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NOME
SÃO PАULO
2022
NOME
SÃO PАULO
2022
NOME DO ALUNO
TÍTULO
______________________________________
Presidente: Prof. XXXXXXXXXXXXXXX –
Orientador
_____________________________________
Membro: XXXXXXXXXXXXX
Supervisor de Campo
_____________________________________
Membro: XXXXXXXXXXXXX
Profissional da área
CIDADE
2022
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTO
EPÍGRAFE
RESUMO
Embora a igualdade de gênero seja cada vez mais promovida tanto no local de
trabalho quanto na sociedade, e as mulheres já tenham entrado plenamente no
mercado de trabalho, a questão das diferenças de gênero em relação à progressão
na carreira acadêmica ainda parece em aberto. Embora os papéis de gênero já não
definam claramente quem é responsável pelos cuidados domiciliares e quem é
responsável pelas tarefas do trabalho, algumas pesquisas mostram que o conflito
entre a vida familiar e profissional parece ser um problema maior para as mulheres
do que para os homens. Ainda assim, verifica-se profissões em que há uma
resistência de gênero como a prática pedagógica que ainda é atrelado ao perfil
feminino. O objetivo deste estudo foi examinar a relação entre oportunidades de
carreira da docência separadamente em mulheres e homens respondentes, a fim de
esclarecer o papel do gênero. Seu foco, sobretudo, foi estabelecido nos espaços
destinados a pedagogia infantil.
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7
2 REPRODUÇÕES INICIAIS DA DIFERENÇAS NOS PAPÉIS DE GÊNERO NA
SALA DE AULA ........................................................................................................ 10
2.1 Reprodução de gênero no processo de ensino ............................................. 10
2.2 Influência dos professores para a construção do papel de gênero nas salas
de aula ...................................................................................................................... 14
3 DESMISTIFICANDO O ESPAÇO DO HOMEM NA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA
INFANTIL .................................................................................................................. 18
3.1 Teorias que auxiliam na desmistificação de gênero na sala de aula ........... 18
3.2 Motivações masculinas para laborar no ensino infantil ................................ 26
4 RECONSTRUINDO PARADIGMAS E PENSANDO EM ESTRATÉGIAS PARA A
INSERÇÃO DO HOMEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............................................. 29
4.1 Papel masculino e a desconstrução histórica ................................................ 29
4.2 Contribuições da inclusão de gênero para uma sociedade mais justa ........ 33
4.3 A importância de mitigar a hostilidade............................................................ 40
4.4 Repensando a relação entre professor e alunos: para além da
estigmatização de gênero....................................................................................... 45
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 48
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 50
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1 INTRODUÇÃO
que as meninas e, da mesma forma, mais inquietos se tiverem que ficar sentados
por longos períodos.
Para esses autores, há uma reprodução de discurso que meninos também
são mais propensos do que as meninas a recorrer à agressão física se estiverem
frustrados. Ambas as tendências são inconsistentes com as demandas usuais da
vida em sala de aula, é claro, e tornam um pouco mais provável que a escola seja
uma experiência difícil para os meninos, mesmo para os meninos que nunca se
metem em problemas por serem inquietos ou agressivos.
Cameron (2001) descreve que durante os primeiros dois ou três anos do
ensino fundamental, as habilidades motoras grossas se desenvolvem quase na
mesma taxa média para meninos e meninas. Como um grupo, ambos os sexos
podem correr, pular, jogar uma bola e coisas do gênero com a mesma facilidade,
embora haja, é claro, grandes diferenças significativas entre os indivíduos .de ambos
os sexos.
Cameron (2001) ainda verifica que no final da escola primária, no entanto, os
meninos superam as meninas nessas habilidades, embora nenhum dos sexos tenha
começado ainda a experimentar a puberdade. Esse autor considera que a razão
mais provável é que os meninos participam mais ativamente de esportes formais e
informais por causa das expectativas e apoio dos pais, colegas e sociedade. A
puberdade eventualmente aumenta essa vantagem, tornando os meninos mais altos
e mais fortes do que as meninas, em média, e, portanto, mais adequados, pelo
menos, para esportes que dependem de altura e força.
Cooney e Bittner (2001) compreendem que a tarefa é de reflexão crítica.
Esses afirmam que ao pensar nessas diferenças, tenha em mente que elas se
referem a tendências médias e que existem inúmeras exceções individuais. Todo
professor conhece meninos que não são atléticos, por exemplo, ou meninas em
particular que são especialmente inquietas em sala de aula.
Partindo do pressuposto que os indivíduos são essencialmente distintos,
Cameron (2001), considera que as diferenças individuais significam, entre outras
coisas, que é difícil justificar o fornecimento de diferentes níveis de apoio ou
recursos para meninos e meninas para esportes, atletismo ou educação física. As
diferenças também sugerem, no entanto, que alunos individuais que contradizem os
estereótipos de gênero sobre habilidades físicas podem se beneficiar de apoio
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meninas chegam ao ensino médio, no entanto, algumas podem tentar minimizar sua
própria capacidade acadêmica para se tornarem mais agradáveis para ambos os
sexos.
Mesmo que isso ocorra, porém, não afeta suas notas. Tal afirmação pode ser
justificada com a posição de Cooney e Bittner (2001) que apontam que desde o
jardim de infância até a décima segunda série, as meninas obtêm notas médias
ligeiramente mais altas do que os meninos. Esse fato não leva a resultados
semelhantes, no entanto, porque, à medida que os jovens ingressam no ensino
médio, eles tendem a escolher cursos ou disciplinas convencionalmente associadas
ao seu gênero – matemática e ciências para os meninos, em particular, e literatura e
artes para as meninas. Ao final do ensino médio,
Cameron (2001) é mais prudente e considera minha cautela quanto aos
estereótipos. Para essa autora, há indivíduos de ambos os sexos cujos
comportamentos e escolhas vão contra as tendências do grupo. Essa ainda
considera que as diferenças dentro de cada grupo de gênero geralmente são muito
maiores do que quaisquer diferenças entre os grupos. Um bom exemplo é a
“diferença” na capacidade cognitiva de meninos e meninas. Muitos estudos não
encontraram nenhum.
Cooney e Bittner (2001) encontraram pequenas diferenças, com meninos um
pouco melhores em matemática e meninas um pouco melhores em leitura e
literatura. Esses apontam que as diferenças não são apenas pequenas, mas vêm
diminuindo nos últimos anos em comparação com estudos
anteriores. Coletivamente, as descobertas sobre habilidades cognitivas são
virtualmente “não descobertas”, e vale a pena perguntar por que as diferenças de
gênero foram estudadas e discutidas tanto por tantos anos.
2.2 Influência dos professores para a construção do papel de gênero nas salas
de aula
também fazer com que sua “bondade” pareça mais importante do que sua
competência acadêmica. Da mesma forma, os padrões de resposta do professor
implicam que os meninos são mais “maus” do que podem realmente ser.
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para se tornar um trabalhador de EPI. Eles irão declarar seu interesse nas
capacidades de aprendizagem das crianças, ou seu desejo de ajudar crianças com
diferentes deficiências de aprendizagem.
Buscando encontrar uma forma de resolução desse contraste de gênero,
Wilkinson e Marrett (2015) considera que uma a opção seria defender seu trabalho
seguindo o exemplo de suas contrapartes femininas e rejeitando formas
masculinizadas dominantes de sucesso, como dinheiro, em favor das femininas
(muitas vezes compensações emocionais).
O fato de que os homens são obrigados a defender suas razões para escolher
um emprego em detrimento de outro, enquanto as mulheres não são, reforça a
natureza de gênero desse trabalho. Porém, mais ainda, por si só, ela promove a
linha de gênero ao longo da qual esses homens devem caminhar, cautelosos para
não serem colocados definitivamente de um lado ou de outro. Nesse caso, afirmar
motivos tradicionalmente masculinos pode levantar questões sobre suas
capacidades como professores, ao passo que afirmar motivos tradicionalmente
femininos pode fazer com que as pessoas questionem suas intenções.
Para Delamont (2016), os motivos dos homens que trabalham na EPI são
constantemente colocados sob escrutínio. A relação entre ensino maternal e
educação Item suscitado questionamentos sobre as capacidades dos homens em
EI, bem como sobre seu desejo de trabalhar nesta área. Como dito anteriormente,
espera-se que os homens apresentem qualidades tradicionalmente femininas, como
cuidar, nutrir e, em geral, uma consciência do bem-estar emocional e físico dos
filhos.
No entanto, o autor considera que quando expressam essas qualidades, são
recebidas com escrutínio e estigma. As suspeitas que surgem quanto às intenções
dos homens são frequentemente acompanhadas por reações homofóbicas que são
combinadas com ideias de pedofilia.
Refletindo sobre as pressões sociais e até mesmo uma a construção
criminologia negativa, Delamont (2016), aponta que no caso dos homens que atuam
na EPI, esse escrutínio leva a que estejam sob constante vigilância, tanto por parte
de seus superiores, quanto por seus pares. Essa maior visibilidade no desempenho
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de suas tarefas diárias faz com que os homens questionem suas ações e reflitam
sobre como elas se apresentam sob as luzes de gênero.
Para esse autor, essa ideia de ter os olhos em você o tempo todo não apenas
faz com que esses homens se sintam desconfortáveis, mas os força a “fazer gênero”
de uma maneira que seja mais socialmente aceitável, mas que, em última análise,
não seja a sua própria.
Por sua vez, Erden e Wolfgang (2004) afirma quem uma das áreas em que os
homens devem estar mais conscientes de suas ações é a área do “toque”. O toque
refere-se a qualquer momento em que um cuidador ou professor entra em contato
físico com uma criança – abraços, sentar no colo, trocar fraldas etc.
Para os autores, nessas áreas, os homens são colocados sob uma
lupa. Existem regras diferentes para homens e mulheres dentro da educação em
relação ao toque. Um exemplo principal disso é a regra de colocar crianças no colo.
Reproduzindo trechos de uma pesquisa que verificou a adesão social a inserção dos
homens no ensino primário, Delamont (2016) relata trechos dos resultados
coletados:
[...] “os colos das mulheres são lugares de amor. Os homens são
lugares de perigo”. A mensagem é clara – se uma mulher colocar
uma criança no colo é visto como um ato de amor, seja para ler uma
história ou para consolar uma criança chorando, a ação é aquela
vinda de um lugar de nutrição e cuidado. [...]se um homem colocar
uma criança no colo, as bandeiras vermelhas sobem. As pessoas se
perguntam sobre suas intenções, sua sexualidade e o raciocínio
para fazer um ato tão simples. Outras regras que giram em torno do
toque incluem homens ajudando crianças a se trocarem ou irem ao
banheiro, trocando fraldas ou consolando crianças através do uso de
abraços, etc. aceitável e o que não é. [...] essas regras não estão
escritas em nenhum manual ou política, mas estão tão incorporadas
na cultura educacional que são universais, embora não sejam ditas
(DELAMONT, 2016, versão digital).
teoria do papel social propõe que os homens podem adquirir novas competências e
comportamentos relacionados com o papel de provedor envolvendo-se em
experiências sociais que antes eram reservadas às mulheres.
Quando de uma sociedade mais isonômica, Freeman (2004) defendew a
aplicação nas carreiras acadêmicas de teorias sociológicas abrangentes sobre
gênero nos leva à teoria inicial do esquema de gênero que acentuam a
aprendizagem cultural de gênero e especificamente caracterizam as perspectivas
sociais e históricas como 'lentes' para a socialização de gênero.
Esse autor, lembra que os seres humanos são socializados por vários
agentes dentro da sociedade (nomeadamente pais, escola e mídia), levando a
esquemas também conhecidos como redes cognitivas internas sobre masculinidade
e feminilidade que ajudam tanto a moldar quanto a orientar as visões dos
indivíduos.
Delamont (2016) aponta algumas ações que podem contribuir para a inserção
do homem na educação infantil e para reformular a atual modelo social:
Contudo, Measor e Sykes (2013) deixam claro que não se pode presumir que
as oportunidades de carreira levem ao bem-estar. Para esses autores, normalmente,
as mulheres têm que trabalhar mais do que os homens se quiserem alcançar cargos
mais altos (o chamado “teto de vidro” e “segregação de gênero”. Por sua vez,
trabalhar mais levaria a um maior conflito entre trabalho e vida, e de fato, aceitar
uma posição mais alta muitas vezes leva a um menor equilíbrio entre vida
profissional e pessoal. Ademais, esses consideram que há uma relação positiva
entre a percepção do equilíbrio entre vida profissional e pessoal e a motivação para
a progressão na carreira.
Ainda quando de uma abertura de vagas para os homens ingressarem o
mercado de trabalho destinada a educação infantil, Maccoby (2002) aponta que o
equilíbrio entre vida profissional e pessoal e as oportunidades de carreira estão
intrinsecamente ligados, pelo menos no que diz respeito às trabalhadoras. Portanto,
presume-se que as políticas organizacionais voltadas para o reconhecimento e
suporte das múltiplas e paralelas demandas da família e do trabalho, e que visem
fazer com que seus funcionários alcancem um bom nível de equilíbrio entre vida
profissional e pessoal, devam também favorecer a ascensão profissional das
mulheres.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ERDEN, F.; WOLFGANG, C. Uma exploração das diferenças nas crenças dos
professores relacionadas à disciplina ao lidar com alunos do sexo masculino e
feminino. Desenvolvimento e Cuidados na Primeira Infância, v. 174, n. 1, p. 3–11,
2004.