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Usabilidade: O Que É, Conceito e Como Funciona

Usabilidade é um termo muito utilizado para definir o grau de facilidade que as pessoas
tem ao utilizar, por exemplo, ferramentas, sites ou até mesmo produtos. Seu objetivo é
entender se o usuário consegue localizar as funções e compreender como tudo funciona
rapidamente e, caso seja identificado algum problema, os erros são estudados e
corrigidos.
Entra ano, sai ano, tendências surgem, tendências somem e um termo continua em alta:
a usabilidade.
Mas você sabe por que ele nunca sai de moda?
É simples!
Esse campo de estudo toma conta das melhores práticas para atender às necessidades
do usuário.
O usuário, por sua vez, tem hábitos e costumes mutáveis e moldados pelas novas
tecnologias.
Logo, a usabilidade precisa se adaptar.
Estudá-la é o mesmo que compreender o desejo das pessoas e realizar ajustes para
melhor atendê-las em questões de tecnologia.
Se quer saber tudo sobre esse conceito, este texto é para você.
Nele, explico o que é usabilidade, como funciona e ainda mostro exemplos para facilitar a
compreensão.

O que é usabilidade? (Definições)

Usabilidade é o termo utilizado para se referir à facilidade com que os usuários lidam com
uma ferramenta. Em outras palavras, é a maneira com a qual um dispositivo ou
funcionalidade tecnológica é aplicado para o cumprimento de seu objetivo.
A usabilidade abraça as interações entre seres humanos e computadores, simplificando
as atividades para as quais foram criados por meio de noções de ergonomia.
Ou seja, falamos sobre a capacidade de uso da interface de um programa de
computador, aplicativo, website ou outro elemento que aceite comandos diretos de uma
pessoa.
Para que algo seja usável, precisa ser simples e prático.
Afinal, você não quer que o usuário quebre a cabeça para realizar ações teoricamente
descomplicadas.
Ao falarmos em uso de softwares e marketing digital, a dificuldade em aplicar uma função
pode ter consequências desastrosas.
O mau uso do programa, o fechamento da aba do blog, a má impressão da marca…
Pois é, esse tipo de problema é justamente o que você não quer para o seu produto ou
site.
Mas há muito mais por trás do conceito de usabilidade.
Quando você acessa um site na internet, deve saber que, ao clicar no  logotipo localizado
no canto superior direito, será redirecionado à página inicial, não é mesmo?
É exatamente o que acontece, mas nem sempre foi assim.
Essa percepção foi adquirida ao longo do tempo e modificada de acordo com os padrões
de usabilidade na web.
Hoje, esse é o local ideal para inserir um link direto para a home page, mas somente
porque os usuários se acostumaram com essa prática.
Esse é um belo exemplo para entender que, mesmo que você não saiba, se beneficia da
usabilidade todos os dias.
Você já se perguntou o porquê de hesitar toda vez que vê um ícone marcado com a cor
vermelha?
Experiências e convenções.
O mesmo ocorre com um botão em uma rede social, uma ação em uma  loja virtual ou o
envio de uma mensagem em um aplicativo de mensagens.
As cores exercem uma influência direta, mas não se trata apenas delas.
É a usabilidade que visa oferecer a melhor e a mais rápida experiência possível.
Para isso, faz uso de componentes como intuição, memorização, aprendizado
e experiência do usuário, hoje um conceito tão em alta.
E vale dizer ainda que ela sempre tem como objetivo fazer com que esse usuário realize
a tarefa desejada, sem precisar pensar ou testar muitas vezes.

Como e onde é aplicado o conceito de usabilidade?

Se você utilizar o termo “usabilidade” em seu caráter natural, poderá aplicá-lo em


qualquer área.
Vou dar um exemplo bem básico para que entenda isso melhor.
Quando você compra um liquidificador, precisa que ele seja fácil de usar.
Por conta disso, sua função mais básica (triturar) é acionada por meio de um grande
botão redondo ao centro do aparelho.
Por outro lado, funções extras como auto-limpeza e picar, têm botões laterais menores.
Ao mesmo tempo, os números 1, 2 e 3 indicam velocidades de giro cada vez maiores da
hélice.
Você provavelmente não precisaria ler o manual para saber de cada uma dessas
informações, não é mesmo?
Isso porque é aplicado o conceito da usabilidade em basicamente tudo, incluindo
brinquedos, livros ou roupas.
Entretanto, esse termo ganhou muita força no ambiente tecnológico.
Por causa disso, é aplicado toda vez que você precisa interagir com uma interface digital.
Isso ocorre em softwares, em sites, em aplicativos, em videogames e em outros tipos de
ferramentas e dispositivos.
Ou seja, tem a função de fazer com que uma pessoa manuseie e interaja facilmente com
qualquer ligação entre sistemas.

A importância da usabilidade no desenvolvimento de projetos

Quando alguém desenvolve um projeto, o faz esperando que ele seja aplicado por outras
pessoas.
No entanto, há uma relação desproporcional aí: enquanto o grupo de desenvolvedores é
pequeno, o público pode abranger milhões de pessoas.
Cada uma delas pode ter um nível de dificuldade diferente na aplicação, o que exige que
mesmo o maior deles seja atendido pelo projeto.
Portanto, para que haja uma boa aderência, é necessário que seja fácil de usar e
funcional, concorda?
O usuário não pode dispor de horas de treinamento ou estudo apenas para compreender
os principais recursos do projeto.
Quanto mais rápido o aprendizado, melhor será sua experiência.
E, caso a interface utilize experiências gerais de consumidores com a interface para
melhorar as interações, ótimo.
Vamos pegar como exemplo uma das empresas que mais crescem no Brasil, a fintech
Nubank.
Um dos grandes diferenciais do banco é justamente a facilidade nas operações e
usabilidade do aplicativo.
Geralmente qualquer ação é realizada com, no máximo, três toques.
Além disso, são realizados updates regulares.
Para isso, a organização recolhe dados de usabilidade, levando em consideração
o comportamento do consumidor na plataforma e pesquisas de mercado realizadas com
frequência.
Isso assegura que os usuários vão ficar satisfeitos com o serviço e serve como estratégia
de fidelização.
Interessante, não é mesmo?

Benefícios da usabilidade

Até agora eu falei bastante sobre os conceitos básicos da usabilidade e sua importância.
No entanto, é possível que algumas dúvidas permaneçam em sua mente.
Por exemplo, quais vantagens você terá ao aplicá-la em suas  estratégias de marketing ou
no desenvolvimento de produtos?
É sobre elas que vou falar agora.
Vamos conhecer os principais benefícios da usabilidade em quaisquer modelos de
projeto.
Facilidade de aprendizado
Para que um sistema seja utilizável, as pessoas precisam ser capazes de aprender a
manipulá-lo com facilidade.
Isso significa que deve ser intuitivo, prático e exigir o menor número possível de
interações para a realização do objetivo.
Por exemplo, se o seu negócio é um software de gestão financeira que facilita a emissão
de notas fiscais, essa ação deve ser realizada em poucos cliques.
Isso não significa que todas as outras atividades não necessitem de clareza.
Muito pelo contrário, pois a usabilidade facilita qualquer que seja o objetivo de quem a
utiliza.
Em outras palavras, você não deve depender da experimentação para que o usuário
entenda como interagir com a plataforma.

Facilidade de memorização
Depois do impacto do primeiro uso, o usuário deve lembrar facilmente como utilizar a
interface do produto.
Ou seja, mesmo que ele retorne após algum tempo, sua navegação deve ser guiada
pelas experiências do passado.
Um bom exemplo de uma aplicação cuja memorização é facilitada é a Netflix.
Muitas pessoas ficam meses sem acessá-la, mas conseguem facilmente navegar e
encontrar filmes e séries por conta de suas memórias e do design intuitivo.

Educação gradual do usuário


Você sabia que uma plataforma como o Facebook recebe atualizações diárias?
Pode parecer complexo, mas é absolutamente necessário.
Se observamos uma versão da rede social há dois anos e compará-la com a atual,
provavelmente, teríamos bastante dificuldade em utilizá-la.
Com isso, quero dizer que a usabilidade também educa o usuário, mostrando a ele
caminhos mais fáceis para realizar seus objetivos.
No entanto, as mudanças devem ser graduais.
Ao modificar completamente a interface de um item, há grandes chances de causar
estranheza e até rejeição.

Baixa taxa de erros


Eu já citei algumas vezes que a grande razão pela qual devemos aplicar a usabilidade é
a melhoria da experiência do usuário.
Isso quer dizer, obviamente, que as funcionalidades da sua ferramenta devem conter
uma baixa taxa de erros.
Links quebrados, funções defeituosas e crashs são muito comuns em dispositivos
tecnológicos.
Comuns, mas não aceitáveis.
Uma boa maneira de identificar para eliminar é por meio da monitoração do
comportamento do usuário.
Se uma grande quantidade de pessoas abandona o sistema em uma determinada página,
por exemplo, há grande chances de existir algum problema por lá.

Navegação
Embora sejam vistos como elementos separados, a navegação e a usabilidade são
interdependentes.
Em um website, por exemplo, o usuário deve ter sua navegação facilitada pela  estrutura
das informações.
Menus, links e páginas se comunicam e permitem a fluidez na caminhada do internauta.
A pessoa deve chegar ao seu objetivo em poucos cliques e sem precisar forçar a vista
para encontrar os botões corretos.
Lembre-se disso e o usuário agradecerá.

Simplicidade
Acredite, houve um tempo em que os mecanismos de buscas tinham mil e uma funções,
todas elas agregadas em menus verticais.
Ao passar o mouse sobre eles, novas opções eram abertas.
Era simplesmente um caos, embora não parecesse na época, por razões de costume.
Hoje em dia, por mais versátil que seja a sua ferramenta, ela deve ser simples.
O exemplo mais clássico disso é quando você acessa o Google.
Na página inicial, há uma única caixa para que seja realizada a pesquisa, principal
funcionalidade da plataforma.
Opções mais avançadas estão à distância de um clique, mas dispostas de maneira
amigável.

Tempo de carregamento
Quando falamos em usabilidade, não há como ignorar o tempo de carregamento de uma
página.
Afinal, o usuário está a apenas um clique de distância da saída.
Para mantê-lo satisfeito, suas páginas devem carregar instantaneamente, mesmo em
conexões remotas.
Para isso, vale a pena investir em menores quantidades de elementos e componentes
leve para compor sites e ferramentas.

Qualidade do conteúdo
Apesar de geralmente ser atribuída a fatores técnicos, a qualidade do conteúdo também
está relacionada à usabilidade.
Em estratégias de marketing de conteúdo e SEO, por exemplo, é responsabilidade do
texto (ou de qualquer outro formato) reter o usuário e mantê-lo atento à leitura.
Isso vale do início ao fim do conteúdo, vale dizer.
Essas ações são responsáveis por aprofundar o usuário no  funil de vendas e melhorar o
ranqueamento de páginas de resultados do Google.
Isso porque o conteúdo precisa ser útil para ser considerado valioso, concorda?

Técnicas de usabilidade para você testar

Depois de tudo o que vimos até aqui, é chegado o momento de conhecer alguns testes
para medir a usabilidade de suas ferramentas.
Separei duas técnicas que você precisa utilizar.

Testes de usabilidade e avaliações de Ergonomia


Nesse formato de teste, é selecionada uma amostragem significativa de usuários para
representar uma parcela dos internautas.
Funciona mais ou menos como em uma pesquisa de mercado, mas observando as ações
realizadas quando em contato com o produto.
Assim, são coletados dados que serão posteriormente analisados.
Dizem respeito a pontos como:
 Percurso
 Tomada de decisão
 Relação entre pessoas e sistemas
 Padrões
 Inspeção de checklists
 Reconhecimento
 Navegação
 Entrevistas e questionários.
Com base nas informações recolhidas, são realizados ajustes e melhorias no sistema.

Avaliação heurística de usabilidade


A avaliação heurística de usabilidade leva em consideração os pontos comuns realizados
por uma série de pessoas ao interagir com uma ferramenta.
Esse é considerado o método mais barato e rápido para encontrar falhas e oportunidades
em um sistema.
Em 1990, Rolf Molich e Jakob Nielsen desenvolveram diretrizes para a verificação da
usabilidade de plataformas.
São elas:
 Visibilidade do status do sistema:
 Correspondência entre o sistema e o mundo real
 Controle do usuário e liberdade
 Consistência e padrões
 Prevenção de erros
 Reconhecimento em vez de lembrança
 Flexibilidade e eficiência de uso
 Design estético e minimalista
 Auxílio ao reconhecimento, diagnóstico e recuperação de erros
 Documentação.
Ao averiguar o comportamento geral dos pesquisados diante de tais itens, é possível
tomar medidas que facilitam a utilização do sistema.
Qual a relação entre usabilidade, acessibilidade e UX?

Existe uma relação inegável entre a usabilidade, a acessibilidade e a experiência do


usuário (UX).
Muitas pessoas, inclusive, confundem esses termos e acabam empregando da maneira
errada.
Por isso, vamos saber exatamente qual é a ligação entre eles.
Como dito, a usabilidade se refere à facilidade de usar o sistema.
Ou seja, à simplicidade de interações com um elemento tecnológico e suas
funcionalidades.
Já a acessibilidade diz respeito ao acesso.
Isso quer dizer que as funções devem ser realizadas perfeitamente para diferentes
condições do usuário.
Por exemplo, alguém que acesse as páginas de um site via um computador de mesa
deve ter a mesma experiência que aquele que o faz via tablet, smartphone ou notebook.
O mesmo vale para diferentes velocidades de conexões.
Nesse ponto, também entram as tecnologias inclusivas, voltadas a pessoas surdas e
cegas, por exemplo.
Já a experiência do usuário abraça todas as questões relativas ao usuário.
Isso quer dizer que inclui a usabilidade e a acessibilidade, mas também outros itens
como:
 Design
 Arquitetura da informação
 Interações
 Funcionalidade
 Rastreabilidade
 Tipografia
 Conteúdo
 E qualquer outro elemento que influencie na jornada do usuário.

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