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Análises de gases

automotivos

Prof. Felipe Mendes


Disciplina de Metrologia Eletroeletrônica
Curso de Mecânica Automotiva
UNIVATES
INTRODUÇÃO
• O teste de gases do escape serve para verificar
o estado e condições do motor automotivo e
função de suas emissões de poluentes. Depois
de medidos, são observados e comparados
com a legislação existente, estando sujeitos a
aprovação ou reprovação devido seu estado.
Características dos equipamentos
• O analisador de gases, na sua maioria, mede
determina o volume percentual de CO, CO₂,
HC e O₂ contidos nos gases do escape dos
veículos.
• Os gases são capturados através de uma
sonda na descarga, passam por uma série de
filtros, sendo expostos a um facho de luz
infravermelho com um comprimento de onda
específico. Em função da absorção do gás com
infravermelho, é possível identificar o tipo e
percentual do mesmo emitido no escape.
Teste
• Análise das condições do veículo a ser testado,
(vazamentos no escape, sistema ignição e
temperatura).
• Deixar o veículo aquecer a temperatura de
trabalho.
• Adicionar os sensores de temperatura no óleo e
pinça indutiva no cabo de vela.
• Realizar o teste de estanque idade e ajuste zero
do percentual de HC.
• Somente depois disso introduzir a sonda no
escape
Fator lambda
Mistura rica Mistura pobre

0,6 0,8 1 1,2 1,4


Identificação dos gases
Hidrocarbonetos (HC)
É combustível não queimado na
câmara de combustão. Nenhum motor
consegue queimar todo o combustível
contido na mistura. Isto devido ao fato
que quando a frente de chama atinge
as paredes do cilindro (sempre mais
frias), esta desaparece deixando uma
pequena quantidade de combustível
sem queimar.
Identificação dos gases
Monóxido de carbono (CO)
É o resultado da combustão
incompleta ou parcial do
combustível, na câmara de
combustão. No caso de misturas
ricas, a quantidade de CO produzida
está em proporção direta com a
relação ar/combustível.
Alta taxa de CO no escape indica
excesso de combustível ou falta de
oxigênio na mistura; ou seja,
presença de mistura rica.
Identificação dos gases
Oxigênio (O2)
É medido em porcentagem; o
percentual de oxigênio é um
indicador da condição de mistura
pobre. Quando o motor está
funcionando na condição de mistura
pobre, a taxa de O2 cresce assim que
a mistura se torna mais pobre. Com a
mistura no nível apropriado,
catalisador e sistema de
escapamento funcionando
corretamente, a taxa de O2 não deve
ultrapassar o nível de 1% a 2%.
Identificação dos gases
Dióxido de Carbono (CO2)
É resultante da combinação de uma molécula de carbono com
duas de oxigênio, isto durante o processo de combustão. Os
analisadores medem a porcentagem de CO2 presente na amostra
dos gases de escape.
A medição do percentual de CO2 presente nos gases, permite
visualizar a eficiência de funcionamento do motor no momento da
leitura.
Qualquer deficiência verificada no funcionamento do motor,
relacionada com o processo de combustão, afetará o nível de CO2.
Identificação dos gases
Dióxido de Carbono (CO2)
O percentual de CO2 no escape varia
com o tipo de veículo, mas, níveis
superiores a 12% é indicação de
motor funcionando eficientemente e
sistema de escape em boas
condições.
Níveis inferiores a 12% são indicação
de alguma anomalia;
Identificação dos gases
Óxidos de Nitrogênio (Nox)
Geralmente se apresentam com
maior ênfase em motores sob
carga.
São o resultado da presença de
temperaturas superiores a 1300
OC/1400 OC na câmara de
combustão.
Por tanto, qualquer condição que
provoque um aumento excessivo da
temperatura na câmara de
combustão, será causa da geração
excessiva de Nox.
Identificação dos gases
CO corrigido: corrige o valor lido pelo analisador para compensar uma
possível diluição dos gases devido à entrada de ar externo; quando não
há diluição dos gases, os valores de CO lido e CO corrigido são
praticamente iguais.

Diluição: permite quantificar a quantidade de ar externo presente nos


gases de escape; valores de diluição muito baixos influenciam
negativamente as medições.
Identificação dos gases
HC- corrigido: é o valor medido de HC e corrigido quanto a diluição dos
gases do escape, conforme a equação:

HC corrigido = Fator de diluição x HC medido

Fator diluição: é a razão volumétrica de diluição da amostra de gases do


escapamento devido a entrada de ar no sistema, dada pela expressão:

Fator de diluição = 15/(CO+CO2) medidos para veículos com


combustível líquido

Fator de diluição = 12/(CO+CO2) medidos para veículos com


combustível gasoso
Valores e leituras
Legislação
Especificações Proconve
Fase I: vigência a partir de ’88
Obs.: . para atender esta fase foram necessárias modificações de
engenharia em alguns veículos produzidos:
 a partir de ’88: controle aplicado sobre 50% da produção
 a partir de ’90: controle aplicado sobre 100% da produção;
controle de aldeídos e
emissões evaporativas
Legislação
Especificações Proconve
Fase II: vigência a partir de ’92
Obs: . equivalente a E.U.A ‘77
 padrões intermediários que podem ser atendidos com o uso de
catalisador ou injeção eletrônica mono ponto
 80.000 km ou 5 anos de garantia para os componentes de controle de
emissões
Legislação
Especificações Proconve
Fase III: vigência a partir de ’97
Obs.: . equivalente a E.U.A. ’83
 padrões atendidos com o uso de catalisador de 3 vias e injeção
eletrônica multiponto
Emissões
Análise e resultado
Referências
Manavella, Humberto josé., Emissões Automotivas Hm
Autotônica, São Paulo-SP
Alfateste, Manual do analisador de gases G4
Tecnomotor, Manual de equipamentos

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