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14/08/2021

IZ- 122 Doenças de coelhos


• Coccidiose: causada por protozoário do
ALIMENTAÇÃO DE COELHOS E EQUINOS gênero Eiméria
• Eiméria hepática: Eimeria steidae -
IZ 122 • Eimeria intestinal: Eimeria magna,
Eimeria perforans e etc...

Problemas associados com a alimentação • A Eiméria é um hospedeiro natural dos


coelhos, em condições normais não
dos coelhos e equinos causam problemas. Mas quando
alteramos o ambiente intestinal
(acidificação) ocorre proliferação
exagerada, causando a doença.
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Vinicius Pimentel Silva

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IZ- 122 Doenças de coelhos IZ- 122 Doenças de coelhos


• Sintoma: ascite é o acúmulo de fluidos • Diarreias Enterites:
dentro da cavidade abdominal. Trata-se de
um sinal que aponta para a possibilidade de
doenças hepáticas, morte, pontos no fígado. • Distúrbio digestivo podem provocar alto
índice de mortalidade.
• Tratamento:
• Higienização das gaiolas e evitar contato de um • Atinge todo o rebanho mas é mais frequente
animal contaminado com outro, em animais jovens (31 a 70 dias).
• Evitar moscas
• Produtos a base de sulfa na água de beber;
• Fornecer fibra
• Prevenção na ração peletizada - Aditivo
Zootécnico melhorador de microbiota

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IZ- 122 Doenças de coelhos IZ- 122 Doenças de coelhos


• Causas: variada; • Diversos tipos e, portanto, diferentes procedimento de controle:
• destacando-se a qualidade da fibra (digestibilidade; capacidade de
• Fezes diluídas de coloração verde escura: alimentos muito úmidos ou
hidratação, poder tampão e etc.) grau de moagem, baixo teor de fibra deteriorados ou mudança de ração de melhor qualidade para uma de pior.
na ração; • Retira-se o alimento causador, administra-se algum produto adstringente ou
• excesso de proteína na ração; absorvente (folha de goiabeira, bananeira ou feno de qualidade).
• alimentos muito úmidos ou já em processo de deterioração Tratamento imediato antes da desidratação e perda de apetite. Após,
tratamento veterinário.
(fermentados).
• Estresse acentuado e mudanças bruscas na dieta. • Fezes diluídas com presença de muco: Consumo de rações deficientes em
fibra (qualidade ou quantidade) ou estresse intenso. A quantidade de muco
é produzida para tamponar a acidez excessiva do ceco.

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IZ- 122 Doenças de coelhos IZ- 122 Doenças de coelhos


• Fezes diluídas e líquido esverdeado: associado a corrimento nasal, • Fezes amarelas em animais lactentes:
ocular e estado febril e perda de apetite. ingestão excessiva de leite e ninhada
pequena. Ou, na maioria das vezes, as
• Infecção por bactérias do gênero Pasteurella que se localizam nos matrizes estão infectadas por bactérias do
intestinos e vias respiratórias. gênero Clostridium.

• Causa: falta de higiene; umidade excessiva (cochos e instalações


inadequadas) amônia no ambiente • 1- Transferência de láparos:
• 2- Suprir deficiência de fibra na ração da
• Controle: por vacinação, controle dos fatores matriz e os filhotes transferidos

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IZ- 122 Doenças de coelhos IZ- 122 Doenças de coelhos

• Febre vitular: Uma falha no metabolismo endócrino-mineral, ligado


a deficiência de cálcio, desbalanço mineral.

• Sintomas: suspensão da produção de leite, paralização dos membros


posteriores e prostração total.

• Atinge: matrizes no final do período de gestação e inicio da lactação


(primíparas).

• Aplicação de cálcio: tratamento clínico veterinário

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IZ- 122 Doenças de coelhos IZ- 122 Cavalos - Boca

• Timpanismo: causada pela ingestão de alimentos fermentados, ricos • Pontas de dente: animal deixa de comer e emagrece
em amido, forragens com princípios tóxicos. • Desgaste irregular dos dentes:
• Causa: Consumo elevado de concentrado; Redução dos movimentos
mastigatórios; maior incidência em animais atletas confinados.
• O animal fica com o ventre dilatado, perde apetite, fica prostrado e com
dificuldade respiratória.

• Pode-se administrar óleo/azeite via oral massagem abdominal.

• Tratamento clínico veterinário.

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IZ- 122 Cavalos - Boca IZ- 122 Estômago - cavalo

• Travagem: animal deixa de comer e emagrece • Úlceras gástricas:


• Inflamação do palato • Lesões na mucosa do epitélio
gástrico, próximo a margem
pregueada
• Diastema: acúmulo de material entre os dentes
• Redução do tempo de pastejo

• Redução da mastigação

• Consumo excessivo de
concentrado

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IZ- 122 Estômago - cavalo IZ- 122 Estômago - cavalo

• Tratamento preventivo: redução do concentrado, controle • Cólica gástrica:


• Produção excessiva de gases no estômago
do fornecimento de amido, fornecimento de alimento • Distensão gástrica; paralização do estômago
volumoso de qualidade para aumentar o tempo de • Rompimento gástrico e morte
mastigação e produção da saliva. • Animais ansiosos
• Consumo de concentrado em transportes por período prolongado
• Baixo consumo de água
• Grande quantidade de ração consumida em um trato
• Animal que escapa da baia

• Tratamento preventivo: controle no fornecimento de alimento concentrado


por refeição: 500g de concentrado/100Kg de PV

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IZ- 122 Consumo excessivo de amido IZ- 122 Cólicas

• Consumo excessivo de amido gera acidose na câmara fermentativa • Síndrome.


tanto do coelho quanto dos equinos:
• Dor: estômago, intestino delgado ou grosso
• Obesidade – laminite
• Aumento da produção de ácido lático
• Causas: Multifatorial
• Redução do pH cecal (coelho) e do ceco cólon dos equinos
• Lesão na mucosa do epitélio
• Absorção de endotoxinas • Sinais clássicos: Parar de comer, orelhas murchas, olhar para o
• cólicas e laminites (inflamação dos vasos que irrigam o casco do cavalo) flanco, mordiscar do flanco, bater as patas com força no chão, deitar
e rolar, fecalomas.

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IZ- 122 Síndrome metabólica equina IZ- 122 Laminite

• Inflamação dos vasos que irrigam o casco

Conclusões: correlações positivas entre índices de


obesidade e a distância de afundamento da falange
distal indicam que éguas Mangalarga Marchador
também estão sujeitas à ocorrência de laminite
associada à obesidade.

MAGALHAES, J.F. et al. Estudo da correlação de medidas radiográficas indicadoras de laminite em


éguas da raça Mangalarga Marchador com e sem sinais de sobrepeso. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec.
2014, vol.66, n.4 pp.1023-1032. http://dx.doi.org/10.1590/1678-6544.

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IZ- 122 Secreção de produtos inflamatórios IZ- 122 Obesidade –

• Easy keppers

• Alimentos doces –
sweetfeed: melaço e etc

• Escore corporal acima de 7

• Resistência a insulina

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IZ- 122 Obesidade IZ- 122 Alta conversão alimentar

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IZ- 122 Diarreia IZ- 122 Fatores anti-nutricionais


• Diarreia:
• Causa desidratação; perda de eletrólitos; redução na absorção de nutrientes e • A concentração de oxalato tende a ser alta em forrageiras
consequente emagrecimento. tropicais, agravando-se, pois também apresenta baixas
• Mudança da pressão osmótica:
concentrações de cálcio (Pagan, 2001).
• Bacteriana: mais comum em potros; possui cheiro característico.

• Muito problemática em potros recém nascidos:


• Estão susceptíveis aos desafios do ambiente (contaminações) e possuem pouca
reserva nutricional com seus mecanismos de imunidade ainda em processo de
estabelecimento.
• Mudanças na microbiota intestinal mais frequentes

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IZ- 122 OXALATO IZ- 122 Problemas de contração muscular

Tabela 1. Gramíneas que apresentam elevadas concentrações de Oxalato


Nome vulgar Concentração1 Nome científico
Capim Buffel 1,06% Cenchrus cilaris
Capim Colonião 2,14% Panicum spp.
Capim Pangola 0,92- 2,3% Digitaria decumbens
Gramas * Paspalum spp.
Napier 1,6% Pennisetum spp.
Setária 4,2 - 3,5% Setaria sphacelata; Setaria incrassate

Quicuio 1,2% Pennisetum clandestinum


Quicuio do Amazonas 1,6-1,8% Brachiaria humidicola
1 MS (%); Adaptado: Pupo (1989); Nunes et al. (1990); Pagan (2001); Nutrient... (2007).

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IZ- 122 Osteodistrofia fibrosa IZ- 122 Melhoramento genético de plantas


Fonte: Fernando Queiroz/UFRRJ
Prof. Fernando Queiroz de Almeida/UFRRJ • Capim colonião (Panicum maximum)

• Cultivares melhoradas
• Cultivar Massai
• Cultivar Tanzânia
• Cultivar Mombaça

Fonte: Fernando Queiroz/UFRRJ

Prof. Fernando Queiroz de Almeida/UFRRJ

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IZ- 122 Casos desde 2001 IZ- 122

• Casos de cólica desde 2001 na região Amazônica

• Condições:
• Ocorre no período chuvoso, logo após o seu início
• Em pastagens implantadas a mais de 2 anos

• A cólica em equinos apresenta diversas etiologias


• O princípio tóxico não foi identificado

43 Tokarnia, C.H.. Et al. Plantas tóxicas do Brasil para animais de produção 2° Ed.

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IZ- 122 Cólica timpânica IZ- 122 Cólica timpânica


• Pastagens para equinos

Cerqueira, V.D. Cólica em equinos mantidos em diferentes cultivares de Panicum maximum no bioma amazônico. Tese de Doutorado, USP,
2010

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IZ- 122 Efeitos na Saúde IZ- 122 Distensão da flexura pélvica – mudança da sintopia

• As recomendações baseiam se na prevenção de distúrbios devido


ao baixo fornecimento de fibra e fibra de baixa qualidade:

• Cólica (Clarke et al., 1990)

• Comportamentos estereotipados (Gilham et al., 1994)

• Úlceras gástricas (Murray 1994)

• Acidose (Argenzio et al. 1974; Medina et al., 2002).

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IZ- 122 Enterólitos IZ- 122 MICOTOXINAS


• Ação das Micotoxinas nos equinos

• Fumonisinas; aflatoxinas; Zearalenonas, Ocratoxinas

• Leucoencefalomalácia:
• Consumo de grãos e subprodutos de milho em equinos é a principal
fonte contaminada com micotoxinas, principalmente a fumonisina,
• Consumo de objetos estranhos, tecidos e etc; responsável por causar grave intoxicação e doença conhecida como
• Sais de extruvita, dieta básica, excesso de leucoencefalomalácia equina (LEME) (Ross et al., 1991,1993; Câmara
magnésio et al., 2008; Santos et al., 2013), como também associada a
síndrome hepatotóxica (Voss et al., 2007).
• Dieta exclusiva com alfafa.

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IZ- 122 MICOTOXINAS IZ- 122 MICOTOXINAS

• Em determinadas épocas do ano e regiões, a escassez de forragem • A LEME é causada por fumonisinas, principalmente FB1,
nas pastagens acarreta a suplementação dos animais com milho, produzidas por F. verticillioides, com ação sobre o sistema
concentrados que contém milho, rolão/farelo de milho e/ou nervoso central, causando sinais neurológicos súbitos
resíduos da indústria de processamento do grão, o que favorece a decorrentes de necrose de liquefação da substância branca
ocorrência da doença (Mallmann et al., 1999; Ragsdal; Debey, 2003; subcortical cerebral, com morte após evolução clínica de 4 a 72
Câmara et al., 2008; Santos et al., 2013). horas, que pode estender-se por uma a duas semanas (Meireles
et al., 1994; Méndez; Riet-Correa, 2007; Câmara et al., 2008;
Santos et al., 2013).

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IZ- 122 MICOTOXINAS IZ- 122 Zootecnia - UFRRJ


viniciuspimentel@ufrrj.br
• O desenvolvimento do fungo e a produção de fumonisinas que Prof. Vinicius Pimentel Silva- CRMV-SP:02738/Z
são micotoxinas hidrossolúveis estáveis ao calor e resistentes a
tratamento alcalino estão relacionados diretamente com a
umidade e com a ocorrência de quedas de temperatura que
causam choque térmico (Meireles et al., 1994; Méndez; Riet-
Correa, 2007; Câmara et al., 2008; Santos et al., 2013).

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