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REVISTA
EDIÇÃO ESPECIAL
5 ANOS DA AAAPV
CENTRALIZAÇÃO
NECESSÁRIA
Deputada Aline Gurgel se mostra favorável à regulamentação das
associações e das cooperativas de benefícios mútuos e fala sobre a
importância da apresentação de proposituras dentro do Congresso
Nacional. Para isso, ela defende que o setor se una ainda mais
ACOMPANHE A AAAPV
NAS REDES SOCIAIS
@aaapvbrasil
2
qu
AAAPV – AGÊNCIA DE AUTORREGULAMENTAÇÃO
DAS ENTIDADES DE AUTOGESTÃO DE PLANOS
DE PROTEÇÃO CONTRA RISCOS PATRIMONIAIS
em
Agência sem fins econômicos, que tem o compromisso de
fortalecer o movimento associativista e suas relações com
a sociedade, além de contribuir para o desenvolvimento
econômico, social e sustentável do País.
MISSÃO
so
Contribuir para o fortalecimento e direcionamento do
movimento associativista, representando seus associados
e buscando a melhoria contínua do sistema financeiro e
de suas relações com a sociedade.
VISÃO
Um sistema associativista saudável, ético e eficiente é
mo
condição essencial para o desenvolvimento econômico,
social e sustentável do Brasil. Nossa visão é consolidar
este método organizacional em todo o País.
VALORES
• Promover valores éticos, morais e legais.
s
• Incentivar práticas de cidadania e responsabilidade
socioambiental.
• Defender o diálogo, o respeito e a transparência nas
relações com os associados e com a sociedade.
• Atuar com profissionalismo e transparência.
• Valorizar a diversidade e a inclusão social.
EDITORIAL
O rebanho
se uniu, e o
leão dormiu
com fome
S
onhos determinam o que no qual, sobre o qual ou contra o qual o
você quer. Ação determina Estado não pode e nem deve interferir.
o que você conquista”. Nas Juntos, conseguimos impedir a crimi-
palavras de Aldo Novak, es- nalização do setor e estamos seguindo
critor brasileiro, comemorar cinco anos rumo à regulamentação da atividade.
de existência com os resultados atuais O caminho pavimentado nessa meia
significa que triunfamos em nossa mis- década é irreversível. A frieza dos nú-
são inicial, definida anos atrás: forta- meros mostra apenas dados. Mas esses
lecer o setor associativista e coopera- mesmos dados devem ser interpretados
tivista de benefícios mútuos no Brasil. à luz da realidade em que vivemos, pois
O mercado, antes marginalizado, hoje é a retomada econômica é real e já está
tido como uma das principais opções em pleno vigor, e o sistema mutualis-
de proteção patrimonial confiável pelos ta deve, por sua vez, acompanhar pari
brasileiros. Mas, certamente, ainda te- passu esse crescimento, desafiando-se
mos um longo caminho pela frente. a inovar e a acompanhar as novas ten-
Inúmeros foram os desafios, supera- dências e tecnologias.
dos um a um. Reuniões, assembleias, Cinco anos se passaram rapidamente.
acompanhamento de projetos de lei na Outros 5, 10, 15, 20 anos se avizinham.
Câmara dos Deputados, contatos e re- Na liberdade poética de aprimorar a
lacionamentos estabelecidos com o in- citação do Barão de Montesquieu, “as
tuito único e exclusivo de permitir ao conquistas são fáceis de fazer, porque
cidadão o acesso ao sistema mutualista. as fazemos com todas as nossas forças;
Trata-se de um direito de livre escolha, são difíceis de conservar, porque as de-
4
fendemos só com uma parte das nossas
forças”, no que depender de nós, defen-
deremos nossas conquistas com forças
ainda maiores.
O mercado é dinâmico e, como uma
Agência que representa um setor tão
importante para o nosso País, podemos,
devemos e iremos fazer muito mais.
Sempre juntos. Um feliz aniversário a
todos nós, que nos unimos e obrigamos
“o leão a dormir com fome”. Que ve-
nham tantos outros anos de conquistas!
RAUL CANAL
Presidente da AAAPV
REVISTA AAAPV
Editor-chefe ANDREW SIMEK (DRT 10484/DF) revisão ANDREW SIMEK,
CLAUDIA SOUZA, ISABELLA QUEIROZ, ENZO BLUM e DANIEL COSTA
diagramação ANGELO GABRIEL impressão GRÁFICA POSITIVA tiragem 3
MIL EXEMPLARES
6
12 ESTUDO
Origem histórica do mutualismo e sua evolução
16 LEGISLAÇÃO
A organização estatutária e regimental das asssociações e o
reflexo nas decisões judiciais - Parte II
20 CAPA
Entrevista com a deputada federal Aline Gurgel
26 EXPANSÃO
O desafio da consolidação no caminho da regulamentação
30 INOVAÇÃO
Uma lição que a Disney tem a nos ensinar sobre atendimento
ao associado
34 TRANSFORMAÇÃO
Associação, evolução, expansão e inovação
40 ESPECIAL 5 ANOS DA AAAPV
Meia década de muitos avanços
84 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
LGPD e o terceiro setor: por que é preciso adequar?
90 COMPARATIVO
Diferenças entre o seguro mútuo e o seguro a prêmio
94 JURISDIÇÃO
Desregulação do seguro DPVAT: monopólio ilegal da exploração
do DPVAT
98 ESTRATÉGIAS
Mutualismo e a essência associativa
102 SISTEMA TRIBUTÁRIO
A tríade do bem
108 ESTABILIDADE
Um novo cenário se avizinha
110 DIRETORIA AAAPV
Quadriênio 2021-2025
8
A UNIÃO DO REBANHO
OBRIGA O LEÃO
A DORMIR
COM FOME
Junte-se a nós!
(61) 2099-6699
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REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 9
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ORIGEM
HISTÓRICA DO
FOTO: FREEPIK
MUTUALISMO E
SUA EVOLUÇÃO
12
E
m breve síntese, o mutualis- A Confederação Nacional das Empresas
mo é um sistema ou um me- de Seguros Gerais, Previdência Privada
canismo puro e simples de e Vida, Saúde Suplementar e Capitali-
rateio de prejuízos entre seus zação (CNseg) lançou, em 2016, o livro
participantes. Esse simples mecanis- chamado “O mutualismo como princípio
mo existe há muitos séculos e sua fundamental do seguro”.2 As pesquisas
evolução serve de base para os atuais históricas sobre o tema revelam:
e modernos modelos de “seguros”. O
escritor Pedro Alvim, 1 autor de diver- Os pesquisadores identifica-
sos livros dedicados ao estudo do di- ram no Crescente Fértil, em 300
reito do seguro e sua longa história a.C., que pastores caldeus se co-
evolutiva, destaca: letivizavam para repor cabeças
de gado perdidas. Também fa-
zem referência a caravanas da
Amadureceu, muito cedo, no Mesopotâmia em 2.250 a.C. que
espírito humano a importância adotavam a diversificação de
da solidariedade, como fator de riscos distribuindo as cargas de
superação das dificuldades que diferentes mercadores por dife-
assoberbavam a vida de cada rentes animais de tal forma que,
um ou da própria comunidade. se uma se perdesse no caminho,
Percebeu-se que era mais fácil o prejuízo seria dividido entre
suportar coletivamente os efei- todos. Acrescentam ainda que
tos dos riscos que atingiam iso- que os fenícios, em 1.600 a.C.
ladamente as pessoas. O auxílio realizavam acordos de mutuali-
de muitos para suprir a neces- dade para a reposição de barcos
sidade de poucos amenizava as perdidos e a criação de fundos
consequências danosas e for- de reserva para fazer frente a
talecia o grupo. A mutualidade, perdas futuras.
pois, uma condição altamente
proveitosa para a coletividade
sujeita aos mesmos riscos. Na Babilônia, no século 23
Foi a mutualidade que serviu a.C., os cameleiros que atraves-
de suporte a todos os sistemas savam o deserto em caravanas
de prevenção ou reparação de para comercializar animais se
danos, oriundos dos riscos que preveniam dos riscos inerentes
interferem na atividade humana. às longas viagens, como morte
ou desaparecimentos de ani-
mais, com a cotização de recur-
A literatura dedicada a esse tema revela sos para entregar outro animal
que essa prática já era realizada há cen- ao membro do grupo que fosse
tenas de anos, ainda na era medieval. prejudicado com a materializa-
ção do risco.
14
O segmento de proteção veicular não são fiscalizadas pela Susep, pelo
cresceu e se desenvolveu em face das simples fato de não praticarem seguro.
condições excludentes praticadas pelo Não compete à Susep essa fiscalização
mercado segurador mercantil. Diferen- nas entidades mútuas, pois, conforme
temente do mercado segurador empre- amplamente explicado, praticam rateio
sarial, que é excludente, a proteção vei- de despesas já experimentadas pelos
cular é inclusiva, levando fácil acesso participantes, enquanto o mercado se-
às pessoas e aos consumidores, que gurador cobra do segurado ao mensu-
necessitam de proteção patrimonial, rar previsão futura.
mas que simplesmente não são aceitos Na contramão da cotidiana morosi-
pelo arcaico mercado tradicional. dade estatal, as entidades mútuas já se
Contudo, mesmo havendo diversos be- organizaram e criaram a Agência de
nefícios aos consumidores, é nítido que Autorregulamentação das Entidades
o mercado segurador tradicional realiza de Autogestão de Planos de Proteção
diversas pressões para que o segmento Contra Riscos Patrimoniais7 (AAAPV).
mutualista não cresça, independente- Como o trabalho realizado no segmen-
mente da opinião do consumidor. to das entidades de proteção veicular
Um dos argumentos é que as entida- é baseado no mutualismo, entende-se
des mutualistas não são fiscalizadas apropriado que as entidades se orga-
pela Susep e, por esse motivo, supos- nizem e realizem a autorregulação, ba-
tamente trabalham à margem da lei. seadas na essência do mutualismo que
De fato, as associações e cooperativas praticam em seu cotidiano.
DIEGO DANIELI
REFERÊNCIAS Advogado, graduado em
Utilize a câmera do seu Gestão de Cooperativas, pós-
celular para acessar as graduado em Direito Civil e
referências via QR Code. Processo Civil e pós-graduando
em Direito Regulatório
A ORGANIZAÇÃO
ESTATUTÁRIA E
REGIMENTAL DAS
ASSOCIAÇÕES E
O REFLEXO NAS
DECISÕES JUDICIAIS
PARTE II
LEIA A PARTE I
Utilize a câmera
do seu celular
para acessar
via QR Code.
16
FOTO: FREEPIK
18
Apesar de nos depararmos com variada constitutivos, no regimento interno ou
gama de decisões judiciais, percebemos no regulamento de benefícios, seja por
que, em casos semelhantes, há aspectos meio das redes sociais. Diante disso, há,
que conduzem essas decisões de forma ainda, decisões desfavoráveis que “as-
bastante similar: o modo como a associa- sustam” todo o segmento.
ção se comporta, a imagem que divulga Por outro lado, as associações, que se
e, acima de tudo, a documentação que é estruturam num modelo no qual ficam
elaborada e fornecida aos associados. mais visíveis a definição de seus objeti-
Repetimos, mais uma vez, vos e os direitos e as obrigações
que os juízes, os promo- dos associados, têm sua le-
tores, os procuradores gitimidade reconhecida
da República e as no âmbito do Poder Ju-
demais autoridades diciário, bem como a
não são contra a validade das regras
organização de previstas nas suas
pessoas com ob- normativas.
jetivos comuns Após a análise
de se auxiliarem de tantas decisões
mutuamente. Não envolvendo asso-
é isso que está em ciações, estamos
questão no campo convictos de que o
jurídico, pois todas modelo de estrutura-
essas autoridades são ção da associação e o
cidadãos que, de uma desempenho de suas ati-
maneira ou de outra, tam- vidades, inclusive sua partici-
bém estão organizados em suas pação na mídia, são fatores de suma
entidades associativas – temos associa- importância para a consolidação da sua
ções de magistrados, de promotores, de legitimidade e da segurança na aplica-
procuradores da República, espalhadas ção das regras previstas em suas nor-
em diversos estados, e outras com repre- mas por parte do Poder Judiciário.
sentação nacional.
No entanto, as entidades devem estar
organizadas de acordo com os precei-
tos legais e os objetivos devem ser le- PATRICIA MÜLLER
Advogada, procuradora da
gítimos, morais e lícitos. Muitas vezes, AAAPV, mestre em Ciências
essa realidade não é bem demonstrada Jurídico-Políticas e professora
pelas associações de proteção veicular de Direito Constitucional
e benefícios mútuos, seja nos seus atos
20
CAPA
SERVIÇOS
Deputado João Campos (PRB/GO), maior articulador em favor das associações
ÚTEIS E
de benefícios mútuos dentro da Câmara dos Deputados, conta quais são os
próximos passos do projeto de Projeto de Lei (PL) nº 3139/2015 – aprovado
na Comissão Especial e transformado em Projeto de Lei Complementar (PLP)
IMPORTANTES
– e qual será a estratégia para aproveitar a vasta matéria do PL nº 5571/2015,
propositura de autoria do parlamentar que foi apensada ao PLP 3139/2015.
PARA O
CIDADÃO
Apesar de conhecer o trabalho das associações e das
cooperativas de proteção patrimonial há pouco tempo,
a deputada federal Aline Gurgel (REP/AP) afirmou
que, desde que trabalhem cumprindo seus deveres,
os serviços oferecidos pelas entidades são muito
úteis para a população brasileira na defesa de seu
patrimônio. Durante o bate-papo, ela ainda orientou
como conseguir um novo processo de discussão
para a regulamentação das mútuas na Câmara dos
Deputados: “é necessário que as lideranças do setor
se centralizem com o objetivo a ser conquistado”.
ser regulamentadas. A
senhora conhece o ser-
viço oferecido por es-
“ As associações centralizem com o objetivo
a ser conquistado, procu-
rando o Congresso Nacio-
sas entidades? Se sim, de proteção nal e seus representantes,
o que pensa a respeito?
veicular devem visando à apresentação
de propostas em benefício
DEP. ALINE GURGEL - se manifestar do setor. A aprimoração, a
Conheci esse tipo de inserção ou a adequação
serviço há pouco tem- sobre os assuntos legislativa se fará neces-
po. Penso que, desde que
trabalhem de forma legí-
de seu interesse, sária dentre suas necessi-
dades. As associações de
tima, dentro da lei e cum- fazendo com proteção veicular devem
prindo seus deveres junto se manifestar sobre os as-
aos seus associados, são que a Casa tenha suntos de seu interesse,
serviços que podem ser
muito úteis e importantes
conhecimento de “ fazendo com que a Casa
tenha conhecimento de
para o cidadão na defesa seus anseios seus anseios.
de seus patrimônios.
É possível, dentro da Câmara dos De-
putados, abrir um novo processo de ANDREW SIMEK
discussão para a regulamentação do Editor-chefe da Revista
setor? AAAPV, jornalista e
pós-graduado em
Gestão da Comunicação
DEP. ALINE GURGEL - Sim, para isso é e Crise de Imagem
necessário que as lideranças do setor se
26
EXPANSÃO
O DESAFIO DA
CONSOLIDAÇÃO
NO CAMINHO DA
REGULAMENTAÇÃO
N
o mês de abril de 2021, assu- Com pouco mais de 30 mútuas ativas e
mimos a presidência do Fundo adimplentes, o FGRS carece de verdadeira
Garantidor Contra Riscos Sis- confiança e adesão da base de filiados da
têmicos (FGRS), com a árdua AAAPV. Conforme passado pela diretoria
tarefa de substituir um dos mais ativos de assuntos institucionais, há grandes
participantes do processo de regulamen- chances de que, realmente, o processo de
tação do associativismo no Brasil, Lean- regulamentação passe pelo Projeto de Lei
dro Ribeiro, meu amigo e a quem tenho (PL) do deputado federal Lucas Vergílio
profunda admiração. Na pauta dessa (Solidariedade – GO), o qual antes visa-
“passada de bastão”, para além do peso de va a nos colocar na ilegalidade e, após
suceder um grande líder do setor, propu- o brilhante trabalho da AAAPV, encami-
semos dar um passo a mais na definitiva nhou-nos para a tão esperada regulari-
consolidação do FGRS com a participa- dade da proteção veicular. Na relatoria
ção, se não de todas, mas da grande maio- do deputado federal Vinicius Carvalho
ria das mútuas filiadas à AAAPV. Aceita- (Republicanos - SP), ficou comprovado
mos a missão de, após o pioneirismo da que algum mecanismo de garantia seria
AAAPV, sob liderança do Dr. Raul Canal, fundamental e que o nosso fundo atende
na criação do FGRS, mostrar para quem plenamente aos anseios do legislador.
antes criticava que, sim, as mútuas têm Para que tenhamos uma melhor identi-
garantias e, ainda, buscar a definiti- ficação, por parte de nossos associados,
va adesão em massa, fazendo com que a respeito da importância do Fundo nas
o Fundo tenha o tão almejado peso no escolhas entre Proteção Veicular x Segu-
olhar do regulador e na confiança da ro Tradicional ou entre uma mútua e ou-
escolha de associados entre uma mútua tra, no mês de junho, ficou decidido que
e outra ou mesmo entre proteção veicu- as redes sociais e o site do FGRS rece-
lar e seguro tradicional. beriam atenção especial. Definimos, por
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REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO
INOVAÇÃO
UMA LIÇÃO
QUE A DISNEY
TEM A NOS
ENSINAR SOBRE
ATENDIMENTO
AO ASSOCIADO
A
assistência 24 horas, muitas elétricas, defeitos mecânicos e eventos
vezes, serve como importante que impossibilitem o deslocamento do
ferramenta para escolha de a veículo, a saída para o associado é soli-
qual mútua o cidadão vai se citar o auxílio de um reboque. Detalhes
associar para proteção de seu veículo. do benefício ofertado devem ser muito
Cada associação oferece uma gama di- bem esclarecidos pela associação no
ferente de benefícios e atendimentos 24 seu Regulamento, como quilometragem
horas, que vão desde o básico auxílio oferecida, quantidade de acionamen-
para troca de pneus, até o translado de tos por mês ou por ano e condições de
acompanhante em caso de hospitaliza- atendimento.
ção do associado por acidente em via- Uma questão que causa muita dúvida
gens. As opções são inúmeras e surgem e, por vezes, já chegou ao Judiciário é
novas a cada dia. se o serviço de reboque compreende ou
No entanto, o benefício campeão de não equipamentos especiais para remo-
acionamentos ainda é o famoso rebo- ção do veículo do associado, a exemplo
que. Em situações de colisão, panes de guindastes e Muncks.
30
A situação normalmente é a seguin- da ocorrência ou não de irregularida-
te: o veículo do associado sai da pis- des no ato da condução do veículo.
ta e cai em uma ribanceira. Ora, dessa Contudo, se, por outro lado, a diretoria
forma, a prancha do caminhão rebo- da associação decidir que oferece ape-
que não conseguirá rebocar o veículo. nas benefício de reboque, mas não de
Qual a solução? guindaste, a descrição da diferenciação
Minha primeira recomendação é no deve estar, de maneira clara, transpa-
sentido de que, para bem servir ao as- rente e de fácil entendimento, escrita em
sociado, deve ser prestado o atendi- negrito no Regulamento do Programa.
mento completo, incluindo o guindaste Segundo o Código de Defesa do Con-
e o reboque, afinal o veículo está em sumidor (CDC), o qual alguns defendem
condição de risco e deve ser resgatado. que não se aplica às associações de
Obviamente que isso não implica neces- proteção patrimonial – mas isso é as-
sariamente no deferimento da indeniza- sunto para outro artigo –, em seu art.
ção para reparo do veículo, pois cabe 54, §4º, as hipóteses de restrição devem
ainda a sindicância para a identificação estar destacadas nos contratos.
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ASSOCIAÇÃO,
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EVOLUÇÃO,
EXPANSÃO E
INOVAÇÃO
34
D
esde os primórdios da huma- Hoje, os perigos e riscos não são os
nidade, o ser humano realizou mesmos que tivemos que enfrentar du-
relações sociais que o permiti- rante o nosso processo evolutivo, mas
ram sobreviver aos perigos, se isso não quer dizer que eles não existam.
adaptar às mudanças e se tornar a atual Em 2018, a Presidência da República
espécie dominante do planeta. Entre es- decretou intervenção federal no estado
sas ligações sociais, está a cooperação, do Rio de Janeiro. Em 2021, São Paulo
uma associação baseada entre indivídu- superou 30.000 furtos entre janeiro e
os ou organizações, que utilizam métodos maio. Esse cenário de roubos, furtos e
para beneficiar os membros de um grupo. violências se repete em outros estados.
Naturalmente, somos seres associativos Diariamente somos bombardeados com
e cooperamos com outros indivíduos em notícias sobre criminalidade, violência e
diversos momentos da nossa vida. Atitu- instabilidade financeira que afetam dire-
des como ajudar, trocar e emprestar per- tamente e indiretamente a vida da popu-
mitiram desenvolvermos todo o conceito lação e geram um sentimento de despro-
de sociedade que conhecemos. teção. Diante dessa situação, o cidadão
36
ções e as cooperativas permaneceram viços diferenciados, fora a proteção vei-
evoluindo, crescendo e modernizando. cular, tais como: assistências residenciais,
Cartão de Crédito com ou sem anuida- clube de vantagens, além de orientações
de? Bancos com taxas de manutenção médicas e jurídicas. Esse constante cres-
ou bancos digitais sem taxas? Análise de cimento de benefícios e a busca por no-
Crédito, entrevista com o gerente do ban- vas parcerias demonstram que esse seg-
co, diversos documentos para assinar ou mento tem como principal objetivo não
abrir uma conta em um banco digital, sen- apenas suprir as necessidades protetivas
tado no sofá da sua sala, e ser aprovado dos associados, mas também melhorar a
em poucos minutos, enquanto assiste seu qualidade de vida e fornecer experiências
programa preferido na TV? É exatamen- incríveis para eles.
te isso! Analogias que mostram como a Quando um cidadão se envolve em um
praticidade, a ausência de burocracia e a acidente ou roubo, ele não quer ficar de
otimização de processos confirmam que mãos vazias, especialmente consideran-
a sociedade está cada dia mais inclinada do as condições econômicas necessárias
a buscar acessibilidade e a usufruir de para comprar um novo veículo ou repa-
segurança e proteção. rá-lo. Isso não quer dizer que ele não en-
Não tem volta. Como a tecnologia, o tenda a necessidade de haver um custo
associativismo veio para ficar e evoluir, para isso. Pelo contrário, compreende a
expandir e melhorar. Ao ficarem maiores inevitabilidade dos valores de cotas men-
e mais sofisticadas, essas organizações sais e as cotas de participações presentes
progrediram para oferecer diversos ser- nas associações e cooperativas.
Há algo que é importante salientar: Hoje, nossos associados não são mais
existem associações e cooperativas que marcados como aqueles que os seguros
darão toda segurança, tranquilidade e rejeitaram, mas, sim, como cidadãos que
atendimento para seus associados. En- possuem o direito de lutar pelo pão de
tretanto, também existem, como em todo cada dia. Não são pessoas que vivem
serviço, benefício ou produto, associa- em zonas desfavorecidas, porém pes-
ções e cooperativas que não possuem a soas que vivem em lugares que amam
mesma excelência em serviços. É nessa e que fazem parte da sua história. São
hora que precisamos buscar associações mães, pais, filhos que possuem o direi-
que sejam filiadas à AAAPV, que tem o to de proteger as suas conquistas. Por-
compromisso de fortalecer o movimento que foi assim que a humanidade chegou
associativo e suas relações com a socie- até aqui. Entendemos que unidos somos
dade, além da missão de fiscalizar e mo- mais fortes e que juntos alcançaremos
nitorar esse segmento. lugares ainda maiores.
EDUARDO DIAS
REFERÊNCIAS Doutor em Missiologia,
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Direito Humanitário
38
REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 39
ESPECIAL 5 ANOS DA AAAPV
MEIA DÉCADA DE
MUITOS AVANÇOS
Neste ano, a AAAPV (Agência de Autorregulamentação das Entidades de Autogestão de
Planos de Proteção Contra Riscos Patrimoniais) completou 5 anos de existência. Com
eles, foram celebrados, também, muitos avanços conquistados pelas mútuas no País. A
frase “a união do rebanho obriga o leão a ir dormir com fome” nunca fez tanto sentido.
A regulamentação do setor, uma luta antes ignorada pelas autoridades, ganhou força
e notoriedade e está cada vez mais próxima. Com certeza, a AAAPV, principal entidade
representativa do setor no Brasil, tem papel fundamental nesse processo. Confira alguns
dos principais momentos de nossa trajetória.
26/04/16
Fundação da AAAPV
No dia 26 de abril de 2016, a AAAPV, entidade que não tem fins econômicos, mas, sim, o
compromisso de fortalecer o movimento associativista e suas relações com a sociedade,
além de contribuir para o desenvolvimento econômico social e sustentável do País, foi
fundada. Com ela, nasceu, também, a missão de redirecionar e aprimorar o caminho do
mutualismo no País.
40
Em assembleia, associações filiadas à AAAPV
aprovam reforma do Estatuto Social
Em celebração a um ano da AAAPV, foi realizada a reforma do Estatuto So-
cial, em acordo com as associações filiadas unanimemente. Um novo dire-
tor, Leandro Ribeiro (Múltipla), foi apresentado e esclareceu dúvidas sobre
o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Além disso, foram debatidos
assuntos como o caso de um cartório que proibiu o registro e as atualiza-
ções de novas associações no Rio de Janeiro; a prestação de contas com
todos os gastos da AAAPV durante o ano de criação; a criação de cursos de
especialização para os filiados; as audiências públicas que contaram com
as participações da entidade, e a exclusão de associações que passassem a
ter três ou mais contribuições atrasadas.
2 4
6 8
5 7
44
Deputado Assis Carvalho pede
celeridade no andamento do PL n.º
3.139/2015 e favorece associações
de benefícios mútuos
9 11
10 12
13 15
14
48
Representantes de entidades de
proteção veicular lotam plenários
e, mais uma vez, mostram força
do movimento
Vestidos de amarelo, estavam os represen-
OCB nacional visita sede da AAAPV tantes das associações de proteção veicular
e da Protege Auto em Brasília e cooperativas. De azul, os emissários das
corretoras de seguros. A Audiência Pública
A Organização das Cooperativas Brasi- do PL n.º 3.139/2015, que debateu a atua-
leiras (OCB) se reuniu com a AAAPV e a ção das mútuas e cooperativas no Brasil, en-
associação Protege Auto para discutir a cheu três plenários da Câmara dos Deputa-
importância das associações no País e o dos, com participação massiva da população
funcionamento, na prática, do trabalho da adepta e que defende o chamado “mercado
AAAPV. Os analistas técnicos e econômicos alternativo”. O debate contou com diversas
da OCB, Tiago de Barros Freitas e Flávia perguntas e apresentações de peso dos re-
Zerbinato, declararam presença na audiên- presentantes das associações de proteção
cia pública do PL n.º 3.139/2015 em apoio veicular em comparação com poucas repre-
à AAAPV. sentações do setor de seguros.
16 18
17 19
21 23
20 22
50
Relator do PL n.º 3.139/2015 diz:
“tentei fazer seguro para meu
carro e não consegui, porque
disseram que ele era velho demais”
24 26
25 27
29 31
28 30
Secretária da Senacon e
deputado Leonardo Quintão
se reúnem com a AAAPV Autoridades se posicionam a favor da
regulamentação das mútuas em audiência
A AAAPV solicitou uma reunião com pública do PL n.º 3.139/2015
a secretária da Senacon, Ana Carolina
Caram, e com o deputado Leonardo A regulamentação das associações de benefícios mú-
Quintão. O pedido foi atendido com tuos era o maior desejo das autoridades presentes
um encontro no Palácio da Justiça. O na audiência pública da Comissão Especial do PL
objetivo foi esclarecer a relação das n.º 3.139/2015, realizada na Câmara dos Deputados.
associações de proteção veicular com Isso porque, em todas as exposições, parlamentares
os membros e como a Agência preten- presentes e representantes do Ministério Público, do
dia caminhar para a autorregulamen- Ministério da Fazenda e do Tribunal Regional Federal
tação com os apoios do Ministério da da 1ª Região falaram da necessidade de normatização
Justiça e da Câmara dos Deputados. da atividade de proteção veicular.
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Primeira leva de associações
Representantes de associação no é cadastrada no Portal do
Rio de Janeiro concluem curso de Consumidor, do Ministério
Formação em Vistoria da Justiça
Uma capacitação foi oferecida por meio A AAAPV cadastrou a primeira leva de
de parceria com a Bridge Solutions aos associações filiadas ao Portal do Con-
filiados à AAAPV com desconto exclusivo. sumidor, do Ministério da Justiça. Nas
Formou-se a primeira turma do curso de semanas seguintes, as 18 entidades de
Formação em Vistoria, com representan- benefícios mútuos já estavam em uma
tes da associação Auto Visa Rio, do Rio aba específica criada somente para a ati-
de Janeiro. Todos receberam o certifica- vidade de proteção veicular. A iniciativa
do após obterem nota máxima no quesito só foi possível pelo intermédio e apoio
avaliação geral. O conteúdo programático do DNPC e da Senacom. Foram aceitas, no
era composto por matérias que envolviam convênio, as associações e cooperativas
critérios de avaliação, análise estrutural e que assinaram um protocolo do Ministé-
parecer técnico. O objetivo era preparar os rio, por meio do qual se comprometiam a
colaboradores para a realização de verifi- responder às reclamações em até 10 dias
cações nas partes estruturais dos veículos corridos.
e identificação de avarias, cortes ou repa-
ros significativos.
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Nota de repúdio e esclarecimento sobre
Certificado de os fatos veiculados no RJTV e no O Globo
reconhecimento público A AAAPV teve conhecimento do conteúdo divulga-
e ovos de Páscoa são do no dia 3 de março pelo Jornal O Globo e pelo
entregues a parlamentares programa RJTV, da Rede Globo, na reportagem “Co-
defensores do mutualismo operativas de veículos pagam a traficantes para
A AAAPV entregou 47 certifica- resgatar carros roubados em Belford Roxo”. Em
dos de reconhecimento público respeito às 19 mútuas filiadas no estado, a AAAPV
em aço escovado e 65 ovos de declarou que os fatos não condiziam com a realida-
Páscoa a parlamentares que, no de das associações e cooperativas de proteção vei-
ano de 2017, destacaram-se pelo cular filiadas, tendo em vista que todas seguiam as
trabalho em prol do associati- regras estabelecidas no Estatuto Social da Agência,
vismo de benefícios mútuos. A o qual é claro no sentido de abominar atos ilegais;
ação repercutiu nos corredores que as associações e cooperativas passaram a ser
da Casa. Os chocolates eram per- vítimas desse sistema criminoso de “resgate de ve-
sonalizados com a foto e o nome ículos” e não os agentes causadores; e que, como
do parlamentar e com a logo da era sabido, em virtude do alto índice de crimes e da
AAAPV, sendo acompanhados de extrema seletividade e exclusão das seguradoras,
um cartão escrito pelo presiden- as cooperativas e associações de proteção veicular
te da Agência, Raul Canal. se tornaram, para alguns, o único meio de proteger
seus bens e, para outros milhares, um meio acessí-
vel e confiável.
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Sóstenes Cavalcante, presidente
do Sindicato dos Cartórios do RJ, e
associações se reúnem em encontro
promovido pela AAAPV
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Deputado Leonardo
Quintão recebe mais de Duas instituições são notificadas pela AAAPV
30 associações em evento após publicarem notícias tendenciosas sobre
promovido pela AAAPV criminalização das mútuas
O deputado federal Leonardo Com o intuito de inibir a propagação de notícias ten-
Quintão recebeu mais de 30 as- denciosas, o Departamento Jurídico da AAAPV enca-
sociações de benefícios mútuos minhou Interpelações Admonitórias Extrajudiciais ao
e prestadoras de serviço em Belo SINCOR/GO e à Seguradora Suhai. No começo do mês
Horizonte (MG). O evento, orga- de junho daquele ano, as instituições veicularam infor-
nizado pela AAAPV em parceria mações equivocadas sobre a tramitação do então PL
com a assessoria do parlamentar n.º 3.139/2015, agora PLP n.º 519/2018. O SINCOR/
mineiro, discutiu a tramitação do GO, no Instagram, afirmou que a proposição havia sido
PLP n.º 3.139/2015 e as perdas aprovada e que as mútuas poderiam “comercializar ape-
com a leitura do relatório substi- nas ‘proteção’ contra riscos patrimoniais, sendo impedi-
tutivo no mês anterior. das de atuar no ramo de pessoas”.
O serviço prestado pelas mútuas filiadas Em junho de 2018, teve início a veicu-
à AAAPV foi reconhecido em Minas Ge- lação de uma campanha sobre a lega-
rais como o de melhor qualidade e com lidade das associações e cooperativas
maior índice de confiabilidade. Visando, de proteção veicular no Rio de Janeiro
porém, ao aprimoramento das relações e em outros três estados. A ação foi pro-
com os associados, as entidades se reu- movida entre a AAAPV e 13 mútuas do
niram em um encontro promovido pela Rio. As propagandas eram transmitidas
Agência para alinhar a conduta e evitar diariamente na TV Band e na Band News
eventuais problemas. Cerca de 30 pesso- local, principalmente nos intervalos de
as, representando 18 mútuas, participa- programas apresentados pelo jornalista
ram do evento, realizado na sede de uma Ricardo Boechat. O objetivo era mitigar
filiada em Belo Horizonte (MG). Ações as atrocidades divulgadas pela mídia
prejudiciais de consultores, metodologia nos meses anteriores, que tendenciosa-
de vistoria, cobertura de terceiro e ava- mente ligavam as associações de benefí-
cios mútuos a organizações criminosas
liações de prestadores foram alguns dos
de roubo e “sequestro” de automóveis.
temas abordados.
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Reunião com associações de Sergipe
e Alagoas discute medidas judiciais
contra emissora de televisão
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Autoridades se reúnem para
discutir medidas contra ações
Termina a participação da movidas pela Susep
AAAPV na FENAPROVE
As ações civis públicas movidas pela Susep
A AAAPV encerrava sua participação na contra as mútuas foram o centro das discus-
FENAPROVE 2018, considerado o maior sões entre o presidente da AAAPV, o diretor
evento do setor de benefícios mútuos já de relações parlamentares José Eduardo e
realizado no País. Além do estande, a Fei- diversas autoridades que estiveram na sede
ra, realizada no Actuall Convention, em da Agência. O ex-presidente e o assessor par-
Contagem (MG), contou também com pa- lamentar da AMB (Associação dos Magistra-
lestras do presidente da AAAPV, Raul Ca- dos Brasileiros), Henrique Nelson Calandra e
nal, e do procurador-geral, Renato Assis. Luís Fernando Pimentel, respectivamente, o
O intuito do encontro, que teve início no ex-assessor do procurador-geral da Repúbli-
dia 11 de setembro, era promover con- ca Geraldo Brindeiro, José Alexandre Morais,
tatos produtivos entre as associações e o decano da advocacia da capital da Repúbli-
os fornecedores de tecnologia, produtos ca, Celso D’Ávilla, e o advogado Vitor Bezerra
e soluções. participaram da reunião.
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Associação de Alagoas
arrecada mais de Presidência discute implementação
1 tonelada de alimentos de TAC com ministro e procurador-
em almoço entre amigos geral da República
Mais uma edição do Churrasco entre A implementação do TAC (Termo de Ajusta-
Amigos, unindo o associativismo de be- mento de Conduta) por parte das mútuas foi
nefícios mútuos e a preocupação com discutida entre o presidente da AAAPV, Raul
o bem-estar social, arrecadou mais de 1 Canal, o ministro Fabio Medina Osório e o
tonelada de alimentos não perecíveis. As procurador-regional da República na 1ª Re-
doações foram encaminhadas para insti- gião e representante da 3ª Câmara do MPF,
tuições de caridade do estado. Cerca de Luís Augusto Santos Lima. A reunião aconte-
1.300 pessoas estiveram no evento, que ceu na sede do órgão, em Brasília (DF).
discutiu ações para fortalecimento do
Terceiro Setor.
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Sincor/ES é acusado de
difamar associações e juiz se
posiciona a favor das mútuas
AAAPV apoia o movimento
No Espírito Santo, três mútuas fi- internacional Maio Amarelo
liadas à AAAPV abriram uma ação
contra o Sincor/ES (Sindicato dos A campanha Maio Amarelo, que promoveria,
Corretores de Seguros e de Empre- durante todo o mês de maio, diversas ações
sas Corretoras de Seguros no Estado para conscientizar sobre segurança no trân-
do Espírito Santo) após a veiculação sito e redução de mortes, teve início no dia
de uma notícia falsa envolvendo o 1º de maio de 2019. A AAAPV foi uma das
nome das instituições. A publicação entidades que apoiou o movimento presente
afirmava que elas eram “seguradoras em mais de 27 países e que busca mobilizar
piratas” e que “sentenças proferidas a sociedade civil, autoridades e órgãos go-
pela Justiça determinaram o encerra- vernamentais, mantendo um maior diálogo
mento das atividades”, manchando a com a população, com o intuito de propagar
imagem das entidades. conhecimento e incentivar um trânsito mais
seguro no Brasil.
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Secretário de Cultura do DF
recebe presidente da AAAPV
para aprovação de pautas
Em um encontro amistoso, realizado no
dia 21 de maio de 2019, na Biblioteca Zico assina contrato de publicidade
Nacional, o Secretário de Cultura do DF, institucional com a AAAPV
Adão Cândido, discutiu com o presiden-
te da AAAPV e da ALACH, Raul Canal, O contrato, que firmava o ex-jogador Zico
diversas pautas relacionadas à cultura como garoto propaganda da campanha ins-
do Distrito Federal. Também participa- titucional da AAAPV sobre a legalidade e ido-
ram da reunião o vice-presidente da neidade das associações de proteção veicular
ALACH, Paulo Roberto de Castro, o se- e patrimonial brasileiras, foi assinado no dia
cretário geral, Carlos Araújo de Souza, e 10 de junho de 2019. Zico, à época, era o dé-
a diretora de eventos, Waynne Costa. A cimo brasileiro mais conhecido no mundo,
ideia, segundo Canal, era somar forças segundo o Pantheon, projeto elaborado pelo
para acelerar trabalhos como a revita- Instituto de Tecnologia de Massaschussets
lização do Teatro Nacional, fechado há (MIT). O criterioso estudo mostrava o então
pelo menos cinco anos naquela época, treinador na frente de figuras notórias como
e criar uma agenda de eventos culturais Ayrton Senna (11º lugar), Caetano Veloso
e científicos. (16º lugar) e Santos Dumont (23º lugar).
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Parte interna do Aeroporto
Internacional de Brasília fica
repleta de painéis com Conferência Bienal da ICMIF discute
a campanha “Proteção o futuro do mutualismo
Veicular é Legal” Mais uma vez o mutualismo entrou em dis-
cussão na Biennial Conference da ICMIF, só
De ponta a ponta, a campanha “Pro-
que desta vez como tema central. O Brasil foi
teção Veicular é Legal”, estrelada pelo
representado por apenas dois delegados, que
craque Zico, ganhou os corredores
são membros da AAAPV: o presidente, Raul
do Aeroporto Internacional de Brasí-
Canal, e o procurador-geral, Renato Assis. O
lia Presidente Juscelino Kubitschek. A
evento aconteceu dos dias 11 a 15 de novem-
iniciativa da AAAPV teve a intenção de
bro de 2019, em Auckland, Nova Zelândia.
conscientizar a população a respeito da
Foram, no total, 316 delegados de 37 países,
legalidade e da idoneidade das associa-
que discutiram, entre outros assuntos, a ino-
ções de proteção veicular e patrimonial
vação tecnológica, as mudanças climáticas,
brasileiras. Os pontos foram estrategi-
os riscos cibernéticos e o desenvolvimento
camente escolhidos: o primeiro, digital,
sustentável das comunidades, temas que im-
ficava na entrada do aeroporto, próxi-
pactavam diretamente o mercado mutualista
mo aos estandes de check-in e ao local
universal.
de conferência do bilhete de embarque.
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Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Mais de 300 para-brisas são trocados
Deputados, recebe deputados e autoridades por associação após chuvas de
em simpósio promovido pela AAAPV granizo no Rio de Janeiro
Realizado pela AAAPV em parceria com o deputado Diversas regiões da Baixada Fluminense e da
João Campos (REP/GO), o Simpósio Legislativo “A Região Serrana do estado do Rio de Janeiro
liberdade econômica e os novos paradigmas para o foram atingidas por chuva forte e granizo
mercado segurador” reuniu importantes expositores. no dia 25 de outubro de 2019. Na ocasião,
Juntos, eles trouxeram uma nova visão de futuro para internautas relataram a intensidade do tem-
os mais de 150 representantes de mútuas presentes. poral e divulgaram imagens que mostravam
O evento aconteceu no dia 3 de dezembro de 2019 a situação crítica no Rio, com diversos esta-
no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados. belecimentos destruídos e centenas de vidros
Com o tema “O socorro mútuo e seus avanços”, o quebrados pelas pedras de gelo. À época, uma
procurador-geral da Agência, Renato Assis, explicou associação filiada à AAAPV divulgou um rela-
tório, no qual contavam 616 chamados aber-
um pouco da história do mutualismo e o motivo des-
tos por causa desse fenômeno da natureza e
se setor ter voltado ao mercado.
351 para-brisas trocados.
74
Presidente da AAAPV se
reúne com mútuas do RJ em
teleconferência para melhorias
no setor mutualista do estado Dificuldades enfrentadas por
associações de SC em meio à
O presidente da AAAPV, Raul Canal, pandemia são discutidas em reunião
realizou uma teleconferência com 18 com a presidência e a diretoria
mútuas do Rio de Janeiro. A conversa,
que durou 90 minutos, levantou uma Em continuidade com as reuniões online, o
discussão sobre os problemas enfren- presidente da AAAPV promoveu um encontro
tados àquela época pelas associações virtual com representantes de 22 associações
sediadas no estado. As mútuas sofriam de proteção veicular de Santa Catarina filia-
com concorrência desleal, mercantilis- das à Agência no dia 8 de abril de 2020. A
mo e uma prática canibalista por par- conversa, que durou 90 minutos, tratou de
te de algumas entidades que não eram questões como inadimplência – que, em al-
filiadas à AAAPV. O presidente apre- gumas mútuas, supera os 30% –, redução do
sentou sugestões e se comprometeu a fluxo de caixa, “congelamento de novas ade-
adotar algumas providências previa- sões”, dificuldades com fornecedores de pe-
mente combinadas com os represen- ças e serviços e outros provedores externos
tantes das mútuas que participaram da por causa da pandemia que assolava o País
teleconferência. à época.
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REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 83
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
LGPD E O
TERCEIRO
SETOR:
POR QUE É PRECISO
SE ADEQUAR?
A
chegada da Lei Geral de Pro-
teção de Dados (LGPD), Lei
n.º 13.709, de 14 de agosto
de 2018, apresentou às or-
ganizações brasileiras uma visão que,
até então, pouquíssimas estavam pre-
paradas para lidar: o enorme fluxo de
dados pessoais e de natureza sensível
que manipulam diariamente.
Nesse imenso rol de organizações
pouco organizadas para essa nova re-
alidade, o Terceiro Setor se destaca em
certos aspectos, pois, além de atuar em
mercados não regulados e sem uma
legislação específica – como no caso
do socorro mútuo –, lida diariamente
com dados supersensíveis de associa-
dos, sobretudo pessoais, patrimoniais
84
REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 85
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
e econômicos. Logo, a guarda adequa- fim, 11% sequer sabem do que se trata.
da desses dados deve ser extremamen- É preciso dar ao tema a relevância que
te responsável, cautelosa e profissio- ele merece, focando no tratamento e no
nal. Frente a isso, temos a costumeira armazenamento de dados com a aten-
informalidade com a qual muitas enti- ção que essa nova realidade demanda.
dades são administradas, gerando um Mas, afinal, o que é a LGPD? O que
grande choque de conceitos. são dados pessoais sensíveis? Por que
Infelizmente, muitos profissionais e o Terceiro Setor e, principalmente, as
entidades, no Terceiro Setor, ainda es- entidades de socorro mútuo devem se
tão “engatinhando” quando o assunto preocupar?
é a LGPD, não tendo se adequado e mo-
dernizado sua atuação nesse sentido, O QUE É A LGPD, COMO ELA FOI
mesmo após a vigência da Lei e faltan- CRIADA E QUEM VAI FISCALIZAR
do poucos dias para o início da aplica-
ção das pesadas penalidades previstas, Aprovada em maio de 2018, a LGPD
que podem chegar a R$ 50 milhões. entrou em vigor em setembro de 2020.
Segundo pesquisa feita pelo Institu- A Lei adota critérios, baseados nos di-
to para o Desenvolvimento do Inves- reitos fundamentais de liberdade e de
timento Social (IDIS), somente 1% das privacidade, para estabelecer regras a
entidades do Terceiro Setor já se ade- respeito de coleta, tratamento e arma-
quou às regras da Lei; 19% já teriam zenamento de dados pessoais (que são
iniciado o processo; 69% já ouviram todas as informações relativas a uma
falar da Lei, mas ainda não se movi- pessoa viva, identificada ou identificá-
mentou no sentido de a atender; e, por vel), bem como o conjunto de informa-
86
ções distintas que podem levar à iden- fiscalização de como os setores públi-
tificação de uma determinada pessoa. co e privado estão aplicando as regras
A LGPD coloca o Brasil na linha de previstas na Lei. Ou seja, é à ANPD que
uma tendência mundial de tratamento você deverá responder em casos rela-
de dados, que cresceu após inúmeros cionados à violação da LGPD.
casos de vazamentos desse tipo de in-
formações em todo o mundo, como o DADOS PESSOAIS E
famoso wikileaks e o recente “vaza-ja- SENSÍVEIS NA LGPD
to”. Nossa Lei foi baseada na legislação
europeia, a General Data Protection Dados pessoais são informações
Regulation (GDPR), regulamento apro- como nome, endereço físico, endereço
vado pela União Europeia em maio de de correio eletrônico, contas em mí-
2018. Com a vigência da LGPD, nos dias sociais, telefone, números de do-
tornamos um dos mais de 126 países cumentos, dados de localização e en-
do mundo que possuem legislação es- dereços de IP (protocolo de internet),
pecífica para a proteção de dados. isto é, são dados relacionados à pessoa
O órgão responsável pela fiscalização natural identificada ou identificável,
da nova legislação é a Autoridade Na- de forma inequívoca.
cional de Proteção de Dados (ANPD), Já o dado pessoal sensível diz respei-
regulamentada pelo Decreto n.º 10.474, to à origem racial ou étnica; convicção
de 26 de agosto de 2020. Ligada ao Mi- religiosa; opinião política; filiação ao
nistério da Justiça, conta com adminis- sindicato ou à organização de caráter
tração pública federal indireta e orça- religioso, filosófico ou político; infor-
mento próprio, tendo como objetivo a mações referentes à saúde, vida sexu-
88
É PRECISO SE ADEQUAR um caminho: o da evolução. No entan-
O QUANTO ANTES to, tal evolução depende de uma gestão
moderna e eficiente, de um direciona-
Em vigor desde janeiro de 2021, a mento jurídico assertivo e do engaja-
aplicação das penalidades, previstas mento de todos os níveis hierárquicos
em caso de infração, teve início em das instituições.
agosto de 2021. Contudo, a LGPD não Os diretores das associações e de-
deve ser vista com temor pelas orga- mais entidades do Terceiro Setor de-
nizações, visto que a implantação das vem enxergar a Lei como uma grande
medidas acautelatórias é perfeitamen- oportunidade para reforçar o contro-
te possível, desde que conduzida pelos le e o fluxo das informações que ali-
profissionais adequados. Portanto, o mentam suas operações, alinhando
tratamento de dados não deve ser vis- suas rotinas às exigências legais. Essa
to como uma mera exigência regulató- mudança de hábitos certamente possi-
ria ou um “pequeno projeto de TI”, até bilitará a construção de um ambiente
porque os dados pessoais não são ex- de inteligência de dados mais robusto,
clusivamente eletrônicos, mas também organizado e preparado, fornecendo
se encontram em meio físico. mais segurança jurídica e, até mesmo,
Engajamento, mudança cultural e boa melhores resultados para a entidade e
gestão são elementos fundamentais seus associados.
para a estruturação de um programa
efetivo e eficaz de governança, que re-
flita positivamente em toda e qualquer RENATO ASSIS
Advogado, especialista
organização.
em Terceiro Setor e
E a pandemia provou, mais uma vez, procurador-geral da
que o Terceiro Setor só aponta para AAAPV
90
DIFERENÇAS
ENTRE O SEGURO
MÚTUO E O
SEGURO A PRÊMIO
O
início da história do mercado toda operação seguradora é o mutualis-
segurador no mundo tem sua mo. Como define o juiz de direito do es-
origem na região da Mesopo- tado de São Paulo Eduardo Calvert:
tâmia, cerca de 2.250 anos
antes da era cristã, quando os conduto-
res de caravanas se uniam para se pro-
O mutualismo é uma das caracterís-
tegerem das perdas de seus burros de
ticas mais destacadas e importantes
transporte causados por ladrões e ani-
do contrato de seguro, sendo tratado
mais selvagens. Pode-se citar diversos
pelos autores ora como elemento es-
registros de iniciativas semelhantes na
sencial do seguro, ora como um dos
história da humanidade, como os foenus
princípios que regem esses contra-
nauticus ou empréstimos marítimos a
tos. O mutualismo baseia-se na con-
risco, que ocorreram entre gregos, fení-
cepção de que é mais fácil suportar
cios e romanos, ou o modelo criado pelo
coletivamente as consequências da-
banqueiro italiano Lorenzo de Tonti das
nosas dos riscos individuais do que
tontinas no século XVII.
deixar o indivíduo, só e isolado, ex-
Durante os mais de quatro mil anos de
posto a essas consequências.
história do mercado segurador, os concei-
O mutualismo caracteriza-se, por-
tos evoluiram consideravelmente. Entre-
tanto, por uma comunidade subme-
tanto, apenas no final do século XVII, du-
tida aos mesmos riscos, um agru-
rante a revolução industrial na Inglaterra,
pamento de pessoas expostas aos
surgiram as primeiras sociedades segura-
mesmos perigos, às mesmas proba-
doras em modelo mais próximo do atual.
bilidades de dano, que decidem con-
Destaca-se a Lloyd’s, do mercado segura-
tribuir para a formação de um fundo
dor ingles, criada por Edwar Lloyd’s em
capaz de fazer frente aos prejuízos
sua taberma, que opera até os dias atuais.
sofridos pelo grupo.1
Dentre os conceitos desenvolvidos nes-
se período, percebeu-se que a base de
92
midos. Devido a essa particularidade, os
Art. 14. As sociedades mútuas valores variam conforme as osclilações
constituir-se-ão com o número mí- das indenizações.
nimo de 500 (quinhentos) sócios Atualmente, com as mudanças de legis-
fundadores, residentes no País, e lação, não existem leis específicas que
um fundo inicial nunca inferior a regulamentem a operação das Segura-
1.000:000$0 (mil contos de réis), doras Mútuas no Brasil. Entretanto, é
quando tiverem por objeto opera- importante frisar que os conceitos de
ções de seguros de um dos grupos a mutualismo utilizados por elas são em-
que se refere o art. 40.4 basados em tradições milenares. Fora
do Brasil grandes entidades têm suas
operações baseadas neste modelo, com
As seguradoras mútuas são, portanto, a americana Liberty Mutual, a francesa
realidade antiga do mercado segurador MACIF e a inglesa NFU Mutual.
brasileiro. O art. 1.467 supracitado de- Não existem números oficiais, entre-
monstra que, diferentemente do seguro tanto, estimativas demonstram que as
a prêmio, no qual o valor é definido pelo mútuas brasileiras já faturam anualmen-
segurador, no seguro mútuo o valor de te entre R$ 7,1 e R$ 9,4 bilhões, contando
contribuição de cada associado depende com mais de 4 milhões de associados.
do montante de indenizações a serem re- Mesmo durante a pandemia, a tendência
alizados pela entidade. O valor cobrado de crescimento permanece, o que de-
de cada associado é justamente o rateio monstra o amadurecimento do setor e o
dos prejuízos gerados pelos riscos assu- grande ganho social gerado.
ENRICO NETO
REFERÊNCIAS Consultor da AAAPV,
Utilize a câmera do seu sócio-diretor da Hinova
celular para acessar as Atuarial e especialista
referências via QR Code. em Estatística e
Auditoria de Entidades
do Terceiro Setor
DESREGULAÇÃO DO
SEGURO DPVAT:
MONOPÓLIO ILEGAL DA
EXPLORAÇÃO DO DPVAT
94
P
or obrigação legal/normativa, não superior a 10 passageiros e ôni-
em todos os modais de transpor- bus, micro-ônibus e lotações sem
te (ferroviário, aéreo, aquaviário cobrança de frete (urbanos, interur-
e terrestre), há a imposição de banos, rurais e interestaduais);
contratação de seguro. Cada um dos mo- V – Categoria 9 – motocicletas, mo-
dais com suas particularidades. No caso tonetas, ciclomotores e similares; e
de transporte terrestre – excluindo-se o VI – Categoria 10 – máquinas de
coletivo remunerado –, tem-se o Seguro terraplanagem e equipamentos mó-
DPVAT (Seguro por Danos Pessoais por veis em geral, quando licenciados,
Veículos Automotores Terrestres), que foi camionetas tipo “pick-up” de até
criado por lei, regulamentado por ato ad- 1.500 kg de carga, caminhões e ou-
ministrativo e outorgado sem concorrên- tros veículos.
cia ao particular. Parágrafo único. A Categoria 10 in-
A Resolução do Conselho Nacional de clui, também:
Seguros Privados (CNSP) n.º 154, de 08 de I – veículos que utilizem “chapas de
dezembro de 2006, e a Portaria da SUSEP experiência” e “chapas de fabrican-
(Superintendência de Seguros Privados) te”, para trafegar em vias públicas,
n.º 2.797, de 04 de dezembro de 2007, dispensando-se, nos respectivos bi-
criaram um monopólio natural. Outor- lhetes de seguro, o preenchimento de
garam ao consórcio, sem contrapresta- características de identificação dos
ção para o Estado, o direito de explorar veículos, salvo a espécie e o número
determinado segmento do mercado sem de chapa;
qualquer possibilidade de concorrência. II – tratores de pneus, com reboques
Essa Resolução, em seu art. 6º, tenta acoplados a sua traseira destinados
“disfarçar” o monopólio ao oportunizar especificamente a conduzir passa-
a possibilidade de outras sociedades se- geiros a passeio, mediante cobrança
guradoras de ofertarem o Seguro DPVAT, de passagem, considerando-se cada
entretanto, desde que não sejam objeto os unidade da composição como um
veículos elencados no art. 4º: veículo distinto, para fins de tarifa-
ção;
III – veículos enviados por fabrican-
Art. 4º. O seguro DPVAT cobre as se-
tes a concessionários e distribuido-
guintes categorias de veículos auto-
res, que trafegam por suas próprias
motores:
rodas, para diversos pontos do País,
I – Categoria 1 – automóveis parti-
nas chamadas “viagens de entrega”,
culares;
desde que regularmente licenciados,
II – Categoria 2 – táxis e carros de
terão cobertura por meio de bilhete
aluguel;
único emitido exclusivamente a fa-
III – Categoria 3 – ônibus, micro-
vor de fabricantes e concessionários,
ônibus e lotação com cobrança de
cuja cobertura vigerá por um ano;
frete (urbanos, interurbanos, rurais
IV – caminhões ou veículos “pick-
e interestaduais);
up” adaptados ou não, com banco
IV – Categoria 4 – micro-ônibus com
sobre a carroceria para o transporte
cobrança de frete, mas com lotação
96
REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 97
ESTRATÉGIAS
98
MUTUALISMO
E A ESSÊNCIA
ASSOCIATIVA
P
rimeiramente, precisamos en- e limitação da proteção do patrimônio
tender o que é mutualismo, sua e da vida. Em alusão arcaica e limita-
essência e sua origem. Os pri- da à proteção de caravanas e camelos,
meiros relatos do mutualismo a legislação se mostra desatualizada e
remontam a 2,5 mil anos antes de Cris- obsoleta, trazendo involução. Além dis-
to, na antiga Babilônia. Naquela época, so, destinou-se a um grupo seleto com
pessoas comuns se reuniam com o fim finalidade única de obtenção de lucro.
específico de conseguir proteção para Criou-se, então, uma lista taxativa, não
suas caravanas e seus camelos, dividin- exemplificativa, com incidência de inú-
do entre todos os componentes as per- meras restrições aos itens e aos conte-
das ocorridas durante o trajeto, sendo údos – expressão conhecida no direito
essas as únicas vantagens obtidas. Em como numerus clausus (número fecha-
sua raiz, pessoas reunidas na forma de do) –, em detrimento à autogestão e em
grupo contavam com os mesmos obje- benefício às grandes corporações, até
tivos e participavam assiduamente da então, dominantes no mercado.
configuração solidária, por meio do Mais tarde, surgem as entidades priva-
voto manifesto, com o intuito de prote- das e sem fins lucrativos, as Organiza-
ger o patrimônio dos envolvidos. ções da Sociedade Civil (OSC), seja para
No Brasil, esse legado foi incorpora- ocupação dos espaços não tomados pe-
do pelas Sociedades Anônimas (S.As.), las grandes corporações ou na intenção
em referência ao Decreto-Lei n.º 73, de de ampliação de atuação do Estado em
21 de novembro de 1966, dispondo so- atividades que buscam atender o inte-
bre o Sistema Nacional de Seguros Pri- resse público.
vados (SNSP), operações de seguros e São instituições autônomas, com cons-
resseguros entre outras providências, tituição legal, formadas pelo livre inte-
na tentativa maculada de engessamento resse e associação de indivíduos. Na
100
REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 101
SISTEMA TRIBUTÁRIO
FOTO: FREEPIK
102
A TRÍADE
DO BEM
V
árias são as discussões que
envolvem a reforma do siste-
ma de tributação brasileiro, Com a extinção do conjunto de
o ambiente de negócios e o contribuições trabalhistas e a
incentivo à regularização fiscal, tudo criação de uma contribuição fi-
em prol de se alcançar uma verdadei- nanceira com alíquota de 0,81%,
ra liberdade para empreender e crescer a economia brasileira observa-
economicamente. ria: (i) diminuição de sustos
Em recente artigo publicado pela Asbraf para as empresas brasileiras;
(Associação Brasileira de Franqueados), (ii) redução de 0,88% do IGP e
a proposta apelidada de SIMPLIFICA JÁ de 0,69% do IPCA; (iii) aumento
soou como alternativa capaz de substi- do consumo decorrente do cres-
tuir com qualidade as propostas em cur- cimento do emprego (2,3%) e do
so no Congresso Nacional. De fato, os poder de compra médio (1,61%);
contornos da proposta simplificam os (iv) elevação do investimento e
tributos incidentes sobre o consumo e melhoria da competitividade; e
desoneram a folha de pagamento, tudo (v) aumento do PIB de 1,8% em
em prol da redução da carga tributária. razão do crescimento do consu-
Recebi dias atrás, em meu gabinete, es- mo, das exportações e do inves-
tudo produzido pela Confederação Na- timento.
cional de Serviços (CNS), cujo título é
“Desoneração da folha de pagamentos
para todos e a unificação do PIS1 com a
Cofins2”. Segundo a proposta, “juntas, as Encerra apontando que “a adoção si-
duas mudanças trariam um avanço con- multânea de iniciativas para unificar a
siderável na reformulação do sistema contribuição ao PIS e a COFINS e para
tributário no âmbito do governo federal, desonerar a folha de pagamentos é a for-
com preservação da arrecadação”.3 ma mais viável para minimizar impactos
De suas linhas finais, a conclusão ex- setoriais e mudanças bruscas nas opera-
traída do estudo da CNS é que: ções da economia”.
104
regularidade fiscal e para que o governo Tenho encampado, no Congresso Na-
federal viabilize o aumento da arrecada- cional e junto ao governo federal, a de-
ção de tributos já vencidos e não pagos. fesa dessa pauta para que a regulamen-
Tudo isso encerra um cenário de ver- tação do setor, tão buscada, torne-se
dadeira busca pela retomada do cresci- realidade e, de uma vez por todas, afaste
mento, de modo sustentável, para que as os associados e os mutualistas das mãos
reformas tão almejadas se tornem reali- daqueles que esperam – e torcem – pelo
dade. Todavia, algumas questões, apa- retrocesso da economia.
rentemente laterais, não estão esquecidas A AAAPV, fiel aos seus princípios, de-
e não podem ser relegadas ao acaso: as sempenha papel fundamental no avanço
pautas do mutualismo e das associações das discussões sobre a temática, agre-
de proteção veicular e patrimonial. gando qualidade e sensatez para que sua
As associações de proteção veicular, pauta evolua sem interferir em nenhum
para aqueles que desconhecem seu uni- outro mercado.
verso, movimentam de forma considerável Vivemos um momento de profundas
a economia brasileira e são uma alternati- modificações, e as associações de pro-
va para dificuldades enfrentadas hoje, por teção veicular e patrimonial fazem par-
exemplo, pelos caminhoneiros: os verda- te do novo ambiente iniciado com a Lei
deiros heróis da logística em nosso País, de Liberdade Econômica (LLE), cuja re-
que nos garantem o fluxo de alimentos, de latoria, no Senado Federal, tive a honra
combustíveis e de tantos outros itens. de desempenhar.
SORAYA THRONICKE
Senadora (PSL/MS)
REFERÊNCIAS e vice-presidente da
Utilize a câmera do seu Frente Parlamentar
celular para acessar as Mista de Apoio às
referências via QR Code. Empresas Franqueadas
106
NOSSA MISSÃO É AMPARAR O ASSOCIADO, NO CASO
DE INSOLVÊNCIA DE ALGUMA MÚTUA FILIADA
Saiba mais: fgrs.com.br
(61) 2099-6699
CAPITAL DA REPÚBLICA, SETOR HOTELEIRO SUL, QUADRA 02 – BLOCO J – MEZANINO
WWW.AAAPV.ORG.BR
REVISTA A A APV | 12ª EDIÇÃO 107
ESTABILIDADE
FOTO: FREEPIK
O
ambiente de negócios evoluiu. Os temas mutualismo e associativismo,
A Lei de Liberdade Econômica mais uma vez, atraíram os holofotes no
(LLE), Lei n.º 13.874, de 20 de Congresso Nacional, quando foram apre-
setembro de 2019, tornou fér- sentados em emenda pela senadora So-
til o solo para que novas soluções, ainda raya Thronicke, à MPAN.
que sistematicamente levadas ao conhe- Contudo, um novo cenário surgia: fon-
cimento dos governos de ontem, sejam tes do governo federal sinalizaram que
inseridas no ambiente de negócios hoje. os temas mutualismo e associativismo
A Medida Provisória do Ambiente de ganharam musculatura dentro de diver-
Negócios (MPAN), Medida Provisória sas secretarias e ministérios, contudo,
n.º 1040, de 29 de março de 2021, que sua concepção deveria se dar por uma
considero a segunda onda de liberdade alteração via lei complementar, para
para o empreendedor, trouxe ao cenário que nenhuma questão constitucional
econômico novas ferramentas destinadas fosse levantada.
a tornar mais fluido o mundo dos negó- Tramita, na Câmara dos Deputados, a
cios, de modo a atrair novos investimen- proposta de alteração de lei comple-
tos, de origem interna e externa. mentar, destinada, justamente, a sin-
108
UM NOVO
CENÁRIO SE
AVIZINHA
tonizar a questão. Contudo, até então, Deputados, certamente ganhará força
inexistia qualquer curiosidade, quiçá nesse semestre e, se tudo correr bem,
inclinação do governo federal para tra- será alcançado o desfecho tão espera-
tamento do tema. do e tão trabalhado pelo setor: o cor-
O novo cenário, traduzido na incli- reto tratamento, em lei, do associativis-
nação do Poder Executivo, passou a mo, para que as associações de pessoas
existir após o incessante trabalho de- possam desempenhar seu papel no de-
sempenhado pela AAAPV, pessoalmen- senvolvimento da economia nacional.
te conduzido pelo Dr. Raul Canal, que
esclareceu, vez por todas, a importân-
cia do tema e o gigantesco movimento
econômico gerado pelas associações de VICTOR TEIXEIRA
proteção veicular e patrimonial e seu NEPOMUCENO
protagonismo na maximização do am- Advogado especialista
biente de negócios. em Direito Empresarial,
Assim, a tramitação do projeto de lei Recuperação e Falência
e secretário parlamentar
complementar, em curso na Câmara dos no Senado Federal
DIRETORIA EXECUTIVA
RAUL CANAL
Presidente
CLEMER KIGLER
ADÃO GOMES MOLMELSTET
3º Vice-presidente Vice-presidente
de Pesados
HUDSON DOS
SANTOS BARRETO FABRICIO COSTA
Vice-presidente da Diretor de Expansão
Diretoria Extraordinária
de Fornecedores
110
RODRIGO SOUZA
ROMULO MACHADO Diretor de Relações
Diretor de Expansão Parlamentares
PATRÍCIA MULLER
Procuradora-geral
CONSELHO FISCAL
ONOMAR DE JESUS
3º Suplente
112
TSE - TRIBUNAL SUPERIOR DE ÉTICA
RICARDO SALDANHA
Conselheiro
MARCO VIEIRA
EDIMILSON SANTIAGO
Presidente do TRE
Presidente do TRE Bahia
Centro-Oeste
ARTHUR LEMOS
Vice-presidente do TRE SEBASTIÃO GOMES
Bahia Vice-presidente do TRE
Centro-Oeste
BRUNO FLORES
DANNY ELITON Conselheiro do TRE
Secretário do TRE Bahia Centro-Oeste
114
Espírito Santo Minas Gerais
WESLEY ANDRADE
Conselheiro do TRE
Espírito Santo
116
Sul
ADENILTON DA SILVA
Presidente do TRE Sul
DORVAL OLIVEIRA
Vice-presidente do TRE
Sul
ALEXANDRE
FLORENTINO
Secretário do TRE Sul
DANILO ZAGO
Conselheiro do TRE Sul
MATHEUS AGUIAR
Conselheiro do TRE Sul