Você está na página 1de 5

Saúde integral do adulto

Principais patologias musculoesqueléticas

Osteoporose

Trata-se de uma doença que leva à uma perda da massa óssea compacta, tornando
os ossos mais frágeis, aumentando exponencialmente os riscos de fraturas. A deposição
dos depósitos de cálcio nos ossos é tão acentuado que, mesmo aos menores acidentes ou
impacto, como o ato de tossir, abaixar e se curvar podem causar uma fratura. Os ossos mais
acometidos são os do quadril, punho e coluna.

Fatores de risco para a osteoporose

 Sexo feminino = 70% dos casos de osteoporose ocorrem em mulheres.


 Caucasianos e asiáticos.
 Baixa estatura e baixo peso.
 História familiar positiva.
 Menopausa Nunca ter engravidado.
 Sedentarismo.
 Baixa exposição solar.
 Baixa ingestão de cálcio e vitamina D.
 Tabagismo.
 Consumo de bebidas alcoólicas.
 Consumo elevado de refrigerantes (?).

Artrite e Artrose

O corpo humano é dotado de uma série de “juntas”, denominadas articulações, que


são a junção ou conexão de dois ossos diferentes, possibilitando assim que o corpo
desempenhe os movimentos e as alavancas necessárias para os mesmos.

Há diferenças entre as articulações presentes no corpo humano. As chamadas


articulações móveis são aquelas que possuem como elo uma cartilagem e uma bolsa com
líquido sinovial, o que permitirá amplos movimentos, diminuirá o atrito entre os ossos (joelho,
cotovelo, punho). Há outras conectadas por tecido fibroso, que atua como um cimento,
prendendo um osso ao outro, tornando-os imóveis (crânio). Existem ainda algumas
articulações que também apresentam como elo o algum tecido cartilaginoso, porém, não
apresentam líquido sinovial, limitando assim a mobilidade dos ossos (coluna vertebral).

Prof. Msc. Alex Loze Rocha


Saúde integral do adulto

A artrite é um processo inflamatório das articulações. As principais causas dessa


inflamação são a artrose, artrite reumatoide, o lúpus, a febre reumática, a gota, psoríase,
doença de Crohn, traumas, etc.

Já a artrose ocorre devido a uma degeneração da cartilagem. Sendo assim, acomete


apenas as articulações móveis, principalmente joelhos, coluna, mãos e quadril. A
degeneração da cartilagem na artrose ocorre geralmente pelo envelhecimento da mesma e
o seu desgaste com o decorrer do tempo, tornando os movimentos muito dolorosos.

Dentre os principais fatores de risco da artrose, além da idade, estão: genética,


obesidade, diabetes, hipotireoidismo e os traumas articulares, etc. A artrose é uma doença
progressiva e sem cura; quanto mais insultos sofrerem as articulações ao longo da vida,
mais cedo ela se manifesta. Uma vez destruída, a cartilagem não se regenera.

Traumas e fraturas

Uma fratura óssea é a perda da continuidade de um osso, que o divide em dois ou


mais fragmentos. As fraturas ósseas são acontecimentos muito frequentes. Algumas fraturas
são tão simples que nem chegam a ser percebidas ou resolvem-se espontaneamente, mas
outras podem ser tão graves que acarretam risco de morte. Fraturas podem ocorrer
aleatoriamente a todas as pessoas, mas há uma maior incidência em certos grupos
específicos, tal como em crianças, mulheres após a menopausa, devido à osteoporose e em
idosos, devido ao maior número de quedas e à fragilidade óssea e muscular.

Os traumatismos que incidem sobre os ossos com forças superiores a sua


capacidade de deformação são as causas mais frequentes de fraturas. Isso acontece,
sobretudo, em quedas, pancadas e acidentes, mas há também fraturas que ocorrem devido
a impactos mínimos ou até espontaneamente, chamadas fraturas patológicas, as quais se
devem a um anormal enfraquecimento dos ossos, devido à osteoporose ou a tumores
ósseos.

As queixas mais comuns são dores, inchaço, incapacidade total ou parcial de


movimentos, deformidades e posturas anormais, sinais do traumatismo, como hematomas,
lesões cutâneas, etc. Nas fraturas expostas ou complicadas podem aparecer outros sinas e
sintomas além desses, dependendo do tipo de evento.

No processo de consolidação, ou reparo da fratura, a imobilização de um membro


fraturado motiva uma perda mineral do osso e, se caso seja nos membros inferiores, há uma
tendência à formação de trombos. Uma das sequelas mais frequentes das fraturas é a
consolidação viciosa, em que o osso cicatriza numa posição anatômica incorreta.

Fraturas expostas podem levar a uma infecção óssea especialmente grave devido à
baixa irrigação sanguínea e escassez de células vivas nos ossos. Algum tempo depois de
uma fratura pode ocorrer necrose (morte de parte do osso), se ocorrer interrupção dos vasos
sanguíneos que levam sangue a essa parte do osso.

Prof. Msc. Alex Loze Rocha


Saúde integral do adulto

Patologias beneficiadas

 Amputação – remoção de alguma extremidade do corpo seja cirúrgica ou


traumaticamente;
 Lesões ou Rompimento de tendão - lesões do tendão de Aquiles, do menisco e as
lágrimas do manguito rotador no ombro - como rupturas totais ou parciais, geralmente
relacionadas à esforço excessivo, dinâmica repetitiva e desgaste;
 Lesões traumáticas – como entorses (lesão onde se ultrapassa os limites de
movimento da articulação), distensões (rompimento total ou parcial de fibras
musculares), luxações (deslocamento de um osso da articulação) e fraturas
(rompimento total ou parcial do osso);
 Dor nas costas;
 Osteoporose – doença em que há perda da densidade óssea, com consequente
fragilidade dos mesmos;
 Artrite – processo inflamatório das articulações, que pode ser decorrente de diversos
fatores;
 Tumores ósseos;
 Repetitivas lesões por estresse, tais como a síndrome do túnel do carpo e tendinite;
 Lesão articular e substituição.

Diagnósticos de enfermagem

o Dor aguda;
o Deambulação prejudicada;
o Enfrentamento ineficaz;
o Risco para infecção;
o Mobilidade prejudicada;
o Potencial para temperatura corporal alterada;
o Risco para disreflexia;
o Potencial para novo trauma;
o Risco para síndrome do desuso;
o Potencial para integridade da pele prejudicada;
o Adaptação prejudicada;

Ações desenvolvidas

 Montagem e cuidados para moldes, aparelhos ortopédicos e talas (órteses), ou


membros artificiais (próteses);
 Programas de exercício para melhorar a amplitude de movimento, aumentar a força
muscular, melhorar a flexibilidade e mobilidade, e aumentar a resistência;

Prof. Msc. Alex Loze Rocha


Saúde integral do adulto

 Marcha (andar) reciclagem e métodos de locomoção seguro (incluindo o uso de um


andador, bengala, muleta);
 Ajudar com a obtenção de dispositivos de apoio que promovem a independência do
paciente e família;
 Adaptação dos locais de acesso do paciente à sua condição;
 Educação e aconselhamento;
 Manejo da dor;
 Gestão do stress e apoio emocional;
 Aconselhamento nutricional;
 Avaliações ergonômicas e relacionadas com o trabalho de prevenção de lesões;
 Orientação profissional.

Referências

DUNCAN, Bruce B.; SHMIDT, Maria I.; GIUGLIANI, Elsa R. J.; et al. Medicina ambulatorial:
Condutas de atenção primária baseadas em evidências. 3 ed. Porto Alegre; Artmed,
2004.

BRUNTON, Laurence L.; LAZO, John S.; PARKER, Keith L. Goodman & Gilman: as bases
farmacológicas da terapêutica. 11 ed. Rio de Janeiro; McGraw-Hill Interamericana do
Brasil, 2006.

CARROL, Stephen; SMITH, Tony. Guia da vida saudável. 1 ed. Rio de Janeiro; O Globo:
1996.

GUYTON, Arthur C; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 11 ed. Rio de Janeiro;
Elsevier, 2006.

KOHEM, Charles L., XAVIER, Ricardo M. Dor poliarticular. In: Medicina ambulatorial:
Condutas de atenção primária baseadas em evidências. 3 ed. Porto Alegre; Artmed,
2004. Cap. 79. p. 781-791.

KOHEM, Charles L., XAVIER, Ricardo M. Osteoartrose. In: Medicina ambulatorial:


Condutas de atenção primária baseadas em evidências. 3 ed. Porto Alegre; Artmed,
2004. Cap. 82. p. 808-813.

LOMBA, Marcos. Resgate Saúde: Clínica médica – diagnóstico e tratamento. 3 ed.


Olinda; Grupo Universo, 2007.

POTTER, P. A. Fundamentos de Enfermagem. 5 ed. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan,


2001.

SLEUTJES, Lucio. Anatomia humana: podemos ser práticos e ir direto ao assunto? 1


ed. São Caetano do Sul; Difusão, 2004.

Prof. Msc. Alex Loze Rocha


Saúde integral do adulto
SMELTZER, Suzanne C., BARE, Brenda G. Brunner e Suddarth: Tratado de enfermagem
medico-cirúrgica. 12. ed. v.2. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan, 2011.

<www.mdsaude.com> Acesso em 15/11/2013.

Prof. Msc. Alex Loze Rocha

Você também pode gostar