Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Por meio da Física quântica, foi possível compreender os mecanismos dos decaimentos
radioativos, das emissão e absorção de luz pelos átomos, da produção de raios x, do
efeito fotoelétrico, das propriedades elétricas dos semicondutores etc.
O que acontece no mundo quântico é que as leis da Física não são mais
determinísticas, isto é, não são capazes de predizer exatamente onde algum objeto
encontra-se, ou em qual velocidade: nada aqui é determinístico, as medidas obtidas
de sistemas quânticos são expressas em probabilidades.
Essa tal natureza da Física quântica vem mostrando-se ao longo do tempo como uma
verdadeira incógnita, por muito tempo incompreendida, que acabou levando muitos
físicos a questioná-la, dar-lhe diferentes interpretações ou até mesmo negá-la por
completo. Não obstante, também contribuiu para que diversos mitos e crenças fossem
criados em torno do conceito da Física quântica.
De acordo com essa interpretação, todos os sistemas quânticos têm uma função de
onda que os descreve completamente. Essa função de onda é uma expressão matemática
complexa e virtual (sem realidade própria), da qual é possível extrair toda a
informação desse sistema.
Os resultados obtidos com base nas funções de onda, por sua vez, tratam-se de
probabilidades de que algo seja observado ou de que encontremos um átomo em algum
nível de energia específico. Ainda, podem ser probabilidades de que um átomo
realize uma emissão radioativa, ou de que um nêutron sofra um decaimento,
transformando-se em um nêutron e um elétron. As possibilidades são enormes.
O desafio dos físicos é o de encontrar a função de onda para o sistema, e isso não
é nada fácil — é necessário resolver uma ou mais equações de Schröedinger, essa
equação relaciona as energias cinética e potencial dos sistemas quânticos.
todas as leis da Física clássica que conhecemos (uma vez que, por serem mais
gerais, as leis da mecânica quântica são capazes de derivar das leis que regem o
nosso mundo clássico).
Origem
O surgimento da Física quântica moderna deu-se em 1920, quando o físico alemão Max
Planck logrou explicar o mecanismo da emissão de corpo negro e a sua relação com um
bizarro erro nos cálculos da época, chamado catástrofe ultravioleta.
Acontece que os corpos negros, objetos capazes de absorver toda a radiação que é
direcionada a eles, reemitindo-a em forma de radiação térmica, não a emitiam da
forma como era esperado pela teoria eletromagnética vigente. Para resolver a
situação, Max Planck sugeriu que a energia do campo eletromagnético fosse
quantizada, isto é, subdividida em pequenos pacotes de energia, que, pouco mais
tarde, viriam a ser chamados de fótons — os quanta de energia.
A interpretação dada por Planck à radiação de corpo negro não foi bem aceita (nem
mesmo por ele), entretanto, alguns anos depois, Albert Einstein fez uso do mesmo
argumento e obteve sucesso ao explicar o efeito fotoelétrico.
Em 1905, Einstein publicou uma série de artigos que marcou a data como o “ano
miraculoso da Física”, mas a sua consagração veio pelo seu prêmio Nobel de Física,
por explicar o mecanismo por trás da fotoeletricidade. Einstein havia concluído que
a luz tanto se comporta como partícula, quanto como onda. Esse comportamento ficou
conhecido como a natureza dual da luz.
O motivo por trás do comportamento dual da matéria permaneceu desconhecido até que,
em 1927, Werner Heisenberg enunciou um princípio físico derivado das propriedades
matemáticas da teoria quântica. De acordo com esse princípio, conhecido como o
princípio da incerteza, há pares de variáveis que não podiam ser medidos
simultaneamente com total precisão. A essas variáveis dá-se o nome de variáveis
conjugadas.
Posição e velocidade, por exemplo, são grandezas físicas que não podem ser
determinadas com total precisão no mundo quântico: se soubermos com grande precisão
a velocidade em que um átomo encontra-se, perdemos completamente a precisão em sua
posição, de maneira similar, se conseguíssemos medir a velocidade de um átomo, não
poderíamos dizer qual é a sua posição naquele mesmo instante.
No entanto, é necessário salientar que em nenhum desses casos há relação direta com
os conhecimentos que resultaram da pesquisa em Física quântica. Tratam-se, na
verdade, de uma apropriação indevida, que só se tornou possível graças à ignorância
de uma grande parte da população, quando se trata da Física moderna e
contemporânea.
É verdade também que muitas pessoas acreditam que suas práticas são pautadas nos
fenômenos quânticos, e não é incomum encontrarmos depoimentos de pessoas que se
sentiram melhores ao recorrerem a essas ações. Entretanto, podemos citar razões que
desmentem a eficácia das chamadas práticas quânticas:
Apesar de muito distintos, todos esses anúncios têm algo em comum: são
pseudocientíficos e, em sua maioria, visam lucro. Portanto, em alguns casos, podem
ser chamados de charlatanismo, cujo objetivo é o de agregar valor e confiabilidade
a produtos, serviços ou costumes ordinários em sua essência.
Livros
Se você tem interesse em entender melhor como funciona a Física quântica, mas é
leigo, ou gostaria de consultar fontes confiáveis sobre essa área da Física,
confira alguns livros que podem ajudar-te a compreender melhor o estranho mundo
quântico: