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GRACILIANO RAMOS FICGAO AUTOBIOGRAFICA... (--] nao sou Paulo Honério, ndo sou Luiz da Silva, nndo sou Fabiano. Apenas fiz 0 que pude por exibi-tos, sem deformé-los, narrando, talvez, com excessivos Pormenores, a desgraca irremedidvel que os acoita. E Possivel que eu tenha semelhanca com eles e que haja, utilizando os recursos duma arte capenga adquirida em Palmeira dos Indios, conseguido animd-los. Admi- famos que artistas mais hdbeis ndo pudessem apresen- tar direito essas personagens, que, estacionando em degraus vérios da sociedade, tém de comum o sofri- mento. Neste caso aqui me reduzo & condi¢ao de apa- retho registrador [..] GRACILIANO RAMos* Em “Alguns Tipos sem’ Importancia”, apés relatar © processo de criacdo de seus personagens, Graciliano Ramos conclui: Todos os meus tipos foram constituidos por observagdes apanhadas agui ea ee Tante muitos anos. E 0 que penso, mas talvez me engane. E possivel que eles nao se} i ionério ¢ a Sendo pedagos de mim mesmo ¢ que o vagabundo, o coronel assassino, o funci cadela nao existam!, a is asta I, Arquivo * Discurso de 24 de outubro de 1942 (inédito): Manuscritos autdgrafos, Discurso, pi i ilo. Graciliano Ramos do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de Sao Paul 1. Ramos, Linhas Tortas, p. 199. cours escos Posteriormente, indagado por Homero Senna sobre 0 carster auto. biogréfico de sua obra de ficgio, Graciliano declara: oe ne See Ea nn ereienrsans A reversibildade das relagBes entre 0 autobiogratico © 0 fieciona, em Graciliano Ramos, revela-se pela possibilidade declarada da presenga implicta de elementos autobiogréficos nos seus textos que se especificam pela efetivacio expicita do pacto romanesco. Esta constatagio nada mais seria do que a parifrase ou 0 endassoirrestrito da palavra autoral, se nio conduzisse ao levantamento das questdes que ela suscita, Entre estas, des. taca-se, iniialmente, o problema da homologia entre o modelo e sua resentagio terri, entre 0 sujeito empirico Graciliano Ramos ¢ os vé- ios personagens em que se vé desdobrado em scus textos. A confessa sultplicidade de papéis assumidos pelo autor na cena ficcional seria cor relata A dversidade do sujeito empirico que nio se eré uno inteiro, Po. der-se-a supor uma homologia perfeita que, apesar dos disfarces utiliza. dos na representacéo, autorizaia o estabelecimento de correspondéncias ais ou menos dretas,facilmente comproviveis através de procedimentos de veifcagio. Se se atenta nas expressdes “procederia” e “se fosse” no segundo trecho citado, torna-se evidente que seus personagens nio so meros re. flexos “fingidos” que representam com maior ou menor nitidez, depen. endo do grau de “fingimento”, a variada personalidade do autor. Eles so, na verdade, projegdes imagindrias dessa mesma personalidade , co. ‘io sujeitos necessariamente & verificagéo empirica para melhor compreensio do seu funcionamento no texto, © aleance do problema nio se mede ou se resolve pela tentatva de descobrir ¢/ou comprovar quais os “fatos”textuais que corresponderiam, nas obras fisionsis, aos fatos empiricos da vida de Graciliano, Importa, Sace aber como este vai descornando, ou melhor, eonstuindo paula amente sua face no espelho do teato. O aspecto experimental dos ses canunces, jf focalizado magistralmente sob outro angulo por Otto Maria Carpeaw, deve-se& dindmica desse processo ¢ 4 ‘or iar em cada um eles um retratodefitivo de 5 la etapa vencida dessa trajet6ria abre ag thos na busca de (autoeonheriment: “Dupe ine imprevistos cami- “Tulgo impossivel em trabalho de 2 “Revo o Modes’ Sang, aia pote els prince Repti dt Leva: 29 Emre com Ess, p28. 2 "Vio de Graclane Ramon, ew: Read Gt, Rode an, 1 det 9 © Capen Ongena. 39.81, NN” Fido 0 eseritor prever todas as minidéncias. Um elemento inesperado pode entrar na aso, incorporar-se,levaro autor algares qe le ea biografia ou da “feglo a confissio", mesmo assim, a face tio intone radicalmente procurada nio se delinca ese mostra tm definitive nan at contrério, exacerba-se ainda mais a impossibilidade dessa defnigie song ‘em Memérias do Cércere, Coincidéncia do sujeito consigo mesmo ¢ da im- lade incrente a linguagem de efetuar sem frau = passagem do eu empirico ao ew textual, indtl tentar colocar em face imagens em constante deslocamento, por natureza méveis. Se a represen. tagio literdria especifica-se pelo primado da elaboracio lingiistica ~ no confundivel com ornamento estilstco, principalmente no caso de Gract iano ~ tal elaboragéo opera um deslocamento que faz da literatura uma ‘outra coisa, diversa do referente primeiro, do dado empitico, figurado. Tanto a fidelidade na configuragio do mundo extratextual, em se tratando das obras romanescas, quanto a sinceridade na reconsttuigio da experiéncia vivida, no tocante as obras de cunho acentuadamente autobio- [rifico, estdo sujeitas, antes de mais nada, a linguagem. O texto postula-se se efetiva como diferenca e nio como repetig. No fragmento “Vero”, de Infancia, torna-se evidente como, para 0 autor, nio interessa o mero registro ou transposigio fotogréfica da reali- dade externa (no caso, a paisagem fisica), mas a sua (te)construgio através dos mecanismos conjugados da imaginagio ¢ da memoria: aturas disjungbes a entio trans- esse antigo verto que me alterou vide restam igeirottragne apenas. nem dls posto afimar que efetvamente me recorde,O hibito me lev cra um ambient, nag ‘ar fatos a que aribuo realidad |] Certarcoias etm por drag east, = etem-e mpoem-s e,em lta de forma, tomam const, gana ae. © elemento catalisador ¢ a la, que direciona e organiza 0s ragos ue compdem um novo quadro,distante da transparéncia referencal edi verso daquele pré-determinado por certa tradigdo literéria, Nesta, a foca~ lizagio do “vero nordestino”, por exemplo, nfo poderia prescindir de de~ {erminados parimetros descritivos, como os “ramos pretos”€ as “cacim- bas varias”, sob pena de o texto resulta incompleto. Se o vero de Gra Tiano € “incompleto”*, € porque seu texto funciona, na feliz expressio de 4 Ramos op. tp 16 5: CL Cana, Pio Cota Ramen nn 2. 1: Adem den 1 tem dom. Flora Sissekind, a respito de Sdo Bemardo, como “faca antoluda, como aoe Sp modelo romanesco dominante[..] um corte critico ma pripria estética naturalista™. Em outro fragmento de Infancia, “Manha”, a importincia predomi. rnante do trabalho com alinguagem revela-se de mancira iluminadora. Ne Ie Gracino detémrse na slitra tarefa do avb paterno de confeccionar trupemas e dentcando-se com cle, revela que trangar urupemas ¢ tra far letras 00 papel so aividadesanslogas. Em ambas prevaece of: fidaartesanal, paciente ¢ obsessiva, seja com as fibras,seja com as pala sas; amb sio tidas pelos executores como atividades “desinteressadas, Uhcas& fungdoutlitéria que porventura possam ter; e,finalmente, ambas hig vsam a reteragio de modelos anteriores, mas sio 0 meio particular de expressio de uma necessidade imperiosa, que € também c sobretudo rnecestidade de depuragio dos recursos utilizados ~ “{..] procurou os seus faminhos e executou urupemas fortes, seguras. Provavelmente nao gosta vam delas: preferiiam vé-las tradicionais e corriqueiras,enfeitadas e fri eis ‘Com as fibras da regido o av6 constréi suas urupemas; com a fala regional 0 neto-escritor constréi sua linguagem. Nio se trata, evident: mente, de transriglolinghistica, mas de transcriagdo. O uso de um mini ‘mo de recursos para aleangar uma méxima expressvidade parte da reels boragio do cologuial sertanejo, que conserva expressées portuguesas do século XVI, arcaizadas em Portugal, mas de uso comum no sertio nordes tino". A oposigdo & retrca e & grandiloglénca lterdrias efetiva-se, por tanto, na opgfo pela oraldade e pelo popular, que ndo se confunde com populism. [Nem reprodusio lingUistica, nem reprodugio da realidade regional Para Graciliano, a “observagio dos fatos que devem contribuir para a {ormagio da obra de arte” e o estudo das coisas nacionais “de baixo para ‘ima no supdem que se reduza a literatura ao pinturesco ¢ a0 docu mental, como acontece com grande parte dos autores do decénio de 30. Em virtude disso, € cabivel estender a toda a obra de Graciliano © que ‘Antonio Candido afirma a respeito de Sido Bemardo: a inesxisténcia da Aescrigio, no sentido romintco e naturalista do termo, ¢ a incorporagio 4 paisagem a0 ritmo psicol6gico da narrativa $StacindPl Bt Qa? Una lp a inde: © Nae 1 1 Ros ep 2 — ina 1 Ram i ap. 3 Gt Cn Pa eta. 25 Tome ca ¢ dene ona os oe ‘Seuss ite “eonlo de Gran te ent Cae ete, ba ‘oe equ a vse so Ca Nin tases wo ab, ee Sue reals a convenconaded eos tha Alem dass s mets Se eee ee ae (0 Eu Denso A legibilidade 6 0 pressuposto maior do poeta textual de Paulo Honério. Nao afeito ao trato lteririo com a linguagem, ele se vé na con tingéncia de langar mio da dvisio do trabalho, que 6, principalment,d visdo de saber, no tocante a seu intento. Assim, Padre Silvestre ficaria com wy parte moral e as ctagbes latinas"; Joio Nogueira com “a pontuago, 2 cortografiae a sintaxc”; Arquimedes com “a composigio tipogréfica"; Go ddim com a “composigao litréra; ¢ ele, Paulo Hon6rio, “introduiia na historia rudimentos de agriultura © pecuéria” e poria seu “nome na ca ‘a, Desse modo, ficariam asseguradas e garanida a veraidade do nar Fado, a autoridade do seu dizer ¢ a legibiidade da informagio a ser ‘ransmitida, mediante a efetivagio de um pacto referencial de letra. ‘0 inicio do livro projetado, que se dé no capitulo 3 ~ “Comeso de clarando [.J" ~ coincide com a confissio de Paulo Honério ds incerta do seu nascimento, da sua origem: mero de anos asim pono € a data Slo Feo mrendonisadoteet port ‘eatho no livro de assentamentos de batizados ds fr- so convenctonaltadot-or poraue ‘8 [us Pano a etd, que mensions padiahon at nfo mension pine mie ‘A exigéncia de sinceridade ¢ objetvidade™ constringe Paulo Hon} rio a mencionar uma certdéo que néo certifia ¢ que iastaura a divide © ‘manifesta uma falta. Ambas, divida e falta, sioiusoriamentecompensa- retin wm Nv’ «°A Conti vt ur opi eS Bon, © Sarena” e Grin. CL Nese ‘Gracin, Pdeae ve abe cao op ‘Sonpoesc ear nine debs oe Oman (te Lin “Homenagem + Gane Rao 1. ldo : - 1 Pepe amb des oa oe nn gw Pa oil nds ler de cre: "nn gore ho eta orgs seed pond compat” Ramon co? up st eran ue he poi spon ne 2 Sdentemente insatisfatora, a que o problema per Ae uma identidade, de uma ego oclemento props! mas elvan J su exo er my semelante, a asencia da patra le assen seats ore ts SN fo in 28, alowan: "os fits mals insinfcantesfavultam] em demasit 1. Rann op, 2 Bena" Ral ¢ Mato 2, eran Senate ee Pere Se Rete Pc Cone 2 3 tepaaP ada” e pelo “veneno” do vocabulirio de Madalena® sal © esforgo “realista” de Paulo HonGro chocase contra a dferenga no seu mundo, enti confundido ireversvelmente aque Madalena insta anfre o ser € 0 parccer. O cide e a vida reforgam o medo que Paulo Fronorio tem do desejo: medo de desagregacio psiquica, em razio do des Teetramento do sujeto dividido numa muliplicdade de paptis sem I gades. A unidade e a coeréncia de Paulo Hon6rio, mani aaife © que deveriam ser retratadas na narrativa, so subvertidas pela retpatinuidade e pelo ilogcismo de imagens incompatics ¢rebelds a todo ajustamento ao entregar-se a0 ato de eserever que Paulo Honbrio dscortina seu malogro, sendo capaz de perceber a pecariedade (i)definidora do SG O teu desejo de discurso€ desejo do Outro, como cootapat in povscindiel para a safda do enclausurament e da solidi e como fator reeecsirio para que o sujeto possa verdadciramente constiuirse. Nio ver cajelt definitive uno para sempre, mas sim o que reconhece na falta MTpossbiidade de constiuigSo da identidade. Da, o (e)encontro com Madalena, 0 reconhecimento ea acitagio do seu discurso. Esse process, contudo, 6 levado a eeito apenas durante o desenro tar do ive, que pacieate ¢ implacavelmente vai sendo construdo. A ho mmologia mundo-linguagem defendida anteriormente cede lugar & const agio da facia da representagio, evidenciandoo caster fantasmético da tcurita de Paulo Honbrio: a recuperagéo de Madalena di-se somente no tmundo das palavras, no mundo de papel que €o lito esobrexém 0 re- torso a cpa: “Madalena entrou aqui cheia de bons seatimentos¢ bons propésitos. Os sentimentos eos propbsitosexbararam com x ish bru: {aldade e-0 meu egoismo™, O conhicimento significative, e doravantev- {al proporcionado pela esrita, tornainsigificante a manutenio dos tema de valores antes endossado por Paulo Honério, Neshuma tenatva dd socrguimento da arvuinada Séo Bernardo € fia. Paulo HonGriodesn- teressa-se até mesmo pela adaptagio A nova ordem poltico-soil e#ape- lecida pela Revolugio de 30, suilmente focalzada por cle nose to. Esta, por scr apenas uma mudanga no interior dos stores dominantes permit a manutengio do poder de Paulo Honério, bastando pars tan dima reacomodagio de seus interesses anteriores, tormados elevates £% Virtue do roves sofiid pea sua visdo-de-mundo apts a acctasio (a3) de tudo que Madalena significa. 25 aon p18 26 dom p20. everiam compor a figura irretocdvel do antig (0s fortes tapos gue atigo it or des deters de omens, esarene, poly an ta pena € um objeto pesado. Nao estou acostu peso” da escrta ~ “est A —- presente 0 narrador logo no inicio da compo Eu Esilocado ‘Recapitla,relembrar, refazer em suma o itnerério vivencial per coidoaprorima 3 primeira vista, Sd0 Bemardo e Angista. Em Sao Ber vam, a Fememoragio de crucais eventos pretértos pretende realiza-se 4s acordo com um projeto de antemo deliado, embora no decurso da Cscrta, em vtude de inevtéveistransformagies, 0 projeto no se cumpra omo almejado pelo narrador, em Angistia nio se registra, da parte do tarrador, nem mesmo um esbogo de projet. Retomando reflexdes teér fas anteriores, pode-se dizer que o texto de Paulo Hon6rio se consti por tages mas aentuados de Indole autobiogréfica, 20 passo que 0 texto fe Las da Siva se especiia por certs procedimentos tipicos do auto-e trato tal como oentende M. Beaujour, embrando-se que em ambos os ca- $0s tratase de personagens, construgs Ficionas, e no de individuos de existéciacomprovada ou de merosreflexos do autor. ‘A eserita de Luis da Si, ao contririo da de Paulo Hon6ri, cara tevizase pelo transbordamento pelo exeesso: aeimulo e superposisio de dmagens ¢ figuras desconexs, justapsigio-especular-de-micronartativas ‘ero bela de clement andogos. A eronologia ea incriade $s Sas em for da sabes forma, que desaicua&fapmenta remedinvelmenieo lio em proceso de realizagio,o que 0 torna mais stant da “simpidade-e arena, postlaas por Graciiano para 9 texto terfrio. Daj, a rejeigéo do autor e de grande parte da crt ae é de grande parte da ertica | Anti Amargatdee dono, 0 count da bra de Gracin & io de 30, como bem mostrou Lica Helena Carvalho” 2 Stren gua cP, Ree 3 home rain Rte er Line dead Narr Sh ers. 2% CL Carl toned Nore: Una a Ipc de Rein de Crln Roma. 223 istia, no se tem a mera reprodusio narrativa de eventos poderia resumir-se aos antecedentes surge como o elemento deflagra yem as contradigBes in Em An desencadeados pela retrospecgao que (ao desfecho do crime perpettado. Este dor do processo esertural, porque para cle converg onfiguragio tenta-se enc jo excesso de lin iissoliveis de um ev estilhagado, cu ido eu € ento preenchida de modo vicar ‘como uma tentativa de individua de que viajo para muito iginagio confundemst guagem, desde 0 into Vltarel munca"™. Vida" eserta, realidade © vol gntinuidade indiferenciada - “Dificlmente poderis distinguit aa ade da Roga0"™ ~, que se reflete na impossibilidade de demareagio clara ¢ precisa das fronteiras temporas. "A evocayio do crime cometido contra Julido Tavares nlo se reduz a0 pertado imedistamente anterior a sua ralizago, mas ampli-se pelo Seedque de um segmento pretérito bem mais remoto, o da infinca do Strsunagem-nartador. A dificuldade deste em distinguir com nitides am Pena rcursos temporais focalizados - a rememoragio de um evento vnc pronimo desdobrando-se na de um mais distant e vice-versa ~ 6 re orgada pela vigéncia de um terceiro plano temporal que se caracteriza por prospecgdes e retrospeccdes imaginsrias, “fa Tudo aparece, petab, “empastado”, “confuso"™®, o que acentua ainda mais o deslocamen fo de Luts da Silva, incapaz até mesmo de perccber exatamente sua local Socio espacial, pois a certa altura cle se indaga: “Estarei a porta ou j6 te Ter chegado a repartisao? Em que ponto do trajeto me acho? Nio tenho Consciéncia dos movimentos, sinto-me leve™, para depois concur: “Esté claro que todo o desarranjo é interior ™. Por outro lado, a distribuigo dos espagos na narrativa€ importante enquanto desveladora dos mecanismos da produgao Teva, Tazendo res: Sallar a especificidade da posigdo do narrador. A contgtidade das casas de Marina c Luis da Silva permite que ele se cologue num posto de obser- ‘vagdo privilegiado: Marina pode ser vista ov, quando aio vista, seus mo~ Vimentos podem ser imaginariamente visualizados. A clareza da visio do personagem-narrador ~ vidvel em virtude do espago por ele ocupado = & Sifeultada, no momento da escrta, seja pela nebulosidade literal ¢ n tafbrica provocada pela “chuvinha renitente” e pela “ncblina pegajosa’™ vistas da jancla,seja pela incapacidade do seu olhar foxar-se no que tem \ io as coisas, no sei para que diaby ‘Nunca presto atenct . sine 5 aor aba por dbrar sabe si mesmo, deny eran i tri Se dita /sproxinai dy ae est ao /epulso ae el Sn pov Nay iad crewman er smulancomente mata aay dae gr cas Apts natar 0 Glos weber sey m9 7 PHOE SY wy, anf em e801 19 pee erga ‘wet "Td hans nnay acta sp wqo 172 puny v9 DENY. 10 wren poms Be eco” “yes ones 2 euendo wes pan toe ab We oun any same eT ost deer MS RY 5 own een ed -y ‘ounype1D 9p seasoUEWIOS Se3q0 Sep “oupLen s9ef oweabud ‘onfuy Soqu nowahr sesovos se youespayeat ome wa ee “oxy owo> sopep of8 2nb sono 2 cagp:Boxoin ome snie Sede Spy oon tn ae seanN earn e apoyo ne seis cnn coupes: tn mused amor ee eet .sudoid wf 2 od no waa apron oy ae 1g x0 een OF 1 Te eG ee ep arcmin ob poco « weyers ees ee Tapluape i opens tomer sune nantes es Zvppounr owocuoqcam op wo|s0m poten sareamiade Sk es Terk el cpepeopenet, op eonpesy opiutoeseeascr coe 2 ery oueo TPTPUMITCad FE 9p qued v panel at pCi ote opbeossid sp O12), 09 DUD papepopedsa eres ‘Tusa oq orb o “Cnqendtzon 00) eayonere) ney onan # ise awtqeodosl uednooad os arr omen op ease oe poe ‘9 e201 2 oUpn on tmabes nen op owen finer 'npugl ap anypee os ee upnucs ce SORA EN EA apa OF yr owoo 9 aud op [eiamen stony sed ops ‘pespap ss © onydes op Sng © EHP Ons net fg 2aqo 3 a 1N9fsT x20 Op Std 2 25g APMP Tend ope suspuau 9p ous eperopmec 9 saps Hea NF cane sten saluos sod "one an ope tp Op 2 9089 3 ‘rap opow ap “indy seesuo wan 2 ed 270 07 ORT tangy ap od sau [palnaut 9 U0 OUEBEA -OPOw, 8 WF un sot ap ofS opeap fo a9 wei Be egD onb [21 opour 9p eajig ep sin] 2 ouOUORY ofneg ‘OURTeA over FewRoxdE Foo, esoutwcs op epn 2 sudeuotnd Hop EU € 28 Om 1 oa openyseuneed ¢ epson na a pad abo N32 ts mypiongene feof ey ep smal 0 ago! 2 AL Gunga ap ty ep pda een sewopend 22H Om? eso mst 05310 -orroa® aD ‘re ) 9p o>saurwos ossasiun op 246 in.5B22G spi 2 nysySuy ap Susseu0stad Sop SOHN 3 "paint ‘saaurwos snas sop sanyo se separ a5enD 2-H &P Soupwiapy 9 exoungyy ap oxSeanand, © s9de anb opuerE=P

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