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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 1° JUIZADO

ESPECIAL CÍVEL DA CAPITAL

CIRO MARQUES SILVA JUNIOR, advogado, regularmente inscrito na


OAB/AL sob o n° 18.374, solteiro, inscrito no CPF sob o n° 087.388.174-54,
tendo como RG o n° 3492816-2, endereço eletrônico:
Advmarquesal@gmail.com, residente e domiciliado à Rua Vinte e Seis de Abril,
156, Apt 201 – Poço – Maceió/AL – CEP: 57.0252-570, vem a presença de Vossa
Excelência propor:

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA DE


EVIDÊNCIA EM CARÁTER LIMINAR C/C REPETIÇÃO DO INDÉBITO C/C
CUMPRIMENTO DE OFERTA C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS

Em face de CLARO S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no


CNPJ/MF sob o nº 40.432.544/0715-91, com endereço à Av. Comendador
Gustavo Paiva, 2990 (Maceió Shopping) – Mangabeiras, CEP: 57037-901 –
Maceió/AL, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

I – DOS FATOS

No dia 11 de outubro de 2021 o Demandante recebeu uma ligação de


Elizabete, atendente da Demandada Claro. Na ocasião, foi oferecido um plano
de internet de 250Mbs e TV box gratuito pelo valor mensal, no boleto, de R$

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84,90 (oitenta e quatro reais e noventa centavos), ou no débito automático pelo
valor de R$ 80,00 (oitenta reais).

O Demandante preferiu contratar no débito automático pelo valor de R$


80,00 (oitenta reais) mensais, sendo afirmado pela atendente por diversas vezes
que seria a internet de 250 Mbs e que o TV Box seria disponibilizado de maneira
gratuita, e que mesmo se o cliente cancelasse, continuaria a ser proprietário do
TV Box.

Excelência, no link abaixo consta a gravação da ligação no momento da


contratação. O áudio possui cerca de 10min, contudo, aos 3:35 até 4:20 é o
momento em que a vendedora informa quais são os valores e qual foi o
contratado pelo Demandante.

https://drive.google.com/file/d/1UiyhMCGowb_aN2BcF0A3CyEc0V9cNyM6/vie
w?usp=sharing

Acontece que alguns meses depois, o Demandante recebeu outra ligação


da Demandada Claro, sendo ofertado outro plano com valor superior ao que
acreditava estar pagando e foi nesta ligação que acabou descobrindo que o valor
que estava sendo debitado de sua conta bancária era de R$ 104,99 (cento e
quatro reais e noventa e nove centavos), uma diferença R$ 24,99 (vinte e quatro
reais e noventa e nove centavos).

Como a modalidade de pagamento foi feita através de débito automático,


o Demandante acabou não verificando sua conta bancária e ficou
completamente indignado, pois o valor contratado foi de R$ 80,00 (oitenta reais)
e não de R$ 104,99 (cento e quatro e noventa e nove) e isso não é o pior,
conforme veremos abaixo.

Imediatamente, o Demandante entrou em contato com a Demandada


Claro e questionou sobre o que estaria acontecendo e o porquê estava sendo
debitado de sua conta valor completamente diferente do que fora contratado.

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Na ocasião foi aberto um chamado para “analisar” a ligação realizada no
momento da contratação dentro do prazo de 05 dias, e em sendo confirmado o
erro, os valores seriam abatidos nas próximas faturas.

Contudo, passados alguns dias, pasme, Excelência, o Demandante


recebe ligação da Demandada informando que a gravação havia sido analisada
e que tudo estaria conforme acordado, fato que deixou o consumidor
completamente abismado, uma vez que o mesmo faz a gravação de todas as
suas ligações e havia escutado toda gravação momentos antes, conforme link
acima.

E não acaba por aí, Excelência.

Algum tempo após ter recebido essa resposta absurda, a Demandada


ainda teve a astúcia de entrar em contato com o Demandante e, acreditando que
o mesmo não possuía um plano da mesma operadora, a vendedora informou
que havia disponibilidade de um plano no valor de R$ 59,99 (cinquenta e nove
reais e noventa e nove centavos) por 500Mbs de internet, modem WIFIPLUS
gratuito, Discovery+ e roteador.

Ao aceitar e consultar pelo CPF do consumidor, a vendedora informou


que este plano estava sendo disponibilizado apenas para clientes novos.

Desta forma, não viu alternativa senão a de ajuizar a presente ação para
que lhe seja assegurado a repetição do indébito cobrado indevidamente,
indenização por danos morais, bem como o cumprimento forçado da oferta.

II – DA TUTELA DE EVIDÊNCIA EM CARÁTER LIMINAR

Conforme já explanado na narrativa fática, o Demandante foi ludibriado


pela Demandada, uma vez que estão cobrando valores completamente
diferentes do qual fora contratado, onde deveria ser cobrado R$ 80,00, estão
debitando R$ 104,99, podendo ser analisado a partir da gravação da ligação no
link destacado no tópico anterior.

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Neste sentido, conforme dispõe o CPC, em seus Arts. 311 e seguintes, a
tutela de evidência será concedida, independentemente da demonstração de
perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, quando, dentre outras
hipóteses:

[...]

II - as alegações de fato puderem ser


comprovadas apenas documentalmente e houver
tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou
em súmula vinculante;

[...]

[in verbis]

Neste sentido, a gravação realizada pelo Demandante é prova


documental suficiente para demonstrar qual foi o real valor que fora contratado
(https://drive.google.com/file/d/1UiyhMCGowb_aN2BcF0A3CyEc0V9cNyM6/vie
w?usp=sharing), no momento 3:35 até 4:20, a atendente informa por mais de
uma vez que o valor da contratação é de R$ 80,00 no débito automático, por
250Mbs de internet e um TV Box completamente gratuito.

Desta forma, conforme autoriza o §único do dispositivo legal acima citado,


a tutela de evidência poderá ser concedida liminarmente quando as alegações
de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente.

III – DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Conforme preconiza o rol de direitos básicos do consumidor, em seu


inciso VIII do Art. 6 do CDC, é autorizado que o juiz, ao verificar a
verossimilhança nas alegações ou quando o consumidor for hipossuficiente,
determine a inversão do ônus.

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A verossimilhança nas alegações encontra-se presente na gravação da
ligação telefônica, onde percebe-se claramente que a narrativa fática é
verossímil, ficando claro de que forma e como foi contratado o plano da
Demandada.

Ademais, a hipossuficiência do consumidor mostra-se presente também


pelo fato de que a Demandada possui todas as gravações realizadas pelo
consumidor, não tendo condições de solicitá-las, senão através de decisão
judicial.

Desta forma, considerando a verossimilhança nas alegações e a


hipossuficiência do consumidor, requer que seja determinada a inversão do ônus
da prova para que a Demandada seja compelida a juntar aos autos todas as
gravações realizadas pelo consumidor, o que pode ser facilmente encontrado
através da consulta pelo seu CPF, nos quais devem ser juntadas do dia
11/10/2021, até a presente data.

III – DO DIREITO

Inicialmente, é importante destacarmos que além da falha na prestação


dos serviços, a Demandada também agiu com má-fé, posto que foi bastante
claro no momento da contratação quais seriam os valores, vejamos então o que
discorre o CDC a respeito:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde,


independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por
defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como
por informações insuficientes ou inadequadas sobre
sua fruição e riscos.

§ 1º - O serviço é defeituoso quando não fornece a


segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-

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se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as
quais:

I - o modo de seu fornecimento;

II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se


esperam;

III - a época em que foi fornecido.

[in verbis]

Assim, como está sendo debitado valor completamente diferente do que


fora contratado, resta-se inequívoco que houve falha na prestação do serviço,
devendo até mesmo ressarcir o consumidor por todo transtorno causado, pois
teve que dispender seu tempo para tentar solucionar de maneira amigável, bem
como foi ludibriado pela Demandada.

Corroborando o que dispõe o dispositivo acima, o Art. 6, inciso VI do


mesmo diploma legal, garante a efetiva reparação de danos patrimoniais e
morais causados ao consumidor, senão vejamos:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos


patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;

[in verbis]

Diante disso, caso o Demandante soubesse que o plano seria neste valor
maior, não teria realizado a contratação e iria pesquisar uma operadora mais em
conta, tendo em vista as diversas opções disponíveis no mercado.

Ademais, o Demandante teve que perder seu tento tentando resolver de


maneira amigável e ainda foi informado pela Demandada de que a contratação

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teria sido feita de acordo com o que foi passado através da ligação, contudo,
eles esqueceram de que o Consumidor também realizou a gravação da ligação,
agravando ainda mais a situação, pois demonstra a má-fé e a completa falta de
respeito.

Insta ressaltar que, como a modalidade de pagamento escolhida pelo


Consumidor foi pelo débito automático, o mesmo não verificava a fatura.
Contudo, agora após todo transtorno causado, resolveu verificar e constatou a
existência de diversos itens que não foram contratados, como por exemplo, ANTI
VÍRUS PROT DIG DIVICE CB – PF, SKEELO, bem como a existência de
cobrança quanto ao TV Box, que conforme dito pela atendente, seria
disponibilizado de maneira completamente gratuita:

Desta maneira, como é sabido, o dano moral tem por base compensar
alguém por uma lesão cometida, punir o agente causador do dano, bem como
dissuadir e/ou prevenir nova prática do mesmo tipo de evento danoso.

Neste sentido, é patente que houve o abalo moral do consumidor, tendo


em vista que foi completamente ludibriado pela Demandada, devendo ser
ressarcido por todo dano sofrido, inclusive, devendo restituir o valor que foi pago
a maior em dobro, conforme preconiza o Art. 42 do CDC, senão vejamos:

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Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor
inadimplente não será exposto a ridículo, nem será
submetido a qualquer tipo de constrangimento ou
ameaça.

Parágrafo único. O consumidor cobrado em


quantia indevida tem direito à repetição do
indébito, por valor igual ao dobro do que pagou
em excesso, acrescido de correção monetária e
juros legais, salvo hipótese de engano
justificável.

[in verbis]

Mister se faz analisar que não estamos tratando a respeito de uma


simples cobrança indevida, mas sim de uma atitude completamente baixa,
com dolo, eivada de má-fé e, indubitavelmente, com a real intenção de lesar o
consumidor. Ludibriando o consumidor, sendo informados valores diferentes do
que realmente seriam descontados, bem como incluindo em sua fatura diversos
itens que sequer foram informados por sua representante legal.

Os tribunais de justiça do país vêm adotando este mesmo entendimento,


senão vejamos:

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO


ESPECIFICADO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE
INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM
PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL.
TELEFONIA. FALHA NA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇO. REVELIA CARACTERIZADA. NULIDADE
DA SENTENÇA AFASTADA. COBRANÇA
INDEVIDA. FALHA NA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS. CONSUMIDOR QUE RESTOU

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Telefone: (82) 9.9625-4266
COBRADO EM VALORES DIVERSOS AO
ORIGINARIAMENTE CONTRATADO, NÃO TENDO
A EMPRESA DE TELEFONIA LOGRADO ÊXITO EM
COMPROVAR A LICITUDE DOS VALORES
IMPUGNADOS PELA PARTE AUTORA, ÔNUS QUE
LHE INCUMBIA, CONFORME ARTIGO 373, INCISO
II, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. REPETIÇÃO
DO INDÉBITO EM DOBRO. COBRANÇA
INDEVIDA. HAVENDO COBRANÇA IRREGULAR
DE SERVIÇOS, VIÁVEL A RESTITUIÇÃO.
TODAVIA, SOMENTE É POSSÍVEL QUE A
DEVOLUÇÃO SEJA EM DOBRO SE
DEMONSTRADA A MÁ-FÉ DA OPERADORA DE
TELEFONIA. MÁ-FÉ CONFIGURADA NO CASO
CONCRETO. JUNTADA DE FATURAS DO
SERVIÇO EM QUE CONSTANTE A COBRANÇA.
DOCUMENTOS QUE SE MOSTRAM COMUNS ÀS
PARTES, O QUE PERMITE SEJA DETERMINADO A
RÉ QUE PROCEDA SUA JUNTADA AOS AUTOS,
QUANDO DA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA, A FIM
DE QUE SEJA VIABILIZADA A APURAÇÃO DO
QUANTUM DEVIDO AO CONSUMIDOR.
PRESCRIÇÃO. INCIDÊNCIA DO PRAZO
PRESCRICIONAL TRIENAL, CONSOANTE ART.
206, § 3º, IV, DO ATUAL CÓDIGO CIVIL, ESTANDO
PRESCRITA A PRETENSÃO DE RESTITUIÇÃO
DOS VALORES PAGOS ANTES DO. PRAZO
TRIENAL ANTECEDENTE À DATA DA
PROPOSITURA DA AÇÃO. INDENIZAÇÃO POR
DANO MORAL DEVIDA. CARACTERIZADO O
ABALO MORAL. QUANTUM FIXADO. UNÂNIME.
DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO APELO.

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Telefone: (82) 9.9625-4266
(Apelação Cível Nº 70079713186, Décima Primeira
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Katia Elenise Oliveira da Silva, Julgado em
05/12/2018).

[in verbis]

Por fim, considerando o porte da empresa Demandada e visando coibir


que sejam reiteradas as práticas adotadas no sentido de lesar o consumidor,
entendemos que a indenização deva ser fixada no montante de R$ 5.000,00
(cinco mil reais), inclusive, visando o caráter punitivo-pedagógico da indenização
por danos morais.

DO CUMPRIMENTO FORÇADO DA OFERTA

Adentrando agora com relação ao cumprimento da oferta, conforme se


observa a partir das mensagens trocadas por whatsapp com uma atendente da
Demandada, a mesma ofertou 500Mbs de internet, modem WIFIPLUS gratuito,
Discovery+ e roteador por R$ 59,99 (cinquenta e nove reais e noventa e nove
centavos), informando que a promoção somente seria válida para os novos
clientes, mensagens completas em anexo.

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Acontece que conforme dispõe vasta jurisprudência dos tribunais, bem
como a própria Resolução 632 da ANATEL, em seu Art. 46, discorre que as
ofertas, inclusive as de caráter promocional, devem estar disponíveis tanto para
os novos, quanto para os que já são consumidores da prestadora, senão
vejamos:

Art. 46. Todas as ofertas, inclusive de caráter


promocional, devem estar disponíveis para
contratação por todos os interessados, inclusive já
Consumidores da Prestadora, sem distinção fundada
na data de adesão ou qualquer outra forma de
discriminação dentro da área geográfica da oferta.

[in verbis]

Logo, de acordo com o Art. 35, inciso I do CDC, pode o consumidor:

Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços


recusar cumprimento à oferta, apresentação ou
publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e
à sua livre escolha:

I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos


termos da oferta, apresentação ou publicidade;

[in verbis]

O entendimento também já é consolidado neste sentido, senão vejamos:

EMENTA: RECURSO INOMINADO.


TELECOMUNICAÇÃO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE
FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR
DANOS MATERIAIS E MORAIS. ALEGAÇÃO DE
PROPAGANDA ENGANOSA, DESCUMPRIMENTO

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DE OFERTA E FALHA NA PRESTAÇÃO DOS
SERVIÇOS. PEDIDO DE: A) CONDENAÇÃO DA
OPERADORA AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO
POR DANOS MATERIAIS, NO IMPORTE DE R$
164,00; E B) A CONDENAÇÃO DAS RECORRIDAS
AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO PELOS
DANOS MORAIS CAUSADOS. SENTENÇA DE
PARCIAL PROCEDÊNCIA, PARA O FIM DE
CONDENAR A PRESTADORA AO PAGAMENTO DE
INDENIZAÇÃO POR DANOS MATÉRIAS, NO
IMPORTE DE R$ 164,00. CONTUDO, INDEFERIU O
PEDIDO DE CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE
DANOS MORAIS. MATÉRIA RECURSAL ADSTRITA
À EXISTÊNCIA DE DANOS MORAIS INDENIZÁVEIS
POR PROPAGANDA ENGANOSA E
DESCUMPRIMENTO DE OFERTA. COISA
JULGADA PARCIAL. ART. 35 DO CÓDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR: “ART. 35. SE O
FORNECEDOR DE PRODUTOS OU SERVIÇOS
RECUSAR CUMPRIMENTO À OFERTA,
APRESENTAÇÃO OU PUBLICIDADE, O
CONSUMIDOR PODERÁ, ALTERNATIVAMENTE E
À SUA LIVRE ESCOLHA: I - EXIGIR O
CUMPRIMENTO FORÇADO DA OBRIGAÇÃO, NOS
TERMOS DA OFERTA, APRESENTAÇÃO OU
PUBLICIDADE; II - ACEITAR OUTRO PRODUTO OU
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EQUIVALENTE; III -
RESCINDIR O CONTRATO, COM DIREITO À
RESTITUIÇÃO DE QUANTIA EVENTUALMENTE
ANTECIPADA, MONETARIAMENTE ATUALIZADA,
E A PERDAS E DANOS.” PEDIDO DE
CUMPRIMENTO DA OFERTA. OCORRÊNCIA DE

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PROPAGANDA ENGANOSA E FALHA NA
PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS VERIFICADAS.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA, ANTE O
DISPOSTO NO ART. 14, CAPUT, DO CDC: “ART.
14. O FORNECEDOR DE SERVIÇOS RESPONDE,
INDEPENDENTEMENTE DA EXISTÊNCIA DE
CULPA, PELA REPARAÇÃO DOS DANOS
CAUSADOS AOS CONSUMIDORES POR
DEFEITOS RELATIVOS À PRESTAÇÃO DOS
SERVIÇOS, BEM COMO POR INFORMAÇÕES
INSUFICIENTES OU INADEQUADAS SOBRE SUA
FRUIÇÃO E RISCOS.” RECORRIDA QUE NÃO SE
DESINCUMBIU DO SEU ÔNUS PROBATÓRIO.
CONSIDERANDO AS ESPECIFICIDADES DO
CASO CONCRETO, DANO MORAL CONCEDIDO
NO MONTANTE DE R$ 3.000,00. SENTENÇA
REFORMADA.SEM CUSTAS E HONORÁRIOS,
POIS LOGROU ÊXITO NO RECURSO.RECURSO
INOMINADO CONHECIDO E PROVIDO. (Relator(a):
Denise Hammerschmidt; Juíza de Direito da Turma
Recursal dos Juízaados Especiais Órgão Julgador: 3ª
Turma Recursal; Comarca: Bandeirantes; Data do
Julgamento: 29/11/2021 00:00:00; Fonte/Data da
Publicação: 01/12/2021).

[in verbis]

Por todo exposto, pugna pela concessão da tutela de evidência, tendo em


vista a prova documental inequívoca, bem como pela condenação da
Demandada a repetição do indébito e pagamento de dano moral pela má-fé
caracterizada e pelo tempo que o Demandante teve que dispender para resolver

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a questão, além, claro, de ter que ajuizar a ação para que seja resguardado o
seu direito.

IV – DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

a) A concessão da TUTELA DE EVIDÊNCIA EM CARÁTER LIMINAR,


para que seja determinada a suspensão dos descontos indevidos na
fatura do consumidor, reajustando o valor do plano para o que fora
realmente contratado, ou seja, R$ 80,00 (oitenta reais) mensais, sob
pena de multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais), até o limite do
valor da causa;
b) A concessão da INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA, para que a
Demandada seja compelida a juntar ao processo a gravação de todas
as ligações realizadas desde o dia da contratação 11/10/2021, que
serão consultadas através do CPF do Demandante, sob pena de multa
diária a ser arbitrada por este juízo;
c) No mérito, que seja determinado o cumprimento forçado da oferta para
que o valor do plano seja reajustado de R$ 80,00 (oitenta reais), para
R$ 59,99 (cinquenta e nove reais e noventa e nove centavos), com
os seguintes serviços ofertados: 500Mbs de internet, modem
WIFIPLUS gratuito, Discovery+ e roteador, tudo de acordo com os
termos ofertados através das mensagens de whatsapp anexo;
d) A condenação da parte Demandada ao pagamento em dobro do fora
cobrado indevidamente, que até o presente momento perfaz o
montante de R$ 149,94 (cento e quarenta e nove reais e noventa e
quatro centavos, que em dobro fica perfaz o montante de R$ 299,88
(duzentos e noventa e nove reais e oitenta e oito centavos);
e) Por fim, pugna pela condenação da Demandada ao pagamento de
indenização por danos morais no importe de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais).

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Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito
admitidos, especialmente as documentais juntadas a esta peça, bem como a
oitiva de testemunhas e depoimento pessoal das partes.

Dá-se à causa o valor de R$ 5.299,88 (cinco mil duzentos e noventa e


nove reais e oitenta e oito centavos).

Termos em que,

Pede deferimento.

Maceió, 27 de abril de 2022.

CIRO MARQUES SILVA JUNIOR


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