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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

ENGENHARIA DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

DOCENTE: EDINALDO TEIXEIRA

DISPLINA: FISICA III

JANYNNA THAIANE DA SILVA FARIAS

CAMPOS MAGNÉTICOS PRODUZIDOS POR CORRENTES

SALINÓPOLIS
2021
1. CÁLCULO DO CAMPO MAGNÉTICO PRODUZIDO POR UMA
CORRENTE

Figura 1: Um elemento de corrente i d ⃗S produz um elemento de campo


magnético d ⃗
B no ponto P . O × verde (que representa a extremidade traseira de
uma seta) no ponto P indica que o sentido do campo d ⃗
B é para dentro do papel.

A figura 1 mostra um fio de forma arbitrária percorrido por uma corrente i.


Calcular o campo magnético ⃗
B em um ponto próximo P, para isso, dividimos o fio em
elementos infinitesimais ds e definimos para cada elemento um vetor comprimento ⃗
ds ,
cujo módulo é ds e cuja direção é a direção da corrente no elemento ds. A corrente será
definida como i ⃗
ds. Podemos calcular o campo total ⃗
B no ponto P somando, por
integração, as contribuições ⃗
dB de todos os elementos de corrente.

Módulo do campo⃗
dB produzido no ponto P por um elemento de corrente i é
dado por:

A orientação de ⃗
dB , que é para dentro do papel na imagem acima, pode ser
escrita como:

Essa equação pode ser nomeada como lei de Biot-Savart


2. CAMPO MAGNÉTICO PRODUZIDO PELA CORRENTE EM UM FIO
LONGO, RETILÍNEO

Um fio longo, retilíneo, percorrido por uma corrente i, o módulo do campo


magnético a uma distância R do fio é dado por:

Figura 2: As linhas de campo magnético produzidas por uma corrente em um fio


retilíneo longo são círculos concêntricos em torno do fio. Na figura, o sentido da
corrente é para dentro do papel, como indica o símbolo ×.

Sentido do Campo Magnético: Uma regra simples para isso, conhecida como
regra da mão direita,

Regra da mão direita: Segure o fio na mão direita, com o polegar estendido
apontando no sentido da corrente. Os outros dedos mostram a orientação das linhas de
campo magnético produzidas pela corrente no fio.

Figura 3
3. CAMPO MAGNÉTICO PRODUZIDO POR UMA CORRENTE EM UM FIO
EM FORMA DE ARCO DE CIRCUNFERÊNCIA

Figura 4: (a) Um fio em forma de arco de circunferência com centro no ponto C e


percorrido por uma corrente i. (b) Para qualquer elemento de comprimento ao longo do
arco, o ângulo entre as direções ⃗
ds e é r^ é 90°. (c) Determinação da direção do campo
magnético produzido pela corrente no ponto C usando a regra da mão direita; o campo
aponta para fora do papel, no sentido das pontas dos dedos, como indica o símbolo •.

Orientação: Para determinar qual é o sentido correto, aplicamos a regra da mão


direita a um elemento qualquer do fio.

Campo Total: Para obter o campo total produzido pelo fio devemos somar todos
os elementos de campo do arco de circunferência, temos a equação abaixo para o centro
do arco de circunferência.

integrando, temos:

4. FORÇAS ENTRE DUAS CORRENTES PARALELAS


Fios paralelos percorridos por correntes no mesmo sentido se atraem e fios paralelos
percorridos por correntes em sentidos opostos, exercem forças um sobre o outro se
repelindo.

Para determinar a força exercida sobre um fio percorrido por corrente por outro fio
percorrido por corrente, determine primeiro o campo produzido pelo segundo fio na
posição do primeiro; em seguida, determine a força exercida pelo campo sobre o
primeiro fio.

Figura 5: Dois fios paralelos que conduzem correntes no mesmo sentido se atraem
mutuamente. Ba é o campo magnético no fio b devido à corrente no fio a. Fba é a força
que age sobre o fio b porque o fio conduz uma corrente ib na presença do campo.
o módulo de Ba, em qualquer ponto do fio b, é dado por:

Pela regra da mão direita sabemos que B a é orientado para baixo. Sabendo isso
podemos calcular a força exercida sobre o fio b, o módulo da força que um dos fios
exerce sobre o outro é dado por:

Onde L é o vetor comprimento do fio, sendo L e B perpendiculares.


4.1. Canhão Eletromagnético
Consiste em uma força eletromagnética que acelera o projetil, fazendo-o
alcançar alta velocidade em um curto período de tempo. A corrente produz um campo
magnético entre os trilhos, que exerce uma força sobre o gás devido a corrente existente
no gás. O gás é arremessado contra o projétil, lançando-o ao espaço.

5. LEI DE AMPÈRE
A Lei de Ampère afirma que o sentido do campo magnético é determinado pelo
sentido da corrente. Dessa forma, invertendo o sentido da corrente, invertemos também

o sentido do campo. Essa lei estabelece o campo magnético (  ) gerado por um


condutor retilíneo percorrido por uma corrente elétrica de intensidade i, a uma distância
(R) do condutor, desde que a distribuição apresente um certo grau de simetria.

A lei, que pode ser demonstrada a partir da lei de Biot-Savart, é expressa pela equação:

Podemos escrever esta mesma integral utilizando o termo B.ds em função da


direção de B e da direção dos elementos de caminho ds e do ângulo θ entre estes dois
vetores. Desta forma, teremos:

No caso de correntes inversas, ou seja, com uma das correntes entrando e outra
saindo, teremos então como resultado:

6. SOLENOIDES E TOROIDES

O Solenoide é um dispositivo composto por um fio de um condutor enrolado de


modo helicoidal.
Figura 6: Um solenoide percorrido por uma corrente i
O campo magnético do solenoide é a soma vetorial dos campos produzidos pelas
espiras. No caso limite de um solenoide ideal, que é infinitamente longo e formado por
espiras muito juntas (espiras cerradas) de um fio de seção reta quadrada, o campo no
interior do solenoide é uniforme e paralelo ao eixo central.

Figura 7: Seção reta de um trecho “esticado” de um solenoide. São mostradas


apenas as partes traseiras de cinco espiras e as linhas de campo magnético
associadas. As linhas de campo magnético são circulares nas proximidades das
espiras. Perto do eixo do solenoide, as linhas de campo se combinam para
produzir um campo magnético paralelo ao eixo. O fato de as linhas de campo
apresentarem um pequeno espaçamento indica que o campo magnético nessa
região é intenso. Do lado de fora do solenoide, as linhas de campo são bem
espaçadas, e o campo é muito mais fraco.
Aplicação da Lei do Amperé a um solenoide ideal

Campo Magnético de um Toroide:


No interior de um toroide, o módulo B do campo magnético é dado por:
em que i é a corrente, N é o número de espiras e r é a distância do centro do toroide.

7. RELAÇÃO ENTRE UMA BOBINA PLANA E UM DIPOLO MAGNÉTICO


Por conta da simetria da bobina não será possível utilizar a Lei de Ampère, assim
temos q recorrer a Lei de Biot-Savart. Utilizando apenas uma espira circular será mais
fácil calcular o campo apenas sobre o eixo central, chamará esse eixo de z. Vamos
demonstrar que o módulo do campo magnético nesses pontos é dado por:

Onde, R = raio da espira e Z = distância entre o ponto e o centro da espira

No caso de pontos muito distantes da bobina se reduz, a área da bobina é dada


por π R 2, e tendo N espiras, a equação pode ser generalizada por:

O campo magnético produzido por uma bobina percorrida por uma corrente em
um ponto P situado no eixo da bobina é dado por:

8. REFERÊNCIA

• HALLIDAY, D.; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos da Física:


Eletromagnetismo. Volume 3. 8.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.

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