A partir da 1a Revolução Industrial, período em que o homem foi substituído pela máquina,
houveram inegáveis avanços científicos, tecnológicos e sociais que trouxeram à humanidade
seu momento mais fértil, tanto populacional, quanto intelectual. Entretanto, ao se marcar a mudança, há de se questionar sua distribuição pelos indivíduos, o que nos traz a certeza de que o progresso é questionável, evidenciado, principalmente, por um consumismo desenfreado e por uma discrepância sócio-econômica.
Em primeira análise, é perceptível que o progresso da humanidade tomou rumo sinuoso ao se
observar o consumismo com o qual está ligado. Demonstra-se, visivelmente, seu caráter dúbio diante da obsolescência material programada, conceito que é traduzido pela diminuição da vida útil de bens materiais para incentivar ondas de consumo. Portanto, induz os indivíduos a se comportarem como estepes de suas próprias aquisições, os reduzindo a hipônimos do egoísmo e da luxúria humana.
Consoante ao supracitado, percebe-se uma diferença absoluta entre os homens de diferentes
classes, que são impossibilitados, quando pobres, de usufruir da ascensão merecida. Depreende-se, esse bloqueio, de um positivismo eurocêntrico, espalhado junto das Grandes Navegações, pregador de uma ordem social para possibilitar o progresso. Contudo, a ordem repressiva atua na marginalização do miserável, o deslocando às periferias dos centros tecnológicos, impedindo-o de escalar em direção ao sucesso.
De acordo com o demonstrado, afere-se que o questionamento quanto aos avanços do
homem se pautam em cima de uma relevância imensurável aos produtos resgatados e à uma dicotomia do acesso, polarizado entre privilegiados e desprivilegiados. Concordante com a máxima de Bertrand, a mudança é inata, enquanto o progresso é seletivo