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PLANO DE PORMENOR
BAIRRODE NASSAPO ǀ ANCHILO
GRUPO 6
UNIVERSIDADE LÚRIO
FACULDADE DE ARQUITECTURA E PLANEAMENTO FÍSICO
LABORATÓRIO IX PLANEAMENTO FÍSICO
SEMESTRE I – TESE
NAMPULA ǀ 2022
ÍNDICE DE CONTEUDO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 4
2 .OBJECTIVOS DO PLANO................................................................................................................ 4
Equipamentos E Serviços................................................................................................... 7
DENSIDADE ADEQUADA..................................................................................................... 3
CONECTIVIDADE ................................................................................................................. 3
Educação............................................................................................................................... 9
Saúde .................................................................................................................................... 9
Segurança ............................................................................................................................. 9
Saneamento ........................................................................................................................ 14
11 Anexo .............................................................................................................................................. 19
ÍNDICE DE MAPAS
Mapa 1: Mapa de zoneamento de uso do solo proposto; Fonte: O Autor do trabalho ............................. 5
Mapa 2: Loteamento; Fonte: O Autor do trabalho.................................................................................. 10
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Perfil e mapa da EN1 cm valas propostas; Fonte: O Autor do trabalho .................................. 11
Figura 2: Perfil e planta da via primaria proposta; Fonte: O Autor do trabalho ...................................... 12
Figura 3: Perfil e planta da via secundaria proposta; Fonte: O Autor do trabalho .................................. 13
Figura 4: Perfil e planta da via terciaria proposta; Fonte: O Autor do trabalho ...................................... 13
ÍNDICE DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO
A urbanização que vem ocorrendo no mundo, nas últimas décadas associado ao desenvolvimento de capitalismo, tem-
se caracterizado pelo rápido desenvolvimento nos grandes centros urbanos, e por consequência surgindo problemas
sócio espaciais.
Segundo o Regulamento da Lei de Ordenamento do Território, decreto n 23/2008), o Plano de Pormenor (PP) - é o
instrumento que define com pormenor a tipologia de ocupação de qualquer área específica do centro urbano,
estabelecendo a concepção do espaço urbano, dispondo sobre usos do solo e condições gerais de edificações, o traçado
das vias de circulação, as características das redes de infra-estruturas e serviços, quer para novas áreas ou para áreas
existentes, caracterizando as fachadas dos edifícios e arranjos dos espaços livres.
A presente proposta do Plano de Pormenor na localidade de Anchilo, mais concretamente no bairo de Nassapo será
elaborado tendo por base as condicionantes naturais, os níveis de precipitação, fertilidade dos solos, tipo de vegetação,
actividades económicas actualmente desenvolvidas, as condições ambientais, as áreas com características naturais
peculiares que pela sua sensibilidade necessitam de ser preservadas ou conservadas e, dos diagnósticos resultantes do
cruzamento das diferentes observações verificadas ao longo do processo de realização da pesquisa da situação actual,
assim como pela necessidade de garantir às comunidades locais a sustentabilidade e justa rentabilidade no uso dos
recursos naturais.
2 .OBJECTIVOS DO PLANO
Constituem objectivos do Plano de Pormenor:
a) Dotar ao Governo local de um instrumento técnico e legal capaz de orientar e disciplinar o uso do solo, através de um
zoneamento que qualifique o território em áreas vocacionadas para determinadas actividades de carácter económico,
social e ambiental respeitando os valores naturais e culturais do território;
b) Definir o modelo de organização e crescimento de novas áreas urbanas e zonas a requalificar que possam ou devam
ser objecto de planos de pormenor;
c) Fazer uma previsão das infra-estruturas, equipamentos e serviços urbanos essenciais requeridos actualmente e no
futuro, enquadrando os assentamentos informais existentes e o desenvolvimento espacial das áreas adjacentes;
d) Garantir o controlo das faixas de protecção dos elementos paisagísticos característicos do Distrito de Nampula.
e) Garantir protecção dos locais ambientalmente sensíveis e o uso sustentável dos recursos naturais e propor medidas
de protecção ambiental e travagem da degradação ambiental urbana;
4 ENQUADRAMENTO
ENQUADRAMENTO LEGAL
A elaboração do Plano de Pormenor do Bairro de Nassapo, regem-se pelo disposto na Lei de Ordenamento Territorial n.º
19/2007, de 18 de Julho de., e pelo Regulamento da mesma Lei aprovada pelo Conselho de Ministros da Republica de
Moçambique. Vincula-se também ao disposto na Lei 11/97 de 31 de Maio artigo 24 nos 2,3 do Pacote autárquico e da
Resolução no 29 /AM/2 03 de Julho de 2003, Capítulo III referente ao Planos de Desenvolvimento e domínio Público no
seu artigo 12 número 1 alínea a) que confere as autarquias a competência de elaborar e aprovar os planos de
desenvolvimento da autarquia local, planos de ordenamento do território ou dos planos de estrutura, gerais e parciais de
urbanização e dos planos de pormenor.
SINTESE DE PROBLEMAS
Falta de locais específicos para prática de actividades culturais: uma vez que não existe um local específico para a
prática das actividades culturais, estes tende a praticar essas actividades em ocasiões inesperadas. Com a falta de locais
e actividades previstas a população tende a esquecer as práticas costumeiras, como consequência a tradição do local é
esquecida.
Existência de Cemitério familiares: estes são associados a cultura local, podendo este dificultar a demarcação de
talhos, e provocar conflitos entre as populações locais.
Equipamentos E Serviços
a) Deficiência nos equipamentos de educação, referente a insuficiência de salas de aulas;
b) Fraca cobertura do centro de saúde;
c) Insuficiência de equipamentos de lazer e recriação;
d) Os equipamentos comerciais não abrangem a área de intervenção;
e) Inexistência de um posto policial na área de intervenção;
Actividades Económicas
a) Fraca produção agrícola – o não conhecimento de tecnologia de produção e uso de técnicas rudimentares;
b) Fraco controlo das actividades comerciais – Deficiência na Fiscalização
ANALISE SWOT
ANALISE INTERNA
FORÇAS FRAQUEZAS
a) Existência de espaços urbanizáveis; a) Desmatamento
b) Localização de fácil acesso em relação a via principal EN1; b) Inexistência de vias estruturantes:
c) Passagem da rede eléctrica c) Fraco licenciamento de estabelecimentos comerciais;
d) Existência de espaços para prática da agricultura; d) Existência de zonas alagáveis
e) Existência de população activa; e) Existência de Cursos de água periódico;
f) Existência de assentamentos humanos; f) Inexistência de serviços de transporte público para deslocações locais;
g) Existência de solos férteis; g) Inexistência de uma rede eléctrica:
h) Existência de furo mecânico operacional; h) Construção de habitações com técnicas inadequadas e materiais
i) Existência de grupos culturais; precários:
j) Existência de um curso de água e represas; i) Ocupação espontânea desordenada
k) Predominância de cobertura vegetal; j) Existência de habitações em zonas de protecção parcial:
l) Crescimento rápido da população. Insuficiência de equipamentos de lazer e recriação
OPORTUNIDADES
a) Existência de um plano distrital de uso de terra de Nampula;
b) Existência de um projecto de campus universitário da UniRovuma e projecto da
SONIL;
c) Existência de uma rede eléctrica de media tensão: a) Potencialidade de expansão através do êxodo urbano
d) A área de intervenção esta localizada em uma zona estratégica, o corredor de
b) Expansão das infra-estruturas (rede viária, abastecimento de agua, rede a) Criação de vias estruturantes para conectar com outros povoados;
desenvolvimento:
eléctrica e telecomunicações) b) Criação de zonas ou parques ecológicos:
e) Proximidade a CBD que e a Cidade de Nampula;
c) Promoção de prática de agricultura urbana; c) Promoção de Licenciamento de actividades comerciais;
f) Proximidade a zona de Plantação de castanha de caju;
d) Expansão das áreas habitacionais d) Criação de represas para o regadio;
ANALISE EXTERNA
AMEAÇAS
a) Crescimento contínuo de assentamento informal nas áreas circunvizinhas ao
bairro de Nassapo
b) Fraca cobertura e controle de actividades comerciais; a) Elaboração de um instrumento de ordenamento do território;
a) Elaboração de um instrumento de ordenamento do território;
c) Inexistência de financiamentos que possibilitem intervenções para construção de b) Construção de uma escola técnica com formação de curso de agro-pecuária
a) Construção de edifícios multifuncionais que agrupem Habitação, lazer e
uma estação de tratamento de água; e construção civil;
serviços.
d) Baixo desenvolvimento urbano; c) Construção locais de apoio social para minimizar o analfabetismo e saúdes
b)
e) Falta de agências bancarias; endémicas.
f) População sujeita a doenças endémicas pelo consumo de água de fontes
tradicionais não tratada;
g) Mobilidade condicionada devido ao elevado fluxo de viaturas na EN
ÁRVORE DE PROBLEMA
Verifica-se a importância da hierarquização dos principais problemas identificados após o levantamento da situação actual dos quais a área de estudo
consente, de modo a facilitar o processo de elaboração das estratégias de intervenção e modo a desfazer-se de tais problemas e promover uma melhor
qualidade de vida.
Mau funcionamento Inexistência de infra-estruturas Pressão sobre os serviços básicos Inexistência de alguns usos do solo Baixo nível de desenvolvimento
6 CONDICIONANTES DO PLANO
As condicionantes ambientais estão associadas às características físicas do território, declives, erosão, deslizamentos,
áreas inundáveis conferindo maior vulnerabilidade à sua ocupação pelo potencial de risco que têm implícito, e à
preservação de recursos naturais (água, solo, floresta, biodiversidade, paisagem). Na área de Intervenção Foram
identificadas as zonas de protecção parcial da Estrada Nacional (ZPP N1), com o afastamento de 30m e Zonas Propensas
a Inundações. Em que servidões administrativas e restrições de utilidade pública que constam na Planta de
Condicionantes.
- Cemitérios
- Área reservada ao régulo
acordo com
Agricultura Urbana
Área de protecção de rede eléctrica de Media
tenção 15m; Estacionamento
PIDUTO DE NAMPULA
Tabela 5: Continuação de exemplos de Parâmetros e índices urbanísticos; Fonte: PPU Muhala e Muatala
FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA
PLANO DE PORMENOR
BAIRRODE NASSAPO ǀ ANCHILO
UNIVERSIDADE LÚRIO
FACULDADE DE ARQUITECTURA E PLANEAMENTO FÍSICO
LABORATÓRIO IX PLANEAMENTO FÍSICO
SEMESTRE I – TESE
NAMPULA ǀ 202
8 FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA
EIXOS ESTRATÉGICOS
Este espaço se destaca por ser capaz de atrair e fixar novas actividades e funções destacando a actividade agrícola,
através da alocação e potencialização das áreas de produção, estruturação da rede viária e outras infra-estruturas e
elevação do nível de serviços.
Atendendo às determinações dos Instrumentos de hierarquia superior e assim criar oportunidades a nível económico
mediante a criação de emprego e a nível social e ambiental, através da reorganização do espaço.
Na persecução destes objectivos, articulando com os demais instrumentos de ordenamento territorial de hierarquia
superior, propõe-se a criação de novos usos do solo assim como a potencialização e melhoria do uso já existente, de
modo a potencializar substancialmente a qualidade de vida da população da área e a capacidade produtiva da área,
definindo uma ocupação urbana, a partir da qualificação do solo.
O Plano de Pormenor do Bairro de Nassapo visa, designadamente, a implementação de componentes chaves para o
desenvolvimento do bairro como articulação de uma malha viária dinamizada e estruturante que contribua decisivamente
para resolução dos problemas de gestão territorial, de acessibilidade e mobilidade e em função desta, serão também
atendidos o funcionamento e equilíbrio biofísico desta área através da manutenção de corredores ecológicos que
permitam a preservação e valorização dos ecossistemas.
EIXOS ESTRATÉGICOS
Eixo Estratégico 1 - Reordenamento do Território
a) Qualificação do Espaço Urbano através da distribuição equitativa das diversas funções urbanas interconectadas
entre si e de uso racional do espaço principalmente lotes para habitação;
b) Valorização Urbanística através da definição clara da hierarquia de importância económica e ambiental do espaço;
c) Valorização de Espaços Públicos de Recreio e Lazer como espaços de interesse colectivo de extrema importância
para o equilíbrio ecológico da cidade.
a) Redução das distâncias através da distribuição espacial equitativa de serviços, unidades sanitárias e unidades de
segurança;
a) Aumentar o número de postos de trabalho qualificado através da integração da comunidade local na implantação do
presente plano;
b) Implementação de empresas promovendo a competitividade económica através do estabelecimento de parcerias
público-privado e assinatura de memorandos.
Poluição Atmosférica
a) Elaborar e executar um Plano de Mobilidade sustentável que inclua alternativas de transportes e circuitos, para que
se possa reduzir a tendência de poluição atmosférica e que contribua para o aumento da qualidade do meio ambiente.
Poluição Sonora
USO MISTO
a) No mínimo 40% da área dedicada a usos económicos;
b) Usos especializados limitados; blocos de único uso devem ser abaixo de 10% de toda a área de intervenção.
DENSIDADE ADEQUADA
No mínimo 15.000 habitantes por km², que corresponde a 150 hab/Há para alta densidade;
10% a 15% dedicado a área verde.
CONECTIVIDADE
Maximizar distâncias a percorrer a pé e de transporte público.
O Plano propõe uma distribuição dos Usos baseando-se no modelo de múltiplos núcleos. Buscando desenvolver a área
em diversos minicentros em que as fases desse desenvolvimento irão decorrer em períodos diferentes, havendo áreas
para expansão dentro dos usos propostos.
Tendo a Zona Habitacional como a principal, por consequência ela torna se a Zona com mais relação entre as outras.
Existe uma relação com a Zona ecológica, pelo cultivo que a população fará, pelo turismo da mesma, pela subsistência
que ela dá a Zona Habitacional; Com a Zona Comercial e Mista ela tem relação pelo uso comercial, que faz a zona
habitacional tornar-se num mercado consumidor que frequenta constantemente esta zona mista e pelos serviços que
presta a zona habitacional; Com a Zona de recreação a Zona é influenciada pela Zona habitacional por ser uma zona que
trará não só um ambiente mais fresco e verde ao bairro mas também por ser aqui onde a população pode recorrer para
se distrair e relaxar;
Distrito de Nacala
Cidade de Nampula
Quanto as Tipologias, teremos na Zona Habitacional de Baixa Densidade (ZnHaBd), Habitações unifamiliares. Na Zona
habitacional de Media Densidade (ZnHaMd) teremos Edifícios unifamiliares e na zona habitacional de alta densidade
(ZnHaAd) teremos predominância de edifícios multifuncionais.
Os lotes das habitações abrangidas pelas propostas do plano serão realocados, devido a configuração e disposição dos
mesmos.
As habitações que serão demolidas, o espaço dará lugar a novas infra-estruturas e equipamentos de utilização colectiva
para o melhor funcionamento do plano contribuindo para melhor qualidade de vida para as comunidades abrangidas.
EQUIPAMENTO E SERVIÇOS
Educação
O plano propõe a ampliação da escola já existente próximo a área de intervenção, prevendo um espaço reservado para
tal efeito localizado ao lado da escola. A proposta desta escola baseou-se na proximidade as habitações e a servidão
equitativa da população assim como a facilidade de acesso pelas vias propostas.
Saúde
Existe um centro de Saúde na localidade de Anchilo, porem não cobre a população da área de intervenção, para resolver
essa situação propõe-se a alocação de uma unidade sanitária que cobre as necessidades da população, tanto da área
de intervenção assim como dos bairro próximos a área.
Para a escolha do local para a alocação da unidade sanitária foram usados os seguintes critérios:
Proximidade da zona habitacional: quanto mais próximo a unidade sanitária estiver em relação a zona
habitacional facilitará o acesso aos serviços e ira reduzir as distâncias percorridas;
Proximidade rede viária: quanto mais próximo estiver em relação a rede viária, facilitará o acesso directo a
unidade sanitária e o escoamento de doentes transferidos para o hospital
Assentamento da população: existência de população no local tendo em conta um crescimento acelerado,
garantira o funcionamento do posto, de modo que possa atender tanto os habitantes do barro com também dos
bairros vizinhos.
Segurança
Visto que a área de intervenção não apresenta serviços de segurança, neste caso um posto policial, propõe-se um posto
policial na área de intervenção o qual poderá servir ao bairro de Nassapo, este estará localizado entre a UniRovuma e a
Sonil.
Para a escolha do espaço para a colocação dos Posto policial foram usados os seguintes critérios:
Número da População: quanto mais a população é concentrada em uma determinada região, maior são
problemas sociais a serem encontrados.
Proximidade a área habitacional: quanto mais próximo o posto estiver a área habitacional, garantirá sua
presença na resolução de problemas sociais da comunidade;
Proximidade a uma área comercial: quanto mais próximo o posto estiver a área comercial, garantirá a redução
de assaltos, roubos e outros inconvenientes relacionados;
Acessibilidade: o posto deve estar num ponto de fácil acesso para a comunidade, seja a pé ou usando um
veículo.
Propõe-se a instalação de um Posto Policial com dimensão do lote 20x30 e ocupa uma área de 0,06 hectares.
INFRAESTRUTURAS
Rede Viária
Para as infra-estruturas viárias, o plano propõe a melhoria da EN1 colocando valas de drenagem, a nível da área de
intervenção, o plano propõe abertura de novas vias primarias que faz ligação com EN1 e também servirão de limites
físicos da área de intervenção e propõe-se abertura de novas vias secundarias e terciarias nas zonas de aglomerados,
passando entre as zonas habitacionais, mistas e de lazer com vista a permitir um fluxo moderado e equilibrado na área
de intervenção.
As vias irão conectar a área de intervenção às outras áreas vizinhas do bairro, criando pontos de entrada e saída que
vão permitir a acessibilidade e potencialização do bairro promovendo diverso recursos.
Estas vias irão dar espaço para a criação ou projecção do traçado de mais vias em Planos de Pormenor, e serão na
maioria vias terciárias e quarternárias de acesso para as áreas residenciais, com faixas para ciclistas e a fim de poder
fazer fluir ainda mais o tráfego.
As vias primárias serão alargadas, contendo um total de 18m de largura, onde os passeios em ambos lados serão de
2m, as faixas simples em cada sentido serão de 4,5m, um separador central de 1m, e uma faixa de ciclovia em cada
sentido com 1m e em cada lado terá valas de drenagem de 1 e serão previstos postes de iluminação no separador e
passeios.
As vias secundarias terão a função de distribuição das vias terciarias que serão propostas no plano de pormenor. Por
serem vias que irão receber o tráfego ligeiro, escoado das vias primárias para as zonas mais internas da área, possuirão
uma faixa de rodagem de cada sentido com 4m, com passeios de 1,5m em cada lado, valas de 1m de cada lado e uma
ciclovia para cada faixa com 1m em cada sentido, tendo no total uma largura de 15m e serão previstos postes de
iluminação nos passeios.
As vias terciarias são vias com maior importância pois são directamente ligadas as zonas residencial, ou seja, têm
menos tráfegos que as vias Secundárias, terão uma largura de 13m, onde possuirão uma faixa de rodagem com largura
de 3,5m para cada sentidos, com passeios de 1,5m dos dois sentidos da faixa de rodagem, valas de drenagem cm 1m
em cada sentido, uma ciclovia em uma das faixas cm 1m e serão previstos postes de iluminação nos passeios.
CLASSIFICAÇÃO NÚMERO DE VIAS EXTENSÃO LINEAR (KM) LARGURA (m) ÁREA (ha)
Vias Primarias 2 2,74km 18m 4,93ha
Vias Secundarias 6 2,16km 15m 3,24ha
Vias Terciárias 19 4.94km 13m 6.42ha
Total 27 9,84km 46m 14,59ha
Rede Eléctrica
Actualmente, no bairro de Nassapo passa uma linha de Baixa tensão, pretende-se expandir o fornecimento da energia
eléctrica para todos os lotes projectados no presente Plano a partir das vias, para complementar o sistema básico de rede
eléctrica, entretanto a proposta sustenta-se na linha de Baixa tensão, onde serão instalados postos de transformação de
energia e linhas de baixa tensão seguindo o percurso da rede viária. As principais vias públicas deverão ser providas de
iluminação pública e os PT’s terão a capacidade total suficiente para abastecer 103 famílias futuras.
Saneamento
Abastecimento De Água
Com vista a potencializar e maximizar a distribuição da água proposta, a rede de abastecimento de água será feita de
duas formas, por Fontenários e por uma rede pública.
a) Por Fontenários
De acordo com o Manual de implementação de projectos de abastecimento de água rural, um poço/furo com bomba
manual está para 100 famílias, tendo em conta que contaremos também com um sistema de abastecimento de água,
para fortalecer o abastecimento de água para famílias que até um dado momento não terão possibilidade de ter acesso
a rede publica, propõe-se 2 fontenários, que irão captar a água no subsolo através de furos.
A proposta foca-se no aproveitamento da extensão da rede publica (FIPAG), cujo serão previstos locais de passagem
dos ramais pela área de intervenção.
Sistema de esgoto
Quanto ao sistema de esgotos, propõe-se duas maneiras:
•Uso do sistema de esgoto colectivo com o princípio de uso de Fossas sépticas e que posteriormente serão ligadas a
uma rede, na modalidade de Sistema Convencional de Esgoto. Estas águas esgotadas serão transportadas para uma
Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).
10 ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO
A organização e o modelo de gestão caberá às autoridades do Distrito de Nampula que deverão definir no âmbito das
suas competências legais e de forma adequada à sua realidade económica e política, o calendário e os procedimentos
de execução do presente plano. O presente Plano pressupõe que só serão licenciadas ou autorizadas operações
urbanísticas ou obras de edificação, na sequência da aprovação de Projectos Executivos, projectos de arquitectura ou,
supletivamente, de operação de loteamento conjunta, garantindo-se desta forma maior justiça na distribuição de
benefícios e encargos inerentes ao processo de urbanização e edificação, bem como um crescimento urbano mais
qualificado e ordenado, com a necessária reserva de solo urbano para a construção de equipamentos de utilização
colectiva e espaços públicos, com dimensão e qualidade adequada às funções de estadia, recreio e lazer. As tarefas de
programação física e financeira, bem como a definição das estruturas de gestão e parcerias a estabelecer devem ser
desenvolvidas no âmbito das actividades da Localidade e dos seus serviços técnicos, sob pena de se produzir
programação de projectos e acções desfasadas da realidade financeira e política local, bem como dos parceiros e
recursos externos que em cada momento seja possível mobilizar para a concretização dos projectos estratégicos.
Assim, os passos considerados estratégicos no âmbito deste plano que se deverão reflectir nas grandes opções do plano
são:
Nesse âmbito haverá parceria entre o sector publico (Governo distrital) com o sector privado onde será o provedor do
sistema de distribuição de água ao aquisitor, desde a estacão e distribuição para cada lote gerindo os contractos de
aquisição da agua potável tendo a posse das respectivas taxas para fins lucrativos e manutenção para o bom
funcionamento do sistema, o papel do sector publico será de gestão de todos os processos de implantação dessa
estratégia.
ESTABELECIMENTO DE MEMORANDOS
Os memorandos permitirão que haja uma coordenação entre o Governo distrital, o Fundo do Investimento para o
Abastecimento de Agua (FIPAG) e Electricidade de Moçambique (EDM) de modo que juntos implementem operações
urbanas. Para o presente plano, consideram-se operações urbanas, o conjunto de intervenções e medidas coordenadas
pelo poder público distrital, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes, investidores privados
e outras instituições, com o objectivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais
e a valorização ambiental.
De uma forma geral a estratégia do estabelecimento dos memorandos visa reduzir a burocracia institucional no processo
de concessão, instalação domiciliar de água e energia (Infra-estruturas urbanas básicas). Entretanto uma vez acordado
entre o GDN, FIPAG e EDM, o utente/ Aquisitor poderá abrir o processo de concessão do espaço no GDN/SDPI, efectuar
o pagamento da taxa de ocupação do solo, incluindo as taxas de instalação de água e energia. Caberá ao GDN/SDPI
definir as modalidades de gestão do possível memorando que pode ser:
Por outro lado, para melhor gestão do processo de concessão e alocação de Infra-estruturas, devera ser contratado um
consultor independente ou criar uma comissão interinstitucional exclusivamente para a cobrança de taxas, concessão,
gestão da base de cadastro e produção de relatórios periódicos.
Presentemente o processo de concessão a alocação de Infra-estruturas básicas requere que o Aquisitor do espaço tenha
que contactar diversas instituições para o efeito:
Este processo sectorizado cria uma triplicação de procedimentos, demora de regularização dos processos dada a
burocracia institucional a ser seguida.
Na presente estratégia prevê-se que o processo de concessão de espaços e alocação de Infra- estruturas seja feito de
forma integrada, ou seja, o aquisitor do espaço irá contactar apenas uma instituição.
A instituição contactada será responsável por conceder o espaço, encaminhar o processo para provisão de água e
energia, reduzindo a burocracia institucional.
11 Anexo