Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
VISÃO DO ESPECIALISTA
Sem querer me aprofundar no tema que eu vou falar agora, mas, por
exemplo, o princípio da proporcionalidade ele não encontra a sua formulação
explícita, organizada no texto constitucional. Você encontra manifestações
dele e a doutrina mais tradicional, e alguns Ministros do Supremo, dizem que
ele deriva do princípio do devido processo legal, influenciado, aí, pela doutrina
americana, pela jurisprudência americana. Então, seria um princípio implícito,
mas que encontra uma fundamentação direta em outros princípios
constitucionais. Perfeito?!
Num aspecto formal ou processual, nós podemos falar via incidental, controle
concreto, incidental, via de exceção ou de defesa, em que a matéria
constitucional, o questionamento constitucional é incidental a um caso
concreto. Ou via principal, via abstrato, via de ação, em que a matéria
constitucional é a questão principal, não é uma questão prejudicial, é questão
principal. No controle incidental é uma questão prejudicial, faz parte da
fundamentação e não do pedido. No controle abstrato a matéria constitucional
é a questão principal, é o próprio pedido.
NÃO ERRE
E agora, então, eu vou falar do Poder Executivo e do Poder Legislativo e,
depois, do Poder Judiciário. E aí, eu vou pontuar os casos de exceção.
No controle político feito pelo Poder Executivo, então, nós temos três
situações: o veto ao projeto de lei por inconstitucionalidade, quando o
Presidente da República entende que o projeto de lei é inconstitucional. Então
ele veta o projeto de lei. Controle político preventivo; legitimidade ativa para a
propositura da ação direta. Aí, nesse caso, tanto o Presidente da República,
quanto o Governador do Estado (art. 103 diz isso). E a inaplicação de lei por
inconstitucionalidade, então, o chefe do Poder Executivo pode determinar aos
Legitimação ativa para propositura de ação direta (ADI). Aí vale para mesa do
Senado, da Câmara e a mesa das Assembleias Legislativas Estaduais e a
Câmara Legislativa do DF.
Veja a jurisprudência.
JURISPRUDÊNCIA
Essa é bem simples: inconstitucionalidade por ação e por omissão. Por ação
também é tranquilo, né, quando o Poder Público pratica um ato, elabora uma
norma que é contrária à Constituição, então, ele agiu e violou a Constituição,
ele fez o que não deveria fazer. A inconstitucionalidade por omissão é o
contrário, o Poder Público não fez o que deveria fazer, ele se omitiu.
A omissão pode ser total ou parcial. Então, ele não fez a lei que deveria
regular aquela matéria ou ele fez uma lei que regulou parte da matéria e não a
totalidade que deveria ter sido regulada, então, omissão parcial.
A direta é aquela que incide sobre o ato normativo primário. Você está vendo
aí no esqueminha: Constituição, ato normativo primário. Se esse ato
normativo primário está logo abaixo da Constituição, viola a Constituição,
inconstitucionalidade direta.
Veja que esse decreto regulamentar não poderia ser objeto de controle,
porque não cabe inconstitucionalidade indireta, mas como a lei é
inconstitucional, ele é atingido pela inconstitucionalidade da lei, a
inconstitucionalidade da lei reverbera nele. Entendeu? Ricocheteia na lei e
atinge ele. Essa é a lógica. Perfeito?
Veja a jurisprudência.