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LEGISLAÇÃO DO SUS

História das Políticas de Saúde no Brasil

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
LEGISLAÇÃO DO SUS
História das Políticas de Saúde no Brasil
Natale Souza

História das Políticas de Saúde no Brasil.........................................................................3


1. Evolução Histórica das Políticas de Saúde no Brasil. . ...................................................3
1.1. Como era Antes do SUS. ............................................................................................3
1.2. Início da República 1889 até 1930.............................................................................4
1.3. O Nascimento da Previdência Social. . ........................................................................5
1.4. A Previdência Social no Estado Novo........................................................................ 7
1.5. O Autoritarismo........................................................................................................8
1.6. Fim da Ditadura e Nova República (1985–1988)...................................................... 10
1.7. O Nascimento do SUS.............................................................................................. 11
Questões de Concurso................................................................................................... 14
Gabarito........................................................................................................................ 18
Gabarito Comentado. ..................................................................................................... 19
Referências...................................................................................................................25

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HISTÓRIA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL

1. Evolução Histórica das Políticas de Saúde no Brasil

Os diversos fatos conhecidos e divulgados pela mídia como filas frequentes, falta de lei-
tos hospitalares, escassez de recursos financeiros, materiais e humanos, entre outros, estão
presentes no dia a dia da população. Para que possamos analisar a realidade hoje existente é
necessário conhecer os determinantes históricos envolvidos neste processo.

1.1. Como era Antes do SUS

O Brasil um país colonizado, especialmente por degredados e aventureiros desde o des-


cobrimento até a instalação do império
• Não dispunha de nenhum modelo de atenção à saúde para a população da época.

A atenção à saúde limitava-se aos próprios recursos da terra (plantas, ervas) e, àqueles
que, por conhecimentos empíricos (curandeiros), desenvolviam as suas habilidades na arte
de curar.
Com a vinda da família real ao Brasil foi necessário a organização de uma estrutura sani-
tária mínima, capaz de dar suporte ao poder que se instalava na cidade do Rio de Janeiro. No-
ta-se que o interesse principal estava limitado ao estabelecimento de um controle sanitário
mínimo da capital do império, tendência que se alongou por quase um século.
Até 1850 as atividades de saúde pública estavam limitadas:
• delegação das atribuições sanitárias as juntas municipais;
• controle de navios e saúde dos portos;

A inexistência de uma assistência médica estruturada, fez com que proliferassem pelo
país os Boticários (farmacêuticos). Aos boticários cabiam a manipulação das fórmulas pres-
critas pelos médicos, mas a verdade é que eles próprios tomavam a iniciativa de indicá-los,
fato comum até hoje.

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1.2. Início da República 1889 até 1930

A falta de um modelo sanitário para o país, deixavam as cidades brasileiras à mercê das
epidemias. A cidade do Rio de Janeiro apresentava um quadro sanitário caótico caracterizado
• Pela presença de diversas doenças graves que acometiam à população, como

Que acabou trazendo sérias consequências:


• tanto para saúde coletiva;
• quanto para outros setores como o do comércio exterior, uma vez que os navios es-
trangeiros não mais queriam atracar no porto do Rio de Janeiro em função da situação
sanitária existente na cidade.

O então presidente do Brasil Rodrigues Alves, nomeou Oswaldo Cruz, como Diretor do
Departamento Federal de Saúde Pública. Oswaldo se propôs a erradicar a epidemia de febre-
-amarela na cidade do Rio de Janeiro.

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Um verdadeiro exército composto por 1.500 pessoas passou então a exercer atividades
de desinfecção no combate ao mosquito, vetor da febre-amarela.

A falta de esclarecimentos e as arbitrariedades cometidas pelos “guardas-sanitários” gerou


a denominada revolta na população.

Tal modelo de intervenção ficou conhecido como CAMPANHISTA:


• concebido dentro de uma visão militar em que os fins justificam os meios, e
• o uso da força e da autoridade eram considerados os instrumentos preferenciais
de ação.

Surge uma grande insatisfação popular com a Lei Federal n. 1261, de 31 de outubro de
1904, que tornou obrigatória para todo o território nacional a vacinação antivaríola.

O Modelo Campanhista:

• obteve importantes vitórias no controle das doenças epidêmicas,


• conseguiu erradicar a febre amarela da cidade do Rio de Janeiro, o que fortaleceu o mo-
delo proposto e o tornou hegemônico como proposta de intervenção na área da saúde
coletiva saúde durante décadas.

1.3. O Nascimento da Previdência Social

No início do século a economia brasileira era basicamente:


• Agroexportadora, assentada na monocultura do café.
• A acumulação capitalista advinda do comércio exterior tornou possível o início do pro-
cesso de industrialização no país. Tal processo foi acompanhado:
− De uma urbanização crescente, e
− Da utilização de imigrantes, especialmente europeus (italianos, portugueses), como
mão de obra nas indústrias, visto que os mesmos já possuíam grande experiência
neste setor, que já era muito desenvolvido na Europa.

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Os operários na época não tinham quaisquer garantias trabalhistas, tais como:


• Férias;
• Jornada de trabalho definida;
• Pensão; ou
• Aposentadoria.

Os imigrantes, especialmente os italianos, traziam consigo:


• A história do movimento operário na Europa e dos direitos trabalhistas que já tinham
sido conquistados pelos trabalhadores europeus, e desta forma procuraram mobilizar
e organizar a classe operária no Brasil na luta pela conquistas dos seus direitos.
• Em função:
– Das péssimas condições de trabalho existentes; e
– Da falta de garantias de direitos trabalhistas, o movimento operário organizou e rea-
lizou duas greves gerais no país.

Precisamente em 24 de janeiro de 1923, foi aprovado pelo Congresso Nacional a Lei Eloy
Chaves.

No sistema das Caixas estabelecido pela lei Eloy Chaves, as próprias empresas deveriam
recolher mensalmente o conjunto das contribuições das três fontes de receita, e depositar
diretamente na conta bancária da sua CAP (OLIVEIRA & TEIXEIRA, 1989).

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A primeira CAP criada foi a dos ferroviários.

EM RESUMO – Características das CAPs:

1.4. A Previdência Social no Estado Novo

As antigas CAPs são substituídas no ano de 1933 pelos INSTITUTOS DE APOSENTADORIA


E PENSÕES (IAP).

Nestes institutos os trabalhadores eram organizados por categoria profissional (marítimos,


comerciários, bancários) e não por empresa.

Os IAPs foram criados de acordo com a capacidade de:


• Organização;
• Mobilização; e
• Importância da categoria profissional em questão.

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Os benefícios assegurados aos associados do IAP eram:

Como era o financiamento dos IAPs?


A lei previa uma contribuição TRIPARTITE com a participação:
• Do empregado;
• Empregador; e
• A união.

O primeiro IAP foi o de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM).

Surge a primeira mudança na cultura campanhista de atuação verticalizada do governo


federal com a criação, em 1942, do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP). Responsável
por ações sanitárias em regiões afastadas do País, mas com interesse estratégico para a
economia, como a região de produção de borracha na Amazônia.

1.5. O Autoritarismo
O regime autoritário, instaurado após o golpe militar de 1964, gerou, como consequência
imediata para as políticas de saúde no Brasil.

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• Um total esvaziamento da participação da sociedade nos rumos da previdência.


• Também provocou uma centralização crescente da autoridade decisória, marcada pela
criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), resultado da fusão dos vá-
rios IAPs, em 1966.

A lógica da prestação de assistência à saúde pelo INPS privilegiava a compra de serviços


às grandes corporações médicas privadas, notadamente hospitais e multinacionais fabrican-
tes de medicamentos.

Este modelo excludente provocou, então, uma capitalização crescente do setor privado, no
entanto, a precariedade do sistema, não só da área da saúde, mas em toda a área social
(RONCALLI, 2003).

As pressões populares e do movimento sanitário, embora inicialmente ignoradas pelo go-


verno, resultaram na:
• Conferência Internacional de Saúde de Alma-Ata em 1978 (Conferência Internacional
sobre Atenção Primária à Saúde). Foi o ponto culminante na discussão contra a elitiza-
ção da prática médica.

Na Conferência, reafirmou-se ser a saúde um dos direitos fundamentais do homem, sob


a responsabilidade política dos governos, e reconhece-se a sua determinação Intersetorial.

A Conferência de Alma-Ata, em 1978, foi a PRIMEIRA Conferência que trouxe para discussão
a ATENÇÃO PRIMÁRIA, e o resultado de suas discussões dispararam no mundo um olhar
diferenciado para a forma de ofertar ações e serviços de saúde. Podemos dizer que as pri-
meiras ações descentralizadas no Brasil, as AIS (Ações Integradas em Saúde), que nascem
entre 1983/84, são o MARCO INICIAL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO BRASIL.

Na tentativa de conter custos e combater fraudes o governo criou em 1981 o Conselho


Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (CONASP) ligado ao INAMPS. O  CO-
NASP passa a absorver em postos de importância alguns técnicos ligados ao movimento

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sanitário, o que dá início a ruptura, por dentro, da dominância dos anéis burocráticos previ-
denciários (POLIGNANO, 2015).
Em 1983 foi criado a AIS (Ações Integradas de Saúde), um projeto interministerial (Pre-
vidência-Saúde-Educação), visando um novo modelo assistencial que incorporava o setor
público, procurando integrar ações curativas-preventivas e educativas ao mesmo tempo.

1.6. Fim da Ditadura e Nova República (1985–1988)

O movimento das DIRETAS JÁ (1985) e a eleição de Tancredo Neves marcaram o fim do


regime militar, gerando diversos movimentos sociais inclusive na área de saúde, que cul-
minaram com a criação das associações dos secretários de saúde estaduais (CONASS) ou
municipais (CONASEMS),e com a grande mobilização nacional por ocasião da realização da
VIII Conferência Nacional de Saúde (Congresso Nacional, 1986), a qual lançou as bases da
reforma sanitária e do SUDS (Sistema Único Descentralizado de Saúde) (POLIGNANO, 2015).

A VIII Conferência Nacional de Saúde e a Constituição de 1988

A VIII CNS foi o marco da reforma sanitária, e esta foi mais do que uma reforma setorial. O
movimento sanitário emergia juntamente com outros, todos solicitando o resgate da dívida
social do período da DITADURA MILITAR.

O que precisamos saber da VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE?


• Grande marco da reforma sanitária brasileira;
• Participação pela primeira vez dos usuários;
• Discutiu e aprovou a unificação do sistema de saúde;
• Conceito ampliado de saúde;
• Saúde como direito de cidadania e dever do Estado;
• Instituição de um Sistema Único de Saúde;
• A partir dela se modificaram as bases de organização, deliberação e representação das
Conferências Nacionais de Saúde.

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O temário da VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE era composto pelos seguintes


itens:
1) saúde como direito;
2) reformulação do Sistema Nacional de Saúde; e
3) financiamento do setor

Histórico das Conferências de Saúde

1.7. O Nascimento do SUS

A constituinte de 1988 no capítulo VIII da Ordem social e na secção II referente à Saúde


define no artigo 196 que: “A saúde é direito de todos e dever do estado, garantindo mediante
políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recupe-
ração” (POLIGNANO, 2015).
O SUS insere-se no contexto das políticas públicas de seguridade social, que abrangem,
além da Saúde, a Previdência e a Assistência Social. É definido pelo artigo 198 do seguinte

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modo: “As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarqui-
zada, e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I – Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II – Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais;
III – Participação da comunidade.
Apesar do SUS ter sido definido pela Constituição de 1988, ele somente foi regulamentado
em 19 de setembro de 1990 através da Lei n. 8.080.

Não esqueça!

1923 – CAPS: marco inicial da Previdência Social no Brasil e criadas pela Lei Eloy Chaves. Momento inicial em
que o Estado assume a responsabilidade pelas ações de saúde dos trabalhadores. Eram por grandes empre-
sas e a gestão feita pelas empresas e empregados.

1933 – Unificação das CAPS em IAPS: Institutos de Aposentadorias e Pensões. Passam a ser por categoria
profissional e sua gestão era tripartite: governo (gestão financeira), empregadores e empregados.

1966 – Criação do Instituto Nacional da Previdência Social: ratifica a dicotomia entre a prevenção e a assis-
tência à saúde. Sistema EXCLUDENTE; só os trabalhadores formais tinham acesso (previdenciários/contri-
buintes).

1977 – Criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social – INAMPS: responsável pela assistên-
cia médica dos previdenciários. Sistema EXCLUDENTE.

1988 – Promulgação da Carta Magna de 1988, a primeira a contemplar o SETOR SAÚDE em seus arts. 196 ao 200
– Institucionaliza o SUS.

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Memorizando!

Veja como pode ser cobrado.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CAMERU/USP/2020) Grupo que mais se distanciava das “artes de cura” (L. 15),
de seus praticantes e dos tipos de doenças tratadas era o dos
a) sangradores.
b) médicos.
c) cirurgiões.
d) boticários.
e) curandeiros.

Questão 2 (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE-UFRN/SELEÇÃO/2013) O surgi-


mento das primeiras Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs) é o marco inicial da ativi-
dade estatal em relação à assistência médica. A Lei de 1923, na qual o governo instituiu e
regulamentou tais entidades, foi a
a) Lei Carlos Chagas.
b) Lei Eloy Chaves.
c) Lei Orgânica da Saúde n. 8.080.
d) Lei Orgânica da Saúde n. 8.142.

Questão 3 (UEPA/RESIDÊNCIA/2014) Os principais temas debatidos na 8ª Conferência de


Saúde foram:
a) arcabouço jurídico institucional, o conteúdo ideológico e o acesso universal.
b) marcos legais e normativos do Sistema de Saúde, o compartilhamento da gestão e a estru-
tura institucional e decisória.
c) saúde como direito de cidadania, reformulação do Sistema Nacional de Saúde e o financia-
mento do setor.
d) reorganização do sistema de atenção, saúde e cidadania e igualdade e justiça social.
e) regulamentação dos conselhos de saúde, políticas de saúde e a escassez de recursos fi-
nanceiros.

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Questão 4 (RESID. MULT. PROF. SAÚDE/UF-MA/2011) Por meio da Lei Eloy Chaves (1923),
deu-se o nascimento da legislação trabalhista no Brasil, criando:
a) Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPS).
b) Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
c) Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (INAMPS).
d) Fundo de Assistência à Saúde (FAS).
e) Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPS).

Questão 5 (RESID. MULT. PROF. SAÚDE/UF-PR/2011) No período pré-SUS, a  assistência


médica era desvinculada do restante da política nacional de saúde por constituir-se como
forma de benefício da Previdência Social, que, no Brasil, foi implementada de acordo com a
seguinte ordem cronológica de institucionalização:
a) CAPS – IAPS – INPS.
b) IAPS – CAPS – INAMPS.
c) CAPS – INPS – IAPS.
d) IAPS – INAMPS – CAPS.
e) INAMPS – INPS – IAPS.

Questão 6 (RESID. MULT. PROF. SAÚDE/UFG/2013) A definição de atenção primária como


“uma atenção à saúde essencial, baseada em métodos e tecnologias práticas, cientificamen-
te comprovadas e socialmente aceitáveis, cujo acesso seja garantido a todas as pessoas e
famílias mediante sua plena participação […]” foi referência para o lema “Saúde para todos no
ano 2000” da Conferência Mundial de Saúde realizada em:
a) Ottawa.
b) Bogotá.
c) Alma Ata.
d) Adelaide.

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Questão 7 (RESID. MULT. PROF. SAÚDE/UF-PI/2017) O Sistema de Saúde Brasileiro é uni-


versal desde a Constituição de 1988, entretanto, um longo percurso foi delineado em relação
às Políticas Públicas de Saúde no país desde o início do século XX. Em relação a essa traje-
tória, marque a opção INCORRETA.
a) A Lei Eloy Chaves, em 1923, instituiu as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), mar-
cando o início de uma atividade do estado em relação à assistência médica.
b) No governo de Getúlio Vargas, a partir de 1933, foram criados os Institutos de Aposentado-
ria e Pensões (IAPs), congregando os trabalhadores por categorias profissionais, constituin-
do gradativamente um sistema nacional de previdência social sob a gestão do Estado.
c) A Reforma Capanema foi um marco em relação à saúde pública, com a centralização, nor-
matização e uniformização das estruturas estaduais e estabeleceu os estados como os res-
ponsáveis pelas atividades relacionadas à saúde.
d) A partir da criação do INPS, foi priorizada a contratação de serviços públicos para a assis-
tência médica e o credenciamento e remuneração pelos serviços eram feitos pelas Unidades
de Serviços (US).
e) O Instituto de Nacional de Previdência Social (INPS), em 1966, passou a ter função assis-
tencial na saúde, limitado aos trabalhadores com carteira assinada.

Questão 8 (RESID. MULT. COREMU/UFG/2016) Em 1904, no centro da cidade do Rio de Ja-


neiro, houve manifestações populares em resistência à proposta do sanitarista Oswaldo Cruz.
Historicamente tal ocorrência ficou conhecida como “revolta da vacina” e expressou
a) repúdio ao governo federal pelo uso da força e da autoridade como instrumentos preferen-
ciais de ação no combate à epidemia de varíola.
b) rejeição à celebração de convênio com a Fundação Rockefeller para intensificar as ativida-
des de combate ao mal amarílico.
c) contestação à obrigatoriedade da desinfecção terminal dos casos de morte por doenças
contagiosas, a critério da autoridade sanitária.
d) repúdio à exclusão dos operários ao acesso às ações em saúde, carregando o estigma so-
cial de portadores de moléstias infectocontagiosas.

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Questão 9 (RESID. MULT. COREMU/UFG/2016) No processo de redemocratização da so-


ciedade brasileira, foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS) como expressão da luta dos
trabalhadores organizados, com destaque para o Movimento de Reforma Sanitária, que teve
como marco histórico a VIII Conferência Nacional de Saúde (1986) e, posteriormente, a Cons-
tituição de 1988. A criação do SUS
a) extingue a participação em caráter suplementar da iniciativa privada, das organizações
beneficentes, filantrópicas e sem fins lucrativos na área da saúde.
b) garante subsídios estatais para campanhas sanitárias, programas especiais (materno-in-
fantil, tuberculose, endemias rurais, hanseníase e psiquiatria) para os indigentes, pobres e
trabalhadores de baixa renda.
c) preserva o modelo médico privatista/curativo que se torna hegemônico, propiciando a ca-
pitalização da medicina e do produtor privado de serviços de saúde.
d) rompe com o caráter excludente do atendimento que colocava à margem a população sem
carteira assinada e contribuição previdenciária.

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GABARITO
1. d
2. b
3. c
4. e
5. a
6. c
7. d
8. a
9. d

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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CAMERU/USP/2020) Grupo que mais se distanciava das “artes de cura” (L. 15),
de seus praticantes e dos tipos de doenças tratadas era o dos
a) sangradores.
b) médicos.
c) cirurgiões.
d) boticários.
e) curandeiros.

Letra d.
A inexistência de uma assistência médica estruturada, fez com que proliferassem pelo país
os Boticários (farmacêuticos). Aos boticários cabiam a manipulação das fórmulas prescritas
pelos médicos, mas a verdade é que eles próprios tomavam a iniciativa de indicá-los, fato
comum até hoje.

Questão 2 (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE-UFRN/SELEÇÃO/2013) O surgi-


mento das primeiras Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs) é o marco inicial da ativi-
dade estatal em relação à assistência médica. A Lei de 1923, na qual o governo instituiu e
regulamentou tais entidades, foi a
a) Lei Carlos Chagas.
b) Lei Eloy Chaves.
c) Lei Orgânica da Saúde n. 8.080.
d) Lei Orgânica da Saúde n. 8.142.

Letra b.
A lei Eloy Chaves, em 1923, cria as Caixas de Aposentarias e Pensões – CAPs.

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Questão 3 (UEPA/RESIDÊNCIA/2014) Os principais temas debatidos na 8ª Conferência de


Saúde foram:
a) arcabouço jurídico institucional, o conteúdo ideológico e o acesso universal.
b) marcos legais e normativos do Sistema de Saúde, o compartilhamento da gestão e a estru-
tura institucional e decisória.
c) saúde como direito de cidadania, reformulação do Sistema Nacional de Saúde e o financia-
mento do setor.
d) reorganização do sistema de atenção, saúde e cidadania e igualdade e justiça social.
e) regulamentação dos conselhos de saúde, políticas de saúde e a escassez de recursos fi-
nanceiros.

Letra c.
De acordo com o texto original do relatório final da VIII Conferência de Saúde, os principais
temas abordados durante os três dias de reuniões foram: “Saúde como Direito, reformulação
do Sistema Nacional de Saúde e Financiamento setorial.”

Questão 4 (RESID. MULT. PROF. SAÚDE/UF-MA/2011) Por meio da Lei Eloy Chaves (1923),
deu-se o nascimento da legislação trabalhista no Brasil, criando:
a) Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPS).
b) Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
c) Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (INAMPS).
d) Fundo de Assistência à Saúde (FAS).
e) Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPS).

Letra e.
Em 24 de janeiro de 1923, foi aprovado pelo Congresso 7 Nacional a Lei Eloy Chaves, marco
inicial da previdência social no Brasil (primeira lei trabalhista no Brasil). Através desta lei fo-
ram instituídas as Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPs).

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Questão 5 (RESID. MULT. PROF. SAÚDE/UF-PR/2011) No período pré-SUS, a  assistência


médica era desvinculada do restante da política nacional de saúde por constituir-se como
forma de benefício da Previdência Social, que, no Brasil, foi implementada de acordo com a
seguinte ordem cronológica de institucionalização:
a) CAPS – IAPS – INPS.
b) IAPS – CAPS – INAMPS.
c) CAPS – INPS – IAPS.
d) IAPS – INAMPS – CAPS.
e) INAMPS – INPS – IAPS.

Letra a.
Para gabaritar a questão é preciso conhecer bem as principais datas que marcaram a história
da saúde pública no Brasil. As  seguintes ordens cronológicas de institucionalização estão
corretas:

Questão 6 (RESID. MULT. PROF. SAÚDE/UFG/2013) A definição de atenção primária como


“uma atenção à saúde essencial, baseada em métodos e tecnologias práticas, cientificamen-
te comprovadas e socialmente aceitáveis, cujo acesso seja garantido a todas as pessoas e
famílias mediante sua plena participação […]” foi referência para o lema “Saúde para todos no
ano 2000” da Conferência Mundial de Saúde realizada em:
a) Ottawa.
b) Bogotá.
c) Alma Ata.
d) Adelaide.

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Letra c.
A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, reunida em Alma-Ata aos
doze dias do mês de setembro de mil novecentos e setenta e oito, teve como lema “Saúde
para Todos no Ano 2000”.

Questão 7 (RESID. MULT. PROF. SAÚDE/UF-PI/2017) O Sistema de Saúde Brasileiro é uni-

versal desde a Constituição de 1988, entretanto, um longo percurso foi delineado em relação

às Políticas Públicas de Saúde no país desde o início do século XX. Em relação a essa traje-

tória, marque a opção INCORRETA.

a) A Lei Eloy Chaves, em 1923, instituiu as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), mar-

cando o início de uma atividade do estado em relação à assistência médica.

b) No governo de Getúlio Vargas, a partir de 1933, foram criados os Institutos de Aposentado-

ria e Pensões (IAPs), congregando os trabalhadores por categorias profissionais, constituin-

do gradativamente um sistema nacional de previdência social sob a gestão do Estado.

c) A Reforma Capanema foi um marco em relação à saúde pública, com a centralização, nor-

matização e uniformização das estruturas estaduais e estabeleceu os estados como os res-

ponsáveis pelas atividades relacionadas à saúde.

d) A partir da criação do INPS, foi priorizada a contratação de serviços públicos para a assis-

tência médica e o credenciamento e remuneração pelos serviços eram feitos pelas Unidades

de Serviços (US).

e) O Instituto de Nacional de Previdência Social (INPS), em 1966, passou a ter função assis-

tencial na saúde, limitado aos trabalhadores com carteira assinada.

Letra d.
Atente que a questão solicita INCORRETA! A criação do Instituto Nacional de Previdência So-
cial (INPS) propiciou a unificação dos diferentes benefícios ao nível do IAPs. Na medida em

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que todo o trabalhador urbano com carteira assinada era automaticamente contribuinte e
beneficiário do novo sistema, foi grande o volume de recursos financeiros capitalizados.

Questão 8 (RESID. MULT. COREMU/UFG/2016) Em 1904, no centro da cidade do Rio de Ja-


neiro, houve manifestações populares em resistência à proposta do sanitarista Oswaldo Cruz.
Historicamente tal ocorrência ficou conhecida como “revolta da vacina” e expressou
a) repúdio ao governo federal pelo uso da força e da autoridade como instrumentos preferen-
ciais de ação no combate à epidemia de varíola.
b) rejeição à celebração de convênio com a Fundação Rockefeller para intensificar as ativida-
des de combate ao mal amarílico.
c) contestação à obrigatoriedade da desinfecção terminal dos casos de morte por doenças
contagiosas, a critério da autoridade sanitária.
d) repúdio à exclusão dos operários ao acesso às ações em saúde, carregando o estigma so-
cial de portadores de moléstias infectocontagiosas.

Letra a.
A falta de um modelo sanitário para o país, deixavam as cidades brasileiras à mercê das epi-
demias. Rodrigues Alves, então presidente do Brasil, nomeou Oswaldo Cruz, como Diretor do
Departamento Federal de Saúde Pública, que se propôs a erradicar a epidemia de febre-ama-
rela na cidade do Rio de Janeiro Foi criado um verdadeiro exército de 1.500 pessoas que pas-
saram a exercer atividades de desinfecção no combate ao mosquito, vetor da febre-amarela.
A falta de esclarecimentos e as arbitrariedades cometidas pelos “guardas-sanitários” causam
revolta na população. Este modelo de intervenção ficou conhecido como campanhista, e foi
concebido dentro de uma visão militar em que os fins justificam os meios, e no qual o uso da
força e da autoridade eram considerados os instrumentos preferenciais de ação. A população,
com receio das medidas de desinfecção, trabalho realizado pelo serviço sanitário municipal,
revolta-se tanto que, certa vez, o próprio presidente Rodrigues Alves chama Oswaldo Cruz ao
Palácio do Catete, pedindo-lhe para, apesar de acreditar no acerto da estratégia do sanitaris-
ta, não continuar queimando os colchões e as roupas dos doentes. A onda de insatisfação se

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agrava com outra medida de Oswaldo Cruz, a Lei Federal n. 1.261, de 31 de outubro de 1904,
que instituiu a vacinação antivaríola obrigatória para todo o território nacional. Surge, então,
um grande movimento popular de revolta que ficou conhecido na história como a revolta da
vacina (POLIGNANO, 2001).

Questão 9 (RESID. MULT. COREMU/UFG/2016) No processo de redemocratização da so-


ciedade brasileira, foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS) como expressão da luta dos
trabalhadores organizados, com destaque para o Movimento de Reforma Sanitária, que teve
como marco histórico a VIII Conferência Nacional de Saúde (1986) e, posteriormente, a Cons-
tituição de 1988. A criação do SUS
a) extingue a participação em caráter suplementar da iniciativa privada, das organizações
beneficentes, filantrópicas e sem fins lucrativos na área da saúde.
b) garante subsídios estatais para campanhas sanitárias, programas especiais (materno-in-
fantil, tuberculose, endemias rurais, hanseníase e psiquiatria) para os indigentes, pobres e
trabalhadores de baixa renda.
c) preserva o modelo médico privatista/curativo que se torna hegemônico, propiciando a ca-
pitalização da medicina e do produtor privado de serviços de saúde.
d) rompe com o caráter excludente do atendimento que colocava à margem a população sem
carteira assinada e contribuição previdenciária.

Letra d.
A criação do SUS estava baseado na formulação de um modelo de saúde voltado para as
necessidades da população, procurando resgatar o compromisso do estado para com o bem-
-estar social, especialmente no que refere a saúde coletiva, consolidando-o como um dos
direitos da CIDADANIA. Dessa forma desfaz o caráter excludente que beneficiava e fornecia
atenção médica somente para aquela parcela da população que tenha condições financeiras
de arcar com o sistema, não beneficiando a população como um todo.

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REFERÊNCIAS

POLIGNANO, M. V. Histórias das políticas de Saúde no Brasil: uma pequena revisão. Belo Ho-
rizonte, MG: Faculdade de Medicina/UFMG, 2001. Cadernos do Internato Rural. http://medi-
cinadeemergencia.org/wp-content/uploads/2015/04/historia-das-politicas-de-saude-no-
-brasil-16-030112-SES-MT.pdf

RONCALLI, A. G. O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil e a construção


do Sistema Único de Saúde. In: PEREIRA, Antonio Carlos (org.). Odontologia em Saúde Cole-
tiva: planejando ações e promovendo saúde. Porto Alegre: ARTMED, 2003. Cap. 2. p. 28-49.
ISBN: 853630166X.

Natale Souza
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999; pós-graduada
em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela
FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/Pesquisadora
pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente
em cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas:
Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem.

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