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Atividade II do Seminário de Práticas Educativas 1

Aluno: Guilherme Guimarães de Oliveira


Mat: 19116080274

Os afetos ditos negativos (tristeza, raiva e inveja) não devem ser vistos como “negativos”
pois fazem parte da vida humana e deles podem ser retiradas coisas boas. É preciso que usemos os
sentimentos, de todos os aspectos, nas reflexões em sala de aula. Nosso humor varia e a frustração é
parte presente na vida do ser humano (o ser que planeja). Acompanhando a frustração, podem vir
esses três sentimentos, quando nos sentimos incapazes, quando alguma coisa sai do esperado ou
quando alguém consegue o sucesso que não obtivemos.
Reconhecendo nosso variante aspecto emocional, seria extremamente importante que os
educadores trabalhassem para que estes sentimentos não sejam motivos de imobilização das práticas
pedagógicas. Quando presentes, deveriam fazer parte de nossas reflexões para se tornarem agentes
de mobilização das práticas pedagógicas.
Se o objetivo do educador é preparar as pessoas para a vida, eu não consigo compreender
por que os sentimentos são negligenciados do currículo escolar. Os sentimentos são parte constante
de nossas ações e reflexões: eles acompanham todos os nossos pensamentos e até podem ser vistos
como causas dos pensamentos por algumas culturas. Há muito que nossa escola serve aos interesses
dos burgueses que precisam de mão-de-obra dócil e útil. Nos castram a criatividade e a inteligência
emocional para que possamos repetir inúmeros exercícios abstratos que estão totalmente
desconectados da nossa vida.
Nossa sociedade é reflexo deste plano de poder. Os seres humanos são treinados para
deixarem de ter pensamentos críticos e aprenderem a repetir e seguir ordens sem questioná-las em
seus desdobramentos. Essa raiva e tristeza que acompanham os que observam o projeto de poder em
execução também podem servir como motivação para que mudemos esse panorama. O grande
educador Paulo Freire ficaria muito feliz ao nos observar utilizando os sentimentos, que são
presentes na nossa vida, para criar uma visão crítica na população. Ficaria muito feliz ao nos ver
municiar a população contra esse plano perverso de poder que nos assola.
Os sentimentos ditos negativos podem ser transformados em sentimentos ditos positivos
quando modificamos a realidade. A mobilização das práticas pedagógicas depende da mobilização
do educador diante de todos os obstáculos na educação. Os educadores brasileiros são
extremamente castigados na prática diária: não recebem condições para seu trabalho que ainda é
muito mal remunerado. Portanto, os educadores devem servir de exemplo de transformação dos
sentimentos negativos em positivos para que, assim, ganhem propriedade para ensinar como fazê-lo
aos seus alunos.

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