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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação a Distância

O tempo no Processo de Ensino e Aprendizagem

Estudante: Adriana Bernardino – Código: 708194759

Curso: Licenciatura em Ensino de História

Disciplina: Didáctica de História

Ano de Frequência: 4º Ano

Docente: Bruno Mendiate

Quelimane, Julho de 2022

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I. Introdução..................................................................................................................2

1.1. Objectivos...............................................................................................................3

1.1.1. Objectivo geral................................................................................................3

1.1.2. Objectivos específicos.....................................................................................3

1.2. Metodologia............................................................................................................3

II. Desenvolvimento teórico...........................................................................................4

2.1. Conceptualização....................................................................................................4

2.2. Organização do tempo de aprendizagem............................................................4

2.2.1. Factores a Considerar......................................................................................5

2.3. A estruturação do quadro de horários.................................................................6

2.4. Importância da organização do tempo de aprendizagem....................................6

III. Conclusão...............................................................................................................8

IV. Bibliogafia..............................................................................................................9

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I. Introdução.
O trabalho que ora se apresenta tem como tema: O tempo no Processo de Ensino e
Aprendizagem. A gestão do tempo e a estruturação funcional de actividades são
aspectos fundamentais para todo e qualquer organização e segmento do mercado. Nas
instituições de ensino, estas questões são primordiais, tendo em vista que envolvem
diferentes participantes: alunos, professores, funcionários, pais e a própria comunidade
em torno. Cada um dos atores apresenta papel único para o sucesso da instituição, sua
gestão pedagógica e qualidade do ensino, se torna, por isso, fundamental a ciência da
escola.

No entanto, estudar o tempo escolar e de certa de muita valia para todo e qualquer
profissional de educação e não só, pola sua tamanha relevância no PEA e sua
indissociabilidade com a gestão escolar no todo.

Em termos de estrutura o trabalho apresenta, uma introdução, o resumo ou


desenvolvimento, conclusão e uma bibliografia.

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I.1. Objectivos.
I.1.1. Objectivo geral.
 Estudar a importância tempo no Processo de Ensino e Aprendizagem.
I.1.2. Objectivos específicos.
 Definir tempo escolar;
 Descrever o processo de gestão escolar.

I.2. Metodologia.
O presente trabalho fundamenta-se no método de pesquisa bibliográfica, a quando a sua
realização. Que de acordo com (Lakatos & Marconi. 2003), consiste na etapa inicial de
todo o trabalho científico ou académico, com o objectivo de reunir as informações e
dados que servirão de base para a construção da investigação proposta a partir de
determinado tema.

O levantamento bibliográfico foi feito a partir da análise de fontes secundárias que


abordam, de diferentes maneiras, o tema. As fontes usadas foram livros, artigos,
documentos monográficos, e gramáticas.

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II. Desenvolvimento teórico.
II.1. Conceptualização.

De acordo com Gaussel (2013) a definição de tempo de aprendizagem ou tempo escolar


está acoplada no período que o aluno passa na instituição de ensino, e não somente a
isso, mas está relacionado também com as pausas, tempo de deslocamento e
organização das turmas.

Por outro lado, Heidegger, Martin. (2005) Define tempo de aprendizagem ou escolar
como sendo o tempo que o aluno vive ou passa numa instituição educativa, ou seja, é o
tempo que ele passa na escola, desde que nela entra até que dela sai. Esta definição pode
ser entendida de várias formas e levar a diferentes interpretações: pode ser ao longo de
um dia; ao longo de um ciclo; ao longo de um curso; ao longo de uma
profissionalização; …

Apesar se poderem fazer diferentes interpretações do que é o tempo escolar


podemos ter uma certeza que este é sempre diferente do tempo que o aluno investe
na aprendizagem. O tempo escolar deve ser estabelecido de acordo com o estádio
etário dos alunos, o seu desenvolvimento e a sua Crono biologia (variação que
sofrem os fenómenos biológicos ao longo de um tempo considerado), para que este
possa aumentar o seu rendimento de forma positiva e diminuir a fadiga e a
ansiedade. (Cleopâtre; 2005)

II.2. Organização do tempo de aprendizagem.

A sociedade dos nossos dias é uma sociedade organizacional, as organizações sucedem-


se e complementam-se, constituindo elas mesmas a sociedade. A escola é uma dessas
organizações, talvez a mais importante, uma vez que é através desta que se formam os
indivíduos que influenciarão e farão parte das organizações que se lhe sucedem.

De acordo com Brito (1991:12) “a escola como organização é uma entidade social
complexa onde se inter-relacionam várias estruturas e múltiplos intervenientes: alunos,
pessoal docente, pessoal não docente, pais e comunidade em geral, contribuindo todos
para uma mesma finalidade e missão”.

A boa gestão de tempo é um dos principais factores para o sucesso escolar. Quer esteja
no secundário ou no ensino superior, à medida que as exigências aumentam, ninguém
consegue ser bom constantemente e muito menos quando pressionado pelo tempo.

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Este planejamento deve considerar, além das horas em sala de aula, também o
tempo relacionado ao aprendizado dos alunos e como ele contribui com a

qualidade do ensino e o melhor desempenho dos alunos. (Claire; 2011).

II.2.1. Factores a Considerar na Organização do Tempo de Aprendizagem.

Segundo Cleopâtre (2005), a organização do tempo escolar de cada escola deve levar
em consideração a realidade, a região e a estrutura de cada instituição e dos alunos. Por
exemplo, em regiões onde a maioria da população, o que engloba os alunos, trabalha na
área rural, o calendário escolar deve levar em conta as épocas de safra e entressafra.

Essa organização do tempo escolar é normalmente feita no momento da elaboração do


projecto-político-pedagógico (PPP) de cada escola.

As pessoas mais indicadas para a organização desse tempo escolar são os próprios
professores, por conhecerem as necessidades e a realidade da sala de aula. No entanto,
verifica-se que, na maioria dos casos, são especialistas e membros de outras áreas, os
responsáveis por esta parte.

Assim, o resultado é que o tempo escolar fica muito compartimentado e hierarquizado.


Isto significa que a grade curricular, que fixa o tempo de cada disciplina, concede mais
tempo – que normalmente é apenas de uma hora ou menos – para disciplinas que são
consideradas de mais importância em detrimento de outras, que acabam ficando
prejudicadas por terem menos tempo para serem desenvolvidas.

Comentando sobre esse assunto e sobre o resultado imediato no desenvolvimento


escolar dos alunos, Enguita (1989) diz:

A sucessão de períodos muito breves – sempre de menos de uma hora – dedicados a


matérias muito diferentes entre si, sem necessidade de sequência lógica entre elas, sem
atender à melhor ou à pior adequação de seu conteúdo a períodos mais longos ou mais
curtos e sem prestar nenhuma atenção à cadência do interesse e do trabalho dos
estudantes; em suma, a organização habitual do horário escolar ensina ao estudante que
o importante não é a qualidade precisa de seu trabalho, a que o dedica, mas sua duração.
A escola é o primeiro cenário em que a criança e o jovem presenciam, aceitam e sofrem
a redução de seu trabalho a trabalho abstracto.

Desse modo, vários autores, como Veiga (p. 30) concordam que é necessário reformular
a forma em que o tempo escolar é organizado, para alterar a qualidade do trabalho
pedagógico.

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II.3. A estruturação do quadro de horários.

O quadro de horários reflecte a gestão do tempo nas instituições de ensino e é, a


principal ferramenta da gestão escolar para estruturá-la.

A montagem da grade horária deve levar em consideração os diferentes tempos


escolares:

1) Tempo de ensino:

É o tempo despendido pelo aluno na instituição de ensino, ou seja, o número de horas


semanais atribuídas a cada ano de escolaridade pelo Ministério da Educação.

Para o 1º Ciclo do Ensino Básico, este tempo é de 25 horas semanais.

2) Tempo útil:

Engloba três tempos diferentes:

 O tempo de deslocamento de alunos e professores;


 O tempo de informação, em que o professor transmite aos alunos as tarefas que
serão realizadas ao longo do dia
 O tempo de organização, necessário para que o professor inicie a aula.
3) Tempo efectivo de aula:

Consiste no tempo restante, descontando-se do tempo de ensino os três tipos de tempo


útil, ou seja, no período destinado às actividades definidas para cada aula. Este tempo
costuma ser menor para a criança menor, que se enfadonha com mais facilidade das
tarefas.

É importante que a gestão do tempo na escola considere também conceitos mais


abstractos, além destes tempos diferentes, relacionados à todo o potencial de
aprendizagem de cada aluno, pois isso interfere directamente na motivação e no gosto
pela aprendizagem, relacionado ao sucesso de seus estudos.

II.4. Importância da organização do tempo de aprendizagem.

A escola, tal como qualquer outra organização, necessita organizar as suas actividades
de acordo com o tempo que dispõe, sejam as mesmas referentes aos alunos, professores,
auxiliares ou gestores.

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Todos os intervenientes no processo educativo têm de saber gerir conscientemente o seu
tempo, para desse modo, poderem contribuir para o sucesso na obtenção dos seus
objectivos, bem como da organização.

 Para tal, é importante fazer um planeamento das actividades, uma boa gestão do tempo
e manter uma permanente preocupação de realizar as diversas tarefas propostas, a cada
um dos elementos, com qualidade e em tempo útil.

Pois, o calendário escolar é de extrema importância, pois ele é um elemento constitutivo


da organização do currículo escolar. É ele que mostra a quantidade de horas que os
professores de cada matéria terão para usar em sala de aula, as avaliações, cursos, os
feriados, as férias, períodos em que o ano se divide, os dias lectivos, as actividades
extracurriculares (como campeonatos interclasse, festa junina, entre outros) e as
actividades pedagógicas (como trabalho colectivo na escola, conselho de classe e
paradas pedagógicas).

O professor também necessita de tempo para conhecer melhor seus alunos, exercer sua
formação continuada dentro do ambiente escolar, participar de cursos e palestras de
formação continuada, preparar suas aulas, diários, avaliações, actividades didácticas e
acompanhar e avaliar o projecto político-pedagógico em acção.

A Cronobiologia permite ao professor saber quais os aspectos que podem influenciar de


forma negativa o processo educativo quando este não respeita os ritmos biológicos dos
alunos. Não deve haver contradições entre os ritmos biológicos ultradianos, circadianos
e infradianos dos alunos e o tempo escolar estabelecido.

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III. Conclusão.

O tempo de aprendizagem ou escolar é o tempo que o aluno vive ou passa numa


instituição educativa, ou seja, é o tempo que ele passa na escola, desde que nela entra
até que dela sai. Esta definição pode ser entendida de várias formas e levar a diferentes
interpretações: pode ser ao longo de um dia; ao longo de um ciclo; ao longo de um
curso; ao longo de uma profissionalização Portanto, a boa gestão de tempo é um dos
principais factores para o sucesso escolar. Quer esteja no secundário ou no ensino
superior, à medida que as exigências aumentam, ninguém consegue ser bom
constantemente e muito menos quando pressionado pelo tempo.

Este planejamento deve considerar, além das horas em sala de aula, também o tempo
relacionado ao aprendizado dos alunos e como ele contribui com a qualidade do ensino
e o melhor desempenho dos alunos.

Para tal, é importante fazer um planeamento das actividades, uma boa gestão do tempo
e manter uma permanente preocupação de realizar as diversas tarefas propostas, a cada
um dos elementos, com qualidade e em tempo útil.

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IV. Bibliogafia.

Gaussel, Marie. (2013). Nas fronteiras da escola ou na pluralidade dos tempos


educativos. Resumo de Notícias VST, n. 81, jan..

Heidegger, Martin. (2005). Ser e tempo. Tradução de Márcia Sá Cavalcante


Schubach.15. ed. Petrópolis: Vozes,.

Leconte-Lambert, Claire. (2011). Dos ritmos da vida aos ritmos escolares. Que
história! Villeneuve d'Ascq, França: Presses Universitaires du Septentrion,.

Maulini, Olivier; Montandon, Cleopâtre. (2005). Formas de educação: variedade e


variações. Bruxelas: De Boeck Supérieur,.

NECTA. (2005). Comissão Nacional de Educação sobre Tempo e Aprendizagem.


Prisioneiras do tempo. Washington: NECTA,

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