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Caderno Cultural Ano I Nº 5 Agosto/Setembro de 2009

EMILLE PINHEIRO
do Pote”, no Mangalô.
Oficina de “Joãozito

Joãozito do Pote,
uma tradição prestes
a desaparecer
PÁGINA 2 PÁGINA 4 PÁGINA 8

Súmula da Novena II mostra de Arte


Antropofágica em Marginal em Rio Real
Alagoinhas Velha

“O Açougue”

Unidades resistentes
Tupinambá para divulgar
Oficina de Vivência Musical com
Produção de sentidos. “Homem Livre” o prof. Maurício de Jesus.
2 Caderno Cultural - Ano I - Nº 5 - Agosto/Setembro de 2009

SÚMULA DA NOVENA ANTROPOFÁGICA


EM ALAGOINHAS VELHA
Durante os dias 04, 05, 06 minuta de lei tratando da que retratar dessa passagem

FOTO: ED
e 07 de setembro o Movi- doação/secção da área do do escravo ao “homem
mento Cultural Alagoinhas Parque da cidade à FIGAM; livre” no Brasil? b) o que
Livre e sem Fronteiras, 2) construir o site Parque do retratar das contradições do
liderado pelo Mestrado em Homem Livre, traduzido em “homem livre” no Brasil;
Crítica Cultural, a Figam e o quatro idiomas, para a rede c) que respostas políticas e
NamWaka, realizou em Ala- de contatos internacionais; estéticas (nos 5 continentes)
goinhas Velha uma novena 3) Fazer ocupações regulares para a dramatização dessas
antropofágica, cuja progra- – sobretudo em períodos de contradições; d) que ima-
mação geral foi a seguinte: lua cheia, da área externa gens selecionar das lutas li-
visitas guiadas à instalação da Nave Antropofágica, bertárias etc; P6: labirinto de
dos artistas plásticos Márcia para a realização de aulas espelhos: lugar de encenação
Almeida e LithoSilva; leitura, do mestrado, exposições da perda e aquisição da iden-
análise e debate de/sobre de arte, festivais de música tidade (cada um com um
cenas estéticas das vanguar- experimental, oficinas do controle na sala de espelhos
das européias e latino-ameri- pensamento político para as escolhe/encena sua perda
canas situando, inclusive, o crianças do bairro, medita- ou seu reencontro); P7: dra-
lugar do Parque do Homem ções ao por/nascer da lua e matizando a autofagia (obra
Livre em Alagoinhas, como do sol; reuniões de trabalho de LithoSilva: esculturas
um empreendimento com autoridades culturais e de restos e ruínas); P8: sala
internacional; caminhada artísticas; 4) programar mar- dos jogos de pensamento:
cultural pelo bairro apresen- chas culturais estratégicas, baseados na análise com-
tando o Reisado de Formoso, envolvendo outros bairros binatória; P9: parque das
povoado do município de da cidade. esculturas vivas (urupembei-
Entre Rios; Arrastão cultural, Tais encaminhamentos ras, beijuzeiras, farinheiras,
com palavras de desordem, são decisivos não apenas artesãs); P10: escola das
performances e recitais, para ampliar o raio de ação ecologias (social, ambiental,
começando pela Estação São do movimento, mas para mental) – árvores de cada
Francisco, passando pelas tornar factíveis os proje- país + mirantes + herbários
Dramatizando a autofagia, instalações do artista plástico LithoSilva.
ruas principais do Cortejo tos que temos sonhado e + forma do ócio primitivo
de 7 de setembro, até a que comporão o Parque + identidade da biodiversi- nutricional); P15: centro de fágica durante os quatro dias Brown, Iraci Gama, o sonho
Nave Antropofágica (novo do Homem Livre, a saber: dade da região; P11: túnel convenções; P16: casa dos de novena, e das milhares de está lançado como uma
nome da Igreja Inacabada P1: restauração da nave das divindades (todos os artistas; P17: memória de pessoas que nos saudaram ao pequena bomba. Resta-nos
de Alagoinhas). Depois de antropofágica; P2: infraestru- deuses de diferentes religiões Alagoinhas; P18: oficinas longo do arrastão cultural de recolher os estilhaços e admi-
uma “aguada” para lavar tura da nave antropofágica estariam justapostos e em de arte (literatura, cinema, 7 de setembro, o Parque do nistrar os conflitos nessa luta
a nossa inhaca cultural, e (imagem-som dramatizando diálogo...); P12: salas das cerâmica, música); P19: uni- Homem Livre (que também de afirmar a liberdade e o ser
o suor de mais de 3 horas a situação do patrimônio assinaturas e do nome versidade popular (onde os pode ser lido da mulher livre como pura transgressão.
de “marcha”, fizemos uma público do Brasil e da Amé- próprio; P13: 8 cinemas de mestres poderão desenvolver livre, do ser livre, da diversi-
assembléia geral para avaliar rica Latina); P3: parque das arte (cinematografias das seus saberes, repassando-os dade livre, da pessoa livre, da
esse ato estético-político. águas; P4: centro de memó- periferias + lugar de exibição aos aprendizes interessados). sociedade libertária) já é uma
Eis alguns encaminha- rias da luta de comunidades dos melhores documentários Pela recepção de vereado- realidade na cabeça e no Prof. Dr. Osmar Moreira
mentos gerais, merecendo minoritárias: negros, índios, “mambembes” locais); P14: res e pessoas que comparece- espírito dos “alagoíndios”. osmar.moreira@uol.com.br
maior lapidação: 1) retomar mulheres, gays, trabalhado- restaurantes: baseado no na- ram à Audiência Pública, das A exemplo de Jesus de Professor de literatura e
linhas da audiência pública, res; P5: museu do homem turismo universal, de todas centenas de pessoas que fre- Nazaré, Karl Marx, Bakunin, coordenador do Mestrado em
para se construir uma livre. Questões de base: a) o as nações (rigoroso controle quentaram à Nave Antropo- Lênin, Gilles Deleuze, Mano crítica Cultural

Crédito: Écristio Raislan


Confira na próxima edição a apresentação da nossa mais nova personagem.
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Editor: Davi Soares SETOR COMERCIAL
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Textos: Bárbara Cecília Neves, Davi Soares, Isis Favilla e Moisés Morais.
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t e , logo se interessou pelo ofício, e aos 15 anos já ragojipinho. Eu mesmo já

um
o
fazia entrega para esses artesãos na feira da dei muitas oficinas à con-

P
cidade e na região. Profissionalizou-se nessa vite de algumas escolas da
arte, e dela ganhou o epíteto de “Joãozito cidade”, desabafa “Joãozi-

d o do Pote”, e até hoje, inclusive em sua


atual residência, no bairro do Mangalô,
to”. Ele ainda comenta que
já ouviu muita promessa,

a
i t o todos só o reconhecem dessa maneira.
Passados três anos trabalhando para
mas até agora nada.
Hoje, aposentado,

oz

tra
os artesãos das antigas do Miguel “Joãozito’ mantém uma

ã
Velho, o aprendiz já produzia suas pequena barraca na

o
próprias peças e trabalhava para seu Central de Abastecimento

J próprio sustento. Casou-se duas


vezes, e desses laços matrimoniais
de Alagoinhas, mas, para
nosso desencanto, as pe-

d iç
nasceram seus treze filhos, “to- ças comercializadas lá não
dos foram sustentados à base da foram produzidas pelo
cerâmica”, garante Seo Joãozi- mestre do Pote, são prove-
to. Dessa arte, apenas dois de nientes de Irará e Mara-

ão
seus filhos se dedicaram ao gojipinho. Por que isso?
ofício de artesão. O mestre do pote diz: “Mi-
De uns tempos nha filha, tá difícil. A argi-
para cá essa tradição la tá cara. O interesse pela
Isis Favilla
isisfavilla@hotmail.com
vem se perdendo pelo cerâmica vem caindo faz

pre
tempo. “Seo Joazito” tempo... as pessoas, depois
Do preparo da argila aos parou de produzir, da panela de alumínio,
tornos manuais, tudo era aposentou-se, mas não quer mais saber de
feito na oficina no fundo não deixou o gosto cozinhar na panela de bar-
de sua casa. Seo João diz pela arte. Como ro. Além do mais, sai mais

ste
que toda a argila que ele, muitos arte- barato pra gente revender
sustentava essa região sãos do Miguel essas peças do que a
vinha do Miguel Velho,
onde existe até hoje a
Velho também
abando-
gente mes-

c e r
re
sa
fazenda que comerciali- naram o
zava a matéria-prima que
alimentava a produção de
“Seo
apos Joazito”
p a
muitos artesãos da cidade. de bar- mas entou-se
gostonão deix ,
e s a
d
Era também no Miguel ro não
pela ou o
Velho que se encontravam pode- arte mo produzir as nossas”,
.
as olarias, onde alugavam riam ser afirmou.
seus fornos para “queimar” levados Quem quiser conhecer
as peças, etapa final para ao fogo, mais sobre o trabalho
a cerâmica ficar totalmen- diferente das de “Joãozito do Pote”
te pronta para uso. Um peças produzi- ofício. O mestre do Pote se pode encontrá-lo todos
aspecto curioso revelado das em Irará e quan- queixa de falta de incen- os sábados na Central de
pelo mestre nessa descon- Maragojipinho. do me- tivos dos governos para Abastecimento, ou então,
traída conversa com parte O artesão João nino. Criado que eles possam continuar. fazer uma visita à Figam.
da equipe do Expresso 18, Tenório da Silva, num dos bairros “Seria bom que alguém Lá, vocês poderão ver parte
é que a cerâmica de Alagoi- 75, mais conhecido tradicionalmente co- investisse numa escola- da produção do mestre do
nhas só servia para água, como “Joãozito do nhecido pelos artesãos da oficina para a gente poder Pote, como também dos
ou seja, as peças como Pote”, conheceu a IRO cerâmica e suas famosas produzir e passar nossa mais antigos artesãos do
HE
PIN
travessas, pratos e panelas arte da cerâmica ainda ILLE olarias, o Miguel Velho, arte, como existe em Ma- Miguel Velho.
EM

A arte vegetal e as bio-jóias


das artesãs da GRIF
DIVULGAÇÃO
O

Bio-Jóias

Moisés Morais ção e o comércio do seu ar- de sementes diversas e con-


moiseslmorais@yahoo.com.br tesanato. chas marinhas.
Desde a sua fundação a Este saber da produção arte-
GRIF é a sigla para o Gru- GRIF tem participado de sanal baseada na noção de
po Inspiração Feminina inúmeras feiras, dentro e “arte vegetal e “Bio-jóias”
que se constituiu há cin- fora do país, expondo um das artesãs da GRIF é fruto
is.
co anos em Alagoinhas artesanato peculiar denomi- da capacitação através de
geta
como uma cooperativa nado como “arte vegetal” e um curso ministrado por tões ve
de artesãs com o intuito “bio-jóias”. A “arte vegetal” professora Dida, militante Car
de agregar quatro núcle- se compõe de cartões, por- ambientalista que esteve
os locais, a saber: Pirinel, ta-chaves e telas produzidas há alguns anos atrás em moradoras
ras da periferia da e a associação das mulheres ao site www.caatingacerra-
Praça Santa Izabel e Rua a partir de cascas de cebola Alagoinhas, que buscou a cidade. C
Cabe
b ddestacar
t ttam- em moldes
ld cooperativistas.
ti i t do.com.br ou manter con-
do Catu (na zona urba- e aipim, palhas de milho, sensibilização para a ques- bém o papel de Irmã Môni- Para saber mais sobre o tra- tato através do email grif@
na) e Ponto do Beiju (na coqueiro, bananeira etc. tão ambiental associada à ca como catalisadora desse balho e a história da GRIF, oi.com.br ou do perfil no
zona rural), para com Quanto as “bio-jóias” estas geração de renda, princi- processo que também visa- assim como, adquirir do Orkut grife_feminina@hot-
isso consolidar a produ- são feitas com a utilização palmente, para mulheres va estimular a organização seu artesanato basta acessar mail.com.
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UNIDADES RESISTENTES

Tupinambá para
divulgar “Homem Livre”

FOTO: ED
Luis Motobu deixou muitos perplexos, cavo da Bahia em S. Fêlix.
luismotobu@hotmail.com montada na pista em fren- Sua última exposição antes
te a Igreja Inacabada (ago- da novena foi montada na
Lithos Silva promoveu ra Nave Antropofágica). O Galeria do Conselho anexo
uma exposição na Nove- Açougue era formado por do Palácio da Aclamação
na Antropofágica, entre pedras e objetos de ferro em Salvador.
os dias 4 a 7 de setembro, dependurados, colocando O artista, que deixou para
evento que deu início a um o público em frente a algo trás uma vida de empresá-
processo de interação com que não pode ser digerido. rio nas áreas de arquitetura
a comunidade para expli- Fica a pergunta: o que não e movelaria, apresenta em
car o que será o Museu do pode ser digerido? Faça sua suas obras um grafismo an-
Homem Livre, que dará lista... cestral, tece com ele uma
uma nova conotação para Essa concepção de arte, fina película por entre a qual
a reforma da Igreja Ina- que realiza pintura sem tin- aparece propositadamente
cabada. O primeiro passo turas artificiais, aproximan- uma figura indígena de ins- Vista do Açougue Antropofágico para a Igreja Inacabada – Instalação de LithoSilva.
dado no âmbito do evento do-se do fazer indígena já piração renascentista. Faz
foi rebatizar o patrimônio rendeu importantes exposi- como se convidasse a todos
que passou a se chamar ções na cidade e está percor- para adentrar a uma caverna entre as sensações, senti- lineares que não quebram a intelectual: advogadas, psi-
Nave Antropofágica. A re- rendo a Bahia com mostras ritual. Lithos mostra a re- mentos e percepções trans- harmonia do círculo. A refe- cólogas, administradoras,
tórica que Litho sustenta em locais de grande visibili- presentação de um espírito cendentais. rência à mulher é constante, mas com o saber ancestral
com seus trabalhos de que dade como Galeria café da apropriado por ele, na ten- A circularidade está bem elas são as fazedeiras da uru- das rendeiras. As rendas
nossa origem Tupinam- Casa 8 em Salvador, a Gale- tativa de revelar as inquie- presente no grafismo, e as pemba-unidade resistente? são urupembas também.
bá é bem mais forte que ria de Arte do Hotel Pelou- tações do homem moderno esferas, referentes na arte A julgar-se pelo tempo que O coração do guerreiro
se pensa uniu-se a luta de rinho. Recentemente par- como se este brasileiro fosse indígena às sementes que duram, sim. Saem do ima- jaz esquecido, vermelho,
Iraci Gama em defesa do ticipou do Salão Regional um índio desterritorializado enfeitam artefatos. A geo- ginário de Lithos mulheres intenso como uma pedra
patrimônio histórico da de Artes Plásticas em Ala- como de fato é. metria das urupembas (pe- que parecem as rendeiras do que dorme, e retalhado.
cidade e as perspectivas do goinhas, onde ganhou prê- Lithos retrata coletivos neiras de palha) é apresen- mestre Vitalino, só que sem Todas essas emoções esté-
mestrado em Crítica Cultu- mio de Destaque. No Salão humanos com grafismos tada com certa insistência, braços. Uma rendeira que ticas podem ser sentidas
ral, iniciado na Uneb, nes- de Artes Visuais do Interior que mostram elementos parecendo que Lithos quer fez renda a vida toda, tem a no trabalho de Lithos, que
te semestre, sob a coorde- da Bahia foi homenageado esguios em grupo como compartilhar a emoção que renda na alma, não precisa tenta cada vez mais unir
nação do professor Osmar pelas pesquisas realizadas e lanças apontadas para o sente ao contemplar essas mais de braços ou as mulhe- antropologia e misticismo,
Moreira. A obra intitulada pelo conjunto de sua obra. céu e formas mais aden- formas, como se fosse ela res atuais têm o desafio de tudo com muito pranaia-
“Açougue”, uma das três Foi o único artista regional sadas, sempre revelando eleita a mais perfeita, por ser serem rendeiras sem braços, ma desse também profes-
instalações em cerâmica, a expor na Bienal do Recôn- a circularidade que existe composta por intervenções ligadas à produção abstrata, sor de Yoga.

ma-se a isso a possibilida-


Serápia Pandini Santana
serapia.pandini@hotmail.com
ARTIGO&PROSA de de criar o diálogo en-
Pós-graduanda em Estudos Linguísticos e
Literários Aplicados ao Ensino de Língua tre as diferentes mídias,
Portuguesa; Graduada em Letras Português-
Inglês pela Faculdade José Augusto Vieira.

A leitura faz parte da


DO MUNDO DA LEITURA comparando-se caracte-
rísticas e informações ob-
tidas em cada uma delas.
vida! Embora não per-
cebamos, cada um de
nós vivemos a leitura do
PARA A LEITURA DO MUNDO É preciso educar para se
viver a (e na) Sociedade
da Informação, com toda
mundo que nos cerca, a sua gama de produção
porém, a leitura a par- para a leitura do mundo. mundo de cultura a todos para além dos livros, que que não teve uma prévia cultural. Somente a prá-
tir da partilha oral e/ou Diante disso, o que re- ou um mundo de cultura são agrupados por títulos leitura por parte de quem tica reflexiva traz novas
escrita se faz através da almente transforma uma faz de conta onde a única e faixas de escolaridades, e tem a responsabilidade perspectivas aos pro-
convivência na família, pessoa é o ato de fazer uso coisa que se vive nesta é sabendo que a leitura se faz pela entrada destes leito- cessos educativos. Nós
na escola e na socieda- da leitura e da escrita e, o uma destruição em massa não só através destes, ou- res neste mundo literário. educadores precisamos
de. Somos autores de papel do professor, nesse da identidade. Ademais, o tros meios utilizados para Deve-se primeiro ler, re- constantemente bus-
nossa própria história e momento, que aproxi- bom uso da leitura e da es- desenvolver e fazer com ler, interpretar, dominar, car referenciais, discutir
colaboradores na trans- mam não só a criança, mas crita se faz através do pró- que o leitor saia do mundo enxergar nas entrelinhas práticas, propor novas
formação da realidade, o adolescente, o jovem e prio tempo que é uma lei- da leitura para a leitura do do material apresentado e reflexões. Espaços de
diante disso o que real- o adulto ao mundo da lei- tura do presente, pelo qual mundo deve ser utilizado não se deter só a conheci- interação voltados aos
mente transforma uma tura consolidando a fan- podemos ler a nós mesmos para tal finalidade como mentos prontos que che- educadores são cami-
pessoa não é o ato de tasia que é à maneira da e ao mundo num desdo- a música, o filme e outros gam até nós como facili- nhos importantes nessa
aprender a ler e escrever, criança e os demais veem bramento vivo que espelha meios de leituras existen- tadores de ensino, como busca reflexiva e na apli-
mas o ato de fazer uso a realidade. Pais, parentes o que somos no mundo e tes. É inegável a necessi- é a aparente situação dos cação de diversas outras
da leitura e da escrita e professores precisam ter o mundo que somos nós, dade de integrar diferentes livros preparados pelas metodologias capazes
que, segundo Marisa La- atitude e dessa atitude de- pois, Marisa Lajolo nos linguagens nas aulas em editoras. É preciso propor de despertar a leitura do
jolo, propõe itinerários pende nossa inserção e a diz: nos movimentos de todos os níveis de ensino. a leitura reflexiva desses mundo e o mundo da
possíveis para o percur- inserção de outras pessoas ajustes sutis e constantes, Nesse contexto, filmes são meios, em um determina- leitura e, fazer com que
so indicado pelo título no maravilhoso e imensu- a literatura tanto gera com- recursos que mais facil- do contexto, com sua lin- o itinerário da ilusão
que através de uma re- rável mundo da leitura e da portamentos, sentimentos mente são incorporados à guagem peculiar, sua ma- cultural, deixasse de ser
flexão teórica uma abor- escrita para entrarmos de e atitudes, quanto, preven- rotina escolar. No entanto, nifestação cultural, bem o caminho um simula-
dagem histórica e uma forma consciente em um do-os, dirigi-os, reforça- faz-se necessária a refle- como possibilitar o espaço cro dos falsos incentivos
análise textual formam mundo rico culturalmente os, matiza-os, atenua-os; xão: que estamos fazendo da criação usando essa lin- culturais cedendo lugar
o caminho seguro na e, capazes de criticar se o pode revertê-los, alterá-los com eles? guagem, extrapolando o ao caminho da auto-
tão necessária travessia mundo que estão nos apre- e, baseando-se nesta fala Não se pode apresen- papel passivo da recepção construção identitária
do mundo da leitura sentando é realmente um pode-se estender a leitura tar para o leitor, material da imagem e do som. So- cultural.
Caderno Cultural - Ano I - Nº 5 - Agosto/Setembro de 2009 5
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INFORME PUBLICITÁRIO

ASCOM/UNEB
APOIO À TERCEIRA IDADE + OBRAS E MELHORIAS

“Sabemos da importância da Uati para oferecer novas


perspectivas de vida a essas centenas de mulheres e homens
da terceira idade. E vamos ampliar esse programa aqui e nos
outros campi”, disse o reitor Lourisvaldo Valentim (centro).

Campus II da UNEB inaugura Universidade Aberta à Terceira Idade (Uati) - Reitor Lourisvaldo Valentim vistoria Obras locais
em andamento, que totalizam investimento superior a R$1,8 milhão e devem ser concluídas ainda este ano.
O programa de extensão prefeito-geral dos Campi, Luiz matriculados e mais de 500
Universidade Aberta à Ter-
ceira Idade (Uati), da Univer-
Fernando Pego, e pela coor-
denadora da Uati do Campus I
pessoas na lista de espera.
Esses números tornam este
Inserção sociocultural
sidade do Estado da Bahia, (Salvador), Sônia Bamberg. programa o segundo maior
A Universidade Aberta à Terceira francês, teatro, artesanato, pintura, Em Alagoinhas, inicialmente
foi recém-implantado no Foram anfitriões do evento, na UNEB, logo após a Uati
Idade da UNEB já beneficia cerca de além de assistir a aulas sobre nu- o programa de extensão vai fun-
município de Alagoinhas - os diretores dos dois departa- do Campus I. Fico muito feliz
1,5 mil idosos na capital baiana e trição e meio-ambiente, e participar cionar em um pavilhão de aulas
sede do Campus II da UNEB mentos do Campus II - Antô- com essa participação. Sabe- em outros 10 municípios no interior de sessões de ginásticas. do Colégio Estadual Luiz Navarro
- e já despertou o interesse nio Gregório Marinho, do mos da importância da Uati do estado: Alagoinhas, Teixeira de Durante a aula inaugural, o pú- de Brito, cedido pela Secretaria
de quase 750 mulheres e ho- Departamento de Educação para oferecer novas perspec- Freitas, Euclides da Cunha, Con- blico pôde conhecer um pouco dos estadual da Educação (SEC).
mens acima dos 60 anos. (DEDC), e Maira Portafé, tivas de vida a essas centenas ceição do Coité, Santo Antonio de resultados alcançados pelo progra- Outro imóvel está em re-
O início das atividades da do Departamento de Ciências de mulheres e homens da ter- Jesus, Irecê, Paulo Afonso, Juazeiro, ma de extensão no Campus I da forma para que possa ser am-
Uati aconteceu na tarde de Exatas e da Terra (DCET) -, ceira idade. E vamos ampliar Guanambi e Bom Jesus da Lapa. UNEB, em Salvador. Os estudantes pliado o número de pessoas
terça-feira, dia 1° de setem- além da coordenadora do pro- esse programa aqui e nos ou- A pró-reitora Adriana Marmori veteranos realizaram apresenta- atendidas pela Uati. O aluguel
bro, no auditório do Colé- grama, Ieda Fátima da Sil- tros campi”, disse o reitor. adiantou que a meta da admi- ções artísticas, através do Coral da do local será pago pela prefei-
gio Estadual Luiz Navarro va, que na oportunidade mi- Segundo Antônio Gregório, nistração da universidade - de Uati e duplas de bailarinos. tura do município, parceira da
de Brito, na cidade, com a nistrou palestra sobre o tema o município de Alagoinhas ampliar o programa da Uati Para o assessor-chefe da Astec, UNEB no programa.
presença de um público de O idoso na sociedade contempo- concentra uma das popula- aos 24 campi da instituição até Luiz Paulo Neiva, o programa da Também prestigiaram a
mais de 300 pessoas. rânea e a Uati em Alagoinhas. ções mais idosas da Bahia, no 2010 - vem sendo alcançada. UNEB tem tudo para se tornar uma inauguração da Uati repre-
Presidida pelo reitor da Parabenizando os gestores entanto nunca houve políti- “Queremos reascender a von- das mais importantes universida- sentantes do setor público do
UNEB, Lourisvaldo Va- e a comunidade acadêmica cas públicas que atendessem tade de viver e dar novas opor- des abertas do Brasil. município, a exemplo da secre-
lentim, a solenidade da do campus pela iniciativa essa parcela da sociedade. tunidades de aprendizado à ter- “A Uati tem avançado muito, tária da Educação, Ana Sueli de
aula inaugural foi prestigiada de levar o programa ao mu- “São mais de dois mil apo- ceira idade em todas as regiões e a grande procura da população Pinho, do chefe de Gabinete da
pela pró-reitora de Extensão nicípio, o reitor Lourisvaldo sentados apenas da Petrobras, do estado onde a UNEB está pre- mostra o reconhecimento do com- Prefeitura de Alagoinhas, João
(Proex), Adriana Marmori, Valentim destacou a impres- que são àqueles dos quais te- sente, criando uma nova cultura prometimento da universidade com Rabelo - que representou o pre-
pelo assessor-chefe da As- sionante adesão da popula- mos as estatísticas. Por isso, de valorização e interação com a inserção sociocultural da terceira feito Paulo Cézar Simões -, da
sessoria Técnica (Astec), ção idosa de Alagoinhas e levamos a proposta da Uati esse público”, afirmou Adriana. idade. Como instituição pública, a diretora do Colégio Luiz Navarro
Luiz Paulo Neiva, pelo garantiu não medir esforços ao reitor, que atendeu pronta- Na Uati de Alagoinhas, os UNEB tem que criar e oferecer no- de Brito, Ana Costa, e da titular
diretor da Unidade de De- para ampliar as atividades da mente e possibilitou a realiza- idosos vão ter a oportunidade de vas oportunidades para a socieda- da Diretoria Regional de Educa-
senvolvimento Organiza- Uati da região. ção deste importante progra- participar de oficinas de inglês, de”, avaliou Neiva. ção (Direc 3), Railda Teixeira.
cional, Djalma Fiuza, pelo “Soube que já são 220 ma social”, contou o diretor.

NOVAS INAUGURAÇÕES
ASCOM/UNEB

Na pauta da visita do reitor e entregues até o final de 2009. devem ser entregues à comuni- mente a população”, avaliou Maira.
gestores da administração cen- “A construção do Prédio da dade acadêmica até o início do Para os estudantes de Educa-
tral da UNEB ao Campus II, além Pós-Graduação do campus (in- mês de dezembro. ção Física do campus, a grande
da inauguração da Uati, foi reali- vestimento de R$960 mil), que se- Para a diretora Maira Portafé, expectativa é a construção do Cen-
zada uma vistoria das obras que diará o novo mestrado em Crítica os investimentos vão ajudar a tro Esportivo local. O equipamento
estão em andamento naquela Cultural (Pós-Crítica), está dentro comunidade universitária a forta- vai contar com pista de atletismo,
unidade da universidade. dos prazos, com previsão de inau- lecer as ações da UNEB na região piscina semiolímpica e as quadras
Segundo Luiz Fernando guração para o final do mês de do Recôncavo baiano. reformadas com a instalação de
Pego, prefeito dos Campi, as outubro”, adiantou o prefeito. “Através dos laboratórios de vestiários e arquibancadas.
três obras principais obras no Outra novidade do campus é o informática, análises clinicas, imu- No complexo de esportes, o
campus de Alagoinhas - que Módulo de Laboratórios, que vai nologia e microbiologia, poderemos volume investido é de R$257 mil,
estão demandando investimen- contar com 12 salas, um Centro ampliar o leque em pesquisa e em conseguido através de convênio Ao lado de gestores da universidade, reitor Valentim
tos superiores a R$1,8 milhão Médico, em um investimento de projetos de extensão desenvolvidos com o Ministério do Esporte e a vistoriou obras do Campus II e encaminhou decisões
da universidade - devem ser R$590 mil. As novas instalações na instituição, beneficiando direta- Caixa Econômica Federal (CEF). ao prefeito-geral dos Campi, Luiz Fernando Pego.
Caderno Cultural - Ano I - Nº 5 - Agosto/Setembro de 2009 7

Bela Vista Pela Vida! I ENCONTRO


Um Grito de Liberdade DE LEITURA E LITERATURA
Bárbara Cecília Neves INFANTO-JUVENIL

DIVULGAÇÃO
barbinhanves@hotmail.com

Professora Ângela Márcia do livro, suas cores, sons Universidade – Comitê


ENTRE RIOS - Na terceira Damasceno T. Barbosa até as ilustrações que PROLER e a comuni-
sexta-feira do mês de Agos- angelaliteratura@bol.com.br acompanham a história. dade externa. Serão
to, a comunidade do bair- (coordenadora do comitê A relação entre o leitor e realizados MINICUR-
ro Bela Vista na cidade de PROLER UNEB)
o livro não envolve ape- SOS, OFICINAS, MESAS
Entre Rios foi presenteada nas a questão do gosto REDONDAS E SESSÕES
com o Projeto Bela Vista ou de livre escolha, o que DE APRESENTAÇÃO
Pela Vida, uma iniciativa ALAGOINHAS - Dentre as existe agora é uma rede DE COMUNICAÇÕES.
do Professor Célio Pan- diversas questões que de estratégias de sedução Os ministrantes das
dini, figura conhecida na circundam os estudos do público leitor. E um oficinas e minicursos
UNEB por atuar na luta de no curso de Letras, a autor/escritor produzin- são professores e alunos
implantação da Residên- leitura obrigatória nas do para o mercado com das universidades baia-
escolas, a crença de que o objetivo de agradar a nas: Universidade do
cia Universitária de Ala-
brasileiro não lê e não um leitor cada vez mais Estado da Bahia - UNEB,
goinhas (RUA), Célio está Lenin Pandini, estudante da Escola Duque de Caxias, sabe produzir textos e exigente. Talvez um dos Universidade Estadual
sempre preocupado com recita o poema Sentimentos. ainda as práticas leitoras fatores que não ajuda o de Santa Cruz - UESC e
a sua ação docente e com vem despertando o mediador é o preço dos Universidade Estadual
a qualidade do Ensino Pú- interesse de estudiosos e livros. Os livros ainda do Sudoeste da Bahia -
blico, um homem que faz Silva do Colégio Estadual do muro da escola, Pi- pesquisadores. E ao pes- são muito caros mas, um UESB. Também tere-
da vida uma estratégia de Duque de Caxias, autor nho grafiteiro do NH2A quisar nos deparamos outro fator nos alegra: mos a participação de
guerra contra as opressões da canção “Obra Prima” (Núcleo de Hip Hop de com alguns questio- aumentam o número pesquisadores da UFBA
e o descaso do sistema. e Janison dos Santos au- Alagoinhas) grafitava um namentos: Será que o de bibliotecas, espaços e escritores baianos
O Projeto Bela Vista tor da canção “Calmaria”, mural de 4 metros qua- brasileiro realmente não de leitura e mediadores proferindo palestra num
Pela Vida, teve o apoio do o momento gospel teve drados que ficará dentro gosta de ler? Quais as em todo o país. Dessa momento do evento
Colégio Estadual Eraldo a participação da Igreja da escola colorindo o es- preferências do público maneira, em cada época, que denominamos: EN-
Tinoco na direção da Pro- Assembléia de Deus com paço, Pinho em entrevista leitor no Brasil? Quem leitores partilham entre si CONTRO COM ESCRI-
fessora Edilma Assunção e Dondon que cantou e nos contou como é im- são os mediadores de espaços, gestos e ritmos TORES BAIANOS.
da equipe de professores e emocionou o público, o portante iniciativas como leitura? Qual o papel de leitura, bem como Vale lembrar que a
da família e da escola hábitos que influenciam comunidade poderá
funcionários que colabo- grupo de coreografia Bál- essa do professor Célio
no incentivo? Quais as a recepção. participar (mesmo não
raram com o evento, além samo de Gileade e a estu- Pandini que junto com o
dificuldades encontra- Passaram-se os séculos, estando inscrito no
do apoio cultural de Luiz dante Niele Andrade. Au- Colégio que leciona, pro- das, pelos alunos, na alterou-se o meio, mudou evento) de dois concur-
e Rui da Minas Gás. tores de poemas também moveu um evento que produção dos textos? a tecnologia, mas o imagi- sos: CONCURSO SEME-
O evento trouxe para os tiveram espaço para os apresenta várias lingua- Os questionamen- nário em torno do ato de ANDO O INCENTIVO À
alunos e a comunidade da recitais: o representante gens artísticas, por isso, tos são vários e nem ler permanece. Lê-se em LEITURA EM ESCOLAS
Bela Vista uma noite com local do TAL (Tempo de ele tem prazer em parti- sempre encontramos bibliotecas, em bancos de BAHIANAS e CONCUR-
música, arte e poesia, vi- Arte Literária) Roberto cipar e deixar a sua marca respostas para todas as praça, na escola, na cama SO TEXTOS LITERÁRIOS
sando fomentar a cultura José Ribeiro Meyer com registrada na comunida- perguntas. Entretan- e pode-se fazer a leitura (POEMAS E CONTOS
local, promover ações ar- o poema “O Preço” e Le- de. O grafite é uma ex- to não podemos ficar nas telas de computado- INFANTO-JUVENIS). O
tísticas na cidade, dar visi- nin Pandini com o poema pressão artística que passa parados esperando res. Ou, se o leitor desejar, primeiro concurso visa
bilidade aos artistas locais “Sentimentos”, ambos do por muitas dificuldades respondê-las para só ouve-se histórias através incentivar os docentes,
e as suas produções, além Colégio Estadual Duque primeiro pelo valor do depois tomar providên- da arte dos contadores de da Rede Pública (Estadu-
de criar um espaço de in- de Caxias; do Colégio spray, a dificuldade de en- cias. Como educadores histórias ou de narrações al, Municipal) e Escolas
teração, respeito e trans- Eraldo Tinoco, José Láza- contrar material sobre o somos mediadores de gravadas em cd’s. Particulares, a divulgar
formação social. leitura. Nessa caminha- Outros tempos, novas seus projetos bem como
ro Pimentel recitou o po- assunto na nossa região e
da o mercado editorial questões sobre o livro e a valorizar os docentes que
Unindo cultura e edu- ema “Descompasso”. Para a falta de incentivo finan-
oferece ao mediador leitura. E para colocar em utilizam na sua prática
cação, o projeto Bela Vista encerrar a noite o evento ceiro para custear a pro-
de leitura e ao leitor pauta essas questões e re- pedagógica o incentivo
Pela Vida apresentou para contou com o Rap do Mc dução e privilegiar a arte. a oportunidade de afirmando a importância à leitura e atuam como
a comunidade os alunos Osmar, Coletivo Sonoro Iniciativas como essa de escolha. Existem livros da leitura é que o comitê mediadores nas séries do
representantes do FACE Petrolatividade. transformação cultural é com texturas, com sons, do Programa Nacional Fundamental I, Fun-
(Festival Anual da Canção Enquanto as apresenta- importante para a nossa coloridos, descolori- de Incentivo à Leitura – damental II e Ensino
Estudantil) Moabi Santos ções aconteciam, ao lado sociedade, principalmen- dos, com cheiros, com PROLER vinculado a Uni- Médio; e o segundo visa
te nas comunidades e pe- dobraduras, e livros que versidade do Estado da incentivar a produção
riferias, onde o grito por pedem a parceria do lei- Bahia estará realizando, de textos literários por
liberdade é muitas vezes tor para continuar a his- de 29 de setembro até 02 escritores de todas as
DIVULGAÇÃO

silenciado e reprimido, tória. Livros para todos de outubro, o I ENCON- faixas etárias. O poema
e o preconceito externo os leitores, com suas TRO DE LEITURA E LITE- e/ou conto infanto-
sufoca e destrói sonhos, preferências. E cada um RATURA INFANTO-JUVE- juvenil devem ser, obri-
o Projeto Bela Vista Pela deles, por conta dessa NIL que tem como tema: gatoriamente, inéditos
variedade de formatos SEMEANDO LEITURAS. e escritos em Língua
Vida, surge assim, como
e temáticas, exige do O encontro tem como Portuguesa. Entende-se
um grito de resistência, de
leitor novas manei- objetivo proporcionar aos por inéditos os que não
força e de produção, valo-
ras de ler: cheirando, professores, mediadores tenham sido editados ou
rizando a comunidade e apalpando, ouvindo, de leitura, bibliotecários, publicados (parcialmen-
os seus fazeres, mostrando se deliciando com a estudantes de letras e áre- te ou em sua totalidade).
que a escola é importante mistura das cores. E na as afins, a oportunidade Para maiores infor-
na formação do indivíduo, procura pelo objeto do de compartilhar conheci- mações os interessados
e é possível sim criar meios desejo, o leitor percebe mentos, aperfeiçoamen- devem acessar o site
de estímulo para que a que as obras estão fican- to, pesquisa e ao mesmo do evento: http://sites.
cada dia os jovens produ- do mais encantadoras tempo ampliar e inten- google.com/site/encon-
Pinho do grafite, membro do Núcleo de Hip Hop de zam mais arte e valorizem desde o formato da capa sificar as relações entre a troproleruneb.
Alagoinhas (NH2A), em plena atividade. a cultura local.
8 Caderno Cultural - Ano I - Nº 5 - Agosto/Setembro de 2009

CULTURA&ARTE CONTOS&CAUSOS ROMANCE X LÓGICA


Fagner Oliveira - fagneroliveira@gmail.com

II MOSTRA DE ARTE -Batatinha quando nasce se es-


parrama pelo chão...
ramar numa queda. E eu nunca vi
uma batata chata. Em geral elas
corrigir e te dar uma explicação
categórica para um erro que te
-É espalha rama... são quase redondas ou ovais. Ou acompanha desde a infância e
MARGINAL EM RIO REAL -Como?
-Batatinha quando nasce, espa-
quase em formato fálico se for
batata doce.
tudo que você tem a me dizer é
que sou um chato.
lha ramas pelo chão! Então, a batata quando nasce, -É!
-Eu aprendi esparrama! espalha ramas pelo chão! -Ta bom!

BÁRBARA NEVES
Bárbara Cecília Neves os shows com as bandas
-Eu sei, eu também. Mas acom- -Humm. -Então, como eu ia dizendo: Bata-
barbinhanves@hotmail.com Devírinios e Moleculares,
panhe meu raciocínio: -Como assim, “hummm”? tinha quando nasce se esparrama
Zafry, o Rap do Mc Osmar
A batata é uma raiz. Não tem -Ah, você é um chato! pelo chão. Guardo meu dinheiro
RIO REAL - Na cidade de e Coletivo Sonoro Petrola-
caule, não tem como ela se espar- -E você é ingrata! Acabo de te no bolso e você no coração!
Rio Real, o mês de Agosto tividade, e o Dj John, que
foi marcado pela II Mostra participou da gravação do
de Arte Marginal, que acon- evento. O Show do Cole- C O I S A S PA R A FA Z E R E M A L A G O I N H A S
teceu no Colégio Estadual tivo de Artistas Amadores
Dr. José de Carvalho Baptis- foi gravado na íntegra e MÚSICA Horários: Infantil – Terças Sessões: 18h20 e 20h30
ta e teve como objetivo pro- da gravação surgiram três feiras às 10 e 16h Indicação 12 anos
mover, produzir, divulgar e Cds, que estão sendo distri- HIP HOP na área Adultos – Quartas feiras às
consumir arte marginal e/ buídos no território e estão 19h* FÓRUNS/DEBATES/
“GOG em Alagoinhas”
ou marginalizada, buscan- disponíveis no Youtube, a Quando: 25 de setembro ENCONTROS
do alimentar o pensamen- Momento de apresentação idéia é divulgar o trabalho * Estes horários são flexíveis,
do personagem na oficina (sábado) podendo os grupos escolher o
to de construir um fórum e as produções indepen- Onde: Quiosque da Uneb horário e que filme do mês quer
de quadrinho, ministrada dentes dos artistas e fazer I Encontro de Leitura
permanente de discussão e (sáb.) e Barreiro (dom.) assistir, obedecendo a faixa etária.
por Écristio Raislan, o e Literatura Infanto-
produção das artes excluí- com que todos conheçam e Horário: 19h30
nosso cartunista. Juvenil
das dos espaços canônicos, valorizem o que está sendo Entrada: R$ 10,00 (inteira) e PROGRAMAÇÃO
produzido na região. Práti- Quando: De 29 de
para poder criar uma asso- R$ 5,00 (meia) setembro a 02 de outubro
ciação de artistas locais. cas como essa de produzir e Ingresso à venda na Onde: Uneb – campus II
Afirmando o marginal cidas quatro oficinas: oficina consumir arte em todos os Uneb (Colegiado de Letras - Curtas Infantis
(Alagoinhas)
não como algo negativo de Teatro e vivência teatral, lugares tem transformado a (Classificação: livre)
procurar prof. Silvio Oliveira) Maiores informações:
como o senso comum o ministrada por Jorge Luz in- vida de muitos jovens que
http://sites.google.com/
define, a Mostra de Arte tegrante do Grupo de Teatro estão re/significando a sua - Maré Capoeira e
GOG e BLACKITUDE site/encontroproleruneb
Marginal, afirma o con- Macabéicos, formado em forma de perceber o mun- Caçadores de saci
“Lançamento do CD de Entrada franca
ceito de marginal, como História pela UNEB e Rafael do e de se auto/perceber - D. Cristina Perdeu a
como sujeito produtor de Mc Mamá” Memória
borda, margem, anti-ca- Luz; Literatura em Quadri-
sentido, buscando sempre Quando: 26 de setembro - Paisagem de Meninos Conferências Municipais
nonismo, afastamento do nhos: Noções de História e
de forma criativa exteriori- (domingo) de Cultura do Território
centro. É com esse olhar produção de HQs, ministra-
Onde: Barreiro Agreste de Alagoinhas/
que a segunda Mostra da por Écristio Raislan, nosso zar o seu interior. Adulto
Horário: 19h30 Litoral Norte
pretende discutir e fazer cartunista, quadrinista ama- A Mostra de arte Mar- - Diferenças
Entrada franca
produções que estão ou dor, integrante do Grupo de ginal é uma iniciativa de Classificação: 14 anos 30/09
são postas à margem das Teatro Macabéicos, músico Écristio Raislan, Eteslan - As sete vampiras Alagoinhas
Projeto Três Sons: Hip-
produções artísticas, dos e mestrando em Crítica Cul- Santos e Valmir Freitas to- Classificação: 16 anos
Hop, Rap e Reggae - O universo de Mojica 06 e 07/10
meios de divulgação e tural pela UNEB; HIP HOP: dos jovens nascidos em
“Tributo a Raul Seixas” Marins Conferência Territorial em
consumo, criando uma Composição e construção Rio Real, que percebem a
Quando: 04 de outubro Classificação: 16 anos Alagoinhas
cultura artística alternativa de música: discussão sobre necessidade de produzir e
consumir arte alternativa, (domingo) - Terra Estrangeira
que produza sentido. o movimento Hip Hop na Outras cidades
ampliando e fortalecendo Onde: anfiteatro do Centro Classificação: 16 anos
A II Mostra de Arte Mar- Bahia, especificamente na
o fazer artístico da popula- de Cultura - Durval Discos 25 e 27/09
ginal foi aberta com uma região, ministrada por MC
Atrações: Integração Roots, Classificação: 12 anos Entre Rios
mesa redonda onde todos Osmar Rapper, coordenador ção. A Mostra de Arte Mar-
Sr Mais Velho, Mc Osmar e - A Origem dos bebês -
participaram ampliando a do projeto Petrolatividade ginal dá continuidade a 26/09
convidados. Segundo Kiki Cavalcanti
noção de marginal, sem o e produtor cultural; Vivên- uma discussão no sentido Jandaíra
Horário: 15h Classificação: 12 anos
seu enquadramento num cia Musical: Experimenta- da revolução dos conceitos Mata de São João
Maiores informações: (75)
pensamento da dualida- ção musical, ministrada por de cultura, arte e margina-
9907-8037 – Mc. Osmar 28/09
de antagônica Ocidental, Maurício de Jesus, músico, lidade para e pela comu- Entrada franca CINE LAGUNA
nidade local e regional. É Catu
afirmando o local do mar- poeta, formado em História
Sátiro Dias
ginal, como produtor de pela UNEB. possível entrar em contato
CINEMA Programação 29/09
sentido, que faz da arte O encerramento da Mos- com os idealizadores da
(de 18 a 26/09) Pojuca
uma estratégia de guerri- tra ficou por conta Coletivo mostra no endereço ele-
Força G – “Uma Aventura da
lha e sobrevivência. de Artistas Amadores de trônico: mostradeartemar- Circuito Popular de 01/10
Walt Disney”
Durante o dia foram ofere- Arte Marginal, que trouxe ginal@gmail.com. Cinema Pedrão
Sessão: 16h
Onde: Centro de Cultura de Indicação livre 02/10
Alagoinhas Rio Real, Aramari e
Quando: mês de setembro Marido por Acaso (comédia) Ouriçangas

EDITAL DE CULTURA
Editais de ‘Patrimônio Cultural’
do IPAC apóiam 22 projetos
Estão abertas até dia 30 lhões do Fundo de Cul- tes www.ipac.ba.gov.br e
de setembro (2009) as ins- tura para 22 projetos a www.cultura.ba.gov.br.
crições para três ‘Editais serem propostos por pes- Mais informações nos
de Patrimônio’ do IPAC soas físicas ou jurídicas da Tels. (71) 3117-6491,
(Instituto do Patrimônio sociedade civil residentes 3117-6492, ou através
ROTEIRO: MICHEL CRUZ IDÉIA ORIGINAL: MATEUS DE MENEZES ARTE FINAL: ÉCRISTIO RAISLAN Artístico e Cultural) que no território baiano. do e-mail editais@ipac.
Charge feita pelos garotos da oficina de quadrinhos. distribui cerca de R$2 mi- Os editais estão nos si- ba.gov.br.

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