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REVISTA

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FOTO: REPRODUÇÃO | ARQUIVO PESSOAL

EDIÇÃO ESPECIAL
5 ANOS DA AAAPV

CENTRALIZAÇÃO
NECESSÁRIA
Deputada Aline Gurgel se mostra favorável à regulamentação das
associações e das cooperativas de benefícios mútuos e fala sobre a
importância da apresentação de proposituras dentro do Congresso
Nacional. Para isso, ela defende que o setor se una ainda mais
ACOMPANHE A AAAPV
NAS REDES SOCIAIS
@aaapvbrasil

2
qu
AAAPV – AGÊNCIA DE AUTORREGULAMENTAÇÃO
DAS ENTIDADES DE AUTOGESTÃO DE PLANOS
DE PROTEÇÃO CONTRA RISCOS PATRIMONIAIS

É a principal entidade representativa do setor


associativista. Fundada em 26 de abril de 2016, é uma

em
Agência sem fins econômicos, que tem o compromisso de
fortalecer o movimento associativista e suas relações com
a sociedade, além de contribuir para o desenvolvimento
econômico, social e sustentável do País.

MISSÃO

so
Contribuir para o fortalecimento e direcionamento do
movimento associativista, representando seus associados
e buscando a melhoria contínua do sistema financeiro e
de suas relações com a sociedade.

VISÃO
Um sistema associativista saudável, ético e eficiente é

mo
condição essencial para o desenvolvimento econômico,
social e sustentável do Brasil. Nossa visão é consolidar
este método organizacional em todo o País.

VALORES
• Promover valores éticos, morais e legais.

s
• Incentivar práticas de cidadania e responsabilidade
socioambiental.
• Defender o diálogo, o respeito e a transparência nas
relações com os associados e com a sociedade.
• Atuar com profissionalismo e transparência.
• Valorizar a diversidade e a inclusão social.
EDITORIAL

O rebanho
se uniu, e o
leão dormiu
com fome

S
onhos determinam o que no qual, sobre o qual ou contra o qual o
você quer. Ação determina Estado não pode e nem deve interferir.
o que você conquista”. Nas Juntos, conseguimos impedir a crimi-
palavras de Aldo Novak, es- nalização do setor e estamos seguindo
critor brasileiro, comemorar cinco anos rumo à regulamentação da atividade.
de existência com os resultados atuais O caminho pavimentado nessa meia
significa que triunfamos em nossa mis- década é irreversível. A frieza dos nú-
são inicial, definida anos atrás: forta- meros mostra apenas dados. Mas esses
lecer o setor associativista e coopera- mesmos dados devem ser interpretados
tivista de benefícios mútuos no Brasil. à luz da realidade em que vivemos, pois
O mercado, antes marginalizado, hoje é a retomada econômica é real e já está
tido como uma das principais opções em pleno vigor, e o sistema mutualis-
de proteção patrimonial confiável pelos ta deve, por sua vez, acompanhar pari
brasileiros. Mas, certamente, ainda te- passu esse crescimento, desafiando-se
mos um longo caminho pela frente. a inovar e a acompanhar as novas ten-
Inúmeros foram os desafios, supera- dências e tecnologias.
dos um a um. Reuniões, assembleias, Cinco anos se passaram rapidamente.
acompanhamento de projetos de lei na Outros 5, 10, 15, 20 anos se avizinham.
Câmara dos Deputados, contatos e re- Na liberdade poética de aprimorar a
lacionamentos estabelecidos com o in- citação do Barão de Montesquieu, “as
tuito único e exclusivo de permitir ao conquistas são fáceis de fazer, porque
cidadão o acesso ao sistema mutualista. as fazemos com todas as nossas forças;
Trata-se de um direito de livre escolha, são difíceis de conservar, porque as de-

4
fendemos só com uma parte das nossas
forças”, no que depender de nós, defen-
deremos nossas conquistas com forças
ainda maiores. 
O mercado é dinâmico e, como uma
Agência que representa um setor tão
importante para o nosso País, podemos,
devemos e iremos fazer muito mais.
Sempre juntos. Um feliz aniversário a
todos nós, que nos unimos e obrigamos
“o leão a dormir com fome”. Que ve-
nham tantos outros anos de conquistas!

FOTO: SHODO YASSUNAGA

RAUL CANAL
Presidente da AAAPV

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 5


AAAPV
Agência de Autorregulamentação das Entidades de Autogestão de Planos de Proteção Contra Riscos Patrimoniais

Presidente RAUL CANAL


1º vice-presidente JOSÉ EDUARDO 2º vice-presidente DELTON BAGGIO 3º
vice-presidente ADÃO GOMES vice-presidente de pesados CLEMER KIGLER
MOLMELSTET vice-presidente da diretoria extraordinária de fornecedores
HUDSON DOS SANTOS BARRETO procuradores-gerais RICARDO SALDANHA
e PATRÍCIA MULLER diretores de relações parlamentares RODRIGO SOUZA
e THEONE CARDOSO tesoureiro EDUARDO MUNIZ diretores de expansão e
relacionamento com as associadas FABRÍCIO COSTA e RÔMULO MACHADO
diretor de comunicação, tecnologia e informática RODRIGO CANAL

Presidente do Conselho Fiscal ADENILTON DA SILVA


Vice-presidente JADSON FREIRE 1º suplente do Conselho Fiscal SIVALDO
ANDRADE 2º suplente CARLOS SENDRA 3º suplente ONOMAR DE JESUS

Presidente do Conselho Curador WALTER PEREIRA TORRES NETO


Vice-presidente do Conselho Curador DORVAL JOÃO CORREA DE OLIVEIRA
secretário SIVALDO DOS SANTOS ANDRADE tesoureiro OSIEL KOREVAAR
Compliance GILBERTO FERNANDES MOREIRA 1º suplente do Conselho
Curador EDIVAN CARVALHO LIMA 2º suplente DANNY ELITON OLIVEIRA
CONCEIÇÃO 3º suplente MATHEUS AGUIAR GOMES DE MELO

Membros do Conselho Fiscal NIVALDO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR,


IRINALDO MANOEL DOS SANTOS e CARLOS EDUARDO DA SILVA suplentes
do Conselho Fiscal EDMILSON SANTIAGO FARIAS, BEATRIZ NETTO e DIEGO
DANIELI

REVISTA AAAPV
Editor-chefe ANDREW SIMEK (DRT 10484/DF) revisão ANDREW SIMEK,
CLAUDIA SOUZA, ISABELLA QUEIROZ, ENZO BLUM e DANIEL COSTA
diagramação ANGELO GABRIEL impressão GRÁFICA POSITIVA tiragem 3
MIL EXEMPLARES

Endereço BRASÍLIA-DF, SETOR HOTELEIRO SUL (SHS), QUADRA 02,


BLOCO J Telefone (61) 2099-6699 e-mail SECRETARIA@AAAPV.ORG.BR

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


A reprodução total ou parcial de textos, fotos e artes sem autorização
prévia é proibida. A Revista AAAPV não se responsabiliza por textos
opinativos assinados. “As opiniões expressas nos artigos assinados são de
responsabilidade de seus autores”.

6
12 ESTUDO
Origem histórica do mutualismo e sua evolução
16 LEGISLAÇÃO
A organização estatutária e regimental das asssociações e o
reflexo nas decisões judiciais - Parte II
20 CAPA
Entrevista com a deputada federal Aline Gurgel
26 EXPANSÃO
O desafio da consolidação no caminho da regulamentação
30 INOVAÇÃO
Uma lição que a Disney tem a nos ensinar sobre atendimento
ao associado
34 TRANSFORMAÇÃO
Associação, evolução, expansão e inovação
40 ESPECIAL 5 ANOS DA AAAPV
Meia década de muitos avanços
84 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
LGPD e o terceiro setor: por que é preciso adequar?
90 COMPARATIVO
Diferenças entre o seguro mútuo e o seguro a prêmio
94 JURISDIÇÃO
Desregulação do seguro DPVAT: monopólio ilegal da exploração
do DPVAT
98 ESTRATÉGIAS
Mutualismo e a essência associativa
102 SISTEMA TRIBUTÁRIO
A tríade do bem
108 ESTABILIDADE
Um novo cenário se avizinha
110 DIRETORIA AAAPV
Quadriênio 2021-2025

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 7


AAAPV
Agência de Autorregulamentação das Entidades de Autogestão de Planos de Proteção Contra Riscos Patrimoniais

8
A UNIÃO DO REBANHO
OBRIGA O LEÃO
A DORMIR
COM FOME
Junte-se a nós!

(61) 2099-6699
CAPITAL DA REPÚBLICA, SETOR HOTELEIRO SUL, QUADRA 02 – BLOCO J – MEZANINO
WWW.AAAPV.ORG.BR
REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 9
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REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 11


ESTUDO

ORIGEM
HISTÓRICA DO
FOTO: FREEPIK

MUTUALISMO E
SUA EVOLUÇÃO

12
E
m breve síntese, o mutualis- A Confederação Nacional das Empresas
mo é um sistema ou um me- de Seguros Gerais, Previdência Privada
canismo puro e simples de e Vida, Saúde Suplementar e Capitali-
rateio de prejuízos entre seus zação (CNseg) lançou, em 2016, o livro
participantes. Esse simples mecanis- chamado “O mutualismo como princípio
mo existe há muitos séculos e sua fundamental do seguro”.2 As pesquisas
evolução serve de base para os atuais históricas sobre o tema revelam:
e modernos modelos de “seguros”. O
escritor Pedro Alvim, 1 autor de diver- Os pesquisadores identifica-
sos livros dedicados ao estudo do di- ram no Crescente Fértil, em 300
reito do seguro e sua longa história a.C., que pastores caldeus se co-
evolutiva, destaca: letivizavam para repor cabeças
de gado perdidas. Também fa-
zem referência a caravanas da
Amadureceu, muito cedo, no Mesopotâmia em 2.250 a.C. que
espírito humano a importância adotavam a diversificação de
da solidariedade, como fator de riscos distribuindo as cargas de
superação das dificuldades que diferentes mercadores por dife-
assoberbavam a vida de cada rentes animais de tal forma que,
um ou da própria comunidade. se uma se perdesse no caminho,
Percebeu-se que era mais fácil o prejuízo seria dividido entre
suportar coletivamente os efei- todos. Acrescentam ainda que
tos dos riscos que atingiam iso- que os fenícios, em 1.600 a.C.
ladamente as pessoas. O auxílio realizavam acordos de mutuali-
de muitos para suprir a neces- dade para a reposição de barcos
sidade de poucos amenizava as perdidos e a criação de fundos
consequências danosas e for- de reserva para fazer frente a
talecia o grupo. A mutualidade, perdas futuras.
pois, uma condição altamente
proveitosa para a coletividade
sujeita aos mesmos riscos. Na Babilônia, no século 23
Foi a mutualidade que serviu a.C., os cameleiros que atraves-
de suporte a todos os sistemas savam o deserto em caravanas
de prevenção ou reparação de para comercializar animais se
danos, oriundos dos riscos que preveniam dos riscos inerentes
interferem na atividade humana. às longas viagens, como morte
ou desaparecimentos de ani-
mais, com a cotização de recur-
A literatura dedicada a esse tema revela sos para entregar outro animal
que essa prática já era realizada há cen- ao membro do grupo que fosse
tenas de anos, ainda na era medieval. prejudicado com a materializa-
ção do risco.

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 13


ESTUDO

O referido livro destaca, ainda, que o Ou seja, fazendo um comparativo da


contrato de seguro mercantil, na for- evolução histórica do mecanismo mutu-
ma que conhecemos atualmente, é re- alista para os dias e modelos atuais, con-
sultado da experiência adquirida nes- clui-se que as seguradoras que conhe-
ses séculos de experimentos de rateio cemos hoje nada mais são que empresas
de prejuízos: que gerenciam o rateio dos prejuízos de
seus participantes segurados.
A diferença é que, no modelo de se-
Estes processos de defesa con- guros atual, há um cálculo atuarial que
tra o risco eram, a princípio, utiliza técnicas matemáticas e estatísti-
rústicos e primários, como o cas de maneira a determinar o risco de
próprio sistema de vida dos ho- um certo grupo em um tempo definido,
mens primitivos; depois, foram prevendo e cobrando o “rateio” previ-
se aperfeiçoando, segundo as sível anualmente, pois normalmente os
exigências do desenvolvimento contratos são anuais.
econômico e social, valendo-se Contudo, acredita-se que, havendo
do progresso intelectual e téc- apenas uma única forma de mutualis-
nico, a ponto de atingir a com- mo atualmente prevista em lei, o seguro
plexa e requintada atividade do tradicional limita o mercado em vários
seguro moderno. aspectos, prejudicando a livre concor-
Foram, no entanto, muitos sé- rência e, em reflexo, prejudicando a
culos de experiência para a população e os consumidores.
elaboração definitiva do con- O Brasil é um país continental e, se-
trato de seguro, como institui- gundo o site do Ministério da Infraes-
ção jurídica autônoma. Embora trutura,4 a frota nacional de veículos,
os elementos essenciais de sua em dezembro de 2020, era de aproxi-
formação já fossem conhecidos madamente 108 milhões de veículos.
e integrassem outras espécies A Superintendência de Seguros Priva-
de contratos, intentando o mes- dos (Susep) 5 realizou um levantamen-
mo objetivo, resultou lenta a sua to em dezembro de 2020 e constatou
evolução histórica. que, no segmento de seguro veicular,
A forma primitiva em que se apenas cinco seguradoras detém apro-
pode filiar a ideia rudimentar de ximadamente 40% de todo o mercado
seguro – explica Fernando Emy- nacional de veículos segurados.
dio da Silva – confunde-se com Segundo dados da CNseg, 6 apenas
o socorro mútuo, no seu sentido 30% dos veículos que circulam no
mais amplo e duma organização Brasil contam com seguro. Ou seja,
de pessoas que se prestam reci- percebe-se que, mesmo em um país
procamente serviços por meio tão grande e com um volume gigan-
de um fundo comum de qual- tesco de veículos, 70% da frota não
quer maneira constituído.3 conseguiu contratar um seguro vei-
cular na forma oferecida pelas segu-
radoras mercantis.

14
O segmento de proteção veicular não são fiscalizadas pela Susep, pelo
cresceu e se desenvolveu em face das simples fato de não praticarem seguro.
condições excludentes praticadas pelo Não compete à Susep essa fiscalização
mercado segurador mercantil. Diferen- nas entidades mútuas, pois, conforme
temente do mercado segurador empre- amplamente explicado, praticam rateio
sarial, que é excludente, a proteção vei- de despesas já experimentadas pelos
cular é inclusiva, levando fácil acesso participantes, enquanto o mercado se-
às pessoas e aos consumidores, que gurador cobra do segurado ao mensu-
necessitam de proteção patrimonial, rar previsão futura.
mas que simplesmente não são aceitos Na contramão da cotidiana morosi-
pelo arcaico mercado tradicional. dade estatal, as entidades mútuas já se
Contudo, mesmo havendo diversos be- organizaram e criaram a Agência de
nefícios aos consumidores, é nítido que Autorregulamentação das Entidades
o mercado segurador tradicional realiza de Autogestão de Planos de Proteção
diversas pressões para que o segmento Contra Riscos Patrimoniais7 (AAAPV).
mutualista não cresça, independente- Como o trabalho realizado no segmen-
mente da opinião do consumidor. to das entidades de proteção veicular
Um dos argumentos é que as entida- é baseado no mutualismo, entende-se
des mutualistas não são fiscalizadas apropriado que as entidades se orga-
pela Susep e, por esse motivo, supos- nizem e realizem a autorregulação, ba-
tamente trabalham à margem da lei. seadas na essência do mutualismo que
De fato, as associações e cooperativas praticam em seu cotidiano.

DIEGO DANIELI
REFERÊNCIAS Advogado, graduado em
Utilize a câmera do seu Gestão de Cooperativas, pós-
celular para acessar as graduado em Direito Civil e
referências via QR Code. Processo Civil e pós-graduando
em Direito Regulatório

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 15


LEGISLAÇÃO

A ORGANIZAÇÃO
ESTATUTÁRIA E
REGIMENTAL DAS
ASSOCIAÇÕES E
O REFLEXO NAS
DECISÕES JUDICIAIS
PARTE II
LEIA A PARTE I
Utilize a câmera
do seu celular
para acessar
via QR Code.

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FOTO: FREEPIK

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 17


LEGISLAÇÃO

á destacamos, em artigo publica- As regras do regimento interno e do


do há dois anos, que as normas regulamento não devem “parecer” um
que regem as associações não são contrato de seguro, não devem imitar
desconhecidas. Eis que a Consti- apólices ou conter regras idênticas às
tuição Federal (CF/88) e o Código condições gerais de seguro. Se assim
Civil (CC) garantem liberdade para os acontece, certamente, a associação aca-
cidadãos se organizarem a fim de con- ba confundindo o público em geral e,
cretizar objetivos comuns. na prática, o Poder Judiciário vai con-
As referidas normas estabelecem os siderar que a entidade esteja “querendo
requisitos necessários para se estrutu- parecer seguradora” o que não é o ob-
rar uma associação, ficando a critério jetivo do grupo, certamente!
do grupo, desde a sua fundação até a Constatamos que, na solução de pro-
escolha dos objetivos a serem alcança- cessos entre associação e associado, o
dos por aqueles que fazem e farão parte termo de cadastro do associado – que
da entidade. Assim, o estatuto social, o por alguns é denominado, equivoca-
regimento interno ou o regulamento e damente, “adesão”, “contrato”, “certifi-
as demais normas que vão reger o dia a cado”, entre outras intitulações – tem
dia da entidade, são elaborados confor- resultado na aplicação do Código de
me critérios estabelecidos pelo grupo. Defesa do Consumidor (CDC) à entida-
Os prazos, os benefícios, os direitos e de associativa. Ora, se a própria entida-
as obrigações da associação e dos as- de denomina o documento de “contrato
sociados serão por esses delineados. de adesão”, chama para si a aplicação
É por isso que a “estruturação” da as- do diploma consumerista que, entretan-
sociação e o modo como ela se apre- to, vai de encontro aos elementos bási-
senta aos associados e ao público em cos da relação associativa.
geral é um dos fatores que indicam se a A divulgação dos trabalhos da entidade
associação é legítima ao fim proposto e também merece atenção e cuidado. Sim,
à sua natureza jurídica. devem ser publicadas, notadamente, as
O que temos visto no cenário nacional – campanhas solidárias e tudo o mais que
e isso não mudou desde nosso artigo a associação faz na esfera social e em
anteriormente referido – é que, no que benefício de seus associados. O aten-
tange às associações de proteção veicu- dimento aos associados e os resultados
lar e benefícios mútuos, a organização alcançados também merecem ser tra-
das entidades e, também, o modo como zidos ao conhecimento de todos. Mas
se apresentam aos associados, assim a denominada “publicidade agressiva”,
como o fazem nas redes sociais, têm que parece vender algo, deve ser repen-
sido aspecto de grande importância no sada a fim de evitar dúvidas acerca dos
resultado das decisões judiciais. objetivos da associação e do seu grupo.

18
Apesar de nos depararmos com variada constitutivos, no regimento interno ou
gama de decisões judiciais, percebemos no regulamento de benefícios, seja por
que, em casos semelhantes, há aspectos meio das redes sociais. Diante disso, há,
que conduzem essas decisões de forma ainda, decisões desfavoráveis que “as-
bastante similar: o modo como a associa- sustam” todo o segmento.
ção se comporta, a imagem que divulga Por outro lado, as associações, que se
e, acima de tudo, a documentação que é estruturam num modelo no qual ficam
elaborada e fornecida aos associados. mais visíveis a definição de seus objeti-
Repetimos, mais uma vez, vos e os direitos e as obrigações
que os juízes, os promo- dos associados, têm sua le-
tores, os procuradores gitimidade reconhecida
da República e as no âmbito do Poder Ju-
demais autoridades diciário, bem como a
não são contra a validade das regras
organização de previstas nas suas
pessoas com ob- normativas.
jetivos comuns Após a análise
de se auxiliarem de tantas decisões
mutuamente. Não envolvendo asso-
é isso que está em ciações, estamos
questão no campo convictos de que o
jurídico, pois todas modelo de estrutura-
essas autoridades são ção da associação e o
cidadãos que, de uma desempenho de suas ati-
maneira ou de outra, tam- vidades, inclusive sua partici-
bém estão organizados em suas pação na mídia, são fatores de suma
entidades associativas – temos associa- importância para a consolidação da sua
ções de magistrados, de promotores, de legitimidade e da segurança na aplica-
procuradores da República, espalhadas ção das regras previstas em suas nor-
em diversos estados, e outras com repre- mas por parte do Poder Judiciário.
sentação nacional.
No entanto, as entidades devem estar
organizadas de acordo com os precei-
tos legais e os objetivos devem ser le- PATRICIA MÜLLER
Advogada, procuradora da
gítimos, morais e lícitos. Muitas vezes, AAAPV, mestre em Ciências
essa realidade não é bem demonstrada Jurídico-Políticas e professora
pelas associações de proteção veicular de Direito Constitucional
e benefícios mútuos, seja nos seus atos

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 19


FOTO: REPRODUÇÃO | ARQUIVO PESSOAL

20
CAPA
SERVIÇOS
Deputado João Campos (PRB/GO), maior articulador em favor das associações

ÚTEIS E
de benefícios mútuos dentro da Câmara dos Deputados, conta quais são os
próximos passos do projeto de Projeto de Lei (PL) nº 3139/2015 – aprovado
na Comissão Especial e transformado em Projeto de Lei Complementar (PLP)

IMPORTANTES
– e qual será a estratégia para aproveitar a vasta matéria do PL nº 5571/2015,
propositura de autoria do parlamentar que foi apensada ao PLP 3139/2015.

PARA O
CIDADÃO
Apesar de conhecer o trabalho das associações e das
cooperativas de proteção patrimonial há pouco tempo,
a deputada federal Aline Gurgel (REP/AP) afirmou
que, desde que trabalhem cumprindo seus deveres,
os serviços oferecidos pelas entidades são muito
úteis para a população brasileira na defesa de seu
patrimônio. Durante o bate-papo, ela ainda orientou
como conseguir um novo processo de discussão
para a regulamentação das mútuas na Câmara dos
Deputados: “é necessário que as lideranças do setor
se centralizem com o objetivo a ser conquistado”.

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 21


Eleita como a mulher mais votada pelo
violência contra as mulheres. Assumi a
estado do Amapá, em 2018, a deputada Secretaria de Mulheres do meu estado e
federal Aline Gurgel, 41 anos, sempre pude ver de perto o que as mulheres pas-
se destacou pela defesa de pautas que sam e, igualmente, participar com elas da
construção de novas políticas públicas
têm como foco os direitos da mulher,
para o setor.
das crianças, da família e da população  
amapaense. Sua trajetória política teve Atualmente, quais são suas priorida-
início em 2009, quando começou a tra- des na qualidade de deputada federal?
O que pretende fazer no próximo ano
balhar na militância. Em 2012, saiu can-
de mandato?
didata à vereadora, sendo a mais votada.  
Em 2016, foi premiada com o Troféu DEP. ALINE GURGEL - Minhas priori-
Destaque da União dos Vereadores do dades são levar emendas para que meu
estado possa crescer; se desenvolver;
Brasil (UVB) pelo projeto Vereadora na
ter infraestrutura, saúde e educação de
Comunidade. Também já foi secretária qualidade. Fazer projetos que possam
de Políticas para as Mulheres do estado beneficiar todos os brasileiros, como o
do Amapá, quando lançou o aplicativo do gás de cozinha, taxado em R$ 49,00
durante a pandemia. No próximo man-
Denuncie Mulher Amapá. Atualmente, dato, se Deus me permitir me eleger, pre-
ocupa os cargos de coordenadora da tendo continuar o trabalho de quatro
Frente Parlamentar Mista da Primeira anos em que estive na Câmara de Depu-
tados e conseguir trabalhar ainda mais
Infância da Região Norte e coordenado-
pelo povo do meu Amapá.
ra da Bancada Federal do Amapá.  
Recentemente, a senhora apresentou
o Projeto de Lei Complementar (PLP)
n.º 90/2021, que libera R$ 3,86 bi-
lhões dos cofres federais para auxi-
A senhora é uma exímia lutadora pelos liar o setor cultural, um dos mais im-
direitos das mulheres na Câmara dos pactados pela pandemia da covid-19.
Deputados. O que te levou a defender De onde virá esse dinheiro e como ele
essa pauta? será distribuído?
   
DEP. ALINE GURGEL - Defendo a pau- DEP. ALINE GURGEL - O dinheiro virá
ta das mulheres desde que assumi meu do Fundo Nacional de Cultura. Esse seg-
mandato de vereadora em 2012. Antes mento foi um dos mais prejudicados pela
de ser política, era procurada por mu- pandemia da covid-19, então procura-
lheres para que lutasse por seus direitos. mos ajudar o setor com esse PLP. Foram
E, na minha trajetória, sempre me pau- famílias que não tiveram ajuda e tinham
tei na luta delas, em especial, pela não que se sustentar.
  
22
FOTO: REPRODUÇÃO | ARQUIVO PESSOAL

O Projeto de Lei n.º 1250/2020, de aumento de doenças pulmonares e aci-


sua autoria, fixa o va- dentes com queimaduras.
lor do gás de cozinha em
R$ 49,00 para famílias
inscritas no CadÚnico.
“ Minhas
Com o PL de minha auto-
ria, essas famílias vão po-
der comprar o gás a um
Ele foi aprovado recen- prioridades são preço mais acessível e,
temente e teve grande
repercussão na impren- levar emendas para assim, sobrará algum va-
lor para alimentação, en-
sa. Como a senhora ava- que meu estado tre outras necessidades.
lia o impacto dessa ação   
na vida da população possa crescer; se O que pode ser feito,
brasileira mais carente?
  desenvolver; ter dentro da Câmara dos
Deputados, para auxi-
DEP. ALINE GURGEL – O infraestrutura, liar na retomada eco-
aumento do preço do gás nômica do País? As as-
de cozinha, nos últimos saúde e educação sociações de proteção
meses, tem feito com que
famílias optem pelo uso de qualidade
“ veicular e patrimonial
são responsáveis por
de lenha, carvão e, até uma movimentação con-
mesmo, etanol para o pre- siderável da economia
paro dos alimentos, o que provocou o brasileira e precisam, urgentemente,

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 23


24
CAPA

FOTO: REPRODUÇÃO | ARQUIVO PESSOAL


FOTO: REPRODUÇÃO | ARQUIVO PESSOAL

ser regulamentadas. A
senhora conhece o ser-
viço oferecido por es-
“ As associações centralizem com o objetivo
a ser conquistado, procu-
rando o Congresso Nacio-
sas entidades? Se sim, de proteção nal e seus representantes,
o que pensa a respeito?
 
veicular devem visando à apresentação
de propostas em benefício
DEP. ALINE GURGEL - se manifestar do setor. A aprimoração, a
Conheci esse tipo de inserção ou a adequação
serviço há pouco tem- sobre os assuntos legislativa se fará neces-
po. Penso que, desde que
trabalhem de forma legí-
de seu interesse, sária dentre suas necessi-
dades. As associações de
tima, dentro da lei e cum- fazendo com proteção veicular devem
prindo seus deveres junto se manifestar sobre os as-
aos seus associados, são que a Casa tenha suntos de seu interesse,
serviços que podem ser
muito úteis e importantes
conhecimento de “ fazendo com que a Casa
tenha conhecimento de
para o cidadão na defesa seus anseios seus anseios.
de seus patrimônios.
 
É possível, dentro da Câmara dos De-
putados, abrir um novo processo de ANDREW SIMEK
discussão para a regulamentação do Editor-chefe da Revista
setor? AAAPV, jornalista e
pós-graduado em
                                                                                                    Gestão da Comunicação
DEP. ALINE GURGEL - Sim, para isso é e Crise de Imagem
necessário que as lideranças do setor se

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 25


FOTO: FREEPIK

26
EXPANSÃO
O DESAFIO DA
CONSOLIDAÇÃO
NO CAMINHO DA
REGULAMENTAÇÃO

N
o mês de abril de 2021, assu- Com pouco mais de 30 mútuas ativas e
mimos a presidência do Fundo adimplentes, o FGRS carece de verdadeira
Garantidor Contra Riscos Sis- confiança e adesão da base de filiados da
têmicos (FGRS), com a árdua AAAPV. Conforme passado pela diretoria
tarefa de substituir um dos mais ativos de assuntos institucionais, há grandes
participantes do processo de regulamen- chances de que, realmente, o processo de
tação do associativismo no Brasil, Lean- regulamentação passe pelo Projeto de Lei
dro Ribeiro, meu amigo e a quem tenho (PL) do deputado federal Lucas Vergílio
profunda admiração. Na pauta dessa (Solidariedade – GO), o qual antes visa-
“passada de bastão”, para além do peso de va a nos colocar na ilegalidade e, após
suceder um grande líder do setor, propu- o brilhante trabalho da AAAPV, encami-
semos dar um passo a mais na definitiva nhou-nos para a tão esperada regulari-
consolidação do FGRS com a participa- dade da proteção veicular. Na relatoria
ção, se não de todas, mas da grande maio- do deputado federal Vinicius Carvalho
ria das mútuas filiadas à AAAPV. Aceita- (Republicanos - SP), ficou comprovado
mos a missão de, após o pioneirismo da que algum mecanismo de garantia seria
AAAPV, sob liderança do Dr. Raul Canal, fundamental e que o nosso fundo atende
na criação do FGRS, mostrar para quem plenamente aos anseios do legislador.
antes criticava que, sim, as mútuas têm Para que tenhamos uma melhor identi-
garantias e, ainda, buscar a definiti- ficação, por parte de nossos associados,
va adesão em massa, fazendo com que a respeito da importância do Fundo nas
o Fundo tenha o tão almejado peso no escolhas entre Proteção Veicular x Segu-
olhar do regulador e na confiança da ro Tradicional ou entre uma mútua e ou-
escolha de associados entre uma mútua tra, no mês de junho, ficou decidido que
e outra ou mesmo entre proteção veicu- as redes sociais e o site do FGRS rece-
lar e seguro tradicional. beriam atenção especial. Definimos, por

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 27


EXPANSÃO

Pelo infortúnio da tragédia da pande-


mia, acabamos demorando um pouco no
caminho do valor para o registro na CVM,
quando, de forma correta, suspendemos
os pagamentos para aliviar os caixas
das associações e cooperativas filiadas.
Quanto à CVM, o valor mínimo é necessá-
rio pelo fato de que, ao decidir formalizar
exemplo, que as associações e as coope- um fundo, todo um aparato administrati-
rativas que fossem ativas e adimplentes vo deve ser apresentado, o que gera uma
ficariam mais à vista no site, em um mapa série de custos. Por isso, graças à parce-
de localização das participantes, como ria fundamental com a AAAPV, antes que
forma de lhes dar o devido reconheci- esses custos gerassem uma despesa mais
mento. Além disso, nas redes sociais, alta e com o volume de receitas recebidas
começaríamos a lançar mais postagens estando ainda em formação, resolvemos
explicativas sobre o Fundo Garantidor, acumular os pagamentos numa conta es-
suas regras e seus benefícios. Ademais, pecífica da nossa mantenedora até que
um selo virtual será compartilhado tan- a relação custo-benefício fique equili-
to pelas redes do FRGS como pelas pró- brada. Mais uma vez, devemos registrar
prias mútuas com o intuito de fortalecer nossos agradecimentos à presidência da
o empenho e a confiança das filiadas nossa Agência, na figura do Dr. Raul Ca-
junto à sua base ativa e, possivelmente, nal, e de nosso filiado ao fundo e tesou-
na tomada de decisão de adesão dos no- reiro da AAAPV, Adão Gomes, pela cola-
vos associados. Fica aqui meu registro boração fundamental.
e agradecimento ao nosso conselheiro Os próximos passos já estão alinhados
Diego Danieli, que pegou essa missão e a e essa presidência vê como sine qua non
tem conduzido com o talento e com a de- a participação ativa da nossa Agência
dicação da equipe do jornalista Andrew de Autorregulamentação no aumento da
Simek e dos meus braços esquerdos e base do FGRS. Já deixamos alinhadas as
direito, Jessyca Costa. agendas para que, junto à presidência da
As outras boas-novas são que estamos AAAPV, tocada pelo nosso querido Dr.
bem próximos do valor que foi defini- Raul Canal, o Fundo tenha um cronogra-
do para que o FGRS tenha seu devido ma efetivo de crescimento.
registro na Comissão de Valores Mo- Que vençamos o vírus e continuemos
biliários (CVM) e que agora as mútuas juntos na caminhada de solidificação do
filiadas, de forma prévia, recebem uma associativismo no Brasil!
consultoria gratuita de análise do risco
de casco com a Brasil Atuarial e, assim,
o pagamento direcionado ao fundo é de
exatamente o valor adequado ao risco
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medido nos cálculos atuariais após o
Presidente do FGRS
envio de todas as informações.

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REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO
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QUE A DISNEY
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assistência 24 horas, muitas elétricas, defeitos mecânicos e eventos
vezes, serve como importante que impossibilitem o deslocamento do
ferramenta para escolha de a veículo, a saída para o associado é soli-
qual mútua o cidadão vai se citar o auxílio de um reboque. Detalhes
associar para proteção de seu veículo. do benefício ofertado devem ser muito
Cada associação oferece uma gama di- bem esclarecidos pela associação no
ferente de benefícios e atendimentos 24 seu Regulamento, como quilometragem
horas, que vão desde o básico auxílio oferecida, quantidade de acionamen-
para troca de pneus, até o translado de tos por mês ou por ano e condições de
acompanhante em caso de hospitaliza- atendimento.
ção do associado por acidente em via- Uma questão que causa muita dúvida
gens. As opções são inúmeras e surgem e, por vezes, já chegou ao Judiciário é
novas a cada dia. se o serviço de reboque compreende ou
No entanto, o benefício campeão de não equipamentos especiais para remo-
acionamentos ainda é o famoso rebo- ção do veículo do associado, a exemplo
que. Em situações de colisão, panes de guindastes e Muncks.

30
A situação normalmente é a seguin- da ocorrência ou não de irregularida-
te: o veículo do associado sai da pis- des no ato da condução do veículo.
ta e cai em uma ribanceira. Ora, dessa Contudo, se, por outro lado, a diretoria
forma, a prancha do caminhão rebo- da associação decidir que oferece ape-
que não conseguirá rebocar o veículo. nas benefício de reboque, mas não de
Qual a solução? guindaste, a descrição da diferenciação
Minha primeira recomendação é no deve estar, de maneira clara, transpa-
sentido de que, para bem servir ao as- rente e de fácil entendimento, escrita em
sociado, deve ser prestado o atendi- negrito no Regulamento do Programa.
mento completo, incluindo o guindaste Segundo o Código de Defesa do Con-
e o reboque, afinal o veículo está em sumidor (CDC), o qual alguns defendem
condição de risco e deve ser resgatado. que não se aplica às associações de
Obviamente que isso não implica neces- proteção patrimonial – mas isso é as-
sariamente no deferimento da indeniza- sunto para outro artigo –, em seu art.
ção para reparo do veículo, pois cabe 54, §4º, as hipóteses de restrição devem
ainda a sindicância para a identificação estar destacadas nos contratos.

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 31


INOVAÇÃO

esperou, ele teria uma prova de que ha-


via levado todos que estavam no ponto
no horário marcado.
Como isso pode servir de lição para o
nosso caso do reboque? Caso um asso-
ciado solicite um atendimento, mesmo
que ele mencione ser necessário um
guindaste para resgate do veículo e a as-
sociação não ofereça esse benefício, en-
vie o caminhão reboque até o local, faça
filmagens e fotos da condição do veículo,
explique a situação ao associado, inclu-
sive demonstrando a regra de não atendi-
mento no regulamento do programa. Es-
sas fotos servirão de prova em eventual
Certa feita, defendi uma associação ação judicial futura.
que foi demandada no Judiciário por E o meu cliente, acima mencionado, o
defeito na prestação do serviço pelo que ocorreu com ele? Já que, em juízo, o
fato do associado ter pedido um rebo- associado disse que precisava de um re-
que, dizendo que o carro saiu da pista, boque e lhe foi negado e como a associa-
porém a associação se recusou a enviar ção não provou que o carro do associado
o auxílio sob alegação de que seria ne- precisaria de caminhão Munck, mesmo
cessário guindaste e que, em seu Regu- com previsão no regulamento de não
lamento, haveria expressa previsão de fornecimento de guindaste, o juiz julgou
não fornecimento dele. o pedido do associado procedente, con-
Lembrei-me de uma situação interes- denando a associação a pagar uma in-
sante. No carnaval de 2020, eu fui com denização por danos morais. Apresentei
minha família para a Disney, nos Esta- recurso contra essa sentença e tive êxito.
dos Unidos. Em determinado dia, nós A sentença foi reformada e o pedido do
decidimos ir para o parque usando o associado julgado improcedente. Entre-
serviço de translado gratuito, que coleta tanto, pense comigo: precisava a asso-
os hóspedes nos hotéis, leva ao parque ciação ter passado pela tensão de perder
pela manhã e faz o caminho de volta à esse processo judicial e o risco da con-
noite. Resolvemos ficar no parque até denação? Obviamente que não. Condutas
seu fechamento e pegamos o último de prevenção como a que relatei acima
ônibus de translado. Após todos os pas- devem ser sempre adotadas.
sageiros entrarem no ônibus, o moto-
rista desceu do veículo. Com celular em
mãos, filmou a plataforma de embarque
vazia, o ônibus cheio e registrou o ho-
rário da saída. Ora, o que ele fez? Ele ARISTÓTELES AGUIAR
produziu prova de que não esqueceu Advogado especialista em
ninguém no ponto. Assim, se alguém Terceiro Setor
depois reclamasse que o motorista não

32
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TRANSFORMAÇÃO

ASSOCIAÇÃO,
FOTO: FREEPIK

EVOLUÇÃO,
EXPANSÃO E
INOVAÇÃO
34
D
esde os primórdios da huma- Hoje, os perigos e riscos não são os
nidade, o ser humano realizou mesmos que tivemos que enfrentar du-
relações sociais que o permiti- rante o nosso processo evolutivo, mas
ram sobreviver aos perigos, se isso não quer dizer que eles não existam.
adaptar às mudanças e se tornar a atual Em 2018, a Presidência da República
espécie dominante do planeta. Entre es- decretou intervenção federal no estado
sas ligações sociais, está a cooperação, do Rio de Janeiro. Em 2021, São  Paulo
uma associação baseada entre indivídu- superou 30.000 furtos entre janeiro e
os ou organizações, que utilizam métodos maio. Esse cenário de roubos, furtos e
para beneficiar os membros de um grupo. violências se repete em outros estados.
Naturalmente, somos seres associativos Diariamente somos bombardeados com
e cooperamos com outros indivíduos em notícias sobre criminalidade, violência e
diversos momentos da nossa vida. Atitu- instabilidade financeira que afetam dire-
des como ajudar, trocar e emprestar per- tamente e indiretamente a vida da popu-
mitiram desenvolvermos todo o conceito lação e geram um sentimento de despro-
de sociedade que conhecemos.  teção. Diante dessa situação, o cidadão

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 35


TRANSFORMAÇÃO

brasileiro precisou encontrar uma for- são instrumento de trabalho, suporte


ma de solucionar o problema e garantir para pessoas com necessidades espe-
a segurança de seu patrimônio. ciais ou mesmo um meio de levar sua
No primeiro momento, a proteção dos família para momentos inesquecíveis. 
veículos era realizada por seguradoras, Perante o exposto, o que deveríamos
o que, para quem não se lembra, era uma fazer? Entregarmo-nos para as ameaças
prática comercial vista com tanta des- e os riscos que corremos? Desproteger
confiança pela sociedade que não foi o que foi conquistado com muito esfor-
regulamentada até a década de 1960, ço? Ou deixar que outros definam onde
quando entrou em vigor o Decreto Le- devemos morar? Nenhuma das opções.
gislativo n.º 73, de 21 de novembro de Diante dos perigos e das injustiças, nos
1966. Após sua legalização e com o in- conectamos com nossas origens e bus-
vestimento dos bancos, esse segmento se camos proteger nossos bens, familiares
tornou popular, apesar de demonstrar e interesses por meio de relações asso-
um interesse mais econômico do que be- ciativas e cooperativas. Assim, surgiram
néfico aos seus integrantes. as associações e cooperativas, quando
Por apenas visar lucros, essas institui- os menos favorecidos, como motoris-
ções marginalizaram algumas pessoas tas de caminhão e taxistas, uniram-se,
e recusaram atendê-las devido às suas como mecanismo de sobrevivência, aos
mercadorias perigosas e/ou regiões onde desafios apresentados, em grupos be-
moravam e trabalhavam. Para restringir néficos e não lucrativos, visando ape-
esses grupos, as seguradoras desenvol- nas proteger o seu meio de sustento e/
veram um termo chamado “taxa de si- ou suas conquistas. 
nistralidade”, que corresponde à relação Sendo as associações e cooperativas
entre os custos e as receitas de uma se- entidades absolutamente legais, por
guradora, ou seja, uma espécie de indica- que existem campanhas da Susep (Su-
dor que permite à seguradora avaliar se perintendência de Seguros Privados)
os contratos estão sendo vantajosos para que tentam recriminar esse segmento?
ela, mesmo que prejudique seus segura- Quiçá porque, desde sua criação, as as-
dos. Dessa forma, quando o veículo, CEP sociações e cooperativas buscaram re-
de pernoite e/ou principal condutor eleva alizar sua precificação de maneira mais
o risco para a empresa, essa taxa de sinis- simples e acessível aos associados. Tal-
tralidade é elevada e, consequentemente, vez porque o Estado busca proteger os
os preços também.  lucros, via Susep, ou, simplesmente, por
Mediante a isso, ocorre o que chama- não estar preparada para a concorrên-
mos de seletividade injustificada: uma cia. A questão é que, em diversos seg-
tática para repelir certos grupos por mentos, existe uma relação pacífica en-
meio de valores exacerbados. Sendo tre cooperativas e seguros, dentre eles,
assim, ou você atende aos critérios im- cooperativas de crédito e sistema ban-
postos pela seguradora ou não poderá cário, cooperativas de saúde e seguros
ser assegurado. Proteger um veículo de saúde, cooperativas de habitação e
não pode ser um processo seletivo para construtoras, mas no segmento veicular
saber quem tem o direito ou não, prin- ainda não conseguimos essa convivên-
cipalmente, porque, para muitos, eles cia pacífica. Enquanto isso, as associa-

36
ções e as cooperativas permaneceram viços diferenciados, fora a proteção vei-
evoluindo, crescendo e modernizando. cular, tais como: assistências residenciais,
Cartão de Crédito com ou sem anuida- clube de vantagens, além de orientações
de? Bancos com taxas de manutenção médicas e jurídicas. Esse constante cres-
ou bancos digitais sem taxas? Análise de cimento de benefícios e a busca por no-
Crédito, entrevista com o gerente do ban- vas parcerias demonstram que esse seg-
co, diversos documentos para assinar ou mento tem como principal objetivo não
abrir uma conta em um banco digital, sen- apenas suprir as necessidades protetivas
tado no sofá da sua sala, e ser aprovado dos associados, mas também melhorar a
em poucos minutos, enquanto assiste seu qualidade de vida e fornecer experiências
programa preferido na TV? É exatamen- incríveis para eles.
te isso! Analogias que mostram como a Quando um cidadão se envolve em um
praticidade, a ausência de burocracia e a acidente ou roubo, ele não quer ficar de
otimização de processos confirmam  que mãos vazias, especialmente consideran-
a sociedade está cada dia mais inclinada do as condições econômicas necessárias
a buscar acessibilidade e a usufruir de para comprar um novo veículo ou repa-
segurança e proteção. rá-lo. Isso não quer dizer que ele não en-
  Não tem volta. Como a tecnologia, o tenda a necessidade de haver um custo
associativismo veio para ficar e evoluir, para isso. Pelo contrário, compreende a
expandir e melhorar. Ao ficarem maiores inevitabilidade dos valores de cotas men-
e mais sofisticadas, essas organizações sais e as cotas de participações presentes
progrediram para oferecer diversos ser- nas associações e cooperativas. 

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 37


TRANSFORMAÇÃO

Há algo que é importante salientar: Hoje, nossos associados não são mais
existem associações e cooperativas  que marcados como aqueles que os seguros
darão toda segurança, tranquilidade e rejeitaram, mas, sim, como cidadãos que
atendimento para seus associados. En- possuem o direito de lutar pelo pão de
tretanto, também existem, como em todo cada dia. Não são pessoas que vivem
serviço, benefício ou produto, associa- em zonas desfavorecidas, porém pes-
ções e cooperativas que não possuem a soas que vivem em lugares que amam
mesma excelência em serviços. É nessa e que fazem parte da sua história. São
hora que precisamos buscar associações mães, pais, filhos que possuem o direi-
que sejam filiadas à AAAPV, que tem o to de proteger as suas conquistas. Por-
compromisso de fortalecer o movimento que foi assim que a humanidade chegou
associativo e suas relações com a socie- até aqui. Entendemos que unidos somos
dade, além da missão de fiscalizar e mo- mais fortes e que juntos alcançaremos
nitorar esse segmento.  lugares ainda maiores.

EDUARDO DIAS
REFERÊNCIAS Doutor em Missiologia,
Utilize a câmera do seu mestre em Teologia, militar
celular para acessar as da reserva, especialista em
referências via QR Code. Evangelismo, Missões e
Direito Humanitário

38
REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 39
ESPECIAL 5 ANOS DA AAAPV

MEIA DÉCADA DE
MUITOS AVANÇOS
Neste ano, a AAAPV (Agência de Autorregulamentação das Entidades de Autogestão de
Planos de Proteção Contra Riscos Patrimoniais) completou 5 anos de existência. Com
eles, foram celebrados, também, muitos avanços conquistados pelas mútuas no País. A
frase “a união do rebanho obriga o leão a ir dormir com fome” nunca fez tanto sentido.
A regulamentação do setor, uma luta antes ignorada pelas autoridades, ganhou força
e notoriedade e está cada vez mais próxima. Com certeza, a AAAPV, principal entidade
representativa do setor no Brasil, tem papel fundamental nesse processo. Confira alguns
dos principais momentos de nossa trajetória.

26/04/16

Fundação da AAAPV
No dia 26 de abril de 2016, a AAAPV, entidade que não tem fins econômicos, mas, sim, o
compromisso de fortalecer o movimento associativista e suas relações com a sociedade,
além de contribuir para o desenvolvimento econômico social e sustentável do País, foi
fundada. Com ela, nasceu, também, a missão de redirecionar e aprimorar o caminho do
mutualismo no País.

40
Em assembleia, associações filiadas à AAAPV
aprovam reforma do Estatuto Social
Em celebração a um ano da AAAPV, foi realizada a reforma do Estatuto So-
cial, em acordo com as associações filiadas unanimemente. Um novo dire-
tor, Leandro Ribeiro (Múltipla), foi apresentado e esclareceu dúvidas sobre
o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Além disso, foram debatidos
assuntos como o caso de um cartório que proibiu o registro e as atualiza-
ções de novas associações no Rio de Janeiro; a prestação de contas com
todos os gastos da AAAPV durante o ano de criação; a criação de cursos de
especialização para os filiados; as audiências públicas que contaram com
as participações da entidade, e a exclusão de associações que passassem a
ter três ou mais contribuições atrasadas.

19/12/16 29/06/17 25/07/17

2 4

Ministro Ayres Britto assina Deputado Lincoln Portela


parecer jurídico que favorecia (PRB/MG) indica parecer
regulamentação das associações favorável à regulamentação
das associações
O ministro Ayres Britto assinou, no dia 19 de
dezembro de 2016, o parecer jurídico que reco- Em reunião na cidade de Belo Horizon-
nheceu a atividade realizada pelas associações te/MG, membros da AAAPV e o deputado
de proteção veicular e patrimonial. O documen- Lincoln Portela (PRB/MG), relator do PL
to é fundamental para a regulamentação das n.º 5.523/2016, indicaram parecer favo-
atividades. Mais de 50 representantes filiados à rável à regulamentação das associações.
Agência de Autorregulamentação das Associa- O parlamentar, que defendia a livre con-
ções de Proteção Veicular e Patrimonial (AAAPV) corrência como parte fundamental do
participaram do momento de entrega do parecer processo democrático, afirmou, à época,
no escritório do magistrado, que fica no Lago que o associativismo “é um direito de
Sul, em Brasília-DF. cada brasileiro” e que essa prática “não
acarreta nenhum impacto financeiro ao
Governo Federal”.

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 41


42
Assembleia Geral realizada na Câmara dos
Deputados, em março de 2017

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 43


Frente parlamentar em defesa Plenário e corredores
das associações ganha força em lotados, repercussão na imprensa
audiência pública na Câmara e falta de quórum: o primeiro dia
dos Deputados na luta contra o PL n.º 3.139
Na Câmara dos Deputados, diversos repre- Na Câmara dos Deputados, cerca de 100
sentantes do associativismo, deputados e pessoas, durante três horas, aglomeraram-
autoridades estiveram presentes em um se com cartazes, camisetas e faixas nas
debate sobre a área, sua importância para entradas das sessões em repúdio ao PL
a sociedade e o PL n.º 5.523/2016, que fora n.º 3.139/2015, que tinha a intenção de
barrado. Essa era a terceira audiência pú- criminalizar a atividade de proteção vei-
blica promovida pela AAAPV em parceria cular mútua. O PL não foi adiante por fal-
com a Frente Parlamentar em Defesa das ta de quórum, sendo remarcada a sessão
Associações e Associados de Benefícios para o dia seguinte. Apenas 14 parlamen-
Mútuos. A mesa da reunião foi composta tares estiveram presentes, sendo o mínimo
pelos deputados federais Ezequiel Teixei- de 18 necessário. Pela grande movimenta-
ra (Podemos/RJ) e Barcelar (Podemos/BA), ção, as equipes de reportagem da Record,
pelo advogado Cássio Barreiros, pelo pre- da Globo e da Rádio Brasil Goiás realiza-
sidente da AAAPV, Raul Canal, pelo procu- ram entrevistas com os associativistas.
rador-geral da AAAPV Renato Assis e pelo A iniciativa também contou com o apoio
diretor-presidente da associação de prote- dos deputados George Hilton (PSB/MG) e
ção veicular Facility, José Eduardo Dias. Lincoln Portela (PRB/MG).

6 8

25/07/17 09/08/17 17/08/17 22/08/17

5 7

AAAPV mobiliza entidades de todo o


Associações recebem selo País para barrar PL que criminaliza
de qualidade da AAAPV associações de proteção veicular
As entidades filiadas à AAAPV re- Com a participação de mais de 300 representantes
ceberam, pela primeira vez, o selo de associações no Congresso, a AAAPV tentou barrar
de qualidade AAAPV, que reconhe- a Comissão Especial proposta pelo deputado Lucas
ce instituições pautadas pela ética, Vergílio (SD/GO), com o PL n.º 3.139/2015, que cri-
transparência e eficiência, previstas minalizaria as atividades de proteção veicular. Parla-
no Estatuto Social da Agência. Eram mentares como Ezequiel Teixeira (Podemos/RJ), João
71 associações, que cumpriram os Campos (PRB/GO), Áureo (SD/RJ), Lincoln Portela
requisitos básicos e ganharam o selo (PRB/MG) e Barcelar (Podemos/BA) afirmaram a de-
no País. fesa da categoria no plenário.

44
Deputado Assis Carvalho pede
celeridade no andamento do PL n.º
3.139/2015 e favorece associações
de benefícios mútuos

Membro da Comissão Especial que anali-


sava o PL n.º 3.139/2015, o deputado Assis
Deputado Leonardo Quintão Carvalho (PT/PI) esteve no plenário para
declara apoio às associações de pedir celeridade na análise da proposta,
proteção veicular e patrimonial sendo o único a fazer essa solicitação com
o objetivo de favorecer as associações de
Recebendo representantes da AAAPV em benefícios mútuos. A solicitação foi acei-
seu escritório, o deputado federal Leonar- ta pelo presidente da Comissão, Vinicius
do Quintão (PMDB/MG) se comprometeu a Carvalho (PRB/SP). A AAAPV montou um
criar um PL que regulamentasse a ativida- grupo de resistência, que estava no Con-
de mutualística e realizar a protocolização gresso Nacional argumentando com parla-
de uma emenda ao PL n.º 3.139/2015, de- mentares e participando das sessões do PL
clarando total apoio à causa. n.º 3.139/2015.

9 11

1º/09/17 06/09/17 13/09/17 14/09/17

10 12

“O Brasil tem 14 milhões de Deputado Daniel Almeida inicia


desempregados e o PL n.º 3.139/ trabalho de regulamentação das
2015 contribui para o aumento associações na Bahia
desse número”, reconhece o
deputado Alberto Fraga Neste dia, o associativismo recebia mais um
aliado na Bahia: o deputado Daniel Almeida
No programa Pampa e Cerrado, apresenta-
(PCdoB/BA), que, reunido com sete represen-
do pelo presidente da AAAPV, Dr. Raul Ca-
tantes da AAAPV no gabinete parlamentar,
nal, o deputado Alberto Fraga (DEM/DF),
informou apoio ao associativismo em todo o
um dos membros da Comissão Especial que
País. Uma força tarefa da AAAPV semanalmen-
analisava o PL n.º 3.139/2015, afirmou, em
te visitava gabinetes dos membros da Comis-
entrevista, que a aprovação do PL contribui-
são Especial que analisava o PL de Vergílio.
ria para o aumento do desemprego no País,
Na data em questão, os presentes foram Adão
o qual atingia 14 milhões de brasileiros à
Gomes, Aurélio Brandão, Cleiton Campos, Edi-
época. O deputado declarou apoio à causa
son Carvalho, José Eduardo, Ricardo Saldanha
e afirmou estar do lado do associativismo
e Rômulo Machado.
mútuo.
REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 45
46
A Audiência Pública do PL n.º 3.139/2015, que
debateu a atuação das mútuas e cooperativas no
Brasil, em agosto de 2017, teve participação em
massa de filiadas AAAPV: organização chamou
atenção de diversos parlamentares

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 47


Ofícios sobre o conteúdo do PL
n.º 3.139/2015 são entregues em
gabinetes parlamentares com
objetivo de conscientizar deputados
Presidente da AAAPV pede apoio
ao Deputado Laerte Bessa na luta A AAAPV distribuiu ofícios em mais de 50
contra o PL n.º 3.139/2015 gabinetes parlamentares, com o objetivo de
Em entrevista para o programa Pampa e conscientizar os deputados sobre os male-
Cerrado, apresentado pelo presidente da fícios do PL n.º 3.139/2015. Alguns mem-
AAAPV, Raul Canal, o deputado Laerte Bessa bros da Comissão Especial que analisava o
(PR/DF) declarou apoio na luta contra o PL PL receberam o documento: Alberto Fraga
n.º 3.139/2015, que visava a criminalizar as (DEM/DF), Daniel Almeida (PCdoB/BA), Ri-
associações de proteção veicular e patrimo- cardo Izar (PP/SP), Rodrigo Martins (PSB/
nial. Mesmo não sendo parte da Comissão, PI) e Diego Garcia (PHS/PR). O ofício citava
o deputado Laerte declarou que poderia que a proposição, de autoria do deputado
conversar sobre o assunto com outros três Lucas Vergílio (SD/GO), feria um dos prin-
membros da Comissão para solicitar apoio: cípios das cooperativas, que trata da consti-
Alexandre Vale (PR/RJ), Paulo Freire (PR/SP) tuição de fundos, norma estabelecida na Lei
e Vicentinho Júnior (PR/TO). Com a ajuda de n.º 5.764/1971. Além disso, o PL era con-
Bessa, mais de 3 milhões de famílias e 400 trário a todos os avanços já conquistados
mil empregos indiretos foram favorecidos. pelas associações de benefícios mútuos.

13 15

18/09/17 21/09/17 27/09/17

14

Representantes da AAAPV visitam 11 deputados


Adão Gomes, Elaine, Fábio, Gevaert, Renato Assis e Ricardo Saldanha, re-
presentantes da AAAPV, reuniram-se, à época, na Câmara dos Deputados,
com o deputado Leonardo Quintão (PMDB/MG), para visitar os gabinetes
de 11 parlamentares, buscando apoio para barrar o PL n.º 3.139/2015. Os
representantes conversaram com os deputados Espiridião Amim (PP/SC),
suplente na Comissão Especial que analisava o PL; Mauro Pereira (PMDB/
RS), que também fazia parte da Comissão; Walney Rocha (PEN/RJ); Otávio
Leite (PSDB/RJ); Wilson Filho (PTB/PB); Arnaldo Faria (PTB/SP); Roberto
Lucena (PV/SP); Daniel Vilela (PMDB/GO) e Assis Carvalho (PT/PI).

48
Representantes de entidades de
proteção veicular lotam plenários
e, mais uma vez, mostram força
do movimento
Vestidos de amarelo, estavam os represen-
OCB nacional visita sede da AAAPV tantes das associações de proteção veicular
e da Protege Auto em Brasília e cooperativas. De azul, os emissários das
corretoras de seguros. A Audiência Pública
A Organização das Cooperativas Brasi- do PL n.º 3.139/2015, que debateu a atua-
leiras (OCB) se reuniu com a AAAPV e a ção das mútuas e cooperativas no Brasil, en-
associação Protege Auto para discutir a cheu três plenários da Câmara dos Deputa-
importância das associações no País e o dos, com participação massiva da população
funcionamento, na prática, do trabalho da adepta e que defende o chamado “mercado
AAAPV. Os analistas técnicos e econômicos alternativo”. O debate contou com diversas
da OCB, Tiago de Barros Freitas e Flávia perguntas e apresentações de peso dos re-
Zerbinato, declararam presença na audiên- presentantes das associações de proteção
cia pública do PL n.º 3.139/2015 em apoio veicular em comparação com poucas repre-
à AAAPV. sentações do setor de seguros.

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03/10/17 18/10/17 24/10/17 25/10/17

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Brasil é representado pela AAAPV Após participação na audiência


em Conferência Bienal sobre pública, associações filiadas
associativismo em Londres participam de Assembleia
Geral em Brasília
O presidente da AAAPV, Raul Canal, e o procura-
dor-geral Renato Assis participaram da Biennial Diversas associações de benefícios mútuos,
Conference of the International Federation of filiadas à AAAPV, após participarem da au-
Mutual and Cooperative Insurance, promovi- diência pública da comissão especial do PL
da pela ICMIF (International Cooperatives and n.º 3.139/2015, na Câmara dos Deputados,
Mutual Insurance Federation), e representaram seguiram para o San Marco Hotel. No lo-
o Brasil no evento que contou com a participa- cal, foi realizada uma Assembleia Geral, que
ção de 353 delegados de 40 países. Um comitê tratou do atual panorama político da regu-
parlamentar, com membros da Comissão Espe- lamentação e das apostas da Agência para
cial que analisava o PL n.º 3.139/2015, também angariar mais resultados positivos.
estava presente.

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 49


Debate na Bahia tem a participação
de diversas associações e argumen- Outdoors com a frase “Proteção
tos favorecem regulamentação Veicular é Legal” são instalados
na via de acesso ao Aeroporto
Representantes da AAAPV estiveram à mesa
de Brasília
e mostraram a importância do setor para a
economia do País. Até mesmo o presiden- A ação promovida pela AAAPV teve como
te do Sindicato dos Corretores da Bahia objetivo chamar atenção dos milhares
defendeu a regulamentação do setor. Eles de passageiros sobre a atividade e sobre
participaram do debate promovido pelo como o PL n.º 3.139/2015 afetaria todos
deputado federal Daniel Almeida (PCdoB/ os brasileiros. Dois outdoors com a frase
BA) em parceria com o deputado estadu- “Proteção Veicular é Legal” foram insta-
al Fabrício Falcão (PCdoB/BA) sobre o PL lados na via que dá acesso ao Aeroporto
n.º 3.139/2015. O debate teve resultado ex- Internacional de Brasília (DF). As telas po-
tremamente positivo e mostrou novamente diam ser vistas tanto por quem estava che-
que a proposta de Lucas Vergílio (SD/GO) gando no terminal como por quem estava
seria um retrocesso para o País. saindo.

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30/10/17 30/10/17 07/11/17 08/11/17

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Ouvidoria da AAAPV entra Notificação extrajudicial é enviada ao


em funcionamento CONAR por propaganda enganosa
sobre proteção veicular
Além de mediar conflitos entre asso-
ciados e associações, o novo canal Presidente da AAAPV e advogado encaminharam docu-
de relacionamento, que começou a mento explicando os fundamentos da atividade e pedi-
funcionar no dia 30 de outubro de ram que o conteúdo ofensivo não fosse mais divulgado.
2017, também trabalha pela resolu- Foi encaminhada uma notificação extrajudicial para o
ção de problemas internos da Agên- CONAR devido a uma propaganda enganosa difundida
cia. A intenção, segundo o presidente em veículos de comunicação sobre a proteção veicular.
da AAAPV Raul Canal, é “dar celeri- O conteúdo era promovido pela FUNSEG e afirmava que
dade à mediação de conflitos e fisca- a atividade ofertada pelas mútuas “não oferece nenhum
lizar as entidades filiadas”. tipo de segurança”.

50
Relator do PL n.º 3.139/2015 diz:
“tentei fazer seguro para meu
carro e não consegui, porque
disseram que ele era velho demais”

O depoimento aconteceu na Audiência Pampa e Cerrado: Gonzaga Patriota


Pública do PL n.º 3.139/2015, realizada na é entrevistado e se compromete com
Câmara dos Deputados. O parlamentar foi associações de proteção veicular
aplaudido em massa pelos apoiadores do
associativismo que estavam no plenário. Entrevistado no programa Pampa e Cerrado,
A Audiência Pública n.º 3.139/2015, rea- o deputado Gonzaga Patriota (PSB/PE) afir-
lizada na Câmara dos Deputados, contou mou que apoiaria as associações de pro-
com a fala de diversos representantes do teção veicular na Câmara dos Deputados.
setor de seguros. Um deles, inclusive, disse Apesar de não estar na Comissão Especial
que, quando as associações alegam que as do Projeto de Lei n.º 3.139/2015, que crimi-
seguradoras não aceitam carros com mais nalizava a atividade de benefícios mútuos,
de 10 anos de fabricação, estariam espa- ele disse que tentaria uma vaga na Comissão
lhando fake news (notícias falsas). e que buscaria aliados para a causa.

24 26

09/11/17 14/11/17 24/11/17 27/11/17

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Após “maquiar” números em apresentação, Seminário sobre


presidente da Fenseg é notificado pelo associativismo em Belo
presidente da AAAPV Horizonte trata consumidor
No documento, o presidente da AAAPV pediu que João Fran-
como prioridade
cisco Silveira se retratasse publicamente. Susep também foi Mútuas de Belo Horizonte se reu-
notificada por criar um grupo de trabalho para tratar das as- niram, no auditório da Assembleia
sociações e por ter ignorado os representantes das entidades. Legislativa do Estado de Minas
A apresentação, na Audiência Pública da Comissão Especial Gerais, para participar de um se-
do PL n.º 3.139/2015, tratou os dados apresentados pelo pre- minário promovido pelo depu-
sidente da AAAPV, Raul Canal, como fake news. Com pesqui- tado Leonardo Quintão (PMDB/
sas em mãos que comprovavam a licitude do conteúdo apre- MG), e encheram o local. O de-
sentado, Canal notificou ao presidente da Fenseg para que ele bate principal, focado no con-
fizesse uma retratação publicamente. A Susep também foi no- sumidor, mostrou como as mú-
tificada, à época, pois, no dia 10 de novembro anterior, havia tuas têm credibilidade com os
divulgado a Portaria n.º 7.018/2017, que “cria um grupo de associados.
trabalho para discutir o mercado marginal” e só ouviria um
dos lado, claramente contrário ao movimento mutualista.
REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 51
Diretores participam da
Conferência Anual do Risco à
Oportunidade, em Montevidéu Presidente da Câmara dos
Deputados institui Comissão
A 25ª Conferência Anual do Risco à Opor- Especial para analisar Projeto de Lei
tunidade, promovida pela ICMF em Monte- que busca regulamentar associações
vidéu, contou com a presença dos diretores
da AAAPV Adão Mendes, Aurélio Brandão, O presidente da Câmara dos Deputados à
Cleiton Campos e Rômulo Machado, junta- época, Rodrigo Maia (DEM/RJ), instituiu
mente com membros da Comissão Especial uma Comissão Especial para analisar o PL
do PL n.º 3.139/2015. A comitiva da Câmara n.º 5.571/2015, de autoria do deputado João
dos Deputados, composta por Daniel Almei- Campos (PRB/GO), que propunha regula-
da (PCdoB/BA), George Hilton (PSB/MG) e mentar as associações de proteção veicular
Rodrigo Martins (PSB/PI), estava em missão e patrimonial. A proposição em questão foi
para entender como funcionava o sistema desapensada do PL n.º 5.523/2016, de Eze-
de mútuas em outros países. quiel Teixeira (Podemos/RJ), horas antes.

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28/11/17 30/11/17 05/12/17 06/12/17

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Secretária da Senacon e
deputado Leonardo Quintão
se reúnem com a AAAPV Autoridades se posicionam a favor da
regulamentação das mútuas em audiência
A AAAPV solicitou uma reunião com pública do PL n.º 3.139/2015
a secretária da Senacon, Ana Carolina
Caram, e com o deputado Leonardo A regulamentação das associações de benefícios mú-
Quintão. O pedido foi atendido com tuos era o maior desejo das autoridades presentes
um encontro no Palácio da Justiça. O na audiência pública da Comissão Especial do PL
objetivo foi esclarecer a relação das n.º 3.139/2015, realizada na Câmara dos Deputados.
associações de proteção veicular com Isso porque, em todas as exposições, parlamentares
os membros e como a Agência preten- presentes e representantes do Ministério Público, do
dia caminhar para a autorregulamen- Ministério da Fazenda e do Tribunal Regional Federal
tação com os apoios do Ministério da da 1ª Região falaram da necessidade de normatização
Justiça e da Câmara dos Deputados. da atividade de proteção veicular.

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Primeira leva de associações
Representantes de associação no é cadastrada no Portal do
Rio de Janeiro concluem curso de Consumidor, do Ministério
Formação em Vistoria da Justiça
Uma capacitação foi oferecida por meio A AAAPV cadastrou a primeira leva de
de parceria com a Bridge Solutions aos associações filiadas ao Portal do Con-
filiados à AAAPV com desconto exclusivo. sumidor, do Ministério da Justiça. Nas
Formou-se a primeira turma do curso de semanas seguintes, as 18 entidades de
Formação em Vistoria, com representan- benefícios mútuos já estavam em uma
tes da associação Auto Visa Rio, do Rio aba específica criada somente para a ati-
de Janeiro. Todos receberam o certifica- vidade de proteção veicular. A iniciativa
do após obterem nota máxima no quesito só foi possível pelo intermédio e apoio
avaliação geral. O conteúdo programático do DNPC e da Senacom. Foram aceitas, no
era composto por matérias que envolviam convênio, as associações e cooperativas
critérios de avaliação, análise estrutural e que assinaram um protocolo do Ministé-
parecer técnico. O objetivo era preparar os rio, por meio do qual se comprometiam a
colaboradores para a realização de verifi- responder às reclamações em até 10 dias
cações nas partes estruturais dos veículos corridos.
e identificação de avarias, cortes ou repa-
ros significativos.

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11/12/17 13/12/17 19/12/17 30/01/18

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AAAPV, Pampa e Cerrado e Anadem


doam mil presentes para o programa
“Papai Noel dos Correios” Parcerias da AAAPV, Bridge
Solutions e AASC oferecem
O programa “Papai Noel dos Correios” recebeu
treinamento para a PMSC
um reforço especial. A AAAPV, em parceria com
o programa Pampa e Cerrado e a Anadem, adotou A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC)
mil cartas da iniciativa. Os presentes das crian- recebeu um treinamento sobre identificação
ças lotaram o carro dos Correios. A meta para o veicular e prevenção e detecção de fraudes
ano de 2018, segundo o presidente da AAAPV, em veículos, promovido pelas parceiras da
Raul Canal, seria de cinco mil cartas. AAAPV, Bridge Solutions e AASC. Os mili-
tares também receberam orientações sobre
padrões de gravação chassi, motor e câm-
bio, com o objetivo de otimizar os processos
de vistoria no estado.

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 53


Deputados homenageados,
prestação de contas e novos
benefícios: saiba como foi a 1ª
Assembleia Geral de 2018
Mais de 80 outdoors da campanha
O San Marco Hotel, em Brasília, recebeu
“Proteção Veicular é Legal” são
diversas associações filiadas para a 1ª As-
instalados no Brasil
sembleia Geral do ano. No local, diretores
A AAAPV havia retomado a divulgação da da AAAPV homenagearam os deputados
campanha “Proteção Veicular é Legal” e João Campos (PRB/GO) e Arnaldo Faria de
instalou mais de 80 outdoors em diversos Sá (PTB/SP), que estavam presentes; abor-
estados do Brasil: Brasília (2), Florianópo- daram a situação dos PLs que tramitavam
lis (1), Goiânia (1), Joinville (5), Minas Ge- na Câmara dos Deputados; prestaram con-
rais (75) e Rio de Janeiro (2). O movimento tas do ano de 2017; mostraram os resul-
era de conscientização de parlamentares e tados das campanhas de comunicação e
da população brasileira, que poderia ser realizaram um planejamento estratégico
penalizada a depender do resultado do PL para os próximos meses. Um dos assun-
n.º 3.139/2015. Minas Gerais, por abrigar tos mais comentados, o andamento do
o maior número de associações de benefí- PL n.º 3.139/2015, foi o primeiro tema
cios mútuos e, consequentemente, de usu- explanado pelo presidente da AAAPV,
ários, recebeu a maior remessa de painéis. Raul Canal.

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21/02/18 14/03/18 16/03/18 20/03/18

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Mais outdoors com a


campanha “Proteção Veicular
é Legal” são instalados: dessa
vez, em Santa Catarina
A campanha “Proteção Veicular é Le-
Bridge Solutions realiza mais um curso de
gal”, da AAAPV, ganhou mais um es-
Análise de Sinistro em parceria com a AAAPV
tado do Brasil: Santa Catarina. Mais
precisamente, a cidade de Joinville re- A Bridge Solutions concluiu mais um curso de Análise
cebeu três outdoors estrategicamente de Sinistro em uma iniciativa promovida com a AAAPV.
posicionados na rua Câmara de Verea- Diversas associações de Minas Gerais participaram da
dores, na saída do Aeroporto e na Rua especialização. Realizado no Hotel Amsterdam, em Con-
XV de Novembro. As instalações fo- tagem (MG), o curso teve as seguintes disciplinas: tipos
ram resultado de uma parceria entre a de sinistro, aviso de sinistro, elaboração de orçamento,
AAAPV e a associação filiada AANESC, vistoria de complemento e de qualidade, perda parcial e
que custeou 50% da publicidade. total e negociação.

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Nota de repúdio e esclarecimento sobre
Certificado de os fatos veiculados no RJTV e no O Globo
reconhecimento público A AAAPV teve conhecimento do conteúdo divulga-
e ovos de Páscoa são do no dia 3 de março pelo Jornal O Globo e pelo
entregues a parlamentares programa RJTV, da Rede Globo, na reportagem “Co-
defensores do mutualismo operativas de veículos pagam a traficantes para
A AAAPV entregou 47 certifica- resgatar carros roubados em Belford Roxo”. Em
dos de reconhecimento público respeito às 19 mútuas filiadas no estado, a AAAPV
em aço escovado e 65 ovos de declarou que os fatos não condiziam com a realida-
Páscoa a parlamentares que, no de das associações e cooperativas de proteção vei-
ano de 2017, destacaram-se pelo cular filiadas, tendo em vista que todas seguiam as
trabalho em prol do associati- regras estabelecidas no Estatuto Social da Agência,
vismo de benefícios mútuos. A o qual é claro no sentido de abominar atos ilegais;
ação repercutiu nos corredores que as associações e cooperativas passaram a ser
da Casa. Os chocolates eram per- vítimas desse sistema criminoso de “resgate de ve-
sonalizados com a foto e o nome ículos” e não os agentes causadores; e que, como
do parlamentar e com a logo da era sabido, em virtude do alto índice de crimes e da
AAAPV, sendo acompanhados de extrema seletividade e exclusão das seguradoras,
um cartão escrito pelo presiden- as cooperativas e associações de proteção veicular
te da Agência, Raul Canal. se tornaram, para alguns, o único meio de proteger
seus bens e, para outros milhares, um meio acessí-
vel e confiável.

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28/03/18 29/03/18 04/04/18 06/04/18

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André Amaral visita presidente


da AAAPV para tratar de apoio
Polícia Federal comemora 74 anos e às mútuas
Sindepol homenageia presidente da
AAAPV e deputado João Campos Mais um nome de força e representatividade
ofereceu apoio às cooperativas e associa-
O diploma e a medalha de reconhecimento ao ções de proteção veicular. O presidente re-
mérito do Sindepol foram entregues ao presi- gional do PROS à época, André Amaral, es-
dente da AAAPV, Raul Canal, e ao deputado João teve na sede da AAAPV em uma reunião com
Campos (PRB/GO), durante comemoração dos o presidente da Agência, Raul Canal. O filho
74 anos da Polícia Federal e dos 25 anos do Sin- de Amaral é um dos membros da Comissão
dicato. Campos, maior defensor do associativis- Especial do PL n.º 3.139/2015. Ele afirmou
mo de benefícios mútuos na Câmara, recebeu a que conversaria com o deputado e demais
outorga das mãos da delegada Viviane da Rosa, membros do partido sobre a licitude do se-
presidente do Sindepol. tor e conseguiria mais apoiadores à causa.

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 55


Rede Globo na Bahia assume
equívoco ao criminalizar
associação e divulga nota de
repúdio da AAAPV
No dia 25 de abril de 2018, quase duas
semanas após divulgar uma reportagem Associações do Rio de Janeiro e
acusando uma associação filiada à AA- AAAPV traçam estratégias para
APV, a Rede Globo na Bahia acatou um solucionar crise de imagem no estado
pedido da Justiça, assumiu o equívoco ao
culpabilizar a mútua e leu uma nota de re- Mais notícias classificando as associações e
púdio feita pela associação em parceria cooperativas proteção veicular e patrimonial
com a Agência. O feito foi uma conquista no Rio de Janeiro (RJ) como criminosas sur-
dos advogados Renato Assis e Ananda Nu- giam à época. Por isso, diversas mútuas do
nes. Eles estiveram na Polícia Federal do RJ filiadas à AAAPV se reuniram em Brasília
estado nos dias anteriores com o presi- com o presidente, Raul Canal, para apresen-
dente da mútua que foi lesada. tar estratégias que pudessem solucionar a
crise de imagem no estado.

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09/04/18 27/04/18 28/04/18 16/05/18

44 46

Rede Globo veicula reportagem


sobre recusa das seguradoras no Deputado Cleber Verde, membro
Rio após nota da AAAPV da Comissão Especial do PL n.º
Em resposta à nota enviada pela AAAPV para jor- 5.571/2016, garante apoio
nais da Rede Globo e outros veículos de comuni- ao associativismo
cação, o Bom Dia Brasil veiculou uma reportagem
sobre a recusa das seguradoras em fazer apólices Nome confirmado para compor a Comis-
em bairros considerados “mais violentos” no Rio de são Especial do PL n.º 5.571/2016, o de-
Janeiro. A matéria da repórter Marina Araújo citava putado Cleber Verde (PRB/MA) esteve na
o roubo de 10.078 carros nos meses de janeiro e gravação do Programa Pampa e Cerrado
e garantiu que irá apoiar o associativis-
fevereiro, o que representava uma alta de 18% em
mo de benefícios mútuos. Juntamente,
relação ao mesmo período no ano anterior. O pre-
também esteve o então pré-candidato a
sidente da AAAPV, Raul Canal, esteve em contato
governador do Distrito Federal, o presi-
com a direção regional de jornalismo da emissora,
dente do PRB/DF Wanderley Tavares.
forneceu dados e sugeriu a reportagem.

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Sóstenes Cavalcante, presidente
do Sindicato dos Cartórios do RJ, e
associações se reúnem em encontro
promovido pela AAAPV

O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM/RJ)


se reuniu com o presidente do Sindicato
dos Cartórios, o oficial substituto do Car-
tório de RCPJ Jalber Lira Buannafina, o ti-
André Amaral Filho promete
tular Rodolfo Pinheiro de Moraes e diversas
articulação para inviabilizar
associações em um encontro promovido
PLP n.º 3.139/2015
pela AAAPV na capital carioca. Estiveram
Nos bastidores do Programa Pampa e Cer- presentes diretores da AssoRio, Facility,
rado, gravado no dia 29 de maio, o deputa- PrevCar Auto, Pactual e Sempre Supra. Eles
do André Amaral Filho (PROS/PB) prome- explicaram a diferença entre uma segurado-
teu ao presidente da AAAPV, Dr. Raul Canal, ra e uma associação de benefícios mútuos e
que iria articular com outros parlamenta- pediram que os cartórios do Rio de Janeiro
res para inviabilizar o PLP n.º 3.139/2015, tivessem mais imparcialidade na apreciação
do deputado Lucas Vergílio (SD/GO), antes de tais documentos. O parlamentar esteve
que ele chegasse ao Plenário. o tempo todo ao lado dos representantes e
pediu apoio ao movimento.

48 50

31/05/18 08/06/18 11/06/18 13/06/18

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Deputado Leonardo
Quintão recebe mais de Duas instituições são notificadas pela AAAPV
30 associações em evento após publicarem notícias tendenciosas sobre
promovido pela AAAPV criminalização das mútuas
O deputado federal Leonardo Com o intuito de inibir a propagação de notícias ten-
Quintão recebeu mais de 30 as- denciosas, o Departamento Jurídico da AAAPV enca-
sociações de benefícios mútuos minhou Interpelações Admonitórias Extrajudiciais ao
e prestadoras de serviço em Belo SINCOR/GO e à Seguradora Suhai. No começo do mês
Horizonte (MG). O evento, orga- de junho daquele ano, as instituições veicularam infor-
nizado pela AAAPV em parceria mações equivocadas sobre a tramitação do então PL
com a assessoria do parlamentar n.º 3.139/2015, agora PLP n.º 519/2018. O SINCOR/
mineiro, discutiu a tramitação do GO, no Instagram, afirmou que a proposição havia sido
PLP n.º 3.139/2015 e as perdas aprovada e que as mútuas poderiam “comercializar ape-
com a leitura do relatório substi- nas ‘proteção’ contra riscos patrimoniais, sendo impedi-
tutivo no mês anterior. das de atuar no ramo de pessoas”.

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 57


Primeira reunião regional em TV Band e Band News FM
Minas Gerais alinha conduta veiculam propaganda sobre
entre associações filiadas legalidade da proteção veicular

O serviço prestado pelas mútuas filiadas Em junho de 2018, teve início a veicu-
à AAAPV foi reconhecido em Minas Ge- lação de uma campanha sobre a lega-
rais como o de melhor qualidade e com lidade das associações e cooperativas
maior índice de confiabilidade. Visando, de proteção veicular no Rio de Janeiro
porém, ao aprimoramento das relações e em outros três estados. A ação foi pro-
com os associados, as entidades se reu- movida entre a AAAPV e 13 mútuas do
niram em um encontro promovido pela Rio. As propagandas eram transmitidas
Agência para alinhar a conduta e evitar diariamente na TV Band e na Band News
eventuais problemas. Cerca de 30 pesso- local, principalmente nos intervalos de
as, representando 18 mútuas, participa- programas apresentados pelo jornalista
ram do evento, realizado na sede de uma Ricardo Boechat. O objetivo era mitigar
filiada em Belo Horizonte (MG). Ações as atrocidades divulgadas pela mídia
prejudiciais de consultores, metodologia nos meses anteriores, que tendenciosa-
de vistoria, cobertura de terceiro e ava- mente ligavam as associações de benefí-
cios mútuos a organizações criminosas
liações de prestadores foram alguns dos
de roubo e “sequestro” de automóveis.
temas abordados.

52 54

20/06/18 21/06/18 22/06/18

53

Ministro do STJ entende, em relatório, que associações


não competem deslealmente com seguradoras
A 2ª turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou, pela primeira vez, um
recurso especial sobre proteção veicular em Brasília (DF). O cenário foi majori-
tariamente positivo para as associações de proteção veicular e patrimonial do
Brasil, já que os ministros reconheceram a diferença entre as mútuas e as se-
guradoras e ressaltaram a importância da existência das entidades. O ministro
Geraldo Og Fernandes, relator do REsp n.º 1.616.359/RJ, julgou improcedente
o recurso da CNseg, por entender que as associações não concorrem de forma
desleal com as seguradoras e reconheceu o conteúdo da 3ª Jornada da Justiça
Federal, que tratou da existência e legalidade de grupos restritos de ajuda mútua
e a não configuração dessas entidades como seguradoras.

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Reunião com associações de Sergipe
e Alagoas discute medidas judiciais
contra emissora de televisão

Novas parcerias e resultados A crise de imagem vivida pelas mútuas de


do primeiro semestre são foco Sergipe e Alagoas, após a veiculação de uma
da 2ª Assembleia Geral reportagem tendenciosa pela Rede Globo,
foi contornada pelo Departamento Jurídico
A expansão da AAAPV foi visível na 2ª da AAAPV. Mútuas dos estados participaram
Assembleia Geral, realizada durante o de uma reunião promovida pela Agência,
dia 28 de junho no San Marco Hotel, que informou os passos tomados para con-
em Brasília (DF). Cerca de 170 pessoas ter a repercussão negativa. O encontro, que
que estavam presentes, representando teve grande apoio do diretor Rômulo Ma-
75 mútuas, puderam presenciar também chado, aconteceu no Hotel NB, em Aracaju
a extensão dos benefícios e resultados (SE). Compareceram aproximadamente 20
para as associações filiadas. mútuas, que puderam debater medidas com
o presidente da AAAPV, Raul Canal.

55 57

28/06/18 27/07/18 07/08/18 11/08/18

56 58

Rede Globo de Sergipe e Sincor/SE são Almoço entre amigos, na


notificados após veiculação de notícia Bahia, homenageia deputado
falsa sobre proteção veicular Daniel Almeida
Uma notícia falsa e tendenciosa sobre proteção vei- O almoço entre amigos, promovido
cular, divulgada pela Rede Globo de Sergipe, gerou por associações do estado da Bahia,
indignação entre o setor mutualista de todo o País. filiadas à AAAPV, homenageou o de-
Prontamente, a AAAPV enviou os procuradores-ge- putado Daniel Almeida (PCdoB/BA),
rais Renato Assis e Ricardo Saldanha e o advoga- aclamado como representante das
do Marco Vieira ao estado para se reunirem com mútuas na região nordeste. A con-
as associações do estado e informar sobre as me- fraternização, em agradecimento ao
didas judiciais tomadas. Tanto a emissora como o deputado pela luta dentro do Con-
Sincor/SE foram notificados extrajudicialmente gresso Nacional, aconteceu no Clube
para que fosse concedido um direito de resposta Tea em Lauro de Freitas (BA). Mais de
proporcional, bem como determinada a interrupção uma tonelada de costela foi assada
da propagação de notícias caluniosas sobre o setor. no estilo gaúcho (fogo de chão).

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 59


FABESC traz novas filiadas para
a AAAPV em Santa Catarina
Centro de Convenções Risoleta A FABESC, responsável pela articulação
Neves, em Vespasiano, recebe política em favor das mútuas no esta-
almoço entre amigos do, trouxe novas filiadas também para a
de Minas Gerais AAAPV. Os líderes da Federação realiza-
O almoço entre amigos de Minas Gerais ram um evento em Tubarão (SC) e entre-
foi promovido por associações de prote- garam certificados para nove associações
ção veicular filiadas à AAAPV. A festa, que de proteção veicular e patrimonial, que
reuniu aproximadamente mil pessoas, foi passavam a fazer parte da maior agên-
realizada no Centro de Convenções Riso- cia de autorregulamentação do segmento
leta Neves, em Vespasiano (MG), e homena- no País. O encontro foi organizado pelo
geou o deputado federal Leonardo Quin- presidente da entidade, Dr. Delton, e pela
tão (MDB/MG), reconhecido pelo excelente advogada da FABESC e procuradora-re-
desempenho em favor das mútuas na Câ- gional da AAAPV em Santa Catarina, Dra.
mara dos Deputados. Patrícia Müller.

60 62

13/08/18 18/08/18 22/08/18 1º/09/18

59 61

Novas funcionalidades e tecnologias Mais de 90% dos casos levados


são apresentadas em reunião à Ouvidoria da AAAPV são
ordinária da diretoria solucionados em até 10 dias
Em reunião ordinária da diretoria, realizada Em funcionamento desde o final de outubro
no San Marco Hotel, em Brasília (DF), diversas de 2017, a Ouvidoria da AAAPV já havia re-
propostas de desenvolvimento foram apresen- cebido dezenas de casos e apresentava um
tadas. Dentre os itens exibidos, destacou-se o número extremamente positivo: mais de 90%
Fundo Garantidor de Proteção Patrimonial e foram resolvidos com a mediação da Agência,
Veicular (FGPV), apresentado pelo diretor Au- sem precisar de apoio judicial. Os proble-
rélio Brandão. O Fundo tinha a finalidade de mas relatados chegam por telefone, e-mail e
prestar garantia de créditos para as instituições website da entidade representativa. O meca-
participantes em casos de decretação de inter- nismo sempre foi visto pelo setor não apenas
venção, liquidação ou falência ou, ainda, em si- como uma vitória para o consumidor, mas
tuação de insolvência. também para as mútuas.

60
Autoridades se reúnem para
discutir medidas contra ações
Termina a participação da movidas pela Susep
AAAPV na FENAPROVE
As ações civis públicas movidas pela Susep
A AAAPV encerrava sua participação na contra as mútuas foram o centro das discus-
FENAPROVE 2018, considerado o maior sões entre o presidente da AAAPV, o diretor
evento do setor de benefícios mútuos já de relações parlamentares José Eduardo e
realizado no País. Além do estande, a Fei- diversas autoridades que estiveram na sede
ra, realizada no Actuall Convention, em da Agência. O ex-presidente e o assessor par-
Contagem (MG), contou também com pa- lamentar da AMB (Associação dos Magistra-
lestras do presidente da AAAPV, Raul Ca- dos Brasileiros), Henrique Nelson Calandra e
nal, e do procurador-geral, Renato Assis. Luís Fernando Pimentel, respectivamente, o
O intuito do encontro, que teve início no ex-assessor do procurador-geral da Repúbli-
dia 11 de setembro, era promover con- ca Geraldo Brindeiro, José Alexandre Morais,
tatos produtivos entre as associações e o decano da advocacia da capital da Repúbli-
os fornecedores de tecnologia, produtos ca, Celso D’Ávilla, e o advogado Vitor Bezerra
e soluções. participaram da reunião.

63 65

13/09/18 23/09/18 27/09/18 09/10/18

64 66

Associação de Alagoas
arrecada mais de Presidência discute implementação
1 tonelada de alimentos de TAC com ministro e procurador-
em almoço entre amigos geral da República
Mais uma edição do Churrasco entre A implementação do TAC (Termo de Ajusta-
Amigos, unindo o associativismo de be- mento de Conduta) por parte das mútuas foi
nefícios mútuos e a preocupação com discutida entre o presidente da AAAPV, Raul
o bem-estar social, arrecadou mais de 1 Canal, o ministro Fabio Medina Osório e o
tonelada de alimentos não perecíveis. As procurador-regional da República na 1ª Re-
doações foram encaminhadas para insti- gião e representante da 3ª Câmara do MPF,
tuições de caridade do estado. Cerca de Luís Augusto Santos Lima. A reunião aconte-
1.300 pessoas estiveram no evento, que ceu na sede do órgão, em Brasília (DF).
discutiu ações para fortalecimento do
Terceiro Setor.

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 61


MPF pede arquivamento de
processos contra associações
de proteção veicular em
Santa Catarina Estudo sobre setor mutualista,
elaborado pela AAAPV, é
Três processos contra associações de encaminhado ao presidente
proteção veicular, que tramitavam na eleito Jair Bolsonaro
Justiça Federal de Santa Catarina, foram
arquivados em outubro. Uma juíza fede- Um estudo que tratava do setor mutua-
ral acatou o parecer do MPF, que alegou lista no Brasil, elaborado pela AAAPV, foi
que não se poderia aceitar a existência do encaminhado ao presidente da Repúbli-
monopólio das companhias seguradoras ca eleito, Jair Messias Bolsonaro. A carta
e das entidades fiscalizadas pela Susep. A tinha o objetivo de conscientizar o então
juíza afirmou que o setor é uma alternati- futuro presidente sobre a necessidade
va viável aos cidadãos que pretendem se de regulamentação do setor mutualis-
ajudar mutuamente, ressaltando o direito ta brasileiro em virtude dos benefícios
de associação. sociais e econômicos oferecidos por ele.

69 69

19/10/18 07/11/18 09/11/18 12/11/18

67 68

Mútuas do Rio de Janeiro se reúnem Lançamento da obra Compliance no


para discutir melhorias para o setor Terceiro Setor tem a presença da AAAPV
Pelo menos 25 associações e cooperativas de A AAAPV esteve presente no lançamento da obra
proteção veicular e patrimonial, representa- “Compliance no Terceiro Setor – Controle e Inte-
das por mais de 50 pessoas, estiveram no Ho- gridade nas Organizações da Sociedade Civil”, dos
tel Royalty Barra (RJ). Juntamente, os gestores autores Airton Grazzioli e José Eduardo Sabo Paes.
discutiram melhorias para o setor mutualista O evento aconteceu na sede da LBV em Brasília
do Rio de Janeiro, que, à época, passava por (DF). A obra trazia uma visão moderna do que se
uma crise de imagem em virtude de uma li- entende por compliance nas entidades privadas de
gação tendenciosa e equivocada com o crime interesse social e debatia as questões fundamen-
organizado. Durante o período da manhã, a tais para as Organizações da Sociedade Civil – um
diretoria da AAAPV se reuniu, no mesmo lo- material que se mostrou de extrema relevância
cal, para tratar de pautas como o desempe- para pesquisa e consulta a todos que viviam o dia
nho financeiro da Agência, demandas da ou- a dia do Terceiro Setor e que buscavam exercer as
vidoria e modelo de captação de associados atividades de forma mais eficiente, de acordo com
das filiadas, entre outras. a legalidade e com os procedimentos essenciais.
62
Portal Gazeta Web e Sincor/AL
são notificados pela AAAPV após
divulgar notícia tendenciosa AAAPV recebe certificação NBR ISO
contra proteção veicular 9001:2015 em Assembleia Geral
O portal GazetaWeb publicou, no dia A AAAPV recebeu a norma de padronização
11 de novembro de 2018, uma notícia NBR ISO 9001:2015, baseada no sistema de
tendenciosa sobre o setor de benefícios gestão de qualidade (SGQ), reconhecida in-
mútuos, com o título: “Pirata: proteção ternacionalmente. O certificado foi entregue
veicular sem garantias aumenta risco na Assembleia Geral da AAAPV. A NBR ISO
de prejuízos a condutores”. Por conta 9001:2015 é a comprovação de que a orga-
da reportagem, a AAAPV notificou o ve- nização é capaz de fornecer produtos e ser-
ículo de comunicação e o Sindicato dos viços que atendem as necessidades dos clien-
Corretores de Seguro de Alagoas tes, dentro da legalidade e dos regulamentos
(Sincor/AL), solicitando a retirada do aplicáveis, sempre aumentando a satisfação
conteúdo e a publicação de uma nota de do associado por meio de melhorias de pro-
repúdio e esclarecimento. cesso e avaliação da conformidade.

70 72

20/11/18 21/11/18 12/12/18 19/12/18

71 73

NBR ISO 9001:2015, novo Congresso


Preparo de cooperativas e mútuas Nacional, FGPV e pós-graduação
para o futuro é o foco da 26ª são pautas da 3ª Assembleia
conferência da ICMIF, que Geral da AAAPV
teve presença da AAAPV
Em busca de regulamentação e melhorias do
A 26ª Biennial Conference of the International serviço, a 3ª Assembleia Geral da AAAPV con-
Federation of Mutual and Cooperative Insuran- tou com a presença de mais de 150 pessoas. O
ce, promovida pela ICMIF, teve início no dia 21 evento aconteceu no Hotel Royal Tulip, em Bra-
de novembro de 2018. Uma comitiva da AAAPV sília (DF), e teve mais de 10 palestras. Um dos
esteve no local em busca de modelos de regu- assuntos mais abordados foi a regulamentação
lações do mercado latino-americano para im- do setor. O Brasil teve, na última eleição, a maior
plementar no Brasil. A agência foi representada renovação governamental desde 1980. Esse foi
pelo presidente Raul Canal, pelo 2º vice-presi- um ponto benéfico para o associativismo, já que
dente Aurélio Brandão e pelos procuradores- a maior parte dos novos parlamentares tinha co-
-gerais Renato Assis e Ricardo Saldanha. nhecimento dos benefícios do setor mutualista.

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 63


Assembleia Geral
aprova estatuto do
Fundo Garantidor de
Riscos Sistêmicos
Bloco de carnaval sobre
proteção veicular tem O dia 21 de março foi considerado histórico para o
patrocínio da AAAPV movimento mutualista no Brasil. E como histórica tam-
No Carnaval de 2019, as asso- bém pode ser definida a Assembleia Geral de institui-
ciações de proteção veicular e ção do FGRS, realizada pela AAAPV, em Brasília (DF).
patrimonial e empresas de au- Mais de 200 pessoas, representando 85 associações
topeças foram homenageadas de proteção veicular e patrimonial, lotaram o auditó-
em Salvador. O bloco de samba rio do Hotel Kubitschek Plaza. O Estatuto do FGRS, que
“Com todo gás”, contando com tinha por finalidade principal a proteção econômica
o patrocínio da AAAPV, saiu dos associados de filiadas à Agência, foi aprovado por
do Garcia (BA) e percorreu o unanimidade. Ele foi registrado em cartório e a arre-
tradicional circuito do carna- cadação teve início nos 60 dias posteriores à assem-
val de Salvador. A escolha do bleia de junho, valendo para entidades que estivessem
tema, segundo os organiza- em dia com suas contribuições mensais e que sofriam
dores, ocorreu em função da processo de insolvência, intervenção judicial ou inter-
notoriedade do segmento no dição administrativa, de acordo com as condições e até
estado. os limites estabelecidos no Regulamento.

75 77

28/01/19 07/02/19 26/02/19 21/03/19

74 76

Associações e cooperativas Procuradoria jurídica e diretoria


filiadas se unem para ajudar de expansão criam projeto
Brumadinho (MG) “AAAPV itinerante”
Desde o anúncio da tragédia em Bruma- Os procuradores-gerais da AAAPV Renato Assis e
dinho (MG), 18 associações e coopera- Ricardo Saldanha e os diretores de expansão Edison
tivas de todo o Brasil filiadas à AAAPV Carvalho e Rômulo Machado realizaram uma reu-
trabalharam em conjunto para arrecadar nião no dia 25 de fevereiro, em Belo Horizonte (MG),
dinheiro para a compra de itens neces- na qual foi criado o projeto “AAAPV Itinerante”, que
sários para o município. Mesmo com a tinha como objetivo principal a promoção da Agên-
sinalização da Defesa Civil de Minas Ge- cia. A proposta trazia, em seu escopo, reuniões men-
rais de que algumas doações já eram su- sais em diversas cidades, nas quais seriam levados
ficientes, o primeiro vice-presidente da conteúdos institucionais e jurídicos, apresentando o
AAAPV Cleiton Campos efetuou a com- FGRS e os projetos de lei em tramitação no Congres-
pra dos mantimentos necessários com os so Nacional, tanto para as entidades já filiadas quan-
R$ 19.200,00 arrecadados. to para as que ainda não conhecessem a instituição.

64
Sincor/ES é acusado de
difamar associações e juiz se
posiciona a favor das mútuas
AAAPV apoia o movimento
No Espírito Santo, três mútuas fi- internacional Maio Amarelo
liadas à AAAPV abriram uma ação
contra o Sincor/ES (Sindicato dos A campanha Maio Amarelo, que promoveria,
Corretores de Seguros e de Empre- durante todo o mês de maio, diversas ações
sas Corretoras de Seguros no Estado para conscientizar sobre segurança no trân-
do Espírito Santo) após a veiculação sito e redução de mortes, teve início no dia
de uma notícia falsa envolvendo o 1º de maio de 2019. A AAAPV foi uma das
nome das instituições. A publicação entidades que apoiou o movimento presente
afirmava que elas eram “seguradoras em mais de 27 países e que busca mobilizar
piratas” e que “sentenças proferidas a sociedade civil, autoridades e órgãos go-
pela Justiça determinaram o encerra- vernamentais, mantendo um maior diálogo
mento das atividades”, manchando a com a população, com o intuito de propagar
imagem das entidades. conhecimento e incentivar um trânsito mais
seguro no Brasil.

78 80

02/04/19 15/04/19 02/05/19 08/05/19

79 81

Campanha de doação da AAAPV para Ministro Sergio Moro recebe presidente


vítimas das chuvas do Rio de Janeiro da AAAPV e deputado João Campos
arrecada 18 toneladas de alimentos
O então Ministro da Justiça e Segurança Pú-
A Campanha de doação da AAAPV para ví- blica do Brasil, Sergio Moro, recebeu, na noi-
timas das chuvas do Rio de Janeiro, por in- te do dia 7 de maio, o presidente da AAAPV,
termédio das associações e cooperativas de Raul Canal, e o deputado federal, João Campos
mutualismo do Brasil afiliadas a entidade, (PRB/GO), no Ministério da Justiça. A criação
arrecadou 18 toneladas de alimentos, água do Fundo Garantidor contra Riscos Sistêmicos
mineral, roupas e produtos de higiene pes- (FGRS) também entrou em pauta. Moro ficou
soal. Todo material foi entregue por repre- surpreso e satisfeito com a criação do Fundo
sentantes de associações de proteção veicu- e disse que a AAAPV deveria se alinhar com a
lar do Rio de Janeiro com a ajuda do pastor Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon),
Kleber Lucas e 50 voluntários a cerca de 700 a fim de construir estratégias que preservassem
famílias da Cidade de Deus, em Jacarepaguá. a segurança do consumidor.

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 65


66
Em abril de 2019, membros da AAAPV se
reuniram para mais uma Assembleia Geral

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 67


Associação de proteção veicular
conquista vitória na Justiça
contra Ministério Público do
Estado do Paraná Turma da pós-graduação em
Direito da Regulação inicia
O Ministério Público do Estado do Pa- aulas em Brasília
raná ajuizou uma ação coletiva de con- As aulas da primeira turma da pós-gra-
sumo contra uma associação de prote- duação em Direito da Regulação, curso
ção veicular filiada à AAAPV, alegando oferecido pela AAAPV em parceria com a
que a entidade estava colocando em ris- UCA, tiveram início em maio de 2019. A
co os consumidores por suposta venda primeira aula foi ministrada pelo Dr. Fa-
de seguro sem autorização da Susep. O biano Jantalia, professor e coordenador
juiz de primeira instância determinou, à acadêmico do curso. O tema da aula foi
época, imediata suspensão das ativida- Direito Constitucional Econômico. Nos
des da associação, não sendo possível 18 meses seguintes, os alunos também
cadastrar novos associados, receber tiveram aulas de disciplinas como Aná-
contribuições e pagar indenizações, en- lise Econômica do Direito, Governança
tre outras medidas. Regulatória, Regulação e Defesa do Con-
sumidor, Análise de Impacto Regulatório
e Direito do Terceiro Setor.

82 84

14/05/19 17/05/19 20/05/19

83

Presidente do FGRS e procuradores-gerais da AAAPV


participam do Congresso Internacional de Compliance
O 7º Congresso Internacional de Compliance aconteceu na Villa Blue Tree, em
São Paulo (SP). O evento, considerado o maior do setor na América Latina, contou
com a presença do presidente do conselho curador do FGRS, Leandro Ribeiro, do
membro do conselho curador do FGRS, Aurélio Brandão, e dos dois procurado-
res-gerais da AAAPV, Renato Assis e Ricardo Saldanha. O Congresso teve diversos
palestrantes nacionais e internacionais, workshops, apresentações teatrais, entre-
vistas e exposições dos mais diversos temas: como criar uma cultura ética e evitar
fraudes, estudos de casos recentes da Lava Jato, combate a corrupção e modelo
ideal de governança de acordo com as diretrizes de compliance, entre outros.

68
Secretário de Cultura do DF
recebe presidente da AAAPV
para aprovação de pautas
Em um encontro amistoso, realizado no
dia 21 de maio de 2019, na Biblioteca Zico assina contrato de publicidade
Nacional, o Secretário de Cultura do DF, institucional com a AAAPV
Adão Cândido, discutiu com o presiden-
te da AAAPV e da ALACH, Raul Canal, O contrato, que firmava o ex-jogador Zico
diversas pautas relacionadas à cultura como garoto propaganda da campanha ins-
do Distrito Federal. Também participa- titucional da AAAPV sobre a legalidade e ido-
ram da reunião o vice-presidente da neidade das associações de proteção veicular
ALACH, Paulo Roberto de Castro, o se- e patrimonial brasileiras, foi assinado no dia
cretário geral, Carlos Araújo de Souza, e 10 de junho de 2019. Zico, à época, era o dé-
a diretora de eventos, Waynne Costa. A cimo brasileiro mais conhecido no mundo,
ideia, segundo Canal, era somar forças segundo o Pantheon, projeto elaborado pelo
para acelerar trabalhos como a revita- Instituto de Tecnologia de Massaschussets
lização do Teatro Nacional, fechado há (MIT). O criterioso estudo mostrava o então
pelo menos cinco anos naquela época, treinador na frente de figuras notórias como
e criar uma agenda de eventos culturais Ayrton Senna (11º lugar), Caetano Veloso
e científicos. (16º lugar) e Santos Dumont (23º lugar).

85 87

22/05/19 30/05/19 11/06/19 19/06/19

86 88

Fenart fecha acordo de parceria


mútua com a AAAPV em Brasília Simpósio Mutualismo na Proteção
Patrimonial trata sobre legalidade
A diretoria da Fenart esteve presente, no dia 29
das associações na Câmara
de maio de 2019, na sede da AAAPV, em Brasília,
dos Deputados
para fechar um acordo de parceria mútua. Des-
de então, as duas entidades trabalham juntas pela Promovido pelo deputado João Campos
regulamentação do setor mutualista na Câmara (PRB/GO), foi realizado o Seminário Mutua-
dos Deputados e em todo o Brasil. Conversaram lismo na Proteção Patrimonial no auditório
com o presidente da AAAPV, Raul Canal, o presi- Nereu Ramos da Câmara dos Deputados. O
dente da Fenart, José Alfredo, o vice-presidente, evento, que teve participação da AAAPV, con-
Leandro Francisco Pusebom, o conselheiro fis- figurou-se em um grande debate sobre as
cal, Gustavo Ponartti, e o diretor administrativo associações de proteção do País e recebeu
da Segtruck, Dalmo Ferrari. A Federação, criada diversas autoridades. O auditório estava lo-
em março de 2019, tinha, à época, 12 associações tado, contando com a presença de entidades
filiadas e representava quase 30 mil caminhões. de todo o Brasil.

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 69


AAAPV itinerante realiza
encontro em São Paulo
Mais uma edição do projeto AAAPV Itine- Lançamento da Frente
rante aconteceu no dia 18 de julho de 2019. Parlamentar da Juventude tem
O encontro foi realizado no Mercure Gua- presença e apoio da AAAPV
rulhos Aeroporto Hotel (SP) e contou com a
presença de 28 representantes de associa- Com o objetivo de acompanhar, analisar
ções de benefícios mútuos. O presidente da e divulgar as políticas públicas para a
AAAPV, Raul Canal, os diretores de expan- juventude, foi instaurada a Frente Par-
são Edson Carvalho e Rômulo Machado e lamentar da Juventude (FPJovem) no Se-
o procurador-geral Renato Assis apresen- nado Federal. A AAAPV participou ativa-
taram o trabalho da agência, realizado nos mente do evento e patrocinou o café da
últimos três anos. Walter Filho, membro do manhã e o almoço para os jovens uni-
Conselho Fiscal, representou o FGRS. versitários presentes.

90 92

02/07/19 22/07/19 22/07/19 13/09/19

89 91

Campanha “Proteção Veicular Associação filiada é acusada de


é Legal”, com o ex-jogador Zico, comercializar seguros e processo
começa a ser veiculada em Brasília é arquivado pelo MPF
A divulgação da campanha “Proteção Veicu- Uma associação afiliada à AAAPV passou por
lar é Legal”, promovida pela AAAPV, cujo ga- inquérito policial, instaurado para apurar a
roto-propaganda era o ex-jogador Zico, teve prática, em tese, do crime previsto no art. 16,
início no dia 2 de julho de 2019. A ideia era da Lei n.º 7.429/1986, por suposta comerciali-
conscientizar os parlamentares e a popula- zação de “seguros” sem autorização da Susep.
ção sobre a legalidade e a idoneidade das as- Nesse caso, o MPF concluiu que a associação
sociações de proteção veicular e patrimonial não se enquadra no conceito de instituição fi-
brasileiras. Oito painéis digitais que ficavam nanceira, não existindo a mencionada “prática
na rota do aeroporto, em Brasília (DF), além criminosa”, ou seja, não há proibição expressa
de um outdoor, veiculavam as imagens do para que a entidade deixe de atuar na área de
projeto. proteção de veículos.

70
Parte interna do Aeroporto
Internacional de Brasília fica
repleta de painéis com Conferência Bienal da ICMIF discute
a campanha “Proteção o futuro do mutualismo
Veicular é Legal” Mais uma vez o mutualismo entrou em dis-
cussão na Biennial Conference da ICMIF, só
De ponta a ponta, a campanha “Pro-
que desta vez como tema central. O Brasil foi
teção Veicular é Legal”, estrelada pelo
representado por apenas dois delegados, que
craque Zico, ganhou os corredores
são membros da AAAPV: o presidente, Raul
do Aeroporto Internacional de Brasí-
Canal, e o procurador-geral, Renato Assis. O
lia Presidente Juscelino Kubitschek. A
evento aconteceu dos dias 11 a 15 de novem-
iniciativa da AAAPV teve a intenção de
bro de 2019, em Auckland, Nova Zelândia.
conscientizar a população a respeito da
Foram, no total, 316 delegados de 37 países,
legalidade e da idoneidade das associa-
que discutiram, entre outros assuntos, a ino-
ções de proteção veicular e patrimonial
vação tecnológica, as mudanças climáticas,
brasileiras. Os pontos foram estrategi-
os riscos cibernéticos e o desenvolvimento
camente escolhidos: o primeiro, digital,
sustentável das comunidades, temas que im-
ficava na entrada do aeroporto, próxi-
pactavam diretamente o mercado mutualista
mo aos estandes de check-in e ao local
universal.
de conferência do bilhete de embarque.

93 95

25/10/19 28/10/19 13/11/19 19/11/19

94 96

Almoço com Parlamentares, promovido Painéis em jogos do Brasileirão


pela AAAPV, reúne deputados e proporcionam repercussão
senadores em Brasília positiva para a campanha
“Proteção Veicular é Legal”
Uma das ações da campanha “Proteção Veicular é Legal”,
estrelada pelo craque Zico, foi o “Almoço com Parlamen- As partidas válidas pelo Campeonato
tares”. Semanalmente, deputados e senadores de diversas Brasileiro de 2019 entre Grêmio x Fla-
bancadas participavam de um encontro promovido pela mengo e Corinthians x Internacional,
AAAPV no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Jayme Ca- exibidas em rede nacional, deram maior
etano Braun em Brasília (DF). Deputados federais, como amplitude para a campanha “Proteção
João Campos (REP/GO), Giovani Cherini (PL/RS), Carlos Veicular é Legal”, estrelada pelo craque
Gomes (REP/RS) e Santini (PTB/RS); além dos senadores Zico. Isso porque a AAAPV contratou
Irajá (PSD/TO) e Soraya Thronicke (PSL/MS), foram parla- painéis de LED e fixos que ficavam em
mentares que estiveram nos eventos. Outras autoridades, campo, além do fato de os jogos terem
como o presidente da OAB/DF, Délio Lins, e o secretário de sido transmitidos tanto pela Rede Glo-
Cultura do DF, Adão Cândido, também marcaram presença. bo quanto pelo canal pago Premiere.

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 71


72
Mais de 150 pessoas participaram de assembleia no
hotel Royal Tulip Brasília Alvorada, na capital federal

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 73


Susep abre processo
administrativo contra associação
filiada e caso é arquivado pelo
Ministério Público
Uma associação de proteção veicular de
Em Assembleia Geral, diretoria Santa Catarina filiada à AAAPV foi acu-
apresenta panorama motivador sada de oferecer “seguro de veículos”
para 2020 sem autorização da Susep. Após defe-
sa, foi comprovada a licitude do servi-
Durante a Assembleia Geral da AAAPV, ço oferecido pela entidade e o procedi-
mais de 200 representantes de associações mento administrativo foi arquivado pela
filiadas à Agência tiveram acesso a um pa- 1ª Vara Federal de Criciúma (SC). Após
norama motivador do mercado. Após as análise da defesa da mútua, realizada
conquistas da Agência relativas aos últi- pelo escritório de advocacia da procura-
mos meses de 2019, a expectativa era de dora-regional da AAAPV, Patrícia Müller,
que o ano de 2020 seria ainda melhor para o juiz concluiu que, de fato, a entidade
o associativismo de proteção veicular e era uma associação sem fins lucrativos
patrimonial no Brasil. A notoriedade que a e que a atividade oferecida não consti-
campanha com o craque Zico deu ao seg- tuía seguro, mas, sim, ajuda mútua reali-
mento também foi evidenciada. zada entre associados.

93 95

03/12/19 05/12/19 04/02/20 07/02/20

92 94

Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Mais de 300 para-brisas são trocados
Deputados, recebe deputados e autoridades por associação após chuvas de
em simpósio promovido pela AAAPV granizo no Rio de Janeiro
Realizado pela AAAPV em parceria com o deputado Diversas regiões da Baixada Fluminense e da
João Campos (REP/GO), o Simpósio Legislativo “A Região Serrana do estado do Rio de Janeiro
liberdade econômica e os novos paradigmas para o foram atingidas por chuva forte e granizo
mercado segurador” reuniu importantes expositores. no dia 25 de outubro de 2019. Na ocasião,
Juntos, eles trouxeram uma nova visão de futuro para internautas relataram a intensidade do tem-
os mais de 150 representantes de mútuas presentes. poral e divulgaram imagens que mostravam
O evento aconteceu no dia 3 de dezembro de 2019 a situação crítica no Rio, com diversos esta-
no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados. belecimentos destruídos e centenas de vidros
Com o tema “O socorro mútuo e seus avanços”, o quebrados pelas pedras de gelo. À época, uma
procurador-geral da Agência, Renato Assis, explicou associação filiada à AAAPV divulgou um rela-
tório, no qual contavam 616 chamados aber-
um pouco da história do mutualismo e o motivo des-
tos por causa desse fenômeno da natureza e
se setor ter voltado ao mercado.
351 para-brisas trocados.
74
Presidente da AAAPV se
reúne com mútuas do RJ em
teleconferência para melhorias
no setor mutualista do estado Dificuldades enfrentadas por
associações de SC em meio à
O presidente da AAAPV, Raul Canal, pandemia são discutidas em reunião
realizou uma teleconferência com 18 com a presidência e a diretoria
mútuas do Rio de Janeiro. A conversa,
que durou 90 minutos, levantou uma Em continuidade com as reuniões online, o
discussão sobre os problemas enfren- presidente da AAAPV promoveu um encontro
tados àquela época pelas associações virtual com representantes de 22 associações
sediadas no estado. As mútuas sofriam de proteção veicular de Santa Catarina filia-
com concorrência desleal, mercantilis- das à Agência no dia 8 de abril de 2020. A
mo e uma prática canibalista por par- conversa, que durou 90 minutos, tratou de
te de algumas entidades que não eram questões como inadimplência – que, em al-
filiadas à AAAPV. O presidente apre- gumas mútuas, supera os 30% –, redução do
sentou sugestões e se comprometeu a fluxo de caixa, “congelamento de novas ade-
adotar algumas providências previa- sões”, dificuldades com fornecedores de pe-
mente combinadas com os represen- ças e serviços e outros provedores externos
tantes das mútuas que participaram da por causa da pandemia que assolava o País
teleconferência. à época.

96 98

1º/04/20 09/04/19 10/04/20 08/06/20

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Pandemia: filiadas de Vitória da Conquista (BA) Participação da AAAPV em


doam cestas básicas para comunidade carente processo favorece entidade
e máscaras para grupos de risco de proteção veicular
Em ações beneficentes, diversas mútuas filiadas à AAAPV, Com o intuito de cessar as atividades
em Vitória da Conquista (BA), doaram 400 cestas básicas de uma mútua no estado de Goiás, sob
para comunidades carentes e 10 mil máscaras para gru- a alegação de exercício de atividade
pos de risco e para profissionais que estavam na linha ilegal, a Susep entrou com um processo
de frente de combate ao coronavírus. As associações de na Justiça Federal. O MPF (Ministério
proteção veicular Zeus Auto Clube, Múltipla CB, BR Motos, Público Federal) participou do proces-
Asvic, Força Car, Total Car e Protecar foram as responsá- so como fiscal da lei. O caso, que teve
veis pelas iniciativas. A doação das cestas, que aconteceu início em 2019, contou com a partici-
no dia 2 de maio de 2020, foi realizada em bairros peri- pação da AAAPV, fato que favoreceu a
féricos do município, como Morada Nova, Nova Cidade, associação no julgamento.
Borracha Queimada e Vila Elisa, em parceria com uma
igreja da cidade e com apoio da Polícia Militar na escolta
dos veículos.
REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 75
76
Com distanciamento social e os devidos
protocolos sanitários, 1ª Assembleia de
2020 foi realizada no San Marco Hotel (DF)

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 77


Susep investiga filiada à AAAPV e,
após defesa, caso é arquivado

Uma associação de proteção veicular do


Rio de Janeiro e seu respectivo presidente,
filiados a AAAPV, foram alvos de investiga-
ção por parte da Susep. A autarquia alegou
que a mútua praticava operação de seguro Eduardo Bolsonaro recebe
sem autorização. Após defesa, o proces- presidente da AAAPV em
so foi arquivado. A defesa foi realizada reunião sobre mutualismo
pela advogada e procuradora-regional da
AAAPV, Patrícia Müller, da Müller e Pizzat- Interessado em saber mais sobre o mo-
to Advogados. Durante o processo admi- vimento associativista de benefícios mú-
nistrativo, foram utilizados os documentos tuos, o deputado federal Eduardo Bolso-
da filiada para comprovar as particulari- naro (PSL/SP) recebeu, na tarde do dia
dades da atividade da associação e a dife- 23 de fevereiro de 2021, o presidente da
rença entre a proteção veicular e a prática AAAPV, Raul Canal, em seu gabinete na
de seguros. Com o arquivamento do pro- Câmara dos Deputados. Considerado o
cesso pela Susep, os advogados afastaram padrinho do mutualismo, João Campos
a aplicação de multa à associação. (REP/GO) também participou da reunião.

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26/06/20 12/08/20 08/12/20 23/02/21

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Nova diretoria é eleita e futuro do Conquistas e expansão das atividades


mutualismo pós-pandemia é discutido da Agência durante a pandemia são
na 1ª Assembleia Geral de 2020 ressaltadas em Assembleia Geral
Distanciamento social, máscaras, viseiras, luvas, Com as devidas cautelas e medidas sanitárias adota-
propés e aferimento de temperatura: todos os das por todo o corpo diretivo e mútuas filiadas, diver-
cuidados foram tomados contra a covid-19 na sos líderes de entidades de proteção patrimonial bra-
Assembleia Geral, realizada no dia 26 de junho sileiras se reuniram no Royal Tulip Brasília Alvorada
de 2020, no San Marco Hotel (DF), pelos mem- para a tradicional prestação de contas e apresenta-
bros da AAAPV. Aproximadamente 130 pessoas ção de proposituras para o ano seguinte. O setor de
participaram do encontro, no qual foram pres- comunicação apresentou um relatório semestral de
tadas contas, apresentadas as perspectivas no atividade, no qual foram dadas as métricas das redes
Congresso Nacional e discutidos projetos futu- sociais, das campanhas institucionais e das demais
ros. O 3º vice-presidente, Adão Gomes, iniciou atividades realizadas em parceria com os outros se-
a reunião apresentando as contas de 2019, que tores da Agência. O aumento no número de visuali-
foram aprovadas por unanimidade. zações no site, por exemplo, foi expressivo. Em 11
meses, o portal recebeu mais de 75 mil visualizações.
78
Jornal Folha Vitória recebe Justiça Federal de Pernambuco
notificação extrajudicial após reconhece licitude da atuação de
publicar fake news sobre associação de proteção veicular e
associações de proteção veicular afasta imputação de crime
ao presidente
O periódico Folha Vitória foi notifica-
do extrajudicialmente pela AAAPV no O MPF apresentou, em 2016, denúncia con-
mês de março de 2021. O motivo foi tra um diretor-presidente de uma associação
a divulgação de notícia com informa- com sede em Pernambuco, imputando-lhe
ções falaciosas sobre o setor de pro- condutas previstas na Lei de Crimes contra
teção veicular brasileiro. Na matéria, o Sistema Financeiro Nacional. Na ocasião,
o jornal alegava, dentre outras coisas, chegou a ser oferecido um Acordo de Não
que as entidades de proteção veicular Persecução Penal, tudo em decorrência de
obrigariam os associados a permane- investigações realizadas no estado, deflagra-
cerem por pelo menos 180 dias antes das pela operação Insurance. Ele foi absol-
de solicitar o cancelamento, não pos- vido após o trâmite jurídico. A decisão em
suiriam garantia, seriam instituições questão significava uma mudança de pa-
precárias e expunham associados e radigma frente ao entendimento da Justiça
cooperados a riscos e perdas, já que, Federal na região, que, à época, reconhecia
supostamente, não cumpririam com os a licitude da atividade. Essa jurisprudência,
compromissos em caso de falência. portanto, foi pioneira para as associações de
proteção veicular.

104 106

02/03/21 04/03/21 14/06/21 25/06/21

105 107

Outdoors na rota do Aeroporto Avanços e reconhecimento da legalidade


de Brasília recebem novas lonas do mutualismo no Brasil são celebrados
em Assembleia Geral comemorativa
As imagens dos outdoors instalados na rota
do Aeroporto Internacional de Brasília foram No mês de junho de 2021, a AAAPV celebrou cinco
atualizadas na semana do dia 4 de março de anos de existência. Como forma de comemoração,
2021. Os dizeres “Há cinco anos lutamos pela a Agência realizou a tradicional Assembleia Ge-
regulamentação do associativismo de prote- ral de junho na região nordeste, no Ritz Lagoa da
ção patrimonial no Brasil” ressaltavam o tra- Anta. Mais de 100 associações filiadas participa-
balho da AAAPV dentro do Congresso Federal. ram do evento, que seguiu os protocolos sanitários
de segurança contra a covid-19. Na Assembleia,
foram relembradas as realizações conquistadas pela
AAAPV, que reiteram a legalidade das associações
de proteção veicular e patrimonial; os trabalhos na
Câmara dos Deputados e no Senado Federal; e os
avanços com a Susep e com o Ministério da Eco-
nomia, entre outros.
REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 79
80
2ª Assembleia Geral de 2020: encontro realizado
em Brasília teve prestação de contas, aprovação de
pautas e anúncio de novos de projetos

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 81


AAAPV interpela extrajudicialmente 16
entidades de classe por criação de portal de
notícias calunioso sobre proteção veicular

A AAAPV interpelou extrajudicialmente 16 entidades de


classe para a exclusão de conteúdo inverídico e calu-
nioso publicado em um portal na internet. O site reunia
instituições que compartilhavam conteúdo difamatório
sobre as associações de proteção veicular e patrimo-
nial. Foram solicitados o esclarecimento sobre a real
intenção do mutualismo e a devida retratação.

108

13/07/21

82
REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 83
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

LGPD E O
TERCEIRO
SETOR:
POR QUE É PRECISO
SE ADEQUAR?

A
chegada da Lei Geral de Pro-
teção de Dados (LGPD),  Lei
n.º 13.709, de 14 de agosto
de 2018, apresentou às or-
ganizações brasileiras uma visão que,
até então, pouquíssimas estavam pre-
paradas para lidar: o enorme fluxo de
dados pessoais e de natureza sensível
que manipulam diariamente.
Nesse imenso rol de organizações
pouco organizadas para essa nova re-
alidade, o Terceiro Setor se destaca em
certos aspectos, pois, além de atuar em
mercados não regulados e sem uma
legislação específica – como no caso
do socorro mútuo –, lida diariamente
com dados supersensíveis de associa-
dos, sobretudo pessoais, patrimoniais

84
REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 85
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

e econômicos. Logo, a guarda adequa- fim, 11% sequer sabem do que se trata.
da desses dados deve ser extremamen- É preciso dar ao tema a relevância que
te responsável, cautelosa e profissio- ele merece, focando no tratamento e no
nal. Frente a isso, temos a costumeira armazenamento de dados com a aten-
informalidade com a qual muitas enti- ção que essa nova realidade demanda.
dades são administradas, gerando um Mas, afinal, o que é a LGPD? O que
grande choque de conceitos. são dados pessoais sensíveis? Por que
Infelizmente, muitos profissionais e o Terceiro Setor e, principalmente, as
entidades, no Terceiro Setor, ainda es- entidades de socorro mútuo devem se
tão “engatinhando” quando o assunto preocupar?
é a LGPD, não tendo se adequado e mo-
dernizado sua atuação nesse sentido, O QUE É A LGPD, COMO ELA FOI
mesmo após a vigência da Lei e faltan- CRIADA E QUEM VAI FISCALIZAR
do poucos dias para o início da aplica-
ção das pesadas penalidades previstas, Aprovada em maio de 2018, a LGPD
que podem chegar a R$ 50 milhões. entrou em vigor em setembro de 2020.
Segundo pesquisa feita pelo Institu- A Lei adota critérios, baseados nos di-
to para o Desenvolvimento do Inves- reitos fundamentais de liberdade e de
timento Social (IDIS), somente 1% das privacidade, para estabelecer regras a
entidades do Terceiro Setor já se ade- respeito de coleta, tratamento e arma-
quou às regras da Lei; 19% já teriam zenamento de dados pessoais (que são
iniciado o processo; 69% já ouviram todas as informações relativas a uma
falar da Lei, mas ainda não se movi- pessoa viva, identificada ou identificá-
mentou no sentido de a atender; e, por vel), bem como o conjunto de informa-

86
ções distintas que podem levar à iden- fiscalização de como os setores públi-
tificação de uma determinada pessoa. co e privado estão aplicando as regras
A LGPD coloca o Brasil na linha de previstas na Lei. Ou seja, é à ANPD que
uma tendência mundial de tratamento você  deverá responder em casos rela-
de dados, que cresceu após inúmeros cionados à violação da LGPD.
casos de vazamentos desse tipo de in-
formações em todo o mundo, como o DADOS PESSOAIS E
famoso wikileaks e o recente “vaza-ja- SENSÍVEIS NA LGPD
to”. Nossa Lei foi baseada na legislação
europeia, a General Data Protection Dados pessoais são informações
Regulation  (GDPR), regulamento apro- como nome, endereço físico, endereço
vado pela União Europeia em maio de de correio eletrônico, contas em mí-
2018. Com a vigência da LGPD, nos dias sociais, telefone, números de do-
tornamos um dos mais de 126 países cumentos, dados de localização e en-
do mundo que possuem legislação es- dereços de IP (protocolo de internet),
pecífica para a proteção de dados. isto é, são dados relacionados à pessoa
O órgão responsável pela fiscalização natural identificada ou identificável,
da nova legislação é a Autoridade Na- de forma inequívoca.
cional de Proteção de Dados  (ANPD), Já o dado pessoal sensível diz respei-
regulamentada pelo Decreto n.º 10.474, to à origem racial ou étnica; convicção
de 26 de agosto de 2020. Ligada ao Mi- religiosa; opinião política; filiação ao
nistério da Justiça, conta com adminis- sindicato ou à organização de caráter
tração pública federal indireta e orça- religioso, filosófico ou político; infor-
mento próprio, tendo como objetivo a mações referentes à saúde, vida sexu-

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 87


SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

al, genética ou biometria; além de fo- inevitavelmente por todos os setores e


tos e vídeos. Não são dados pessoais o níveis hierárquicos das organizações,
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica da recepção à diretoria, demandando
(CNPJ) e endereços de correio eletrôni- de fato uma imersão completa da orga-
co profissional. nização acerca do tema.
Podemos exemplificar os impactos
COMO FICA O da LGPD retratando uma situação ex-
TERCEIRO SETOR? tremamente simples: caso, no termo de
adesão firmado pelo associado com a
A coleta, guarda e uso de dados pes- associação, não haja a autorização ex-
soais e de dados pessoais sensíveis são pressa para o armazenamento do seu
feitos de diferentes formas nos diver- número de telefone, por exemplo, e,
sos setores econômicos. No entanto, ainda assim, a associação o registrar,
em alguns deles, o tratamento de da- ela pode ser punida. Percebe-se, pois,
dos sensíveis é feito de forma massiva que o menor deslize por parte da as-
e intensa, sendo o Terceiro Setor um sociação pode ocasionar uma punição,
exemplo legítimo desse cenário. Esse que pode vir a ser milionária.
setor também contempla uma parce- Embora existam especificidades sa-
la expressiva dos ambientes que estão lutares a cada organização, podemos
sujeitos aos desafios de adequação à apontar algumas medidas básicas e ge-
LGPD e seus impactos. Aqui, é impor- néricas para a adequação das entida-
tante salientar que não importa se es- des do Terceiro Setor: criar políticas de
ses dados são armazenados em meio privacidade e tratamento de dados dos
físico ou digital. A LGPD protege os associados; promover o treinamento da
dados pessoais, independentemente equipe administrativa para que todos
da tecnologia utilizada para seu trata- saibam como devem garantir a segu-
mento. rança dessas informações; modernizar
A adequação à LGPD impõe, portanto, e padronizar o cadastro (preferencial-
grandes mudanças na rotina das em- mente eletrônico) de forma a garantir
presas e isso se dá também – e princi- maior segurança; e pedir autorização
palmente – no Terceiro Setor. Por isso, formal para uso e armazenamento de
é preciso avaliar, o quanto antes, se dados de associados.
a sua entidade está em conformidade Contudo, medidas simples, como as
com a LGPD. apontadas mais acima, não bastam
para uma perfeita adequação, dada a
O QUE DEVO FAZER alta complexidade da Lei, devendo o
PARA ADEQUAR MINHA assunto ser tratado por especialistas
ASSOCIAÇÃO À LGPD? para que não haja falhas. Exemplifi-
cando: caso os associados sejam me-
A depender da realidade de cada en- nores de idade, os responsáveis pelos
tidade do Terceiro Setor, as medidas dados são seus pais ou responsáveis
para adequação à LGPD podem ser as legais. No entanto, ao completarem
mais variadas. Além disso, é importan- 18 anos, as autorizações deverão ser
te salientar que tais medidas passam atualizadas.

88
É PRECISO SE ADEQUAR um caminho: o da evolução. No entan-
O QUANTO ANTES to, tal evolução depende de uma gestão
moderna e eficiente, de um direciona-
Em vigor desde janeiro de 2021, a mento jurídico assertivo e do engaja-
aplicação das penalidades, previstas mento de todos os níveis hierárquicos
em caso de infração, teve início em das instituições.
agosto de 2021. Contudo, a LGPD não Os diretores das associações e de-
deve ser vista com temor pelas orga- mais entidades do Terceiro Setor de-
nizações, visto que a implantação das vem enxergar a Lei como uma grande
medidas acautelatórias é perfeitamen- oportunidade para reforçar o contro-
te possível, desde que conduzida pelos le e o fluxo das informações que ali-
profissionais adequados. Portanto, o mentam suas operações, alinhando
tratamento de dados não deve ser vis- suas rotinas às exigências legais. Essa
to como uma mera exigência regulató- mudança de hábitos certamente possi-
ria ou um “pequeno projeto de TI”, até bilitará a construção de um ambiente
porque os dados pessoais não são ex- de inteligência de dados mais robusto,
clusivamente eletrônicos, mas também organizado e preparado, fornecendo
se encontram em meio físico. mais segurança jurídica e, até mesmo,
Engajamento, mudança cultural e boa melhores resultados para a entidade e
gestão são elementos fundamentais seus associados.
para a estruturação de um programa
efetivo e eficaz de governança, que re-
flita positivamente em toda e qualquer RENATO ASSIS
Advogado, especialista
organização.
em Terceiro Setor e
E a pandemia provou, mais uma vez, procurador-geral da
que o Terceiro Setor só aponta para AAAPV

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 89


COMPARATIVO
FOTO: FREEPIK

90
DIFERENÇAS
ENTRE O SEGURO
MÚTUO E O
SEGURO A PRÊMIO
O
início da história do mercado toda operação seguradora é o mutualis-
segurador no mundo tem sua mo. Como define o juiz de direito do es-
origem na região da Mesopo- tado de São Paulo Eduardo Calvert:
tâmia, cerca de 2.250 anos
antes da era cristã, quando os conduto-
res de caravanas se uniam para se pro-
O mutualismo é uma das caracterís-
tegerem das perdas de seus burros de
ticas mais destacadas e importantes
transporte causados por ladrões e ani-
do contrato de seguro, sendo tratado
mais selvagens. Pode-se citar diversos
pelos autores ora como elemento es-
registros de iniciativas semelhantes na
sencial do seguro, ora como um dos
história da humanidade, como os foenus
princípios que regem esses contra-
nauticus ou empréstimos marítimos a
tos. O mutualismo baseia-se na con-
risco, que ocorreram entre gregos, fení-
cepção de que é mais fácil suportar
cios e romanos, ou o modelo criado pelo
coletivamente as consequências da-
banqueiro italiano Lorenzo de Tonti das
nosas dos riscos individuais do que
tontinas no século XVII.
deixar o indivíduo, só e isolado, ex-
Durante os mais de quatro mil anos de
posto a essas consequências.
história do mercado segurador, os concei-
O mutualismo caracteriza-se, por-
tos evoluiram consideravelmente. Entre-
tanto, por uma comunidade subme-
tanto, apenas no final do século XVII, du-
tida aos mesmos riscos, um agru-
rante a revolução industrial na Inglaterra,
pamento de pessoas expostas aos
surgiram as primeiras sociedades segura-
mesmos perigos, às mesmas proba-
doras em modelo mais próximo do atual.
bilidades de dano, que decidem con-
Destaca-se a Lloyd’s, do mercado segura-
tribuir para a formação de um fundo
dor ingles, criada por Edwar Lloyd’s em
capaz de fazer frente aos prejuízos
sua taberma, que opera até os dias atuais.
sofridos pelo grupo.1
Dentre os conceitos desenvolvidos nes-
se período, percebeu-se que a base de

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 91


COMPARATIVO

O mutualismo é, portanto, a base de po de pessoas se une com a finalidade de


todo o mercado segurador. Existem, no suportarem coletivamente as consequên-
entanto, diferentes formas de se aplicar cias dos riscos assumidos. Nele os indiví-
esse conceito e o objetivo deste artigo é duos agem ao mesmo tempo como garan-
justamente demonstrar as diferenças en- tidores e garantidos. É o modelo adotado
tre tais formas. pelas associações de proteção veicular
A primeira e mais conhecida, nos dias que operam no Brasil. Apesar de, muitas
atuais, é o seguro a prêmio. Nessa modali- vezes, serem consideradas uma novidade,
dade, o interessado transmite a um tercei- até mesmo criando uma sensação de ile-
ro determinado risco e, em troca, paga um galidade, o Código Civil Brasileiro (CC),
prêmio para ele. Tal é o modelo geral das Lei n.º 3.071, de 1º de janeiro de 1916, já
seguradoras brasileiras. Note que, apesar considerava a modalidade do seguro mú-
de se transmitir o risco a um terceiro, o tuo. Na seção IV, denominada “Do Seguro
modelo também se sustenta no mutualis- Mútuo”, existem os seguintes artigos:
mo, uma vez que não existe ganho eco-
nômico ao se comercializar um seguro a
prêmio sem que exista uma grande base de Art. 1.466. Pode ajustar-se o seguro,
interessados. pondo certo número de segurados
Nesse modelo, o prêmio é calculado em comum entre si o prejuízo, que a
pelo próprio segurador e não sofre al- qualquer deles advenha, do risco por
terações dentro do período contratado, todos corrido. Em tal caso o conjunto
mesmo que o montante de indenizações dos segurados constituem a pessoa
seja maior que todo o faturamento. Para jurídica, a que pertençam as funções
garantir a solvência da entidade segu- de segurador.
radora são utilizadas técnicas atuariais
como define a CNseg: Art. 1.467. Nesta forma de seguro, em
lugar do prêmio, os segurados contri-
buem com as quotas necessárias para
Para organizar o fundo mutual, ocorrer às despesas da administração
a seguradora depende de cálculos e aos prejuízos verificados. Sendo
atuariais e estatísticos que indi- omissos os estatutos, presume-se que
quem as probabilidades de ocorrên- a taxa das quotas se determinará se-
cia dos riscos de cujos efeitos eco- gundo as cotas do ano.3
nômicos adversos o grupo quer se
proteger. Esses cálculos são realiza-
dos a partir da análise do risco e do O mesmo pode ser confirmado no Decre-
diálogo sistematizado do estudo do to-Lei n.º 2.063, de 7 de março de 1940. A
risco com as estatísticas existentes seção II do Capítulo II, denominado “Das
a respeito dele.2 sociedades anônimas”, dispõe sobre re-
gras de funcionamento a respeito das se-
guradoras mútuas. Como exemplo, pode-
A outra modalidade de seguro existente -se citar o art. 14, que define o mínimo de
é o seguro mútuo. Nesse modelo, um gru- sócios fundadores e do fundo inicial:

92
midos. Devido a essa particularidade, os
Art. 14. As sociedades mútuas valores variam conforme as osclilações
constituir-se-ão com o número mí- das indenizações.
nimo de 500 (quinhentos) sócios Atualmente, com as mudanças de legis-
fundadores, residentes no País, e lação, não existem leis específicas que
um fundo inicial nunca inferior a regulamentem a operação das Segura-
1.000:000$0 (mil contos de réis), doras Mútuas no Brasil. Entretanto, é
quando tiverem por objeto opera- importante frisar que os conceitos de
ções de seguros de um dos grupos a mutualismo utilizados por elas são em-
que se refere o art. 40.4 basados em tradições milenares. Fora
do Brasil grandes entidades têm suas
operações baseadas neste modelo, com
As seguradoras mútuas são, portanto, a americana Liberty Mutual, a francesa
realidade antiga do mercado segurador MACIF e a inglesa NFU Mutual.
brasileiro. O art. 1.467 supracitado de- Não existem números oficiais, entre-
monstra que, diferentemente do seguro tanto, estimativas demonstram que as
a prêmio, no qual o valor é definido pelo mútuas brasileiras já faturam anualmen-
segurador, no seguro mútuo o valor de te entre R$ 7,1 e R$ 9,4 bilhões, contando
contribuição de cada associado depende com mais de 4 milhões de associados.
do montante de indenizações a serem re- Mesmo durante a pandemia, a tendência
alizados pela entidade. O valor cobrado de crescimento permanece, o que de-
de cada associado é justamente o rateio monstra o amadurecimento do setor e o
dos prejuízos gerados pelos riscos assu- grande ganho social gerado.

ENRICO NETO
REFERÊNCIAS Consultor da AAAPV,
Utilize a câmera do seu sócio-diretor da Hinova
celular para acessar as Atuarial e especialista
referências via QR Code. em Estatística e
Auditoria de Entidades
do Terceiro Setor

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 93


JURISDIÇÃO

DESREGULAÇÃO DO
SEGURO DPVAT:
MONOPÓLIO ILEGAL DA
EXPLORAÇÃO DO DPVAT

94
P
or obrigação legal/normativa, não superior a 10 passageiros e ôni-
em todos os modais de transpor- bus, micro-ônibus e lotações sem
te (ferroviário, aéreo, aquaviário cobrança de frete (urbanos, interur-
e terrestre), há a imposição de banos, rurais e interestaduais);
contratação de seguro. Cada um dos mo- V – Categoria 9 – motocicletas, mo-
dais com suas particularidades. No caso tonetas, ciclomotores e similares; e
de transporte terrestre – excluindo-se o VI – Categoria 10 – máquinas de
coletivo remunerado –, tem-se o Seguro terraplanagem e equipamentos mó-
DPVAT (Seguro por Danos Pessoais por veis em geral, quando licenciados,
Veículos Automotores Terrestres), que foi camionetas tipo “pick-up” de até
criado por lei, regulamentado por ato ad- 1.500 kg de carga, caminhões e ou-
ministrativo e outorgado sem concorrên- tros veículos.
cia ao particular. Parágrafo único. A Categoria 10 in-
A Resolução do Conselho Nacional de clui, também:
Seguros Privados (CNSP) n.º 154, de 08 de I – veículos que utilizem “chapas de
dezembro de 2006, e a Portaria da SUSEP experiência” e “chapas de fabrican-
(Superintendência de Seguros Privados) te”, para trafegar em vias públicas,
n.º 2.797, de 04 de dezembro de 2007, dispensando-se, nos respectivos bi-
criaram um monopólio natural. Outor- lhetes de seguro, o preenchimento de
garam ao consórcio, sem contrapresta- características de identificação dos
ção para o Estado, o direito de explorar veículos, salvo a espécie e o número
determinado segmento do mercado sem de chapa;
qualquer possibilidade de concorrência. II – tratores de pneus, com reboques
Essa Resolução, em seu art. 6º, tenta acoplados a sua traseira destinados
“disfarçar” o monopólio ao oportunizar especificamente a conduzir passa-
a possibilidade de outras sociedades se- geiros a passeio, mediante cobrança
guradoras de ofertarem o Seguro DPVAT, de passagem, considerando-se cada
entretanto, desde que não sejam objeto os unidade da composição como um
veículos elencados no art. 4º: veículo distinto, para fins de tarifa-
ção;
III – veículos enviados por fabrican-
Art. 4º. O seguro DPVAT cobre as se-
tes a concessionários e distribuido-
guintes categorias de veículos auto-
res, que trafegam por suas próprias
motores:
rodas, para diversos pontos do País,
I – Categoria 1 – automóveis parti-
nas chamadas “viagens de entrega”,
culares;
desde que regularmente licenciados,
II – Categoria 2 – táxis e carros de
terão cobertura por meio de bilhete
aluguel;
único emitido exclusivamente a fa-
III – Categoria 3 – ônibus, micro-
vor de fabricantes e concessionários,
ônibus e lotação com cobrança de
cuja cobertura vigerá por um ano;
frete (urbanos, interurbanos, rurais
IV – caminhões ou veículos “pick-
e interestaduais);
up” adaptados ou não, com banco
IV – Categoria 4 – micro-ônibus com
sobre a carroceria para o transporte
cobrança de frete, mas com lotação

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 95


JURISDIÇÃO

de operários, lavradores ou trabalha- Atualmente, com o valor baixo, menos de


dores rurais aos locais de trabalho; e R$ 15,00, exemplificativamente, as segu-
V – reboques e semirreboques desti- radoras poderiam usar como barganha
nados ao transporte de passageiros nas negociações dos seguros particula-
e de carga. res anuais. Muito provavelmente as cor-
retoras de seguros ou até mesmo as se-
guradoras ofertariam gratuitamente aos
seus habituais clientes o Seguro DPVAT.
Excluindo-se o rol taxativo dessa Reso- Aqui está a se falar de 25% de toda a frota
lução, seria possível imaginar algum ou- de veículos automotores do Brasil.
tro tipo de veículo automotor para o qual A Lei n.º 8.666, de 21 de junho de 1993,
possa ser comercializado o Seguro fora que “institui normas para licitações e
do monopólio? Provavelmente, não. contratos da Administração Pública e dá
Se o Seguro Obrigatório é instituído por outras providências” em seu rol exausti-
lei, por qual motivo cada contribuinte vo, elenca as possibilidades de licitação
não pode eleger sua companhia segura- dispensada, em seu art. 17, § 2º; dispen-
dora a ser contratada, assim como ocorre sável, no art. 24; e inexigível, no art. 25.
nas modalidades de transportes? Nenhuma das possibilidades de outorga
A saber, cada modal de transporte tem se aplica à Seguradora Líder do Consór-
seu seguro específico: no aquaviário, o cio do Seguro DPVAT S.A.
Seguro DPEM (Seguro Obrigatório de Da- A Resolução do CNSP n.º 154/2006,
nos Pessoais Causados por Embarcações impôs a obrigatoriedade de se contra-
ou por suas Cargas), previsto no art. 2º da tar o Seguro DPVAT por intermédio de
Lei n.º 8.374, de 30 de dezembro de 1991; algum consórcio e a Portaria da SUSEP
no ferroviário, o OFI (Seguro do Opera- n.º 2.797/2007, outorgou, sem ônus, à Se-
dor Ferroviário Independente), aventado guradora Líder do Consórcio do Seguro
no art. 28 da Resolução da ANTT (Agên- DPVAT S.A. toda a operação e gerencia-
cia Nacional de Transportes Terrestres) mento do Seguro. Sem prejuízo das pe-
n.º 5.920, de 15 de dezembro de 2020; no nas, pelo cometimento do crime previsto
aéreo, o Seguro RETA (Responsabilidade no art. 89 da Lei n.º 8.666/1993, é ile-
do Explorador ou Transportador Aéreo), gal a Portaria da SUSEP n.º 2.797/2007,
apresentado no art. 281 da Lei n.º 7.565, com efeitos ex tunc.
de 19 de dezembro de 1986; e, no terres- Assim, foi possível constatar que, ver-
tre, o Seguro DPVAT. dadeiramente, houve vício formal na
Nesses demais modais de transporte, o outorga, insuficiência de fiscalização e
ente regulador impõe a contratação de negligência do poder concedente na dis-
seguro obrigatório, as seguradoras de- solução do consórcio.
senvolvem o produto e os transportado-
res negociam a contratação. É a expres-
são da livre concorrência, assegurada
MARCO A. LEAL VIEIRA
no § 4º art. 173 da Constituição Federal Advogado, graduado em
(CF/88) e da liberdade econômica, desta- Gestão de Cooperativas e
cada no art. 1º da Lei n.º 13.874, de 20 de especialista em Direito do
setembro de 2019. Terceiro Setor

96
REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 97
ESTRATÉGIAS

98
MUTUALISMO
E A ESSÊNCIA
ASSOCIATIVA
P
rimeiramente, precisamos en- e limitação da proteção do patrimônio
tender o que é mutualismo, sua e da vida. Em alusão arcaica e limita-
essência e sua origem. Os pri- da à proteção de caravanas e camelos,
meiros relatos do mutualismo a legislação se mostra desatualizada e
remontam a 2,5 mil anos antes de Cris- obsoleta, trazendo involução. Além dis-
to, na antiga Babilônia. Naquela época, so, destinou-se a um grupo seleto com
pessoas comuns se reuniam com o fim finalidade única de obtenção de lucro.
específico de conseguir proteção para Criou-se, então, uma lista taxativa, não
suas caravanas e seus camelos, dividin- exemplificativa, com incidência de inú-
do entre todos os componentes as per- meras restrições aos itens e aos conte-
das ocorridas durante o trajeto, sendo údos – expressão conhecida no direito
essas as únicas vantagens obtidas. Em como numerus clausus (número fecha-
sua raiz, pessoas reunidas na forma de do) –, em detrimento à autogestão e em
grupo contavam com os mesmos obje- benefício às grandes corporações, até
tivos e participavam assiduamente da então, dominantes no mercado.
configuração solidária, por meio do Mais tarde, surgem as entidades priva-
voto manifesto, com o intuito de prote- das e sem fins lucrativos, as Organiza-
ger o patrimônio dos envolvidos. ções da Sociedade Civil (OSC), seja para
No Brasil, esse legado foi incorpora- ocupação dos espaços não tomados pe-
do pelas Sociedades Anônimas (S.As.), las grandes corporações ou na intenção
em referência ao Decreto-Lei n.º 73, de de ampliação de atuação do Estado em
21 de novembro de 1966, dispondo so- atividades que buscam  atender o inte-
bre o Sistema Nacional de Seguros Pri- resse público.
vados (SNSP), operações de seguros e São instituições autônomas, com cons-
resseguros entre outras providências, tituição legal, formadas pelo livre inte-
na tentativa maculada de engessamento resse e associação  de indivíduos. Na

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 99


ESTRATÉGIAS

essência, remontam à autogestão dos contos e diminuição do valor na aquisi-


primórdios, mas, no novo modelo cons- ção de bens, de produtos e de serviços
tituinte, são parte do terceiro setor da distintos em diversos estabelecimentos,
economia atual. Assim, além da ativida- em percentuais com variações em lojas
de primitiva de proteção patrimonial, parceiras no comércio local (farmácias,
diversas outras atividades foram cria- oficinas, lojas, mercados, bares, lancho-
das e desenvolvidas pelas OSCs, como netes); convênios com pessoas jurídi-
frentes de combate à desigualdade so- cas ou físicas, na facilitação de acesso
cial, em resposta às necessidades con- a serviços de pedreiros, carpinteiros,
temporâneas. faxineiras, pintores residenciais, servi-
ços gerais – todos previamente cadas-
MUTUALISMO E O COMBATE trados em uma lista única, montada e
ÀS DESIGUALDADES direcionada aos anseios do corpo as-
sociativo. Por fim, algumas associações
É no combate às desigualdades sociais disponibilizam para seus associados,
que identificamos a ação das associa- familiares e amigos, entre outros de-
ções de proteção patrimonial. Na com- pendentes, cursos profissionalizantes,
posição dos objetivos, em observação palestras de educação e de prevenção
à maioria dos estatutos e regramentos no trânsito, informativos e revistas.
internos das associações explicitamen- Dessa forma, é de se reconhecer a arti-
te, além da proteção primitiva ao patri- culação das associações dentro da eco-
mônio, encontramos inúmeras outras nomia solidária, com grande impacto
razões e vantagens da prática do mu- nas esferas econômica, política e social.
tualismo, avalizadas pelo poder públi- Hodiernamente, a existência jurídica
co. Inclusive, com mútuas encabeçan- das associações revela um arranjo de
do projetos sociais no atendimento à vantagem ampliada, não apenas limita-
moradores de rua, no fornecimento de da à proteção de patrimônio. E, apesar
cestas básica, enfim, atingindo lugares de haver observância única à função e
e ambientes com reflexo direto, propor- à finalidade previstas em lei em um rol
cionando igualdade de oportunidades. taxativo, não há engessamento de fun-
ções. Assim, observamos uma perspec-
MUTUALISMO E VANTAGENS tiva econômica mais abrangente, de for-
ASSOCIATIVAS ma evolutiva, em prol do igualitarismo
como remédio terapêutico, em sintonia
É importante relembrar que as asso- com o interesse e os projetos sociais e
ciações não se limitam ao rol taxativo de política governamental.
e engessado das sociedades anônimas
e seguradoras na proteção de “camelos
e caravanas”. Do contrário, as associa-
ções trabalham de forma dinâmica, ofe-
recendo a seus associados uma gama de JAILSON DA SILVA
vantagens e benefícios, além da prote- Advogado e consultor
ção patrimonial. É possível identificar jurídico do Terceiro Setor
inúmeras outras vantagens, como des-

100
REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 101
SISTEMA TRIBUTÁRIO
FOTO: FREEPIK

102
A TRÍADE
DO BEM
V
árias são as discussões que
envolvem a reforma do siste-
ma de tributação brasileiro, Com a extinção do conjunto de
o ambiente de negócios e o contribuições trabalhistas e a
incentivo à regularização fiscal, tudo criação de uma contribuição fi-
em prol de se alcançar uma verdadei- nanceira com alíquota de 0,81%,
ra liberdade para empreender e crescer a economia brasileira observa-
economicamente. ria: (i) diminuição de sustos
Em recente artigo publicado pela Asbraf para as empresas brasileiras;
(Associação Brasileira de Franqueados), (ii) redução de 0,88% do IGP e
a proposta apelidada de SIMPLIFICA JÁ de 0,69% do IPCA; (iii) aumento
soou como alternativa capaz de substi- do consumo decorrente do cres-
tuir com qualidade as propostas em cur- cimento do emprego (2,3%) e do
so no Congresso Nacional. De fato, os poder de compra médio (1,61%);
contornos da proposta simplificam os (iv) elevação do investimento e
tributos incidentes sobre o consumo e melhoria da competitividade; e
desoneram a folha de pagamento, tudo (v) aumento do PIB de 1,8% em
em prol da redução da carga tributária. razão do crescimento do consu-
Recebi dias atrás, em meu gabinete, es- mo, das exportações e do inves-
tudo produzido pela Confederação Na- timento.
cional de Serviços (CNS), cujo título é
“Desoneração da folha de pagamentos
para todos e a unificação do PIS1 com a
Cofins2”. Segundo a proposta, “juntas, as Encerra apontando que “a adoção si-
duas mudanças trariam um avanço con- multânea de iniciativas para unificar a
siderável na reformulação do sistema contribuição ao PIS e a COFINS e para
tributário no âmbito do governo federal, desonerar a folha de pagamentos é a for-
com preservação da arrecadação”.3 ma mais viável para minimizar impactos
De suas linhas finais, a conclusão ex- setoriais e mudanças bruscas nas opera-
traída do estudo da CNS é que: ções da economia”.

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 103


SISTEMA TRIBUTÁRIO

Bem, as discussões ainda estão acir- presidencial, à luz do aperfeiçoamento


radas e, em grande parte, todos os que do texto primitivo, promovendo, em li-
defendem seus pontos, seja por uma re- nhas gerais, conforme o disposto em seu
forma mais ampla, seja por uma reforma art. 1º, as seguintes mudanças:
mais restrita, têm sua razão, mas nenhum
deles se afasta do ponto em comum: do
jeito que está, não dá mais! (...) facilitação para abertura de
A Medida Provisória do Ambiente de empresas, sobre a proteção de
Negócios (MPAN), Medida Provisória acionistas minoritários, sobre a
n.º 1040, de 29 de março de 2021, confe- facilitação do comércio exterior,
riu melhor estrutura para o ambiente de sobre o Sistema Integrado de Re-
negócios. No afã de atrair novos investi- cuperação de Ativos (Sira), sobre
mentos, veio em momento propício, que as cobranças realizadas pelos
congrega a maior crise sanitária e de saú- conselhos profissionais, sobre a
de de nossos tempos, mas que não afas- profissão de tradutor e intérprete
tou o País da retomada do crescimento – a público, sobre a obtenção de ele-
economia segue numa curva ascendente, tricidade, sobre a desburocratiza-
não como se esperava, mas dentro do que ção societária e de atos proces-
o momento atual permite. suais (...).
Em outro artigo publicado pela Asbraf,
cujo título é “MPAN – Novo (e bom) ca-
pítulo para a solidificação da estrutura
de Liberdade Econômica”, Nepomuceno A simples leitura do art. 1º do Projeto de
abordou: Lei de Conversão remetido para sanção
presidencial revela a magnitude e a im-
portância da inserção de tal aperfeiçoa-
Sua finalidade, em linhas gerais, mento no ambiente de negócios no Brasil.
é promover a melhora da posição Por fim, a tríade do bem, como carinho-
do Brasil no Ranking Doing Busi- samente apelidei as proposições aqui
ness, do Banco Mundial, que ava- tratadas, não poderia deixar de contem-
lia a facilidade de fazer negócios plar a retomada de programa de incenti-
em 190 países, de modo a tornar vo à regularização fiscal, com a aprova-
o Brasil mais atrativo para o in- ção do Projeto de Lei n.º 4.728, de 2020,
vestidor estrangeiro e mais fluido de autoria do senador Rodrigo Pacheco e
para o empreendedor que já in- relatado pelo senador Fernando Bezerra.
veste em território nacional.4 Em linhas gerais, o projeto, aprovado
no Senado Federal, aperfeiçoa e reabre
o Programa Especial de Regularização
Tributária (PERT), instituído pela Lei
Aprovado pelo Congresso Nacional, o n.º 13.496, de 24 de outubro de 2017,
Projeto de Lei de Conversão, originado para que pessoas físicas e jurídicas te-
da medida provisória, segue para sanção nham alternativa viável para alcançar sua

104
regularidade fiscal e para que o governo Tenho encampado, no Congresso Na-
federal viabilize o aumento da arrecada- cional e junto ao governo federal, a de-
ção de tributos já vencidos e não pagos. fesa dessa pauta para que a regulamen-
Tudo isso encerra um cenário de ver- tação do setor, tão buscada, torne-se
dadeira busca pela retomada do cresci- realidade e, de uma vez por todas, afaste
mento, de modo sustentável, para que as os associados e os mutualistas das mãos
reformas tão almejadas se tornem reali- daqueles que esperam – e torcem – pelo
dade. Todavia, algumas questões, apa- retrocesso da economia.
rentemente laterais, não estão esquecidas A AAAPV, fiel aos seus princípios, de-
e não podem ser relegadas ao acaso: as sempenha papel fundamental no avanço
pautas do mutualismo e das associações das discussões sobre a temática, agre-
de proteção veicular e patrimonial. gando qualidade e sensatez para que sua
As associações de proteção veicular, pauta evolua sem interferir em nenhum
para aqueles que desconhecem seu uni- outro mercado.
verso, movimentam de forma considerável Vivemos um momento de profundas
a economia brasileira e são uma alternati- modificações, e as associações de pro-
va para dificuldades enfrentadas hoje, por teção veicular e patrimonial fazem par-
exemplo, pelos caminhoneiros: os verda- te do novo ambiente iniciado com a Lei
deiros heróis da logística em nosso País, de Liberdade Econômica (LLE), cuja re-
que nos garantem o fluxo de alimentos, de latoria, no Senado Federal, tive a honra
combustíveis e de tantos outros itens. de desempenhar.

SORAYA THRONICKE
Senadora (PSL/MS)
REFERÊNCIAS e vice-presidente da
Utilize a câmera do seu Frente Parlamentar
celular para acessar as Mista de Apoio às
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REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 105


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REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 107
ESTABILIDADE
FOTO: FREEPIK

O
ambiente de negócios evoluiu. Os temas mutualismo e associativismo,
A Lei de Liberdade Econômica mais uma vez, atraíram os holofotes no
(LLE), Lei n.º 13.874, de 20 de Congresso Nacional, quando foram apre-
setembro de 2019, tornou fér- sentados em emenda pela senadora So-
til o solo para que novas soluções, ainda raya Thronicke, à MPAN.
que sistematicamente levadas ao conhe- Contudo, um novo cenário surgia: fon-
cimento dos governos de ontem, sejam tes do governo federal sinalizaram que
inseridas no ambiente de negócios hoje. os temas mutualismo e associativismo
A Medida Provisória do Ambiente de ganharam musculatura dentro de diver-
Negócios (MPAN), Medida Provisória sas secretarias e ministérios, contudo,
n.º 1040, de 29 de março de 2021, que sua concepção deveria se dar por uma
considero a segunda onda de liberdade alteração via lei complementar, para
para o empreendedor, trouxe ao cenário que nenhuma questão constitucional
econômico novas ferramentas destinadas fosse levantada.
a tornar mais fluido o mundo dos negó- Tramita, na Câmara dos Deputados, a
cios, de modo a atrair novos investimen- proposta de alteração de lei comple-
tos, de origem interna e externa. mentar, destinada, justamente, a sin-

108
UM NOVO
CENÁRIO SE
AVIZINHA
tonizar a questão. Contudo, até então, Deputados, certamente ganhará força
inexistia qualquer curiosidade, quiçá nesse semestre e, se tudo correr bem,
inclinação do governo federal para tra- será alcançado o desfecho tão espera-
tamento do tema. do e tão trabalhado pelo setor: o cor-
O novo cenário, traduzido na incli- reto tratamento, em lei, do associativis-
nação do Poder Executivo, passou a mo, para que as associações de pessoas
existir após o incessante trabalho de- possam desempenhar seu papel no de-
sempenhado pela AAAPV, pessoalmen- senvolvimento da economia nacional.
te conduzido pelo Dr. Raul Canal, que
esclareceu, vez por todas, a importân-
cia do tema e o gigantesco movimento
econômico gerado pelas associações de VICTOR TEIXEIRA
proteção veicular e patrimonial e seu NEPOMUCENO
protagonismo na maximização do am- Advogado especialista
biente de negócios. em Direito Empresarial,
Assim, a tramitação do projeto de lei Recuperação e Falência
e secretário parlamentar
complementar, em curso na Câmara dos no Senado Federal

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 109


AAAPV
Agência de Autorregulamentação das Entidades de Autogestão de Planos de Proteção Contra Riscos Patrimoniais

DIRETORIA EXECUTIVA

RAUL CANAL
Presidente

JOSÉ EDUARDO DELTON BAGGIO


1º Vice-presidente 2º Vice-presidente

CLEMER KIGLER
ADÃO GOMES MOLMELSTET
3º Vice-presidente Vice-presidente
de Pesados

HUDSON DOS
SANTOS BARRETO FABRICIO COSTA
Vice-presidente da Diretor de Expansão
Diretoria Extraordinária
de Fornecedores

110
RODRIGO SOUZA
ROMULO MACHADO Diretor de Relações
Diretor de Expansão Parlamentares

RODRIGO CANAL THEONE CARDOSO


Diretor de Comunicação, Diretor de Relações
Tecnologia e Informática Parlamentares

EDUARDO MUNIZ RICARDO SALDANHA


Tesoureiro Procurador-geral

PATRÍCIA MULLER
Procuradora-geral

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 111


AAAPV
Agência de Autorregulamentação das Entidades de Autogestão de Planos de Proteção Contra Riscos Patrimoniais

CONSELHO FISCAL

ADENILTON DA SILVA JADSON FREIRE


Presidente Vice-presidente

SIVALDO ANDRADE CARLOS SENDRA


1º Suplente 2º Suplente

ONOMAR DE JESUS
3º Suplente

112
TSE - TRIBUNAL SUPERIOR DE ÉTICA

CELSO PASQUILLI PATRÍCIA MULLER


Presidente Vice-presidente

RAUL CANAL DIEGO DANIELI


Secretário Conselheiro

RICARDO SALDANHA
Conselheiro

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 113


AAAPV
Agência de Autorregulamentação das Entidades de Autogestão de Planos de Proteção Contra Riscos Patrimoniais

TREs - TRIBUNAIS REGIONAIS DE ÉTICA


Bahia Centro-Oeste

MARCO VIEIRA
EDIMILSON SANTIAGO
Presidente do TRE
Presidente do TRE Bahia
Centro-Oeste

ARTHUR LEMOS
Vice-presidente do TRE SEBASTIÃO GOMES
Bahia Vice-presidente do TRE
Centro-Oeste

BRUNO FLORES
DANNY ELITON Conselheiro do TRE
Secretário do TRE Bahia Centro-Oeste

SILVANO FERREIRA SIVALDO ANDRADE


Conselheiro do TRE Conselheiro do TRE
Bahia Bahia

114
Espírito Santo Minas Gerais

GILBERTO MOREIRA EDILSON REIS


Presidente do TRE Presidente do TRE
Espírito Santo Minas Gerais

MARCIO LOPES ISLANDER LISBOA


Vice-presidente do TRE Vice-presidente do TRE
Espírito Santo Minas Gerais

LOURIVAM DE LIMA TIAGO VIEIRA


Secretário do TRE Secretário do TRE
Espírito Santo Minas Gerais

GABRIEL MACHADO RAFAEL LEMOS


Conselheiro do TRE Conselheiro do TRE
Espírito Santo Minas Gerais

WESLEY ANDRADE
Conselheiro do TRE
Espírito Santo

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 115


AAAPV
Agência de Autorregulamentação das Entidades de Autogestão de Planos de Proteção Contra Riscos Patrimoniais

TREs - TRIBUNAIS REGIONAIS DE ÉTICA


Norte e Nordeste Rio de Janeiro

JAILTON OLIVEIRA JOÃO SENA


Presidente do TRE Norte Presidente do TRE Rio de
e Nordeste Janeiro

ANTONISETE RIBEIRO BEATRIZ NETTO


Vice-presidente do TRE Vice-presidente do TRE
Norte e Nordeste Rio de Janeiro

RODRIGO CARVALHO JORGE ROBERTO


Secretário do TRE Norte Secretário do TRE Rio de
e Nordeste Janeiro

EDVAN CARVALHO FABIO SOUSA


Conselheiro do TRE Conselheiro do TRE Rio
Norte e Nordeste de Janeiro

JOZENILDO BEZERRA RICARDO MELLO


Conselheiro do TRE Conselheiro do TRE Rio
Norte e Nordeste de Janeiro

116
Sul

ADENILTON DA SILVA
Presidente do TRE Sul

DORVAL OLIVEIRA
Vice-presidente do TRE
Sul

ALEXANDRE
FLORENTINO
Secretário do TRE Sul

DANILO ZAGO
Conselheiro do TRE Sul

MATHEUS AGUIAR
Conselheiro do TRE Sul

REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 117


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