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TÍTULO: QUÍMICA FORENSE: MANCHAS DE SANGUE

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

SUBÁREA: QUÍMICA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE CAMPO LIMPO PAULISTA

AUTOR(ES): MANOELA GUTIERREZ

ORIENTADOR(ES): MARIA DO CARMO SANTOS GUEDES


1. RESUMO
As manchas de sangue são evidências que estão presentes em diversos casos de
cenas de crimes e são de extrema importância para a elucidação dos processos
criminais. Quando se encontram essas manchas ou existe a suspeita de sangue no
local, os peritos realizam os chamados testes de presunção, que devem ser
sensíveis e precisos para detectar a presença do material procurado mesmo depois
de algum tempo da ocorrência do fato e em condições adversas de conservação.
Entre estes destacam-se o reagente de Kastle-Meyer, a tetrametilbenzidina e o
luminol. O presente estudo buscou abordar as principais técnicas destacando sua
eficácia e sensibilidade no processo para auxiliar na elucidação dos crimes.

Palavras-chave: Manchas de sangue, testes de presunção, reagente de Kestle-


Meyer, Benzidina, Luminol, Quimiluminescência.

2. INTRODUÇÃO
A partir do sangue é possível encontrar informações essenciais para o
processo de investigação policial como o volume do sangue comparado ao ferimento
e identificação do indivíduo, pode revelar, por exemplo, o DNA dos envolvidos e a
análise do padrão das manchas de sangue, o local da agressão e as características
do agressor tais como altura, força, posição dos envolvidos, entre outros fatores. O
suspeito também pode produzir evidências contaminadas pelo sangue, como
impressões do tipo digitais, palmares e plantares, além do solado de calçados e,
mesmo que intencionalmente ocultado, as manchas de sangue podem ser
visualizadas permitindo a determinação da alteração da cena de crime que pode
qualificar a conduta do criminoso.
A análise de sangue é dividida em três etapas: teste preliminar, definitivo e
análise de impressões. Na identificação preliminar são utilizados reagentes que
sofrem um processo de oxidação química na presença de sangue a partir da
modificação da sua estrutura, gerando uma cor visível. Esta reação ocorre por ser
catalisada pelo grupo heme das hemácias devido a sua propriedade oxidante
semelhante às enzimas peroxidases. Dentro deste grupo também estão os
reagentes utilizados para identificar sangue latente. Dentre as técnicas possíveis de
manchas de sangue destacam-se três importantes análises: Reagente de Kastle-
Meyer, abordado nesse trabalho, além do reagente de benzidina e luminol
(OLIVEIRA, 2006).

3. OBJETIVOS

O presente estudo tem como objetivos:


a. Estudar os aspectos químicos do fenômeno da quimiluminescência do luminol e
seu emprego na criminalística forense;
b. Validar um experimento para comprovar a eficiência da técnica de Kastle-Meyer.

4. METODOLOGIA
A metodologia de pesquisa adotada para o desenvolvimento do trabalho
consiste em uma revisão bibliográfica através de artigos científicos de periódicos
nacionais e internacionais, e livros técnicos e didáticos da área de química forense.
O estudo também envolverá um experimento em laboratório para medida qualitativa
das reações abordadas.

5. DESENVOLVIMENTO
A Química forense é a ciência que utiliza-se de conhecimentos de química
nos problemas da natureza forense, ocupando-se de investigações especializadas
para atender aspectos de interesse judiciário O químico forense trabalha com
policiais civis e federais, para solucionarem os crimes, estando a seu cargo as
análises.

5.1 Análises das Manchas de Sangue


Os testes de presunção são utilizados como primeira análise do sangue,
empregados para pré-classificar se as marcas encontradas são realmente
sanguíneas, não devendo ser testes destrutivos, ou seja, não podem influenciar nos
resultados dos testes posteriores e devem ter grande sensibilidade para identificar
manchas que não são visíveis a olho nu (FERRARI JÚNIOR ; RAMOS, 2012).
Os principais testes realizados são os Kastle-Meyer, Benzidina e Luminol.

6. RESULTADOS PRELIMINARES
2
O teste foi positivo, com o aparecimento da cor rosa avermelhada indicando a
eficácia do reagente de Kastle-Meyer para a detecção de sangue, conforme ilustrado
na Figura 1.

Figura 1 – Corte da carne crua e resultado positivo para o teste.

7. FONTES CONSULTADAS
ALMEIDA, J. P. Influência dos testes de triagem para detecção de sangue nos
exames imunológicos e de genética forense. 2009. 49f. Dissertação (mestrado).
Faculdade de Biociências, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, 2009.
ATKINS & JONES. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio
ambiente. 5. Ed. Bookman, 2011.
CHAMELLO, E. Ciência Forense: Manchas de sangue. Química Virtual, p. 1-11, jan.
2007.
FARIAS, R. F. Introdução à Química Forense, Ed. Átomo. 2007.
FERREIRA, E. C. e ROSSI, A. V. A Quimiluminescência como ferramenta analítica: do
mecanismo a aplicações da reação do luminol em métodos cinéticos de análise.
Química Nova, Campinas, v.25, n.6, p.1003-1011, 2002.
MARTINS, B. S. e OLIVEIRA, M. F. Química forense experimental. São Paulo:
Cengage Learning, 2015.
OLIVEIRA, M. F. Química Forense: A Utilização da Química na Pesquisa de
Vestígios de Crime. Química Nova na Escola, v. 24, p. 17-20, nov. 2006.
PITARCH, P. G.; PASCUAL, F. V. et al. Técnicas de criminalística en manchas de
sangre: factor ambiental en las pruebas de orientación. Revista de la Escuela de
Medicina Legal, Universitat de Valencia, p. 1-14, jun. 2010.

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