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RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO DAS OPÇÕES TOMADAS

PLANO DE PORMENOR
BAIRRODE NASSAPO ǀ ANCHILO
GRUPO 6

UNIVERSIDADE LÚRIO
FACULDADE DE ARQUITECTURA E PLANEAMENTO FÍSICO
LABORATÓRIO IX PLANEAMENTO FÍSICO
SEMESTRE I – TESE

NAMPULA ǀ 2022
ÍNDICE DE CONTEUDO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 4
2 .OBJECTIVOS DO PLANO................................................................................................................ 4

3 PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO ................................................................................... 5


4 ENQUADRAMENTO .......................................................................................................................... 6

5 SÍNTESE DAS ANÁLISES DA SITUAÇÃO ACTUAL ....................................................................... 6


SINTESE DE PROBLEMAS .................................................................................................. 6

Enquadramento E Cartografia Base .................................................................................. 6

Uso Do Solo E Habitação .................................................................................................... 6

Infra-Estruturas E Sistema De Transportes....................................................................... 7

Equipamentos E Serviços................................................................................................... 7

Actividades Económicas .................................................................................................... 7

ANALISE SWOT .................................................................................................................... 8

6 CONDICIONANTES DO PLANO ..................................................................................................... 10


7 Parâmetros e índices urbanísticos ............................................................................................... 11
8 FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA ............................................................................................... 1

ESPAÇO ADEQUADO PARA ESTRADAS E ESPAÇO PÚBLICO NUMA REDE VIÁRIA


EFICIENTE ..................................................................................................................................... 2

USO MISTO .......................................................................................................................... 2

MISTURA DE CLASSES SOCIAIS........................................................................................ 2

DENSIDADE ADEQUADA..................................................................................................... 3

CONECTIVIDADE ................................................................................................................. 3

9 PROPOSTAS DE ZONEAMENTO (Plano de Pormenor Célula de Nassapo) ................................ 4


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Zona Habitacional de Baixa Densidade (ZnHaBd) ............................................................ 6

Zona Habitacional de Média Densidade (ZnHaMd) ........................................................... 7

Zona habitacional de Alta densidade (ZnHaAd) .................................................................... 7

Parâmetros de dimensionamento de Espaços Verdes .................................................... 8

Educação............................................................................................................................... 9

Saúde .................................................................................................................................... 9

Segurança ............................................................................................................................. 9

Rede Viária .......................................................................................................................... 11

Rede Eléctrica ..................................................................................................................... 14

Saneamento ........................................................................................................................ 14

10 ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO ............................................................................................... 16

11 Anexo .............................................................................................................................................. 19

ÍNDICE DE MAPAS

Mapa 1: Mapa de zoneamento de uso do solo proposto; Fonte: O Autor do trabalho ............................. 5
Mapa 2: Loteamento; Fonte: O Autor do trabalho.................................................................................. 10

ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Perfil e mapa da EN1 cm valas propostas; Fonte: O Autor do trabalho .................................. 11
Figura 2: Perfil e planta da via primaria proposta; Fonte: O Autor do trabalho ...................................... 12

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Figura 3: Perfil e planta da via secundaria proposta; Fonte: O Autor do trabalho .................................. 13
Figura 4: Perfil e planta da via terciaria proposta; Fonte: O Autor do trabalho ...................................... 13

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Tabela de Matriz SWOT; Fonte: O Autor do Trabalho ............................................................. 8


Tabela 2: Condicionantes da área de intervenção; Fonte: O Autor do Trabalho ................................... 10
Tabela 3: Condicionantes do PDUT de Nampula; Fonte: PDUT de Nampula ....................................... 10
Tabela 4:Difeentes exemplos de parâmetros e índices urbanísticos; Fonte: PP de Naburi e Mucuache
.............................................................................................................................................................. 11
Tabela 5: Continuacao de exemplos de Parametros e indices urbanisticos; Fonte: PPU Muhala e Muatala
.............................................................................................................................................................. 11
Tabela 6: Uso do solo proposto; Fonte: O Autor do trabalho ................................................................... 4
Tabela 7: Tabela de resumo das vias; Fonte: O Autor do Trabalho ...................................................... 14

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1 INTRODUÇÃO
A urbanização que vem ocorrendo no mundo, nas últimas décadas associado ao desenvolvimento de capitalismo, tem-
se caracterizado pelo rápido desenvolvimento nos grandes centros urbanos, e por consequência surgindo problemas
sócio espaciais.

Segundo o Regulamento da Lei de Ordenamento do Território, decreto n 23/2008), o Plano de Pormenor (PP) - é o
instrumento que define com pormenor a tipologia de ocupação de qualquer área específica do centro urbano,
estabelecendo a concepção do espaço urbano, dispondo sobre usos do solo e condições gerais de edificações, o traçado
das vias de circulação, as características das redes de infra-estruturas e serviços, quer para novas áreas ou para áreas
existentes, caracterizando as fachadas dos edifícios e arranjos dos espaços livres.

A presente proposta do Plano de Pormenor na localidade de Anchilo, mais concretamente no bairo de Nassapo será
elaborado tendo por base as condicionantes naturais, os níveis de precipitação, fertilidade dos solos, tipo de vegetação,
actividades económicas actualmente desenvolvidas, as condições ambientais, as áreas com características naturais
peculiares que pela sua sensibilidade necessitam de ser preservadas ou conservadas e, dos diagnósticos resultantes do
cruzamento das diferentes observações verificadas ao longo do processo de realização da pesquisa da situação actual,
assim como pela necessidade de garantir às comunidades locais a sustentabilidade e justa rentabilidade no uso dos
recursos naturais.

2 .OBJECTIVOS DO PLANO
Constituem objectivos do Plano de Pormenor:

a) A definição dos limites exactos da área de intervenção;


b) Os valores naturais a preservar e a desenvolver;
c) Os valores patrimoniais e históricos a proteger;
d) A situação legal de cada parcela ocupada ou livre de ocupação;
e) A integração das redes viárias e de serviços na malha urbana geral;
f) O desenho urbano com o tratamento altimétrico do terreno, a definição das vias de circulação motorizada e
pedonal, os estacionamentos, a forma e o tratamento dos espaços públicos, os alinhamentos das construções,
a localização dos equipamentos públicos e de interesse colectivo, as envolventes volumétricas dos edifícios a
construir, as zonas verdes a preservar ou a criar;
g) Os índices de ocupação da superfície e os parâmetros urbanísticos a respeitar com a definição das densidades
a obter, número de pisos e cérceas;
h) Os edifícios e outras estruturas a conservar e a demolir.

OBJECTIVOS ESTRATEGICOS DO PLANO


Considerando as especificidades da área de intervenção em particular e as recomendações dos termos de referencia são
intenções do presente Plano de Pormenor:

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a) Dotar ao Governo local de um instrumento técnico e legal capaz de orientar e disciplinar o uso do solo, através de um
zoneamento que qualifique o território em áreas vocacionadas para determinadas actividades de carácter económico,
social e ambiental respeitando os valores naturais e culturais do território;

b) Definir o modelo de organização e crescimento de novas áreas urbanas e zonas a requalificar que possam ou devam
ser objecto de planos de pormenor;

c) Fazer uma previsão das infra-estruturas, equipamentos e serviços urbanos essenciais requeridos actualmente e no
futuro, enquadrando os assentamentos informais existentes e o desenvolvimento espacial das áreas adjacentes;

d) Garantir o controlo das faixas de protecção dos elementos paisagísticos característicos do Distrito de Nampula.

e) Garantir protecção dos locais ambientalmente sensíveis e o uso sustentável dos recursos naturais e propor medidas
de protecção ambiental e travagem da degradação ambiental urbana;

f) Promover formas de participação comunitária e de todos os agentes de desenvolvimento no planeamento e gestão do


uso de solo urbano.

3 PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO


1. Desencadeamento do Plano;
2. Levantamento e Relatório da Situação Actual;
3. Primeira Audiência;
4. Concepção do modelo territorial;
5. Apresentação do modelo territorial;
6. Segunda audiência;
7. Desenho Final do Plano;
8. Entrega Final do Plano.

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4 ENQUADRAMENTO
ENQUADRAMENTO LEGAL
A elaboração do Plano de Pormenor do Bairro de Nassapo, regem-se pelo disposto na Lei de Ordenamento Territorial n.º
19/2007, de 18 de Julho de., e pelo Regulamento da mesma Lei aprovada pelo Conselho de Ministros da Republica de
Moçambique. Vincula-se também ao disposto na Lei 11/97 de 31 de Maio artigo 24 nos 2,3 do Pacote autárquico e da
Resolução no 29 /AM/2 03 de Julho de 2003, Capítulo III referente ao Planos de Desenvolvimento e domínio Público no
seu artigo 12 número 1 alínea a) que confere as autarquias a competência de elaborar e aprovar os planos de
desenvolvimento da autarquia local, planos de ordenamento do território ou dos planos de estrutura, gerais e parciais de
urbanização e dos planos de pormenor.

5 SÍNTESE DAS ANÁLISES DA SITUAÇÃO ACTUAL

SINTESE DE PROBLEMAS

Enquadramento E Cartografia Base


a) Desmatamento – emigração de algumas espécies, erosão, aumento da temperatura;

Demográfica Na Localidade De Anchilo-Sede


a) Planos de gestão urbana que não acompanham crescimento populacional;
b) Fraco Desenvolvimento do nível de escolaridade – porque maior parte da população e analfabeta;

Análise De Aspectos Socioculturais


Fraca valorização dos valores culturais – perca de identidade cultural;

Falta de locais específicos para prática de actividades culturais: uma vez que não existe um local específico para a
prática das actividades culturais, estes tende a praticar essas actividades em ocasiões inesperadas. Com a falta de locais
e actividades previstas a população tende a esquecer as práticas costumeiras, como consequência a tradição do local é
esquecida.

Existência de Cemitério familiares: estes são associados a cultura local, podendo este dificultar a demarcação de
talhos, e provocar conflitos entre as populações locais.

Uso Do Solo E Habitação


a) Falta de noções básicas de Instrumentos de ordenamento do território, implica a ma gestão do uso do terra
e a proliferação dos assentamentos informais desordenadas;
b) Rápido crescimento dos assentamentos informais pela dinâmica do crescimento Demográfico criando pressão
do solo Urbano;
c) Falta de conhecimento de técnicas de construção com materiais sustentáveis, Mau empregue de material
de construção, coloca as habitações vulneráveis a desabamentos e desgaste do próprio material, é verificado
na área de estudo situações desse género.

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Infra-Estruturas E Sistema De Transportes


a) Falta de vias classificadas na área de intervenção – dificultando a mobilidade de automóveis e peões;
b) Inexistência de um sistema de Drenagem – pode causar erosão em solos sem cobertura vegetal;
c) Deficiência no fornecimento de água potável – pode provocar doenças por cousa da falta de tratamento da água;
d) Inexistência de corrente eléctrica dentro da área de intervenção;

Equipamentos E Serviços
a) Deficiência nos equipamentos de educação, referente a insuficiência de salas de aulas;
b) Fraca cobertura do centro de saúde;
c) Insuficiência de equipamentos de lazer e recriação;
d) Os equipamentos comerciais não abrangem a área de intervenção;
e) Inexistência de um posto policial na área de intervenção;

Actividades Económicas
a) Fraca produção agrícola – o não conhecimento de tecnologia de produção e uso de técnicas rudimentares;
b) Fraco controlo das actividades comerciais – Deficiência na Fiscalização

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ANALISE SWOT

Tabela 1: Tabela de Matriz SWOT; Fonte: O Autor do Trabalho

ANALISE INTERNA
FORÇAS FRAQUEZAS
a) Existência de espaços urbanizáveis; a) Desmatamento
b) Localização de fácil acesso em relação a via principal EN1; b) Inexistência de vias estruturantes:
c) Passagem da rede eléctrica c) Fraco licenciamento de estabelecimentos comerciais;
d) Existência de espaços para prática da agricultura; d) Existência de zonas alagáveis
e) Existência de população activa; e) Existência de Cursos de água periódico;
f) Existência de assentamentos humanos; f) Inexistência de serviços de transporte público para deslocações locais;
g) Existência de solos férteis; g) Inexistência de uma rede eléctrica:
h) Existência de furo mecânico operacional; h) Construção de habitações com técnicas inadequadas e materiais
i) Existência de grupos culturais; precários:
j) Existência de um curso de água e represas; i) Ocupação espontânea desordenada
k) Predominância de cobertura vegetal; j) Existência de habitações em zonas de protecção parcial:
l) Crescimento rápido da população. Insuficiência de equipamentos de lazer e recriação
OPORTUNIDADES
a) Existência de um plano distrital de uso de terra de Nampula;
b) Existência de um projecto de campus universitário da UniRovuma e projecto da
SONIL;
c) Existência de uma rede eléctrica de media tensão: a) Potencialidade de expansão através do êxodo urbano
d) A área de intervenção esta localizada em uma zona estratégica, o corredor de
b) Expansão das infra-estruturas (rede viária, abastecimento de agua, rede a) Criação de vias estruturantes para conectar com outros povoados;
desenvolvimento:
eléctrica e telecomunicações) b) Criação de zonas ou parques ecológicos:
e) Proximidade a CBD que e a Cidade de Nampula;
c) Promoção de prática de agricultura urbana; c) Promoção de Licenciamento de actividades comerciais;
f) Proximidade a zona de Plantação de castanha de caju;
d) Expansão das áreas habitacionais d) Criação de represas para o regadio;
ANALISE EXTERNA

g) Ligação da área de intervenção com a zona económica especial através da EN1:


e) Criação de um terminal Rodoviária e) Alocação de indústrias de processamento e armazenamento dos
h) Proximidade ao mercado central de Anchilo;
f) Formação técnica dos estudantes; produtos;
i) Proximidade a Escola Primária de Nassapo e ao Centro de Educação Inclusiva
g) Concepção de espaços para potencializar os grupos culturais. f) Valorização dos solos rurais com grande potencialidade para produção
j) Possibilidade de expansão da rede de telecomunicação;
h) Geração de políticas que incentiva os grupos culturais a imortalizar a história agrícola de modo a serem mais rentáveis;
k) Existência de Feiras que atraem viagens;
do distrito. g) Ampliação e melhoria da Escola Primaria de Nassapo
l) Existência de Industrias de exploração de pedra para a construção;
i) Promoção e Melhoramento das habitações através das técnicas de h) Criação e um Mercado
m) Melhoria da estética urbana e ordenamento do espaço:
construção com material local i) Criação de um Posto Policial
n) Provisão de espaços para alocação de novas infra-estruturas e novos usos:
o) Definição de índices parâmetros urbanísticos
p) Proximidade a unidade Sanitária de referência da zona norte (Hospital Central de
Nampula)
q)

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AMEAÇAS
a) Crescimento contínuo de assentamento informal nas áreas circunvizinhas ao
bairro de Nassapo
b) Fraca cobertura e controle de actividades comerciais; a) Elaboração de um instrumento de ordenamento do território;
a) Elaboração de um instrumento de ordenamento do território;
c) Inexistência de financiamentos que possibilitem intervenções para construção de b) Construção de uma escola técnica com formação de curso de agro-pecuária
a) Construção de edifícios multifuncionais que agrupem Habitação, lazer e
uma estação de tratamento de água; e construção civil;
serviços.
d) Baixo desenvolvimento urbano; c) Construção locais de apoio social para minimizar o analfabetismo e saúdes
b)
e) Falta de agências bancarias; endémicas.
f) População sujeita a doenças endémicas pelo consumo de água de fontes
tradicionais não tratada;
g) Mobilidade condicionada devido ao elevado fluxo de viaturas na EN

ÁRVORE DE PROBLEMA
Verifica-se a importância da hierarquização dos principais problemas identificados após o levantamento da situação actual dos quais a área de estudo
consente, de modo a facilitar o processo de elaboração das estratégias de intervenção e modo a desfazer-se de tais problemas e promover uma melhor
qualidade de vida.

Problema central (INEXISTÊNCIA DE INSTRUMENTOS DE GESTÃO DO TERRITÓRIO A NÍVEL LOCAL).

Fraco atendimento nos


serviços
Mobilidade condicionada Ocupação desordenada
Inexistência de uma rede eléctrica, de esgoto,
Mau funcionamento da Rede viária drenagem e recolha de resíduos sólidos Mobilidade e Acessibilidade condicionada Existência de habitações em zona de protecção parcial

Mau funcionamento Inexistência de infra-estruturas Pressão sobre os serviços básicos Inexistência de alguns usos do solo Baixo nível de desenvolvimento

INEXISTÊNCIA DE INSTRUMENTOS DE GESTÃO DO TERRITÓRIO A NÍVEL LOCAL

Falta de iniciativas por parte do governo local Falta de financiamento

Êxodo Rural Baixa densidade de ocupação

Procura de melhores condições


de vida

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6 CONDICIONANTES DO PLANO
As condicionantes ambientais estão associadas às características físicas do território, declives, erosão, deslizamentos,
áreas inundáveis conferindo maior vulnerabilidade à sua ocupação pelo potencial de risco que têm implícito, e à
preservação de recursos naturais (água, solo, floresta, biodiversidade, paisagem). Na área de Intervenção Foram
identificadas as zonas de protecção parcial da Estrada Nacional (ZPP N1), com o afastamento de 30m e Zonas Propensas
a Inundações. Em que servidões administrativas e restrições de utilidade pública que constam na Planta de
Condicionantes.

Tabela 2: Condicionantes da área de intervenção; Fonte: O Autor do Trabalho

CONDICIONANTES USO PROPOSTA


LEGAL Área de protecção parcial 30m estrada N1 de Área de Recreação
CONDICIONANTES DO PLANO DE PORMENOR (Célula de

acordo com a lei de terras artigo 8;


Agricultura Urbana
Área de protecção de rede eléctrica de Media
tenção 15m acordo com a lei de terras artigo Estacionamento
8;
Os cursos de água numa faixa confinante de Área Agrícola
30m de cada lado a partir do eixo acordo com
a lei de terras artigo 8;
NATURAL - As áreas Húmidas Susceptíveis à Parque Ecológico
Inundações, numa faixa confinante de 15m
acordo com a lei de terras artigo 8;
- Curvas de nível;
CULTURAL Arvores Sagradas embondeiro
Nassapo)

- Cemitérios
- Área reservada ao régulo

Tabela 3: Condicionantes do PDUT de Nampula; Fonte: PDUT de Nampula

CONDICIONANTES OBJECTO DE ESTUDO USO PROPOSTA


LEGAL Área de protecção parcial 30m estrada N1 de Área de Recreação
CONDICIONANTES DO PLANO DO

acordo com
Agricultura Urbana
Área de protecção de rede eléctrica de Media
tenção 15m; Estacionamento
PIDUTO DE NAMPULA

Os cursos de água numa faixa confinante de Área Agrícola


30m de cada lado a partir do eixo;
NATURAL - As áreas Húmidas Susceptíveis à Agricultura Urbana
Inundações, numa faixa confinante de 15m;
- Curvas de nível;

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7 Parâmetros e índices urbanísticos


Tabela 4:Difeentes exemplos de parâmetros e índices urbanísticos; Fonte: PP de Naburi e Mucuache

Tabela 5: Continuação de exemplos de Parâmetros e índices urbanísticos; Fonte: PPU Muhala e Muatala

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FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA
PLANO DE PORMENOR
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UNIVERSIDADE LÚRIO
FACULDADE DE ARQUITECTURA E PLANEAMENTO FÍSICO
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SEMESTRE I – TESE

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8 FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA
EIXOS ESTRATÉGICOS
Este espaço se destaca por ser capaz de atrair e fixar novas actividades e funções destacando a actividade agrícola,
através da alocação e potencialização das áreas de produção, estruturação da rede viária e outras infra-estruturas e
elevação do nível de serviços.

Atendendo às determinações dos Instrumentos de hierarquia superior e assim criar oportunidades a nível económico
mediante a criação de emprego e a nível social e ambiental, através da reorganização do espaço.

Na persecução destes objectivos, articulando com os demais instrumentos de ordenamento territorial de hierarquia
superior, propõe-se a criação de novos usos do solo assim como a potencialização e melhoria do uso já existente, de
modo a potencializar substancialmente a qualidade de vida da população da área e a capacidade produtiva da área,
definindo uma ocupação urbana, a partir da qualificação do solo.

O Plano de Pormenor do Bairro de Nassapo visa, designadamente, a implementação de componentes chaves para o
desenvolvimento do bairro como articulação de uma malha viária dinamizada e estruturante que contribua decisivamente
para resolução dos problemas de gestão territorial, de acessibilidade e mobilidade e em função desta, serão também
atendidos o funcionamento e equilíbrio biofísico desta área através da manutenção de corredores ecológicos que
permitam a preservação e valorização dos ecossistemas.

EIXOS ESTRATÉGICOS
Eixo Estratégico 1 - Reordenamento do Território

a) Qualificação do Espaço Urbano através da distribuição equitativa das diversas funções urbanas interconectadas
entre si e de uso racional do espaço principalmente lotes para habitação;
b) Valorização Urbanística através da definição clara da hierarquia de importância económica e ambiental do espaço;
c) Valorização de Espaços Públicos de Recreio e Lazer como espaços de interesse colectivo de extrema importância
para o equilíbrio ecológico da cidade.

Eixo Estratégico 2 - Gestão de Recursos Naturais e Resíduos

a) Potencialização das capacidades de abastecimento de água potável.


b) Redução de resíduos sólidos, urbanos e aumento de reciclagem como actividade geradora de renda;
c) Promoção da eficiência energética e energia renovável
d) Aumentar o recurso a fonte de energia alternativa
e) Fomento do uso de energias renováveis com a implementação de sistemas de gestão de energia;
Eixo Estratégico 3 - Provisão de Serviços

a) Redução das distâncias através da distribuição espacial equitativa de serviços, unidades sanitárias e unidades de
segurança;

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Eixo Estratégico 4 - Economia e Trabalho

a) Aumentar o número de postos de trabalho qualificado através da integração da comunidade local na implantação do
presente plano;
b) Implementação de empresas promovendo a competitividade económica através do estabelecimento de parcerias
público-privado e assinatura de memorandos.

Eixo Estratégico 5 - Mobilidade

a) Aumentar a segurança e fluidez rodoviária;


b) Garantir a conectividade económica com os polos de grande concentração
c) Planear de forma sistemática as áreas pedonais, de forma a tornar as deslocações pedonais mais seguras e
confortáveis;
d) Promover o uso de transportes com menor impacto ambiental.

Eixo Estratégico 6: Qualidade de Vida

Poluição Atmosférica

a) Elaborar e executar um Plano de Mobilidade sustentável que inclua alternativas de transportes e circuitos, para que
se possa reduzir a tendência de poluição atmosférica e que contribua para o aumento da qualidade do meio ambiente.

Poluição Sonora

a) Elaboração e implementação de Mapas de Ruído;


b) Promoção de soluções de planeamento indutor de redução dos impactos do ruído.

PRINCÍPIOS APLICADOS PARA O DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL


ESPAÇO ADEQUADO PARA ESTRADAS E ESPAÇO PÚBLICO NUMA REDE VIÁRIA EFICIENTE
a) 30-35% Para estradas, 15-20% espaço público/ 50 % lotes;
b) No mínimo 18km de estradas em cada Km²;
c) No mínimo 80 cruzamentos em cada km²;

USO MISTO
a) No mínimo 40% da área dedicada a usos económicos;
b) Usos especializados limitados; blocos de único uso devem ser abaixo de 10% de toda a área de intervenção.

MISTURA DE CLASSES SOCIAIS


a) 50% a área habitacional deve ser para habitação de baixo custo;
b) Cada categoria de uso nunca deve ser acima de 50% do total.

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DENSIDADE ADEQUADA
 No mínimo 15.000 habitantes por km², que corresponde a 150 hab/Há para alta densidade;
 10% a 15% dedicado a área verde.

CONECTIVIDADE
 Maximizar distâncias a percorrer a pé e de transporte público.

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9 PROPOSTAS DE ZONEAMENTO (Plano de Pormenor Célula de Nassapo)


No âmbito da elaboração do plano de pormenor do Bairro de Nassapo, foram consideradas as análises das opções
referidas no capítulo anterior, na qual a opção mais viável é a elaboração de um plano de controlo da dinâmica da
ocupação do solo, e também a situação actual (infra-estruturas, equipamentos, demografia, recursos naturais) e das
áreas existentes no bairro, visando a melhoria e o bom funcionamento do bairro e da vila em geral.

O Plano propõe uma distribuição dos Usos baseando-se no modelo de múltiplos núcleos. Buscando desenvolver a área
em diversos minicentros em que as fases desse desenvolvimento irão decorrer em períodos diferentes, havendo áreas
para expansão dentro dos usos propostos.

RELAÇÃO ENTRE OS USOS


Na produção do desenho e traçado do zoneamento, fez-se um estudo sobre as zonas necessárias que são, Zona
Habitacional, Zona de Lazer e recreação, Zona Ecológica, Zona Mista e Área comercial. Feita a identificação destas
Zonas necessárias, analisou-se as relações existentes entre as zonas para poder alocar as mesmas em áreas
apropriados quanto ao seu entorno.

Tendo a Zona Habitacional como a principal, por consequência ela torna se a Zona com mais relação entre as outras.
Existe uma relação com a Zona ecológica, pelo cultivo que a população fará, pelo turismo da mesma, pela subsistência
que ela dá a Zona Habitacional; Com a Zona Comercial e Mista ela tem relação pelo uso comercial, que faz a zona
habitacional tornar-se num mercado consumidor que frequenta constantemente esta zona mista e pelos serviços que
presta a zona habitacional; Com a Zona de recreação a Zona é influenciada pela Zona habitacional por ser uma zona que
trará não só um ambiente mais fresco e verde ao bairro mas também por ser aqui onde a população pode recorrer para
se distrair e relaxar;

Tabela 6: Uso do solo proposto; Fonte: O Autor do trabalho

USO DO SOLO ÁREA (HA) NÚMERO DE LOTES PERCENTAGEM (%)


PREVISTOS
Baixa 9,92ha 41,80%
163
densidade
Zona Media 19,85%
23.73ha 4,71ha 347 80 37,05%
Habitacional densidade
Alta 38,35%
9,11ha 104
densidade
Zona Mista 3,72ha 7 5,81%

Zona especial 1.7ha 1 2,65%


Zona de Lazer e Recreação 5.30ha 14 8,28%

Zona Ecológica 3,9ha 1 6,09%

Zona comercial 1,47ha 1 2.29%

Equipamentos 9,35ha 9 14,59%


Estacionamento 0,42ha 1 0,65
Vias de Acesso 14,59ha ------- 22,80%

Total 64,05ha 100%

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Mapa 1: Mapa de zoneamento de uso do solo proposto; Fonte: O Autor do trabalho

Distrito de Nacala

Cidade de Nampula

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Zona Habitacional (ZnHb)


Prevê-se para alocação deste uso, nas áreas próximas ou onde actualmente encontram-se aglomerados humanos. Há
zonas construídas e não construídas, as primeiras constituem áreas com potencial para urbanização então elas são
previstas para acolher predominantemente a habitação, preservando aquilo que é o crescimento disperso de baixa, média
e alta densidades, nas segundas que ainda são as não construídas, irão se alocar o uso para futuras expansões. A
Distribuição da zona foi pensada de modo a equilibrá-la e relacionando com as outras Zonas/funções de modo a dotá-la
do privilégio de servidão e acessibilidade aos serviços urbanos para que a maioria seja abrangida.

Quanto as Tipologias, teremos na Zona Habitacional de Baixa Densidade (ZnHaBd), Habitações unifamiliares. Na Zona
habitacional de Media Densidade (ZnHaMd) teremos Edifícios unifamiliares e na zona habitacional de alta densidade
(ZnHaAd) teremos predominância de edifícios multifuncionais.

Os lotes das habitações abrangidas pelas propostas do plano serão realocados, devido a configuração e disposição dos
mesmos.

As habitações que serão demolidas, o espaço dará lugar a novas infra-estruturas e equipamentos de utilização colectiva
para o melhor funcionamento do plano contribuindo para melhor qualidade de vida para as comunidades abrangidas.

Zona Habitacional de Baixa Densidade (ZnHaBd)


A zona de baixa densidade é prevista para as áreas com maior concentração de aglomerados, conservando a densidade
máxima de 16habitações/ha onde o crescimento é o disperso. Seguindo o princípio de mistura social da UN-Habitat, esta
será uma zona para diferentes tipos de habitações incluindo as habitações sociais a preços acessíveis, favorecendo a
população no aspecto económico da área de intervenção e do bairro e por conta deste princípio ela será a zona com
menor área dentro do Uso Habitacional. Estas zonas são propostas com intenção de responder as condições económicas
da área em que a maior parte população é activa e com rendimento económico baixo, em que a maior parte dela pratica
a agricultura como a base de sustento. Para esta zona, prevê-se respeitar os seguintes parâmetros:

 Densidade 0 – 16 habitações por hectare


 Densidade populacional de 80 hab/ha
 Coeficiente de Afectação do Solo (CAS) - 0,3
 Coeficiente de Ocupação do Solo (COS) - 0,6
 Coeficiente de Impermeabilização do Solo (CIS) – 0,5
 Percentagem de área para Espaços Verdes de Utilização Colectiva – 10%
 Percentagem de área para Equipamentos – 10%
 Parqueamento – um lugar por Lote
 Número máximo de pisos – 2
 Cércea máxima - 7m
 Afastamento Frontal – 5 m
 Afastamento lateral – 3m

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FUNDAMENTACAO DA PROPOSTA: POSTO ADMINISTRATIVO DE ANCHILO 7

 Os lotes serão de 20x30 (600m2)

Zona Habitacional de Média Densidade (ZnHaMd)


Com vista a promover o uso racional do solo e expandir o crescimento ordenado, foi proposto uma zona de média
densidade, ela vai preservar a densidade de 35 habitações/ha, os edifícios poderão ser no máximo de 3 pisos com uma
altura máxima de 15m. Esta zona estará subdividida em duas, pra evitar a concentração em massa da população em um
só polo.

Para esta zona, prevê-se respeitar os seguintes parâmetros:

 Densidade habitacional de 20 – 35 habitações por hectare


 Densidade populacional de 180 hab/ha
 Coeficiente de Afectação do Solo (CAS) - 0,2
 Coeficiente de Ocupação do Solo (COS) -0,8
 Coeficiente de Impermeabilização do Solo (CIS) – 0,5
 Percentagem de área para Espaços Verdes de Utilização Colectiva – 10%
 Número máximo de pisos – 3
 Cércea Máxima – 12 m
 Afastamento Frontal – 5m
 Afastamento lateral – 1,5m
 Os lotes serão de 20x30 (600m2)

Zona habitacional de Alta densidade (ZnHaAd)


Para evitar futuras explosões populacionais e dispersão a UN-Habitat, recomenda a utilização das Zonas com alta
densidade, onde poderá ter uma maior concentração de pessoas e suas actividades, preservando uma densidade maior
de 61 Hab/Há. Esta Zona estará localizada em uma das zonas mais altas do bairro, por esta ser a melhor localização
para desenvolver Zonas com este tipo de densidade.

Para esta zona, prevê-se respeitar os seguintes parâmetros:

 Densidade habitacional maior que 61 habitações por hectare


 Densidade populacional maior que 181 hab/ha
 Coeficiente de Afectação do Solo (CAS) - 0,2
 Coeficiente de Ocupação do Solo (COS) -1,2
 Coeficiente de Impermeabilização do Solo (CIS) – 0,5
 Percentagem de área para Espaços Verdes de Utilização Colectiva – 10%
 Número máximo de pisos – 4
 Cércea Máxima – 15 m
 Afastamento Frontal – 5m

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FUNDAMENTACAO DA PROPOSTA: POSTO ADMINISTRATIVO DE ANCHILO 8

 Afastamento lateral – 1,5m


 Os lotes serão de 20x40 (800m2)

Zona Mista (ZnMs)


Para alocação desta zona, foi feita uma análise onde se previu a proximidade a rede viária principal existente, que faz
conexão com a cidade de Nampula e à área reservada para plano, potencializando assim a via principal existente e as
vias secundárias propostas. Será constituída pelo uso Habitacional, comercial e serviços, com fins de criar oportunidade
como empregos locais, promover a economia para o bairro e criar conexões com as áreas vizinhas.

Zona de Lazer e Recreação (ZnLaRe)


Após perceber-se a existência de equipamentos e/ou áreas recreativas no bairro, como estratégia para potencializar esta
situação, propõe-se uma zona de recreação, podendo se considerar o coração verde do bairro onde poderá se
desenvolver actividades de lazer, desporto como futebol, voleibol, basquetebol, danças tradicionais, entre outras. Esta
será uma zona extensa com parque, jardins, estacionamento e centro de convívio visando aliviar as imensas áreas que
serão construídas na urbe.

Parâmetros de dimensionamento de Espaços Verdes


As intervenções nas áreas periurbanas ou caracterizadas como sendo de assentamentos informais devem considerar a
criação de bolsas de espaços para uso da comunidade, como áreas de brincar, praças comerciais, jardins, parques
recreativos, corredores verdes e outros equipamentos de suporte; pois estes espaços têm um papel muito importante na
melhoria da qualidade de vida da comunidade. (Ministério da Terra e Ambiente, maio 2021)

Uso/Ocupação Espaços Verdes e de Utilidade Colectiva/ Espaços


Livres (Minimos)
Habitação Unifamiliar 28m2 por fogo
Habitação Colectiva 28m2 por 120 m2 de AC
Comercio 28m2 por 100 m2 de AC de Comercio
Serviços 28m2 por 100 m2 de AC de Serviços
Indústrias ou Armazéns 23m2 por 100 m2 de AC de Armazéns
Fonte: Adaptado da Ratificação no24/2008. Portugal

Zona ecológica (ZnEg)


Serão áreas dispostas a integração do verde urbano, onde haverá a preservação dos cursos de água existentes no bairro,
pratica da agricultura e também é uma das condições para o uso de espaços adequados ao recreio e lazer da população,
que criará uma estrutura ecológica.

Zona comercial (ZnC)


Esta área estará divida em duas, onde uma estará localizada na ao logo da via principal EN1 e a outra estará Localizada
no centro da área de intervenção de modo a criar uma equidade de adesão aos serviços comerciais, é destinada a prática
do comércio e nela podem ser instaladas bancas, mercearias, lojas, entre outras. Neste espaço os edifícios podem atingir
7m de altura.

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FUNDAMENTACAO DA PROPOSTA: POSTO ADMINISTRATIVO DE ANCHILO 9

EQUIPAMENTO E SERVIÇOS
Educação
O plano propõe a ampliação da escola já existente próximo a área de intervenção, prevendo um espaço reservado para
tal efeito localizado ao lado da escola. A proposta desta escola baseou-se na proximidade as habitações e a servidão
equitativa da população assim como a facilidade de acesso pelas vias propostas.

Saúde
Existe um centro de Saúde na localidade de Anchilo, porem não cobre a população da área de intervenção, para resolver
essa situação propõe-se a alocação de uma unidade sanitária que cobre as necessidades da população, tanto da área
de intervenção assim como dos bairro próximos a área.

Para a escolha do local para a alocação da unidade sanitária foram usados os seguintes critérios:

 Proximidade da zona habitacional: quanto mais próximo a unidade sanitária estiver em relação a zona
habitacional facilitará o acesso aos serviços e ira reduzir as distâncias percorridas;
 Proximidade rede viária: quanto mais próximo estiver em relação a rede viária, facilitará o acesso directo a
unidade sanitária e o escoamento de doentes transferidos para o hospital
 Assentamento da população: existência de população no local tendo em conta um crescimento acelerado,
garantira o funcionamento do posto, de modo que possa atender tanto os habitantes do barro com também dos
bairros vizinhos.

Segurança
Visto que a área de intervenção não apresenta serviços de segurança, neste caso um posto policial, propõe-se um posto
policial na área de intervenção o qual poderá servir ao bairro de Nassapo, este estará localizado entre a UniRovuma e a
Sonil.

Para a escolha do espaço para a colocação dos Posto policial foram usados os seguintes critérios:

 Número da População: quanto mais a população é concentrada em uma determinada região, maior são
problemas sociais a serem encontrados.
 Proximidade a área habitacional: quanto mais próximo o posto estiver a área habitacional, garantirá sua
presença na resolução de problemas sociais da comunidade;
 Proximidade a uma área comercial: quanto mais próximo o posto estiver a área comercial, garantirá a redução
de assaltos, roubos e outros inconvenientes relacionados;
 Acessibilidade: o posto deve estar num ponto de fácil acesso para a comunidade, seja a pé ou usando um
veículo.

Propõe-se a instalação de um Posto Policial com dimensão do lote 20x30 e ocupa uma área de 0,06 hectares.

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FUNDAMENTACAO DA PROPOSTA: POSTO ADMINISTRATIVO DE ANCHILO 10

Mapa 2: Loteamento; Fonte: O Autor do trabalho

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FUNDAMENTACAO DA PROPOSTA: POSTO ADMINISTRATIVO DE ANCHILO 11

INFRAESTRUTURAS
Rede Viária
Para as infra-estruturas viárias, o plano propõe a melhoria da EN1 colocando valas de drenagem, a nível da área de
intervenção, o plano propõe abertura de novas vias primarias que faz ligação com EN1 e também servirão de limites
físicos da área de intervenção e propõe-se abertura de novas vias secundarias e terciarias nas zonas de aglomerados,
passando entre as zonas habitacionais, mistas e de lazer com vista a permitir um fluxo moderado e equilibrado na área
de intervenção.

Figura 1: Perfil e mapa da EN1 cm valas propostas; Fonte: O Autor do trabalho

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FUNDAMENTACAO DA PROPOSTA: POSTO ADMINISTRATIVO DE ANCHILO 12

As vias irão conectar a área de intervenção às outras áreas vizinhas do bairro, criando pontos de entrada e saída que
vão permitir a acessibilidade e potencialização do bairro promovendo diverso recursos.

Estas vias irão dar espaço para a criação ou projecção do traçado de mais vias em Planos de Pormenor, e serão na
maioria vias terciárias e quarternárias de acesso para as áreas residenciais, com faixas para ciclistas e a fim de poder
fazer fluir ainda mais o tráfego.

As vias primárias serão alargadas, contendo um total de 18m de largura, onde os passeios em ambos lados serão de
2m, as faixas simples em cada sentido serão de 4,5m, um separador central de 1m, e uma faixa de ciclovia em cada
sentido com 1m e em cada lado terá valas de drenagem de 1 e serão previstos postes de iluminação no separador e
passeios.

Figura 2: Perfil e planta da via primaria proposta; Fonte: O Autor do trabalho

As vias secundarias terão a função de distribuição das vias terciarias que serão propostas no plano de pormenor. Por
serem vias que irão receber o tráfego ligeiro, escoado das vias primárias para as zonas mais internas da área, possuirão
uma faixa de rodagem de cada sentido com 4m, com passeios de 1,5m em cada lado, valas de 1m de cada lado e uma
ciclovia para cada faixa com 1m em cada sentido, tendo no total uma largura de 15m e serão previstos postes de
iluminação nos passeios.

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FUNDAMENTACAO DA PROPOSTA: POSTO ADMINISTRATIVO DE ANCHILO 13

Figura 3: Perfil e planta da via secundaria proposta; Fonte: O Autor do trabalho

As vias terciarias são vias com maior importância pois são directamente ligadas as zonas residencial, ou seja, têm
menos tráfegos que as vias Secundárias, terão uma largura de 13m, onde possuirão uma faixa de rodagem com largura
de 3,5m para cada sentidos, com passeios de 1,5m dos dois sentidos da faixa de rodagem, valas de drenagem cm 1m
em cada sentido, uma ciclovia em uma das faixas cm 1m e serão previstos postes de iluminação nos passeios.

Figura 4: Perfil e planta da via terciaria proposta; Fonte: O Autor do trabalho

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FUNDAMENTACAO DA PROPOSTA: POSTO ADMINISTRATIVO DE ANCHILO 14

Tabela 7: Tabela de resumo das vias; Fonte: O Autor do Trabalho

CLASSIFICAÇÃO NÚMERO DE VIAS EXTENSÃO LINEAR (KM) LARGURA (m) ÁREA (ha)
Vias Primarias 2 2,74km 18m 4,93ha
Vias Secundarias 6 2,16km 15m 3,24ha
Vias Terciárias 19 4.94km 13m 6.42ha
Total 27 9,84km 46m 14,59ha

Rede Eléctrica
Actualmente, no bairro de Nassapo passa uma linha de Baixa tensão, pretende-se expandir o fornecimento da energia
eléctrica para todos os lotes projectados no presente Plano a partir das vias, para complementar o sistema básico de rede
eléctrica, entretanto a proposta sustenta-se na linha de Baixa tensão, onde serão instalados postos de transformação de
energia e linhas de baixa tensão seguindo o percurso da rede viária. As principais vias públicas deverão ser providas de
iluminação pública e os PT’s terão a capacidade total suficiente para abastecer 103 famílias futuras.

Saneamento
Abastecimento De Água
Com vista a potencializar e maximizar a distribuição da água proposta, a rede de abastecimento de água será feita de
duas formas, por Fontenários e por uma rede pública.

a) Por Fontenários

De acordo com o Manual de implementação de projectos de abastecimento de água rural, um poço/furo com bomba
manual está para 100 famílias, tendo em conta que contaremos também com um sistema de abastecimento de água,
para fortalecer o abastecimento de água para famílias que até um dado momento não terão possibilidade de ter acesso
a rede publica, propõe-se 2 fontenários, que irão captar a água no subsolo através de furos.

b) Rede Pública de abastecimento de água potável

A proposta foca-se no aproveitamento da extensão da rede publica (FIPAG), cujo serão previstos locais de passagem
dos ramais pela área de intervenção.

Drenagem De Águas Pluviais


Para o sistema de drenagem Pluvial, propõe-se um sistema de Macro drenagem com galerias de diâmetro igual a 1,5 m
com uma declividade de 2% e valas de drenagem nas principais rodovias, transportando a água até ao rio Periódico na
zona onde se encontrará a área ecológica.

Sistema de esgoto
Quanto ao sistema de esgotos, propõe-se duas maneiras:

•Uso do sistema de esgoto individual onde recomenda-se o uso de latrinas melhoradas.

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FUNDAMENTACAO DA PROPOSTA: POSTO ADMINISTRATIVO DE ANCHILO 15

•Uso do sistema de esgoto colectivo com o princípio de uso de Fossas sépticas e que posteriormente serão ligadas a
uma rede, na modalidade de Sistema Convencional de Esgoto. Estas águas esgotadas serão transportadas para uma
Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).

Recolha de resíduos sólidos


Quanto a recolha de resíduos sólidos, deverão ser promovidas campanhas de sensibilização da comunidade na recolha
e depósito do lixo em locais apropriados (lixeira institucionalizadas).

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FUNDAMENTACAO DA PROPOSTA: POSTO ADMINISTRATIVO DE ANCHILO 16

10 ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO
A organização e o modelo de gestão caberá às autoridades do Distrito de Nampula que deverão definir no âmbito das
suas competências legais e de forma adequada à sua realidade económica e política, o calendário e os procedimentos
de execução do presente plano. O presente Plano pressupõe que só serão licenciadas ou autorizadas operações
urbanísticas ou obras de edificação, na sequência da aprovação de Projectos Executivos, projectos de arquitectura ou,
supletivamente, de operação de loteamento conjunta, garantindo-se desta forma maior justiça na distribuição de
benefícios e encargos inerentes ao processo de urbanização e edificação, bem como um crescimento urbano mais
qualificado e ordenado, com a necessária reserva de solo urbano para a construção de equipamentos de utilização
colectiva e espaços públicos, com dimensão e qualidade adequada às funções de estadia, recreio e lazer. As tarefas de
programação física e financeira, bem como a definição das estruturas de gestão e parcerias a estabelecer devem ser
desenvolvidas no âmbito das actividades da Localidade e dos seus serviços técnicos, sob pena de se produzir
programação de projectos e acções desfasadas da realidade financeira e política local, bem como dos parceiros e
recursos externos que em cada momento seja possível mobilizar para a concretização dos projectos estratégicos.

Assim, os passos considerados estratégicos no âmbito deste plano que se deverão reflectir nas grandes opções do plano
são:

 Parceiros Público E Privado

Nesse âmbito haverá parceria entre o sector publico (Governo distrital) com o sector privado onde será o provedor do
sistema de distribuição de água ao aquisitor, desde a estacão e distribuição para cada lote gerindo os contractos de
aquisição da agua potável tendo a posse das respectivas taxas para fins lucrativos e manutenção para o bom
funcionamento do sistema, o papel do sector publico será de gestão de todos os processos de implantação dessa
estratégia.

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FUNDAMENTACAO DA PROPOSTA: POSTO ADMINISTRATIVO DE ANCHILO 17

REDE DE ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉCTRICA


Extensão da rede mais próxima, podendo garantir a iluminação pública e abastecimento da energia eléctrica aos
domicílios e os demais lotes, prevendo a linha de media e baixa tensão para garantir a flexibilidade do uso da mesma.

ESTABELECIMENTO DE MEMORANDOS
Os memorandos permitirão que haja uma coordenação entre o Governo distrital, o Fundo do Investimento para o
Abastecimento de Agua (FIPAG) e Electricidade de Moçambique (EDM) de modo que juntos implementem operações
urbanas. Para o presente plano, consideram-se operações urbanas, o conjunto de intervenções e medidas coordenadas
pelo poder público distrital, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes, investidores privados
e outras instituições, com o objectivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais
e a valorização ambiental.

De uma forma geral a estratégia do estabelecimento dos memorandos visa reduzir a burocracia institucional no processo
de concessão, instalação domiciliar de água e energia (Infra-estruturas urbanas básicas). Entretanto uma vez acordado
entre o GDN, FIPAG e EDM, o utente/ Aquisitor poderá abrir o processo de concessão do espaço no GDN/SDPI, efectuar
o pagamento da taxa de ocupação do solo, incluindo as taxas de instalação de água e energia. Caberá ao GDN/SDPI
definir as modalidades de gestão do possível memorando que pode ser:

 Um memorando tripartido (GDN/SDPI, FIPAG e EDM) ou


 Dois memorandos bilaterais (GDN/SDPI e FIPAG; GDN/SDPI e EDM)

Por outro lado, para melhor gestão do processo de concessão e alocação de Infra-estruturas, devera ser contratado um
consultor independente ou criar uma comissão interinstitucional exclusivamente para a cobrança de taxas, concessão,
gestão da base de cadastro e produção de relatórios periódicos.

Presentemente o processo de concessão a alocação de Infra-estruturas básicas requere que o Aquisitor do espaço tenha
que contactar diversas instituições para o efeito:

1º O aquisitor do espaço contacta ao GDN para concessão do espaço;

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FUNDAMENTACAO DA PROPOSTA: POSTO ADMINISTRATIVO DE ANCHILO 18

2º O aquisitor do espaço o FIPAG para instalação de água;

3º O Aquisitor do espaço contacta a EDM para instalação de energia eléctrica;

Este processo sectorizado cria uma triplicação de procedimentos, demora de regularização dos processos dada a
burocracia institucional a ser seguida.

Na presente estratégia prevê-se que o processo de concessão de espaços e alocação de Infra- estruturas seja feito de
forma integrada, ou seja, o aquisitor do espaço irá contactar apenas uma instituição.

A instituição contactada será responsável por conceder o espaço, encaminhar o processo para provisão de água e
energia, reduzindo a burocracia institucional.

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FUNDAMENTACAO DA PROPOSTA: POSTO ADMINISTRATIVO DE ANCHILO 19

11 Anexo

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