mundo que o cerca, refletir sobre o que leu, viu e ouviu na TV,
Internet, jornais, revistas e relacionar tudo isto com as suas experiências de vida e com o
que aprendeu na escola.

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