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ÍNDICE

Título I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ….................................................. 7

Título II – DO TRÂNSITO DO ADOLESCENTE PELO SISTEMA


SOCIOEDUCATIVO …..................................................…......................................... 7

Capítulo I – DA RECEPÇÃO/ACOLHIDA…........................................................... 7
Seção I – DA ADMISSÃO............................................................................. 9
Seção II – DA ACOLHIDA ........................................................................... 12
Seção III – DA INTEGRAÇÃO 12

Capítulo II – DAS TRANSFERÊNCIAS ................................................................. 12


Seção I – DA TRANSFERÊNCIA INTERNAS ….............................................. 12
Seção II – DA TRANSFERÊNCIA PARA OUTRO CENTRO DE
SOCIOEDUCAÇÃO ..................................................................................... 13

Capítulo III – DA DESINTERNAÇÃO .................................................................... 13

Título III – DOS INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS SOCIOEDUCATIVOS …....... 15

Capítulo I – DO ESTUDO DE CASO …...................................................................... 15

Capítulo II – DO PLANO PERSONALIZADO DE ATENDIMENTO – PPA …............. 16

Capítulo III – DO PLANO DE ATENDIMENTO FAMILIAR ….................................... 17


Seção única – DA OPERACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO …........................ 18

Capítulo IV – DO CONSELHO DISCIPLINAR ....................................................... 18


Seção I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ….................................................... 18
Seção II – DA COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DISCIPLINAR …...................... 18

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Seção III – DA DESIGNAÇÃO DOS PARTICIPANTES ….................................. 19
Seção IV – DA COMPETÊNCIA DO CONSELHO DISCIPLINAR …................... 19
Seção V – DA COMUNICAÇÃO DE FALTA DISCIPLINAR …............................ 19
Seção VI – DA APURAÇÃO DE FALTA DISCIPLINAR ….................................. 20
Seção VII – DO REGISTRO …............................................................................ 20
Seção VIII – DAS SESSÕES DO CONSELHO DISCIPLINAR …........................ 21

Capítulo IV – DO CADASTRO INDIVIDUALIZADO MULTIPROFISSIONAL …......... 21

Título IV – DA CONDUTA INTITUCIONAL …........................................................... 23

Capitulo único – DISPOSIÇÕES GERAIS ….............................................................. 23


Seção I - DOS DEVERES DO ADOLESCENTE …............................................. 24
Seção II - DOS DIREITOS DO ADOLESCENTE ................................................ 25
Seção III - DA FALTAS DISCIPLINARES .......................................................... 26
Seção IV - DAS MEDIDAS DISCIPLINARES ..................................................... 26
Seção V - DAS CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES …...................................... 27
Seção VI - DAS CIRCUTÂNCIAS AGRAVANTES ............................................. 27
Seção VII - DOS PROCEDIMENTOS DE APURAÇÃO DE FALTA
DISCIPLINAR ..................................................................................................... 28

Título V – DAS ATIVIDADES SOCIOEDUCATIVAS …............................................ 30

Capítulo I – DO CRONOGRAMA GERAL DE ATIVIDADES....................................... 30

Capítulo II – DAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA ….................................................. 31


Seção I – DO DESPERTAR …............................................................................ 31
Seção II – DO BANHO ........................................................................................ 31
Seção III – DA HIGIENE PESSOAL E HIGIENE DO ALOJAMENTO.................. 31
Seção IV – DO DESJEJUM ................................................................................. 32
Seção V – DAS REFEIÇÕES .............................................................................. 33

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Capítulo III – DAS ATIVIDADES PEDAGÓGICAS ORDINÁRIAS ….......................... 34
Seção I – DA EDUCAÇÃO FORMAL ….............................................................. 34
Seção II – DAS OFICINAS PEDAGÓGICAS E PROFISSIONALIZANTES ….... 34
Seção III - DAS ATIVIDADES EXTERNAS …..................................................... 35
Subseção I – DAS ATRIBUIÇÕES DO RESPONSÁVEL PELO
PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES EXTERNAS ................................... 36
Subseção II – DOS CRITÉRIOS PARA INSERÇÃO DOS
ADOLESCENTES NAS ATIVIDADES EXTERNAS ................................... 37
Subseção III – DA COMUNICAÇÃO À AUTORIDADE JUDICIÁRIA …..... 37
Subseção IV – DO ACOMPANHAMENTO DOS ADOLESCENTES NAS
ATIVIDADES EXTERNAS .......................................................................... 38
Seção IV – DAS ATIVIDADES CULTURAIS, ESPORTIVAS E DE LAZER ….... 38
Seção V – DA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA …..................................................... 39
Seção VI – DA OPERACIONALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES PEDAGÓGICAS
ORDINÁRIAS ….................................................................................................. 40

Capítulo IV – DOS ATENDIMENTOS …...................................................................... 41


Seção I – DO SIGILO E CONTROLE DE INFORMAÇÕES …............................ 41
Seção II– DO ATENDIMENTO DE SAÚDE …..................................................... 41
Seção III – DO ACOMPANHAMENTO TÉCNICO …........................................... 42
Subseção única – DO ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL …............................... 43
Seção IV – DA LIGAÇÃO TELEFÔNICA …......................................................... 43

Título VI – DO CONTROLE E MONITORAMENTO QUANTO AO ACESSO E


CIRCULAÇÃO DE PESSOAS, VEÍCULOS E MATERIAIS...................... 44

Capítulo I – DA ÁREA DE SEGURANÇA 44

Capítulo II – DOS PROCEDIMENTOS COTIDIANOS DE SEGURANÇA................... 44


Seção I – DA PASSAGEM DOS PLANTÕES ..................................................... 44
Seção II – DOS DESLOCAMENTOS DE ADOLESCENTES .............................. 45
Seção III – DOS PROCEDIMENTOS DE REVISTA ........................................... 46
Subseção I – DA REVISTA ESTRUTURAL NOS CENTROS DE
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SOCIOEDUCAÇÃO ............................................................................................. 46
Subseção II – DA REVISTA NOS ADOLESCENTES ......................................... 48
Subseção III – DA REVISTA COMPLETA E INCERTA ...................................... 49
Seção IV – DO REGISTRO DE OCORRÊNCIAS ............................................... 50
Seção V – DO USO DO RÁDIO COMUNICADOR ............................................. 51

Capítulo III – DO ACESSO DE PESSOAS 51


Seção I – DA VISITA EM GERAL ....................................................................... 51
Subseção I – DOS PRESTADORES DE SERVIÇO ........................................... 53
Subseção II – DAS VISITAS DE AUTORIDADES .............................................. 54
Seção II – DOS VOLUNTÁRIOS ......................................................................... 55
Seção III – DOS FORNECEDORES ................................................................... 56
Seção IV– DOS ADVOGADOS ........................................................................... 57
Seção V – DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA............................................................. 57
Seção VI – DOS FUNCIONÁRIOS ..................................................................... 58

Capítulo IV – DO ACESSO E CIRCULAÇÃO DE VEÍCULOS …................................ 58


Seção I – DAS NORMAS GERAIS ...................................................................... 58
Seção II – DO VEÍCULO DE FORNECEDORES ................................................ 59
Seção III – DO VEÍCULO OFICIAL...................................................................... 60
Seção IV – DO VEÍCULO OFICIAL DO CENTRO DE SOCIOEDUCAÇÃO ….... 60
Seção V – DOS VEÍCULOS DE SERVIDORES E DE VOLUNTÁRIOS ….......... 60
Seção VI – DO VEÍCULO DO VISITANTE .......................................................... 61

Capitulo V – DO CONTROLE DE ACESSO DE MATERIAIS …................................. 61


Seção I – DAS NORMAS GERAIS ...................................................................... 61
Seção II – DOS MATERIAIS PROIBIDOS .......................................................... 61
Seção III – DOS MATERIAIS AUTORIZADOS.................................................... 62
Seção IV – DOS MATERIAIS CONTROLADOS ................................................. 62
Seção V – DOS EQUIPAMENTOS ANTI-TUMULTO ......................................... 63
Seção VI – DOS CUIDADOS COM OS MATERIAIS DE USO DIÁRIO ….......... 64
Seção VII – DO FLUXO DE MATERIAIS ............................................................ 65

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Título VII – DAS VISITAS FAMILIARES PARA ADOLESCENTES …..................... 67

Capítulo único – DAS REGRAS GERAIS ….............................................................. 67


Seção I – DOS PROCEDIMENTOS DE VISITAS DE FAMILIARES.................... 67
Seção II – DO FLUXO DE FAMILIARES VISITANTES........................................ 68
Seção III – DA ENTRADA E DA SAÍDA DE OBJETOS E ALIMENTOS.............. 69

Título VIII – DA DISCIPLINA DO USO DA FORÇA PELA SETOR DE


SEGURANÇA............................................................................................................. 71

Capitulo I – DOS REQUISITOS PARA O USO DA FORÇA........................................ 71

Capítulo II – DAS REGRAS PARA O USO DA FORÇA.............................................. 71

Capítulo III – DOS PRINCÍPIOS PARA O USO DA FORÇA …................................... 72

Capítulo IV – DO USO DOS INSTRUMENTOS DE COERÇÃO.................................. 72

Título IX – DO GERENCIAMENTO DAS SITUAÇÕES DE CRISE........................... 74

Capítulo I – DAS CRISES............................................................................................ 73

Capítulo II – DO GERENCIAMENTO.......................................................................... 75

Capítulo III – DA EVACUAÇÃO DO CENTRO DE SOCIOEDUCAÇÃO..................... 77

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RESOLUÇÃO Nº ____/2011

Dispõe sobre os procedimentos


mínimos a serem adotados para
execução da Ação Socioeducativa nos
Centros de Socioeducação e Casas de
Semiliberdade do Estado do Paraná.
Considerando:

•As normativas nacionais e internacionais acerca da Garantia dos Direitos da Criança e


do Adolescente dos quais o Brasil é signatário;
•As diretrizes e princípios constantes no SINASE (Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativo) e na Coleção de Cadernos do IASP;
•O princípio da brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa
em desenvolvimento;
•A necessidade de propiciar condições favoráveis e seguras ao desenvolvimento das
atividades escolares, pedagógicas, esportivas, culturais e de lazer nos Centros de
Socioeducação e Casas de Semiliberdade do Estado do Paraná;
•A necessidade da sistematização e regulamentação dos procedimentos inerentes à
Ação Socioeducativa, tais como: as rotinas diárias, instâncias deliberativas, atividades
pedagógicas, instrumentos pedagógicos, fluxo e registro de informações, acesso e
circulação de pessoas, veículos e materiais na área de segurança, bem como o uso da
força nos Centros de Socioeducação e Casas de Semiliberdade;

A Secretária de Estado da Família e Desenvolvimento Social, no uso de suas


atribuições legais,

RESOLVE

Instituir e regulamentar os procedimentos mínimos a serem adotados pelos Centros de


Socioeducação e pelas Casas de Semiliberdade do Estado do Paraná para a Ação
Socioeducativa.
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Título I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1° A presente Resolução regulamenta procedimentos mínimos a serem


seguidos pela comunidade socioeducativa, afim de uma execução eficaz das Medidas
Socioeducativas de Privação e Restrição de Liberdade no Estado do Paraná.

Art. 2º Entendem-se como procedimentos mínimos para execução da ação


socioeducativa, aqueles que garantem direitos e deveres aos adolescentes submetidos
à internação provisória ou às medidas socioeducativas de privação ou restrição de
liberdade.

Título II
DO TRÂNSITO DO ADOLESCENTE PELO SISTEMA SOCIOEDUCATIVO

Capítulo I
DA RECEPÇÃO/ACOLHIDA

Art. 3º A Recepção é o período onde se inicia o processo socioeducativo e deve


ocorrer de forma gradativa a fim de possibilitar ao adolescente as primeiras interações
com o ambiente.

§ 1º A Recepção/Acolhida será constituída:


I – Pela admissão;
II – Pela integração.

§ 2º A Recepção não ultrapassará o prazo de 07 (sete) dias corridos, salvo no


caso de deliberação da equipe multidisciplinar, podendo ser prorrogada por igual
período, com a finalidade de garantir a segurança do adolescente e a manutenção da
ordem institucional.

Art. 4º A Equipe de Recepção/Acolhida dos Centros de Socioeducação é


responsável por realizar a Admissão do adolescente a quem se atribui a autoria de ato
infracional.

Parágrafo único. A Equipe de Recepção/Acolhida deve ser formada por


Técnicos, Educadores Sociais e Profissional do Setor de Saúde.
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Art. 5º Durante o período de Recepção/Acolhida, o adolescente deverá receber
atendimento multiprofissional e atividades programadas.

Art. 6º Deverá ser fornecido, mediante recibo do adolescente, documento


informativo contendo:
I - As normas, rotinas e procedimentos do Centro de Socioeducação;
II - Informação dos direitos e deveres do adolescente,
III - A previsão das faltas e respectivas sanções disciplinares.

§ 1º. O documento a que se refere o caput do presente artigo ficará na posse do


adolescente durante o período da recepção/acolhida.

§ 2º. Independente do cumprimento do disposto neste artigo, as informações


deverão ser repassadas ao adolescente de forma oral, sempre que se fizer necessário.

Art. 7º Os atendimentos Técnicos a serem realizados durante o período de


recepção/acolhida poderão ser individuais e/ou em grupo e compreendem os serviços
de:
I - Saúde;
II - Psicologia;
III - Serviço Social;
IV - Pedagogia;
V - Terapia Ocupacional;

§ 1º Se o Centro de Socioeducação for desprovido de serviço de saúde, o


serviço será buscado junto aos programas da rede pública.

Art. 8º Durante a Recepção/Acolhida será oportunizado ao adolescente a


realização de atividades lúdicas e/ou de leitura.

Art. 9º Antes de ser totalmente integrado às atividades socioeducativas, bem


como inserido no convívio, deverá ser realizado o estudo de caso do adolescente com a
finalidade de discutir o encaminhamento a ser adotado.
Parágrafo único. Os encaminhamentos serão juntados a pasta individual.

Art. 10º. O adolescente não poderá ser transferido do local da recepção sem ter
realizado todos os atendimentos previstos no artigo 7º, desde que ofertado pelo Centro
de Socioeducação, salvo em caso emergencial avaliado pela equipe multidisciplinar.
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Parágrafo único. Não configura caso emergencial a incapacidade de
atendimento Técnico do Centro de Socioeducação.

Seção I
DA ADMISSÃO

Art. 11º. A Admissão é etapa da Recepção/Acolhida, sendo o momento em que


o adolescente ingressa no Centro de Socioeducação.

Art. 12°. No ato da chegada do adolescente o Centro de Socioeducação, a


guarda externa ou o Servidor responsável pela acesso ao Centro de Socioeducação
deve identificar os seus condutores e comunicar à equipe de recepção e acolhida, que
autorizará a entrada do adolescente.

Art. 13°. Verificando-se a ocorrência do previsto no §1º do artigo 175 do Estatuto


da Criança e do Adolescente – ECA, mesmo quando houver Delegacia Especializada
agregada ao Centro de Socioeducação, a Equipe de Recepção/Acolhida realizará a
admissão do adolescente, somente se este for encaminhado mediante ofício e auto de
prisão em flagrante de ato infracional, expedido pela Autoridade Policial.

Art. 14°. Ao ser realizada a Admissão, a equipe de Recepção Inicial deve:


I - Proceder à identificação do adolescente;
II - Conferir a documentação exigida pelo art. 9º, inciso I a X da
Resolução/SEDS nº066/2011 ;
III – Executar revista minuciosa ao adolescente, bem como aos seus pertences;
IV – Catalogar os pertences pessoais do adolescente;
V – Verificar se existe no adolescente marca de ferimento ou hematoma;
VI - Emitir o termo de recebimento;
VII - Possibilitar a higiene pessoal do adolescente, repassando-lhe vestuário
fornecido pelo Centro de Socioeducação;
VIII - Comunicar imediatamente a família ou representante legal, quanto ao
ingresso do adolescente no Centro de Socioeducação;
IX – Realizar atendimento técnico inicial ao adolescente;
X – Orientar os familiares ou responsáveis legais do adolescente;
XI – Elaborar cadastro institucional, padrão SEDS, para integrar a pasta de
acompanhamento individual;
XII – Efetuar a identificação fotográfica do adolescente para integrar a pasta de
acompanhamento individual;
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XIII – Cadastrar o adolescente no Sistema Sipia/SINASE;

§ 1º O atendimento técnico inicial, a orientação aos familiares ou responsáveis


legais, bem como o cadastro no Sistema Sipia/SINASE, deverão ser feitos em horário de
expediente.

§ 2° Caso o adolescente esteja utilizando medicamento, esta informação deverá


ser repassada imediatamente ao setor de saúde, para que não haja interrupção no
tratamento.

§ 3º A relação de todos os pertences do adolescente deverá ser feita na sua


presença em via única, constando nome e assinatura do Servidor da Equipe de
recepção e do adolescente, devendo permanecer na pasta de acompanhamento
individual.

§ 4º Os bens de valor (dinheiro, jóias, etc.) devem ser colocados em sacos


plásticos, lacrados, identificados e guardados em local de acesso restrito;

§ 5º O vestuário com o qual o adolescente deu entrada no Centro de


Socioeducação deverá ser encaminhado para lavanderia, sendo identificado e
acondicionado em local específico para este fim com o intuito de que possa ser utilizado
pelo adolescente quando da sua saída do Centro de Socioeducação.

§ 6º Os pertences deverão ser, preferencialmente, enviados à família do


adolescente, mediante assinatura do termo de entrega dos pertences pelo setor
responsável.

§ 7º Caso não seja possível realizar a entrega dos pertences à família do


adolescente, estes deverão ser identificados e acondicionados em local apropriado;

§ 8º Se durante a revista forem encontrados quaisquer substâncias e/ou objetos


ilícitos, o responsável pela recepção do adolescente deve encaminhá-lo à Autoridade
Policial para registro do flagrante, acompanhado de uma testemunha e do material
recolhido.

Art. 15°. O encaminhamento de adolescente pela Central de Vagas ocorrerá de


acordo com o disposto na Resolução nº 066/2011 da Secretaria da Família e
Desenvolvimento Social – SEDS/PR, devendo a admissão ocorrer nos termos do artigo
anterior.
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Art. 16º. Compete ao Setor de Saúde, ou a Equipe de Recepção/Acolhida, na
ausência deste, proceder à verificação apontada pelo inciso V do artigo 14 da presente
normativa.

§ 1º Constatado a existência de hematoma e/ou ferimento, deve-se entregar ao


condutor o termo de recebimento com ressalvas que discriminem a condição física do
adolescente, com a assinatura deste e do condutor.

§ 2º Verificado o parágrafo anterior, a equipe registrará o fato em formulário


específico, com o fim de informar ao Ministério Público.

§ 3º Caso seja necessário, o adolescente será encaminhado ao atendimento


Hospitalar.

§ 4º Assim que possível, será realizado o exame de corpo delito;

Art. 17°. Os condutores do adolescente somente serão liberados após a


assinatura do termo de recepção de adolescente, emitido pela equipe de
Recepção/Acolhida.

Art. 18°. Ocorrida a admissão do adolescente, cumprir-se-á o previsto no artigo


6º da presente normativa.

Art. 19º. A Equipe de Recepção/Acolhida ao entregar ao adolescente o


documento previsto no artigo 6º, do presente regulamento, fará com ele a leitura para
que o mesmo assimile e compreenda seu conteúdo.

§ 1º O adolescente poderá a qualquer tempo realizar consulta ao documento


informativo.

§ 2º Para realização da leitura, deverá o adolescente encontrar-se em estado de


lucidez e sobriedade, devendo assinar o termo de responsabilidade.

§ 3º O termo de responsabilidade deverá ser juntado à pasta de


acompanhamento individual do adolescente;

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Seção II
DA ACOLHIDA

Art. 20. A acolhida ocorrerá durante todo o período de recepção do adolescente


ao Centro de Socioeducação, sendo feita de forma respeitosa e humanizada e devendo
comportar, em especial, a formação de vínculos positivos entre Socioeducadores e
adolescentes, indispensáveis à efetivação do processo socioeducativo.

Seção III
DA INTEGRAÇÃO

Art. 21. A integração consiste na inserção gradual do adolescente nas


atividades socioeducativas, devendo hierarquicamente considerar os seguintes
aspectos:
I - Pertencimento a grupos rivais;
II - Idade;
III - Compleição física;
IV - Histórico e complexidade do ato infracional;
V - Grau de escolaridade;

§ 1º. A equipe multiprofissional de referência deverá ser responsável pela


integração do adolescente no Centro de Socioeducação.

§ 2º. A equipe multiprofissional de referência deverá orientar o adolescente


quanto as atividades socioeducativas que terá direito de participação.

Art. 22. A definição do local para qual o adolescente será encaminhado após a
Recepção/Acolhida deverá considerar o disposto no artigo anterior.

Capítulo II
DAS TRANSFERÊNCIAS

Seção I
DA TRANSFERÊNCIA INTERNA
Art. 23. Os pedidos ou indícios da necessidade de transferências internas
deverão ser analisados pela equipe multiprofissional de referência do adolescente
juntamente com o Assistente de Programa do Centro de Socioeducação.

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Seção II
DA TRANSFERÊNCIA PARA OUTRO CENTRO DE SOCIOEUCAÇÃO

Art. 24. Somente será realizada a transferência de adolescentes para outro


Centro de Socioeducação, previamente autorizada pela Central de Vagas, quando:
I – forem identificadas possíveis ameaças a vida ou a integridade física do
adolescente, visando o cumprimento do dever imposto pelo art. 125 do Estatuto da
Criança e do Adolescente;
II – a permanência do adolescente no Centro de Socioeducação ocasionar
estagnação ou retrocesso em seu processo socioeducativo ou ocasione estagnação ou
retrocesso no processo socioeducativo de outros adolescentes no mesmo Centro de
Socioeducação;
III – houver determinação judicial devidamente fundamentada;
IV – garantir o cumprimento ao inciso VI do artigo 124 do Estatuto da Criança e
do Adolescente;

§ 1º. Todo pedido para a transferência de adolescentes para outro Centro de


Socioeducação deverá ser fundamentado por meio de relatório técnico encaminhado a
Central de Vagas;

§ 2º. Em toda transferência deverá ser encaminhado para o Centro de


Socioeducação de destino, cópia da pasta de acompanhamento individual do
adolescente, contento todos os documentos pessoais e processuais, bem como do
Termo de Plano Personalizado de Atendimento e outros que se fizerem necessários;

§ 3º. O técnico de referencia deverá informar a família acerca do motivo e local


de destino do adolescente transferido;

§ 4º. Toda transferência será imediatamente comunicada à autoridade Judicial;

Art. 25. Quaisquer modalidades de transferência, somente acontecerão em


último caso, esgotando-se todas as possibilidades de convivência do adolescente, em
determinado Setor ou Unidade.

Seção III
DA DESINTERNAÇÃO

Art. 26. Nesta etapa do atendimento deverão ser intensificados os cuidados


relativos ao fortalecimento de vínculos entre o adolescente e as instituições sociais, tais
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como a família, a escola, com os programas protetivos e/ou socioeducativos para os
quais o adolescente poderá ser encaminhado.

§ 1º. Os adolescentes deverão ser preparados para o retorno ao convívio


familiar e comunitário, cumprimento de Medidas Socioeducativas e/ou protetivas
aplicadas, bem como a família deverá receber as orientações necessárias em cada
caso;
§ 2º. Caberá à Equipe do Centro de Socioeducação, através de estudos de
caso, relatórios técnicos e do Plano Personalizado de Atendimento, avaliar e indicar as
necessidades de atendimento de saúde, educação, trabalho, cultura, lazer, esporte, etc.,
para o desenvolvimento integral do adolescente, em prosseguimento ao trabalho que já
vinha sendo desenvolvido no Centro de Socioeducação;

§3º. No caso de progressão de medida socioeducativa, deverão ser


encaminhados ao novo programa, cópia da pasta de acompanhamento individual do
adolescente, contendo todos os documentos pessoais e processuais, bem como do
Termo de Plano Personalizado de Atendimento e outros que se fizerem necessários.

§4º. Nos casos de Progressão para medida socioeducativa em meio aberto ou


extinção de medida, deverá ser encaminhada a Central de vagas, cópia do Alvará de
desinternação.

§5º. No caso de encaminhamento de adolescente diretamente a sua família, a


entrega deverá ser realizada mediante termo de recebimento assinado pelo condutor,
pais ou responsável legal.

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Título III
DOS INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS SOCIOEDUCATIVOS

Art. 27. São instrumentos pedagógicos inerentes ao processo socioeducativo:


I – Estudos de Caso;
II – Plano Personalizado de Atendimento;
III – Plano de Atendimento Familiar
IV – Conselho Disciplinar;
V – Cadastro Individualizado Multidisciplinar

Capítulo I
DO ESTUDO DE CASO

Art. 28. O Estudo de caso é ferramenta indispensável para o desenvolvimento


da ação socioeducativa e consiste em método de investigação composto pelas
seguintes etapas:
I – Coleta de informações;
II – Análise dos dados coletados;
III – Determinação dos encaminhamentos propostos pela equipe
multiprofissional do Centro de Socioeducação;

§1° Participam do estudo de caso todos os socioeducadores que possam


contribuir para o desenvolvimento das etapas do processo socioeducativo do
adolescente, preferencialmente com a participação do educador de referência.

§2° Somente terá validade o estudo de caso que contar com a representação de
no mínimo (4) setores do Centro de Socioeducação, assegurando-se entre os
representantes, os setores: PROEDUSE, Saúde, Equipe Técnica, Educadores Sociais e
Direção.

§3° Os encaminhamentos decididos durante o estudo de caso deverão ser


registrado no prontuário do adolescente.

§4° Os encaminhamentos decididos pelos participantes do estudo de caso


deverão ser consensualizados.

Parágrafo Único: Mediante avaliação da equipe de referência do Centro de


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Socioeducação, poderão ser convidados para participação de estudo de caso
profissionais da rede de atendimento local e/ou demais programas e serviços como de
Liberdade Assistida e Prestação de Serviço à Comunidade, a fim de refletir
conjuntamente sobre os possíveis encaminhamentos a serem realizados.

Art. 29. O estudo de caso deve ser, obrigatoriamente, realizado:


I – Durante a recepção do adolescente;
II – Para elaboração de relatório e encaminhamentos;
III – Para construção do Plano Personalizado de Atendimento;
IV – Para a realização de Transferências entre Centros de Socioeducação;
V – Para realização de atividades externas.

Capítulo II
DO PLANO PERSONALIZADO DE ATENDIMENTO – PPA

Art. 30. O Plano Personalizado de Atendimento - PPA constitui-se o instrumento


base para a construção do projeto de vida do adolescente que cumpre medida
socioeducativa de privação ou restrição de liberdade e deverá considerar:
I – Suas perspectivas presentes e futuras;
II – Sua condição enquanto sujeito de direitos;
III – Sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;
IV – O princípio da brevidade;

Art. 31. Todo adolescente cumprindo medida socioeducativa de internação e


internação sanção tem direito a um Plano Personalizado de Atendimento, independente
do seu tempo de privação de liberdade.

Art. 32. O Plano Personalizado de Atendimento deve ser constituído de


compromissos gerais e específicos e metas objetivas, firmados entre adolescentes e
equipe de referência, devendo atender ao que foi decidido em estudo de caso e ainda
abranger entre outros aspectos, os seguintes:
I – Imagem pessoal;
II – Saúde Integral;
III – Relações Familiares, comunitárias e interpessoais;
IV – Educação Formal;
V – Trabalho;
VI – Esporte;
VII – Cultura;

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VIII – Lazer;
IX – Iniciação profissional e/ou profissionalização;
X – Espiritualidade;

Art. 33. O Plano Personalizado de Atendimento deverá ser acompanhado pela


equipe multiprofissional do Centro de Socioeducação, contando com o apoio da família e
da rede social mobilizada, implicando no compromisso de todos os envolvidos em
concretizar os passos estratégicos para viabilização das metas planejadas.

Art. 34. A formalização do Plano Personalizado de Atendimento, assinado em


conjunto com o adolescente, Direção e sua equipe de referência e representante da
família, se possível, deverá ser encaminhado ao Poder Judiciário para constar nos autos
pelo qual o mesmo cumpre a medida socioeducativa.

Capítulo III
PLANO DE ATENDIMENTO FAMILIAR

Art. 35. O trabalho com as famílias deve:


I – fortalecer o vínculo entre os Centros de Socioeducação e as famílias dos
adolescentes atendidos;
II – coordenar esforços de cooperação entre os pais e ou responsáveis, e
companheiros (as) e os Centros de Socioeducação, visando o melhor atendimento dos
adolescentes e das famílias;
III – oportunizar aos pais, companheiros (as) e filhos a aquisição e a ampliação
de conhecimentos e valores que fortaleçam o convívio familiar e comunitário e
possibilitem meios para um melhor relacionamento familiar;
IV – favorecer aos pais, companheiros (as) e filhos a reflexão sobre ações e
posturas saudáveis voltadas ao desenvolvimento dos membros da família;
V – Orientar a família para garantia do acesso a programas e políticas públicas
ofertados pela rede de atendimento;
VI – fornecer aos pais, companheiros (as) e filhos e adolescente informações,
orientações e apoio para o exercício da função social da família; e
VII – ampliar a comunicação entre os pais e os filhos, entre os adolescentes,
seus companheiros (as) e filhos, com vistas a propiciar durante e após o período de
internação provisória e/ou internação, uma convivência mais harmoniosa e saudável.

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Seção Única
DA OPERACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO

Art. 36. Os familiares são co-responsáveis no processo socioeducativo do


adolescente, devendo o Centro de Socioeducação viabilizar sua visita aos adolescentes
como previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Art. 37. O trabalho com as famílias deverá constar de:


I – Visitas Domiciliares pela equipe de referência do adolescente;
II – Grupos de famílias e/ou adolescentes dentro do Centro de Socioeducação;
III – Atendimentos individuais;
IV – Visita familiar para o adolescente dentro do Centro de Socioeducação;
V – Ligações telefônicas e outros meios de comunicação;

Capítulo IV
DO CONSELHO DISCIPLINAR

Seção I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 38. Instituir o Conselho Disciplinar enquanto instrumento pedagógico para o


desenvolvimento do adolescente durante o cumprimento da medida judicial de
internação provisória, bem como durante o cumprimento das medidas socioeducativas
de internação.
Parágrafo único. O fundamento de tal instrumento é a responsabilização e a
conscientização do adolescente, por meio da reflexão acerca das conseqüências de
seus atos.
Seção II
DA COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DISCIPLINAR

Art. 39. O Conselho Disciplinar é órgão permanente e autônomo no qual podem


participar quaisquer integrantes da comunidade socioeducativa.

Art. 40. As deliberações devem ser preferencialmente obtidas por consenso dos
participantes, cabendo à Direção, ou na impossibilidade deste - substituto designado -
mediar as discussões e garantir a decisão que alcance o resultado previsto no parágrafo
único do artigo 38 da presente resolução.

Art. 41. O quórum necessário para instalação do Conselho é de 01 (um)


representante de cada setor, havendo a obrigatoriedade da representação de ao menos
03 (três) setores, além da direção do Centro de Socioeducação, ou de servidor por ele
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designado.

Seção III
DA DESIGNAÇÃO DOS PARTICIPANTES

Art. 42. Cada setor deverá designar seu(s) participante(s), respeitando-se o


critério de maior apropriação do processo socioeducativo do(s) adolescente(s),
submetido(s) ao Conselho Disciplinar.

Seção IV
DA COMPETÊNCIA DO CONSELHO DISCIPLINAR

Art. 43. Compete ao Conselho Disciplinar:


I – realizar a oitiva das pessoas diretamente envolvidas nos fatos narrados em
comunicado;
II – realizar diligências para elucidar falta disciplinar cometida por adolescente;
III – deliberar sobre a falta disciplinar cometida por adolescente;
IV – deliberar acerca da aplicação de medida disciplinar;
V – registrar e manter arquivo de todos os seus atos;
VI – determinar o cumprimento das suas deliberações;
VII – deliberar quanto ao remanejamento de alojamento, quando não
contemplado no artigo 23, e referente à execução de atividades diferenciadas e
participação em eventos.
VIII – indicar a realização de estudo de caso para deliberar providências frente a
situações de estagnação ou regressão de adolescentes no desenvolvimento do
processo socioeducativo.

Seção V
DA COMUNICAÇÃO DE FALTA DISCIPLINAR

Art. 44. Toda falta disciplinar cometida por adolescente, e que ensejar
manifestação do Conselho Disciplinar, deverá ser comunicada ao Diretor do Centro de
Socioeducação e aos técnicos de referência do adolescente, mediante a elaboração de
instrumento denominado Comunicado, além do registro no Cadastro Individualizado
Multidisciplinar.

§ 1º. O Comunicado conterá obrigatoriamente:


I – identificação por numeração seqüencial;
II – o nome e a identificação do adolescente;
III – o local e a hora da ocorrência;
IV – a falta atribuída ao adolescente;
V – a descrição minuciosa do fato;
VI – a indicação da norma infringida;
VII – quando existir testemunhas, arrolar no máximo 03 (três);
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§ 2º. Na hipótese de falta disciplinar cometida no perímetro da área de
segurança do Centro de Socioeducação, assim compreendido o intra-muros, compete a
(aos) servidor(es) que presenciou e ou presenciaram a falta disciplinar elaborar o
comunicado e remetê-lo ao assistente de programas ou na falta deste ao Diretor, no
prazo máximo e improrrogável de 48hs, contadas da hora do fato ou no primeiro dia útil
à considerar finais de semana e feriados prolongados.

§ 3°. Na hipótese de falta disciplinar cometida fora do perímetro da área de


segurança do Centro de Socioeducação, o (aos) servidor(es) que, por qualquer meio,
presenciar ou presenciarem, ou tiver conhecimento do fato, deverá(ão) comunicá-lo ao
assistente de programas e elaborar Comunicado e encaminhá-lo em prazo não superior
à 24hs ao Diretor.

Seção VI
DA APURAÇÃO DE FALTA DISCIPLINAR

Art. 45. A apuração da autoria da falta disciplinar ocorrerá mediante os


seguintes procedimentos:
I – análise do Comunicado para verificar se preenche os requisitos e
formalidades estabelecidas no Art. 44, §1°.
II – análise de eventuais documentos ou materiais apreendidos;
III – oitiva das partes envolvidas;
IV – oitiva das testemunhas arroladas;
V – análise de outros documentos juntados ao procedimento.

Art. 46. A seu juízo os membros designados do Conselho Disciplinar poderão


vistoriar o local onde os fatos ocorreram.

Art. 47. Encerrados os procedimentos a que alude o artigo 45, será elaborado
relatório que deverá conter o resumo dos fatos.

Seção VII
DO REGISTRO

Art. 48. A apuração da autoria da falta disciplinar ocorrerá mediante os


seguintes procedimentos:
I – Encerradas as oitivas e não sendo necessária a produção de novas peças ou
a realização de novas diligências, o Conselho Disciplinar proferirá decisão e deliberará
pela medida disciplinar mais adequada.
II – A decisão do Conselho Disciplinar deverá ser fundamentada e descreverá,
em relação a cada adolescente, separadamente, a falta disciplinar que lhe é atribuída,
as provas colhidas e, se for o caso, a medida aplicada.
III – As decisões e encaminhamentos tomados pelo Conselho Disciplinar
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deverão ser registrados em livro próprio e assinado pelos participantes, sendo informado
aos adolescentes por servidor designado pelo conselho.

Seção VIII
DAS SESSÕES DO CONSELHO DISCIPLINAR

Art. 49. O Conselho Disciplinar realizará sessões ordinárias conforme


cronograma previamente elaborado, na sede administrativa do Centro de
Socioeducação;

Art. 50. O Conselho Disciplinar se reunirá extraordinariamente quando


convocado pelo Diretor ou por quem o representar, conforme necessidade.

Art. 51. O Diretor, incontinenti à decisão do Conselho Disciplinar, determinará as


seguintes providências:
I – promoverá a aplicação da medida disciplinar deliberada pelo Conselho
Disciplinar e tomará as providências para dar ciência ao adolescente e pais e ou
responsável legal, quando ser julgado necessário pelo próprio conselho;
II – mandará extrair cópia da decisão do Conselho Disciplinar e juntar ao
prontuário do adolescente;
III – na hipótese de falta de natureza grave, ex ofício, mandará extrair cópia e
expedir comunicação ao Juízo competente;
VI – determinará às áreas competentes o início da execução da medida
disciplinar.

Capítulo VI

CADASTRO INDIVIDUALIZADO MULTIDISCIPLINAR – CIM

Art. 52. - O Cadastro Individualizado Multidisciplinar é um instrumento no qual


são registradas informações relevantes sobre o adolescente a fim de contribuir para o
andamento do seu processo socioeducativo, bem como facilitar a comunicação entre os
profissionais sobre o cotidiano do adolescente durante o cumprimento da medida
socioeducativa.

Art. 53. Toda a comunidade socioeducativa poderá alimentar e acessar o


Cadastro Individualizado Multidisciplinar, quando necessário.
Parágrafo único. Para o registro de informações deverá ser levado em
consideração questões éticas pertinentes a cada área profissional;

Art. 54. A responsabilidade pela sistematização do Cadastro Individualizado


Multidisciplinar compete ao Assistente de Programa.

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Art. 55. Deverão ser registrados no Cadastro Individualizado Multidisciplinar as
seguintes informações, dentre outras que se julgue relevantes para acompanhamento do
adolescente durante a execução da Medida Socioeducativa:

I. medidas disciplinares avaliadas em conselho disciplinar;


II. histórico de saúde;
III. uso de medicamentos;
IV. orientações técnicas;
V. contatos de familiares;
VI. histórico de desavenças;
VII. histórico de transferências;
VIII. atividades externas realizadas e ou restrições;
IX. cursos realizados;
X. o Plano Personalizado de Atendimento;
XI. ocorrências de tentativa de suicídio;
XII. envolvimento em eventos de crise;
XIII. breve histórico familiar;
XIV. visitas domiciliares realizadas;
XV. restrições de visita;
XVI. documentos pessoais do adolescente, onde e com quem estão
XVII. escolaridade;
XVIII. equipe de referência do adolescente no Centro de
Socioeducação;
XIX. contatos da rede de atendimento;
XX. relato e providências dos estudos de caso;

Art. 56. Uma cópia do Cadastro Individualizado Multiprofissional deverá ser


encaminhado juntamente com os demais documentos quando o adolescente for
transferido para outro Centro de Socioeducação ou Casa de Semiliberdade.

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Título IV
DA CONDUTA INSTITUCIONAL

Capítulo Único
Disposições Gerais

Art. 57. A segurança e a disciplina são instrumentos indispensáveis à


viabilização da ação socioeducativa e da personalização do atendimento do
adolescente, e constituem condição imprescindível para se atingir os objetivos da
medida socioeducativa de privação de liberdade, consubstanciados na manutenção da
ordem pública, no respeito às determinações emanadas das autoridades e de seus
agentes, na participação das atividades pedagógicas e no cumprimento da medida
imposta.

Art. 58. Não haverá medida disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou
regulamentar e nem sanção em razão de dúvida ou suspeita.

Art. 59. A medida disciplinar deve ter caráter educativo e sancionatório,


respeitará os direitos fundamentais e a individualização da conduta do adolescente.

Art. 60. Não será aplicada medida disciplinar de caráter coletivo.

Parágrafo Único – Na hipótese de evento onde se verifique a concorrência de


adolescentes para o cometimento da falta disciplinar, incidirá nas mesmas sanções
cominadas ao autor, na medida da participação de cada um.

Art. 61. É defeso medida disciplinar que implique tratamento cruel, desumano,
degradante ou vexatório.

Art. 62. Nenhum adolescente poderá ser responsabilizado, mais de uma vez,
pelo mesmo fato.

Art. 63. É vedada a medida disciplinar que importe prejuízo à escolarização, ao


acompanhamento técnico e ao atendimento à saúde.

Art. 64. A medida disciplinar será deliberada pelo Conselho Disciplinar e


aplicada na forma que esse órgão indicar, observado em todos os casos as disposições
legais.

Art. 65. O Educador Social, mediante ato motivado e fundamentado, poderá


determinar o recolhimento do adolescente, até a realização do Conselho disciplinar, não
superior a 72 horas, para preservar a segurança, a disciplina ou a ordem no interior do
Centro de Socioeducação, vedada a incomunicabilidade.
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Art. 66. Todo adolescente poderá peticionar ao Diretor do Centro de
Socioeducação quando julgar indevida a medida disciplinar imposta pelo Conselho
Disciplinar.

Parágrafo Único – A petição escrita ou reduzida a termo será elaborada por


qualquer funcionário do Centro de Socioeducação ao qual o adolescente tiver acesso,
oportunizando assim a agilidade e a disponibilidade do acesso a garantia de direito de
defesa

Art. 67. Na aplicação da medida disciplinar será observado o princípio da


proporcionalidade e levar-se-ão em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as
consequências do fato.

Art. 68. Em qualquer caso, computa-se, ao período de cumprimento da medida


disciplinar, o tempo de permanência cumprido em medida cautelar.

Art. 69. As faltas disciplinares serão de natureza leve, média ou grave.

Art. 70. Não haverá falta disciplinar quando o Conselho Disciplinar avaliar que o
adolescente agiu em:
I – legítima defesa;
II – estado de necessidade;
III – coação irresistível;

Art. 71. Aplicam-se subsidiariamente as normas contidas no Caderno Rotinas de


Segurança da Coleção Cadernos do IASP.

Seção I
DOS DEVERES DO ADOLESCENTE

Art. 72. O adolescente privado de liberdade tem o dever de submeter-se às


normas de execução da medida socioeducativa de internação e internação provisória,
além das obrigações legais.

Art. 73. São deveres do adolescente:


I – cumprir a medida socioeducativa imposta e as obrigações dela decorrentes;
II – comportar-se adequadamente, tratar com ----- respeito as autoridades, os
servidores, os visitantes e os demais adolescentes;
III – ter conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de subversão à
ordem pública, à disciplina ou à segurança;
IV – ter conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga;
V – obedecer ao servidor no desempenho de atribuições funcionais;
VI – participar das atividades previstas na agenda socioeducativa ou no plano
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personalizado de atendimento;
VII – cumprir a medida disciplinar legalmente imposta;
VIII – zelar pelo uso adequado e pela conservação dos bens ----- que lhe forem
destinados pela Administração ou pela família;
IX – manter a higiene pessoal e conservar limpo e organizado o seu alojamento;
X – submeter-se aos procedimentos de segurança definidos pelo Centro de
Socioeducação;
XI – encaminhar ao educador(a) social objetos ou valores, cuja entrada, posse ou
circulação não sejam permitidos;
XII – devolver ao educador(a) social objetos fornecidos pelo Centro de
Socioeducação e destinados ao uso pessoal, quando do seu desinternamento;
XIII – atender a chamada nominal para o controle de segurança e disciplina
quando houver;
XIV – usar vestuário padronizado, fornecido pelo Centro de Socioeducação;
XV – submeter-se ao tratamento de saúde indicado pela prescrição médica;

Seção II
DOS DIREITOS DO ADOLESCENTE

Art. 74. São direitos do adolescente privado de liberdade:


I – entrevistar-se pessoalmente com o representante do Ministério Público;
II – peticionar diretamente a qualquer autoridade;
III – avistar-se reservadamente com seu defensor;
IV – ser informado de sua situação processual, sempre que solicitada;
V – ser tratado com respeito e dignidade;
VI – permanecer internado na mesma localidade ou naquela mais próxima ao do-
micílio de seus pais ou responsável;
VII – receber visitas, ao menos, semanalmente;
VIII – corresponder-se com seus familiares e amigos;
IX – ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio pessoal;
X – habitar alojamento em condições adequadas de higiene e salubridade;
XI – receber escolarização e profissionalização;
XII – realizar atividades culturais, esportivas e de lazer:
XIII – ter acesso aos meios de comunicação social;
XIV – receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o
deseje;
XV – manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para
guardá-los, recebendo comprovante daqueles porventura depositados em poder do Cen-
tro de Socioeducação;
XVI – receber, quando de sua desinternação, os documentos pessoais indispen-
sáveis à vida em sociedade;
XVII – receber orientação sobre as normas de conduta e de convivência vigentes
no Centro de Socioeducação;
XVIII – ser chamado pelo seu nome;
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XIX – ser protegido contra qualquer forma de sensacionalismo;
XX – ter garantido o sigilo das informações atinentes ao seu estado.

Seção III
DAS FALTAS DISCIPLINARES

Art. 75. Considera-se falta disciplinar de natureza leve, aquelas que não
implicam em danos a integridade física, moral, psicológica, a pessoas, além do
patrimônio, passíveis de orientação

Art. 76. Considera-se falta disciplinar de natureza média, são transgressões que
envolvem ações que visam perturbar a rotina normal do Centro de Socioeducação,
manipular e ludibriar servidores e adolescentes.

Art. 77. Considera-se falta disciplinar de natureza grave, referem-se aquelas que
põem em risco o patrimônio a integridade moral, física e psicológica do adolescente e
dos funcionários:

Art. 78. A classificação da natureza das faltas disciplinares será realizada de


acordo com o regimento interno de cada Centro de Socioeducação, devendo o
Regimento Interno passar por apreciação e aprovação técnica e jurídica da
Coordenação da Socioeducação.

Paragrafo único: Aplicam-se subsidiariamente as normas contidas no Caderno


Rotinas de Segurança da Coleção Cadernos do IASP.

Seção IV
DAS MEDIDAS DISCIPLINARES

Art. 79. São Medidas Disciplinares aplicáveis ao adolescente:


I – advertência verbal;
II – repreensão;
III – suspensão de atividade recreativa e de lazer;
IV – suspensão de saída autorizada;
V – recolhimento a local adequado e separado;
VI – redução do tempo de visita familiar;
VII – suspensão de atividades externas.

Art. 80. Ao adolescente incurso em medida disciplinar será assegurado:


I – atendimento técnico semanal, conforme agenda educacional;
II – atendimento à saúde, conforme agenda educacional;
III – banho de sol no mínimo semanal, conforme agenda educacional;
IV – escolarização, conforme agenda educacional;

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Art. 81. Cabe ao Conselho Disciplinar definir o número de dias a serem
aplicados aos adolescentes, ressaltando que o prazo não exceda 15 dias, por medida.

§1°. No caso de adolescentes que estão em cumprimento de medidas disciplinar


que cometem novas faltas de natureza leve e média, durante o cumprimento da medida
o Conselho poderá estender este prazo para no máximo de 20 dias a contar da data da
primeira medida aplicada.
§2°. No caso de cometimento de uma nova infração de natureza grave durante
o cumprimento da medida, esta medida será suspensa e aplicado uma nova medida
disciplinar.
§3°. Na internação provisória, a avaliação das faltas disciplinares e as medidas a
serem aplicadas devem considerar a brevidade da permanência do adolescente e a
condição peculiar de apreensão recente, suscetível a influência de fatores externos que
podem afetar o comportamento.

Seção V
DAS CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES

Art. 82. Consideram-se circunstâncias atenuantes da falta disciplinar:


I – primariedade em falta disciplinar;
II – bons antecedentes no Centro de Socioeducação;
III – assiduidade e bom comportamento nas atividades educacionais;
IV – bom desempenho e atingimento das metas do PPA – Plano Personalizado
de Atendimento;
V – ter desistido de prosseguir no cometimento da falta disciplinar;
VI – comprovado desconhecimento da norma infringida;
VII– ter cometido a falta disciplinar sob coação a que podia resistir, ou em
cumprimento de ordem, ou sob a influência de violenta emoção provocada por ato
injusto de terceira pessoa;
VIII – ter o adolescente confessado espontaneamente, perante a autoridade
administrativa, a autoria da falta disciplinar;
IX– em face de circunstância relevante, anterior ou posterior a falta disciplinar,
embora não expressamente regulamentada.

Seção VI
DAS CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES

Art. 83. Consideram-se circunstâncias agravantes da falta disciplinar:


I – reincidência em falta disciplinar;
II – ter o adolescente cometido a falta disciplinar por motivo fútil ou torpe;
III – para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade, ou
vantagem em outra falta disciplinar;
IV – cometer falta disciplinar à traição, de emboscada, com dissimulação ou
abuso de confiança;
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V – com emprego de fogo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que
podia resultar perigo comum;
VI – sob efeito de substância análoga a droga;
VII – em concurso de outros adolescentes;
VIII – mediante promoção, organização ou cooperação no cometimento de falta
disciplinar ou ainda, quando dirige, comanda ou por qualquer forma lidera a atividade
dos demais participantes;
IX – quando coagir ou induzir outros adolescentes à execução de falta
disciplinar;
X – quando instiga ou determina o cometimento de falta pessoa não punível em
virtude da condição ou qualidade pessoal;
XI – quando executa a falta disciplinar, ou nela participa, mediante paga ou
promessa de recompensa.

Seção VII
DOS PROCEDIMENTOS DE APURAÇÃO DE FALTA DISCIPLINAR

Art. 84. Na hipótese da falta disciplinar ocorrer na presença do servidor, serão


adotadas as seguintes providências:
I – se o fato configurar falta disciplinar de natureza leve, caberá a aplicação de
advertência verbal com o devido registro;
II – se o fato configurar falta disciplinar de natureza média, o educador(a) social
deverá recolher o adolescente ao seu alojamento ou poderá recolhê-lo à ala de medida
disciplinar, conforme as circunstâncias e com o devido registro;
III – se o fato configurar falta disciplinar de natureza grave, o educador(a) social
deverá recolher o adolescente ao seu alojamento ou à ala de medida disciplinar;
IV – apreender o produto e os instrumentos da infração disciplinar se houver.
V – Comunicar o fato imediatamente ao Referência de Equipe e ou Assistente
de Programa;

Art. 85. Ato continuo, o educador(a) social deverá elaborar comunicado que
conterá:
I – identificação por numeração sequencial;
II – o nome do adolescente a quem se atribui a infração disciplinar;
III – o local e a hora do fato;
IV – a descrição circunstanciada do fato;
V – a falta disciplinar atribuída ao adolescente;
VI – a indicação da norma infringida;
VII – quando houver testemunha, arrolar no máximo 03 (três)
VIII – o nome completo, a função, a data e a assinatura do educador(a) social
que o elaborou;
IX – o nome completo, a função, a data e a assinatura do educador(a) social
referência da equipe;
X – o nome completo, a função, a data e a assinatura do educador(a) social
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Assistente de Programa;
XI – juntar o produto e os instrumentos da infração disciplinar se houver;
XII – encaminhá-lo ao educador(a) social Assistente de Programa que o
despachará para a direção no prazo máximo de 48h (quarenta e oito horas), ou no
primeiro dia útil à considerar finais de semana e feriados prolongados.

Art. 86. A direção dará recibo do comunicado à parte interessada e o remeterá


ao Conselho Disciplinar que providenciará, no prazo máximo de 72 (setenta e duas)
horas, contadas da data do fato, a oitiva do adolescente, do educador(a) social e das
testemunhas arroladas, quando houver.

Art. 87. Os pais ou o responsável legal por adolescente a quem se atribui


autoria de falta disciplinar de natureza grave serão comunicados, pelo técnico
responsável.

Art. 88. Concluída a oitiva a que alude o artigo 86, as peças produzidas serão
paginadas e a elas será juntada e encaminhadas à Direção para inclusão na pauta do
Conselho Disciplinar.

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Título V
DAS ATIVIDADES SOCIOEDUCATIVAS

Art. 89. O caráter pedagógico deve ser privilegiado em detrimento da simples


privação de liberdade.
Parágrafo único. São atividades pedagógicas extras curriculares que poderão
ser concedidas ao adolescente:
I – participar de atividades cívicas, culturais, esportivas;
II – assistir programa esportivo, no interior do Centro de Socioeducação, em
horário especial, definido pelo Conselho Disciplinar;
III – participar de evento relacionado às atividades educacionais ou laborais em
que está inserido;
IV – concorrer em eventos culturais ou esportivos;
V – ingressar em programas desenvolvidos pelo Centro de Socioeducação.

Art. 90. Toda atividade desenvolvida tem caráter educativo, devendo estar em
consonância com a proposta pedagógica do Centro de Socioeducação conforme
legislação em vigor.

Art. 91. Há restrições ao acesso às atividades enquanto o


adolescente estiver em período de recepção, integração, medida disciplinar, oferecer
risco a segurança da instituição ou por determinação médica.

Parágrafo único. Sugestão: A restrição de atividade deverá ser devidamente


fundamentada, com registro em livro de ocorrências, e imediata comunicação ao
Assistente de Programa e/ou Coordenação Pedagógica, o(a) qual dará ciência à
Direção.

Capítulo I
DO CRONOGRAMA GERAL DE ATIVIDADES

Art. 92. A rotina dos adolescentes deverá obedecer a um cronograma diário, o


qual pode ser alterado conforme a necessidade e capacidade de execução dos Centros
de Socioeducação, sendo esse considerado um documento oficial do Centro de
Socioeducação.

Art. 93. O cronograma deverá ser planejado por instância deliberativa


legalmente instituída dentro do Centro de Socioeducação.

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Parágrafo único: Havendo a necessidade de se alterar a programação, esta
deverá ser realizada mediante fundamentação adequada, com a imediata comunicação
ao Assistente de Programa e posteriormente à Direção, se necessário, pelo Educador
social referência e Assistente de Programa, respectivamente.

Capítulo II
DAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA

Seção I
DO DESPERTAR

Art. 94. Os adolescentes devem ser despertados com respeito e tranquilidade,


sendo chamados pelo nome e orientados a se prepararem para as atividades diárias.

Seção II
DO BANHO

Art. 95. Deve ser fornecido aos adolescentes o novo kit de roupas e higiene,
seguido da entrega e conferência do kit de roupas anteriormente utilizado.

Parágrafo único. Deverá ser feita a verificação da inviolabilidade dos materiais


fornecidos.

Art. 96. É dever do Setor de Rouparia a separação, conferência e fornecimento


dos kits de roupa limpos aos Educadores Sociais.

Art. 97. É dever da Equipe de Educadores sociais a conferência, separação e a


devolução ao setor de Lavanderia as roupas sujas.

Art. 98. Somente será permitido banho frio quando solicitado pelo adolescente.

Seção III
DA HIGIENE PESSOAL E HIGIENE DO ALOJAMENTO

Art. 99. Todos os adolescentes tem direito ao enxoval completo: Roupa íntima,
calça, camiseta, blusa, cobertor, chinelo ou tênis, toalha, capa de colchão, bermuda e
jaqueta (estes dois últimos se necessários) para seu uso pessoal, bem como materiais
de higiene pessoal: sabonetes, fita dental, creme dental, escovas dentais, desodorante,
barbeadores, pentes e absorventes, fornecido pelo Centro de Socioeducação.
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Art. 100. Não será permitido o fornecimento de quaisquer destes materiais por
familiares e/ou terceiros, sendo o Estado responsável pelo seu provimento.

Art. 101. O enxoval deve ser identificado de forma individual e discreta através
de numeração.

Art. 102. É dever dos adolescentes manter suas roupas em bom estado de
conservação, bem como é dever da equipe Multidisciplinar orientar e garantir o uso
adequado.

Art. 103. O Centro de Socioeducação tem o dever de garantir a higienização e


lavagem regular dos enxovais dos adolescentes, através do Setor de Lavanderia, com
participação do adolescente, conforme proposta pedagógica do Centro de
Socioeducação.

Art. 104. Os setores de lavanderia e rouparia são responsáveis pelo controle e


organização dos enxovais.

Art. 105. A manutenção da limpeza e conservação do alojamento é de


responsabilidade dos próprios adolescentes.

Art. 106. A limpeza das áreas utilizadas pelos adolescentes, de uso individual ou
coletiva, devem ser realizadas pelos mesmos, mediante escala pré-determinada e
mediante monitoramento da Equipe de Educadores Sociais.

Art. 107. Deve-se recolher as escovas de dente, barbeadores e demais


materiais de uso pessoal, imediatamente após utilização.

Art. 108. Deverá ser conferida a integridade do material fornecido tanto no inicio
da higienização quanto ao seu término.

Art. 109. Cada setor terá seus próprios materiais de limpeza devidamente
identificados e guardados em local apropriado.

Seção IV
DO DESJEJUM

Art. 110. O desejum deverá ser feito no refeitório conforme a capacidade de


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execução.

§ 1º O desjejum poderá, excepcionalmente, ser feito no próprio alojamento


quando:
I – da inexistência de refeitório no Centro de Socioeducação;
II – o número de lugares no refeitório for insuficiente;
III – houver risco a integridade física do adolescente.
IV – por deliberação do Conselho Disciplinar.

§ 2º Não será permitido a permanência de alimentos dentro do alojamento após


o horário estabelecido e nem a transferência de alimento entre adolescentes.

Seção V
DAS REFEIÇÕES

Art. 111. Aos adolescentes devem ser ofertados café da manhã, almoço, café
da tarde, jantar e lanche da noite.

Art. 112. O cardápio padrão estabelecido e monitorado pelo setor de Nutrição e


Saúde da SEDS deve ser seguido e respeitado. Qualquer modificação na dieta alimentar
dos adolescentes deverá ser fundamentada por prescrição médica e avaliação do
nutricionista.

Art. 113. Para evitar problemas de saúde como obesidade, hipertensão,


barganhas e cobranças entre os adolescentes não é permitido o repasse de alimentos
entre os mesmos, sendo que a sobra de alimentos deverá ser devolvida ao Educador
Social para a devida destinação dos restos.

Art. 114. A alimentação deve ser fornecida por empresa devidamente


contratada pela Administração Central da SEDS, respeitando as cláusulas contratuais
estabelecidas.

Art. 115. Havendo a identificação de irregularidades na alimentação, deverá ser


comunicado imediatamente ao Assistente de Programa para providências.

Art. 116. Para a realização das refeições deverá ser respeitado o disposto no
art.110.

Art. 117. Imediatamente após a realização das refeições, os utensílios


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utilizados, marmitas, plásticos e restos alimentares deverão ser devidamente recolhidos,
conferidos e acondicionados, conforme procedimento interno.

Parágrafo único. A distribuição das refeições deverá ser feita pelos


Educadores Sociais, sendo permitida a co-participação do adolescente com caráter
pedagógico/educativo.

Capítulo III
DAS ATIVIDADES PEDAGÓGICAS ORDINÁRIAS

Seção I
DA EDUCAÇÃO FORMAL

Art. 118. A escolarização deve permitir a avaliação do estágio que o


adolescente se encontra, o pleno aproveitamento das atividades, garantindo a
continuidade dos estudos durante o cumprimento da medida socioeducativa, na
progressão ou extinção da mesma.

Art. 119. É dever da instituição oferecer escolarização aos adolescentes,


garantindo a imediata matrícula do mesmo seguindo a legislação vigente.

Art. 120. Nenhum adolescente poderá ser privado de frequentar a escolarização


formal, salvo se sua conduta ofereça risco a si próprio, aos servidores ou demais
adolescentes.
Parágrafo único: Caso esteja em cumprimento de medida disciplinar, a
escolarização será ofertada de forma individualizada, até que termine a mesma.

Seção II
DAS OFICINAS PEDAGÓGICAS E PROFISSIONALIZANTES

Art. 121. As oficinas ou cursos de formação visam promover a cidadania dos


adolescentes. Devem levar em conta os seguintes requisitos:

I - Vínculo com a educação básica, como forma de complementação da


aprendizagem formal;
II - Aquisição de habilidades, atitudes e valores básicos em termos de educação
para a vida;
III – Desenvolvimento das competências pessoais e sociais.

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Art. 122. O cronograma das oficinas deve ser elaborado com antecedência pelo
Setor Pedagógico e deve prever: a atividade, horário e tempo de duração, local e
instrutor.

Art. 123. As oficinas podem ser ministradas por funcionários do próprio Centro
de Socioeducação, devidamente capacitados, bem como por parceiros credenciados em
conformidade com normativa estabelecida para esse fim.

Art. 124. A programação de atividades deve obrigatoriamente ser repassada


pela Coordenação Pedagógica do Centro de Socioeducação com antecedência para o
referencia de Equipe.

Art. 125. A ausência de professor e/ou instrutor, bem como substituição de


atividade, deve ser informada com antecedência para o Educador Social Referência do
plantão.

Art. 126. As oficinas do Centro de Socioeducação devem:


I – Estar em consonância com o processo socioeducativo;
II – Estabelecer compromisso e vínculo entre educador social e adolescente;
III – Desenvolver-se de acordo com o contexto de cada adolescente;
IV – Desenvolver hábitos para o trabalho;
V – Praticar o respeito interpessoal;
VI – Infundir disciplina;
VII – Desenvolver habilidades manuais;
VIII – Estimular o raciocínio;
IX – Estimular o protagonismo;
X – Desenvolver o auto-conhecimento, a auto-estima, o auto controle e o senso-
crítico;
XI – Acompanhar fases do processo educativo;
XII – Praticar a socialização e o trabalho em grupo;
XIII – Capacitar e valorizar o adolescente.

Seção III
DAS ATIVIDADES EXTERNAS

Art. 127. As atividades externas visam a participação do adolescente em


atividades que estimulem o seu desenvolvimento integral, bem como a reinserção social.

Art. 128. São consideradas atividades externas aquelas que envolvam a


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execução de atividades sociopedagógicas relacionadas ao lazer, à cultura, ao esporte, à
profissionalização, à religiosidade, à escolarização, às visitas domiciliares, bem como à
eventos educativos em geral.
§ 1º No caso das visitas domiciliares deverá ser efetuado prévio estudo de caso,
devendo ser levado em consideração a segurança do adolescente e servidores que
eventualmente lhe acompanhem na atividade externa e/ou outrem, com a exigência de
que os familiares ou responsáveis legais assinem o termo de compromisso da visita o
qual contém as normas que devem ser respeitadas durante a visita.
§ 2º A atividade externa deve estar em consonância com o processo
socioeducativo do adolescente.

Art. 129. A sugestão da atividade externa pode ser realizada por toda a
comunidade socioeducativa.

Art. 130. São objetivos da atividade externa:

I – Proporcionar aos adolescentes a vivência de valores sociais positivos e


orientadores do seu papel social, promovendo a convivência familiar e comunitária.
II - Estimular a vivência e a participação em eventos culturais, esportivos, de
lazer, religiosos, profissionalizantes, entre outros.

Subseção I
DAS ATRIBUIÇÕES DO RESPONSÁVEL PELO PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES
EXTERNAS

Art. 131. A coordenação do planejamento da atividade externa compete


preferencialmente ao pedagogo ou ao terapeuta ocupacional.

Art. 132. Deve obrigatoriamente ser redigido Projeto Pedagógico Formal, que
apresente proposta, metodologia, justificativa, objetivos e avaliação dos resultados
almejados e posterior realização do registro da prática;

Art. 133. São atribuições do responsável pelo planejamento das atividades


externas:
I – Coordenar a seleção dos adolescentes participantes em conjunto com os
demais servidores envolvidos no cronograma de execução da atividade externa,
assegurada a participação do técnico de referência do adolescente.
II – Preparar reunião de trabalho com os servidores envolvidos, para o repasse
de informações;
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III – Repassar as informações sobre a natureza, local, normas e horário para
participação na atividades externa aos envolvidos no cronograma de execução da
mesma e realizar registro no Cadastro Individualizado Multidisciplinar.
IV – providenciar vestuário adequado, material necessário, entre outros, a ser
fornecido pelo Estado e/ou ainda providenciado pela família.

Subseção II
DOS CRITÉRIOS PARA INSERÇÃO DOS ADOLESCENTES NAS ATIVIDADES
EXTERNAS

Art. 134. São critérios para seleção do adolescente a ser inserido na atividade
externa:
I – Ausência de restrição judicial;
Parágrafo único: Havendo restrição judicial o adolescente deverá ser
submetido a avaliação fundamentada, considerando seus avanços. Sendo avaliado
positivamente, caberá solicitação judicial para a autorização acerca da realização de
atividades externas.
II – Relevância da atividade externa no processo socioeducativo do adolescente.
Parágrafo único. A relevância a que se refere o inciso II, será deliberada em
estudo de caso.

Art. 135. O adolescente poderá ser suspenso das atividades externas caso
ocorra descumprimento de qualquer regra estipulada para atividade externa em questão
ou quando apresentar algum risco para o adolescente, para o servidor que lhe
acompanha, e/ou de outrem, fator a ser definido em estudo de caso.
§ 1° A suspensão ou não da atividade externa à qual o adolescente descumpriu
regra, bem como das demais que por ventura ele participe, deverá ser avaliada pelo
conselho disciplinar.
§ 2° Superados os motivos que deram causa à suspensão e reajustadas os
objetivos e metas, o adolescente poderá retornar às atividades externas.

Subseção III
DA COMUNICAÇÃO À AUTORIDADE JUDICIÁRIA

Art. 136. Compete ao Diretor do Centro de Socioeducação informar, mediante


ofício, ao Juízo da Vara responsável pela execução da medida socioeducativa, quanto a
inserção do adolescente em atividade externa.
§ 1º A previsão do caput do presente artigo é condicionante para o início da
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execução da atividade externa.
§ 2º Caso a autoridade Judiciária se pronuncie em contrário, em resposta ao
ofício informativo, proibindo a realização da atividade externa, a mesma poderá ser
direcionada a outro adolescente.

Subseção IV
DO ACOMPANHAMENTO DOS ADOLESCENTES NAS ATIVIDADES EXTERNAS

Art. 137. O trânsito dos adolescentes para atividade externa deve seguir as
seguintes orientações:

I – Planejamento prévio pelo Assistente de programa em conjunto com demais


servidores envolvidos no cronograma de execução da atividade externa.
II – O deslocamento ou condução do adolescente para atividade externa poderá
ser realizado por veículo oficial, preferencialmente pelo motorista, e na impossibilidade
deste por outro servidor autorizado, devendo ser evitado, nestes casos, o porte de
equipamentos e ou utilização de aparatos de segurança e a utilização de vestuário que
lhe cause constrangimento. Quando avaliado pela equipe de referência o adolescente
poderá se deslocar, sem acompanhamento, utilizando transporte público coletivo.
Parágrafo Único: Quando considerado necessário, o acompanhamento da
atividade externa, poderá ser realizado por um educador social e/ou outros membros da
equipe de referência.
III – O adolescente passará por revista minuciosa quando retornar ao Centro de
Socioeducação.
IV – Não será permitido a utilização de algemas e marcapassos durante as
atividades externas;
Parágrafo único. Havendo a necessidade de se alterar a programação da
atividade externa, esta deverá ser realizada por meio de fundamentação adequada, com
imediata comunicação ao diretor.

Seção IV
DAS ATIVIDADES CULTURAIS, ESPORTIVAS E DE LAZER

Art. 138. É obrigação da instituição ofertar aos adolescentes atividades


esportivas, culturais e de lazer.

Parágrafo único. O esporte e o lazer são elementos que desenvolvem a


corporeidade, a sociabilidade e o aprendizado do respeito às regras coletivas.

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Art. 139. A execução das atividades devem obedecer rigorosamente a proposta
pedagógica e o cronograma estabelecido pela instituição.
Parágrafo único: O cronograma das atividades deve ser elaborado previamente
pelo Setor Pedagógico prevendo: a atividade, horário e tempo de duração, local e
instrutor.

Art. 140. As atividades esportivas, culturais e de lazer ofertadas aos


adolescentes devem privilegiar o desenvolvimento das competências pessoais (aprender
a ser) e sociais (aprender a conviver) considerando, quando possível, a participação de
Educadores Sociais, Técnicos, professores e demais funcionários do Centro de
Socioeducação juntamente com os adolescentes a fim de fortalecer os vínculos entre a
equipe e adolescente;

Art. 141. o Centro de Socioeducação deve garantir o acesso dos adolescentes


às atividades propostas, salvo quando entrar em desacordo às normas de segurança e
ao projeto socioeducativo do Centro de Socioeducação.

Art. 142. As atividades de lazer devem preservar a integridade física dos


participantes, os espaços físicos existentes e os recursos para a realização das
mesmas;

Art. 143. Ao adolescente é garantido o acesso à vídeo e rádio, desde que


fixados em horários estabelecidos no cronograma de atividades, respeitando as normas
de segurança e o desenvolvimento das demais atividades, considerando a proposta
socioeducativa.

Seção V
DA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA

Art. 144. Os Centros de Socioeducação deverão ofertar assistência religiosa a


todos os adolescentes que a quiserem.

Art. 145. O programa religioso e a atividade do grupo são de responsabilidade


da instituição religiosa credenciada, devendo esta estar em consonância com a proposta
pedagógica e a dinâmica de funcionamento da Instituição, em especial com as normas
de segurança. Tal atividade deverá respeitar a individualidade de crença dos
adolescentes.

Art. 146. Os grupos ou instituições religiosas e seus respectivos membros


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devem ser credenciados para desenvolver atividades no Centro de Socioeducação.

Seção VI
DA OPERACIONALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES

Art. 147. Os adolescentes deverão ser deslocados respeitando o procedimento


para deslocamentos previstos nesta resolução.

Art. 148. Para inicio das atividades os professores e instrutores deverão,


preferencialmente, chegar primeiro a sala de aula para receber os adolescentes, não
devendo em momento algum os adolescentes ficarem sem monitoramento.
Parágrafo único: O Educador Social deverá permanecer responsável pelo
monitoramento da turma na ausência temporária do professor.

Art. 149. Todo o material pedagógico necessário à realização das atividades


deverá ser preparado e conferido, pelo professor e Educador Social, antes do inicio das
mesmas, em quantidade equivalente a de adolescentes presentes.

Art. 150. Concluída a atividade o professor e o Educador Social deverão fazer a


conferência dos materiais utilizados, antes da retirada dos adolescentes da sala de
aula/atividade, comunicando de imediato possíveis irregularidades para que sejam
tomadas as medidas de segurança necessárias.

Art. 151. Os locais de realização das atividades deverão ser sempre


monitorados pela Equipe de Educadores Sociais.
Parágrafo único. Pelo menos um dos Educadores Sociais presentes nos
espaços de realização das atividades, deverá obrigatoriamente portar um rádio
comunicador, estando em constante circulação e observação das atividades realizadas,
atento para a imediata intervenção quando for necessário.

Art. 152. Não é permitida a permanência nos corredores de mobiliários ou


objetos que ofereçam risco à segurança do Centro de Socioeducação. Bem como não é
permitido aos Educadores Sociais portarem materiais que tirem a concentração durante
o procedimento de observação/acompanhamento das atividades pedagógicas.

Art. 153. Durante a realização das atividades os adolescentes que, porventura,


permanecerem nos alojamentos deverão ter o acompanhamento da Equipe de
Educadores Sociais.

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Capítulo IV
DOS ATENDIMENTOS

Seção I
DO SIGILO E CONTROLE DE INFORMAÇÕES

Art. 154. Toda comunicação via carta ou bilhete endereçada aos adolescentes
deve ser analisada pela equipe técnica antes do envio ao mesmo.
Parágrafo único – Aquelas que coloquem em risco a segurança do Centro de
Socioeducação, bem como a de outrem, devem ser notificadas à autoridade
competente, retidas e arquivadas junto ao processo do adolescente.

Art. 155. Fica expressamente proibido a todos os servidores, realizar a


intermediação de informações entre galerias, alojamentos ou de adolescente e familiares
sem o conhecimento do Assistente de Programa e Equipe Técnica, salvo informações
que tragam situações de relevância a todos e ao bom andamento do trabalho.

Art. 156. Todas as cartas serão confeccionadas pelos adolescentes em local e


horário específicos, conforme cronograma de atividades. Após a confecção das cartas
estas serão entregues ao técnico de referência do adolescente;

Art. 157. As cartas e fotos recebidas de familiares serão avaliadas pelo técnico
de referência do adolescente e após encaminhadas ao mesmo, sendo o tempo de
permanência com o adolescente de acordo com os procedimentos do Centro de
Socioeducação.

Seção II
DO ATENDIMENTO DE SAÚDE

Art. 158. Os Centros de Socioeducação devem garantir atendimento médico e


odontológico aos adolescentes, seja pela equipe própria do Centro de Socioeducação
ou pela rede de apoio da comunidade.
Sugestão: Paragrafo único: é responsabilidade da SEDS o provimento de
medicamentos, materiais médico, de enfermagem e odontológico.

Art. 159. O responsável pelo Setor de Saúde (Médico, Enfermeiro ou Dentista),


deverá providenciar relatório sobre questões relevantes das condições de saúde do
adolescente, bem como seu histórico clínico durante a permanência no Centro de
Socioeducação, o qual deverá compor o relatório encaminhado ao Poder Judiciário
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quando de sua pertinência.

Art. 160. O setor de saúde deve trabalhar em conjunto com o setor pedagógico
para promoção de oficinas da saúde (orientação sobre higiene, DST, saúde preventiva,
etc) frequentemente;

Art. 161. É dever do setor de saúde promover em conjunto com a comunidade a


saúde preventiva dos adolescentes e o tratamento de saúde integral incluindo os
aspectos da saúde mental;
Parágrafo único: A separação e distribuição da medicação é de responsabilidade
do Setor de Enfermagem.

Art. 162. Os atendimentos médicos de rotina, oficinas e agendamento de


consultas na Rede Pública de Saúde ou comunitárias devem obedecer aos
procedimentos de segurança e devem ser previamente agendados e programados junto
a Equipe de Educadores Sociais.

Art. 163. Os atendimentos de emergência que exijam a saída do adolescentes


do Centro de Socioeducação devem ter prioridade sobre a realização das demais
atividades.

Art. 164. O setor de Saúde é responsável pela avaliação das condições de


saúde do adolescente no ingresso e desinternação do Centro de Socioeducação.

Seção III
DO ACOMPANHAMENTO TÉCNICO

Art. 165. Todo adolescente privado de liberdade, tem direito a acompanhamento


técnico especializado, vinculado à proposta sociopedagógica.

Art. 166. O acompanhamento técnico do adolescente é realizado por


profissional especializado, como Psicólogo, Assistente social, Terapeuta Ocupacional e
Pedagogo;

Art. 167. O sigilo de informações e dados a respeito do adolescente deve ser


assegurado, conforme as determinações dos Conselhos de Psicologia, Serviço Social,
Terapia Ocupacional e Ministério da Educação;

Art. 168. Os atendimentos deverão obedecer a programação realizada com


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antecedência e repassada ao Educador Social referência de plantão ou Educador social
por ele designado que fará a distribuição conforme cronograma, respeitando as
condições físicas, de segurança e demais atividades programadas, exceto em casos de
urgência de atendimento.

Subseção única
DO ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL

Art. 169. Os adolescentes privados de liberdade têm direito a atendimento


técnico por psicólogo e assistente social para acompanhamento da execução da ação
socioeducativa, sendo atribuições destes profissionais o previsto no Anexo II do Caderno
sobre Gestão de Centros de Socioeducação.
§1º – Os atendimentos psicossociais deverão ser realizados preferencialmente
por uma dupla composta por profissional da área da psicologia e do serviço social;
§2º – Os referidos profissionais serão chamados de Técnicos de Referência do
adolescente;

Art. 170. Os atendimentos individuais realizados pelos técnicos de referência do


adolescente deverão ter periodicidade regular;

Seção IV
DA LIGAÇÃO TELEFÔNICA

Art. 171. Todos os adolescentes têm direito a ligação telefônica, desde que não
recebam visita semanal, respeitando a programação anteriormente realizada pela
Equipe Técnica e de Segurança, ou mediante avaliação da Equipe.
§ 1º. O número mensal de ligações e o tempo de duração de cada ligação
deverão ser previamente estabelecidos.
§ 2º. Todas as ligações devem ser monitoradas por um dos técnicos de
referência ou pedagogo, ou no impedimento destes pelo Educador Social.

Art. 172. Toda ligação de origem externa para o adolescente deve ser
transferida para o técnico de referência do adolescente.

Art. 173. Em casos de suspeita de irregularidades e/ou risco, as ligações devem


ser interrompidas e a Direção, ou Assistente de Programa, imediatamente comunicados
para serem tomadas as providências necessárias.

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Título VI
DO CONTROLE E MONITORAMENTO QUANTO AO ACESSO E
CIRCULAÇÃO DE PESSOAS, VEÍCULOS E MATERIAIS

Capítulo I
DA ÁREA DE SEGURANÇA

Art. 174. Considera-se área segurança do Centro de Socioeducação todos os


espaços e perímetros onde, direta ou indiretamente, haja o trânsito de adolescentes ou
que necessite da atuação direta do Educador Social, como por exemplo:
I – portaria;
II – salas destinadas à revista de pessoas;
III – espaços de observação e monitoramento dos adolescentes;
IV – área de monitoramento eletrônico;
V – setor de oficinas;
VI – setor de saúde;
VII – salas de atendimento técnico;
VIII – alas e os alojamentos dos adolescentes;
IX – ginásio de esportes;
X – escola e salas de atividades;
XI – lavanderia;
XII – campo de futebol e a área de atletismo;
XIV – refeitório dos funcionários;
XV – espaços externos, quando houver necessidade da presença do Educador
social;
XVI – salas de visitas;

Capítulo II
DOS PROCEDIMENTOS COTIDIANOS DE SEGURANÇA

Seção I
PASSAGEM DOS PLANTÕES

Art. 175. Ao assumir o plantão a Equipe deverá realizar a conferência visual e


contagem do número de adolescentes.

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Art. 176. Deverá ser realizada a conferência do número e das condições dos
materiais/instrumentos de trabalho, dando especial atenção para os molhos de chaves,
Rádios Comunicadores, algemas, verificando se portas, ferrolhos, cadeados e similares
estão devidamente trancados.
Parágrafo único. As conferências dos materiais dos adolescentes tais como
escovas dentais, canecas e colheres bem como da integridade estrutural dos
alojamentos (grades, paredes, cadeados, etc) e de seu material de uso pessoal
(vestuário e guarnições de cama e banho), ocorrerão durante o horário de expediente.

Art. 177. Deverão os Educadores Sociais fazer a leitura do livro de ocorrências,


certificando-se de que todas as informações relevantes para o bom andamento do
plantão foram assimiladas, tais como: relatos de diálogos dos adolescentes,
comportamentos apresentados em desconformidade com a rotina institucional,
concorrência para o desencadeamento de eventos, e outros, bem como observar os
registros de medidas disciplinares.

Art. 178. Deve-se também fazer o planejamento e a organização das atividades


a serem desenvolvidas durante o plantão, inclusive as saídas externas de adolescentes,
bem como o registro das ocorrências em livro específico para este fato, descrevendo
detalhadamente as alterações percebidas.

Seção II
DOS DESLOCAMENTOS DE ADOLESCENTES

Art. 179. Os adolescentes deverão ser revistados (revista minuciosa) sempre


que saírem e adentrarem em seus alojamentos.
Parágrafo único. Na impossibilidade de revista minuciosa na saída do
alojamento dever-se-á realizar revista de busca corporal na saída e revista minuciosa no
retorno ao alojamento.

Art. 180. Todo deslocamento deve ser precedido por uma revista nos locais das
atividades, quadrantes ou alojamentos, devendo ser registrada em livro de ocorrência
toda e qualquer alteração observada.

Art. 181. As revistas minuciosas são de caráter preventivo, visando coibir o


porte e circulação de objetos não permitidos e a manutenção da ordem e segurança do
Centro de Socioeducação.

Art. 182. A revista minuciosa nos adolescentes deve ser realizada em local
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reservado, respeitada a estrutura do Centro de Socioeducação.

Art. 183. Todo deslocamento deverá ser realizado em grupos pequenos


levando-se em conta a quantidade de adolescentes se deslocando ao mesmo tempo e
no mesmo local, bem como, a quantidade de Educadores Sociais (previsto no SINASE),
garantindo assim a capacidade de resposta da Equipe.

Art. 184. Todo deslocamento deverá ser precedido de comunicação via rádio
informando origem e destino, devendo ser deslocado somente um grupo por vez,
evitando a movimentação de grande quantidade de adolescentes ao mesmo tempo,
devendo haver apoio do maior número possível de educadores sociais.

Art. 185. Os adolescentes devem aguardar de forma organizada, até que todos
os procedimentos de segurança sejam realizados.
Parágrafo único. É proibido o deslocamento de forma vexatória ou que
demonstre subjugação dos adolescentes, como por exemplo cabeça baixa.

Seção III
DOS PROCEDIMENTOS DE REVISTA

Subseção I
DA REVISTA ESTRUTURAL NOS CENTROS DE SOCIOEDUCAÇÃO

Art. 186. A revista estrutural destina-se a coibir, localizar e apreender objetos


cuja posse, porte e circulação sejam vetados pelo regimento interno, além de detectar
falhas ou depredações na estrutura física da área de segurança.

Art. 187. A revista estrutural compreende a verificação dos diversos setores que
compõem a área de segurança, mediante os seguintes procedimentos:
§ 1º. Diariamente, a observação e conferência da estrutura física, em especial os
locais de grande circulação de adolescentes, detectando falhas ou depredações; e
conferência das condições de uso dos objetos utilizados pelos adolescentes tais como:
canecas e talheres;
§ 2º. Quando necessário, o exame minucioso dos colchões, cobertores, lençóis,
toalhas, travesseiros e outros objetos mantidos junto ao adolescente em seu alojamento;

Art. 188. Só deverão permanecer em circulação os materiais em número


estritamente necessário, ou seja, correspondente ao número de pessoas que fazem a
refeição. O material excedente será recolhido ao almoxarifado;
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Art. 189. No caso dos marmitex, deve ser verificado se apresentam número
correspondente entre as tampas e as bases;

Art. 190. Da mesma forma, deve ser realizada a conferência dos itens de
higiene pessoal: sabonete, escova de dente, pasta de dente, escova de cabelo, pente,
shampoo, desodorante, barbeador e cortador de unhas.

Art. 191. Deverá ser mantida uma lista atualizada dos materiais de higiene,
discriminando as características dos itens: tipo, forma, cor, tamanho, quantidade, para
que foi utilizado, quando e quem utilizou.

Art. 192. Será realizado um “check-list” a cada final de refeição e os itens


também serão conferidos a cada troca de turno.

§ 1º A conferência dos objetos ocorrerá mediante contagem manual e assinatura


em “check-list” pelo responsável do turno que está se encerrando e pelo responsável
pelo turno que está se iniciando.

§ 2º Feita a conferência e se constatando a falta de um ou mais itens que foram


listados e utilizados, o fato deverá ser comunicado imediatamente ao responsável pela
segurança.

Art. 193. No período noturno, os educadores sociais realizarão rondas de


conferência com uso de lanterna, com intervalo máximo de uma (01) hora, pelo interior
das galerias e alojamentos.

Art. 194. Durante rondas noturnas, os educadores sociais deverão observar os


adolescentes no interior dos alojamentos, de forma discreta, respeitando o horário de
sono e não interrompendo o curso normal do turno.

Art. 195. Deverão, também, conferir se a estrutura física, os equipamentos e os


dispositivos estão íntegros, em funcionamento e respondendo à demanda existente.

Art. 196. A revista estrutural realizada pelos educadores sociais do período


noturno será muito mais extensa e completa, devendo ocorrer todas as noites, nos
seguintes locais:
I – Solário incluindo a tela de proteção;
II – Banheiros coletivos;
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III – Ralos e esgotamentos de água;
III – Refeitório e suas janelas, mesas e bancos;
IV – Salas de aula, suas janelas, bancadas, mesas, bancos e carteiras;
V – Oficinas, suas janelas, mesas, bancadas, armários, bancos e cadeiras;
VI – Corredores de acesso às oficinas e salas de aula;
VII – Salas de atendimento técnico;
VIII – Sala de revista;
IX -salas de visitas;
X – Refletores e iluminação interna e externa (os pedidos de substituição de
refletores e lâmpadas queimadas deverão ser encaminhados ao coordenador do turno).

Subseção II
DA REVISTA NOS ADOLESCENTES

Art. 197. Para realização das revistas dos adolescentes, deverão ser
observados os artigos 179 e 181 desta resolução.

Art. 198. Para realizar a revista de busca corporal o educador social deverá
orientar o adolescente e realizar os seguintes procedimentos:
I – colocar-se em posição de revista de costas para o educador social, com os
braços bem abertos e apoiando as mãos na parede, devendo somente se virar quando
indicado pelo Educador social;
II – o educador social se posicionará e executará a busca tateando o corpo do
adolescente, com especial observância para as costuras e dobras da roupa;
III – orientar o adolescente para abrir a boca, levantar a língua, os lábios inferior
e superior;
IV – orientar o adolescente a mostrar as solas dos pés;
V – orientar o adolescente a mostrar os dois lados das mãos afastando os dedos
uns dos outros.

Art. 199. Para realizar a revista corporal minuciosa o educador social deverá
orientar o adolescente e realizar os seguintes procedimentos:
I – retirar a roupa entregar ao educador social;
II – mostrar os dois lados das mãos com os dedos afastados;
III - abrir a boca, levantar a língua, os lábios inferior e superior;
IV – levantar os braços e realizar uma volta em torno de si próprio;
V – levantar as partes íntimas;
VI – mostrar as solas dos pés;
VII – posicionar-se de frente para o educador social e realizar o agachamento;
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VIII – após o educador social revistar cuidadosamente todas as peças do
vestuário do adolescente devolvê-las para que se vista.

§ 1º. Nas formas de revista de busca corporal e revista corporal minuciosa, cada
Educador social deverá possuir um ou mais pares de luvas destinadas ao procedimento,
e ainda, deverá ter a presença de um Educador social que ficará somente observando o
procedimento e apoiando os demais, com o intuito de preservar a segurança destes.
§ 2º. Ao verificar alguma anormalidade na integridade física do adolescente ou
porte de objeto não autorizado o fato deverá ser comunicado ao superior imediato.

Subseção III
DA REVISTA COMPLETA E INCERTA

Art. 200. Denomina-se revista completa e incerta aquela que contempla


procedimentos tanto da revista estrutural quanto da corporal minuciosa.

Art. 201. A revista incerta tem por objetivos:


I - Garantir as condições adequadas de segurança ao trabalho dos funcionários
e adolescentes;
II - Marcar e reafirmar a posição dos educadores sociais no pólo direcionador da
relação educador social-adolescente;
III - Retomar e reordenar normas e procedimentos que foram negligenciados,
rompidos ou usurpados.

Art. 202. A revista incerta pauta-se no fator surpresa como elemento inibidor às
ações que atentem contra as normas de segurança e convivência do Centro de
Socioeducação, ou seja, é realizada em dia e hora conhecida somente pela direção e
outros diretamente responsáveis pela gestão do estabelecimento.

Art. 203. Essa revista não é rotineira, sendo realizada em situações


excepcionais para desarticular ou desmobilizar alguma organização ou movimento dos
adolescentes com o objetivo de realizar motim, fugas, depredação do patrimônio ou
quando se tem conhecimento de que os adolescentes estão de posse de objetos não
autorizados.

Art. 204. Quando necessário será requisitada a participação da policia militar,


observando os dispostos no Protocolo Interinstitucional de Gerenciamento de Crise nos
Centros de Socioeducação do Paraná.

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Art. 205. A realização da revista completa e incerta ocorrerá somente após
considerar os seguintes fatores:
I – Quais os adolescentes envolvidos;
II – Quem são os líderes;
III – Há suspeita de porte de objetos proibidos;
IV – Quais serão os impactos posteriores;
V – Quais serão as ações subsequentes.

Art. 206. A revista é incerta quanto ao dia e hora de sua realização, mas deve
ser certa quanto a sua real necessidade e planejamento da ação. É instrumento a ser
empregado somente quando os indicadores de crise – dispostos no Protocolo de
Segurança – a análise de contexto e da conjuntura indicarem sua necessidade.

Seção IV
DO REGISTRO DE OCORRÊNCIAS

Art. 207. É obrigatório o registro diário de informações no Livro de Ocorrência ou


planilha eletrônica.

Art. 208. Toda e qualquer informação relevante ao funcionamento do Centro de


Socioeducação, ao que tange a Segurança, deve estar informada em Livro de
Ocorrência e ou planilha eletrônica.

Art. 209. O Livro de Ocorrência constitui um registro diário de informação de


segurança e não poderá ser noticiado ao adolescente.

Art. 210. Nos casos de registro em planilha eletrônica, o Diretor do Centro de


Socioeducação, após o encerramento de uso do Livro de Ocorrência, deverá
providenciar uma cópia em mídia CD e arquivar em local seguro e próprio juntamente
com o Livro de registro.

Art. 211. Deve ser registrado no Livro de Ocorrência:


I – Identificação da Equipe e o Plantão a que pertence; data; hora de inicio e
termino do plantão; nomes de seus integrantes juntamente com o posto de trabalho;
quantidades de integrantes, se houver faltas, serviço externo e viagens indicar o nome
servidor;
II – Quantidades de adolescentes ao iniciar e ao termino do plantão;
III – Indicar, nos casos relevantes, o que cada educador social fez em seu posto,
horários que se ausentou para fazer rondas, buscar material, nome de quem ficou em
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seu lugar e o horário que isto ocorreu;
IV – Registrar de maneira sucinta, mas clara as ocorrências do plantão de
maneira a alertar, informar ou tomar providências ou ainda a forma encontrada para
resolver um problema ou situação; quantidades de vezes que manteve contato com o
Diretor e/ ou Referencia de Segurança e quais foram seus direcionamentos e
providências tomadas.

Seção V
DO USO DO RÁDIO COMUNICADOR

Art. 212. Todo educador social deve saber usar adequadamente os Rádios,
mantê-los sempre em boas condições de uso.

Art. 213. A forma de comunicação adotada deve seguir o Código Fonético


Internacional e o Código Q.

Art. 214. O uso de rádio comunicadores tem as seguintes finalidades:

I.Otimizar o uso do tempo de trabalho, evitando deslocamentos desnecessários,


comunicando-se via fone ou rádio comunicador;
II.Sincronizar os deslocamentos de adolescentes ou de grupos a fim de evitar encontros
entre os mesmos que possam desencadear situações de tensão e confronto;
III.Informar o andamento dos trabalhos desenvolvidos nos diferentes setores que
compõem o Centro de Socioeducação, esclarecendo dúvidas, somando e articulando
esforços.

Capítulo III
DO ACESSO DE PESSOAS

Seção I
DA VISITA EM GERAL

Art. 215. São considerados visitantes aquelas pessoas que querem conhecer o
trabalho desenvolvido pelo Centro de Socioeducação e que não são funcionários da
SEDS, nem são autoridades do Estado. Em geral, são vinculadas às universidades,
faculdades, organizações governamentais, não governamentais e imprensa.

Art. 216. Todo acesso de visitante se dará com a prévia autorização da direção
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do Centro de Socioeducação ou por aquele que estiver respondendo por ela.

Parágrafo único. O acesso de visitantes ocorrerá no horário de expediente, das


08:00 às 17:00 horas.

Art. 217. Toda autorização será precedida de identificação e apresentação do


motivo do ingresso nas dependências do Centro de Socioeducação que será
previamente apresentada ao Assistente de Programa e ao funcionário da entrada do
Centro de Socioeducação.

Art. 218. Caberá ao funcionário que estiver responsável pela recepção solicitar o
RG ou documento de identificação do visitante, conferir e registrar em livro de registro
próprio o nome, o número do documento apresentado, a data e o horário de entrada, o
motivo do ingresso no Centro de Socioeducação e o setor/pessoa que irá recebê-lo.

Art. 219. O visitante só terá acesso ao Centro de Socioeducação quando a visita


for previamente programada. Para liberar sua entrada, serão conferidos os dados
constantes da ordem de serviço expedida pelo Centro de Socioeducação. Não havendo
divergências, lhe será fornecida identificação de visitante e o acesso permitido.

Parágrafo único. O visitante será encaminhado à área administrativa para ser


recepcionado pelo funcionário designado.

Art. 220. O ingresso ocorrerá, obrigatoriamente, pela porta principal instalada


junto à entrada do Centro de Socioeducação. Na saída, o funcionário deste posto
recolherá o crachá do visitante e anotará o horário. Se uma mesma pessoa entrar e sair
diversas vezes, no mesmo período/dia, essas movimentações deverão ser devidamente
registradas.

Art. 221. As visitas devem estar em consonância com as normas de segurança


e proposta pedagógica do Centro de Socioeducação.

Art. 222. Todo visitante deve ser credenciado previamente mediante a


apresentação de documentos que devem ser analisados pelas equipes técnica e de
segurança. Após a ciência da Direção, o visitante poderá adentrar o Centro de
Socioeducação.

Art. 223. Todos os visitantes antes de ter acesso a área de segurança devem
ser orientados sobre as normas de segurança do Centro de Socioeducação.
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Art. 224. Nos casos de autorização de visita da imprensa deverá ser observado
o previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, devendo a Coordenação de
Socioeducação da sede da SEDS ser avisada sobre o teor da visita.

Art. 225. Por motivo de força maior, a Direção do Centro de Socioeducação


poderá vedar a entrada de todo e qualquer visitante.

Subseção I
DOS PRESTADORES DE SERVIÇO

Art. 226. A presença dos prestadores de serviço deve ser pontual, delimitada ao
tempo necessário à realização de um serviço específico, sendo seu acesso e sua
circulação permitidos somente mediante prévio agendamento e autorização da direção
do Centro de Socioeducação.

Art. 227. A empresa deverá enviar com antecedência nome e número de


documento oficial dos funcionários que irão prestar serviços no Centro de
Socioeducação.

Art. 228. Os prestadores de serviço somente poderão ter acesso ao Centro de


Socioeducação portando crachás de identificação profissional da empresa que
representam e após confirmação da documentação enviada pela empresa.

Art. 229. Deve ser informado aos prestadores de serviço sobre as normas de
segurança do Centro de Socioeducação e sua permanência deve ser monitorada
durante todo o período em que permanecerem nas dependências do Centro de
Socioeducação.

Art. 230. Cabe ao setor administrativo enviar com antecedência mínima de 48h
(quarenta e oito horas) a comunicação aos responsáveis dos setores que compõem o
Centro de Socioeducação, informando o dia, a hora, o local, o número de pessoas e o
tipo de trabalho que irão realizar.
Parágrafo único. O presente não se aplica aos casos emergenciais, onde o
responsável poderá comunicar tão logo realize os encaminhamentos.

Art. 231. O prestador de serviço deverá ser encaminhado ao responsável pela


segurança, para receber orientações relativas às normas de acesso e circulação no
Centro de Socioeducação, bem como quanto às atitudes e comportamentos esperados e
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contraindicados.

Art. 232. O prestador de serviço deve acessar a área de segurança portando


apenas o estritamente necessário à execução do serviço. As ferramentas e instrumentos
que estiver portando serão conferidos, contados e registrados em livro de ocorrência.

Art. 233. O responsável pela segurança, ou outra pessoa por ele designado,
acompanhará até o local da execução do serviço e também realizará o seu
monitoramento até a conclusão dos trabalhos.

Art. 234. Na saída, será realizada nova conferência (check-list) das ferramentas,
dos instrumentos e de outros materiais, tendo como referência os registros feitos no livro
de ocorrência;

Art. 235. Na falta de qualquer objeto, o responsável pela segurança comunicará


imediatamente a direção e iniciará os procedimentos de revista necessários. Nessa
circunstância, o prestador de serviço sairá do Centro de Socioeducação somente após
as diligências necessárias.

Art. 236. Na hipótese da execução de serviços com maior duração (dois


períodos do dia ou dias consecutivos), deverão ser designados dois ou mais
funcionários fixos que responderão pela conferência de itens, pelo acompanhamento e
pelo monitoramento do serviço em execução, preferencialmente o auxiliar de
manutenção será o responsável.

Art. 237. Quando o serviço estiver concluído, o fato deverá ser comunicado ao
setor administrativo, ao responsável pela segurança e à direção do Centro de
Socioeducação.

Subseção II
DAS VISITAS DE AUTORIDADES

Art. 238. São as pessoas investidas de poder pelo Executivo federal, estadual
ou municipal, ou pelos poderes Legislativo, Judiciário ou Ministério Público, que já
apresentam algum conhecimento de quem são os adolescentes, bem como quais são os
objetivos do Centro de Socioeducação.

Art. 239. A autoridade administrativa ou judicial terá acesso ao Centro de


Socioeducação em horário de expediente; em casos excepcionais e nos demais dias e
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horários, somente com autorização da direção.

Art. 240. Em qualquer dos casos anteriormente especificados, será registrado o


seu nome, o cargo ou função que ocupa e os horários de entrada e saída do Centro de
Socioeducação.

Art. 241. O Centro de Socioeducação deve sempre estar preparado para o


recebimento de visitas de autoridades, podendo ocorrer mesmo sem prévio
agendamento. Elas podem ocorrer em virtude de diversos fatores, tais como:
I - conhecer o trabalho realizado e/ou as instalações físicas;
II - realizar sindicância;
III - averiguar denúncias;
IV - participar de eventos e realizar perícias técnicas.

Art. 242. No caso de visita programada, cabe à direção do Centro de


Socioeducação informar com antecedência mínima de 48h (quarenta e oito horas) aos
responsáveis dos diferentes setores o dia, a hora, o local e o número de pessoas e a
natureza da visita que ocorrerá.

Art. 243. No caso de se decidir pela realização da visita inesperada, ela deve
ocorrer após ser traçado um roteiro básico de segurança, prevendo-se as alterações na
rotina que se demonstrem necessárias, os remanejamentos de pessoal já anteriormente
designados para outras funções ou a espera da chegada daqueles convocados em
regime de urgência para realizar o devido acompanhamento.

Art. 244. A autoridade será acompanhada pela direção ou pessoa por ela
designada e pelo responsável pela segurança, devendo receber orientações relativas às
normas de acesso e circulação, às atitudes e comportamentos esperados e contra-
indicados. Antes de acessar a área de segurança, devem deixar guardados na
administração os objetos e produtos proibidos.

Seção II
DOS VOLUNTÁRIOS

Art. 245. Será permitido o acesso de voluntários ao Centro de Socioeducação


em horário de expediente. Nos demais dias e horários, somente com autorização da
direção.

Art. 246. Será fornecido na entrada do Centro de Socioeducação um crachá de


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identificação de voluntário, contendo o nome e a instituição que representa;

Art. 247. O acesso do voluntário está condicionado ao prévio cadastramento


pessoal e aprovação da proposta de trabalho educacional, cultural, esportivo ou religioso
que deverá ser apresentado à apreciação da direção, equipe de educadores sociais e
equipe técnica.

Art. 248. Deverá ser informado sobre as normas de segurança e ter sua
presença monitorada durante todo o período em que permanecer nas dependências.

Art. 249. Somente terá acesso à área de segurança o voluntário que desenvolva
atividade naquele local.

§ 1º Todo acesso deverá ser precedido de comunicado ao responsável pela


segurança, com antecedência mínima de 48h. (quarenta e oito horas) e indicados o dia,
o horário de entrada e o horário de saída, o número de voluntários, a natureza do
trabalho e o local onde será realizado.

§2º A ausência desse comunicado, a omissão de dados ou o seu envio


intempestivamente, autorizam referências do Plantão a vetarem o acesso do voluntário.

Seção III
DOS FORNECEDORES

Art. 250. A presença de fornecedores é delimitada ao tempo necessário à


realização de um serviço de entrega, sendo o seu acesso e sua circulação permitidos
somente mediante prévia autorização da direção do Centro de Socioeducação.

Art. 251. Para ter acesso ao Centro de Socioeducação, os fornecedores


deverão ser previamente cadastrados. A empresa deverá fornecer o nome dos
funcionários, número de documento oficial e número das placas dos veículos que terão
acesso ao Centro de Socioeducação. Tais funcionários deverão portar sempre o
documento de identificação funcional fornecido pela empresa e necessitam receber
orientações relativas às normas de acesso e circulação no Centro de Socioeducação,
bem como quanto as atitudes e comportamentos esperados e contra-indicados e sua
ação monitorada durante todo o período em que permanecerem nas dependências.

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Seção IV
DOS ADVOGADOS

Art. 252. O advogado deverá ter acesso ao Centro de Socioeducação no


horário de expediente; nos demais dias e horários, somente com autorização da direção.

Parágrafo único. O advogado autorizado a entrar no Centro de Socioeducação


deve estar constituído em autos ou apresentar procuração da família do adolescente.

Art. 253. Em qualquer caso, será anotado o seu nome e o número de seu
registro junto à OAB, os horários de entrada e de saída, além de ser fornecido o crachá
de identificação.

Art. 254. Todo advogado deverá receber orientações relativas às normas de


acesso e circulação bem como quanto às atitudes e comportamentos esperados e
contra-indicados. Sua presença deve ser monitorada durante todo o período em que
permanecerem nas dependências, observado o art. 124, inciso III do ECA;

Seção V
DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA

Art. 255. Oficial de justiça tem acesso ao Centro de Socioeducação no horário


de expediente. Nos demais dias e horários somente com autorização da direção;

Art. 256. Em todos os casos, serão anotados o seu nome, RG e o número do


seu documento de identificação funcional, o horário de entrada e o de saída do Centro
de Socioeducação.

Art. 257. Será fornecido na recepção um crachá de identificação de visitante,


que será recolhido no momento de sua saída.

Art. 258. Todo Oficial de Justiça deverá receber orientações relativas às


normas de acesso e circulação bem como quanto às atitudes e comportamentos
esperados e contra indicados.

Art. 259. A presença do oficial de Justiça deverá ser monitorada durante todo o
período em que permanecerem nas dependências.

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Seção VI
DOS FUNCIONÁRIOS

Art. 260. Os funcionários do Centro de Socioeducação somente terão o acesso


permitido no horário correspondente ao seu turno de trabalho ou excepcionalmente em
turno diverso, desde que convocados ou previamente autorizados pela Direção ou
Assistente de Programa.

§ 1º A entrada somente será autorizada mediante apresentação de crachá


institucional.

Art. 261. O funcionário deve apresentar-se devidamente trajado, de forma


discreta e adequada à função de socioeducador que desempenha.

Art. 262. Todos os servidores devem fazer uso de uniforme e identificação


funcional cedidos pela Secretaria, de acordo com a função desempenhada.

Art. 263. Poderão circular na área de segurança somente os funcionários que


estejam em horário de serviço, cuja atividade tenha sido prevista e autorizada.

Art. 264. O educador social que estiver encerrando o turno somente poderá
retirar-se do posto de serviço depois da chegada do educador social que está
assumindo o novo turno e tendo esse lhe repassado todas as informações e orientações
que se fizerem necessárias;

Art. 265. Na passagem do turno, caso haja qualquer alteração considerada


prejudicial ao bom funcionamento do serviço, o educador social deve solicitar a presença
do superior imediato, para ciência e resolução do problema.

Capítulo IV
DO ACESSO E CIRCULAÇÃO DE VEÍCULOS

Seção I
DAS NORMAS GERAIS

Art. 266. Os portões de acesso ao Centro de Socioeducação deverão estar


sempre fechados.

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Art. 267. Todos os veículos que, devidamente autorizados, acessarem o Centro
de Socioeducação, deverão ter suas placas anotadas, bem como os horários de entrada
e saída.

Art. 268. O condutor do veículo deverá aguardar em frente ao portão, com os


faróis apagados e o vidro abaixado para a identificação do mesmo.

Seção II
DO VEÍCULO DE FORNECEDORES

Art. 269. Designa-se veículo de fornecedores todo veículo que transporta


alimentos, mercadorias de consumo, materiais permanentes ou prestadores de serviços
ao Centro de Socioeducação.

Art. 270. O acesso de veículos de fornecedores nas dependências do Centro


de Socioeducação somente será permitido nos casos em que seja difícil ou impossível o
transporte da mercadoria do portão até o seu destino, ou o caminho inverso, e com
expressa autorização da administração.

Art. 271. O funcionário da entrada do Centro de Socioeducação registrará o


número da placa do veículo, especificando o tipo, marca, e demais características. Para
tanto, o funcionário deve sair de seu posto e se dirigir ao veículo, para solicitar os
documentos pessoais do condutor e do ajudante se for o caso, e aguardar a liberação do
acesso pelo responsável;

Art. 272. Deverão ser anotados, em livro de registro, o nome, o número do


documento apresentado, a data e o horário de entrada, o motivo do ingresso no Centro
de Socioeducação e o setor/pessoa que irá recebê-lo. Após esse procedimento, será
aberto o portão de acesso.

Art. 273. Será estabelecido contato através do rádio comunicador e/ou ramal
telefônico, com o setor/pessoa responsável pelo recebimento da mercadoria/serviço
para anunciar a chegada do fornecedor.

Art. 274. O veículo só poderá permanecer nas dependências do Centro de


Socioeducação o tempo necessário à carga ou descarga;

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Seção III
DO VEÍCULO OFICIAL

Art. 275. Veículos oficiais, desde que em serviço, terão o seu acesso liberado
condicionado ao registro do o número da placa do veículo, especificando o tipo, marca, e
demais características.

Parágrafo único. Nos casos de viaturas policiais, identificar o horário e o


número da viatura.

Art. 276. O funcionário anotará em livro de registro o nome, o número do


documento apresentado, a data e o horário de entrada, o motivo do ingresso no Centro
de Socioeducação e o setor/pessoa que irá recebê-lo e, após esse procedimento, abrirá
a portão de acesso.

Art. 277. Será fornecido um crachá ao visitante e será estabelecido contato com
o setor/pessoa interessado para comunicar a chegada do visitante.

Seção IV
DO VEÍCULO OFICIAL DO CENTRO DE SOCIOEDUCAÇÃO

Art. 278. Dentro do veículo oficial lotado no Centro de Socioeducação haverá


uma planilha para ser preenchida pelo condutor, constando a hora de saída, o motivo, o
destino, a hora de retorno, a quilometragem de saída e de retorno, bem como um campo
para assinatura.

Art. 279. No final de cada período, semana ou mês, os relatórios dos veículos
oficiais do Centro de Socioeducação serão verificados.

Seção V
DOS VEÍCULOS DE SERVIDORES E DE VOLUNTÁRIOS

Art. 280. O Centro de Socioeducação deverá manter lista atualizada dos


veículos de servidores e voluntários.

Art. 281. Para acesso do veículo às dependências do Centro de Socioeducação


o mesmo deverá estar com os faróis apagados e vidros abaixados, bem como seu
condutor deverá manter seu crachá de identificação institucional sempre visível.

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Seção VI
DO VEÍCULO DO VISITANTE

Art. 282. É vedado o acesso de veículos de visitantes nas dependências do


Centro de Socioeducação, devendo os mesmos permanecer fora dos seus limites.

Capítulo V
DO CONTROLE DE ACESSO DE MATERIAIS

Seção I
DAS NORMAS GERAIS

Art. 283. O controle de acesso de materiais visa impedir a entrada de objetos e


produtos que possam ameaçar a vida, a integridade física, emocional e moral dos
adolescentes e funcionários e/ou causar danos patrimoniais.

Seção II
DOS MATERIAIS PROIBIDOS

Art. 284. É proibida a entrada dos seguintes materiais na área de segurança do


Centro de Socioeducação:
I. Armas de fogo;
II. Objetos perfuro-cortantes – facas, navalhas, estiletes, canivetes, metais
pontiagudos e outros similares;
III. Drogas;
IV. Bebidas alcoólicas;
V. Cigarro, charuto ou produto similar;
VI. Fósforos, isqueiros ou similares;
VII. Espiriteiras, fogareiros;
VIII. Produtos inflamáveis;
IX. Produtos inalantes e/ou entorpecentes;
X. Revistas pornográficas e/ou eróticas;
XI. Periódicos que fazem apologia à violência;
XII. Jornais que tragam notícias do mundo do crime;
XIII. Telefone celular;
XIV. Mp3 e similares;
XV. Carteira de documentos, de dinheiro e outros valores;
XVI. Fotografia particular do funcionário e de seus familiares;
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XVII. Quaisquer objetos que, a juízo da direção e/ou responsável pela
segurança, constituir ameaça à vida, à integridade física, emocional e moral dos
adolescentes e funcionários e/ou risco de causar danos no patrimônio

Parágrafo único. Será garantido aos funcionários um local adequado para


guardarem seus objetos pessoais enquanto estiverem em plantão, fora da área de
segurança.
Seção III
DOS MATERIAIS AUTORIZADOS

Art. 285. Está autorizado o uso e entrada dos seguintes materiais na área de
segurança do Centro de Socioeducação:

I. Fornecidos pela SEDS: são os materiais de uso regular, necessários ao


funcionamento das rotinas de atendimento, tais como o pedagógico, de limpeza e
manutenção do ambiente, de higiene pessoal, esportivo, vestuário, permanente e
medicamentos;
II.Fornecidos por serviços terceirizados: são os alimentos preparados por
empresas contratadas, entregues diariamente no Centro de Socioeducação, em
forma de marmitex ou a granel;
III.Fornecidos por familiares: são os gêneros alimentícios previstos nas normas
internas do Centro de Socioeducação e submetidos à revista, têm o seu acesso
e circulação autorizados;
IV.Fornecidos por organizações que desenvolvem trabalho voluntário: são os
gêneros alimentícios e outros produtos, de uso pessoal ou das oficinas, que,
previstos nas normas internas do Centro de Socioeducação e submetidos à
revista, têm o seu acesso e circulação autorizados.

Seção IV
DOS MATERIAIS CONTROLADOS

Art. 286. São considerados materiais de uso controlado na área de segurança


do Centro de Socioeducação:

I.Inseticidas, pesticidas ou outros produtos tóxicos;


II.Produtos de higiene e estética à base de álcool;
III.Martelos, marretas, bastões ou outros similares;
IV.Arames, cordas, correntes e outros similares;
V.Carrinhos de transportes;
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VI.Toca CD ou aparelho similar;
VII.Jóias, bijuterias e similares;
VIII.Calçado de salto alto e fino, ou tipo tamanco ou similar;
IX.Chaves - salvo aquelas de propriedade do Centro de Socioeducação e de uso
na área de segurança;
X.Quaisquer objetos que, a juízo da direção e/ou responsável da segurança,
constituir risco potencial ou real à segurança.

Seção V
DOS EQUIPAMENTOS ANTI-TUMULTO

Art. 287. Constituem equipamentos anti-tumulto utilizados nas intervenções na


área de segurança:
I- Coletes de proteção individual;
II – Capacetes;
III – Tonfas;
IV – Escudos;
V – Luvas;
VI - Protetores de cotovelo;
V - Protetores de canela;
VI – Algemas;
VII - Capas à prova de fogo;
VIII – Botas;
IX - máscaras de gás, capacetes de bombeiros, etc.

Art. 288. Os equipamentos anti-tumulto não poderão ficar expostos e deverão


ser recolhidos em sala própria, a qual permanecerá trancada e as chaves confiadas à
direção e aos coordenadores de turno.

Art. 289. Os equipamentos anti-tumulto só poderão ser usados mediante


expressa autorização da direção dentro dos padrões e orientações técnicas
especificados no Caderno de Gerenciamento de Crise nos Centros de Socioeducação.

Art. 290. O acesso a esses equipamentos será restrito ao pessoal treinado e


declarado habilitado ao seu uso.

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Seção VI
DOS CUIDADOS COM OS MATERIAIS DE USO DIÁRIO

Art. 291. O material pedagógico de uso diário nas oficinas e salas de aula deve
ser diariamente conferido, adotando-se os seguintes procedimentos:

I.O instrutor ou professor prepara uma lista com o tipo e quantidade do material
que está levando para a oficina ou sala de aula;
II.Ao final da atividade será realizada nova conferência dos materiais antes de
guardá-los;
III.Constatada a ausência de um ou mais itens da lista o fato será imediatamente
notificado ao responsável da segurança;
IV.O professor, instrutor ou a pessoa que tenha feito uso do material na área de
segurança, deverá deixar o Centro de Socioeducação somente após ter sido
elucidada e resolvida a questão.

Art. 292. Os educadores sociais, ao assumirem turno de trabalho, devem


necessariamente conferir:

I.Se houve alguma alteração no quadro de adolescentes na galeria ou


alojamento;
II.Se houve alguma alteração no quadro de funcionários;
III.Se os materiais, equipamentos e produtos deixados sob sua responsabilidade
estão completos e íntegros: rádio comunicador,aparelho de telefone, lanterna,
etc;
IV.Se os equipamentos e instalações estão em boas condições de uso:
fechadura, portas e trancas;
V.Se as chaves, algemas, cadeados e demais materiais de segurança estão
completos;
VI.Se os materiais de higiene pessoal e limpeza estão devidamente guardados;
VII.Se há alguma alteração na rotina estabelecida;
VIII.Se há alguma recomendação específica a ser seguida.

Art. 293. No acompanhamento das atividades de limpeza do ambiente e das


refeições dos adolescentes, os educadores sociais são responsáveis por:

I.Fornecer os materiais de limpeza utilizados nas galerias e alojamentos, os


quais só devem ser entregues aos adolescentes no momento da atividade;
II.Recolher e guardar os materiais de limpeza em local próprio e seguro;
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III.Certificar-se de que os adolescentes não mantenham consigo qualquer tipo
de alimento, visando prevenir a realização de barganhas de comércio entre eles
e o conseqüente surgimento de dívidas, obrigações e de relações de
subjugação-dominação;
IV.Certificar-se de que os adolescentes não levem dos refeitórios restos de
alimentos, utensílios ou embalagens, visando evitar a confecção de objetos que
possam oferecer risco à segurança ou de bebidas obtidas mediante
fermentação de gêneros alimentícios.

Art. 294. O responsável pela manutenção deverá conferir sistematicamente:

I . Se as chaves-reserva estão no devido lugar;


II.Se o gerador de energia pode ser acionado a qualquer momento;
III.Se as caixas de controle de energia elétrica estão em pleno funcionamento;
IV.Se o hidrante e mangueira de incêndio estão em condições de uso;
V.Se a bomba de água e os registros de água estão funcionando;
VI.Se o nível de água das caixas d'água estão em conformidade com a
necessidade do Centro de Socioeducação.

Art. 295. Os materiais de uso na cozinha devem ser diariamente conferidos. O


acesso à cozinha só é permitido aos funcionários do setor, que são responsáveis
pela conferência e contagem diária de todos os utensílios existentes, isto é:

I.Caixas de fósforo;
II.Acendedores elétricos;
III.Talheres;
IV.Pratos, canecas e copos;
V.Embalagens descartáveis;
VI.Travessas, tigelas e assadeiras.

Seção VII
DO FLUXO DE MATERIAIS

Art. 296. É vedado adentrar à área de segurança portando qualquer objeto ou


substâncias desnecessárias ao serviço que será executado ou que ofereça ameaça à
integridade dos membros da comunidade socioeducativa.

Art. 297. Todo e qualquer material ou equipamento de uso controlado que


entrar na área de segurança será, obrigatoriamente, submetido à revista, contagem e
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conferência pelo responsável pela segurança, antes de ser permitido o seu acesso.

Art. 298. A pessoa que desatender, total ou parcialmente, o disposto nesse


manual terá seu acesso à área de segurança negado.

Art. 299. Havendo tentativa de introdução de materiais proibidos por parte de


visitantes, familiares de adolescentes, funcionários, estagiários, prestadores de serviço,
etc., burlando as normas de segurança, com indícios de tratar-se de ação criminosa
tipificada, a ocorrência será registrada em Delegacia de Polícia, mediante elaboração de
boletim de ocorrência.

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Título VII
DAS VISITAS FAMILIARES PARA ADOLESCENTES

Capítulo Único
DAS REGRAS GERAIS

Art. 300. Os familiares são co-responsáveis no processo socioeducativo do


adolescente, devendo o Centro de Socioeducação viabilizar sua visita aos adolescentes
como previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Art. 301. Toda visita de familiares deve ser credenciada mediante a


apresentação de documentação que será analisada pelas equipes técnica e de
segurança.

Art. 302. O visitante do adolescente só terá acesso ao Centro de Socioeducação


no dia e horário programado para sua visita.

§ 1º. A visita dos familiares está programada para acontecer semanalmente em


dia e horário pré-determinado.

§ 2º. As situações excepcionais devem ser autorizadas pelo Técnico de


referência e programadas antecipadamente com o Setor de Segurança.

Art. 303. O visitante deverá apresentar-se na entrada do Centro de


Socioeducação, portando documento de identificação. Ele receberá, então, o crachá de
visitante, sendo encaminhado para os demais procedimentos de revista e
acompanhamento.

Art. 304. Todas as visitas devem ser submetidas aos procedimentos de revista
minuciosa previstos nesta resolução.

Art. 305. O visitante será conduzido ao local definido para a realização da visita
com o acompanhamento do educador social designado para tal função.

Seção I
DOS PROCEDIMENTOS DE VISITAS DE FAMILIARES

Art. 306. No primeiro contato, o técnico deve informar a família sobre a

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documentação necessária, o dia e horário da visita, bem como as informações
referentes ao número de visitantes permitidos, alimentos liberados (quantidade e
características), bem como serem informados aos familiares dos procedimentos vigentes
no Centro de Socioeducação, inclusive os de revista.

Art. 307. As visitas poderão ser, a qualquer momento, suspensas pelo Centro de
Socioeducação quando:
I - Se tratar de determinação judicial devidamente fundamentada;
II - Nos casos avaliados pelo conselho disciplinar em que a visita prejudique o
desenvolvimento do processo socioeducativo do adolescente e/ou coloque em risco a
segurança do Centro de Socioeducação.
Parágrafo Único: No caso do inciso II, a Direção do Centro de Socioeducação
deverá, mediante relatório fundamentado, solicitar a autoridade judiciária a suspensão
temporária da visita.

Art. 308. Os locais de visitação devem passar por revista estrutural antes e depois
da realização das visitas.

Art. 309. Os adolescentes que receberem visitas deverão passar por revista
observado o contido no art. 179 desta resolução.

Art. 310. Os adolescentes deverão ser encaminhados aos locais de visitas


somente depois que seus familiares/visitantes já estiverem à sua espera e deverão ser
encaminhados aos seus alojamentos antes da saída de seus familiares/visitantes dos
locais de visitação.

Seção II
DO FLUXO DE FAMILIARES VISITANTES

Art. 311. As pessoas autorizadas à visitação deverão ser previamente definidas


pela equipe técnica mediantes cadastro e entrevista anteriores.

Art. 312. Irmãos de adolescentes que apresentam idade entre 12 (doze) e 17


(dezessete) anos, podem realizar visitas mediante o acompanhamento ou autorização
do responsável.

Art. 313 – Crianças de 0 a 12 anos poderão realizar visitas em dias


especificados acompanhados do responsável, ao menos uma vez ao mês.

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Art. 314 – Crianças e adolescentes serão submetidos aos procedimentos de
revista minuciosa conforme previsto no Art. 304 desta resolução.

Art. 315. O número de visitantes permitido para cada adolescente deve ser
estabelecido de acordo com o Regimento Interno, a estrutura física e a capacidade
técnica de atendimento de cada Centro de Socioeducação, sendo garantida a visitação
de no mínimo 2 (duas) pessoas.;

Art. 316. É proibida a entrada de visitantes que estejam sob efeito de


substâncias psicoativas (lícita ou ilícita), que sejam surpreendidos portando drogas,
armas ou similares, e em outras situações em que a equipe analise a existência de risco
a segurança do Centro de Socioeducação.
Parágrafo Único: O visitante que portar drogas e/ou armas (ilícitas) e similares
deve ser encaminhado a uma delegacia de polícia, visando à elaboração de boletim de
ocorrência. Será temporariamente proibida a entrada de tal visitante no Centro de
Socioeducação. Sua retenção será feita pela Polícia Militar. Além desses procedimentos
o juiz que acompanha o adolescente deverá ser informado do ocorrido e solicitada a
suspensão temporária da visita, bem como o retorno do visitante ao Centro de
Socioeducação

Art. 317. É proibida a entrada de visitantes que estiverem trajando roupas e


calçados inadequados para visitação, tais como: roupas curtas e/ou decotadas, calçados
de salto alto ou robustos, sutiã com armação de ferro, blusa tipo top ou tomara que caia,
minissaia e shorts curto, bonés ou chapéus, jóias ou bijuterias, ou demais peças.

Art. 318. Se durante a ocorrência da visita o familiar apresentar comportamento


inadequado, desrespeitoso ou incondizente com a proposta socioeducativa, a visita será
imediatamente interrompida e o fato encaminhado para deliberação ao Conselho
Disciplinar.

Seção III
DA ENTRADA E SAÍDA DE OBJETOS E ALIMENTOS

Art. 319. Os objetos produzidos em oficinas, os quais o adolescente proprietário


manifeste o desejo de entregar aos visitantes, devem constar em lista elaborada
previamente pelo instrutor, que, por sua vez, deixará com a equipe técnica ou de
educadores sociais que estará de plantão no dia da visita.
Parágrafo único. Os objetos devem estar identificados com o nome do
adolescente e o do destinatário.
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Art. 320. É permitida a retirada de pertences dos adolescentes (roupas, livros,
correspondências) pelos familiares.

Parágrafo único. Deve ser preenchido o recibo de entrega de pertence,


constando o nome do destinatário e do adolescente, discriminação dos pertences,
assinatura e data.

Art. 321. Somente será permitida a entrada de alimentos previstos em lista


fornecida pelo Centro de Socioeducação constando tipo e quantidade, a critério do
Regimento Interno de cada Centro de Socioeducação.

Art. 322. Quando autorizada a entrada os alimentos devem ser abertos no ato da
revista.

Parágrafo único. Os alimentos não consumidos na visita não podem ficar de


posse dos adolescentes devendo ser devolvidos aos familiares.

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Título VIII
DA DISCIPLINA DO USO DA FORÇA PELO SETOR DE SEGURANÇA

Capítulo I
DOS REQUISITOS PARA O USO DA FORÇA

Art. 323. O uso da força dentro do Centro de Socioeducação somente sera


autorizado em casos excepcionais.

§ 1º. São considerados casos excepcionais:


I.Quando o recurso a outros métodos de controle se revelar inoperante;
II.Os casos de legítima defesa, de tentativa de fuga, e de resistência física ativa
ou passiva a uma ordem baseada na lei ou nos regulamentos do Centro de
Socioeducação;
III.Quando o adolescente oferece grave ameaça a sua integridade física, a
integridade física de terceiros ou ao patrimônio público.

§ 2º. O uso da força dentro do Centro de Socioeducação somente poderá ser


autorizado pelo Diretor do Centro de Socioeducação, na ausência deste, pelo Assistente
de Programa, devidamente fundamentado nos casos previstos no parágrafo anterior.

Capítulo II
DAS REGRAS PARA O USO DA FORÇA

Art. 324. O uso da foça dentro dos Centros de Socioeducação está pautado nas
seguintes regras:
I.Atender aos termos explicitamente autorizados e especificados na lei e
regulamentos;
II.Usar restritivamente e apenas durante o período estritamente necessário;
III.Não causar humilhação ou degradação.

Art. 325. Os funcionários do Centro de Socioeducação deverão tomar as


seguintes providências:
I.Esgotar todas as possibilidades de diálogo;
II.Usar a força estritamente necessária;
III.Informar imediatamente o Diretor e Assistente de Programa do Centro de

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Socioeducação quanto ao incidente.

Capítulo III
DOS PRINCÍPIOS PARA O USO DA FORÇA

Art. 326. O emprego da foça dentro dos Centros de Socioeducação deverá


obedecer aos seguintes princípios:
I – Legalidade - O uso da força somente é permitido para atingir um objetivo
legítimo, devendo-se, ainda, observar a forma estabelecida, conforme dispositivos
legais;
II – Necessidade - O uso da força somente deve ocorrer quando quando outros
meios forem ineficazes para atingir o objetivo desejado;
III – Proporcionalidade - O uso da força deve ser empregado proporcionalmente
à resistência oferecida, levando-se em conta os meios dos quais o educador social
dispõe.
IV – Conveniência - Mesmo que, num caso concreto, o uso da força seja legal,
necessário e proporcional, é preciso observar se não coloca em risco outras pessoas ou
se é razoável, de bom-senso, lançar mão desse meio. Por exemplo, em local com
grande aglomeração de adolescentes, o uso da força não é conveniente, pois traz riscos
no sentido de desencadear uma reação dos demais.

Art. 327. O emprego da força dentro dos Centros de Socioeducação deverá ser
realizado de forma progressiva, respondendo a cada situação específica com a força
equivalente necessária a resolução do evento.
Parágrafo único. Se um nível de intensidade falhar, ou se as circunstâncias
mudarem, o nível de força deverá ser redefinido de forma consciente e ponderada.

Capítulo IV
DO USO DOS INSTRUMENTOS DE COERÇÃO

Art. 328. Instrumentos de coerção como algemas e marca-passo, somente


poderão ser utilizados nas seguintes situações:
I.Como medida de precaução contra fugas durante o deslocamento do
adolescente fora da área de segurança e durante traslados;
II.Em casos excepcionais de perigo iminente para a integridade física do
adolescente, de terceiros ou do patrimônio público;
III.Em casos de surto psicótico com a devida recomendação e acompanhamento
médico necessário.
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IV.Em demais casos desde que devidamente justificados.

§1º Não se aplica o inciso I aos adolescentes com autorização judicial para o
desenvolvimento de atividades externas.

§2º Estes instrumentos poderão ser retirados quando do comparecimento em


audiência quando requisitado pela autoridade judiciária ou administrativa, desde que não
coloque em risco a integridade dos mesmos.

§3º Em qualquer situação em que seja necessária a saída do adolescente do


Centro de Socioeducação, fazendo uso da algema, deverá o servidor que acompanha o
adolescente portar termo de justificativa assinado pelo Diretor do Centro de
Socioeducação.

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Título IX
DO GERENCIAMENTO DAS SITUAÇÕES DE CRISE

Capítulo I
DAS CRISES

Art. 329. É considerado situação de crise um evento ou situação crucial que


ameace a segurança (interna/externa) e ou comprometa o desenvolvimento da proposta
pedagógica do Centro de Socioeducação e exija uma resposta especial imediata, a fim
de assegurar uma solução aceitável, sempre considerando os aspectos legal, moral e
ético.

Art. 330. Todo gerenciamento de crise deve seguir os procedimentos pré-


estabelecidos pelo Centro de Socioeducação e tem como objetivos “Preservar vidas” e
“Aplicar a lei”.

Art. 331. Todos os funcionários devem estar atentos aos possíveis fatores
desencadeadores e/ou indicadores de situações de crises, de forma a preveni-las.

Art. 332. Revistas estruturais no Centro de Socioeducação, além das revistas


pessoais dos adolescentes devem ser realizadas periodicamente para prevenir a
ocorrência e evolução de situações de crise.

Art. 333. Devem ser organizados e seguidos protocolos que governam os


respectivos papéis dos diferentes setores do Centro de Socioeducação e órgãos
externos – Protocolo Interinstitucional de Gerenciamento de Crises nos Centros de
Socioeducação do Paraná.

Art. 334. São consideradas possíveis situações de crise os casos de:


I.Motim - todo ato de rebeldia e indisciplina isolada, ou em pequeno grupo
(máximo 03 adolescentes) sem causar influência direta aos demais
adolescentes;
II.Tumulto - todo ato de rebeldia e indisciplina de média proporção (04 ou mais
adolescentes) que não envolva a totalidade dos adolescentes internados;
III.Rebelião - ato de rebeldia ou indisciplina de grande proporção envolvendo a
maioria dos adolescentes.

§. 1º Casos de Motim, em geral, são resolvidos internamente pelos educadores

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sociais, sob coordenação dos referências de plantão e do Assistente de Programa.

§ 2º Casos de Tumulto podem ser solucionados internamente através do


trabalho conjunto dos diversos setores do Centro de Socioeducação ou com auxílio
externo de órgãos competentes.

§ 3º Casos de rebelião são solucionados mediante trabalho conjunto entre as


equipes do Centro de Socioeducação e órgãos de apoio externos.

Art. 335. Em situações de crise os funcionários não essenciais para o


gerenciamento da crise, prioritariamente, são evacuados dos locais que ofereçam risco.

Art. 336. Não é permitida, em hipótese alguma, a troca de reféns.

Art. 337. As informações sobre as situações de crise somente são repassadas


aos meios de comunicação de massa mediante autorização da Direção do Centro de
Socioeducação e ou por pessoa devidamente designada para esta função.
Parágrafo único. Em momentos de crise a imprensa não adentrará o Centro de
Socioeducação.

Art. 338. Deverão ser convocados, em caráter emergencial, educadores sociais


e técnicos, de acordo com a necessidade do Centro de Socioeducação nas situações de
crise.

Capítulo II
DO GERENCIAMENTO

Art. 339. Fica instituído o Protocolo Interinstitucional de Gerenciamento de Crise


nos Centros de Socioeducação do Paraná como documento regulador das ações a
serem desenvolvidas quando do estabelecimento de situações de crise nos Centros de
Socioeducação da Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social.

Art. 340. Compete ao Centro de Socioeducação a responsabilidade pela


resolução de eventos considerados simples e complexos.

§ 1º. Considera-se evento simples aquele cuja ameaça à segurança é inferior à


capacidade de resposta do coordenador e dos educadores sociais presentes no Centro
de Socioeducação e sua resolução se dá através da presença, argumentação, orienta-
ção ou a aplicação de advertência verbal.
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§ 2. Considera-se evento complexo aquele cuja ameaça à segurança é superior
à capacidade de resposta do coordenador e dos educadores sociais presentes no Cen-
tro de Socioeducação e sua resolução é possível pela coordenação dos setores do Cen -
tro de Socioeducação exigindo intervenção física e negociação não especializada.

Art. 341. Os procedimentos operacionais que nortearão os processos de Gestão


da Situação de Crise são os já estabelecidos no Protocolo Interinstitucional de
Gerenciamento de Crise nos Centros de Socioeducação do Paraná.

Art. 342. É de responsabilidade do Diretor do Centro de Socioeducação e da


Administração Central a avaliação constante e sistemática da capacidade de resposta,
bem como o desenvolvimento de planos de contingência específicos para cada Centro
de Socioeducação considerando a estrutura física, os recursos humanos e a capacidade
de atendimento.

Art. 343. Os equipamentos necessários ao Gerenciamento de Crise nos Centros


de Socioeducação para o gerenciamento de eventos simples e complexos bem como a
formação continuada dos profissionais para a atuação em situações de crise são de
responsabilidade da administração central.
Parágrafo único. Ficam instituídos os Grupos de Controle de Distúrbios
Internos em todos os Centros de Socioeducação do Estado do Paraná, responsáveis
pelas intervenções previstas no artigo 334.

Art. 344. Nos casos em que o evento for complexo, ou seja, quando a ameaça
a segurança for superior a capacidade de resposta de todos os setores do Centro de
Socioeducação, será acionada a Rede de Gerenciamento de Crise, seguindo os critérios
de atuação previstos no Protocolo Interinstitucional de Gerenciamento de Crises nos
Centros de Socioeducação do Paraná.
Parágrafo único. O Diretor do Centro de Socioeducação deverá imediatamente
seguir os procedimentos de evacuação previstos nos artigos 346 e 347 desta resolução
e acionar o órgão da Secretaria de Segurança Pública da região responsáveis pela
atuação policial especializada em situações de crise.

Art. 345. É de responsabilidade do Diretor do Centro de Socioeducação a


articulação com a Rede de Gerenciamento de Crise no que se refere aos procedimentos
e atribuições de cada instituição, previstos no Protocolo Interinstitucional de
Gerenciamento de Crise nos Centros de Socioeducação.

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Parágrafo único. A rede de gerenciamento de crise é composta pelo conjunto
de instituições, por profissionais e pessoas indispensáveis ou extremamente importantes
para a gestão de crise de segurança instalada em unidade de privação de liberdade:
Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social, Policia Militar do Paraná,
Poder Judiciário, Ministério Público, Conselho Tutelar, Polícia Civil do Paraná, Serviços
de Emergência Médica e Corpo de Bombeiros.

Capítulo III
DA EVACUAÇÃO DO CENTRO DE SOCIOEDUCAÇÃO

Art. 346. Uma vez estabelecida a situação de Crise, a Direção do Centro de


Socioeducação, além de acionar a Rede de Gerenciamento de Crise e participar o
ocorrido ao superior imediato, deverá imediatamente garantir:
I. A emissão de sinal de alerta e a interrupção das atividades de rotina;
II. A organização dos funcionários atuantes na crise e a distribuição de suas
respectivas funções;
III. A retirada de materiais que possam dar suporte a insurgência e;
IV. A convocação de funcionários de reforço;
V. A restrição da entrada de pessoas cuja circulação é liberada durante a rotina
normal do Centro de Socioeducação e;
VI. A evacuação de pessoal não fundamental para o Gerenciamento da Crise;
Parágrafo único. Estabelece-se como padrão de evacuação, podendo ser esse
adaptado pela direção de cada do Centro de Socioeducação, a evacuação total e
imediata de técnicos, professores, pessoal administrativo e de serviços gerais, visitantes,
voluntários e demais profissionais que não possuam atribuição definida no
gerenciamento da crise.

Art. 347. O plano de evacuação tem por objetivo promover a saída, o mais
rápido possível, de todas as pessoas que não são necessárias à resolução da Situação
de Crise, para tanto faz-se necessário:
I – A identificação clara de todas as vias de evacuação principais e alternativas;
II – A definição dos pontos de encontro para conferência das pessoas retiradas e
a identificação de possíveis desaparecidos e/ou não retiradas do Centro de
Socioeducação;
III – A garantia de que todos os funcionários têm conhecimento dos
procedimentos a tomar para a mais rápida evacuação possível.

Art. 348. Esta Resolução entrará em vigor 30 dias após sua data de publicação,
ficando revogadas as disposições em contrário.
Rua Hermes Fontes, 315, Batel, Curitiba, Paraná CEP.: 80440-070
Fone/Fax: (41) 3270-1000 socioeducacao@seds.pr.gov.br www.seds.pr.gov.br
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