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MPPMS | tncistseeruetce XXVIII Concurso Publico PROMOTOR DE JUSTICA SUBSTITUTO Prova Escrita de Direito Constitucional e Direitos Humanos Data: 29/07/2018 Horario: 8 as 13h 01. Leia atentamente as instrugdes. Nao manusele este caderno de provas até receber autorizago. 02. Para fazer esta prova, vocé usara: a) este caderno de provas; b) caneta esferografica de tinta azul 03. Respostas a ldpis sero ignoradas para corregio. (04, As respostas das questées nao poderao conter rasuras. 05. Ao receber autorizagio, verifique se no caderno ha falhas ou imperfeigdes gréficas que Ihe causem diivida. Qualquer reclamagdo s6 serd aceita durante os cinco minutos iniciais da prova. 06. Durante a prova, sob pena de excluséo do certame, é vedado ao candidato: a) comunicar-se com qualquer pessoa ou realizar qualquer consulta de legislac3o comentada e/ou anotada, papéis ou anotagées de toda natureza, bem como a utilizagdo de componentes eletrOnicos de qualquer espécie, sob pena de eliminacdo do candidato e sua retirada do recinto; b) dirigir-se aos membros da Comissao de Concurso ou aos integrantes da Equipe de Fiscalizaco, bem como a qualquer outra pessoa, para pedir esclarecimentos sobre as questées formuladas ou a respeito da inteligéncia de seu enunciado ou, ainda, sobre a forma de respondé-las; ©) ausentar-se do recinto, a nao ser acompanhado de fiscal especialmente designado; d) entregar a prova além do limite de tempo fixado para sua realizacao; ) desrespeitar membros da Comisséo de Concurso ou da EuGiGE Equipe de Fiscalizagao, assim como proceder de forma Qiateuercetreeed denial incompativel com as normas de civilidade e compostura exigiveis de um bacharel de Direito, 07. Durante a prova ndo seré permitido 0 uso de corretivo de F 4 L nenhuma espécie 08, As folhas de rascunho no serdo corrigidas. 09. 0 candidato poderé retirar-se apés 2 horas do inicio das provas. Boa Prova! DURAGAO DESTA PROVA: 5 HORAS Ab Direito Constitucional e Direitos Humanos Quest&o 1 -| Considere a hipétese de existéncia de lei estadual nos seguintes termos: Art, 10, Fica instituida a obrigatoriedade de notificacao mensal aos érgaos competentes da Secretaria de Satide do Estado de Mato Grosso do Sul dos casos confirmados de cancer de pele, atendidos nos hospitais e clinicas, puiblicos e privados estabelecidos no Estado de Mato Grosso do Sul. Pardgrafo Unico. A obrigatoriedade de que trata o caput alcanca os médicos que trabalham como profissionais liberais e atuam apenas em consultérios particulares. Art, 2°, A omissdéo médica no cumprimento da presente Lei acarretard a responsabilidade civil do profissional e da respectiva entidade de satide, sem prejuizo de eventuais sancdes administrativas e penais previstas na legislaggo. Art. 39, © Poder Executivo regulamentard a presente Lei, no prazo de sessenta dias da sua publicaggo. Art. 4°, Esta Lei entra em vigor na data de sua publicacao. Art, 5°, Revogam-se as disposigdes em contrério. Regulamentada a Lei, determinado médico que atende unicamente em consultério particular impetra Mandado de Seguranga Preventivo, aduzindo como causa de pedir a Inconstitucionalidade da referida Lei, visando a nao ser compelido a realizar a notificaco de eventual caso de cdncer de pele e, ainda, nao ser responsabilizado civilmente por sua omisséo. Analise o tema e, na qualidade de Promotor(a) de Justica, emita parecer, dispensando-se o relatorio, Resposta em 50 linhas, no maximo. Valor da questao: 2 pontos. Questao 22 Nas decisdes de controle de constitucionalidade de normas, explique o que seria uma deciséo manipulativa de efeito aditivo em sede de interpretacéio conforme a Constituicdo. Resposta em 25 linhas, no maximo. Valor da questo: 1.5 ponto. Questao 3 -| Explique fundamentadamente o conceito de reserva legal qualificada em sede de restricio de direitos fundamentais. Maximo: Resposta em 25 linhas, no maximo. Valor da questao: 1 ponto. Questao 4 — Na hipétese de acumulag&o de cargos autorizados constitucionalmente, como se aplica a regra prevista no artigo 37, inciso XI, da Constituigéo Federal? E em relacio & acumulacdo de aposentadorias e pensdes, como interpretar a regra inserta no artigo 40, § 11, da Constituicao Federal? Explique, fundamentadamente, com a atual posicio do Supremo Tribunal Federal Resposta em 25 linhas, no maximo. Valor da questao: 1.5 ponto. Questdo 5 — Considerando os direitos humanos das pessoas com deficiéncia como direitos internacionalmente reconhecidos, evidencie as quatro fases de construcao histérica dos direitos humanos de tal grupo especifico de individuos, a atual conceituacio de deficiéncia trazida pela Convengo sobre os Direitos da Pessoa com Deficiéncia e os principios basilares que fundamentam a respectiva Convengo. Resposta em 25 linhas, no maximo. Valor da questo: 1.5 ponto. Questao 6 -| No que concerne & promogéo da igualdade racial no ambito do Direito Internacional dos direitos humanos e no ordenamento juridico interno, explicite de quais documentos internacionais 0 Brasil é signatario no que se refere ao combate das desigualdades raciais, bem como qual a protecdo juridica interna oferecida pelo Brasil para a questdo em comento. Resposta em 25 linhas, no maximo. Valor da quest&o: 1.5 ponto. Questao 7 -| Em sede de controle de constitucionalidade, é possivel extrair da Constituicio Federal a possibilidade de o Conselho Nacional do Ministério Publico exercer o controle de constitucionalidade de atos administrativos praticados pelo Ministério Publico, inclusive com 0 afastamento da Incidéncia de lei estadual? Explique fundamentadamente. Resposta em 25 linhas, no maximo. Valor da questo: 1 ponto. 10 aa 42 13 a4 a5 16 a7 49 20 24 22 23 24 25 Questao 1) Rrecer do Mirinterio Bibico pep, ode Hido. policed Retin e econd- rico ne a whestoene ee nends. ay atti- Vidadohy! de hauide 2 rc, pl lice, alin de re & a. daxtentiolzodn., Pee sheag vol, fire be is nti (ondige. 28, patarqra ois. le eai2/4t) s 1 3 A bee jd abba Arto de ple oheduca, het de. Fepate ae a de Seite & bead rey ; doaeou. «White, Ce abe, ¢ * amanczel Female do- Eglade Damocxctics de Deis 2 inpacadyl atl. atewia. Sar Lhedader Prd tettaad”. steaks ae iriekidad.., 0 \ifnds em. t Be er eda inalitole, to de, : BS me! diclag 3 Ye, & Uide, Con ahd een bovis 0 ai ch cstilede. Slag Kao de in To GZ houide @ & De G, ondige 8° mn ou vhs oud, 6 Hikes BWhe © M1 fob@ in \anle. do- Seabetids. rode, de Mlandads. de. Creating, Mes Spres | o. Gaver, “oa | Rokr. & Takis. 110 4a 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21. 22 23 24 25 Declorm Jor whaasds oni) oc. * illoeprele cm Yesrme” J Lat Qobor'ls fhamehs, te! dere acd: Ac leaNtilus a-de de. Su # ) Heth ax 6) Gor “Alien co cui” gu dol cho, OG be gHobely camOfoonsor, @ Sertlics Net - j Siro. Neila l Woe oc PSvavn OK Wane’ Konrad Herre A ibe As Cotvilociomich. Nehes 2 one BMA CAD 10 a4 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 her ei am Mente Toms ae ide. aitlort is ko dia ole bdoge’ eAlnogir aquols ils. “Alo Youn tte og it Yc erie. gO pe 7 go ef eA S lo aa 42 13 14 15 16 47 18 19 20 21 22 23 24 25 k vik smo. Pe EON [a letiad 2, Pandosh 2 | Rauibnetle ob cxlants,e- Sask slo est) & ila GG 1} soy Co oJanclien Ke. Teds Jor if \od, wfloX ’ io" Ave. Rube. enn cas edty, Scotts 9 10 1a 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 & Yotshe och de shee 2. ds Mon . @o) 10 1. 12 413, Fy as 6 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 Questao 6) ) ere toVo Ryan 10 laa 12 13 laa 15, 16 7 18 19 20 2a 22 23 24 25 olfide, Ministério Publico Procuradoria-Geral de Justi Comissio de Concurso MPMS XXVIII CONCURSO PUBLICO DE PROVAS E TITULOS PARA INGRESSO. NA CARREIRA DO MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL PROVA ESCRITA — GRUPO I - Direito Constitucional e Direitos Humanos DATA DE REALIZACAO: 29 de julho de 2018 EXAMINADOR: Jaceguara Dantas da Silva — Procuradora de Justica CANDIDATO: fy Questao I 190 Questiio 2 03S Questiio 3 aso Questiio 4 040 Questiio 5 u Questiio 6 90.95 Questdo 7 0d NOTA FINAL S$. INSTRUGOES GERAIS DE CORRECAO, As respostas sio referentes as questdes dissertativas, vale dizer, a redagio e argumentago juridica ganham especial relevo, nao se admitindo respostas por indicaco pontual (tépicos descontextualizados). De acordo com o § 2° do art. 20 da Resolugdo n° 002/2017-CSMP, de 19 de outubro de 2017, que disciplina o certame, durante a corregdo das provas escritas, além da resposta a questo juridica formulada, serd avaliado o dominio correto da norma padréo da lingua portuguesa e das estruturas (adequagao vocabular, ortografia, morfologia, sintaxe e pontuagdo), bem como a capacidade de exposigao do pensamento ¢ o poder de argumentagio e convencimento exposto pelo candidato em suas respostas. Procuradoria-Geral de Justiga MPMS | Comissio de Concurso Ministério Publico QUESTAO 1 (2 pontos) Item Pontuagao maxima Pontuasio atribuida a) Dispositivo de lei estadual que obriga os médicos puiblicos e particulares a notificarem a Secretaria de Satide sobre os casos de céncer de pele nao é inconstitucional. 0,30 0.30 b) Explanar que a lei cuida, em sua linha mestra, de protego ¢ defesa da satide piblica, uma vez que com a coleta de dados relativos a incidéncia de edncer de pele, o governo do Estado poderi depurar a politica de redugZo de casos dessa enfermidade, 0,30 Oro Nao hé, assim, qualquer inconstitucionalidade, matéria inserida no ambito da competéncia da Unido, Estados Distrito Federal, nos termos do art, 23, inciso Il, da CF, que dispSe ser da competéncia comum de tais entes a protegio a saiide e a assisténcia piblica. 0,40 (0,40 4) igéncia que encontra abrigo também no artigo 24, XII, da CE, que atribui competéncia concorrente aos referidos entes federativos para legislar sobre a defesa da saiide, 0,40 o04o Dispositivo da lei distrital que imputa responsabilidade civil ao médico por falta de notificagto caracteriza ofensa ao art. Unido legislar acerca dessa matéria. |.22_1_da CF que consigna_ser_competéncia exclusiva da | 0,40 | Parecer pela concessdo parcial da seguranga, comunicando- se a Secretaria de Satide Estadual e, por conseguinte, a autoridade coatora, NOTA 0,20 aco Lao Procuradoria-Geral de Justica MPMS | Ministerio Pubtico Fundamentos: > STF decidiu o tema, vide: EMENTA: LEI DISTRITAL. NOTIFICAGAO MENSAL A SECRETARIA DE SAUDE, CASOS DE CANCER DE PELE. OBRIGACAO IMPOSTA A MEDICOS PUBLICOS E PARTICULARES. ADMISSIBILIDADE. SAUDE PUBLICA. MATERIA INSERIDA NO AMBITO DE COMPETENCIA COMUM E CONCORRENTE DO DISTRITO FEDERAL. ARTS. 23, I, e 24, XI, DA CF. RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PROFISSIONAIS DA SAUDE. MATERIA DE COMPETENCIA EXCLUSIVA DA UNIAO. ART. 22, L PROCEDENCIA PARCIAL DA AGAO. I - Dispositivo de lei distrital que obriga os médicos piiblicos e particulares do Distrito Federal a notificarem a Secretaria de Satide sobre os casos de cancer de pele ndo inconstitucional. II = Matéria inserida no dmbito da competéncia da Unido, Estados e Distrito Federal, nos termos do art. 23, 1, da Constituicéo Federal. Ill - Exigéncia que encontra abrigo também no art. 24, XI, da Carta Magna, que atribui competéncia concorrente aos referidos entes federativos para legislar sobre a defesa da sade. IV - Dispositivo da lei distrital que imputa responsabilidade civil ao médico por falta de notificagdo caracteriza ofensa ao art. 22, 1, da CF, que consigna ser competéncia exclusiva da Unido legislar acerca dessa matéria. V - Aedo direta parcialmente procedente. [ADIn 2.875/DF,, Rel. Min, RICARDO LEWANDOWSKI, julgamento em 4.6.2008, Plendrio, DJE 20-6-2008). QUESTAO 2 (1.5 ponto) Item Pontuagio | Pontuagao maxima | atribuida A doutrina considera manipulativa a decisio mediante a qual o érgio de jurisdigdo constitucional modifica ou adita normas submetidas a sua apreciagGo, a fim de que saiam do juizo constitucional com incidéncia normativa ou conteiido distinto do original, mas concordante com a Constituigao. Explicar que a decistio manipulativa, portanto, é aquelaem | 0,30 0.20 que © Tribunal Constitucional manipula 0 contetido do ordenamento juridico, modificando ou aditando a lei a fim de que ela se torne compativel com o texto constitucional ‘Nas decisdes manipulativas, a Corte modifica diretamente a norma posta ao seu exame, através de decisdes que stio b) Procuradoria-Geral de Justica MPMS Comissao de Concurso Ministério Publico definidas como autoaplicativas, a indicar o carter o cardter imediato de seus efeitos, prescindindo de qualquer sucessiva intervengdo parlamentar. £ técnica unilateral de supressio da inconstitucionalidade dos atos normativos. 0,20 Nas decisdes manipulativas de carter aditivo, verifica-se que a Corte declara inconstitucional certo dispositivo legal n&o pelo que expressa, mas pelo que omite, alargando 0 texto da lei ou seu ambito de incidéncia, Assim, a decisio se mostra aditiva, 4 que a Corte, ao decidir, ‘cria uma norma autdnoma’, estendendo aos excluidos o beneficio. 0,30 ols d) Expor que se trata de instituto que surgiu no direito italiano, sendo, atualmente, no entanto, adotada em outros Tribunais constitucionais no mundo. 0,10 ae {ar ao menos um exemplo da sua aplicagiio pelo STF: - ADPF 54, Rel. Min, Mareo Aurélio, julgada em 12/4/2012, na qual o STF julgou inconstitucional a criminalizagao dos abortos de fetos anencéfalos atuando de forma criativa ao acrescentar mais uma excludente de punibilidade —no caso de o feto padecer de anencefalia— ao crime de aborto. Ao decidir o mérito da ago, assentando a sua procedéncia ¢ dando interpretagiio conforme aos arts. 124 a 128 do Cédigo Penal, 0 STF proferiu uma tipica decisio manipulativa com eficdcia aditiva em matéria penal. ou - STF. MI 670, Red. para o acérdao Min. Gilmar Mendes, 0,30 Liulgado_em 25/10/2007, na_qual_o STE determinow a | aplicagao aos servidores piblicos da Lei n° 7.783/89, que dispde sobre o exercicio do direito de greve na iniciativa privada, pelo que promoveu extensio aditiva do ambito de incidéncia da norma. ou RE_641320/RS, Rel, Min, Gilmar Mendes, julgado em 11/5/2016 (repereussio geral) (Info 825). O STF julgou \constitucional_a_manuteng&o do_preso em regime mais Procuradoria-Geral de Justi Ministério Publico Comiseto de Concurso. MPMS | ato GROSEO Do gravoso por falta de vagas e determinou uma série de medidas para adogdo nessa hipdtese, inclusive ao CNJ. Explanar que no Brasil 0 STF péde chegar ao resultado aditivo, inovando 0 ordenamento juridico, tanto nas ages do sistema concentrado de controle, como nas ages diretas 0,30 |0,0> decididas com o uso de interpretagtio conforme com efeitos aditivos, quanto através dos remédios constitucionais individuais, como, por exemplo, mandado de injungao, Nora 035 Fundamentos: > LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado, 18 ed. Sao Paulo’ Saraiva, 2014, p. 177. > MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL. 13 3d. Sao Paulo: Saraiva, 2018, p. 1.465- 1468. QUESTAO 3 (1,0 ponto) Item Pontuagio | Pontuagio Explicar que Os Direitos Fundamentais so reconhecidos como posigdes jurfdicas concernentes as pessoas, que, sob a ética do direito constitucional positivo, foram, por seu conteiido e importincia, integradas ao texto da a) | Constituigo e, portanto, retiradas da esfera de disponibilidade dos poderes constituidos, quer s ndo integrantes do sistema constitucional positivado, ou seja, quer estejam ou ndo deseritos no texto da constituigao formal, mas ndo possuem caréter absoluto, pois poderiam ser exercidos de forma arbitraria e desprovido de pardmetros, Procuradoria-Geral de Justiga Comissio de Concurso MPMS Ministério Pubtico b) ‘A reserva legal simples (ou reserva de lei) ocorre quando a Constituigao determina que o legislador regulamente um determinado direito fundamental, especificando-o, desde que 0 faga por meio de lei. 0,20 A reserva legal qualificada quando a Constituigio exige lei especifica para tratar de um determinado assunto ¢ a propria Constitui¢do ja estabelece as restrigdes que a lei pode estabelecer. E uma forma mais complexa de restrigGo, pois que limita ainda mais a liberdades restritiva do legislador. 0,30 | 0,20 qd) Explicar que isso significa que a norma constitucional é simultaneamente: (1) uma norma de garantia, porque reconhece ¢ garante um determinado ambito de protecao ao direito fundamental; (2) uma norma de autorizagio de restrigdes, porque autoriza o legislador a estabelecer limites a0 ambito de protego constitucionalmente garantido, 0,20 JO,’ Exemplificar: Art. 5°, XII; Art. 5°, XIII; Art. 5° LX, entre outros. 010 [Oto NOTA Fundamento: CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Constituigéo. Coimbra: Almedina, 2007, p. 788. DBS,-Gilmar-Ferreira;-BRANCO,-P ;, G e ad Constitucional. 13 ed. Sdo Paulo: Sarai iva Jur, 2018, p. 206-209. Direito Constitucional e Teoria da SARLET, Ingo Wolfgang. A eficdcia dos direitos fundamentais. 2. ed. Porto Alegre: Livrara do advogado, 2001, p. 82. TAVARI 2010, p. 528. QUESTAO 4 (1.5 ponto) André Ramos. Curso de Direito Constitucional. Si Paulo: Saraiva, Ministério Publico Procuradoria-Geral de Justica MPMS Comissio de Concurso Ttem Pontuagio | Pontuagio méxima_|_atribuida | Abordar que 0 Supremo Tribunal Federal decidiuo | 0,10 | 9,09 a) | tema em repercussao geral [tese 377]. Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulagio de cargos, empregos e fungdes, a| 0,30 0.30 incidéncia do art. 37, XI, da Constituigao Federal pressupde consideragaio de cada um dos vinculos formalizados, afastada a observancia do teto b) | remuneratério quanto a0 somatério dos ganhos do agente piblico. © fato de a remuneragdo total do servidor (remuneragdo dos dois cargos acumulaveis) ultrapassar 0 teto constitucional ndo vai contra o espirito do legislador constituinte. E incongruente que a norma constitucional assegure 0 direito ao 0.0 exercicio cumulative de dois cargos efetivos - nao} 0,30 |?" c) | restringindo essa prerrogativa nem aqueles que ja recebem 0 teto - €, a0 mesmo tempo, impega o pagamento dos respectivos rendimentos, isto é, conferindo um direito despido de eficdcia. Caso se conclua pela incidéncia do teto constitucional nesses casos, estar-se-4 permitindo o exercicio gratuito da atividade pablica profissional, o que é vedado, sob pena de autorizar-se o enriquecimento ilicito da administragao. O objetivo do teto constitucional foi o de evitar que 0 servidor obtivesse ganhos desproporcionais. A partir do momento em que o teto existe para cada um dos cargos, nao ha prejuizo a dimensfo ética da norma 4) | caso a soma dos dois seja superior ao teto. fosse para 0 conjunto das duas remuneragSes, haveria um desestimulo & acumulag%io de cargos que ¢ permitida pelo texto constitucional, o que traria prejuizos inclusive para a eficiéncia administrativa, 030 Q,05 Cabe idéntica conclusdo quanto ao artigo 40, § 11 da Carta Federal, sob pena de criar-se situagio desigual curadoria-Geral de Justiga a ono MPMS | Ministerio pabtico entre ativos ¢ inativos, de acumulagdio de cargos, empregos e fungSes ptiblicas, alusivas a vencimento, 0,25 O82 ¢) | subsfdio, remuneragao oriunda do exercicio de cargos em comiss&o, proventos e pensdes, ainda que os vinculos digam respeito a diferentes entes federativos. Logo, o art. 40, § 11, da CF/88 deverd ser interpretado como sendo um teto para cada aposentadoria. Segundo 0 Supremo Tribunal Federal, a Emenda Constitucional 19/98 (atualmente EC 41/2003) alterou inconstitucionalmente a regra do artigo 37, f) | XI, mediante o inserir da expressio “percebidos| 0,25 | QC? cumulativamente ou néo”. Da mesma forma, considera-se inconstitucional, sem redugio de texto, intepretagdo que prestigie a incidéncia do artigo 40, paragrafo 11 (incluido pela EC 11/98) em hipéteses admitidas de acumulagao NOTA 9a0 Fundamentos: ® STF decidiu o tema em sede de repercussdo geral e fixou a seguinte tese [tese 377): Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulacio de cargos, empregos e funges, a incidéncia do art. 37, XI, da Constituigio Federal pressupde consideragao de cada um dos vinculos formalizados, afastada a observaneia do teto remuneratério quanto ao somatério dos ganhos do agente pitblico, 12975/MT e RE 602043/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 26 e 27/4/2017 (repercusstio geral) (Info 862) > Idéntica posigdo tem 0 Superior Tribunal de Justiga: “A jurisprudéncia desta Corte orienta-se no sentido de que em se tratando de cumulagao legitima de cargos, a remuneragdo do servidor piiblico nao se submete ao teto constitucional, devendo os cargos, para este fim, ser considerados isoladamente” [STJ. 1* Turma. AgRg no RMS 45.937/DF, Rel. Min. Benedito Goncalves, julgado em 05/11/2015] Ministério Publico Procuradoria-Geral de Justica MPMS Comissiio de Concurso > A conelustio acima exposta vale também para servidores que se aposentaram ‘em dois cargos acumulaveis, Neste caso, a soma dos dois proventos também, poderd ultrapassar o teto, Logo, o art. 40, § 11, da CF/88 devera ser interpretado ‘como sendo um teto para cada aposentadoria, > O voto do ministro Marco Aurélio, que conduziu 0 deslinde dos recursos, esclarece: “Cabe idéntica conelusiio quanto ao artigo 40, § 11 da Carta Federal, sob pena de criar-se situagdo desigual entre ativos ¢ inativos, de acumulagao de cargos, empregos e funcdes piiblicas, alusivas a vencimento, subsidio, remuneracéio oriunda do exercicio de cargos em comissdo, proventos pensoes, ainda que os vinculos digam respeito a diferentes entes federativos. Como fiz ver ao votar em sessiio administrativa de 4 de fevereiro de 2004, consubstancia direito e garantia individual 0 actimulo tal como estabelecido no inciso XVI do artigo 37, a encerrar a prestagdo de servigos com a consequente remuneragdo, ante os diversos cargos contemplados, gerando situagdo juridica na qual os valores devem ser recebidos na totalidade. A Sptica da retengdo de valores, tendo em conta 0 somatério dos ganhos, ndo resolve sequer casos concretos relevantes: 0 limitador incidiria sobre qual das remuneragées? E possivel ao servidor optar pelo vencimento a ser atingido? Hayendo duas fontes pagadoras distintas, qual entidade federativa se beneficiaria da reducdo de despesa? Como considerar o pardmetro méximo quando as relagdes juridicas envolvem entes e érgdos dotados de autonomia constitucional? Entdo, ainda que ndo se considere a autorizagdo constitucional de acumulagdo, 0 quadro evidencia 0 acerto do acérdao recorrido, ante 0 principio da seguranga juridica, Deu-se 0 exercicio simulténeo e a percepgdo remuneratéria iniciados hd mais de duas décadas, a revelar a inadequagdo da incidéncia da Emenda Constitucional n° 41/2003 e, também, da Emenda Constitucional n° 20/1998, no que introduziu o § 1] ao artigo 40 do Diploma Maior'". QUESTAO 5 (1,5 ponto) Item Pontuacio | Pontuagao méxima_| atribuida correr sobre a construg&o histérica dos direitos a) | humanos das pessoas com deficiéncia, caracterizados| 0,50 | 0, 3S especialmente, pela doutrina de Flavia Piovesan, em quatro fases especificas: a) uma fase de intolerancia em relagdo as pessoas com deficiéncia, em que a deficigncia simbolizava impureza, pecado, ou mesmo, castigo divino; b) uma fase marcada pela invisibilidade das pessoas com deficiéncia; ¢) Procur: Comissao de Coneurso joria-Geral de Justiga MPMS Ministério Publico terceira fase orientada pela dtica assistencialista, pautada na perspectiva médica ¢ bioldgica de que a deficiéncia era uma doenga a ser curada, sendo o foco centrado no individuo portador da enfermidade; d) quarta fase orientada pelo paradigma dos direitos humanos, em que emergem os direitos & inclusio social, com énfase na relag’o da pessoa com deficiéncia e do meio em que ela se insere, bem como na necessidade de climinar obsticulos ¢ barreiras superdveis culturais, fisicas ou sociais, que impegam © pleno exereicio de seus direitos. b) Conceituar deficiéncia conforme a Convengio da Pessoa com Deficiéncia, em seu preambulo e artigos | iniciais, entendidos como toda e qualquer restrig&io fisica, mental, intelectual ou sensorial, causada ou agravada por diversas barreiras, que limite sua plena ¢ efetiva participagao na sociedade (artigo 1°) 0,25 Demonstrar que, conforme estabelece a Convengao da Pessoa com Deficiéncia, trata-se a deficiéncia de ‘um conceito em evolugdo ¢ que a deficiéneia resulta da interagao entre pessoas com deficiéncia e as barreiras devidas as atitudes ¢ ao ambiente que impedem a plena e efetiva participagio dessas pessoas na sociedade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas (preambulo, alinea “e” 0,25 0.02 d) Abordar os principios regentes dos direitos humanos da pessoa com deficiéncia, tazidos pela Convengao da ONU da Pessoa com Deficiéncia de 2007, sendo estes: a) O respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual, inclusive a liberdade de fazer as proprias escolhas, ¢ a independéncia das pessoas; b) A nio-discriminagao; c) A plena ¢ efetiva participago © incluséo na sociedade; 4) O respeito pela diferenga e pela aceitagiio das pessoas com deficiéncia como parte da diversidade humana e da humanidade; 0,50 10 Procuradoria-Geral de Justiga MPMS | Ministerio pabtico Comissio de Concurso ¢) A igualdade de oportunidades; 1) A acessibilidade; 2) A igualdade entre o homem e a mulher; h) O respeito pelo desenvolvimento das capacidades das criangas com deficiéncia e pelo direito das criangas com deficiéncia de preservar sua identidade. NOTA Ato Fundamentos: > v PIOVESAN, Flavia Cristina, Direitos Humanos e 0 Direito Constitucional Internacional. 17° Ed. Revista ¢ atualizada. Sao Paulo: Saraiva, 2017. p. 312- 315. ONU. Convengio sobre os Direitos das Pessoas com Deficiéncia de 30 de marco de 2007. Nova York. ~—‘Disponivel em: =< http://www. pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/defaul/files/publicacoes/c ‘onvencaopessoascomdeficiencia.pdf>. QUESTAO 6 (1,5 ponto) Ttem Pontuagio | Pontuagio méxima_| atribuida Discorrer sobre a Convengao Internacional sobre a Eliminag&o de todas as formas de Discriminagio| 0,30 | 0.20 Racial adotada pela ONU em dezembro de 1965. Definir, segundo referida_Convengo, a discriminagdo racial e abordar a instituigdio mecanismo proprio de superviso, qual seja, 0 Comité sobre a Eliminagao da Discriminagao Racial, que foi adotado pelo Brasil pelo Decreto n° 65.810 de 8 de dezembro de 1969, especificando sua finalidade (Artigos 1° ¢ 8°) u Ministério Publico Procuradoria-Geral de Justiga MPMS Comissao de Concurso Discorrer sobre a Declaragao Plataforma de Agaio ») | da Il Conferéneia Mundial de Combate ao Racismo, | 0,30 oe Discriminago Racial, Xenofobia e Intolerdncia Correlata de Durban ~ Africa do Sul, especificando seus objetivos. Explicitar, de forma fundamentada, a protegio ©) | juridica concedida pela Constituigao Federal, em especial em seus artigos 3°, inciso IV; 4°, inciso VIII, | 0,40 5°, caput e XLUL. o4o 4) | Abordar 0 Estatuto da Igualdade Racial - Lei n?| 0,30 | 0.29 12.288, de 20 de julho de 2010 e Lei n° 7.716 de 5 de Janeiro de 1989 que define os crimes resultantes de preconceito de raga ou de cor, mencionando seus objetivos principais protetivos e repressivos Expor o posicionamento atual do Supremo Tribunal €) | Federal em favor da adogao de agdes afirmativas em | 0,20 detrimento das desigualdades de _cor/raga, exemplificando hipéteses de mudangas das mesmas: a decistio em pro! das cotas raciais no ensino superior na UNB (ADPF n® 186) ou reserva de vagas para hegros em concursos puiblicos (ADC n° 41-DF) O10 NOTA Fundamentos: > PIOVESAN, Flavia Cristina. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 17° Ed. Revista e atualizada, Séo Paulo: Saraiva, 2017. p. 283- 289. > ONU. Declaragio e Programa de Agao adotados na III Conferéneia Mundial de Combate a0 Racismo, Discriminagio Racial, Xcnofobia e Intoleréncia Correlata. Africa do Sul: Durban, 2001. Disponivel em: < hutps://www.geledes.org. br/declaracao-de-durban/>. 2 Ministério Publico Procuradoria-Geral de Justica MPPMS Comissiio de Concurso > BRASIL. Constituigao da Repiiblica Federativa do Brasil. 1988. Disponivel em: . > BRASIL. Lei n? 12.288 de 20 de julho de 2010. Institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis nos 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de abril de 1995, 7.347, de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de 2003. Disponivel em: — < _hitp://www.planalto.gov.br/ecivil_03/_Ato2007- 2010/2010/Lei/L12288.htm>. > “A historica discriminagdo dos negros e pardos, em contrapartida, revela igualmente um componente multiplicador, mas as avessas, pois a sua convivéncia multisecular com a exclusio social gera a perpetuagdo de uma consciéneia de inferioridade e de conformidade com a falta de perspectiva, langando milhares deles, sobretudo as geragdes mais jovens, no trajeto sem volta da marginalidade social. (...). Eis, aqui, demonstrada a importancia da aplicagio das politicas de ago afirmativa nas universidades © no ensino superior de modo geral. Tais espacos nao so apenas ambientes de formago profissional, mas constituem também locais privilegiados de criagdo dos futuros lideres e dirigentes sociais”. STF. Agdo de Descumprimento de Preceito Fundamental n° 186-DF. Rel. Min. Ricardo Lewandowski. Julgado em: 26.04.2012. Disponivel em: < hitp://redir. tf jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=698469 3. “Em primeiro lugar, a desequiparagio promovida pela politica de agdo afirmativa em questi est em consondncia com o principio da isonomia. Ela se funda na necessidade de superar 0 racismo estrutural e institucional ainda existente na sociedade brasileira, e garantir a igualdade material entre os cidadaos, por meio da distribuigtio mais equitativa de bens sociais ¢ da promogio do reconhecimento da populagio afrodescendente (...) Em segundo lugar, nao ha violago aos principios do concurso piiblico e da eficiéncia. A reserva de vagas para negros ndo os isenta da aprovagao no coneurso pitblico. Como qualquer outro candidato, o beneficiario da politica deve aleangar a nota, necessaria para que seja considerado apto a exercer, de forma adequada eficiente, 0 cargo em questo. (...) Em tereeiro lugar, a medida observa 0 prinefpio da proporcionalidade em sua triplice dimensdo. A existéncia de uma politica de cotas para 0 acesso de negros 4 educagdo superior nZo toma a reserva de vagas nos quadros da administragiio publica desnecesséria ou desproporcional em sentido estrito. Isso porque: (i) nem todos os cargos € empregos piiblicos exigem curso superior; (ii) ainda quando haja essa exigéncia, os beneficidrios da aco afirmativa no servigo piblico podem nao ter sido beneficidrios das cotas nas universidades publicas; e (iii) mesmo que 0 concorrente tenha ingressado em curso de ensino superior por meio de cotas, ha outros fatores que impedem os negros de competir em pé de igualdade nos concursos piblicos, justificando a politica de agdo afirmativa instituida pela Lei n® 12.990/2014.”. STF. Agdo Direta de Constitucionalidade n° 41 — DF. Julgado em 08.06.2017. Relator Min. Roberto Barroso. Disponivel em: < 13 Ministério Publico Procuradoria-Geral de Justiga MPMS Comissao de Concurso hitp://redir.stf,jus.br/paginadorpub/paginador.jsp2docTP=TP&docID=133757 2>, QUESTAO 7 (1 ponto) Item Pontuagao | Pontuagio maxima__|_atribuida © CNMP nao ostenta competéncia para efetuar controle de constitucionalidade de lei, posto consabido tratar-se de drgio de natureza administrativa, cuja atribuigdo adstringe-se ao controle da legitimidade dos | 0,30 old atos administrativos praticados por membros ou a) | érgios do Ministério Pablico federal ¢ estadual. Posigtio do STF. by) | Art. 130-A, § 2°, da CF/88. 0,10 oto NMP detém competéncia para afastar, por inconstitucionalidade, a aplicago de lei invocada como fundamento para 0 ato administrativo objeto de | 0,30. | i> processo de controle instaurado perante aquele érgto, ©)| por ato expresso e formal tomado pela maioria absoluta de seus membros, Posigo do STF. 4) | Enunciado 12 do CNMP. 0,30 0.09 NOTA aa Fundamentos: > Segundo o Supremo Tribunal Federal: "O Conselho Nacional do Ministério Piiblico ndo ostenta competéncia para efetuar controle de constitucionalidade de lei, posto consabido tratar-se de érgdo de natureza administrativa, cuja atribuigdo adstringe-se ao controle da legitimidade dos atos administrativos praticados por membros ou drgdos do Ministério Piiblico federal e estadual (art. 130-A, § 2°, da CF/88). Precedentes (MS 28.872 AgR/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno; AC 2.390 MC-REF, Rel. Min. Cérmen Licia, Tribunal Pleno; MS 32.582 MC, Rel. Min. Celso de Mello; ADI 3.367/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno). 4 Ministério Publico Procuradoria-Geral de Justiga MPMS Comissiio de Concurso > Nesse sentido, ainda, ver o julgamento do Supremo Tribunal Federal no MS 27744, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 14/04/2015, ACORDAO ELETRONICO DJe-108 DIVULG 05-06-2015 PUBLIC 08-06- 2015. > No entanto, o Supremo Tribunal Federal decidiu que pode o Conselho Nacional de Justiga — e também 0 CNMP — afastar, por inconstitucionalidade, a aplicagdo de lei invocada como fundamento para o ato administrative objeto do processo de controle instaurado perante aquele érgio, por ato expresso ¢ formal tomado pela maioria absoluta de seus membros (STF. Plendio, Pet 4656/PB, Rel. Min. Carmen Liicia, julgado em 19/12/2016 - Info 851). > 0 Conselho Nacional do Ministério Pablico — sobre o tema — editou o Enunciado 12: “O Conselho Nacional do Ministério Ptiblico detém competéncia para, no exercicio de sias atribuigdes, afastar a incidéncia de lei que veicule matéria jé declarada inconstitucional pelo Plenério do Supremo Tribunal Federal”. Campo Grande-MS, __de de 2018. Pros Examinadora do Grupo I— 15

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